Arte no Séc. XX
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Fauvismo•O Fauvismo (feras selvagens) foi um movimento de curta duração, na passagem do Século XIX para o Século XX.
Explorou novos elementos:- as cores puras em grandes manchas e com fortes contrastes, para acentuar ao máximo o valor expressivo da cor.
MatisseMadame Matisse (1905) -
abandono do uso naturalista da cor. Líder dos fauvistas.
Para Matisse, pintar não é mais do que «construir com
as cores».
As sombras desaparecem, substituídas por tons mais
escuros.
Mulher com chapéu –1905
Henry Matisse - Harmonia em vermelho
Principais ObrasA Dança (1909-
1910) - Uma das
realizações
mais notáveis
de Matisse,
que expressa
vigor e leveza
ao mesmo
tempo.
EXPRESSIONISMO
- “Expressando” sentimentos humanos, utilizando cores irreais, dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana;
- Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento.
EDUARD MUNCH – O GRITO (1889).
Pintor Norueguês
A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial na doca de Oslofjord, em Oslo, ao pôr-do-sol
Van Gogh – auto-retrato
- BIDIMENSIONALIDADE
- Redução dos objectos a figuras geométricas
- Multiplicidade de planos – renuncia à perspectiva tradicional
- Cor quase monocromática
-Inserção na tela de objectos estranhos à pintura – letras, pedaçosde jornal, bilhetes.
Cubismo
A denominação de Cubismo tem origem numa observação feita por Matisse junto de um quadro de uma paisagem de GeorgesBraque, no Salão de Outono de 1908.Matisse referira- se a “petitscubes”, junto ao crítico de arte LouisVauxcelles , que, viria a utilizar num artigo o termo Cubisme, pela primeira vez.
Pablo Picasso – Les demoisellesd’Avignon (1913)
-Fusão das figuras como fundo;-Formas distorcidas;- Linhas de contornos bem definidas;- Ausência de modelado.
“Quem vê o rosto humano mais correctamente? O fotógrafo, o espelho ou o pintor?”
“Não pinto o que vejo, pinto o que penso.”
Pablo Picasso (1881-1973
Pablo Picasso – Guitarra (1913)
Pablo Picasso, Três Músicos, 1921
Braque (1882-1963)Mulher com uma guitarra, 1913
Braque, Porto, 1909
A arte abstracta é geralmente entendida como uma forma de arteque não representa objectos próprios da nossa realidade concreta exterior. Faz, pelo contrário, uso das relações formais entre cores, linhas e superfícies para compor a realidade da obra. A arte não tinha nenhuma relação com a natureza, usando uma linguagem puramente abstracta, em que se buscava ritmo e dinamismo através da cor e das formas. É uma arte não figurativa.
ABSTRACCIONISMO
WASSILY kANDINSKY (1866-1944)
Kandinsky, Linha Transversal, 1923
Kandinsky, Amarelo, vermelho, azul, 1925
Kandinsky, Composição VII
FUTURISMO
A pintura futurista foi influenciada pelo cubismo e pelo abstraccionismo, mas a utilização de cores vivas e contrastes e a sobreposição das imagens pretendia dar a ideia de dinamismo. Exalta a velocidade, a máquina, a técnica e tudo o que se relacione com a vida moderna, industrial e urbana. O artista futurista não está interessado em pintar um automóvel, mas sim em captar a forma plástica e a velocidade descrita por ele no espaço. O seu surgimento, datado de 1909, foi marcado pelo Manifesto Futurista do poeta Filippo Marinetti.
-Alternância de planos e sobreposição de imagens, para dar a noção de velocidade e dinamismo;
-Arabescos contorcidos, linhas circulares emaranhadas, espirais e elipses;
-Cores muito contrastadas, em composições violentas e chocantes.
Giaccomo Balla,Rapariga a correr na varanda, 1912
O tempo (4ªdimensão) é valorizado pelos futuristas que o introduzem explicitamente nas suas obras.Tentativa de fundir o espaço e o tempo numa única realidade pictórica.
Giácomo Balla, Vôo de andorinhas
Fernand Léger
SURREALISMO
Esta corrente nasceu em 1924, através do Manifesto do Surrealismo, de André Breton. Procura libertar-se da realidade, pondo de parte a razão e entregando a arte ao inconsciente, que Freud, pouco antes, inventara. Pretendia, acima de tudo, acabar com a única coisa que ainda restava da arte tradicional: a sua visão lógica da realidade. Os surrealistas pretendiam exprimir o que se passava no seu subconsciente, sem intervenção, limitação ou censura alguma, baseando-se na teoria psicanalítica de Freud.
Representavam cenas absurdas, sonhos ou alucinações, através da representação de imagens e de objectos reais, mas colocados fora do seu contexto habitual, de modo a exprimirem mensagens inconscientes e de sentido onírico.
Os surrealistas deixam o mundo real para penetrarem no irreal e no fantástico, no ponto onde a razão humana perde o controlo.
Dormir, 1937 (muletas= símbolo de tudoo que é débil no mundo)
Mi esposa, desnuda,
mirando su propio cuerpo,
1945
Salvador Dali - Criança Geopolítica assistindo ao nascimento do novo homem (1943)
Retrato de
Picasso
Casa Museu, em Figueras
Rene Magritte (1898-1967)
Conhecido por colocarobjectos reais juntos, emabsurdas combinações.
Rene Magritte, The Son of Man, 1964.
Os Amantes - 1928 - Magritte
Magritte, The Lovers (2), 1928.
Rene MagritteO terapeuta,1941.
Magritte, Treachery of Images, 1928-29.
Jacques Louis-David,
Madame Recamier, 1800
Magritte, David's
Madame Recamier,
1950.
As novas correntes artísticas chegam aPortugal com muita dificuldade.Foi o pintor Amadeu de Sousa Cardosoque trouxe de Paris as influências docubismo, futurismo e abstraccionismo.Conjuntamente com Santa - Rita e
Almada Negreiros lançam o movimentoModernista Português.
O movimento Dadá surgiu em Zurique, em 1916, no decurso da Primeira Guerra Mundial, pela mão de artistas que aí se encontravam refugiados. Negando o passado, o presente e o futuro, o Dadaísmo é a total falta de perspectiva diante da guerra; daí ser contra as teorias, pouco se importando com o espectador. Contestavam o belicismo e todos os valores considerados eternos. Para isso, utilizava a ironia, a troça, o insulto, de modo a destruir a ordem e estabelecer o caos. O próprio nome do movimento não tem significado algum.
DADAÍSMO
Objectos encontrados são retirados do seu contexto, assinados e considerados obras de arte (são os readymade). Esta atitude provocatória foi característica do movimento Dada, que contesta a obra de arte de sentido tradicional, propondo uma nova estética.
Marcel Duchamps, Fonte, 1917