Artigo Eliane

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MARIA ELIANE BARROS DISLEXIA: QUANDO AS PALAVRAS NÃO FAZEM SENTIDO Artigo Científico apresentado junta a Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, para obtenção parcial do Título de Especialista em Psicopedagogia Institucional e Clínica sob a orientação da Profª Élida Mascarenhas BANCA EXAMINADORA ________________________________________________ MEMBRO DA BANDA ________________________________________________ PROFª ORIENTADORA - Élida Mascarenhas

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MARIA ELIANE BARROS

DISLEXIA: QUANDO AS PALAVRAS NO FAZEM SENTIDO

Artigo Cientfico apresentado junta a Universidade Estadual Vale do Acara UVA, para obteno parcial do Ttulo de Especialista em Psicopedagogia Institucional e Clnica sob a orientao da Prof lida Mascarenhas

BANCA EXAMINADORA ________________________________________________ MEMBRO DA BANDA ________________________________________________ PROF ORIENTADORA - lida Mascarenhas ________________________________________________ PROF ANA MARIA FREIRE OLIVEIRA COORDENADORA GERAL DOS CURSOS DE PS-GRADUAO ________________________________________________ PROF Socorro Cerqueira Gestora Executiva da Parceria Mltipla/UVA

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARA UVA CURSO DE ESPECIALIZAO EM PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLNICA

MARIA ELIANE BARROS

DISLEXIA: QUANDO AS PALAVRAS NO FAZEM SENTIDO

CAMPO MAIOR PI 2011

DISLEXIA: QUANDO AS PALAVRAS NO FAZEM SENTIDO BARROS, maria Eliane MASCARENHAS, lida RESUMO: A dislexia um distrbio ou uma incapacidade parcial de a criana ler, compreender, apesar de sua inteligncia, audio e viso normais. uma condio hereditria com alteraes genticas. um distrbio de linguagem sem causa definida, que traz dificuldades para ler, escrever e tambm soletrar. Os especialistas no sabem ao certo o que leva algumas pessoas a desenvolver isso, no tem cura, mas tem tratamento, ou seja, aprende-se a superar as dificuldades e traar novas retas cerebrais para entender com perfeio um texto. O dislxico apresenta uma falha na decodificao da linguagem escrita, isso significa que nem sempre identifica as letras de uma palavra e tambm pode no relacionar o som letra. Vale lembrar que no tem nada a ver com dficit intelectual, costuma ser resultado de imaturo ou preguioso, detm bons resultados em provas orais, mas no em avaliaes escritas, tem baixa alto estima e se sente incapaz, tem habilidade como arte, msica, teatro e esporte. Parece est sempre fazendo experimentos, observaes e usando recursos visuais. Reclama de enjoos, dores de cabea ou estmago quando l, faz confuses com as letras, nmeros, palavras, sequencias e explicaes verbais. Quando l ou escreve comete erros de repetio, adio ou subtrao, l repetidas vezes sem entender o texto, sua ortografia inconstante, tem dificuldade em colocar os pensamentos em palavras. s vezes pronuncia de forma errada palavras longas, pode ser ambidestro, com frequncia, confunde direita e esquerda ou acima e abaixo. Tem problemas para dizer a hora, controlar seus horrios e ser pontual. O presente artigo tem como objetivo geral preparar os professores para identificar a dislexia e intervirem dentro da sala de aula sobre os seus alunos, especialmente nos primeiros anos do ensino fundamental. O diagnstico da dislexia se efetivado precocemente contribui para a interveno psicopedaggica e a minimizao dos efeitos da dislexia no aprendizado e desenvolvimento da criana dislxica. O professor ser capaz de identificar em seus alunos o distrbio de aprendizagem em questo, para tomar as devidas providncias dentro da sala de aula e com a famlia do dislxico, podendo contar com a ajudada interveno

psicopedaggica e equipe multiprofissional para investir nele como aluno, como pessoa e como cidado.

