Artigo PC..Edna Corrigido

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RESUMO A ESCOLA COMO ESPAÇO INCLUSIVO PARA A CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL Este trabalho é o produto final de estudos realizados pelo curso de Graduação em Pedagogia da Faculdade Padrão e especialmente por estudos individualizados e em grupo, sobre “A escola como espaço inclusivo para a criança com Paralisia Cerebral”. Foi realizado um estudo de caso de um aluno com Paralisia Cerebral (PC) Severa (PCS), em uma Escola da Rede Pública Municipal de Educação da cidade de Goianira. Propõe-se a referir que os conhecimentos advindos da Pedagogia e do trabalho do pedagogo junto à escola inclusiva, criam e estabelecem alternativas para proporcionar uma aprendizagem significativa para todos os alunos, inclusive aqueles que têm deficiências. Necessidades Educacionais Especiais, p rincipalmente aos portadores de Paralisia Cerebral severa. Faz abordagens do Atendimento Educacional Especializado (A.E.E.) e a atuação destes profissionais na instituição escolar para mediatizar o processo de aquisição de conhecimentos. A fundamentação teórica averiguada nesta pesquisa baseia-se em estudos de alguns autores como: de Gomes (2010), Fischinger, (1970), Marconi , e Lakatos (1990), Sassaki (1997), Satow (2000), Tabaquim (1996), Vygotsky (2000), entre outros. Nas considerações finais pode se confirmar que a aprendizagem se processa em crianças com Paralisia Cerebral severa, desde que os professores busquem dinâmicas que estimulam a criança a participar das atividades. Palavras-chaves: Inclusão; Aprendizagem; Paralisia Cerebral. INTRODUÇAO “Um professor inesquecível é aquele que forma

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RESUMOA ESCOLA COMO ESPAO INCLUSIVO PARA A CRIANA COM PARALISIA CEREBRALEste trabalho o produto final de estudos realizados pelo curso de Graduao em Pedagogia da Faculdade Padro e especialmente por estudos individualizados e em grupo, sobre A escola como espao inclusivo para a criana com Paralisia Cerebral. Foi realizado um estudo de caso de um aluno com Paralisia Cerebral (PC) Severa (PCS), em uma Escola da Rede Pblica Municipal de Educao da cidade de Goianira. Prope-se a referir que os conhecimentos advindos da Pedagogia e do trabalho do pedagogo junto escola inclusiva, criam e estabelecem alternativas para proporcionar uma aprendizagem significativa para todos os alunos, inclusive aqueles que tm deficincias. Necessidades Educacionais Especiais, principalmente aos portadores de Paralisia Cerebral severa. Faz abordagens do Atendimento Educacional Especializado (A.E.E.) e a atuao destes profissionais na instituio escolar para mediatizar o processo de aquisio de conhecimentos. A fundamentao terica averiguada nesta pesquisa baseia-se em estudos de alguns autores como: de Gomes (2010), Fischinger, (1970), Marconi, e Lakatos (1990), Sassaki (1997), Satow (2000), Tabaquim (1996), Vygotsky (2000), entre outros. Nas consideraes finais pode se confirmar que a aprendizagem se processa em crianas com Paralisia Cerebral severa, desde que os professores busquem dinmicas que estimulam a criana a participar das atividades.Palavras-chaves: Incluso; Aprendizagem; Paralisia Cerebral.INTRODUAO

Um professor inesquecvel aquele que forma seres humanos que faro a diferena no teatro social

Dr. Augusto Cury

O homem, intencionalmente transforma o meio onde vive, modifica a si mesmo em um processo de inter-relao contnuo, de acordo com as necessidades bsicas sua vida. Dentre as necessidades do ser humano, se destaca a de conhecer e compreender o meio em que vive. Para isso se faz necessrio ter uma concepo deste meio. importante tambm, se autoconhecer e ter a noo de que as pessoas so muito diferentes entre si. Estas diferenas so de naturezas diversas, envolvendo caractersticas fsicas, psicolgicas, sociais, econmicas, polticas, culturais, entre outras. E ainda h a diversidade de valores e experincias que cada um carrega, bem como a singularidade especfica e individual quanto ao aprendizado. E, a escola o local privilegiado para se alcanar estas concepes, de forma mais ampla. Pois, A educao escolar caracteriza-se pela preparao do ser nico que cada pessoa , para a vida, para a construo da tica necessria ao convvio social e cidadania. Acreditando que a unidade de ensino pode atuar na vida de seus educandos de forma mais dinmica e significativa, o professor pode aprimorar a prtica pedaggica e propiciar aos alunos, uma aprendizagem de qualidade.Ao analisar a histria da incluso de crianas com Necessidades Educacionais Especiais na rede regular de ensino relevante pensar na educao. O processo de incluso passou por um perodo de evoluo de norteadores legais, at chegar ao reconhecimento de que as pessoas com necessidades especiais parte integrante na sociedade. Sabe-se que a educao no ocorre somente no mbito escolar, mas tambm em mbito social e se processa permanentemente em toda comunidade. De acordo com os Parmetros Curriculares Nacionais (PCN): Obs: CUIDADO COM CITAES pela ABNT pargrafo 4 e FONTE 10, espqamento simples. verifiquem conforme a orientao da faculdadeA expresso Necessidades Educacionais Especiais pode ser utilizada para referir-se a crianas e jovens cujas necessidades decorrem de sua elevada capacidade ou de suas dificuldades para aprender. Est associada, portanto, a dificuldades de aprendizagem no necessariamente vinculada a deficincias. BRASIL (1998) Desta forma, expresses que definiam potencialidade ou deficincias cognitivas direcionadas s crianas, passam a ser focadas para as instituies, os profissionais de educao e principalmente para as propostas educacionais que so oferecidas a estas crianas.

