Artigo distribuição linux mint

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Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 1/16 Distribuição Linux Mint José do Nascimento Sousa 1 , Eliedson dos Santos Soares 2 José Anchieta 3 , Wilson Dias 4 Brasília, DF - Maio/2013 Resumo: Este trabalho apresenta a distribuição Linux Mint, um projeto desenvolvido numa parceria conjunta entre os seus engenheiros e a comunidade open source. Será apresentado um pequeno histórico, diferenças com os sistemas do qual é derivado. E as ferramenta produzida pela equipe Mint. Palavras-chave: Linux Mint. Ubuntu. Debian. Distribuição Linux. LMDE. 1. Introdução Hoje existem muitas distribuições Linux disponíveis, a lista já passa dos 300 e o número tem crescido, porque teoricamente qualquer um (que possua conhecimentos em programação de computadores) pode modificar, acrescentar ou excluir algum recurso no sistema, alguma aplicação. Então, conforme as necessidades e gostos as distribuições vão aparecendo. Existem distribuições voltadas para computadores lentos e antigos. Assim como distribuições prontas para computadores mais potentes com recursos gráficos e 3D que chamam a atenção. Há distribuições voltadas para o setor educacional (com vários aplicativos voltados para a área). Há também distribuições voltadas para o usuário multimídia. Então o usuário deverá testar e escolher aquela distribuição que mais satisfaça as suas necessidades (MELO 2013). 1 Aluno do curso de Bacharel em Sistemas de Informação, [email protected] 2 Aluno do curso de Bacharel em Sistemas de Informação, [email protected] 3 Aluno do curso de Bacharel em Sistemas de Informação, [email protected] 4 Pós Graduado em Perícia Forense Computacional, professor no curso de BSI da Faculdade Alvorada, [email protected] .

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Este trabalho apresenta a distribuição Linux Mint, um projeto desenvolvido numa parceria conjunta entre os seus engenheiros e a comunidade open source. Será apresentado um pequeno histórico, diferenças com os sistemas do qual é derivado. E as ferramenta produzida pela equipe Mint.

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Distribuição Linux Mint

José do Nascimento Sousa1, Eliedson dos Santos Soares2

José Anchieta3, Wilson Dias4

Brasília, DF - Maio/2013

Resumo: Este trabalho apresenta a distribuição Linux Mint, um projeto desenvolvido

numa parceria conjunta entre os seus engenheiros e a comunidade open source.

Será apresentado um pequeno histórico, diferenças com os sistemas do qual é

derivado. E as ferramenta produzida pela equipe Mint.

Palavras-chave: Linux Mint. Ubuntu. Debian. Distribuição Linux. LMDE.

1. Introdução

Hoje existem muitas distribuições Linux disponíveis, a lista já passa dos 300 e

o número tem crescido, porque teoricamente qualquer um (que possua

conhecimentos em programação de computadores) pode modificar, acrescentar ou

excluir algum recurso no sistema, alguma aplicação. Então, conforme as

necessidades e gostos as distribuições vão aparecendo.

Existem distribuições voltadas para computadores lentos e antigos. Assim

como distribuições prontas para computadores mais potentes com recursos gráficos

e 3D que chamam a atenção.

Há distribuições voltadas para o setor educacional (com vários aplicativos

voltados para a área). Há também distribuições voltadas para o usuário multimídia.

Então o usuário deverá testar e escolher aquela distribuição que mais satisfaça as

suas necessidades (MELO 2013).

1 Aluno do curso de Bacharel em Sistemas de Informação, [email protected]

2 Aluno do curso de Bacharel em Sistemas de Informação, [email protected]

3 Aluno do curso de Bacharel em Sistemas de Informação, [email protected]

4 Pós Graduado em Perícia Forense Computacional, professor no curso de BSI da Faculdade Alvorada,

[email protected].

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O presente trabalho mostrará um pouco da distribuição Linux chamada de

Mint (Linux Mint).

2. Tema e Justificativa

Esse artigo tem como base, trazer informações sobre a distribuição Linux

Mint, seu histórico, conceitos, diferenças com as distribuições do qual é derivado,

suas vantagens e dificuldades e distribuição. Com isso possibilitar o auxilio ao

usuário, de forma geral, na escolha da distribuição Linux Mint para uso tanto em

desktops e Laptops.