Palavra Chave: Dislexia, Dificuldade, Distrbio

INTRODUO O processo de globalizao mundial vem mostrando a escola como instituio educativa que tem o papel de preparar o indivduo para o desenvolvimento na sociedade em que vive e que deve contribuir para o processo de aprendizagem. A dislexia vem ganhando espao dentro do campo educacional e assim incentivando os professores a conhecer a sua existncia, atravs de suas manifestaes, os mesmos precisam entender e compreender este problema e tentar ajudar seus alunos da melhor maneira possvel, preferencialmente utilizando programas de linguagem bastante estruturados e fazer uso de todos os canais sensoriais: audio, viso, memria, tato, etc. Tanto na escrita quanto na leitura. A dislexia uma incapacidade parcial de a criana ler e compreender, apesar da inteligncia normal, audio, viso normais e serem oriundas de lares normais ou adequados, ou seja, no tem provaes de cultura ou de ordem domstica. O dislxico encontrado em todas as classes sociais, enquanto as famlias de classes sociais altas e mdias levam seus filhos a psiclogos, neurologistas ou psicopedagogos, as famlias menos favorecidas que estudam em escolas pblicas continuam com problemas ou transtornos de linguagem na fase adulta. A metodologia caracterizou-se como bibliografia devido ao uso de material j publicado, atravs de pesquisas eletrnicas feitas em sites. Estima-se que no Brasil, cerca de 15 milhes de pessoas tem algum distrbio de aprendizagem, deste universo, talvez 90% das crianas, na educao bsica sofram com algum tipo de dificuldade de aprendizagem: Dislexia, Disortografia ou Disgrafia.

A maior incidncia a Dislexia e merece toda ateno por parte dos gestores, pois com domnio da linguagem que o homem se comunica e produz seu conhecimento, no entanto funo da escola garantir a todos os seus alunos acesso aos saberes lingusticos necessrios para o exerccio da Cidadania. O objetivo geral preparar os professores para identificar a dislexia e intervirem dentro da sala de aula sobre os seus alunos, especialmente nos primeiros anos do ensino fundamental, quando descoberta a dislexia precoce por volta dos oito ou nove anos, quando as notas baixas e o fraco desempenho escolar so companheiros do aluno dislxico. 1 - DISLEXIA: O QUE ? A dislexia um distrbio de linguagem sem causa definida, que traz dificuldade para ler, escrever e tambm soletrar. Os especialistas no sabem ao certo o que leva algumas pessoas a desenvolver isso. Existem pesquisas apontando que o problema pode ser herdado de pai para filho. No tem cura, mas tem tratamento, ou seja, aprende-se a superar as dificuldades e a traar novas rotas cerebrais para entender com perfeio em texto. O dislxico apresenta uma falha na decodificao da linguagem escrita. Isso significa que nem sempre identifica as letras de uma palavra. Vale saber que no tem nada a ver com dficit intelectual. Mesmo assim, comum as crianas passarem a se inferiorizar, o que, em um futuro prximo, pode se traduzir em baixa estima. Existem, inclusive, adultos que so dislxicos e no sabem. E amargam frustraes sociais e profissionais ao longo da vida. Para Nico e Yanhez (2001) a dislexia est relacionada a uma desorganizao no processo cerebral das informaes recebidas pelo sistema visual. Sendo assim, devido ao esforo despendido no processamento das informaes visuais, a leitura torna-se mais lenta e segmentada, o que compromete a velocidade de cognio e a memorizao, produzindo cansao, troca de palavras, desfocamento, fotofobia e distrao, aps um intervalo relativamente curto na leitura. Na viso de Selikowitz(2001), h muitas definies para estabelecer as causas da dislexia, porm a mais aceita de que a dislexia uma condio gentica que apresenta alteraes no padro neurolgico do indivduo.

Muitas vezes, continua o referido autor, uma dificuldade especfica de aprendizagem apresenta-se inicialmente como um problema de comportamento ou como uma dificuldade de relacionamento com os colegas. Isso pode ser uma armadilha para os menos atentos, j que o problema pode ser distrbios indisciplina e, consequentemente, no surgir a suspeita de uma dificuldade de aprendizagem. A esse respeito esse autor diz que:A criana pode tornar-se arredio, ou agressiva e ser rejeitada pelas outras crianas, tornandose ento socialmente isolada. Estes comportamentos podem indicar auto-estima baixa, como resultado das dificuldade com as tarefas, ou imaturidade social que na verdade um distrbio de aprendizagem (SELIKOWITZ, 2001, P.14)

