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    "A coisa mais indispensvel a um homem reconhecer o uso queA coisa mais indispensvel a um homem reconhecer o uso quedeve fazer do seu prprio conhecimento".eve fazer do seu prprio conhecimento".

    PlatoPlato

    o longo de nossa breve trajetria manica, temosvisto muitos Irmos adentrarem a nossa Ordem.Desses, alguns saem desapontados, pois

    esperavam encontrar uma instituio composta porpessoas perfeitas, ricas em virtudes, esbanjandoqualidades, e, em verdade, no esse, nem nunca foi ouser, o retrato mais fiel da Maonaria ou de qualquer outrainstituio, por envolver pessoas.

    AA

    Somos uma Escola de Aperfeioamento e no deaperfeioados. Estamos, a cada dia, buscando apararnossas arestas, afinal, pedras so buriladas atravs doatrito, sendo a tolerncia o ingrediente fundamentalpara que esse processo tenha xito. A falta dela faz comque muitos entrem para a Maonaria, mas no permiteque a Maonaria entre dentrodeles, e logo, saem porta afora.

    Optamos por iniciar esseEditorial nos utilizando desseenunciado, a fim de tentarexprimir de forma cristalina, ovalor de alguns Irmos que,

    comprometidos em encontrarsolues, dedicam-se adesenvolver aes que elevemnossa Ordem a excelncia desuas atividades, ao invs delamentar situaes ou de criticaros que vm tentando fazer algode til, ou at, mesmo, de saremda Maonaria, antes que Elatenha tido a oportunidade deentrar dentro deles.

    Chamo ateno paraaqueles que se dedicam, em especial, a cultura manica.No, apenas, em adquiri-la, mas, tambm, em criaroportunidades para que todos possam saciar a sede dosaber. Um bom exemplo disso poderemos encontrar noSul do estado de Minas Gerais (Brasil), onde abnegadosIrmos, convictos da nobreza desse altrustico trabalho,organizam, anualmente, os Encontros Manicos Sul-Mineiro.

    Neste ano foi realizado sua segunda edio,

    mantendo o alto nvel e consequente sucesso do anoanterior. Acrescenta-se, ainda, a grande estruturaorganizacional montada para esse ano, alm de criteriosaescolha do local e dos palestrantes convidados,envolvendo renomados pesquisadores, escritores e

    acadmicos maons dos estados do Rio de Janeiro, So Pauloe de Minas Gerais. Tudo isso, muito antes de sua realizao,deu-nos, a tranquilidade para afirmar, sem medo de errar,que seria, como pde ser confirmado, mais um enormesucesso.

    A Revista Arte Real comprometida em tratar a culturamanica com a seriedade que merece, no poderia, jamais,deixar de se unir a esse belo trabalho, dando-lhe prestimosoapoio. Para tanto, comprometemo-nos em criar esta edioespecial bilngue (portugus/ingls), a fim de difundir a todosos nossos 15.000 leitores do Brasil e do exterior, no apenas, oresumo das doze palestras proferidas, mas tambm, o beloexemplo de comprometimento desses valorosos Irmos do Sulde Minas Gerais na busca da excelncia, nos mais diversos

    aspectos, como: a cultura, aintegrao da Famlia Manica, orespeito e a ateno merecidos paracom as Ordens Para-Manicas,DeMolay e Filhas de J, alm deespecial ateno para as nossasCunhadas, que puderam contar comuma programao exclusiva.

    Percebemos uma grandetendncia no crescimento darealizao desses EncontrosCulturais por todo o Brasil. Isso muito positivo e engrandecedorpara nossa Ordem. Todos crescem eampliam, em muito, suasconscincias com esse intercmbio.

    Em nossa Vereda Inicitica,pudemos assimilar que oaprendizado, em si, somente

    assimilado de forma completa aps se cumprir trs fasesdistintas: a primeira, quando o adquirimos atravs do estudoe da pesquisa; a segunda, quando o colocamos em prtica,no teatro de nossas vidas; a terceira, quando,altruisticamente, repassamos ao prximo.

    Queridos leitores, ao longo desta edio, brindamos-lhes com a terceira fase do aprendizado, na certeza deestimul-los a participarem, ou qui, de se unirem eorganizarem em suas regies, Encontros Manicos, a

    exemplo dos valorosos Irmos Sul-Mineiros, que aodefrontarem com um limo enxergaram uma boaoportunidade de fazerem uma deliciosa limonada!

    Faamos, sempre, melhor Maonaria! ?

    a b

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    Comisso Organizadora da Augusta e Respeitvel Loja SimblicaFraternidade Cleuton Cndido Landre n 298 Oriente de Alfenas-MG - GLMMG

    Eu no vivo do passado, o passado que vive em mimEu no vivo do passado, o passado que vive em mimAutor desconhecido

    everia ser bastante tranquilo fazer a apresentao de umEncontro Manico. Afinal, estamos entre Irmos, emfamlia, debatendo temas que ao final nos tornaro mais

    polidos, melhores homens e pais de famlia. Ou seja, nosconfraternizando, conversando, e nos transformando dehomens livres e de bons costumes em homens melhores, ainda.

    DDMas tem um porm, e, sempre, tem um porm. Como

    sermos fiis a debatedores de to alto nvel? Conseguiremos,aqui, em to pouco espao sermos justos com o trabalho queesses Irmos desenvolvem h tantos anos, e que, agora nos vm,graciosamente, ofertar? Seremos justos ao apresentarmos adelicadeza e a fora que se apresenta no alvorecer da juventudedas Filhas de J? Seremos justos com a alegria e firmezaapresentada nos trabalhos dos DeMolay? E seremos justos aofalarmos do apoio e dedicao apresentado pelas Cunhadas nodia-a-dia?

    A ARLS Fraternidade Cleuton Cndido Landre uma jovem, ainda. Completar 5 anos, em breve. E todos estoconvidados para retornar a Alfenas para essa comemorao,que, como a prpria Loja, ser modesta e carinhosa. E, sendo jovem, tem o vigor e impetuosidade tpicos dos jovens. Durantesuas reunies, e nas reunies aps as reunies, surgiu a ideia deum ciclo de palestras, que pudesse melhorar um pouco oconhecimento sobre a Ordem Manica, e, portanto, sobre nsmesmos. E veio a proposta de convidarmos palestrantes de fora,e, junto, fazer-se uma confraternizao: um Encontro Manico.

    Assim, ano passado foi realizado um EncontroManico. No o primeiro, apenas, um Encontro. Mas areceptividade foi muito boa e descobrimos que as ansiedadesencontradas no seio da Cleuton eram as mesmas de outrasLojas. O resultado da brincadeira daquela jovem de 5 anos, foi

    to bom que ficou difcil no ter um Segundo Encontro MaAgora, com a experincia do primeiro, e no mais

    nico Encontro Manico, aumentaram as responsabilidadDeus, o Supremo Arquiteto do Universo, nos presenteou capoio da UNIFENAS (nossos sinceros agradecimentos a tInstituio na pessoa de sua Reitora Prof Dr Maria do RoVelano) e de diversos Irmos. Assim, coube a Cleutonapenas, a catalisadora de to poderosas energias, para nascesse este 2 Encontro Manico do Sul de Minas. O quevivero durante este 2 Encontro no o resultado do trabalhuns poucos Irmos, mas de toda a Famlia Manica. E, ciNeruda: Eu tenho tantos Irmos, que no os posso contar...

    Neste 2 Encontro o tema ser Influncias naMaonaria . Afinal, como diz o Poeta Paulinho da Violamsica Dana da Solido: quando penso no futuro, no esqueomeu passado. E, assim, poderemos passear pelas filosofiasPrsia, Egito, Grcia, at os dias atuais. O Objetivo continua mesmo encontrado sobre o prtico do antigo Templo dedicaApolo, em Delfos: Conhea-te, a ti mesmo! Como? Com estudo e colaborao desses sbios Irmos, continuadores das traddesses tempos imemoriveis.

    Os textos que encontraro nesta revista so o resultde um esforo hercleo de sntese feito por esses Irmonecessrio que se gravem as ideias! Mas impossvel qconcentre em to pouco espao tanta energia. E, assim, ovocs veem aqui mais um chamado, um estmulo a continuem essa agradvel e rdua tarefa de estudos, e nresultado final, pronto e acabado. Aproveitem a chaDivirtam-se com o aprendizado.

    Sejam bem-vindos!Comisso organizadora. ?

    a b

    CapaCapa 2 Encontro Manico Sul-Mineiro....................Capa 2 Encontro Manico Sul-Mineiro....................CapaEditorialEditorial.....................................................................................2.....................................................................................2Comisso Organizadora Comisso Organizadora Apresentao.............................3Apresentao.............................3A Influncia Francesa............................................................................A Influncia Francesa.............................................................................4.4A Influncia Inglesa..A Influncia Inglesa....................................................................5..................................................................5A Influncia Greco-RomanaA Influncia Greco-Romana.......................................................8.......................................................8A Influncia Rosa-Cruz............A Influncia Rosa-Cruz....................................................................................................................1111

    A Influncia TemplriaA Influncia Templria.......................................................................................................................A Influncia Judaica............................................................A Influncia Judaica............................................................ A Influncia Religiosa.....................................................A Influncia Religiosa..................................................... A Influncia Americana.......................................................A Influncia Americana.......................................................Influncia Persa e Egpcia...............................................................Influncia Persa e Egpcia...............................................................O REEA no Brasil...........................................................................O REEA no Brasil.............................................................................30..30Ficha Tcnica......................................................................Ficha Tcnica.......................................................................

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    Benedito Jos Canturelli 33 MI da ARLS Unio e Liberdade n 2.453 - GOriente de Ribeiro Preto-SP - Membro da Assembleia Federal Legislativa do

    Maonaria em sua simbologia e liturgiaabsorveu elementos de diversas culturas, que soaplicados na formao de seus membros,

    adotando, principalmente, os de cunho religioso, sendoessa religiosidade adotada antes de sua organizaocorporativa, a partir de 1.717, com a Grande Loja Unida deLondres, pois os chamados Pedreiros Livres prestavamservios a organizaes religiosas, que os obrigavam aseguir seus preceitos, frequentando seus cultos, eprofessando sua f, sob pena de heresia, tornandoobrigatria a crena em uma entidade suprema.

    AA

    Devido a essa particularidade, a vertentetesta ,maior grupo da Maonaria com os ritos: Rito EscocsAntigo e Aceito, Rito Adonhiramita, Rito de York(Emulation Rite), d o cunho de "crentes" a seus adeptos,pois por fora da Constituiode Anderson, modificada em1851, os Maons soobrigados a aceitar comodivindade o Grande ArquitetoDo Universo, que Deus.

    J na vertentedesta,de origem francesa erepresentada pelo RitoModerno, a entidade supremano declarada. Essa vertentepode ser denominadaagnstica, pois prega aexistncia de uma ordem derealidade incognoscvel,desconsidera a Metafsica, e tem a posio metodolgicade aceitar como verdadeiras, apenas, as proposiescomprovadas ou de evidncia lgica satisfatria. Portanto,refuta a Gnose , a qual apresenta-se como conhecimentoesotrico e perfeito da divindade, de forma que, peloagnstico, no pode ser aceita por, obviamente, no serconhecida nem comprovada.

    O bilogo Thomas Henry Huxley, em 1876,definiu o agnstico como algum que nega tanto o atesmoquanto o tesmo e acredita que a questo da existncia deuma fora superior no foi e nunca poder ser resolvida. Avertente francesa usa quase toda simbologia manica dosritos testas, mas sua interpretao baseada nos prpriosconceitos destas e racionais.