3. Objetivos

Mostrar o que é a distribuição Linux Mint. Relatar suas diferenças com os

sistemas do qual é derivado. Mostrar a forma de distribuição. Demonstrar, por meio

dessas informações, o sistema Mint como uma opção segura e fácil para uso tanto

para usuário experiente quanto para usuários de outros sistemas que estão

conhecendo o Linux.

4. O Linux Mint

O Linux Mint é uma distribuição Linux irlandesa. Possui duas versões: uma

baseada em Ubuntu (com o qual é totalmente compatível e partilha os mesmos

repositórios) e outra versão baseada em Debian.

Este é livre de custos e não gera qualquer tipo direta de renda. É financiado

pela publicidade, patrocínio e doações e, embora seja apoiado financeiramente pela

sua própria comunidade de usuários, sua ambição é competir com projetos que são

apoiados por grandes empresas como Microsoft, Apple, RedHat, Novell e Canonical.

Linux Mint não é apenas um sistema operacional, é também uma comunidade

dinâmica de pessoas que gostam reúnem e interagem com um projeto livre e aberto.

(LINUX MINT, 2013).

A Distribuição Linux Mint possui as seguintes edições:

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Main Edition: Edição baseada no Ubuntu que permite aos usuários escolher

entre o Cinnamon e MATE como ambiente de trabalho padrão. Além deles, a

equipe de desenvolvimento da distro também desenvolve edições com os

ambientes KDE Plasma e Xfce por padrão;

OEM: Edição da distro com foco nos distribuidores e fabricantes de PCs;

No codecs: Também temos a versão "No codecs", anteriormente conhecida

como "Universal Edition". Seu foco está nas companhias e distribuidores dos

EUA, Japão e demais países onde patentes sobre softwares exijam a

aceitação de licenças de terceiros. Apesar disso, codecs multimídea podem

ser instalados a qualquer momento, através de um link na tela de Boas-vindas

(Welcome screen);

Linux Mint Debian Edition (LMDE): A versão baseada em Debian,

oficialmente batizada "Linux Mint Debian Edition" (LMDE), utiliza os

repositórios Debian e dos próprios mantenedores do Linux Mint.

Considerando os codecs e plugins automaticamente instalados, determinadas

aplicações específicas e temas visuais para o sistema, o LMDE é uma

instalação Linux sem maiores modificações de um sistema Debian.

4.1. Pequeno histórico

Linux Mint foi lançado em 2006 por Clement Lefebvre, um francês,

especialista em TI, na Irlanda. Originalmente começou mantendo um web site Linux

dedicada a fornecer ajuda, dicas e documentação para novos usuários de Linux, o

autor, então, viu o potencial de desenvolver uma distribuição Linux que resolveria a

usabilidade, muitos inconvenientes associados aos usuários geralmente mais

técnicos (MELO, 2013). A primeira versão lançada foi a versão beta chamada "Ada".

O projeto não foi muito conhecido e divulgado nesta época, desta forma o

desenvolvimento desta versão nunca chegou a versão estável.

Com o lançamento da versão 2.0 (codinome "Barbara") que ocorreu alguns

meses depois, a distribuição atraiu a atenção de muitas pessoas dentro da

comunidade Linux e começou a conquistar seu espaço. Utilizando o "feedback" dos

membros de sua recém-criada comunidade, a distribuição liberou um rápida

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sucessão de lançamentos entre 2006 e 2008. Foram 5 versões neste período: 2.1

"Bea", 2.2 "Bianca", 3.0 "Cassandra", 3.1 "Celena" a 4.0 "Daryna".

A versão 2.0 "Barbara" era baseada no Ubuntu 6.10, utilizando, portanto, seus

repositórios e seu código base. A partir daí, o Linux Mint seguiu sua própria base de

código, construindo cada versão a partir da anterior, porém mantendo a utilização

dos repositórios da versão mais recente do Ubuntu (apesar de nunca ter se tornado

um fork). Isto resultou na manutenção da base entre os dois sistema operacionais de

forma praticamente idêntica, o que garantiu uma grande compatibilidade entre eles.

Em 2008 o Linux Mint adotou o mesmo ciclo de lançamentos do Ubuntu,

abandonando seu número de versão secundária antes de liberar a versão 5

"Elyssa". Neste mesmo ano, num esforço de aumentar a compatibilidade entre os

dois sistemas operacionais, o Linux Mint abandonou seu código base, modificando a

forma com que construía suas versões. Começando com a versão 6 "Felicia", cada

nova versão era agora completamente baseada na última versão lançada do

Ubuntu, construída diretamente a partir dele e sendo lançada cerca de um mês após

a versão correspondente do Ubuntu (ou seja, geralmente em maio e novembro).

