Artigo Hexafônica (Mardson Rocha)

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Escala Hexafônic a Por Mardson Rocha Paulo 1

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Escala Hexafônica

Por Mardson Rocha Paulo

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SUMÁRIO

Sumário............................................................................................................. 02

Agradecimentos................................................................................................ 03

Nota do Autor.................................................................................................... 04

Resumo / Abstract............................................................................................ 05

Aplicação da escala hexafônica em improviso ou criação de melodia com

base nos diversos campos harmônicos............................................................ 06

1. Hexafônica............................................................................................. 062. Montando Acordes................................................................................. 062.1 Tríades.................................................................................................. 06

2.1.1. Tonalidade Maior............................................................................... 07

2.1.2. Tonalidade Menor.............................................................................. 07

2.1.3. Tonalidade Menor Melódica.............................................................. 10

2.1.4 Tonalidade Menor Harmônica............................................................ 12

2.2. Tétrades............................................................................................... 13

2.2.1. Tonalidade Menor Melódica.............................................................. 13

2.2.2. Tonalidade Menor Harmônica........................................................... 14

3. Esquemas Prontos.................................................................................. 15

3.1 Tríades.................................................................................................. 15

3.1.1. Maior com quinta diminuta................................................................ 15

3.1.2. Maior com quinta aumentada........................................................... 15

3.2 Tétrades................................................................................................ 15

3.2.1 Maior com sétima menor e quinta diminuta....................................... 15

3.2.2 Maior com sétima menor e quinta aumentada................................... 15

3.2.3. Maior com sétima menor e quinta suprimida..................................... 16

Conclusão......................................................................................................... 17

Bibliografia........................................................................................................ 18

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AGADECIMENTOS

Primeiramente, de forma muito humilde, agradeço a Deus por permitir que eu possa terminar mais um trabalho, a minha família, especialmente a minha mãe, Antônia Margareth Rocha Gomes, que conheceu meu pai quando assistia um coral a qual ele cantava, ou seja, já admirava música boa, por sempre me apoiar e me mostrar o caminho para o estudo, e me dar meu primeiro violão, quando eu tinha quatorze anos, esta nobre senhora, que é filha de Máximo Gomes da Silva, que já foi vaqueiro e sanfoneiro, e que gosta de assobiar melodias do tempo dele para que eu aprenda e toque pra ele com meu violão instrumental. Agradeço ao meu padrinho, Vitorino, grande carpinteiro, escultor, agrônomo, sertanejo, sanfoneiro, vaqueiro, luthier, que possui entre inúmeras qualidades, a música, que neste ano completou 87 (oitenta e sete) anos, e que mesmo sem nunca ter estudado música ou qualquer outra coisa, tem o ouvido mais afinado que já conheci, e é apenas com seu ouvido que afinava as sanfonas a qual fabricava, mora em um interior, no meio do mato, rodeado por boi, e também foi quem construiu sem nenhuma instrução, ou uso de diapasão para afiná-la tão precisamente, uma sanfona pé de bode, e me deu como presente o meu primeiro instrumento musical por volta dos meus seis anos de idade. Não menos importante, cujo não poderia faltar o agradecimento mais que especial pelo apoio essencial da minha namorada, Elainny Albano, que sempre me estimula a continuar com minha arte.

Também agradeço aos meus amigos músicos e os que debatem música comigo, aos meus professores, especialmente ao meu pai, Edson Paulo Júnior, grande violista, à qual foi o meu primeiro instrutor da música e de violão erudito. Hoje eu sei que foi ele quem me deu, sem dúvidas, na figura de papai Noel, minha primeira flauta doce, e meu primeiro bandolinho, e que também me apresentou para a minha grande família que eu não conhecia, que é toda feita de músicos, especialmente tia Nelí, grande violinista e que possui uma habilidade muito interessante, em ouvir discos antigos e transcrever a melodia destes para partitura, sem auxílio de nenhum instrumento, apenas do seu ouvido, mas o mais interessante nessa história, é que ela ouve a melodia uma única vez. Agradeço também aos meus grandes professores, que me enriqueceram de teoria e fizeram-me entender muita coisa que eu já fazia, mas não sabia, especialmente Bettholven Cunha, Nydia do Rego Monteiro e Filipe de Sousa.

Mardson Rocha Paulo, Picos-PI, 20/10/2013

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NOTA DO AUTOR

Para que todos tenham sucesso nesse trabalho, é necessário que tenham alguns conhecimentos anteriores, como escalas maior, menor, menor melódico, menor harmônico, seus respectivos campos harmônicos e intervalos.