    Embora dita evolutiva, a Maonaria, em seus

    princpios, apregoa a evoluo atravs do aprimoramenespiritual e cultural, lutando contra as paixes, sendo qatravs de alguns ritos, absorveu em suas diversas correntelementos ocultistas, esotricos e simblicos de cultumilenares. Mas o Rito Moderno, com sua origem em 17foi criado com o mesmo intuito da Maonaria Francesa delibertar do domnio da Maonaria Inglesa, o que permiafirmar que o Rito Moderno o que mais segue Constituio de Anderson, original de 1.723, e o nicadot-la. O artigo primeiro, referente a Deus e Religio,modificado em 1.738, sendo restabelecido e reformado vvezes pela Grande Loja da Inglaterra, originalmente, deiso qual dizia:

    Um maom obrigado pela sua dependncia Ordem, aobedecer a Lei Moral: e se bem entende a Arte, nunca ser um Ateu

    estpido, nem um irreligiosolibertino. Porm embora nos temposantigos os maons fossem obrigados,em todos pases, a seguir a religiodaquele pas ou daquela nao,qualquer que ela fosse, presentemente se julgou maisconveniente no obrig-lo, sendo para com a religio na qual todos oshomens esto de acordo, deixando acada um as suas opinies pessoais.Essa religio consiste em seremHomens bons e sinceros, homenshonrados e probos, quaisquer que possam ser as denominaes ou

    crenas que possam distingui-los: motivo pelo qual a Maonaria hde tornar-se o Centro de Unio e o meio de conciliar, por umaamizade sincera, pessoas que estariam perpetuamente separadas.

    Em 1.815, depois do Tratado de Unio entre maons antigos e os modernos, a Grande Loja Unida Inglaterra alterou este artigo , com a seguinte redao test

    Um maom obrigado pela sua dependncia, a obedecer aLei Moral; e, se bem entende a Arte, nunca ser um Ateu estpido,nem um irreligioso libertino. De todos os homens, deve elecompreender melhor que Deus v de maneira diferente do homem: pois o homem v a aparncia exterior, enquanto Deus v corao.....Qualquer que seja a religio de um homem ou suamaneira de adorar, no ser excludo da Ordem, contanto que creiano glorioso arquiteto do cu e da terra, e que pratique os deveressagrados da moral.

    http://d/Palestras/Palestra%20-%20A%20Influ?ncia%20Rosa-Cruz%20na%20Ma?onaria/www.cacha?aadegademinas.com.br
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    Portanto, a diferena entre a Constituio de 1.723e a de 1.815, o tesmo introduzido no artigo primeiroreferente a Deus e Religio. O novo texto ,frontalmente, contrrio livre determinao, sendocontrrio ao que a Maonaria apregoa.

    A histria da Maonaria est relacionada,diretamente, com potncias ocidentais dominantes napoca da criao da Maonaria Especulativa, deixando delado a Operativa, cujo foco formativo, sempre, foi areligiosidade.

    A Inglaterra e a Frana foram palco, em pocasdiferentes, de revolues que mudaram a cultura vigente:a Inglaterra, em 1660, a Frana, em 1780, momentos emque personagens manicos tiveram grande participao,mas devemos levar em considerao que, o mundomudou em funo dos pensadores e no dos maons.

    Quando nos referimos aos ritos, a influncia daFrana foi marcante e profcua, sendo que dos seis ritospraticados hoje no Brasil, trs possuem origem francesa(Perfeio/REAA, Moderno ).

    Algumas informaes complementares:- Rito de Perfeio, criado em 1743, e em 1801

    transformado no Rito Escocs.- Em 1747 foi criado o Rito do Captulo Primrdio

    dos Rosa-Cruz, Jacobita de Arras. Alguns autores atribuemeste rito ao pretendente do trono Ingls, Carlos Eduardo

    Stuart, no existindo nenhum documento que comprove qStuart ou algum de sua famlia tenha estado por l.

    - Alec Mellor afirma que Carlos Eduardo nunca fMaom, mas inimigo ferrenho da mesma, suspeitando qtenha sido um dos fomentadores da Encclica IN EMINENcontra a Maonaria.

    - Em 1761, o Rito Moderno foi criado com intuito franceses se libertarem do domnio da Maonaria Inglesa.

    - Em 1781 foi criado o Rito Adonhiramita.Concluso:Deista? Teista? Agnstica?Discusso irrelevante, pois a Maonaria se intitu

    pela fora constitucional de seus princpios, como umInstituio Filosfica, Progressista e Evolucionista, que lcontra a ignorncia, fanatismo, supersties, adotandotolerncia como bandeira, primando pela Liberdade (issignifica dizer que o homem livre em pensar) e Igualda(independente de sua opo religiosa) as quais determinamFraternidade.

    Assim, devemos considerar o fato de todos sereiguais, independentemente de suas posturas religiosapodendo realizar e participar do to apregoado exempmanico.

    Destarte, podemos dizer que essa a heranfrancesa -libert, galit, fraternit , ponto principal de apoioda Maonaria moderna.?

    a b

    Denizart Silveira de Oliveira Filho MI 33 ARLS Igualdade n 93 GLMERJOriente do Rio de Janeiro Escritor e Acadmico

    inegvel a influncia inglesa na MaonariaUniversal, no s a Simblica, como tambm, ados Altos Graus dos Corpos Filosficos,

    principalmente do Rito de York, mas tambm, do RitoEscocs Antigo e Aceito, embora de forma indireta.

    EEEssa influncia inglesa encontra-se: 1) na prpria

    Origem, Institucionalizao e Expanso da Maonaria que,segundo a Escola do Pensamento Manico, chamada

    Autntica, se deu na Inglaterra em duas fases:primeiramente na forma Operativa, formada pelascorporaes, ou Guildas, de profissionais da arte deconstruo, depois, transformando-se na MaonariaEspeculativa, formada por Maons Aceitos: filsofos,artistas, cientistas, livres-pensadores. SuaInstitucionalizao ocorreu, quando da formao daprimeira Potncia Manica do Mundo, a Grande Loja daInglaterra, e dotada das Constituies de James Andersone Jean Thophile Dsaguliers. Sua expanso bem como do

    sistema Grandes Lojas, para o resto da Europa e mundo, deu-se logo em seguida e muito rapidamente; 2) Nconjunto dos Princpios Fundamentais e Doutrinrios Ordem, hoje presentes na Maonaria de todas as PotnciaRitos, em todo o mundo; 3) Nos Sistemas filosficos TeDesta de alguns Ritos. No Rito de York, praticado muitos pases.

    Na Origem, Institucionalizao e Expanso d

    MaonariaCharles Webster Leadbeater, em seu livro PequenaHistria da Maonaria, nos informa que existem quatro principais escolas ou tendncias do pensamento manico: AEscola Autntica , pela qual a Maonaria teve origem naguildas operativas inglesas de construtores da IdadMdia, sendo que os elementos especulativos foraenxertados no tronco operativo; A Escola Antropolgica , pelaqual a Maonaria teve origem nos Antigos MistriIniciticos de muitos povos e naes primitivas do mund

    http://www.clinicaneuropsiquiatrica.com.br/http://www.cafebrasil.ind.br/
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    A Escola Mstica , pela qual a Maonaria, tambm, temparentesco com os mistrios iniciticos, menores emaiores, das antigas religies e Escolas pr-crists, dosegpcios, persas, gregos, judeus, romanos, celtaseescandinavos; A Escola Oculta (ou Sacramental), pela qual aMaonaria deriva dos antigos Mistrios egpcios. Nela seincluem a antiga Escola de Pitgoras, a Filosofia Secreta deHenrique Cornlio Agrippa, a Filosofia de Paracelso, aOrdem Rosa-Cruz de Christian Rosenkreutz e aMaonaria Egpcia de Cagliostro.

    Entretanto, sem a pretenso de discordar doemrito Irmo Leadbeater, ousamos acrescentar trsoutras Escolas do Pensamento Manico, quanto sorigens da Maonaria, ainda que, em sua fase operativa:Escola ou Maonaria Operativa Pomplica,pela qual Numa Pompilio, segundo reide Roma, a teria fundado em 714 a.C.,atravs de seus Colgios, chamadosCollegias fabrorum, corporaesoperrias de ferreiros, carpinteiros,fabricantes de armas, pedreiros,flautistas e arquitetos; Escola ou Maonaria Templria, pela qual a Ordem,teria sido criada pelos remanescentesdos Templrios ou Cavaleiros da Ordemdo Templo, na Abadia de Mont-Serrat,em Barcelona, Espanha, em 1514, certos200 anos aps a morte de seu ltimoGro-Mestre oficial, Jaques De Moley,assassinado pelo rei de Frana, Filipe, oBelo, em conluio com o Papa Clemente V;Escola ou Maonaria Bblica , pela qual, segundo alguns, a Maonariateria sido fundada por Hiram Abif, arquiteto do Templode Salomo ( Maonaria Adoniramita), e segundo outros,pelo prprio Rei Salomo, durante a construo doGrande Templo de Jerusalm ( Maonaria Salomnica).

    Considerando a milenar origem da Maonaria,deixaremos de lado, as sociedades secretas e msticas daantiguidade e nos fixaremos, somente, nos aspectos quepodem ser, facilmente, comprovados, atravs dos maisantigos documentos, hoje, preservados.

    A Maonaria Simblica com seus Graus deAprendiz e Companheiro, tem origem certa na Europa,nas antigas corporaes de pedreiros, por ocasio domovimento das Cruzadas. No ano de 1095, 600.000homens formaram as Cruzadas para a libertao doTmulo de Jesus, em Jerusalm. Entre esses 600.000homens havia milhares de artfices.

    O sculo XI, na Europa, foi marcado pelasconstrues, em estilo gtico, de grande nmero deIgrejas, Catedrais e Palcios, custeadas pelos Templriosdas Cruzadas, inspirados na religio. Em Jerusalm, os

    obreiros europeus adquiriram dosobreiros nmades do Oriente,conhecimentos de arquitetura que ignoravam, aperfeioandassim, a arte de construir. Alm disso, tambm, receberinstrues a respeito de novas formas de associaes. remontarmos a poca de Tiro, poderemos sentir que organizao que Hiram Abif imprimiu aos trabalhos construo do Templo de Salomo, h de ter permanecido Oriente, conservada, ciosamente, de pai para filho. De voltEuropa, ao final do sculo XI e comeo do sculo XII, aquartfices trouxeram do Oriente novos mtodos de construagrupando-se em associaes, como garantia de preservexclusivamente, para si, os novos segredos.

    Na Inglaterra, as associaes profissionais dconstrutores, surgiram no sculo III. Carausius, depois de

    apoderar da Gr-Bretanha, no ano 290fundou, em Verulam, hoje, Hertfordhireuma importante sociedade deconstrutores romanos, baseada nosCollegias Fabrorum (Colgios deConstrutores Romanos). A existncia nInglaterra dessa corporao romana, ndeve causar espanto. Cada uma dasLegies Romanas trazia um Colgio ouCorporao de artfices, com a finalidadede implantar na terra conquistada ogerme da civilizao romana. MortCarausius, em 293, seu sucessoConstance Chloro estabeleceu umaresidncia em Eboracum, hoje York, ondatraiu as mais importantes sociedade

    manicas de construtores. Na poca, os Maons operativ exemplo dos artfices dos Collegias Fabrorum, celebravamas festas pags dos Solstcios: a Janua Inferni e a JanuaCoeli. No sculo VI, os monges Beneditinos converteramanglo-saxes ao cristianismo; os maons, tambabandonaram o paganismo. At hoje, o ingresso nMaonaria Inglesa privilgio cristo. As assemblemanicas passaram a ser presididas por abades, qurecebiam, por respeito, o ttulo de Venerveis Mestres, ttuloconservado at nossos dias nas Lojas Manicas.