Em 2010 foi lançada a versão Linux Mint Debian Edition. Ao contrário das

outras versões baseadas no Ubuntu, esta versão é baseada diretamente no Debian,

não estando, portanto, vinculada aos pacotes do Ubuntu ou sua agenda de

lançamento.

Os lançamentos das versões do Linux Mint baseadas no Ubuntu ocorrem

pouco depois do lançamento das versões equivalentes do Ubuntu, e utiliza uma

numeração sem casas decimais (p. ex.: "Linux Mint 8", em comparação com "Ubuntu

9.10"). Os nomes-código são sempre nomes de mulheres que terminam com a letra

"A". A versão atual, baseada no Ubuntu 12.10 (Quantal Quetzal) recebeu o codinome

de "Nadia". Já a versão baseada no Debian é rolling release, e o DVD de instalação

sempre inclui os pacotes mais recentes.

Em relação ao Ubuntu, o Linux Mint tem outro sistema de atualização. Em vez

de usar a atualização incremental - ou seja, instalar a nova distribuição modificando

automaticamente os repositórios e substituindo os pacotes antigos pelos pacotes

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novos, o Linux Mint encoraja o usuário a fazer uma instalação "limpa", gravando um

novo CD/DVD e reinstalando todo o sistema. Para isso, disponibiliza uma ferramenta

de backup, que grava a lista de repositórios e pacotes baixados e os arquivos da

pasta pessoal, desta forma poupando tempo do usuário (LORENZO, 2013;

WIKIPÉDIA, 2013).

4.1.1. Histórico das versões estáveis

Segundo Lorenzo (2013), A cada ano é liberada duas versões do Linux Mint.

Cada versão recebe um número e um codinome, utilizando um nome feminino que

começa com a letra do alfabeto correspondente ao número da versão e terminando

com a letra "a" (por exemplo, "Elyssa" na versão 5 e "Felicia" na versão 6). Em

média, as novas versões são liberadas cerca de um mês após o lançamento do

Ubuntu. A versão atual é o Linux Mint 14 "Nadia".

Abaixo você confere uma tabela com as diferentes versões já liberadas pelos

desenvolvedores da distro:

Tabela 1 : versões do Linux Mint

Fonte: Linux Mint (2013)

VERSION CODENAME PACKAGE

BASE STATUS

14 Nadia Quantal Quetzal Supported until April 2014.

13 Maya Precise Pangolin Long term support release (LTS), supported until April

2017.

12 Lisa Ubuntu Oneiric Obsolete since April 2013.

11 Katya Ubuntu Natty Obsolete since October 2012.

10 Julia Ubuntu Maverick Obsolete since April 2012.

9 Isadora Lucid Lynx Obsolete since April 2013.

8 Helena Ubuntu Karmic Obsolete since April 2011.

7 Gloria Ubuntu Jaunty Obsolete since October 2010.

6 Felicia Ubuntu Intrepid Obsolete since April 2010.

5 Elyssa Ubuntu Hardy Obsolete since April 2011.

Debian Debian Testing Rolling

4.0 Daryna Ubuntu Gutsy Obsolete since April 2009.

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3.1 Celena Ubuntu Feisty Obsolete since October 2008.

3.0 Cassandra Ubuntu Feisty Obsolete since October 2008.

2.2 Bianca Ubuntu Edgy Obsolete since April 2008.

2.1 Bea Ubuntu Edgy Obsolete since April 2008.

2.0 Barbara Ubuntu Edgy Obsolete since April 2008.

1.0 beta Ada Kubuntu Dapper Obsolete. Unstable.

4.2. Linux Mint vs Ubunto e Debian

Segundo o site do Wikipédia (2013) e Lorenzo (2013), o Mint diferencia-se do

Ubunto e Debian principalmente por incluir drivers e codecs proprietários por padrão

e por alguns recursos que permitem fazer em modo gráfico configurações que em

ambos os sistemas são feitas através do modo texto.