Desejo a todos, sucesso nos estudos com esse material que serve de apoio para todos os instrumentos musicais e peço desculpas aos que eu decepcionei.

Todo estudo que fizeres, é apenas um pequeno passo para uma infinita e brilhante jornada, que é música.

Mardson Rocha Paulo, Picos-PI, 20/10/2013

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RESUMO

Esse breve trabalho tenta abordar um pouco sobre a escala hexafônica e suas aplicações, seja para o improviso ou mesmo para a criação de melodias. Então, aqui trago algumas sugestões para estudo tanto na tonalidade maior, como na menor, menor melódica e harmônica.

ABSTRACT

This short paper tries to address a little about the scale hexafônica and its applications, is to improvise or even the creation of melodies. So here I present some suggestions for study both in major tonality, as in smaller, less melodic and harmonic.

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APLICAÇÃO DA ESCALA HEXAFÔNICA EM IMPROVISO OU CRIAÇÃO DE MELODIA COM BASE NOS DIVERSOS CAMPOS HARMÔNICOS

1. Hexafônica

Mais conhecida como escala de tons inteiros, tem uma sonoridade muito característica e interessante, que pode ser bastante explorada em improvisos ou criação de melodias;

Pela sua formação de seis notas, como o nome já antecipa, mas também, e principalmente, por ser formada de tons inteiros, só se é possíveis à criação de duas escalas com essas características, como postas abaixo:

a) Dó Ré Mi Fá# Sol# Lá#

Ou

b) Dó# Ré# Fá Sol Lá Si

A partir de agora vamos fazer várias análises sobre a estrutura dessa escala, tentando montar alguns acordes, para que possamos saber em que ocasião esta poderá ser aplicada.

2. Montando Acordes

2.1. Tríades (acorde com três sons);

Vamos montar Tríades (formadas por tônica “T”, terça “3°” e quinta “5°”), a partir da escala:

Exemplo:

T 3° 5°Dó Mi Fá# ou Sol#

Eis que temos aqui um acorde maior com quinta diminuta, mas também temos um acorde aumentado, pois temos tanto a quinta diminuta (Fá# = Solb), como a quinta aumentada (Sol#).

De antemão já antecipo, através dessa pequena análise feita agora a pouco, que poderemos utilizar a hexafônica para todos os modos (maiores ou menores) que aparecerem na sua estrutura um acorde maior com quinta diminuta ou um acorde aumentado (maior com quinta aumentada), ou seja, dentro ou não de um campo harmônico. Se pela junção de algumas notas da escala, nós conseguirmos formar um acorde maior com quinta diminuta ou um acorde aumentado, mesmo que este não apareça pronto no campo harmônico, formado por tríades de “T”, “3°” e “5°”, poderemos utilizar a hexafônica.

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2.1.1 Tonalidade Maior

Na primeira análise feita da escala hexafônica, (T = Dó, 3° = Mi, 5° = Fá# ou Solb), mas também estudando as escalas, pude perceber que podemos encontrar esse tipo de acorde em qualquer escala maior. Veremos abaixo, como exemplo, a escala de Sol Maior, do primeiro ao sétimo grau:

Exemplo: Escala de Sol Maior

Graus I II III IV V VI VIINotas Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá#

Considerei a escala de Sol Maior, pois achei que é a escala de mais fácil entendimento para analisar este caso, uma vez que o IV, VI e VII graus da escala coincidem com o I, III, IV do primeiro exemplo visto da escala hexafônica.

Tendo em vista isso, tomaremos o IV grau da escala como base para montarmos a tríade maior com quinta diminuta. Sabemos que o IV grau de uma escala possui o nome grego (ou é o próprio modo grego) Lídio, onde a nota prescrita neste IV grau vai ser a tônica desse modo, assim temos:

Exemplo: Escala de Sol Maior (Modo Lídio)

Graus I II III IV V VI VIINotas Dó Ré Mi Fá# Sol Lá Si

Analisando um pouco, chegaremos à conclusão que o IV grau, na verdade, também pode ser o V grau diminuto da hexafônica. Assim, poderemos entender esse modo (Lídio), como uma escala que possui tanto a Quinta Justa (Sol), como a Quinta diminuta (Fá# = Solb), e é esse último intervalo que nos vai interessar nesse exemplo, uma vez que este, junto com a tônica e a terça maior dessa escala, formarão tríade maior com quinta diminuta.

Observe as notas que formam essa tríade:

T 3° Maior 5° DiminutaDó Mi Fá#

Obs: Nos próximos exemplos utilizaremos a sigla, “m”, (minúsculo) para intervalos menores, “M”, (maiúsculo) para maiores, “dim.”, para diminutos e “aum.”, para aumentados.