    A corporao tomou o ttulo deConfraternidade deSo Joo; suas assembleias, receberam o nome deLojas deSo Joo; festejavam os Solstcios peloSo Joo de VeroeSo Joo de Inverno.Em 926, o Prncipe Edwin, irmo do Rde Inglaterra e Gro-Mestre da Corporao, convocou toas Lojas para uma Assembleia Geral, na cidade de Yoas submeteu a aprovao de uma Constituio; a Carta deYork, base posterior a todas as Associaes Manicas.Nosculo VIII, pelo ano de 700,a Confraternidade passou Esccia, atravs de Maons de York, que para l setransportaram, com o intuito de estudar os modelosde arquitetura Escocesa, ento, muito florescente.

    mailto:[email protected]
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    Eles se localizaram em dois castelos, onde osMestres passaram a realizar as suas assembleias, sendodenominados de Mestres do Vale ou Mestres Escoceses.Noano de 1140 construram a abadia de Kilwinning. Em 1150,construram na abadia aLoja-me de Kilwinning,ainda, ematividade at hoje. Porm, nos sculos XVI e XVII, essaMaonaria incipiente da Europa, constituda dasCorporaes Profissionais, perdeu fora porque o estilogtico foi substitudo pelo estilo Renascentista, alm doque passou a sofrer duras perseguies polticas ereligiosas por parte da Igreja Romana.

    Na Inglaterra, a Maonaria Operativa, prevendosucumbir-se pelos mesmos motivos, passou a admitir emseu seio homens proeminentes, filsofos, livrespensadores, cientistas, misantropos, intelectuais, quetransformaram a Corporao em um todo simblico, ouseja, a Maonaria Operativa transformou-se em MaonariaSimblica, adaptando seusmtodos de trabalho e as suasConstituies. Daquela data emdiante, a Maonaria Simblicaligou-se a interesses polticos,criou o Terceiro Grau (o deMestre-Maom) e prosperou,espalhando-se por toda a Europa.

    Foi em Londres, em 24 de junho de 1717 que se formou aprimeira Grande Loja Manicado mundo. E data de 1813 acriao da Grande Loja Unida daInglaterra (GLUI). Exatamente, naInglaterra, bero doProtestantismo, onde o reiHenrique VIII erguera-se contra oVaticano, fundando a IgrejaAnglicana. Por esse motivo,grande parte dos Maons Aceitosera protestante, e, no ano de 1723,quando promulgada a 1aConstituio Manica (elaboradapelo reverendo anglicano James Anderson, juntamente,com o Fsico e, tambm, pastor Jean ThophileDsaguliers), a Maonaria concede a seus integrantesliberdade de culto, exigindo, apenas, a crena em um Deusnico: O Grande Arquiteto do Universo.

    Eis a origem da Maonaria Simblica, que tomouos ritos misteriosos das lendas da poca da construo doGrande Templo de Jerusalm, espiritualizando-se.

    Na Maonaria Inglesa no h eleio em Loja.Existe a carreira e o Gro-Mestre cargo vitalcio, sempre,ocupado por um nobre, sendo o atual o Duque de Kent.

    Quem dirige a Grande Loja de fato o Pr Gro Mestresistema de admisso de novos membros feito da seguinforma: o apoiador apresenta a inteno de convidar udeterminado amigo em reunio administrativa, sendo proposio aprovada ele em seguida faz o convite, cacontrrio o candidato no saber jamais.

    O Fundo de Beneficncia (Karitas) da Grande LUnida da Inglaterra (GLUI) muito forte, com atuamarcante, tanto no mundo profano quanto para os Maons

    Princpios Fundamentais e Doutrinrios dMaonaria Universal

    Percebe-se, facilmente, a influncia, agora Maonaria Inglesa, na Maonaria Universal, nos PrincpFundamentais e Doutrinrios da Ordem, uma vez que estesto, diretamente, baseados nas Constituies dos pasto James Anderson e Dsaguliers. So eles:

    (1) A Maonaria proclama, como sempre proclamou desdea sua origem, a existncia de umPrincpio Criador, sob a denominaode G A D U .

    (2) A Maonaria no impenenhum limite livre investigao daVerdade e para garantir a todos essaliberdade que exige, de todos, a maiortolerncia.

    (3) A Maonaria acessvelaos homens de todas as classes sociaise de todas as crenas religiosas e preferncias polticas, exceo quelesque privem o homem da liberdade deconscincia, restrinjam os direitos e adignidade da pessoa humana.

    (4) A Maonaria tem por fimcombater a ignorncia; uma escolaque impe: obedecer s leis do pas,amar o prximo, trabalhar pela felicidade do gnero humano.

    (5) Reconhece a prevalnciado Esprito sobre a Matria, e afirmao princpio cardeal da tolerncia

    mtua, para que sejam respeitadas as convices, a dignidade e aautonomia do indivduo como personalidade humana.

    (6) Aceita a existncia da Alma, e, subsidiariamente a estacrena, a da vida futura.

    (7) A Bblia, denominada Livro da Lei ou Livro Sagrado,deve estar, obrigatoriamente, presente na Loja, sobre o Altar,durante os trabalhos, posto ser a principal pea litrgica da Loja Manica.

    A par destes Princpios Normativos, ou Declarao Princpios, a Maonaria proclama, tambm, as seguindoutrinas, sobre as quais se apoia:

    http://www.flordaprimavera.com.br/
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    Para elevar o homem aos prprios olhos e torn-lo dignode sua misso sobre a Terra a Maonaria erige em dogmaque o G A D U deu ao mesmo, como o maisprecioso dos bens, a liberdade, patrimnio daHumanidade inteira, cintilao celeste que nenhum podertem direito de obscurecer ou de apagar, pois a fonte detodos os sentimentos de honra e de dignidade.

    Desde o primeiro grau at a obteno do mais elevado grau da Maonaria, a condio primordial, sem a qual nada seconcede ao aspirante, a reputao de honra ilibada e de probidade inconteste.

    Aquele para quem a religio o supremo consolo, a Maonaria diz: cultiva sem cessar, tua religio, segue asaspiraes de tua conscincia; a Maonaria no uma religio,no tem um culto, quer a instruo leiga; sua doutrinacondensa-se toda nesta mxima: Ama Teu Prximo.

    O Tesmo e o Desmo nos Ritos ManicosTesmo a crena absoluta na existncia de um

    Deus infinitamente perfeito, bom e misericordioso, quenos oferece muito mais que a nossa simples existnciatemporal. No Tesmo: (1) Deus transcende ao universo,pois teria sido seu criador, o autor do mundo; (2) oG A D U uma pessoa que governa o mundo euma entidade revelada aos homens na histria. O Testa:no aceita o testemunho da razo lgica de Deus, masuma revelao dogmtica e nica, ou seja, um Deus vivo,semelhante prpria imagem do homem, opondo-se, aoAtesmo e ao Desmo; , essencialmente, espiritualista, namedida em que ajusta o Criador criatura, de maneiraabsoluta e irracional, pois a verdade no pode ser racional.

    Na Maonaria, o Tesmo to antigo que j estcompletamente arraigado instituio.

    Os Ritos Testas consideram a maonaria um culto,destinado a preservar e a propagar a crena na existncia deDeus e, tambm, a auxiliar o Maom a ordenar e pautar sua

    vida de acordo com sua crena religiosa, que deve ser monotedestacando-se o carter transcendental da Divindade.

    Desmo a crena em Deus e na Religio Naturpor exigncia da razo, mas com rejeio de toda a ideiarevelao Divina atravs da histria. No Tesmo: (1) Deusprincpio criador ou causa primria do mundo, identificadcom a natureza; (2) o G A D U destitudo deatributos morais e intelectuais, aspectos essencialmenhumanos. O Testa: aceita os dogmas da religio naturporm, revelados pela razo, como uma lei, e no pehistria religiosa; no aceita a doutrina crist da igreja; naceita as figuras do pecado, do mal, da redeno, por tratarem de aspectos fora da razo.

    Considerando-se os diversos aspectos filosficos Tesmo e do Desmo, os Ritos mais praticados no mundforam classificados, inicialmente, como: DestAdoniramita (criado pelo Baro de Tschoudy, na FranEscocs Antigo e Aceito (de origem inglesa e franceTestas: York (criado na Esccia e desenvolvido Inglaterra), Schreder (Criado na Alemanha), BrasileRacional (ou Agnstico) Moderno ou Francs.

    No REAA, entretanto, com o correr do tempo,carter desta misturou-se ao tesmo, sendo que este acabpor ser dominante, dando ao mesmo, nos dias de hoje,mesmo forte carter testa do rito de York.

    O Rito de YorkEste Rito possui trs nomes: York, Real Arco e Ing

    de origem escocesa, surgido em 1717, e foram os jesuque o introduziram em Londres, denominando-o Rito dAntigos Maons. Na Inglaterra, o Rito desenvolveu-seRito compe-se de quatro graus: Past Mster, Mark MsSuper Excellent Mason e Santo do Real Arco. Nos EUAampliado para nove graus. muito disseminado, a partir Inglaterra, tendo absorvido os trs graus simblicos. o Rmais praticado nos pases de lngua inglesa. ?

    a b

    Derly Halfeld Alves MI 33 ARLS Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas GOriente de Juiz de Fora MG - Mestre Real da Marca - Escritor e Acad

    No sabes qual de teu prximoNo sabes qual de teu prximo influiinflui mais em ti, mas, seguramente, no aquele que tens mais perto,mais em ti, mas, seguramente, no aquele que tens mais perto,vs e ouves amidevs e ouves amide .. (Unamuno-Ensaios: Solido).

    ue nossas primeiras palavras sejam paracumprimentar a equipe organizadora deste EncontroManico, principalmente, no que se refere aos temas

    escolhidos, a considerar que o Simbolismo Manico, na suatotalidade, derivam das mais variadas origens e procedncias,resultando a Ordem Manica Ecumnica.

    QQ Fomos escalados voluntariamente parconversarmos, nesta oportunidade, sobre o tema Ainfluncia greco-romana na Maonaria, ou seja, o que pertenceaos gregos pelo esprito e aos romanos pela data, osimultaneamente, Grcia e a Roma, ou, ainda, comum agregos e aos romanos.

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    No vamos comentar aqui a histria-fbula do famosocalcanhar de Aquiles, a guerra do Peloponeso, ou sobrea origem dos deuses, e sim, sobre a cultura grega, suafilosofia e, principalmente, sobre suas artes.

    Este simplrio trabalho que irei apresentar, nessaoportunidade, afasta-se, totalmente, da histriapropriamente dita, tanto da Grcia como, nesse caso, daItlia, mais particularmente de Roma. Apenas, justificar otermo greco-romano, a considerar que, no sculo II a.C.,a Grcia tornou-se um territrio do Imprio Romano, e, apartir da, foi incorporada a outros tantos Imprios, sconseguindo sua independncia a partir de 1821.

    A histria, assim afirma o historiador, refere-se atoda produo humana, por isso ela comea com oaparecimento do homem sobre a terra. Tal concepo temum sentido amplo, dividindo em duas grandes pocas aPr-histria e Histria.

    A primeira, corresponde ao perodo que s podeser reconstrudo atravs de documentos no-escritos, porexemplo: instrumentos,armas, desenhos,pinturas, fsseis, etc.; aHistria reconstituda apartir de documentosescritos, que comeam aaparecer por volta do ano4000 a.C., e, tambm, apartir de documentosno-escritos (cf.HistriaAntiga e Medieval).

    A histria e a artegrega, propriamenteditas, s tiveram incio nofim do sculo VIII a. C., pois, at ento, predominava naGrcia a arte micnica - oriental em grande parte - e, foinessa poca que se constituram as trs ordensarquitetnicas: Jnica, Drica e Corntia, que se aplicaram,principalmente, na construo de famosos templos,tmulos, teatros, ginsios, prticos monumentais , etc.

    Nossa anlise se voltar com relao aos smbolose alegorias tradicionais que foram herdados da cultura edas artes da raa helnica, poca em que a arquiteturatriunfava na beleza apurada, onde surgem o Parthenone o Templo de Olympia com a elegncia das suasestaturias, a grandeza do Santurio de Apolo,culminando com o mais belo monumento construdopelos gregos, a Acrpole de Atenas.

    Assim, herdou a Maonaria, por influncia, maisgrega do que romana, os denominados Pilares Alegricos,ou Colunas Alegricas:Jnica, Drica e Corntia,pertencentes s Ordens de Arquitetura Grega.