Segundo Gonalves (2006) a dislexia um distrbio de aprendizagem que envolve reas bsicas da linguagem, podendo tornar rduo esse processo, porm, com acompanhamento adequado, a criana pode redescobrir suas capacidades e o prazer de aprender. Descobrir o problema precocemente o ideal para evitar que os danos emocionais se instalem. O diagnstico, porm, nem sempre to simples. Por volta dos 7 anos de idade acontece a alfabetizao. E esse um processo bem individual, algumas crianas pegam o jeito das palavras rapidamente e outras tropeam at conseguir form-las e interpret-las corretamente. Alm disso, problemas de viso, audio, dficits intelectuais, alteraes de comportamento e mtodos de ensino pouco estimulante podem prejudicar o aprendizado do abecedrio nessa fase. O texto com pargrafo longo ou vocabulrio recheado de termos novos pode ser um desafio e tanto para um dislxico. O problema anda e moda nas escolas e boa parte das crianas com algum tipo de dificuldade de leitura ganha esse rtulo. Na prtica estudos recentes capitaneados pela Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo, mostraram que, de cada 100 alunos encaminhados ao mdico com suspeita de dislexia, apenas trs apresentaram o distrbio. De qualquer forma, o diagnstico precoce essencial para barrar um ciclo bem conhecido entre os que sofrem de dislexia. A Dislexia (do grego dis= difcil, dificuldade; lexis= palavra) um distrbio ou transtorno de aprendizagem na rea de leitura, escrita e soletrao. A dislexia Pode variar desde uma incapacidade quase total em aprender a ler, at uma leitura

quase normal, m silbica, sem automatizao. Portanto, ser dislxico uma condio humana, onde o dislxico pode ser portador de alta habilidade, geralmente so talentosos na arte, msicas, teatro, esporte, mecnica, comrcio, etc. A dislexia um dos vrios distrbios de aprendizagem que merece estudos para que haja uma afetiva ao psicopedaggica com o objetivo de diminuir seus sintomas. 2 COMO IDENTIFICAR A DISLEXIA Para identificar a dislexia preciso ter em ateno algumas

caractersticas comuns desta doena e que auxiliam no diagnstico de crianas com este distrbio da comunicao. Alguns dos sinais claros desta condio, e que so considerados indicadores precoces da doena e na nomeao de letras e nmeros. As crianas dislxicas em idade pr-escolar podem demorar muito para falar, podem apresentar problemas de articulao das palavras e dificuldades para lembrar os nomes das letras, dos nmeros e das cores. comum tambm entre essas crianas a dificuldade para combinar os sons, rimas, palavras, identificar a posio dos sons, rimar palavras, identificar a posio dos sons nas palavras, segmentar palavras em sons identificar o nmero de sons nas palavras. So frequentes os problemas de memria recente para os sons e para coloca-los na ordem correta. Muitas crianas com dislexia confundem letras e palavras com outros semelhantes, sendo comum ocorrer inverso de letra durante a escrita (p. ex. me no lugar de em) ou uma conjuno entre letras (p. ex. d no lugar de b) Caractersticas gerais A criana inteligente e criativa? Mas tem dificuldade em leitura, escrita e soletrao. Costuma ser rotulado de imaturo ou preguioso, obtm bons resultados em provas orais, mas no em avaliaes escritas, tem baixa auto-estima e se sente incapaz, tem habilidade em reas como: arte, msica, teatro e esporte, parece estar sempre sonhando, desatento ou hiperativo, aprende mais facilmente fazendo experimentos, observaes e usando recursos visuais, viso leitura e soletrao. Reclama de enjoos, dores de cabea ou estomago quando l, faz confuso com as letras, nmeros, palavras, sequencias e explicaes verbais,

quando l ou escreve, comete erros de repetio, adio ou subtrao. Diz que v ou sente um movimento inexistente quando l, escreve ou faz cpias, parece ter dificuldades de viso, mas exames de vista no mostram o problema, l repetidas vezes sem entender o texto, sua ortografia inconstante, audio e linguagem facilmente distrado por sons, tem dificuldades em colocar os pensamentos em palavras, s vezes pronuncia de forma errada palavras longas. Escrita e habilidade motora, dificuldades em cpias e escritas, sua letra muitas vezes ilegvel, pode ser ambidestros, com frequncia confunde direita e esquerda ou acima e abaixo. Matemtica e gerenciamento de tempo, tem problemas para dizer a hora, controlar seus horrios e ser pontual, depende dos dedos ou outros objetos para contar, muitas vezes sabe a resposta, mas no consegue demonstr-la no papel, faz exerccios de aritmtica, mas considera difcil problemas com enunciados, tem dificuldade em lidar com dinheiro. Memria e cognio, tem excelente memria a longo prazo para experincias, lugares e rostos, no entanto tem memria ruim para sequencias e informaes que no vivenciou. Para Drovet o professor tem o primeiro ms de aula para conhecer o aluno e saber qual mtodo poder usar para obter um bom desempenho sem suas aulas e o portador de algum distrbio no sofrer tanto. O professor de primeiro grau no tem formao necessria pra diagnosticar graves distrbios de aprendizagem. Atravs da observao, de poder detectar diferenas ou falhas nos desempenhos de seus alunos. Devido falha de formao do professor na graduao ele ainda no est preparado para detectar estes problemas. Uma vez que nenhum curso de graduao capacita estes profissionais deixando estes sair desempregados para enfrentar estes desafios que a escola vai receber, pois a populao est crescendo e alunos com distrbios de aprendizagem tambm cresce, por isso os professores devem se especializarem para eu este aluno no sofra tanta discriminao na vida escolar, uma vez que este ainda no receba um acompanhamento adequando para superar esta dificuldade. A medida que o tempo passa a populao vem a ter informao a cerca dos distrbios de aprendizagem para que novos estudos possam ser desenvolvidos a respeito de tema para contribuir com a comunidade acadmica.