2.1.2 Tonalidade Menor

Da mesma maneira, utilizaremos tudo visto acima com a escala maior, para o modo menor da escala. Sabemos que o relativo menor dessa escala é o Mi

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menor, pois possui os mesmos acidentes (# ou b), que a escala de Sol Maior, então, note que a tônica do modo frígio não esta mais no IV grau da escala, e sim no VI grau:

Exemplo: Escala Menor

Graus I II III IV V VI VIINotas Mi Fá# Sol Lá Si Dó Ré

Essa mudança de ordem das notas não vai alterar no resultado final, pois vão resultar nas mesmas notas, com os mesmos acidentes musicais;

Tríade maior com quinta diminuta formada na tonalidade de Sol maior, formada a partir do IV grau:

T 3° Maior 5° DiminutaDó Mi Fá#

Tríade maior com quinta diminuta formada na tonalidade de Mi menor, formada a partir do VI grau:

T 3° Maior 5° DiminutaDó Mi Fá#

Assim, podemos aplicar (improvisadamente ou na criação de uma nova melodia) a hexafônica dentro da tonalidade maior ou menor da escala natural, sempre que aparecer uma tríade formada por esses intervalos, seja esse acorde próprio da música ou depois de rearranjada a harmonia.

Há essa altura, você já deve ter percebido que utilizamos as notas da escala hexafônica não em uma tonalidade completa, mas somente em alguns acordes de determinadas tonalidades. Isso porque se usarmos esta escala para todos os graus do campo harmônico maior ou menor, criaria uma dissonância entre a escala hexafônica e as notas do acorde do campo harmônico maior ou menor (o que não nos impede de criar essa dissonância intencionalmente, pois a música é infinita, e infinita também são as possibilidades de combinações, assim como a criatividade de cada um).

Então, muitas vezes, as notas da escala hexafônica são utilizadas apenas como notas de passagens para repousar em algum acorde do campo harmônico que estamos utilizando, (o que não quer dizer que a hexafônica se torna menos importante, uma vez que esta pode preencher o campo harmônico que estamos utilizando com uma sonoridade totalmente própria).

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Vamos relembrar a escala de Sol Maior e a escala Hexafônica:

a) Sol Maior ou Mi Menor:

Graus I II III IV V VI VIINotas Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá#

b) Hexafônica:

Graus I II III IV V VINotas Dó Ré Mi Fá# Sol# Lá#

O acorde que encontramos foi à tríade maior com quinta diminuta:

T 3°M 5° dim.Dó Mi Solb

Vamos pensar o Dó como sendo a sétima menor do acorde de Ré, o Mi, como sendo a segunda ou nona maior, e o Fá# (= que Solb), como sendo a terça maior. Importante observar que vamos excluir a quinta de Ré, pois na escala de Sol Maior, a quinta do acorde de Ré, seria uma quinta justa, ou seja, seria a nota Lá.

Observe novamente a escala de Sol Maior:

Graus I II III IV V VI VIINotas Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá#

Agora o nosso novo acorde: (acorde de Ré Maior com sétima menor)

T 3°M 5°J 7°m 9° MRé Fá# Lá Dó Mi

Agora observe a escala Hexafônica:

Modelo 01:

Graus I II III IV V VINotas Dó Ré Mi Fá# ou Solb Sol# ou Láb Lá# ou Sib

Modelo 02:

Graus I II III IV V VINotas Dó# ou Réb Ré# ou Mib Fá Sol La Si

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Note, então que a “5°J” do acorde de Ré Maior com sétima menor é o Lá, e não existe La natural no primeiro modelo da escala hexafônica, e no segundo modelo, temos o Lá, mas todas as outras notas do acorde de Ré Maior com sétima menor possuem acidentes. Então, a melhor forma de termos mais um acorde da escala hexafônica dentro da tonalidade maior ou menor é suprimindo a quinta do acorde. Vamos ter uma tríade formada apenas pela tônica, terça maior e sétima, acrescida ou não da nona maior.

Observe como ficou nossa nova possibilidade:

T 3°M 7mRé Fá# Dó

Acrescendo a nona:

T 3°M 7°m 9°MRé Fá# Dó Mi

Esses dois últimos acordes são bastantes utilizados em praticamente todos os estilos musicais da música popular, como Blues, MPB, Bossa Nova, Rock. Então, agora temos uma abertura muito grande para aplicarmos a hexafônica.