    Representam as trs grandes luzes de uma Loja

    Manica, ou seja, o Venervel, como Mestre da LojaPrimeiro e o Segundo Vigilantes, respectivamente, imediatos substitutos do primeiro mandatrio.

    Sobre o Altar do Venervel Mestre loca-se, eminiatura, a coluneta Jnica representando Minerva oPallas, filha de Jpiter, deusa da Sabedoria e das artes, e qpresidia a todos os trabalhos de costura e bordados. Arachousou desafi-la na sua arte e a deusa irritada metamorfaseou em aranha, nos conta a lenda.

    Sobre o altar do 1 Vigilante a coluneta Dricrepresentando Hrcules, tido como o mais clebre dos herda mitologia grega, tambm, filho de Jpiter. Juno, a deudo casamento, que, tambm, era esposa de Jpiter, irritacontra o menino, mandou duas serpentes para o devorareno bero; a criana que j era robusta, esmagou-as em s braos. Quando crescido, Hrcules ficou conhecido pela extraordinria Fora.

    Finalmente, sobre o Altar do 2 Vigilante a coluneCorntia, representada por Vnus, a deusa da formosura,

    graa e da beleza, nascidada espuma do mar.

    Em Maonariapodemos, ainda, conceituaras trs colunas comoSapientia, Salus, Stabilitasisto , Sabedoria atribudaao Mestre da Loja, a Sade(Fora), ao 1 Vigilanteresponsvel que pelo bom andamento dostrabalhos em Loja, eEstabilidade moral, afirmeza de carter, que se

    transforma em alegria e vitria, atribuda ao 2 Vigilanresponsvel que pela satisfao alegre dos irmpresentes.

    Esses so os pilares ou colunas alegricas, de origegrega, entretanto, podemos, ainda, descrever sobre Colunas pertencentes Ordem de Arquitetura Romana, qmodifica um pouco as ordens gregas, utilizando as colunToscana e a Compsita, mais carregadas e menos elegante

    Julgamos que, parte da influncia greco-romana ordem manica foram as trs colunas Drica, JnicaCorntia, entretanto, as colunas romanas, Toscana Compsita tm valor inestimvel na composio simbldo Templo Manico, por se tratar, segundo nosinterpretao, das Colunas "B " e "J ".

    Essas seriam as Colunas referidas nas SagradEscrituras, mais precisamente em 1 Reis 7.15 (As coluna bronze), erguidas diante do prtico do santurio, colunque, na maioria dos templos manicos, so colocadinternamente, interpretadas, por vezes, erroneamente,

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    como sendo colunas do norte e do sul, quando narealidade, no meu entendimento, deveriam ser fixadas noprtico, ou seja, na entrada do templo.

    Partindo das ideias desenvolvidas por Scrates,Plato e Aristteles, os quais sistematizaram os princpiosda Lgica, da Retrica e de outras cincias especiais, aordem manica adotou dentro das suas filosofias, as setecincias que formavam a sabedoria dos antigos, a que,tambm, denominamos de Sete Artes Liberais ou SeteCincias, cujas representaes indicam a imagem daordem do saber no limiar da poca moderna e so ricas desimbolismos, assim distribudas: a gramtica, a retrica, algica (dialtica) formam o, assim chamado, trivium(trplice diviso do currculo inferior dos estudos da IdadeMdia); a aritmtica, a geometria, a msica e a astronomia,o, assim chamado,quatrivium, os quatroltimos caminhos doestudo que, juntamentecom o trvio, constituamas sete cincias jmencionadas, cinciasque podemos consider-las grandiosas para todaa sociedade. Permitam osirmos descrev-las,ainda quesinteticamente:Gramtica: arte que nosensina a escrever e a falarcorretamente; Retrica: arte do bem falar, de expor ediscorrer sobre quaisquer objetos;Lgica: cincia das leis,do raciocnio, segundo a qual investigamos com justeza edescobrimos a verdade;Aritmtica: cincia dos nmeros,a arte de calcular e efetuar as operaes e as propriedadesdos nmeros;Geometria: cincia que tem por objetivo amedida das linhas, das superfcies e dos volumes;Astronomia: cincia que trata dos astros; que ensina adeterminar a posio relativa dos astros, a sua configuraoe a verificar as leis dos seus movimentos;Msica:propositalmente, deixamos como a stima arte a serdefinida. A arte de combinar os sons de maneira agradvelao ouvido. Segundo a mitologia grega Amphion, poeta emsico que edificou os muros de Thebas, ao somharmonioso da sua Lyra, as pedras, impressionadas poressa harmonia, acorriam e, por si prprias, ajustavam-seumas em cima das outras. Os animais ferozes corriam paraouvir os sons da lira do divino Orpheu; as rvores baloiava, cadenciosamente, a sua ramaria.

    Essas Sete Cincias ou Artes Liberais, na mitologiagrega, eram presididas pelas Nove IrmsMusas, cujoobjetivo era fazer cessar a angstia e esquecer o mal e

    mostrar que as artes tm, entre si, relaes estreitas.Clio musa da histria - era a inspirao do ouvid

    representada sentada ou em p, com um rolo de papel nmo;Calope musa da epopia - era a inspirao da voexcelente. Musa da poesia herica e da eloqncia.representada tendo nas mos uma tabuinha e estilo (punde metal, com que os antigos escreviam em tabuinhenceradas);rato musa da poesia ligeira - era a inspirado amor representada com uma lira em uma das moEuterpe musa da msica - era a inspirao da artencantadora. representada com uma flauta na mMelpmene musa da tragdia - era a inspirao trgicatendo em uma das mos uma cabea decepada;Polmniamusa da eloqncia e da poesia lrica - era a inspirareligiosa. Aparece em atitude de meditao;Tlia musa da

    comdia - era a inspirao jovial. Representada pouma mscara e umagrinalda de hera;Terpsicore musa dadana - era a inspiraoanimadora. Tambm,representada com uma lirana mo;Urnia musa daastronomia - era ainspirao celeste e divina. representada com umcompasso e um globo namo.

    interessante,ainda, citar a jia dos ex-Venerveis ou Past-Mastesquadro normal, no qual pendurado, entre os dois braoa demonstrao do Teorema de Pitgoras, o matemticofilsofo grego, simbolizando, nitidamente, a cinmanica que aquele que a usa deve possuir, porque o papdo Venervel criar Maons perfeitos , razo pela qual usa o Esquadro, sinal de retido e instrumento indispensvpara transformar a Pedra bruta em hexaedro perfeito (Pedcbica).

    Aprendemos nos bancos escolares que o Teorema Pitgoras consiste em demonstrar que o quadrado dhipotenusa de um tringulo retngulo igual soma doquadrados dos catetos.

    At ento, na exposio feita, podemos conceituaparte alegrica e simblica dos trs primeiros grauvejamos: nos graus tidos como superiores ou altos grausque encontramos para cumprimento do ttulo a que nopropusemos? So passagens ou smbolos, originrios cultura greco-romana que observamos nos rituais, a partir quarto, at o trigsimo terceiro, como diria o saudoso irmTabajara, en passant, considerando que, a sua granmaioria de Rituais esto voltados para a vertente hebraic

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    Grau A seu colar ou fita tem na frente, bordados a ouro,as letras gregas ALFA e MEGA, fazendo aluso aoApocalipse: Eu sou o Alpha e mega, o princpio e o fim,o primeiro e o derradeiro;Grau B Na formao doConselho, esse se denomina Arepago, antigo tribunalateniense. Encontramos, tambm, a denominao deSenado, nome dado a diversas assembleias, que formavamimportantes rgos de governo em Esparta, em Atenas,como, tambm, em Roma;Grau C Na decorao dotemplo colocada uma coluneta branca sustentando oTetraedro (Tetraklys de Pitgoras), com dez estrelasdistribudas de baixo para cima;Grau D - Tal qual acima,consta, tambm, na decorao o mesmo Tetraedro dePitgoras, dessa vez, com trinta e seis estrelas, com ovrtice para baixo. Ainda, nesse mesmo grau, h umadecorao, denominada Cripta dos Grandes Filsofos oudas Grandes Luzes, entre os quais, consta a foto de Plato,com a seguinte descrio: Eu sou Plato, discpulo de

    Scrates. Ensinei aos homens a se conhecerem a si prprDesvendei-lhes o mundo das ideias puras e das realidadeternas. Nossos sentidos, somente, percebem as sombras realidade, isso , dos fenmenos e das leis; estas, porm, revelam, tanto no domnio do fsico como no do espritendncia, sempre, crescente para o Verdadeiro, para o Bepara o Bem, trplice realizao do Divino. No extremo dlimites do inteligvel, est a ideia do Bem. No se deve dique a Justia consiste em fazer o bem a seu amigos e o mseus inimigos. O justo aquele que vive em perfeharmonia consigo mesmo, com os seus semelhantes e comordem do Universo.

    Esperamos, prezados irmos presentes nessmagnnimo Encontro da Cultura Manica, haver, na stotalidade, ou, pelo menos em parte cumprido com o que mfoi solicitado: falar sobre a Influncia Greco-RomanaOrdem Manica.

    Sou muito Grato.?a b

    Francisco Feitosa da Fonseca MI 33 ARLS Rui Barbosa n 46 GLMMG Oriente de So Loureno-MGGrande Inspetor Litrgico da 14 MG Escritor e Acadmico - Editor da Revista Arte Real

    osa-Cruz como se denomina a sociedade oufraternidade filosfico-religiosa secreta que,segundo a Tradio, foi fundada por um Ser que

    adotou um nome mstico pois que seu verdadeiro Nomeera bem outro qual usavam os instrutores medievais,Christian Rosenkreutz, embora que outros significadosmais secretos estejam ocultos por baixo do mesmo Nome,a comear pelo de umaf crist ou do ChristusUniversal, o Cristotranscendente dosgnsticos, ou mesmo o 7Princpio das Escolasmais elevadas ou da sTeosofia.

    RR

    A bem dizer, elefoi, apenas, umrenovador, pois asociedade remonta ao antigo Egito, quando Amenophis IV(Akhenaton) teria fundado a Ordem Secreta Rosa Cruzdos Andrginos (1374 a.C.). Akhenaton no s construiuseu Templo em forma de cruz, mas introduziu a cruz e arosa como smbolos e, alm disso, a Cruz Ansata, uma dasformas primitivas da cruz, que consiste de uma curva oval

    aplicada ao topo de uma cruz em tau, ou letra T. Desforma, o Lrio Antigo, smbolo do poder terrestre, substitudo pela Rosa Mstica de cinco ptalas, smbolo pureza e humanizao do esprito. A cruz e a rosa expressao equilbrio perfeito, a ao do divino na superfcie da Terr

    Aps a morte de Akhenaton, a Ordem foi toleradmas, gradativamente, manifestou-se um sentimento contra

    seu poder secreto, demodo que se tornounecessrio reduzir, cadavez mais, a extenso de suaatividade. Apesar disso, osensinamentos da Ordemforam se expandindo porvrias regies. Nessa fasede expanso da era Crist,os ideais rosacruzes,tambm, se expandiram,

    rapidamente, por toda Europa.Os Rosacruzes da Alemanha medieval formavam u

    grupo de filsofos msticos, que, secretamente, se reuniaestudavam e ensinavam doutrinas esotricas sobre religifilosofia e cincia oculta, que seu fundador, ChristRosenkreutz, havia aprendido dos sbios rabeherdeiros, por sua vez, da cultura de Alexandri

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    Tornaram-se mais conhecidos no sculo XVII, inicialmentena Alemanha, com o telogo Johannes Valentin Andreae,que nascera em Wttenberg, na Alemanha, em 1586. De bero protestante, atravs de seu pai, tomou conhecimentodo simbolismo alqumico, matria de enorme interessepara o meio erudito da poca.