Os estudos deste artigo inserem-se ao contexto das discusses sobre a incluso, assunto cada vez mais em evidncia, devido s necessidades dos seres humanos de se destacar na sociedade como ser nico que cada um , e como cidados com seus respectivos direitos e deveres de participao e contribuio social. A aprendizagem deve ser significativa, e para isso cada aluno precisa ter oportunidades de usar seu potencial criativo, artstico e intelectual, assim, os estudos deste trabalho sero direcionados aos alunos com Paralisia Cerebral Severa e suas capacidades de aprendizagem. Sero apresentadas Destaca-se algumas intervenes pedaggicas, e propostas educacionais para alunos portadores desta Necessidade Educativa Especial, enfatizando a importncia da interao da famlia com a escola que podem auxiliar o educador que trabalha com a criana com deficincia cerebral severa. Bem como, a necessidade da formao continuada dos profissionais da Educao em prol de uma aprendizagem significativa de todos os alunos.Para se alcanar o objetivo de aprendizagem para todos os alunos, preciso compreender que o ato de aprender no ocorre da mesma maneira em todas as pessoas. Umas se deparam com algumas facilidades e outras com dificuldades de aprendizagem. E, a criana com Paralisia Cerebral Severa possui caractersticas diferentes como todos os seres humanos. Portanto, no deixa de ser uma criana como outra qualquer, que se difere no seu desenvolvimento motor, fsico, cognitivo, pois em sua essncia apenas mais uma criana que precisa de ajuda diferenciada do outro para que possa socializar-se e desenvolver-se como ser humano dentro do seu tempo especfico.

Foi feita uma reflexo investigao e estudo terico sobre o que conceito de Paralisia Cerebral, e de como ocorre o processo de aprendizagem de crianas com esta deficincia. portadoras deste distrbio, Outro fator relevante foi a investigao e questionamento de que forma o pedagogo pode atuar em uma instituio de ensino em prol de uma aprendizagem significativa destes alunos da criana com (PCS),. Realizou-se uma pesquisa em uma escola pblica da rede municipal de ensino, com nfase na observao e na aplicao de questionrios, utilizando a pesquisa bibliogrfica para reconhecer a escola como espao inclusivo para alunos com Necessidades Educativas Especiais, especificamente com Paralisia Cerebral. Foi realizado um estudo de caso. Segundo Marconi e Lakatos (1990), um Estudo de Caso uma pesquisa emprica que investiga um fenmeno dentro de seu contexto, analisando-o, a partir de mltiplas fontes de evidncias, empregando diversos mtodos de coletas de dados (entrevistas, questionrios, dados secundrios, atas, relatrios, memorandos, etc.). Assim, para a execuo deste trabalho foi observada uma criana com 08 anos de idade, portadora de Paralisada Cerebral severa do tipo espstica (hipertonia dos msculos), matriculada na Escola Municipal Melchior Braga Costa, na cidade de Goianira. E, ainda foram aplicados alguns questionrios para a coleta de dados. Estes foram destinados aos componentes do atendimento educacional especializado (A.E.E.) que atuam na escola, aos coordenadores, professores e aos pais do aluno observado. OBS; ISSO VAI PARA A METODOLOGIA ANTES DA ANLISE DO QUESTIONRIO. NESCESSARIO COLOCA RESUMIDAMENTE AS OBSERVAES DO GRUPO EM CADA VISITA Pde-se comprovar que o aluno observado se sente bem na escola e gosta de pertencer a ela. E, que os professores acreditam que a aprendizagem se processa em crianas com Paralisia Cerebral Severa, mas para isso, necessrio mediatizar a interao dos alunos com o meio, mediar o seu contato com o mundo, estimulando-os a participar das atividades propostas juntamente com os outros alunos e assim descobrir que conseguem aprender, de forma lenta, mas conseguem. OBS: ISSO VAI PARA A CONCLUSOA escola como espao inclusivo para a criana com paralisia cerebralOBSERVEM A FORMA E O TAMANHO CORRETO DOS TPICOS ABNT/PADROO presente artigo prioriza demonstrar que a educao escolar caracteriza-se pela preparao do ser nico que cada pessoa , para a vida, para a construo da tica necessria ao convvio social e cidadania. Assim, atravs destes estudos ser feita uma reflexo e anlise com fundamentao terica, verificando se a escola funciona como um espao inclusivo para a criana com Paralisia Cerebral Severa. Tem objetivo de enfatizar o modo como os conhecimentos advindos da Pedagogia e do trabalho do pedagogo junto escola inclusiva, criam e estabelecem alternativas para proporcionar uma aprendizagem significativa para todos os alunos, principalmente para os portadores de Paralisia Cerebral.Busca especificar que o ato de aprender no ocorre da mesma maneira em todas as pessoas. Umas se deparam com algumas facilidades e outras com dificuldades de aprendizagem. E, a criana com Paralisia Cerebral possui caractersticas diferentes como todos os seres humanos. Portanto, no deixa de ser uma criana como outra qualquer, que se difere no seu desenvolvimento motor, fsico, cognitivo, pois em sua essncia apenas mais uma criana que precisa da ajuda do outro para socializar-se e desenvolver-se como ser humano dentro do seu tempo especfico. Para isso preciso identificar as vrias formas de intervenes que a pedagogia pode aplicar juntamente com os pais e toda a comunidade escolar, para mediar a interao bem como a aprendizagem, dos alunos portadores desta Necessidade Educativa Especial. Estimular o seu contato com o mundo, incentivando-os a participar das atividades propostas juntamente com os outros alunos, a interagir e construir a seu modo o seu aprender.A prtica educacional inclusiva evidencia desafios propostos aos educadores deste sculo. Desafios estes, que grande parte das escolas brasileiras ainda no est preparada para enfrent-los com sucesso. Para que as crianas com necessidades educacionais especiais possam participar do processo de aprendizagem, em igualdade com as outras, precisam de um ambiente rico em dinmicas educacionais, oportunizando lhes resultados favorveis. Estes podem ser proporcionados por professores preparados, dedicados, que recebem apoio de uma equipe especializada sempre que for necessrio. E, aspectos como adaptaes curriculares, so muito importantes, pois devem focar a interao entre as necessidades do educando e as respostas educacionais a serem propiciadas. OBS: REVER ESTE TRECHO PORQUE AQUI VCS TEM QUE ESCREVER SOBRE O TEMA EM AMARELO E VCS ESCREVERAM OBJETIVO DO ARTIGO. AQUI NO CABE MAIS OBEJETIVO DE ARTIGO SOBRE O TEMA EM AMARELOContextualizao da escola inclusivaAo examinar a histria, verifica-se que o conceito geral de educar a criana at os limites de sua capacidade intelectual, relativamente novo. Houve um lento progresso, desde a poca espartana, quando se matavam os bebs deficientes ou deformados.