Sabendo que a nota Ré é o Modo Mixolídio da escala de Sol Maior ou Mi Menor, então, poderemos utilizar a hexafônica em qualquer tonalidade da escala maior ou menor, no modo Lídio (como já vimos antes) e também para o modo Mixolídio.

2.2.3. Tonalidade Menor Melódica

a) Analisando também a escala menor melódica, podemos encontrar a mesma tríade vista agora a pouco.

Veremos abaixo a escala de Dó# Menor Melódico, pois como na tonalidade maior e menor, considerei essa tonalidade mais didática e de mais fácil compreensão para esse caso:

Dó# Menor Melódico:

Graus I II III IV V VI VIINotas Dó# Ré# Mi Fá# Sol# Lá# Dó

Como já vimos antes, o acorde que procuramos é um acorde maior com quinta diminuta, e nós podemos encontrar esse tipo de acorde no sétimo grau da

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escala menor melódica, também chamado de modo Lócrio, observe como fica o modo Lócrio da escala menor melódica:

Modo Lócrio da escala de Dó # menor melódica

Graus I II III IV V VI VIINotas Dó Dó# Ré# Mi Fá# ou Solb Sol# Lá#

Assim, vemos perfeitamente o acorde formado por tônica, 3° maior e 5° diminuta:

T 3°M 5°dim.Dó Mi Solb

b) Mas também precisamos analisar mais uma vez a escala hexafônica para darmos de conta que ela gera também a tríade aumentada e não só a maior com quinta diminuta, como já vimos anteriormente:

Escala Hexafônica:

Graus I II III IV V VINotas Dó Ré Mi Fá# Sol# Lá#

Observe o acorde maior com quinta aumentada, ou simplesmente acorde aumentado, no I, III e V grau da escala e a escala menor melódica também apresenta esse acorde, também no seu sétimo graus:

Escala Menor Melódica:

Graus I II III IV V VI VIINotas Dó# Ré# Mi Fá# Sol# Lá# Dó

Agora, a escala a partir do sétimo grau (modo Lócrio), pois fica mais fácil de visualizar:

Graus I II III IV V VI VIINotas Dó Dó# Ré# Mi Fá# Sol# Lá#

Acorde maior com quinta aumentada (acorde aumentado):

T 3°M 5° aum.Dó Mi Sol#

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E não para por ai, a estrutura da escala menor melódica também nos permite formar uma tríade aumentada no seu terceiro grau. Para mais fácil compreensão, vamos para outro exemplo:

(Considere agora a escala de Lá menor melódico para esse caso)

Lá menor melódico:

Graus I II III IV V VI VIINotas Lá Si Dó Ré Mi Fá# Sol#

Olhe como fica a escala a partir do 3° grau (modo Frígio);

Graus I II III IV V VI VIINotas Dó Ré Mi Fá# Sol# Lá Si

Então podemos montar facilmente a tríade aumentada:

T 3°M 5° aum.Dó Mi Sol#

2.1.4. Tonalidade menor harmônica

Agora observe o modo Frígio da escala menor harmônica, onde também podemos encontrar o acorde aumentado:

Lá menor harmônica:

Graus I II III IV V VI VIINotas La Si Dó Ré Mi Fá Sol#

Vamos começar pelo Modo Frígio:

Graus I II III IV V VI VIINotas Dó Ré Mi Fá Sol# Lá Si

Tríade aumentada:

T 3°M 5°aum.Dó Mi Sol#

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2.2. Tétrades (Acordes formados por quatro sons).

Os exemplos mais clássicos de acordes tétrades são os formados por “T” (tônica), ”3°” (terça), “5°” (quinta) e “7°” (sétima).

2.2.1. Tonalidade Menor Melódica

Analogicamente as tonalidades, também podemos encontrar os mesmos acordes que possuem a estrutura de tétrades dentro da hexafônica, e também na tonalidade menor melódica.

Vamos mais uma vez comparar a escala hexafônica com menor melódica, para podermos encontrar os respectivos acordes.

Escala Hexafônica:

Graus I II III IV V VINotas Dó Ré Mi Fá# Sol# Lá#

Vamos considerar nesse caso a escala de Dó # menor melódica:

Graus I II III IV V VI VIINotas Dó# Ré# Mi Fá# Sol# Lá# Dó

Vamos levar em consideração, novamente o modo Lócrio:

Graus I II III IV V VI VIINotas Dó Dó# Ré# Mi Fá# Sol# Lá#

Note que a escala hexafônica formam tétrades maiores com sétima menor e quinta, esta que é ou diminuta ou aumentada, assim como a escala menor melódica no modo Lócrio.