    Nessa poca, transio do sculo XVI para o XVII,na Europa, agitada pelas consequncias das reformasluteranas, surgiram vrios grupos independentes, queacalentavam sonhos reformistas, procura da sociedadeideal. Andreae participou de um desses grupos, conhecidocomo Crculo de Tbigen, tendo grande importncia emsua formao. Foi creditado a esse movimento o alicercedos ideais apresentados nos trs manifestos publicadosnos anos de 1614, 1615 e 1616.

    Esses trs manifestos, publicados anonimamente,desencadearam o Movimento Rosacruciano. So eles:Fama Fraternitatis (Ecos da Fraternidade ou Confraria);Confessio Fraternitatis (Confisso da Fraternidade; DieChysmische Hochzeit Rosenkreutz (Npcias Qumicas deChristian Rosenkreutz no ano de 1459). Propunham arenovao da Igreja, do estado e da sociedade, e umconvite para que as pessoas iluminadas entrassem para aFraternidade com o ideal de salvar a Europa do atraso emque estava mergulhada, desde a Idade Mdia. Elestiveram um sucesso considervel, deram origem ainmeras controvrsias e inspiraram, tambm, muitasobras rosacrucianas.

    O Fama Fraternitates, editado em 1614, foi aprimeira meno histrica da Sociedade Rosa-Cruz. Narraas viagens do cavaleiro alemo Christian Rosenkreutz,atravs da Arbia (Damasco e Damcar), do Egito e deMarrocos (Fez), nas quais adquiriu sua sabedoria secreta,revelada, apenas, aos iniciados na Sociedade. Logo depoisde fundada na Alemanha, os primeiros membros daOrdem concordaram em manter uma postura de absolutosegredo durante os cem primeiros anos de sua existncia.

    A sociedade rosacruciana uma sntese doocultismo vigente naIdade Mdia:hermetismo egpcio,gnosticismo cristo,cabalismo judaico,alquimia medieval.

    A antiguidadehistrica da afinidadeentre a Rosa-Cruz e aMaonaria inglesa, tal,que ultrapassa aexistnciainstitucionalizada de

    ambas as Ordens. Porexemplo: o poema ATrindia das Musas,do poeta escocs ehistoriador WilliamHenry Adamson, dacidade de Perth,publicado emEdimburgo, em 1638,contm a passagemFor we are the brethren of the Roise Cross. We have the mason word asecond sight, ou seja, para que os irmos da Rosa-Crpudessem possuir a Palavra Manica seria necessrque, j naquela poca, houvesse um intercmbio entre duas correntes de pensamento. Talvez, por isso, fraternidade Rosa-Cruz foi confundida muitas vezes comMaonaria e, de certo modo, a Maonaria Moderna assimimuitos princpios esotricos do grande Movimentconforme atesta Rizzardo da Camino, autor de O PrnciRosa-Cruz e Seus Mistrios.

    Em Orthodoxie Maonique, o escritor maom franc Jos Maria Ragon alega que Elias Ashmole e os demIrmos da Rosa-Cruz se reuniram em 1646, na sala sesses dos Franco-Maons, em Londres, onde, livremendecidiram substituir as tradies orais adotadas narecepes de adeptos nas Lojas por um processo escrito Iniciao. Aps a aprovao do grau de Aprendiz pelmembros da Loja, o Grau de Companheiro foi redigido, 1648, e o de Mestre, pouco tempo depois, embora, devemressaltar que, o escritor e historiador manico JoCastellani afirma que o Grau de Mestre Maom, foi criapela primeira Grande Loja inglesa, em 1723, e simplantao s se deu em 1738.

    Existe uma tradio muito slida que diz que, foi pintermdio de Elias Ashmole, que a corrente rosacrucianaintroduziu na Maonaria, o que justificaria a transmissregular e, por isso mesmo, o valor inicitico do 18 GrauFranco-Maonaria atual.

    Outro elemento que constitui uma relao dintimidade entre as duas correntes deu-se no decorrer dsculo XVIII. Sabe-se que os Smbolos Secretos dos RCruzes dos sculos XVI e XVII so oriundos de ucoletnea de pranchas emitidas do crculo manico Gound Rosenkreuzer (Rosa+Cruz de Ouro), em duas partesprimeira, em 1785, e a segunda, em 1788. As origens da RCruz de Ouro manica so obscuras, mas um dos nomligados sua formao o de Hermann Fictuld. Fictuld fde uma Sociedade de Rosa-Cruzes de Ouro, herdeiros Toso de Ouro. Ele operou significativas reformas na Gound Rosenkreuzer, em 1777.

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    Essa Ordemdesenvolveu-se dentrodas regras daMaonaria. A vertenterussa da Rosa-Cruz deOuro, instalada emMoscou, teve doisprincipais vultos:Nicolas Novikov(Maom, membro daRosa-Cruz de Ouro eMartinista) e o conde I.V. Lopokhin. Segundo

    Robert Ambelain, Novikov foi um dos introdutores daFranco-Maonaria na Rssia e um dos principaisdivulgadores do Martinismo e das doutrinas do RitoFilsofo Desconhecido, na Rssia.

    Apontamos como um momento preponderante naalterao estrutural da Maonaria, a decadncia dasCorporaes de Ofcio, no sculo XVI, quando essassofreram perseguies acirradas do clero, motivando o reida Frana, Francisco I, a revogar os privilgiosdos Franco-Maons, e, com isso, abolindo-se asGuildas, Cantarias e demais fraternidades. Em1558, na Inglaterra, a rainha Isabel, ao assumiro trono, renovava uma ordenao de 1425, queproibia qualquer assembleia ilegal, sob penade ser considerada uma rebelio. Os Franco-Maons vinham perdendo seu objetivo inicial etransformando-se em associao de auxliomtuo, resolveram, ento, permitir a entradade homens no ligados arte da construo,que ficaram conhecidos por Maons Aceitos.

    O Grande Incndio em Londres,ocorrido em 02 de setembro de 1666, que destruiu cerca dequarenta mil casas e oitenta e seis igrejas, mudaria, umpouco, esse quadro. Diante do cenrio catastrfico, nohouve alternativa ao rei, a no ser se render aos construtoresFranco-Maons, que, sob a direo do arquiteto CristopherWren, reconstruiu a cidade, sendo sua obra principal a Igrejade So Paulo, em cujo adro se desenvolveria e seestabeleceria, em 1691, uma Loja de fundamentalimportncia para histria da Maonaria moderna, a Loja deSo Paulo (em aluso igreja), ou a Loja da Taberna OGanso e a Grelha.

    Tal Loja foi formada pelos Maons de Ofcio, queparticiparam da reconstruo de Londres, mas com aadmisso, cada vez maior, de homens de todas as classes,nas demais Lojas londrinas, resolveram, em 1703, permitir recepo de Maons Aceitos. Na verdade, o incioda transformao da Maonaria de Ofcio paraEspeculativa se deu em 1600, com a recepo, como

    Maom Aceito, de John Boswell, Lorde de AushunleckLoja Saint-Marys Chapell, de Edimburgo, processo qveio a se acentuar durante todo o sculo XVII, na Esccia.

    O aumento do interesse pelos estudos tericofortemente, influenciado pela recepo dos MaoAceitos, em detrimento das prticas da construo, levou nascimento da Maonaria Moderna, em 1717, quando quaLojas londrinas se reuniram para a formao da Grande Lde Londres. sobre esta que recai a crtica do Daily Jourem 5 de setembro de 1730: tem-se de reconhecer queuma associao estrangeira, da qual os maons inglesenvergonhados de sua verdadeira origem, copiaram certcerimnias, tendo bastante dificuldade de persuadir a todque deles so descendentes, embora s tenham uns poucsinais de iniciao. Os membros dessa sociedade levavamnome de Rosa-Cruzes e seus dirigentes chamados Grandes Mestres, Vigilantes, etc., seguravam, durante sucerimnias, uma cruz vermelha como sinal dreconhecimento.

    interessante citar que, o primeiro Templo mani Freemasons Hall - foi construdo na Inglaterra, em 30

    maio de 1776. At ento, as reunies erarealizadas nas tavernas, cervejarias e estalagenSua arquitetura foi baseada no parlamentingls, portanto, sem nenhum culto religioso olugar sagrado, no sentido mstico ou espirituaEra, apenas, uma casa especial, onde se renemat hoje, os Maons.

    A partir de 1783, comea a cresceacentuadamente, o misticismo na Maonarcom a participao das correntes msticas qupululavam a Europa. Sem sombra de dvidasfoi a partir do sculo XVIII que se observou umforte presena do rosacrucionismo no seio d

    Maonaria, sendo responsvel pelas alteraes introduzidno ritual, e que, aos poucos, transformaram o processo admisso Ordem, da simples recepo para a CerimnRitualstica de Iniciao. Todavia, ao mesmo tempo que organizavam a Iniciao simblica, envolvendo-a em sistema de moralidade, inicialmente, baseado no simbolisdas ferramentas dostalhadores de pedra, figurasgeomtricas e arquitetnicas,ampliavam o alcance comelementos religiosos tirados daBblia e, posteriormente, daCabala, da Alquimia, doHermetismo, etc., com osquais j estavamfamiliarizados. Esses novoselementos a enriqueceu e aespiritualizou.

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    A propsito, nessa poca, no seio da Maonaria"dos Antigos", tida como mais esotrica, em relao Maonaria dos Modernos, com razes no hermetismo eno rasacrucionismo, observamos o aparecimento dos Ritose Rituais hermticos e alqumicos, considerados, poralguns autores, como para-manicos: Ritual do Baro deTschoudy (1724-1769); o ritual da Maonaria Egpcia; oRito da Estrela Flamejante (1766); a Ordem dos ArquitetosAfricanos (1767); a Ordem dos Filsofos Desconhecidos;Os Iluminados de Avignon; a Ordem do Crata Repoa.Foram responsveis, em boa parte, pela influncia deensinamentos provenientes de correntes esotricas como aCabala, a Teurgia, a Alquimia, hermetismo, magia, etc.

    A Bblia e a Cabala forneceram os mais poderososcontingentes para o enriquecimento do SimbolismoManico, e o Ocultismo, abrangendo o conjunto desistema filosfico e das artes misteriosas, derivadas dosconhecimentos antigos, tambm,contribuiu abundantemente.

    As Cincias Ocultas fizeramfuror durante todo o sculo XVIII, e osmaons, delas, se mostraramapaixonados apreciadores. Assim, amagia, a alquimia, a astrologia, omagnetismo animal e outros, que setinham expandido durante a IdadeMdia, em que pese s perseguiesque lhes moveram a Igreja, foramobjetos dos mais acurados estudos porparte dos maons, e deixaram traosmuito profundos no simbolismo e noesoterismo manicos, que osimpregnaram totalmente.

    Escritores e ritualistas foram buscar na antiguidade prticas edoutrinas iniciticas j utilizadas no Egito, na Grcia, nandia e em outras naes ou associaes. A iniciaomanica, em muitos pontos, resultou do sincretismo dosvrios mistrios e da recepo dos operativos, tendosido objeto das mais diversas interpretaes.

    Muitos a examinaram luz das cincias ocultas,outros, mais tarde, a analisaram por meio das doutrinasda teosofia hindusta, at da yoga, etc. E, paradoxalmente,escritores racionalistas tentaram interpret-la atravs desuas concepes filosficas. Por essas razes, no de seestranhar que os smbolos encontrados dentro de umTemplo Manico sejam oriundos das mais diversasprocedncias.

    Assim, as colunas arquitetnicas, as figurasgeomtricas, as ferramentas profissionais, etc., revelamsua origem operativa ou profissional. O PavimentoMosaico, as Velas, o Incenso, as Espadas e outroselementos, so de origem mgica; a Cm das RRef , os

    Quatros Elementos, os Trs Princpios, procedem Hermetismo. A Numerologia Pitagrica forneceu esoterismo dos nmeros; da Cabala temos o Delta SagradoTetragramaton, o Selo de Salomo, alm de todas PP SS , PP de P e outras. A Astrologia est presente nAbboda Celeste, nas Doze Colunas Zodiacais, etc. Os Side O , e as posturas em Loja, podemos encontrsignificativa semelhana, em seus propsitos, nas AsanaMudras praticadas nas Danas Sagradas hindu. O acrnimV I T R I O L - VISITA INTERIORA TERRARACTIFICANDO INVENIES OMNIA LAPIDEM scomo uma senha, adotada pelos antigos Rosa-Cruzes.