PISTAS PARA IDENTIFICAR DISLEXIA Primeiros anos: Atraso desenvolvimento. Anos pr-escolares: Dificuldade em aprender canes, rimas e lenga-lengas; falha na apreciao de rimas; dificuldade em pronunciar as palavras, persistncia da fala beb; dificuldade em aprender e lembrar nomes das letras, no aber bem as letras do seu prprio nome, dificuldade em lembrar nomes prprios. Pr primrio e primeiro ano: Falha em perceber que as palavras se podem separar; falha em perceber que as palavras se podem segmentar em sons, dificuldade em ligar as letras a sons(por ex: a letra b ao som b); erros de leitura que revelam no ter ligaes dos sons das letras, dificuldade ou incapacidade de ler palavras comuns de uma slaba, queixas de que ler muito difcil, foge quando altura de ler, histria de problemas de leitura em familiares. reas fortes: Curiosidade; muita imaginao, apanha as coisas facilmente, adere facilmente a novas propostas, boa compreenso de novos conceitos, maturidade, vocabulrio extenso para grupo etrio, gosto por resolver puzzles, facilidade em construir modelos, boa compreenso de histrias lidas. A partir do 2 ano Problemas na fala M pronuncia de palavras longas e pouco familiares(omitir partes e hesitaes, com hums..., enquanto fala, uso de linguagem imprecisa, referncias vagas a coisas em vez o nome do objeto, no conseguir encontrar o nome exato do objeto e confundir com palavras que tm um som parecido, precisa de tempo na linguagem, comparando com as outras reas de

para dar uma resposta, no de resposta pida, dificuldade em lembrar informaes e fatos (ex: n de telefone, nomes, datas); Problemas na leitura Progresso muito lento; falta de estratgia para aprender novas palavras, dificuldade em ler palavras desconhecidas, adivinha a palavra, falha em soletrar de forma sistemtica, dificuldade em ler as palavras pequenas de ligao(por, de, ...), atrapalha-se a ler palavras multisilbicas, omite partes de palavras ao ler, como se a palavra tivesse um buraco no meio, medo de ler em voz alta, evita ler em voz alta, substituies, omisses, m pronuncia, a leitura entrecortada e esforada, no fluente ou suave, tem falta de entonao, apoia-se no contexto para decodificar as palavras, l melhor as palavras em contexto do que isoladas, rendimento muito mau em testes de escolha mltipla, no consegue acabar os testes dentro do tempo, substituio de palavras por outras com o mesmo significado(carro, automvel) pssima ortografia, dificuldade em ler os problemas de matemtica, leitura muito lenta e cansativa, os trabalhos de casa nunca mais acabam, pede ajuda aos pais para lerem, m caligrafia, muita dificuldade em aprender lngua estrangeira, evita a leitura ldica, a previso de leitura vai melhorando, mas continua a faltar fluncia, baixo auto-estima, com um sofrimento que nem sempre visvel para os outros. reas fortes: Excelentes capacidades cognitivas, conceptualizao raciocnio,

imaginao, abstrao; aprendizagem atingida mais pela compreenso do que pela memorizao, capacidade para apanhar as ideias principais, boa capacidade de compreenso do material que lhe lido, habilidade para ler coisas dentro de uma rea do interesses, em que fez uma sobreaprendizagem dos termos, excelente compreenso de vocabulrio sofisticado, muito bom em reas que no dependem da leitura como matemtica, computadores, artes visuais, ou em reas mais conceptuais como filosofias, biologia, estudos sociais ou escrita criativa.