Historicamente na era pr-crist, tendia-se a negligenciar e a maltratar os deficientes. Com a difuso do cristianismo, passou-se a proteg-los e a compadecer-se deles. J nos sculos XVIII e XIX, foram fundadas instituies para oferecer-lhes uma educao parte. No final do sculo XX, por volta da dcada de 1970, observa-se o movimento de integrao social dos indivduos que apresentavam deficincias, cujo objetivo era inclu-los em ambientes escolares o mais prximo possvel daqueles oferecido a pessoas sem deficincias.No Brasil, na dcada de 1990, comearam as discusses em torno do novo modelo de atendimento educacional denominado Incluso Escolar. Esse novo paradigma surge como uma reao contrria ao processo de integrao e sua efetivao prtica tem gerado muitas controvrsias e discusses.

A incluso requer mudanas que esto sendo implantadas nas escolas e na sociedade, de maneira geral. A ideia de incluso educacional uma manifestao bastante contempornea e por esse motivo defendida e infundida entre os mais variados setores da educao. Contudo, as evidncias histricas demonstram que esse fenmeno surgiu e se desenvolveu relacionado, sobretudo, causa da defesa da pessoa com necessidades especiais. necessrio garantir os objetivos especficos da Educao Especial, como: garantir a frequncia e permanncia destes alunos na escola, propiciar atendimentos regulares e especializados, conciliar o Projeto Pedaggico com aes que contempla a incluso, com prticas pedaggicas adequadas, entre outras aes mais especficas a cada deficincia. Assim, as escolas precisam ser reformadas, criando espaos necessrios ao desenvolvimento de atividades variadas, e mesmo para a locomoo dos cadeirantes. importante que elas tenham salas de recursos, para atendimento especializado aos alunos, em horrios alternados s aulas, bem como recursos materiais, coisa que as escolas pblicas necessitam muito.

Sabe-se que a criana tem direito educao de acordo com o artigo XXVI da Declarao Universal de Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Resoluo 217, inciso III da Assembleia Geral das Naes Unidas em 10 de dezembro de 1948. E, este direito deve ser respeitado, independente de raa, cor, idade, classe social, deficincia fsica ou mental, etc. Alm disso, deve-se ressaltar que no s a escola a responsvel pelo desenvolvimento do ser humano e a Constituio Federal de 1988, no seu artigo 23, captulo 5, afirma que o Estado deve proporcionar os meios de acesso cultura, educao e s cincias. Assim, ficou assegurado o atendimento educacional de pessoas que apresentam Necessidades Educacionais Especiais.

A educao inclusiva passou a ser uma realidade em muitos pases e a cada dia ganhava novos adeptos. Em 1994 ocorreu a Conferncia Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, representada por 92 governos, e 25 organizaes internacionais, na cidade de Salamanca na Espanha, entre 07 e 10 de Junho deste ano.

O objetivo desta conferncia foi reafirmar o compromisso com a Educao para Todos, declarando que o ensino deve ser ministrado para todas as crianas, jovem e adulto com necessidades educacionais no mesmo estabelecimento de ensino comum e, alm disso, apoiar a Linha de Ao para as Necessidades na Educao Especial. Nesta conferncia foi sancionada a Declarao de Salamanca. Vale ressaltar a linha de ao que as escolas precisam defender, aps esta Conferncia Mundial, na introduo, item 3:

CUIDADO COM A FORMATAO E O ESPAAMENTO DA MARGEM DAS CITAESO princpio fundamental da escola inclusiva consiste em que as escolas devem acolher todas as crianas, independente de suas condies fsicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingusticas ou outras. Devem acolher crianas com deficincia e crianas bem-dotadas; crianas que vivem nas ruas e que trabalham; crianas de populaes distantes o nmades; crianas de minorias lingusticas, tnicas ou culturais e crianas de outros grupos o zonas desfavorecidos ou marginalizados. (DECLARAO DE SALAMANCA, 1994, p.18)

Alm de declarar o direito a todos com necessidades especiais, a uma educao de qualidade e em escolas regulares, os pases signatrios, entre eles o Brasil, pronunciam atravs desta declarao que se deve tambm respeitar as caractersticas, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem que so peculiares a cada pessoa. Declaram tambm que os sistemas educativos devem ser projetados e os programas aplicados de modo que tenha em vista toda a gama dessas diferentes caractersticas e necessidades. E, ainda diz que as escolas comuns, com essa orientao inclusiva, representam o meio mais eficaz de combater a discriminao, de criar a integrao e dar educao para todos.

A Declarao de Salamanca incita os governos a dar prioridade oramentria s melhorias dos sistemas educativos para receber todas as crianas, independente de suas diferenas ou dificuldades individuais para uma educao inclusiva. Pede uma ateno especial formao do professorado, tanto inicial como continuada para um bom atendimento das necessidades especiais. E, ao assinar esta Declarao, o Brasil comprometeu-se com a transformao dos sistemas de educao para sistemas educacionais inclusivos.