Utiliza por padrão o desktop Gnome modificado, com um menu no painel

inferior junto à barra de tarefas (o MintMenu), similar ao menu do KDE, ou o menu

"Iniciar" do Windows. O propósito da distribuição é providenciar um sistema Linux

que funcione "out-of-the-box", isto é, esteja pronto para uso assim que terminar a

instalação. Dessa maneira, o único trabalho do usuário será o de personalizar a

aparência, se desejar, e instalar programas extras, caso necessite. A concepção da

interface de usuário é um pouco diferente, incluindo:

Uma interface de usuário distinta e semi-independente, incluindo um

melhorado do gerenciador de boot, layout do desktop, temas de gráficos, e

menu exclusivo;

Um forte foco em plena funcionalidade (por exemplo: drivers de WiFi

incluídos, plugins completos para reproduzir formatos de mídia, resolução de

tela automaticamente definido, etc. O Mint também inclui o Adobe Flash

Player para que os utilizadores possam ver sites como YouTube sem ter que

instalar qualquer outra coisa;

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As ferramentas do Linux Mint correspondem a uma coleção de utilitários de

sistema cuja finalidade é tornar o sistema de gestão e administração mais

fácil para usuários finais.

De acordo com Melo (2013) desde o seu início, os desenvolvedores têm

adicionado uma variedade de utilitários “Mint”s. Ferramentas para melhorar a

usabilidade, o que inclui mintDesktop – um utilitário para configurar o ambiente de

trabalho, MintMenu – uma estrutura de menu novo e elegante para facilitar a

navegação, mintInstall – um software de instalação fácil de usar, e mintUpdate – um

software de atualizações, apenas para mencionar alguns outros mais proeminente

entre várias outras ferramentas e centenas de melhorias adicionais.

O projeto também projeta a sua própria arte-final, enquanto a sua reputação

de facilidade de uso tem sido reforçada pela inclusão de especialidades e por

codecs de multimídia proprietários que são muitas vezes ausente das grandes

distribuições, devido ao potencial de ameaças legais. No entanto, uma das melhores

características do Linux Mint é o fato de que os desenvolvedores ouvem os usuários

e sempre são rápidos em implementar as sugestões boas.

Assim como a distribuição de base, o Linux Mint utiliza pacotes em formato

DEB, sendo assim é compatível com repositórios do Ubuntu e do Debian.

4.3. Classificação de Pacotes

Os repositórios de software do Mint são divididos em quatro componentes, de

forma a refletir suas diferenças quanto a natureza e origem.

main: Inclui apenas softwares desenvolvidos pela equipe do Linux Mint;

upstream: Inclui softwares presentes no Ubuntu mas corrigidos ou

modificados pela equipe do Linux Mint. Como resultado, o software presente

aqui comporta-se diferentemente em cada distribuição. Como exemplos

temos: Grub, Plymouth, Ubiquity, Xchat, USB Creator e o Yelp (o sistema de

ajuda);

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import: Inclui softwares que não estão disponíveis no Ubuntu ou que não

possui versões recentes no ubuntu. Como exemplos temos: Opera, Picasa,

Skype, Songbird, Adobe Flash plugin 64-bit e o Frostwire.

romeo: Softwares não incluídos por padrão. São utilizados pela equipe do

Mint para testar pacotes antes que eles sejam incluídos em outro

componente. Como tal, ele representa o ramo instável do Linux Mint.

Além dos citados acima, há um componente "backport" nos repositórios do

Linux Mint. Este componente está lá para portar versões mais recentes dos

softwares para as versões mais antigas da distro, porém sem afetar os outros

componentes (LINUXMINTBR, 2012).

4.3 Instalação do Linux Mint

Segundo o site Linux Brasil, a distribuição Linux Mint oferece algumas opções

de instalação. Uma delas é através do live dvd que pode ser baixado diretamente do

site do desenvolvedor. O sistema operacional pode ser rodado diretamente do DVD,

o que permite ao usuário fazer um teste de utilização antes mesmo da instalação de

qualquer pacote. A instalação é rápida e intuitiva e pode ser realizada também a

partir de um pen drive configurado para a instalação do Linux.

Ainda segundo o site Linux Brasil, um outra opção de instalação do Linux Mint

é através do próprio Windows como se fosse um programa do mesmo, assim como

também podemos fazer com o Ubuntu. Quando este tipo de instalação é

selecionada, o menu de inicialização do Windows oferece as duas opções de boot.

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Figura 1 - Instalação Linux Mint –

Fonte: Linux Mint (2013)

4.4. Instalando Aplicações no Mint

A forma mais simples de instalar software no Linux Mint é usando o Gestor de

Programas (MintInstall). É construído com base na tecnologia de pacotes (desta

forma, cada programa incluído no sistema é empacotado e compactado, e estes

podem ser instalados através de um único comando. O sistema guarda informações

dos pacotes instalados, permitindo que se possa removê-los completamente). O

Gestor de programa permite instalar programas em vez de pacotes (lembrando que,

no entanto, continua a usar a mesma tecnologia de pacotes por detrás, pelo que

aufere dos mesmos benefícios).