Jovens Adultos e Adultos Problemas na fala Persistncia dos problemas anteriores na linguagem oral, m pronuncia de nomes de pessoas e lugares, tropear em partes de palavras, dificuldade em lembrar nomes de pessoas e lugares e confuso entre nomes com som parecido, dificuldade em evocar palavras, parece que esto debaixo da lngua, falta de expressividade na fala, em particular quando o centro das atenes, vocabulrio compreensivo mais vasto que o expressivo, evita usar palavras que podem ser mal pronunciadas. Problemas na leitura Histria de dificuldades de leitura e escrita na infncia, a leitura vai se tronando mais precisa, mas continua a envolver esforo, falta de influencia, embarao na leitura oral, evita participar em atividade que exijam leitura oral, dificuldade em ler e pronunciar palavras pouco comuns ou estranhar, persistncia de dificuldades de leitura, grande cansao com a leitura, leitura lenta na maioria dos materiais: livros, revistas, legendas, dificuldade em testes de escolha, muito tempo gasto para ler materiais relacionados com a escola ou trabalho; prefere livros com figuras, grficos ou esquemas, pouca tendncia para ler por prazer, a ortografia continua desastrosa e preferencia por escrever palavras mais simples. reas fortes: Mantm as reas fortes sinalizadas em anos anteriores, grande capacidade de aprendizagem, melhoria significa quando tem mais tempo em testes de escolha mltipla, pode ser muito competente em reas muito especializadas, pode ser muito bom em escrita se for o contedo o importante e no a ortografia, boa capacidade de expresso de ideias e de sentimentos, excelente capacidade de empatia e relacionamento caloroso com os outros, sucesso em reas que no dependem da memorizao de fatos, talento para a conceptualizao e capacidade

para encontrar perspectivas originais, notvel capacidade de adaptao a situaes novas. 3 COMO INTERVIR NA DISLEXIA O que os especialistas recomendam, em caso de suspeita de dislexia, uma avaliao cautelosa realizada por mdicos e psiclogos. O tratamento tambm envolve esses profissionais e tem como objetivo ajudar outras reas cerebrais que devem apoio para a leitura. No caso, esse objetivo seria formar a palavra e desenvolver a fluncia no texto. Para Alarco(2003), a suspeita escolar atividade que visa o desenvolvimento profissionais e de ao, desde uma situao pr-profissional at uma situao de acompanhamento no exerccio da profisso e na insero na vida da escola. Ou seja, uma funo da superviso escolar fundamental para atingir a formao dos alunos propiciando o desenvolvimento de capacidades, atitudes e conhecimentos, com o objetivo de compreender melhor para melhor agir. Na viso de Nico e Yanhez(2001), o supervisor escolar pode ajudar muito a esses alunos dislxicos orientando o professor, pois existem vrias alternativas disponveis que podem ser usadas em sala de aula como: substituir alm do quadro negro, dar um tempo maior para realizar trabalhos. Em relao a isso, as autoras ressaltam que: Todas as leis, legislao e diretrizes educacionais, no so especficas para os dislxicos, apenas engloba o que tange a incluso escolar, como direito de qualquer cidado. No entendo quando um indivduo avaliado para Associao Brasileira de Dislexia(ABD), poder apresentar esse laudo anexo a sua identidade, e ter o direito a avaliao diferenciada em ocasies de provas, vestibulares, concursos pblicos, exames da OAB e outros (NICO; YANHEZ, 2001, p.99). Nessa perspectiva, fundamental importncia que o supervisor escolar alm de sua capacidade, esteja atento a tudo que est relacionado aos alunos com dificuldades especficas de aprendizagem para que no ocorram obstculos na