No intuito de reforar a obrigao do pas em promover a educao, foi publicada, em dezembro de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 9394/96. Essa lei expressa em seu contedo alguns avanos significativos. Pode-se citar a oferta da extenso da Educao Especial na faixa etria de 0 a 6 anos; a ideia de melhoria da qualidade dos servios educacionais para os alunos e a necessidade de o professor estar preparado e com recursos adequados de forma a compreender e a atender diversidade dos mesmos.

Constata-se que o captulo V dessa lei, trata especificamente da Educao Especial, expressando em seu artigo 58; que a Educao Especial dever ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino e, quando necessrio deve haver servios de apoio especializado. interessante considerar que os servios especializados e o atendimento das necessidades especficas dos alunos garantidos por essa lei, esto longe de serem alcanados. Entretanto, precisamos garantir que estas conquistas, expressas nas leis, realmente possam ser efetivadas na prtica do cotidiano escolar.

A escola agora deve ser inclusiva, receber os alunos especiais e propiciar-lhes o desenvolvimento necessrio para incluir-se sociedade como membro atuante da mesma. Pois, esta tem o compromisso primordial e insubstituvel de introduzir o aluno no mundo social, cultural e cientfico. E todo ser humano, incondicionalmente tem direito a esta introduo.

No Estado de Gois, a Educao Especial foi instituda em 1955, com a criao do Instituto Pestalozzi de Goinia. Em 1973 foi criada a Secretaria Estadual de Educao Especial vinculada ao Departamento de Ensino Supletivo. Em 1987 foi criada a Superintendncia de Ensino Especial (SUPEE), rgo da Secretaria da Educao Cultura e Desporto, com a finalidade de direcionar o Ensino Especial no Estado e com competncia para fazer cumprir diretrizes, executando os programas de Educao Especial nos nveis da pr-escola, 1, 2 e 3 graus.

Em 1999, comearam a serem implantadas as bases de uma educao voltada incluso, sob a direo da Superintendncia de Ensino Especial da Secretaria de Estado da Educao. Neste perodo, o Brasil passou a se preocupar mais com a Educao, cabendo escola organizar-se para o atendimento do educando com necessidades especiais, assegurando as condies necessrias para a educao de qualidade para todos.Com o incio de programas voltados para uma perspectiva inclusiva, as escolas do Estado de Gois, aumentaram o nmero de matrculas de portadores de necessidades especiais no ensino regular. Para Sassaki, a Educao Especial muito mais que escola especial:

CUIDADO COM A FORMATAO DA CITAONos tempos da excluso, o portador de deficincia no recebia nenhum tipo de ateno na rea da educao. Nos tempos da segregao, ele passou a receber algum tipo de educao dentro das instituies. Nos tempos de integrao desenvolveu-se um sistema paralelo de educao, conhecido como educao especial, que era provida em escolas especiais. O passo seguinte foi o de integrar os deficientes nas classes comuns. (Sassaki 1997, p.64).

De acordo com o autor, a prtica da educao inclusiva no deve estar limitada a um sistema paralelo de educao, mas deve fazer parte da educao como um todo, ocorrendo nas escolas regulares constituindo-se em qualidade de educao oferecida a qualquer aluno que dela necessite. A escola um lugar do qual, todos fazem parte, em que todos devem ser aceitos, com o qual todos colaboram, ajudam-se mutuamente.

Nesse sentido, vale ressaltar que a educao inclusiva pode ser considerada como uma tentativa a mais para atender as dificuldades de aprendizagem de todos os alunos. Assim, tambm assegura aos alunos com deficincia Necessidades Educacionais Especiais o acesso aos conhecimentos, pois quando o professor promove atividades variadas, buscando a participao e incluso de seus alunos, promove a Educao para Todos.

OBS: DESDE O ANO PASSADO NA CONFERNCIA NACIONAL SOBRE INCLUSO EM PORTO ALEGRE FICOU DECIDIDO QUE A PESSOA NO PORTADORA DE DEFICI~ENCIA ELA TEM DEFICINCIA E QUE PASSARIAM A DIZER O MENINO TEM DEFICI~ENCIA MENTAL, FSICA ETC E NO MAIS PORTADOR E NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS A mediaao de aprendizagem???????????? a criana com paralisia cerebralA mediaao do professor no processo de aprendizagem da criana com paralisia cerebral (OBSERVEM AS NORMAS DA ABNT/PADRO)A aprendizagem um processo que envolve a participao dos alunos em atividades mediada na sala de aula pelo professor. Para ser significativa e para isso preciso que cada aluno precisa ter tenha oportunidades de usar seu potencial criativo, artstico e intelectual. As crianas AQUI NESTE ARTIGO VC S FALA DE UMA NO VAI GENERALIZAR CRIANAS DO MUNDO INTEIRO! com Paralisia Cerebral Severa precisam ser respeitadas quanto s suas capacidades de aprendizagem. Sendo assim, algumas intervenes pedaggicas so necessrias, pois, as propostas educacionais precisam ser repensadas para crianas COM DEFICINCIAportadoras desta Necessidade Educativa Especial. Vale ressaltar ainda, a importncia da interao da famlia com a escola, bem como de uma atuao contnua das duas partes.