Acorde maior com sétima menor e quinta diminuta:

T 3°M 5° dim. 7°mDó Mi Fá# ou Solb Lá# ou Sib

Acorde maior com sétima menor e quinta aumentada:

T 3°M 5° aum. 7°mDó Mi Sol# Lá# ou Sib

Como já mencionado, note que ambos os acordes estão presentes tanto na escala hexafônica, como na tonalidade menor melódica no modo Lócrio.

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2.2.2. Tonalidade Menor Harmônica

Observação: Analise que na tonalidade menor harmônica esse acorde não se torna possível.

Lá menor harmônica:

Graus I II III IV V VI VIINotas La Si Dó Ré Mi Fá Sol#

Modo frígio:

Graus I II III IV V VI VIINotas Dó Ré Mi Fá Sol# Lá Si

Observe a tríade aumentada formada pela menor harmônica:

T 3°M 5°aum.Dó Mi Sol#

Agora vamos acrescer a sétima dessa escala:

T 3°M 5°aum. 7°MDó Mi Sol# Si

Compare-a com a escala hexafônica:

Escala Hexafônica:

Graus I II III IV V VINotas Dó Ré Mi Fá# Sol# Lá#

Note, então que a sétima da tétrade da tonalidade menor harmônica não possui na escala hexafônica, então não caberia usa-la.

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3. Esquemas prontos:

3.1. Tríades:

3.1.1. Maior com quinta diminuta

a) Aplicação:

Maior com quinta diminutaIV grau da escala maior VI grau da escala menor VII grau da escala menor

melódica

3.1.2. Maior com quinta aumentada

a) Aplicação:

Maior com quinta aumentadaIII grau da menor

melódicaVII grau da escala menor

melódicaIII grau da escala menor

harmônica

3.2. Tétrades

3.2.1. Maior com sétima menor e quinta diminuta

a) Aplicação:

Maior com sétima menor e quinta diminutaVII grau da menor melódica

3.2.2. Maior com sétima menor e quinta aumentada

a) Aplicação

Maior com sétima menor e quinta aumentadaVII grau da menor melódica

3.2.3. Maior com sétima menor e quinta suprimida

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Nós também vimos nesse artigo na tonalidade maior e menor à presença de uma aplicação extra, no caso da tonalidade maior, seria o V grau, que foi o acorde formado por tônica, terça maior e sétima menor, acrescido ou não de nona maior, (suprimindo a quinta justa), que foi uma derivação que conseguimos do acorde maior com quinta diminuta.

Com base nesse pressuposto, toda vez que encontrarmos um acorde maior com sétima menor, que está presente em todos os campos harmônicos, (maior, menor, menor melódico ou menor harmônico), podemos retirar a quinta justa desse acorde (trabalho do arranjador da música), e improvisarmos usando a hexafônica.

Acorde maior com sétima menor (com quinta suprimida)

Tonalidades Maior Menor Menor Melódica Menor Harmônica

Graus V VII IV e V V*

*O quinto grau da escala menor harmônica é o único entre os acordes acima, onde não é possível acrescer a nona, pois a nona desse grau não é maior, e sim menor. Todos os demais, as nonas são maiores, então, pode-se acrescê-la.

Exemplo: Lá menor harmônico

Graus I II III IV V VI VIINotas Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol#

Agora vejamos o acorde maior com sétima menor e quinta suprimida, acrescida da nona, a partir do V grau:

T 3°M 7°m 9**Mi Sol# Ré Fá

**A nota Fá é a nona menor, (ou segunda menor) em relação à nota Mi, ou seja, sua distância é apenas de meio tom (um semitom), o que não é permitido na escala hexafônica, por ser formada apenas de tons inteiros.

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CONCLUSÃO:

Sabemos que a música, assim como qualquer outra arte, permite ao artista que a expresse, demonstre sua capacidade criativa, podendo inovar a forma de tocar. Assim, nos faz refletir que esse artigo não passa de uma mera orientação ou um norte para o estudante de música, que não sabe por onde começar a estudar, até para que este tenha algo como base, antes de sair tocando, mas também para aqueles que queiram se aprofundar, ou até mesmo para os que já dominam e tenham curiosidade de analisa-la com um olhar crítico, artístico ou técnico. Dessa forma, é importante salientar que todos os critérios trazidos aqui não interferem em nada na concepção criativa e artística de cada estudante ao utilizar essa escala de acordo com suas concepções primárias.

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BIBLIOGRAFIA:

Este artigo foi criado apenas da pura análise das escalas e tonalidades mencionadas ao longo desse texto, sem necessidade de recorrer a bibliografias de outros autores.

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