aprendizagem para que no ocorram obstculos na aprendizagem desses alunos. A esse respeito, as autoras Nico e Yanhez(2001, p.82) explicam que: Em So Paulo e Braslia j existem vestibulares direcionados aos dislxicos. Tambm foi aprovada a lei n 12.524 no dia 2 de janeiro de 2007 que obriga o Estado a criar o Programa de Identificao e Tratamento da Dislexia nas escolas estaduais de autoria da Deputada Maria Lcia Prandi(PT). Percebe-se portanto nessa contextualizao sobre o papel do supervisor escolar que esse profissional deve estar em processo constante de formao continuada e que realize o seu trabalho em parceria com o professor. Juntos eles podero buscar a melhor maneira de auxiliar o desenvolvimento do educando, principalmente no que diz respeito ao aluno dislxico. A escola tambm tem papel importante em toda essa etapa, ajudando a identificar as falhas da criana durante a aprendizagem, ou ao longo do tratamento. Uma coisa certo: com a ajuda adequada, qualquer dislxico pode driblar suas dificuldades e, finalmente, conseguir reunir as palavras de uma maneira que faa todo o sentido. O Diagnostico deve ser feito de maneira multidisciplinar, com avaliao mdica fita por neurologista psicopedaggica e fonoaudiolgica, pois para o diagnostico de dislxico, outras doenas devem ser excludas(deficincias auditivas ou visual, desordens afetivas, deficincia mental, entre outras). O tratamento tambm multidisciplinar, buscando estimular a capacidade do crebro de relacionar letras aos sons que as representam e posteriormente, ao significado das palavras que elas formam. Quando mais cedo tratada, maior a chance de corrigir as falhas nas conexes cerebrais da criana, podendo esta levar uma vida normal. O saber ler uma das aprendizagens mais importantes, porque a chave que permite o acesso a todos os outros saberes. A leitura e a escrita so formas do processamento lingustico. Aprender a ler, embora seja uma competncia complexa, relativamente fcil para a maioria das pessoas. Contudo, um nmero significativo de pessoas, embora possuindo um nvel de inteligncia mdio ou superior, manifesta dificuldades na sua aprendizagem. At h poucos anos a origem desta

dificuldade era desconhecida, era uma incapacidade invisvel, um mistrio, que gerou mitos e preconceitos estigmatizando as crianas, os jovens e os adultos que a no conseguiam ultrapassar. Nos ltimos anos, os estudos realizados por neurologistas, utilizando a Ressonncia Magntica Funcional, (FMRI), permitiram observar o funcionamento do crebro durante as atividades de leitura e escrita e obtiveram um conjunto bastante consistente de concluses sobre as seguintes questes: como funciona o crebro durante as atividades de leitura? Quais as competncias necessrias a essa aprendizagem? Quais os dfices que a dificultam? Quais os componentes dos mtodos educativos que conduzem a um maior sucesso? Os Estados Unidos tem sido pioneiro na investigao cientifica, na legislao educativa, na orientao sobre os mtodos de ensino que provaram ser os mais eficientes. Zorzi afirma que muitas crianas so marginalizadas em consequncias dos sistema econmico que mal administrada levando as crianas a padecerem em seu aprendizado que implicar em consequncias graves futuramente. Sendo assim podemos afirmar que: A avaliao diagnstica consiste em submeter as crianas uma srie de provas que renem todas as capacidades, habilidades e aptides necessrias aprendizagem. Os professores de maneira geral ainda no esto preparados para lidar com esses alunos, que abandonam a sala de aula por motivos de crticas dos colegas, por os professores no terem metodologia adequada para trabalhar com estes alunos e eles so tidos como o palhao o bobinho que no sabem nada. Na Europa no existe uma base legal comum que apoie as crianas dislxicas. A grande maioria continua sem ser diagnosticada e sem beneficiar de uma interveno especializada. No nosso pais o Decreto_Lei 319/95, aplica-se as crianas com necessidades educativas especiais, mas no faz qualquer referencia em relao a metodologia reeducativa a adaptar. Na grande maioria dos casos os alunos dependem da benevolncia dos professores, desculpando a falta de correo, a fluncia leitora, a limitao vocabular, os erros ortogrficos...Uma situao preocupante a deficiente formao no s dos professores mas, o que ainda mais grava, a deficiente formao dos responsveis pela formao dos professores.

Um sinal muito positivo o interesse crescente que este tema tem suscitado; nos ltimos anos tm sido realizado diversos congressos, seminrios, jornadas. Os resultados dos estudos recentemente publicados pela OCDE, sobre o nvel de literria e o sucesso escolar, colocam Portugal nos ltimos lugares constituindo, mas um sinal de alerta. A dislexia talvez a causa mais frequente de baixo rendimento e insucesso escolar. Na grande maior ia dos casos no identificada, nem corretamente tratada. O objetivo deste artigo dar a conhecer os conceitos bsicos desta perturbao, de modo a permitir aos mdicos de famlia conhecer e identificar, nas crianas, os sinais de risco precoce , colocar a hiptese de seu diagnstico e encaminh-las para uma avaliao e interveno especializada. Este artigo pretende ser um contribuinte para a sinalizao e orientao das crianas em risco, ou com dificuldades, nesta aprendizagem to determinante no percurso das suas vidas. Em que medida este artigo pode interessar os mdicos de famlia? Sendo o mdico de famlia o especialista que acompanha todos os elementos de agregado familiar, ao longo de toda a vida e , sendo a dislexia uma perturbao coincidncia familiar, encontra-se numa situao privilegiada para poder intervir precocemente, logo que observe alguns indicadores de risco na histria pessoal ou familiar. No se pretende que o mdico de famlia seja um especialista nesta rea, masism que conhea os sinais de alerta, para poder identificar o mais precocemente possvel e encaminhar para uma avaliaoespecializada. A interveno um desafio que se coloca a todos os responsveis pela sade e desenvolvimento infantil: mdicos, psiclogos, investigadores, professores das escolas superiores de educao, pais e governantes. Este artigo prope-se sumarizar os resultados dos recentes estudos sobre dislexia e a nova cincia da leitura. O seu objetivo contribuir para um conhecimento atualizado desta perturbao, alertar e sensibilizar para os sinais indicadores de futuras dificuldades, possibilitar a avaliao e interveno precoce, em sntese, prevenir o insucesso antes de acontecer. Em 1896, Pringle Morgan, descreveu o caso clnico de um jovem de 14 anos que, apesar de ser inteligente. Tinha uma incapacidade quase absoluta em relao linguagem escrita, que designou de cegueira verbal.