De acordo com Fischinger (1970), a Paralisia Cerebral um distrbio sensorial e senso- motor causado por uma leso cerebral, a qual afeta o desenvolvimento normal do crebro. A leso estacionria e no progressiva. Conforme a autora, a leso do crebro estacionria, mas o comprometimento da linguagem, do tnus postural e da incapacidade motora progressivo quando no se faz os tratamentos especficos que melhoram as reas afetadas decorrente da leso. O tratamento adequado de suma importncia para melhorar a qualidade de vida do paralisado cerebral. A terminologia para este distrbio, segundo a autora acima citada, : Espsticos graves; Espsticos meio graves; Atetides coria- atetides, atetides distnicos e formas mistas; Ataxia. Conforme o distrbio a diviso da terminologia se d: Hemiplegia: Apenas um lado do corpo est afetado;

Diplegia: Comprometimento simtrico, sendo que as pernas so mais atingidas que os braos, quase espsticos;

Paraplegia: Forma da diplegia, s que a parte superior do corpo est livre, ou vice-versa;

Tetlaplegia: O corpo inteiro est paralisado;

Hemiplegia Bilateral: Um lado mais atingido que o outro;

Monoplegia: Idntica hemiplegia, havendo, porm, maior acometimento do brao ou da perna. AQUI TEM QUE COLOCAR ASPAS PQ FOI RETIRADO DO TEXTO OU EXPLIQUE-OS DE MODO SIMPLIFICADOConforme Marcelli (2009) so muitas as patologias que implicam quadros clnicos bastante dspares, com anomalias no desenvolvimento do sistema nervoso central. Estas podem provocar uma ou mais deficincias ou dficits de natureza sensorial, motora, cognitiva, entre outras, que podem repercutir no processo de maturao habitual da criana. Segundo ele:

CUIDADO COM A FORMATAO DA CITAOA paralisia cerebral (PC) constitui a segunda vertente das deficincias da criana (19%). Trata-se aqui de uma afeco das capacidades motoras da criana. O grau da doena muito varivel, indo de um discreto espasmo apenas no caminhar at as grandes retraes que tornam quase impossvel qualquer motricidade. MARCELLI (2009)

Esta patologia, segundo o autor, tem sua etiologia ligada s condies neonatais ou mesmo, de nascimento e a preveno pode diminuir sua frequncia. Os transtornos consecutivos se do dependendo do grau da (PC), no nvel da linguagem, nvel intelectual, podendo apresentar deficincia mental leve ou profunda, assim como, dficit de orientao espao temporal e do esquema corporal devido afeco motora. O autor acima citado destaca os transtornos afetivos, e afirma que estes dependem tambm do grau da afeco cerebral e da reao da criana e da famlia. Esta pode ajudar muito durante a primeira infncia, e por toda a vida, tentando combater a inibio e a submisso pertinentes em crianas com Paralisia Cerebral.

A incapacitao decorrente dos transtornos apresenta comprometimento global leve, em que a motricidade grossa e fina, a linguagem, e o desempenho intelectual no afeta a aprendizagem escolar. No comprometimento global moderado a motricidade grossa e fina dependente de suportes assistenciais, a fala demonstra problemas articulatrios e a cognio pode apresentar uma pequena deficincia. A incapacitao severa compromete agressivamente os movimentos, a linguagem, adaptao social e a capacidade intelectual, dificultando um bom desempenho escolar. Este tipo de paralisado cerebral totalmente dependenteSegundo Tabaquin (1996), o portador A pessoa com paralisia cerebral entendem os smbolos grficos na linguagem escrita. Mas como o paralisado cerebral no tem expresso motora, a exteriorizao do aprendizado poder ficar comprometida. Portanto, necessrio uma interveno metodolgica do professor no ensino da escrita e da leitura destas crianas. neste ponto que a interveno pedaggica pode fazer a diferena, na escolha de materiais e dinmicas variadas, buscando incentivar a criana que tem limitaes cerebrais, a ter reaes impulsionadas pelo meio. Para Fischinger (1970), nescessrio que o paralisado seja estimulado e elogiado em cada atividade realizada. As atividades devem sempre corresponder ao nvel de capacidade da criana de acordo com o grau do transtorno. As dificuldades de aprendizagem e de interao ao meio em que vivem para as crianas com Paralisia Cerebral (PC), so acentuadas devido s VRIAS deficincias s quaL j est inserida. E, ainda para piorar o quadro clnico, vale ressaltar os preconceitos que sofrem todas as pessoas portadoras de com algum tipo de deficincia. Nessa perspectiva Satow afirma que:

CUIDADO COM A FORMATAO DA CITAOUm dos principais preconceitos que o Paralisado Cerebral sofre o de ser confundido com portador de deficincia mental por ter dificuldade de comunicao, descoordenao motora, movimentos involuntrios, imagem bizarra pelo tnus muscular anormal, entre outras, conforme a regio do crebro afetada. A Paralisia Cerebral consequncia de uma leso do crebro e no da coluna vertebral, como vimos anteriormente, o que refora a falsa ideia de que todos os que portam esse tipo de deficincia so tambm portadores de deficincia mental. Alm disso, existe uma parcela de paralisados cerebrais que efetivamente apresentam deficincia mental, o que refora ainda mais o preconceito. No entanto, essa incidncia muito rara. SATOW (1996, p. 25)

A criana com Paralisia Cerebral possui caractersticas diferentes como todos os seres humanos. Portanto, nela estas diferenas so mais perceptveis, pois, uma criana que precisa da ajuda das outras e de adultos, para socializar e desenvolver-se no mundo onde vive. Em primeiro lugar, a famlia a grande responsvel por este processo de desenvolvimento.