    Como podemos ver, a Maonaria baseada em uconjunto de cincias que lhe emprestam um aspecto singue nico, sendo notria a influncia Rosa-Cruz. O procealqumico, que outrora servia para a transmutao dometais, hoje, maonicamente, utilizado, pelos verdadei

    Iniciados, que se pese, uma minorialamentavelmente, para a Transmutaodos Mentais, onde o verdadeiro trabalh o despertar do Mental Abstrato, daQuinta Essncia, hoje, to malcompreendida pela maioria de seusmembros, embora, de enormeimportncia, por ser o principal objetivdas verdadeiras Escolas de Iniciao datualidade.

    Na Loja dos Antigos, ou seja, nGrande Loja fundada por irlandeses, em1725, em oposio a primeira Grande Lojcriada em Londres, em 1717pejorativamente, chamada dosModernos, o Grau Rosa-Cruz (RosCrucian), tambm, conhecido como NPlus Ultra, significando no h nenhum

    mais alto, era o Grau 28. Com o tempo, esse lema perderazo de ser com a criao de Graus acima deste, alm descaso das autoridades manicas com os Graus Superioter permitido que fosse gerada uma mistura enorme doGraus do Rito de York, o que veio, mais tarde, a suprimiGrau Rosa-Cruz.

    O Grau 12 do Rito Adonhiramita foi chamado dRosa Cruz, e, at certa poca, era, tambm, seu Grmximo. Posteriormente foi criado o 13 Grau, o NoaquitaCavaleiro Prussiano. Desde 1973, o Rito passou a terGraus.

    No Rito Escocs Antigo e Aceito, surgido na Franem 1754, oriundo do Rito de Perfeio, que a partir de 1comeou a sofrer uma grande reestruturao, passando de para 25 Graus, surgindo, ento, o Grau 18, que recebeuttulo de Soberano Prncipe da Rosa-Cruz de Heredom, osimplesmente, Cavalheiro Rosa-Cruz.

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    Segundo Leadbeater, nesse Grau revelam-seprofundos mistrios, sendo um deles, o nome doG A D U , com relao ao acrnimo I N R I .Sobre isso, o autor maom informa que, em Suaencarnao, como Christian Rosenkreutz, Estetraduzira a Palavra para o latim, conservando,muitssimo engenhosamente, seu notvelcarter mnemnico, todas as suascomplicadas acepes e, ainda, uma ntimaaproximao com seu som original. APalavra Perdida hebraica I H V Hdando lugar a Palavra Reencontrada latinaI N R I .

    Portanto, como se pode notar, a influncia dorosacrucionismo na Arte Real uma realidadeinconteste, assim como todo progresso cultural eevolucional. Graas Ordem Rosa-Cruz deu-se incioao processo de Iniciao manico que conhecemos hoje,e, com ele o despertar e a expanso do estado deconscincia de seus membros. Vale ressaltar que,diversos ensinamentos e smbolos utilizados pelos

    rosacruzes antecedem, em muito, sua prpria histriAfinal, os excelsos ensinamentos da Tradio Oculta, Sabedoria Inicitica das Idades, chegam ao mundo atravdas verdadeiras Ordens de Iniciao, no pertencendo

    nenhuma delas, pois que so, apenas, sustentculofsicos da Grande Fraternidade Branca.

    A Ordem Rosa-Cruz tendo comofundador e mentor Espiritual o enigmticChristian Rosenkreutz e a Maonaria, como ude seus mentores espirituais, o Conde de Sain

    Germain, j, por si s, tm motivos de sobra patamanha interseo, pois ambos, Mestres d

    Sabedoria, manifestaram-se na face da Terra, utilizandse da mesma Essncia Espiritual.

    Citaremos outro excelso ser no menoenigmtico, criador do Rito Egpcio, que, inspirado p

    rigor da Lei divina, teve a rdua e oculta Misso promover a derrocada do poder feudal, atravs da Queda dBastilha. Mas essa outra longa e profunda histria!

    Fiquemos por aqui!?

    a b

    Joo Geraldo de Freitas Camanho MI 33 ARLS Rui Barbosa n 46 GLMMGOriente de So Loureno-MG Palestrante e Acadmico

    A Sabedoria Inicitica das Idades (Doutrina esotrica) precisa, em momentos de grandesA Sabedoria Inicitica das Idades (Doutrina esotrica) precisa, em momentos de grandes

    transformaes csmicas e sociais, ocultar-se para no morrer. Graas a essa providncia,transformaes csmicas e sociais, ocultar-se para no morrer. Graas a essa providncia,tal Cincia Oculta pode ser transmitida aos homens medida que se faam dignos.tal Cincia Oculta pode ser transmitida aos homens medida que se faam dignos.Professor Henrique Jos de SouzaProfessor Henrique Jos de Souza

    undada em 1119 por Hugues de Payns na TerraSanta, com o nome de Pobres Cavaleiros de Cristo.Em companhia do fundador estavam oito

    cavaleiros franceses, entre eles, Godofredo Bouillon eGodofredo de Saint-Omer.

    FFO Rei Balduno II de Jerusalm instalou-os num

    velho palcio junto s runas do Templo de Salomo. Da,a designao de Ordem dos Cavaleiros Templrios ou,simplesmente, Ordem do Templo.

    Em 1128, Hugues de Payns, seu primeiro Gro-Mestre, viu confirmada, oficialmente, a Ordem noConclio de Troyes. Nascia A Nova Ordem, ao mesmotempo religiosa e militar, qual concedido o uso domanto branco (sinal da pureza), com a cruz vermelhasobre ele (testemunho do martrio).

    Sob a orientao de Bernard de Clairvaux, homemsanto e erudito, fundador da Ordem de Cister e patrono

    dos Templrios, de 1119 a 1128,nove anos, portanto, os maisavanados espiritualmenteformaram, no seio da Ordem, umColgio de homens puros eprecederam a srias pesquisas eescavaes nos subterrneos doTemplo, encontrandoconhecimentos cientficos emgrandiosa biblioteca e profundosmistrios de milnios,adormecidos na mudez esttica daqueles smboloreminiscncias arquetpicas da Doutrina Oculta da Leme da Atlntida, fonte comum de todas as Ordens Iniciticda ndia, do Egito, da China, da Prsia, do Oriente-Md(rabes e hebreus), da Mesopotmia (assrios e babilnioda Grcia e de Roma.

    http://www.epcvl.com.br/http://www.cafebrasil.ind.br/
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    Detentora de tesouros cientficos e espirituais,como ficou delineado acima, a Ordem impulsionou asGuildas Medievais (futura Corporao ManicaOperativa), que j tinham tomado formas regularesdurante os reinados de Alfredo, o Grande, de Eduardo, oAntigo, e de Athelstan, de 800 at 900, na Inglaterra. Em925, o Prncipe Edwin, filho de Eduardo, foi eleito Gro-Mestre de uma dessas Corporaes; , presumivelmente,do sculo XII, o mais antigo documento da histriaprimitiva da Maonaria inglesa: o Manuscrito deHalliwell, base das Leis Manicas e histria primitiva daMaonaria na Inglaterra, encontrado em 1839.

    Com a transferncia a tais Corporaes datecnologia de ponta e do simbolismo, o que ultrapassou osconhecimentos do homem medieval, floresceu aArquitetura Gtica, cujo apogeu aconteceu nos sculos XIIe XIII, legando posteridade asuntuosidade das Catedrais.

    No sculo XIV, aps sriasmaquinaes de Filipe, o Belo, rei daFrana, e Clemente V, o Papa, aOrdem do Templo foi suprimida, osCavaleiros presos e Jacques deMolay, o Gro-Mestre, com mais 36Templrios, sofreu o martrio dafogueira inquisitorial, sob a alegaode heresia.

    Misso Oculta dos TemplriosOs fugitivos de Paris e de

    outras regies da Franaencontraram abrigo entre seus pares,espalhados pelos vrios reinoseuropeus, onde se ocultaram. AInglaterra e, especialmente, a Escciase tornaram porto seguros para taisforagidos.

    Os Templrios passaram as Ordens de Maris, deAvis, de Cristo e de Sagres (em Portugal), Ordem daEstrita Observncia (na Alemanha), Ordem da EstrelaFlamejante (na Bomia) e Ordem de Calatrava (naEspanha). Na verdade, ajudaram a fund-las, tronando-seos mesmos disfarces da antiga Ordem dos Templrios,para iludir a Igreja e a diplomacia europia.

    Todas essas Ordens Iniciticas mencionadas foramorientadas pela Ordem de Melk-Tsedek, o Rei do Mundo,conhecida no Ocidente como a Grande FraternidadeBranca, braos do GOM (Governo Oculto do Mundo). Porisso mesmo, enfatizaram, acima de todos os credos, ocontato direto com a Centelha Divina no interior dohomem, atravs da Iniciao, o que, evidentemente,tornou suprfluos os sacerdotes e todo o aparato de suasigrejas, cujos ensinamentos dogmticos e exotricos

    visaram, sempre, a manipulao das massas profanas eobteno do poder temporal.

    Compreende-se, ento, o ocultamento nas referidOrdens e nas Guildas Medievais, para escapar dperseguio da Igreja e dar continuidade a transmisso dSabedoria Esotrica milenar para a Europa e, posteriormenpara o Novo Mundo, mormente, para o Brasil, lutandheroicamente para fundao de Portugal e ajudando a criarEscola de Sagres (verdadeiramente, a Ordem de Sagres, cGro-Mestre era D. Henrique, o Navegador, filho do rei Joo I, o Mestre da Ordem de Avis), para realizao dGrandes Navegaes Lusitanas.

    Precursores da MaonariaEmbora certos autores afirmem que a Maonaria

    originou nos construtores do Templo de Salomo ou nguildas medievais de pedreiros na Gr-Bretanha, junto

    outras afirmaes muito maisfantasiosas, nenhum incio, alm doCavaleiros do Templo, permiteexplicaes to pertinentes no tocanta transformao das corporaes deconstrutores na Maonaria Operativaque, por sua vez, passou aEspeculativa. Alis, o historiador PauNaudon dizia de forma clara: AFranco-Maonaria apresenta-se como continuao e a transformao daorganizao dos ofcios da IdadeMdia e do Renascimento, na qual elemento Especulativo tomou o lugado Operativo. Tal declarao refora ideia de que, no passado, pode serdetectada uma ligao entre aMaonaria e os Templrios.

    Reforando mais as evidnciasapontamos a descoberta dos significados perdidos efrancs medieval, dando apoio fundamental hiptese nascimento da Maonaria nos Templrios francfonosindicando um contexto temporal adequado. Parece-nos qtal descoberta suprime qualquer dvida de que a Maonarse originara na m situao e na fuga dos Cavaleiros Templo, uma organizao equipada de forma nica, paconstituir uma Sociedade Secreta de proteo mtulutando pela preservao da vida de cada irmoobviamente, funcionando por meio de cdigos, palavras passe, smbolos e seu prprio sistema de espionagem.

    Essa rica tradio de operaes secretas doTemplrios, absorvida pela Maonaria em seus primrdiosmaioria mantida nos dias de hoje), permite-nos umconcluso: as antigas guildas, certamente, no precisariadesse aparato de proteo, j que eram militantemenreligiosas e ligadas Igreja Catlica Romana estabelecida.