Saber ler uma das aprendizagens mais importantes, porque a chave que permite o aesso a todos os outros saberes. A leiturae a escritaso formas de processamento lingustico. Aprender a ler, embora seja uma competncia complexa, relativamente fcil para a maioria das pessoas . contudo, um nmero apoie as crianas dislxicas . Em 1994, o manual de Diagnsticos e Estatsticos de Doenas Mentais, DSM IV, incluiu a dislexia nas perturbaes de aprendizagem, utiliza a denominao de perturbao da leitura e da escrita e estabelece os seguintes critrios de diagnsticos: A O rendimento na leitura/escrita, medido atravs de provas normalizadas, situa-se substancialmente abaixo do nvel esperado para a idade do sujeito, quociente deinteligncia e escolaridade prpria para a sua idade; B A perturbao interfere significativamente com o rendimento escolar, ou atividades da vida quotidiana que requerem aptides de leitura/escrita; C Se existe um dficit sensorial, as dificuldades so excessivas em relao s que lhe estariam habitualmente associadas. Em 2003, a Associao Internacional de Dislexia adaptou a seguinte definio: Dislexia uma incapacidade especfica de aprendizagem, de origem neurolgica. caracterizada por dificuldades na correo e/ou fluncia na leitura de palavras e por baixa competncia leitora e ortogrfica. Estas dificuldades resultam de um dficit fonolgico, inesperado, em relao s outras capacidades cognitivas e s condies educativas. Secundariamente podem surgir dificuldades de compreenso leitora, experincia de leitura reduzida que pode impedir o desenvolvimento do vocabulrio e dos conhecimentos gerais. Dentro desse contexto que se refere a interveno na dislexia, podemos citar o diagnstico precoce que aparecem quando a criana comea a enfrentar temas acadmicos mais complexos, por volta dos oito ou nove anos, quando as taxas baixas e o fraco desempenho escolar so companheiros do aluno dislxico. Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes de um diagnstico multidisciplinar, so indicam um distrbio de aprendizagem, no confirmam a dislexia identificando o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve-se procurar ajuda especializada. Um equipe multidisciplinar, formada por psicloga, fonoaudiloga, psicopedagoga clnica deve iniciar uma minuciosa investigao. Essa mesma equipe deve garantir uma maior

abrangncia do processo de avaliao, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como neurologistas, oftalmologistas e outros conforme o caso. A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnstico de dislexia. ALGUNS SINTOMAS DE UMA CRIANA COM DISLEXIA NA PRESCOLA Imaturidade no trato com outras crianas Fraco desempenho da ateno Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem. Atraso no desenvolvimento visual Dificuldade em aprender rimas e canes Fraco desempenho da coordenao motor Dificuldades com quebra cabeas Falta de interesse por livros impressos. DISLEXIA O QUE DIZ A CINCIA? A palavra dislexia derivada de dis=distrbio ou disfuno e lexia que em grego quer dizer linguagem eem latim, leitura. Portanto, dislexia um distrbio delinguagem e/ou de leitura(ALMEIDA, 2005; PECCHIORE, 2005, MARTINS, 2004;PAGENOTTO, 2005). A criana dislexia um mau leitor, ou melhor, capaz de ler, mas no capaz de entender eficientemente o que l. A dislexia uma disfuno gentica caracterizada por uma falha no funcionamento do processamento da linguagem, ou seja, uma dificuldade de estabelecer associaes entre sinais grficos (grafemas) e os sinais auditivos (fonemas). um dos muitos distrbios de aprendizagem identificados, em geral, na doena,, portanto no se pode falar em cura, mas pode ser controlada com acompanhamento especializado. Em hiptese alguma o dislxico tem comprometimento intelectual. um distrbio congnito e hereditrio (ALMEIDA, 2005; PECCHIORE, 2005; MARTINS, 2004, PAGAMENTO, 2005). Algumas teorias tentam explicar sua origem, no entanto no existe um consenso no que diz respeito causa da dislexia.