Gestor de Programas permite-lhe navegar pelo software disponível para o

Linux Mint. O usuário pode navegar por categoria, pesquisar por palavra chave ou

ordenar o software por classificação ou popularidade (USER-GUIDE, 2013).

4.4.1. Synaptic e APT

Caso o usuário deseje instalar uma aplicação, e esta não se encontra no

Portal de Software ou no Gestor de Programas, o Linux Mint fornece duas outras

formas de instalar software. Uma é uma ferramenta gráfica chamada “Synaptic” e a

outra é uma ferramenta de linha de comandos denominada “APT”.

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Para instalar pelo Synaptic basta abrir o menu e selecionar “Gestor de

pacotes” e “Pesquisar” pela aplicação desejada. Selecione na lista de pacotes

aquele que corresponde a sua pesquisa e “Marcar para Instalação” após isso basta

clicar no botão “Aplicar”.

Agora, se desejar instalar a aplicação usando a ferramenta de linha de

comandos APT, basta abrir o terminal que se encontra no menu e em seguida,

digitar o seguinte comando: apt install suaaplicacao. Para que isto funcione, garanta

que o synaptic esteja encerrado antes de usar o APT. Pois o Synaptic usa o APT

como base, e os dois não podem estarem executando ao mesmo tempo. O mesmo

ocorre com o Gestor de Programas.

Como pode ver, o APT é extremamente simples de utilizar, mas não é uma

ferramenta gráfica. Iniciantes no mundo Linux irão, provavelmente, preferir lidar com

uma interface gráfica (é por isso que elas existem), mas com o passar do tempo

poderá preferir fazer as coisas de forma rápida e eficiente e, como pode ver, a forma

mais rápida de instalar o uma aplicação é escrever “apt install aplicacao”. Não pode

ficar mais simples.

Há uma diferença importante entre o Gestor de Programas e o Synaptic/APT,

no entanto. Com o Synaptic e o APT lida sobretudo com pacotes. Às vezes podemos

não saber qual o nome de um determinado pacote e por vezes, pode nem ter acesso

a pacotes de uma determinada aplicação. O Gestor de Programas é diferente, pois

permite-lhe a instalação de “aplicações” ao arranjar os “pacotes” certos, não só dos

repositórios (bases de dados de pacotes) a que o Synaptic e o APT têm acesso, mas

também de outros locais na Internet.

Assim, convém para iniciantes utilizar o Gestor de Programas por duas razões

distintas: Não está habituado ao APT/Synaptic e pelo fato do Gestor de Programas

permite instalar aplicações a que não tem acesso mediante as outras ferramentas

(USER-GUIDE, 2013).

4.5. Removendo aplicações no Mint

É muito simples a remoção de aplicações no mint.

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Removendo a parti do menu: basta entrar no menu e clicar com o botão

direito do mouse na aplicação que deseja desinstalar. Em seguida, selecione

“Desinstalar” e depois clique em “remover”.

A partir do APT: Basta abrir o terminal e digite: apt remove sua_aplicacão.

Lembrando que o Synaptic deverá está encerrado.

Com o Synaptic: Entre no “Gestor de Pacotes” pesquise e marque “Marcar

para Remoção” na aplicação que deseja remover, e em seguida “Aplicar”

(USER-GUIDE, 2013).

4.6. Popularidade do Linux Mint

O ranking do site DistroWatch.com mostra o Linux Mint em primeiro lugar

deixando o seu sistema de origem o Ubuntu em terceiro lugar.

Segundo Barro (2011) tudo começou com a insatisfação de muitos com o

novo Ubuntu. A interface Unity, de fato, não fez sucesso entre boa parte dos

usuários, apesar de tornar a navegação mais fácil. Enquanto isso, no Mint, o Gnome

foi mantido. Portanto, ganhou pontos com os fãs do Linux mais tradicional, que logo

fizeram o download e se surpreenderam positivamente com o funcionamento da

distro.

Ainda segundo Barro (2011) os usuários do Windows também se acostumam

mais rápido com o Mint, já que seu visual se assemelha bastante ao da versão mais

recente do sistema operacional da Microsoft, o Windows 7.