Posteriormente, quando a criana inserida vai para a escola deve ser estimulada ao desejo de querer aprender, interagir com o meio, com os materiais escolares, com as outras crianas. Este estmulo depende do professor com sua criatividade descobrindo as possibilidades de aprender pertinente em cada criana, especialmente as com Paralisia Cerebral Severa.O trabalho do professor do atendimento educacional especializado (A.E.E)O processo de Ensino-Aprendizagem passa por uma nova postura pedaggica, coerente com uma nova maneira de compreender e vivenciar o processo educativo, de modo a responder a alguns desafios da sociedade atual. Considerando que a escola no um espao isolado da sociedade e, cada vez mais, membros desta reconhecem seus direitos educacionais, o espao escolar precisa atender de forma significativa diversidade cognitiva, fsica, cultural, econmica e social do contexto em que est inserida. E, assim a criana com deficincia, igual aos demais, tem os seus direitos assegurados em receber uma educao de qualidade conforme a Constituio do nosso pas.Afirmando a orientao para as redes pblicas educacionais do Brasil, no que diz respeito ao investimento no processo de incluso das pessoas com deficincia necessidades educacionais especiais, na rede regular de ensino, se faz necessrio partir de alguns princpios como: a preservao e o respeito pelo ser humano dentro da sua singularidade; a afirmao da sua identidade; e o pleno exerccio da cidadania. Estes so norteadores que a escola de nossos dias precisa colocar em prtica no seu cotidiano. So princpios que trazem em seu bojo a necessidade de reviso da abordagem metodolgica adotada em algumas escolas, baseada na teoria de somente cuidar, no sentido literal da palavra, do aluno com necessidades especiais, colocando em segundo plano o verdadeiro sentido da escola que o de transmitir o conhecimento cientifico e construir a independncia cognitiva, emocional e social do corpo discente, sejam eles alunos com necessidades especiais ou no. Nesse sentido, preciso buscar uma perspectiva educacional que contemple uma abordagem terica que aponte caminhos para a superao desse modelo e, que possa oportunizar efetivas condies para transformao da ao pedaggica.A unidade escolar que possui um AEE em parceria e interao com o professor pedagogo da sala de aula, consegue proporcionar aprendizagens aos seus alunos, principalmente s crianas portadoras de necessidades educativas especiais. Na perspectiva de uma escola para todos, no que tange ao aspecto do atendimento educacional especializado para o aluno com deficincia intelectual, Gomes (2010), enfatiza que o trabalho est calado especificamente em produes de atividades (agregadas aos conceitos propostos) e isso exige que o aluno utilize seu raciocnio para a resoluo de situaes problemas. Todavia, ela salienta que para desenvolver o AEE, imprescindvel que o professor, a priori, conhea o aluno e suas particularidades para alm de sua condio cognitiva, pois conforme diz:CUIDADO COM A FORMATAO DA CITAOO trabalho do professor do AEE ajudar o aluno com deficincia intelectual a atuar no ambiente escolar e fora dele, considerando suas especificidades cognitivas (...) que dizem respeito relao que ele estabelece com o conhecimento que promove sua autonomia intelectual (GOMES, 2010; p.08)Este trabalho no deve ser isolado em sua estrutura e funcionalidade, pois deve estar articulado s aes, objetivos e metas programadas globalmente pela escola. O papel da escola muito importante no processo de ensino e aprendizagem, principalmente no que tange oferta das condies necessrias para a organizao e recursos para o AEE, sala de recursos multifuncionais, matrcula do aluno no AEE, aquisio de equipamentos, indicao de professor para o AEE, articulao entre professores de recurso e ensino regular e constituio de redes de apoio interna e externa escola.A proposta de uma escola com condies para o atendimento educacional especializado deve estar inserida na concepo de currculo abordada pelo projeto pedaggico da mesma. Sendo assim, a dinamicidade curricular precisa considerar o cotidiano da escola, levando em conta as necessidades e capacidades dos seus alunos e os valores que orientam a prtica pedaggica. Para os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais essas questes tem um significado particularmente importante Brasil (1998).Desta forma, o AEE no deve ser visto e tratado como item complementar e secundrio no ensino regular comum, mas contemplado a contento das aes destinadas do Projeto Poltico Pedaggico. No basta que a escola o institua como ao oriunda do projeto pedaggico da escola, preciso que o mesmo seja alvo das srias preocupaes de gestores, professores e comunidade escolar, afim de que se faa seu devido aparelhamento e que se oportunize a prtica do AEE dentre as atribuies pedaggicas. Precisa estar integrado aos projetos escolares, aliado ao objetivo social da educao de romper com as aes educativas excludentes e dispor de sua misso para criar condies de autonomia e aprendizagem que permitam aos alunos com necessidades educacionais especiais alcanarem o exerccio democrtico de sua cidadania no somente de direito, mas, sobretudo, de fato.

Vale ressaltar que a escola deve estar aberta s diversidades, e nesse sentido, Mantoan afirma que:

CUIDADO COM A FORMATAO DA CITAOEscolas abertas a diversidades so aquelas em que os alunos sentem-se respeitados e reconhecidos nas suas diferenas, ou melhor, so escolas que no so indiferentes s diferenas. Ao nos referirmos a essas escolas, estamos tratando de ambientes educacionais que se caracterizam por um ensino de qualidade, que no exclui, no caracteriza os alunos em grupos arbitrariamente definido por perfis de aproveitamento escolar e por avaliaes padronizadas e que no admitem dicotomia entre educao regular e especial. As escolas para todos so escolas inclusivas, em que todos os alunos estudam juntos, em salas de aprendizagem de todos os alunos e as estratgias de trabalho pedaggico so adequadas s habilidades e necessidades de todos. (MANTOAN, (1997, p. 235)

O trabalho desenvolvido pelo AEE, frente ao apoio social pedaggico a educandos com necessidades educativas especiais, no pode ser visto como caso de xito isolado, mas sim como um trabalho unnime do conjunto de funcionrios de uma escola. Os sucessos alcanados devem servir de alicerces para uma realidade possvel de ser conquistada por todos, em prol do resgate social da educao inclusiva de milhares de crianas que ainda no a tem. E, os deslizes, ou mesmo dificuldades encontradas, devem ser discutidas, analisadas e sancionadas por toda a equipe da escola.Deste modo, o professor pedagogo juntamente com o AEE consegue proporcionar ambientes escolares que mediatiza ensino de qualidade a todos os seus alunos, adequando a proposta educacional para atender s dificuldades de aprendizagem dos mesmos. Dando ateno aos alunos com Paralisia Cerebral, fazendo adaptaes curriculares para proporcionar a eles uma aprendizagem significativa.