BERGAMO(2005) traz consideraes mostrando que a cincia ainda tem muito a descobrir sobre dislexia. Sabe-se que trata de um problema de origem gentica, mais comum entre os meninos. A hiptese mais aceita para sua origem a de que o distrbio comea a se estabelecer ainda durante o processo de formao cerebral. Entre a 20 e 23 semana de gestante, neurnios migram do ncleo para a periferia do crebro do feto. Nos dislxicos, alguns neurnios se perderiam no caminho, comprometendo as reas cerebrais envolvidas no processamento da linguagem. Por isso, os, o crebro dos dislxicos seria menos especializados para decifrar e ordenar letras e nmeros, para a orientao espacial e para capacidades motoras finas e grossas, como desenhar e chutar bola. No se inventou nada capaz de recuperar essas funes. MARTINS(2005) esclarece que a descoberta do gene e de seu funcionamento de extrema importncia para a pedagogia da leitura e da escrita. Para pediatra e/ou a neurologia a interveno mdica ser reorientada e o auxlio dos professores de crianas dislxicas ser para a interveno pedaggica, de forma individual, precisa e eficaz, no processo de aprendizagem da leitura e escrita. O autor espera que a lingustica se transforme em uma biotecnolingustica em que a dificuldade de leitura e escrita no seja mais chamada de dislexia e sim, de desordem gentica. CONSIDERAES FINAIS A experincia vivenciada neste trabalho revela que, embora os professores j tenham ouvido falar em Dislexia os mesmos no a relacionam com dificuldade de aprendizagem destes alunos. Percebe-se que no existe atividade relacionada com as reais necessidades do aluno, que auxiliam no seu desenvolvimento integral. Sendo constatado que a escola no est apta para atendera criana com dislexia, pois a mesma no foi especializada para isso. preciso que ela possa rever suas metodologias e atualizar-se sobre essa questo to discutida. Vale ratificar que a mesma no oferece suporte administrativo para tender a essa problemtica. A metodologia usada pelo professor ainda no totalmente adequada, muito tradicional pautada na transmisso de conhecimento, que esses professores tradicionalmente vem vivenciando. E fato tambm que por no encontrarem solo

firme na compreenso da dislexia no sabem o que devem fazer em sala de aula encaminhando-se para os exerccios simples e iguais. O que se observou que a professora apesar que a professora apesar de no conhecer bem o problema da Dislexia, mostrou interesse em aprender e prestar mais ateno em seus alunos, ou seja, planejar mais atividades que envolva e desenvolva aqueles alunos que tem dificuldades de aprendizagem. O importante que essas finalidades no fiquem subtendidas e nem permaneam como mero apndices das intenes de ensino, como geralmente acontece. O passo mais importante nesse sentido o planejamento das atividades que devem ser realizado com ateno, organizao e uma boa dose de criatividade objetivando o prazer da realizao das atividades, bem como o seu desenvolvimento seja estimulada, com a escolha de um material apropriado; e motivar os educandos atravs de jogos, brincadeiras, desafios, onde o aluno desenvolve sem perceber que est sendo ajudado. O professor deve aproveitar as diversas possibilidades de atividades para auxiliar seus alunos na superao das dificuldades encontradas em seus alunos. As reflexes resultantes deste estudo tentam mostrar que o educador pode aplicar diversas atividades como: jogos de memria, alfabeto mveis, leitura, brincadeira envolvendo todos na classe, etc. O importante que desperte na criana o prazer de fazer essas atividades, manipulando objetos, brincando, ouvindo histrias, ouvindo e repetindo, etc. A realizao de atividades variadas estimula o interesse do aluno, sua participao e gera um ambiente motivador. O professor ao planejar atividades diferenciadas pensando no seu aluno dislxico, ele vai est estimulando esta criana para a vida, ajudando-a a descobrir quem ela, suas potencialidades e se formar como pessoa sem medo e sem traumas. Primamos, portanto, por uma reflexo e despertar no mbito escolar pesquisado.

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