E não é só isso, a seguir está listado vários software desenvolvido pela

equipe Mint que tornam o sistema ainda mais interessante. Segundo Lorenzo (2013)

os software são:

Cinnamon: Um fork do GNOME Shell, baseado nas inovações do Mint Gnome Shell

Extensions (MGSE). Este ambiente foi inicialmente lançado como um "add-on" para

o Linux Mint 12, sendo posteriormente disponibilizado como ambiente padrão no

Linux Mint 13;

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Software Manager (mintInstall): Permiti-nos rodar arquivos .mint, os quais contém

instruções para instalar pacotes. Esta ferramenta foi renovada, permitindo-nos

visualizar todos os aplicativos no portal de software do Mint (offline), desde que você

tenha uma conexão com a Internet para baixar as informações primeiro. Também

nos permite instalar quaisquer dos programas listados diretamente no desktop, ao

invés de fazê-lo pelo site. A opção de utilizar o antigo MintInstall ainda está

disponível, através da qual você pode ir até os repositórios do Ubuntu ou ao website

Getdeb.net para fazer uma pesquisa;

Update Manager (mintUpdate): Projetado para evitar que usuários inexperientes

instalem atualizações desnecessárias ou que exijam um certo nível de conhecimento

para configurá-las adequadamente. Este aplicativo atribui a cada atualização um

nível de segurança (de 1 a 5), baseado na estabilidade e/ou necessidade de

atualização. Pode ser configurado para avisar os usuários sobre novas atualizações,

listá-las mas não notificá-los ou escondê-las por padrão. Além das atualizações

específicas da distro, a equipe de desenvolvimento testa todas as demais

atualizações;

Main Menu (mintMenu): Um menu avançado com filtragem, instalação e remoção

de softwares. Este menu também foi portado ao MATE no linux Mint 12 Lisa;

Backup tool (mintBackup): Permite-nos fazer o backup e/ou restaurar arquivos,

configurações e seleções favoritas, de forma que possamos facilmente realizar um

upgrade para versões mais recentes;

Upload Manager (mintUpload): Permite-nos definir serviços de upload para

servidores FTP, SFTP a SCP. Os serviços ficam, então, disponíveis na bandeja do

sistema, onde você pode facilmente arrastar e soltar arquivos para que sejam

enviados aos seus destinos correspondentes;

Domain Blocker (mintNanny): Basicamente é uma ferramenta de controle dos

pais. Permite-nos, de forma manual, adicionar domínios que devem ser bloqueados.

Esta ferramenta foi introduzida no Linux Mint 6;

Desktop Settings: Ferramente que permite a configuração e customização da área

de trabalho de forma bastante simples e prática;

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Welcome screen (mintWelcome): Introduzido no Linux Mint 7, este aplicativo

aparece quando relizamos o primeiro login em uma nova conta. Basicamente seu

trabalho é mostrar uma janela de boas-vindas aos usuários do Linux Mint,

fornecendo links para o website da distro e da comunidade, além do guia de usuário;

Remastering tool (mintConstructor): Ferramenta para remasterização do Linux

Mint. Ela não é instalada por padrão, mas está incluída nos repositórios e é utilizada

pelos desenvolvedores para criar arquivos ISO. Usuários interessados em criar sua

própria distro baseadas no Linux Mint também podem utilizá-la.

Mint Gnome Shell Extensions (MGSE): Conjunto de extensões do GNOME 3 cujo

objetivo é deixá-lo parecido com o GNOME 2. Entre elas encontramos um painel, um

menu de aplicativos, uma lista de janelas, um desktop centrado em tarefas (isto é,

permite que nos movamos entre as janelas, não entre os aplicativos) e ícones da

bandeja do sistema. Foi projetado para dar aos usuários uma ambiente de trabalho

tradicional, sendo incluído pela primeira vez no Linux Mint 12 (Lisa).

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5. Conclusão

Através do exposto, podemos concluir que a Distribuição Linux Mint é sem

dúvida uma ótima opção para quem está chegando ao mundo Linux. Sua interface

amigável lembra um pouco o sistema operacional Windows e com isso facilita a

adaptação do usuário.

Com as facilidades que o Mint proporciona para seus usuários, tona o mesmo

cada vez mais popular.

Por fim, fica a cargo do leitor a oportunidade de instalar e desfrutar desta

maravilhosa distribuição que além dos vários ambiente de desktop para diferentes

gostos tem ainda versões baseada em Debian e Ubuntu.

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