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    Quanto aos termos manicos em francsmedieval, sabe-se que, em 1362, as cortes inglesas,oficialmente, mudaram a linguagem usada em seusprocedimentos (jurdicos, principalmente) do francs parao ingls, de forma que as razes francesas de todos osmisteriosos termos da Maonaria confirmam a presena ea contribuio dos Cavaleiros do Templo francfonos (fatoapontado anteriormente) no sculo XIV, poca dasupresso da Ordem. Vamos citar, segundo o livroNascidos do Sangue Os segredos Perdidos daMaonaria, algumas palavras e termos manicos, cujossignificados foram perdidos ao longo dos sculos: TYLER(Guarda do Templo): uma aproximao fontica, uma vezque o som [ty] em francs se escreve tai, remete-nos palavra francesa tailleur (aqueleque corta); a raiz da palavra encontrada na palavra inglesamedieval taille (corte); de tailleurde vetement (aquele que corta aroupa), veio a palavra inglesatailor (alfaiate); diante dessasvariaes, podemos aceitar quetailleur se poderia terdesenvolvido em Tyler (cortador),designao aceitvel para algumque ficava do lado de fora da portada Templo com uma espada afiadana mo; HIRAM ABIFF: a palavraAbiff, supostamente o sobrenomedo Mestre assassinado, no vem dohebreu, do ingls ou do francs;documentos manicos usam asiniciais HA (Hiram Abiff), masescritos manicos mais antigos sereferiam a Ele como HAB (poderia isso significar que, emalgum ponto, seu nome fora Hiram A. Biff?); novamente,ns dicionrios franceses, encontra-se a resposta no verbobiffer (derrubar, eliminar); o termo manico no era onome, mas uma designao: Hiram Biffe (Hiram, quefoi eliminado); JUWES: a busca em francs antigoaponta a palavra jub [jub] (em ordens religiosas,como as dos Templrios, eram no Jub que seefetuavam as punies ou penitncias fsicas dospecadores); tal significado permanece hoje naexpresso venir jub (vir ao local da punio); apalavra jub vive no ritual manico com essesentido de punio; para lembrar os destinos dos trsassassinos de Hiram Abiff, que foram punidos porSalomo, os originadores da alegoria podiam t-loschamados Jube Um, Dois e Trs, mas resolveramdiferenci-los, usando os sufixos (masculino, femininoe neutro do latim): Jubelo, Jubela e Jubejum; o termo

    coletivo juwes (sem dvida, comeou como jubesem equivalente em ingls, designando os nomes dos qforam punidos, aponta diretamente para OrdemTemplria francfona e para um contexto medievPoderamos citar outras origens dessas palavrafrancesas perdidas da Maonaria. Contudo, vamos atenos a certos smbolos da Maonaria secreta antiga, cuconexes templrias se tornam, ainda, mas evidentes;CRCULO E A PERAMBULAO: as cerimniasiniciao dos Templrios ocorriam em suas prpriigrejas, que eram circulares, principalmente, as da GrBretanha (quando os Cavaleiros percorriam essas igrecirculares, apenas, um modo de faz-lo: em crculosrepresentao do universo sem limites); O PAVIMENT

    MOSAICO: a base templria paresse simbolismo simples e diretacontida na Bandeira de batalha daOrdem, com um desenho verticalconsistindo de um bloco preto emcima e um bloco branco abaixo (preto significava o mundo negro dopecado, deixado para trs peloTemplrio: o branco, a vida puraadotado pelo soldado de Cristo); taBandeira, repetida muitas vezesforma um mosaico preto e brancona verdade, a eterna manifestao dapolaridade; O AVENTAL: podemover uma ligao muito direta com oTemplrios, se nos lembramos deque sua Ordem proibia qualquerdecorao pessoal, exceto a pelo dcordeiro, exigindo que os Cavaleirousassem, em torno da cintura, o

    tempo todo, um cordo de pele de cordeiro, comlembrete de seu voto de castidade (alguns escritormanicos, teimosamente, declararam que essa pele cordeiro um emblema da inocncia e da purezderivada dos aventais de trabalho, usados pelomembros de associaes de pedreiros da Idade Mdialm do fato de que difcil ver pureza e inocncia coqualificaes vitais para um pedreiro medieval, no parehaver nenhum indcio de que esses arteses tenham, ealgum momento, vestido aventais de pele de cordeiratestam-no desenhos e pinturas da poca, retratando esshomens em atividade na construo de castelos e catedrais

    Os que estudam a histria manica sabem quhouve frequentes alegaes, depois que a Maonaria veipblico, em 1717, dessa conexo templria com a mesmque insistimos para sobreviver naquele contexmedieval de intolerncia e perseguio da Igreja, tronouuma Ordem secreta.

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    Uma dessas alegaes, um indcio inquestionvel,afirma que, no dirio do Baro Von Hund, fundador daOrdem da Estrita Observncia, na Alemanha, consta umareunio em Paris, em 1743, em uma Ordem ManicaTemplria, onde nobres presentes (Lordes Kilmarnock eClifford, Maons Templrios), entre outros contaram-lheque, na poca da supresso dos Templrios, um grupo deCavaleiros fugira para Esccia e, ao unir-se a uma guildade pedreiros, transformando-a na Loja ManicaHeredom, de Kilwinning,mantiveram viva a Ordem doTemplo.

    Tal fato demonstra que,antes de 1717, a Ordem Manicaera uma verdadeira sociedadesecreta com muitas Lojas, como aschamavam, por toda a Inglaterra,Irlanda, Glia e Esccia. Por issomesmo, a onda de pretextoscontra a formao da Grande Lojade Londres, que, alm de violar ossegredos da Ordem, assumiu umapostura de importncia eantiguidade, quando, na verdade,tal prerrogativa deveria seratribuda Esccia, o que ficoudemonstrado acima.

    Mais de seiscentos anos se passaram desde asupresso dos Cavaleiros do Templo, mas sua heranavive na maior organizao fraternal que j se conheceu.

    Momentos houve em que nossa Ordem fraquejou.No incio do Sculo XVIII, afastando-se da Sabedoria

    Inicitica das Idades, introduzida pelos Templrios, entroem tal decadncia, que o moralista, Irmo Willliam Hogarem sua pintura intitulada A Noite, retratou um MestMaom embriagado sendo levado pelo Guarda da Loambas com as insgnias manicas.

    Fosse com vistas a perpetuar os Mistrios Manicna ocasio prxima de se perderem, ou, talvez, pinspirao da LEI, a Loja da Cervejaria do Ganso e Grelha, mais tarde, chamada Loja da antiguidade, tomou, e

    1703, por seu Venervel Mestre, Irmo Preston, a sbia deciso deaceitar homens de todas asprofisses e credos e renunciar aobjetivo material da antigaConfraria: a Construo.

    Esse passo gigantesco deuuma nova tnica Maonaria britnica e, mais tarde, tirou-a datavernas e a colocou em Templosdando-lhe uma postura formal:assim, o jantar, o vinho e o fumoforam substitudos por hinos,incenso, msica clssica, palestras concentrao no Ritual.

    Tal direcionamento, em boahora, recolocou a Maonaria no

    trilhos do Simbolismo, do qual no poderia abrir mtransformando-a em Especulativa. Sentindo, ento, quemais importante no era a construo de monumentos dpedra, a Maonaria Especulativa vem empenhando-se reconstruo do homem, dando-lhe as ferramentsimblicas para sua edificao moral e espiritual.?

    a b

    Jos Arton de Carvalho MI 33 ARLS Inconfidncia n 47 GLMMGOriente de Belo Horizonte-MG Acadmico e Editorialista do Jornal Manico Fiat Lux

    objetivo deste trabalho despertarnos Irmos o interesse pelo estudo,particularmente, ao que se relaciona

    nossa Excelsa Ordem. Para tanto, viajamosnas pginas de algumas obras de renomadosautores, buscando as evidncias da influncia judaica na histria da Maonaria.OO

    Na verdade, trata-se de uma sinopse,pois, seria impossvel em to curto espao,tratar, com profundidade, de um assunto tovasto, objeto de uma monografia.

    O Povo Judeu - A histria judaica,segundo alguns estudiosos, tem trazido algunconflitos quanto questo de determinarprecisamente, quando se inicia a histria dpovo judeu: se como grupo tnico, religioso ocultural, e, ainda, as fontes que determinamessa histria. Geralmente, os documentos extr bblicos relacionados ao perodo mais antigo dhistria judaica so escassos e objeto ddiscusso. A Bblia a referncia da histrdesse povo.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Judeumailto:[email protected]:[email protected]://pt.wikipedia.org/wiki/Judeu
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    De acordo com as Escrituras Sagradas, por voltade 1800 a.C., Abrao recebe um sinal de Deus para abandonar o politesmo e para viver em Cana (atual Palestina). Isaac, filhode Abrao, tem um filho chamado Jac. Este luta, num certo dia,com um anjo de Deus e tem seu nome mudado para Israel. Osdoze filhos de Jac do origem s doze tribos que formavam o povo judeu. Por volta de 1700 a.C., o povo judeu migra para oEgito, porm so escravizados pelos faras por aproximadamente400 anos. A libertao do povo judeu ocorre por volta de 1300a.C.. A fuga do Egito foi comandada por Moiss, que recebe asTbuas dos Dez Mandamentos no Monte Sinai. Durante 40anos ficam peregrinando pelo deserto, at receber um sinal deDeus para voltarem para a Terra Prometida, Cana.

    Governados por patriarcas, os hebreus viveram naPalestina durante trs sculos. Os principais patriarcashebreus foram Abrao (o primeiro), Isaac, Jac (tambm,chamado de Israel, da onome israelita), Moiss e Josu.

    A princpio, oshebreus eram pastoresnmades (no tinhamhabitao fixa), que sededicavam criao deovelhas e cabras. Os benspertenciam a todos docl. A Palestina era umapequena faixa de terra,que se estendia pelo valedo rio Jordo. Os dozefilhos de Jac originaramas Doze Tribos de Israel ,constituindo assim, opovo hebreu. Os hebreus eram um povo de origem semita(os semitas compreendem dois importantes povos: oshebreus e os rabes), que se distinguiram de outros povosda antigidade por sua crena religiosa.

    Os hebreus eram inicialmente, um pequeno grupode pastores nmades, organizados em cls ou tribos,chefiadas por um patriarca. Liderados ento, pelopatriarca Moiss, os hebreus abandonaram o Egito em1250 a.C., retornando Palestina.

    No perodo de lutas pela conquista da Palestina,que durou quase dois sculos, os hebreus foramgovernados pelos Juzes, que eram chefes polticos,militares e religiosos. Embora comandassem os hebreus deforma enrgica, no tinham uma estrutura administrativapermanente. A sequncia de lutas e problemas sociaiscriou a necessidade de um comando militar nico. Oshebreus adotaram ento, a monarquia.

    O primeiro rei dos hebreus foi Saul (1010 a.C.).Depois, veio o rei Davi (1006-966 a.C.). O sucessor de Davi

    foi seu filho Salomo, que construiu palcios, fortificao Templo de Jerusalm.

    Aps a morte de Salomo, as Doze Tribos de Isrdividiram-se em dois reinos: o Reino de Israel, ao Norte, ccapital em Samaria, formado por dez tribos sob a gide Jeroboo; o Reino de Jud, ao Sul, com capital em Jerusaformado pelas outras duas tribos, aos cuidados de Robofilho de Salomo. O Reino de Israel foi conquistado pSargo II, do Imprio Assrio, em 722 a.C.. As tribos israedesapareceram e seus integrantes foram mortos odeportados pelos invasores e espalhada pelo Imprio Assr

    Na Judia, em um tempo de dominao sria, nperodo helenstico, um rebelde toma a liderana nrevoltas e vence seguidas batalhas pela libertao da JudFilho mais velho do sacerdote Matatias, Judas, o Macabdeu incio a dinastia Hasmoneana. Dinastia que reinou sob

    a Judia por mais de umsculo. E em 39 a.C., oSenado Romano nomeouHerodes para ser rei da Judia, acabando com odomnio macabeu.

    No ano 70 de nossaera, o Imperador romanoTito, sufocou uma rebeliohebraica e destruiu osegundo Templo de Jerusalm. Os hebreusento, dispersaram-se porvrias regies do mundo.Esse episdio ficouconhecido como Dispora(Disperso). No ano de 136

    sofreram a Segunda Dispora, no reinado de Adrian(Imperador romano), os judeus foram, definitivamenexpulsos da Palestina.

