Arte No Egito

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  • 8/12/2019 Arte No Egito

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    ANTIGO EGITO

    A arte egpcia era suntuosa, monumental e geralmente muito colorida. Usando formas naturais e padres

    geomtricos, era quase inteiramente simblica e de significado preciso. Com poucas mudanas ao longo de quase

    3.000 anos, ela exerceu uma profunda influncia sobre as culturas gregas vizinhas.

    ORIGENS E INFLUNCIAS

    A civilizao egpcia floresceu ao redor do frtil vale do Nilo. As cheias anuais produziam uma terra rica e

    frtil, em contraste com os deserto. Alm disso, a regio foi abenoada com fartos recursos minerais, e as cidadesegpcias eram estrategicamente localizadas para permitir o controle das rotas de comrcio na regio do Nilo. Sua

    riqueza atraiu conquistadores, que contriburam para a formao de uma complexa cultura nacional.

    Desde o incio, a arte egpcia refletiu o ambiente geogrfico e poltico. O pais foi formado com a unio do

    Baixo Egito (o delta do Nilo) e do Alto Egito (a estreita faixa de terra do vale do rio). Esses dois reinos eram

    representados, respectivamente, por uma coroa vermelha e outra branca, a cobra e o falco, o papiro e o lots.

    Esses pares de smbolos estavam em toda parte e podiam ser vistos na cabea do fara, em seu trono e nos templos.

    ESTILO E TEMAS

    Os egpcios no tinham uma palavra para definir arte. Valorizavam o artesanato, mas no o ligavam

    necessariamente esttica ou expresso individual. Sua arte era funcional, destinada a facilitar o culto dos deus e

    suavizar a passagem para a outra vida. Os egpcios acreditavam que, quando objetos ou fatos eram bem

    reproduzidos, acompanhados dos necessrios rituais, estabeleciam um ponto de contato entre os vivos e o mundo

    do alm.

    Essa forma correta de representao atingiu uma estilizao distintiva: quanto maior o tamanho de uma

    figura, por exemplo, mais alta sua condio social. Os artistas deviam retratar a essncia do objeto, sem traos

    temporrios ou chamativos. Nas pinturas e relevos, as figuras eram representadas de perfil. J as esttuas eram

    esculpidas em uma srie fixa de posturas, com expresso vazia ou etrea.

    A perspectiva no existia. Eventos complexos eram mostrados em sequncias, como uma tira de quadrinhos.

    As figuras eram colocadas em faixas horizontais e, se fosse necessria alguma explicao, ela seria fornecida porhierglifos. Os smbolos usados nessa pictrica eram incorporados na composio geral. Podiam ser decorativos,

    mas em geral tinham conotao religiosa, em especial quando usados em objetos relacionados aos mortos.

    ARQUITETURA

    Como consequncia da intensa religiosidade, a arquitetura egpcia apresenta grandiosas construes

    morturias, que abrigavam os restos mortais dos faras, alm de belos templos dedicados s divindades. So

    exemplo dessas construes as pirmides de Giz, erguidas durante o Antigo Imprio.

    Pirmides de Quops, Qufen e Miquerinos, 2.700 anos a.C., no deserto de Giz.

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    PINTURA

    Os pintores egpcios estabeleceram vrias regras que foram seguidas durante muito tempo, ao longo do

    Antigo Imprio. Entre elas, a regra da frontalidade chama a ateno pela frequncia com que aparece nas obras.

    Aspectos tcnicos como perspectiva, proporo entre as figuras e ponto de vista do autor da obra ainda no

    preocupavam os pintores egpcios. Tudo era mostrado como se estivesse de frente para o observador.

    Baixo-relevo de um tmulo prximo de Sacar (cerca de 2500 a.C.). Museu do Louvre, Paris.

    REGRA DA FRONTALIDADE

    Segundo essa regra, o tronco e um dos olhos do retratado deviam ser desenhados de frente para o

    observador, enquanto a cabea, os ps e as pernas deviam ser desenhados de perfil. Provavelmente os artistas da

    poca achavam difcil desenhar uma pessoa com pernas e ps virados para a frente. A regra determinava tambm

    que o desenho e a pintura deviam mostrar tudo o que havia de mais caracterstico nos seres retratados, pois o

    observador tinha de entender facilmente as imagens.ESCULTURA

    A escultura a mais bela manifestao da arte egpcia no Antigo Imprio. Apesar das muitas regras

    existentes para esse tipo de arte, os escultores criaram figuras bastante expressivas. Os egpcios acreditavam que,

    alm de preservar o corpo dos mortos com a mumificao, era importante encomendar a um artista uma escultura

    que reproduzisse seus traos fsicos.

    Essa concepo da escultura no era aplicada apenas s obras que representavam mortos. Para os egpcios,

    todas as esculturas deveriam revelar as caractersticas do retratado. Como a fisionomia, os traos raciais e a

    condio social.

    Escriba sentado (2500 a.C.), encontrado em sepulcro da necrpole de Sacar. Museu do Louvre, Paris.