    A histria do Povo Judeu marcada por perseguidesde a sua formao, passando pela Idade Mdia e peholocausto da 2 Grande Guerra Mundial, imposto pelo nazism

    Somente em 1948, os judeus puderam se reunir eum Estado independente, com a determinao da ON(Organizao das Naes Unidas), que criou o Estado Israel.

    Nesta sntese, sobre o Povo Judeu, ressaltamos quereligio uma das principais bases da cultura hebraicarepresenta a mais notvel contribuio cultural dos hebreao mundo ocidental; que a palavra "judeu", originalmenera usada para designar aos filhos de Jud, filho de Japosteriormente, foi designado aos nascidos na Judia;tradio judaica defende que a origem deles d-se comlibertao dos filhos de Israel da terra do Egito pelas mosMoiss.

    http://www.suapesquisa.com/egitohttp://www.suapesquisa.com/o_que_e/deserto.htmhttp://www.correadesouza.adv.br/http://www.suapesquisa.com/egitohttp://www.suapesquisa.com/o_que_e/deserto.htm
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    Maonaria -Muito se questiona, discute e escrevea respeito do incio da Maonaria. A Maonaria notabiliza-se por ser a fiel guardi das tradies das culturas,filosofias, sociedades e correntes de pensamento,compiladas de vrias civilizaes. definida como umaInstituio inicitica, simblica e filosfica que, atravsdos smbolos da construo, transmite aos seus adeptosuma filosofia progressista, cujo escopo a construo deum Templo perfeito (o Templo Interior), e para tanto,recorre s ferramentas dos pedreiros, para o desbaste dasasperezas da Pedra Bruta, que deve ser utilizada naedificao desse Templo.

    Nos Estatutos e Regulamentos Gerais do GrandeOriente da Frana, publicado em 1839, encontramos umadas melhores definies sobre Maonaria: A Ordem Manica tem por objeto o exerccio da solidariedade, o estudoda moral universal, das cincias, das artes, e a prtica de todasas virtudes.

    A Maonariaensina ao homem a serlivre, de bons costumes,leal, praticante daverdade e da justia,desprezando ospreconceitos,trabalhando o seuprprio Ser no combateaos vcios morais, paraque se torne umareferncia, por seusexemplos, queles comquem convive.

    Na suaritualstica, aMaonaria exalta agrandiosidade daNatureza e seus elementos, fazendo com que o Obreiro setorne consciente desses princpios, a fim de trabalhar emharmonia com a Natureza Universal e alcanar comSabedoria, Fora e Beleza, a sua natureza interior. Dessaforma, a Maonaria associa-se tradio da Sagrada Arteda Construo, e a tradio hebraica aliada Lenda doconstrutor, na figura de Hiram Abiff.

    O Maom especulativo, iluminado pelas leis judaicas expressas no Livro da Lei, deve, sob o modelo daalegoria do Construtor Sagrado e auxiliado pelosconhecimentos da Antiguidade, erguer o Templo Internode sua personalidade, a fim de abrigar a IndividualidadeSuperior para a Glria do Grande Arquiteto do Universo.

    A Maonaria, ao contrrio do que se pensa,estando sempre frente de nosso tempo, oferece respostasque bem interpretadas mostram-nos um direcionamento

    retilneo onde o homem sbio e virtuoso encontrar na pano equilbrio interior o sentido e a verdade que procura.verdade que procuramos no aquela imposta e absolutmas aquela construda na prtica da solidariedade, nrespeito aos princpios que, favorecendo a transformaelevem o esprito promovendo a paz interior e o equilbemocional.

    Atravs da linguagem simblica rene, reconhecese faz reconhecida, transmitindo em um processo contnupermanente, princpios, sentimentos e calor fraterngratificando seus Obreiros, aproximando-os, fortalecendo-promovendo pela harmonia o equilbrio interior, fazendo-sentir as luzes da chama divina.

    S a perfeita compreenso destas verdades favorecer umcaminhar unidirecional de nossas Lojas conduzindo seus Obreirosaos verdadeiros objetivos da Sublime Ordem: o Homem

    Influncia Judaica na Maonaria -H certadificuldade, quandotentamos tratar dainfluncia da tradio judaica na Maonaria. Asinformaes so escassas eo assunto no tratadocom conhecimento eprofundidade, por partede alguns escritoresmanicos, levando-nos,por vezes, erronia. Aomencionar a influncia judaica na Maonaridevemos nos deter aalguns traos da cultura judaica.

    Os TemplosManicos tm a suaorigem no Tabernculo

    hebreu; os ritos praticados em Loja, as palavras dos diversgraus, as lendas e nomes tm uma estreita ligao comtradio divulgada na Bblia Sagrada, especificamente, ntradies e prticas dos judeus do Velho Testamento.

    A Maonaria fundamentou sua doutrina, atravs dalegoria da construo do Templo de Jerusalm, idealizapor David e executado por seu filho Salomo, comcooperao dos fencios, Hiram, Rei de Tiro, e do arquitHiram Abiff. Todos esses elementos vieram a ser agrupadna Maonaria Especulativa, para simbolizar o trabalho quMaom deve realizar como construtor de si mesmo.

    As Colunas do Templo de Jerusalm esto em nossTemplos, nas colunas J, B e representam os pontossolsticiais. Por entre elas passam todos aqueles que, ansiosos pelaLuz ou conhecimento solar, procuram, identificar-se com os maisaltos princpios do Universo.

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    A Escada de Jacob, que a Maonaria adotou comoligao do plano material com o plano superior, tambm,est ligada s tradies judaico-crists. Os ritos e smbolosmanicos nos recordam, constantemente, a Cabala e o Judasmo. Na construo do Templo de Jerusalm, na Estrela de David, no Selo deSalomo, nos nomes dos diferentes Graus,nas Palavras usuais, na Numerologia e aprpria da Cabala, testemunham ainfluncia cabalstica na Maonaria.

    A Cabala a tradio esotrica eo conjunto das doutrinas secretas do judasmo. um sistema filosfico-religioso judaico de origem medieval(sculo XII-XIII), mas que integraelementos que remontam ao incio da era Crist.Compreende preceitos prticos, especulaes de naturezamstica, esotrica e taumatrgica; afirma que o universo

    uma emanao divina, tendo grande importncia interpretao e deciframento dos textos bblicos do AntiTestamento.

    A chave de seu ocultismo repousa como a dTalmude, sobre o valor dos nmeros, combinao das 22 letras do alfabethebraico e a fora oculta do Tetragram(IHVH), que se encontra no centro dotringulo flamejante da Maonaria.

    Apesar de tudo, de toda influnciahebraica, bom que fique bem claro que a Maonaria no judaica.

    A glria do mundo transitria, e no ela que nos d a dimenso de nossa vida - masa escolha que fazemos, de seguir nossa lenda

    pessoal, acreditar em nossas utopias, e lutar por nossos sonhos.Somos todos protagonistas de nossas vidas, e, muitas vezes, so osheris annimos que deixam as marcas mais duradouras. ?

    a b

    Vagner Roberto Alves de Souza MI ARLSGB Carlos Gomes n 1598- GOriente de So Paulo-SP Telogo Mestre em Filos

    eus nobres Irmos a Maonaria uma OrdemUniversal formada de homens de todas asraas, credos e nacionalidades, acolhidos por

    suas qualidades morais e intelectuais, e reunidos com a

    finalidade de construremuma sociedade humana,fundada com bases noAmor Fraternal; naEsperana, com amor aDeus, Ptria, Famlia eao Prximo; na Tolerncia,Virtude e Sabedoria; naconstante investigao daVerdade e sob a tradeLiberdade, Igualdade e

    Fraternidade, dentro dosprincpios da Ordem, daRazo e da Justia.

    MM

    Diferente do quemuitos Irmos pensam, aMaonaria no umasociedade secreta, no sentido como tal termo ,geralmente, empregado. Uma sociedade secreta aquelaque tem objetivos secretos, e oculta sua existncia, assimcomo, as datas e locais de suas sesses. O objetivo e o

    propsito da Maonaria, suas leis, histria e filosofia tsido divulgados em livros, que esto venda em qualqulivraria e na internet. Os nicos segredos que a Maonaconserva so as cerimnias empregadas na admisso de se

    membros, os meios usadospelos Maons para sereconhecerem ou em nossassesses, que julgo ser o maisprecioso e lindo, quenenhum autor, at hoje,conseguiu descrever.

    A Maonaria no contra qualquer religio, aocontrrio, ela recebeu muitasinfluncias delas, em

    destaque, da IgrejaProtestante e CatlicaRomana. Ela ensina e praticaa tolerncia, defendendo odireito do homem praticar areligio de seu agrado e

    conforme a sua opo. A Maonaria no dogmatiza particularidades do credo e da religio de nenhum de seumembros. Ela reconhece os benefcios e a bondade de toas religies.

    mailto:[email protected]:[email protected]
  • 8/8/2019 Artereal Especial

    22/30

    Nossa Ordem no atesta nem agnstica. O ateu aquele que diz no acreditar em Deus, enquanto oagnstico aquele que no pode afirmar,conscientemente, se Deus existe ou no. Para ser aceito eingressar na Maonaria, o candidato deve afirmar a crenaem Deus e no nos importa se O chama de Jav, Alh,Adonai, etc.

    A Ordem conta com cerca de seis milhes demembros, atualmente, e tem uma longa histriaentrelaada com o protestantismo, especialmente na Gr-Bretanha, na Europa, nos Estados Unidos (com cerca de 4milhes de membros) e no Brasil. Ao mesmo tempo, afraternidade orgulha-se de contar com membros das elitesdo mundo, seja no passado ou no presente: Voltaire,Mozart, Garibaldi e Goethe, at vrios nobres da Europa,incluindo o rei da Sucia e a Rainha Elizabete II(Grande Patronesa da Loja Britnica), alm decatorze presidentes dos Estados Unidos (Johnson,Ford, Reagan, etc.). George Washington, oprimeiro presidente dos Estados Unidos, foiGro-Mestre, sendo considerado um dosadeptos mais fiis de todas as treze colniasde sua poca. No por acaso que a cdulado dlar americano, que tem o retrato deWashington, traz a pirmide, o esquadro,a guia e outrossmbolos manicos.

    Portanto,podemos definirclaramente que aMaonaria como sendo umaorganizao mundial dehomens livres e de bonscostumes, que, utilizando-se de formassimblicas dos antigos construtores detemplos, voluntariamente, uniram-se para opropsito comum de se aperfeioarem na sociedade.Admitindo em seu seio, homens de carter,independente de sua raa, cor ou credo, a Maonaria seesfora para constituir uma liga internacional de homensdedicados a viverem em paz, harmonia e afeio fraternal.

    Primeiro Estatuto da Organizao que indica ainfluncia Protestante -Em 1723 foi publicado o primeiroestatuto da novel organizao, A Grande Loja de Londres,conhecido, mundialmente, como "Constituies deAnderson", por ter sido compilada e redigida peloReverendo Presbiteriano James Anderson (1630-1739).Outros dizem ser as "Constituies" obra de seuprefaceador, o Reverendo Anglicano Joo TefiloDesaguliers (1683-1744), de famlia francesa, que emigroupara a Inglaterra aps a revogao do Edito de Nantes,mas conforme nossa corrente dominante aqui no Brasil,

    podemos ficar com o Reverendo Anderson.No Brasil, a estrutura manica ficou bem defini

    com a fundao do Grande Oriente do Brasil, em 1822, seo Imperador Dom Pedro I o Gro-Mestre da MaonaBrasileira.

    A Influncia Protestante na Maonaria - inegvelque a Maonaria Moderna foi organizada sob a influnprotestante. Os redatores do primeiro Estatuto (AndersonDesaguliers), por suas crenas, no poderiam deixar introduzir princpios evanglicos na nova organizaprincipalmente, devido