AQUI A METODOLOGIA PASSO A PASSO CONFORME AS ANOTAES QUE FIZERAM NAS VISITAS (EX. O ALUNO PESQUISADO TEM APRENDIZAGEM? COMO ISSO OCORRE?) Anlise dos questionrios??? sobre o atendimento a criana com paralisia cerebral severa na escola Fazem parte das competncias docente, entre outros saberes, refletir sobre a prtica cotidiana, entender o caminhar do aluno e dar-lhe suporte necessrio ao seu aprendizado. Para isso necessrio romper as barreiras da resistncia s novas ideias no mbito da educao, ser persistente e inserir-se num processo dialtico entre professores e pesquisadores, para alcanar uma educao fundamentada em prticas reflexivas e interativas.Ao longo da historia, a escola vem se movimentando na busca de se tornar uma unidade que reconhece e respeita a diversidade que a constitui. A escola inclusiva precisa se preocupar, como j foi dito, com as capacidades e dificuldades de seus alunos. Deve, por isso, se ater proposta educacional, adequ-la de acordo com as necessidades encontradas.

Para inserir em seu corpo discente uma criana com Paralisia Cerebral, a escola precisa conhecer esta patologia, sua etiologia e principalmente como mediar a interao e aprendizagem desta criana. Buscando compreender como ocorre esta mediao, foi feita um estudo de caso em uma escola pblica da rede municipal de ensino, com nfase na observao e na aplicao de questionrios a alguns funcionrios da mesma. A pesquisa foi realizada na escola Municipal Melchior Braga Costa, situada em Goianira, que tem no seu quadro de alunos uma criana de 08 anos de idade, com PC severa do tipo espstica. Os questionrios para a coleta de dados foram aplicados aos coordenadores, professores, aos pais do aluno observado e aos componentes do atendimento educacional especializado (A.E.E.) que atuam na escola. As questes direcionadas aos coordenadores averiguaram a opinio deles sobre a incluso de alunos com necessidades educacionais especiais em escolas regulares, como a participao da famlia, especificamente neste caso, junto escola, como feita as adequaes na proposta pedaggica, qual a preocupao quanto baixa alto estima da criana e como feito o acompanhamento de sua aprendizagem. A coordenao respondeu que direito de todas as crianas pertencerem a uma comunidade escolar. Gostaria imensamente que a famlia fosse mais presente no cotidiano, porm aparece quando requisitada. Os pais de alunos com necessidades educacionais especiais procuram mais a escola. Afirmou que a escola possui um nico projeto pedaggico e que cada professor mediatiza as suas aulas como achar melhor, fazendo as adequaes necessrias. Para mediar a baixa alto estima da criana com necessidades educativas especiais so propostas atividades diferenciadas de modo que ela consiga participar de algumas com xito. Quanto ao acompanhamento, no caso da criana em questo, segue abaixo o depoimento da coordenao:

CUIDADO COM A FORMATAO DA CITAO SE FOR A FALA DO DOCENTE TEM QUE SER EM ITALICO acompanhada por neurologista, fisioterapeuta e principalmente pelo Atendimento Educacional Especializado. Esse acompanhamento acontece dentro e fora da sala de aula. Pois, alunos com PC precisam de uma equipe multidisciplinar para atender suas necessidades de aprendizagem de acordo com o grau de sua deficincia. Sem esse acompanhamento e uma adaptao curricular pautada nos conhecimentos da deficincia do aluno, no possvel ocorrer aprendizagem significativa. (A COORDENAO)

Foi possvel perceber que esta escola recebe apoio direto da Secretaria de Educao, que tem um AEE com funcionrios responsveis, uma coordenao dedicada e preparada para atuar frente s diversidades de aprendizagens, coisa que infelizmente no acontece em todas as unidades de ensino da rede pblica.

Sabe-se que um dos grandes responsveis pela regulamentao, bem como pela eficcia de qualquer projeto da escola, so os professores. De nada adianta Leis que regularizam esta ou aquela reforma educacional, se dentro das salas de aula os professores no acat-las e execut-las.

Dessa forma a escola procura atender s necessidades de todos os alunos em um nico sistema inclusivo de educao, conforme a resoluo de Diretrizes Nacionais para a Educao Especial na Educao Bsica. Isto , de acordo com a Lei n 9.394/96 Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, artigo 58, onde menciona que se necessrio haver servio de apoio especializado na escola regular para atender as peculiaridades da parcela de educandos com necessidades, mtodos, tcnicas, recursos educativos e organizao especfica, para atender s suas necessidades.

Como o professor pedagogo pode intervir frente s dificuldades encontradas em uma escola inclusiva, especificamente s relacionadas aprendizagem de alunos com Paralisia Cerebral Severa? Tentando responder a esta pergunta, os questionrios destinado aos professores que atuam junto criana observada, interrogou se eles foram preparados para assumir uma sala de aula com crianas inclusivas, especificamente com PC severa. Se em seus planejamentos existem adaptaes curriculares para atender s necessidades individuais de cada criana, quais os tipos de apoio que recebem para suprir as dificuldades encontradas no dia a dia na sala de aula e qual o papel do professor na escola. Os professores responderam que no curso de Graduao estudaram sobre a incluso, que tiveram cursos ministrados pela Secretaria de Educao, uns aprenderam na Ps-graduao, e todos leem muito sobre o assunto e querem que o processo de atendimento a crianas com necessidades educacionais especiais d certo. Mas, quanto a Paralisia Cerebral, conheciam superficialmente sobre o assunto e que agora esto se inteirando. Nos planejamentos sempre fazem adaptaes para atender s dificuldades mais acentuadas. Acreditam que com a incluso suas aulas ficaram mais dinmicas e interativas. Sempre recebem colaborao da coordenao, do AEE e da prpria Secretaria de Educao e conta ainda com o professor de apoio. Quanto importncia do professor pedagogo na sala de aula, bem como o papel deste frente s novas perspectivas de Educao Inclusiva, especificando como trabalhar com alunos de Paralisia Cerebral Severa, vale ressaltar o relato de uma das professoras:

CUIDADO COM A FORMATAO DA CITAO. AQUI FALTA A FOTNEO trabalho da incluso requer alm de conhecimentos especficos, muita sensibilidade e comprometimento em educar de acordo com os limites de cada um. O aluno com PC severa num primeiro instante assusta o professor que no est acostumado com o enfrentamento de uma deficincia que compromete a vida do aluno nos aspectos motor, oral, cognitivo e emocional. Para este tipo de deficincia o professor como toda a equipe escolar precisa ser atuante e consciente do papel fundamental que tem o currculo das escolas inclusivas.

Com esta entrevista detectou-se que o professor acredita que a aprendizagem pode efetivar em todas as crianas, embora em nveis diferenciados. Muitos requisitam mais tempo para preparar a aulas, maiores salrios para se especializarem ou mesmo estudar mais sobre o assunto. Nessa escola o que no falta vontade por parte dos professores de fazer a incluso dar certo, pois eles acreditam que esta integrao um assunto de direitos humanos. Vale ressaltar parte do texto da Declarao de Salamanca que afirma:

CUIDADO COM A FORMATAO DA CITAO[...] enquanto escolas inclusivas fornecem o contexto favorvel para atingir oportunidades iguais e participao total, no processo de ensino e aprendizagem, seu sucesso requer um esforo articulado no somente entre professores e o pessoal da escola, mas tambm entre colegas, pais, famlias e voluntrios. A reforma das instituies sociais no constitui somente uma tarefa tcnica; ela depende, sobretudo, da convico, compromisso e boa vontade dos indivduos que constituem a sociedade.

(UNESCO, 1994, p.11)

Sabe-se que a comprometimento cognitivo implica dificuldades ao ato de ensinar e que isso implica estratgias variadas, um maior tempo para a preparao das aulas e muita pacincia, por parte dos professores. Pois, alm de atender s diferenas normais, ainda tm estas mais acentuadas que requer mais cuidado, sabedoria e dose maior de carinho.

Os pais da criana com PC severa so atuantes e acham que o filho est gostando da escola em que estuda, dos colegas sempre agradveis com ele, caracterizam o pessoal da escola como responsveis e dedicados para ensinar a todos os alunos, inclusive seu filho, que demonstra com o sorriso, com o olhar que est aprendendo e que est feliz na escola. Eles se sentem realizados vendo seu filho em salas regulares, estudando com as outras crianas, recebendo atendimentos especializados e principalmente notando progressos na sua aprendizagem. Vale destacar o depoimento feito pela me da criana:CUIDADO COM A FORMATAO DA CITAO. AQUI ITLICO QDO O OUTRO TEM VOZ muito bom ver o meu filho estudando como se fosse uma criana normal. Eu percebo que todos os coleguinhas gostam dele e ele adora ir para a escola, at chora quando no vai. Ele aprendeu muito, ficou mais esperto e consegue mexer com os braos pra colocar as mos nos livros que gosta. Tambm sabe trs cores: vermelho, verde e azul. O (X) gosta de ir para o AEE, l ele aprende com os jogos e brinquedos. Meu filho muito carinhoso e toda a escola gosta dele. Ele muito bem acompanhado por toda a escola, pela diretora, as professoras, a coordenadora e as merendeiras. Ele participa de todas as festas e passeios da escola. Apesar dele no se mexer, entende o que falado, como ele no fala, quando ele gosta ele sorri, quando no gosta faz bico.Procurou-se conhecer a opinio dos profissionais do AEE da escola, sobre o processo de aprendizagem da criana em estudo neste trabalho. As questes tinham o objetivo de saber como o atendimento a alunos com dificuldades intelectuais, se atua frente escola ou somente aos alunos, que atividades so aplicadas para ajudar aos alunos a atuar no ambiente escolar e fora dele e como o atendimento disponibilizado ao aluno (X) com PC severa e todos os progressos j alcanados.

A professora do AEE relatou que trabalha diretamente com as crianas com necessidades educacionais especiais e no com os professores de sala e que tem encontros com o professor de apoio para a troca de ideias. Ela proporciona aos alunos atividades variadas que os levam a acreditar em suas potencialidades. O atendimento acontece trs vezes por semana tendo a durao de 50 minutos. Junto criana observada nestes estudos, ela usa os estmulos visuais, com uma rotina de imagens e tambm h os estmulos sonoros, que so muito relevantes promovendo uma comunicao visual e auditiva. Proporciona tambm algumas adaptaes para a manipulao de objetos. O desenvolvimento, segundo a professora, lento e gradativo. Ela percebe que algumas dinmicas estimulam a criana com Paralisia Cerebral Severa a adquirir aprendizagens. Atividades como: musicoterapia, estmulo do toque, rotinas de imagens para comunicao, histrias contadas, entre outras. perceptvel que os relatos da professora tem fundamentos tericos, prticos, e vivenciados. O avano das discusses sobre o papel, a natureza da educao e o desenvolvimento da psicologia, ocorrido por causa das transformaes sociais e polticas, contribuiu historicamente para as teorias pedaggicas que justificam o uso de materiais concretos ou jogos, na sala de aula, como um bom mtodo de ensino. E, nota-se que os alunos da incluso, de forma geral, adoram as aulas ldicas. Desta forma, neste trabalho pode se dizer que os alunos com PC severa conseguem interagir com o olhar, o sorriso, e at alguns gestos motores, levados pelo gosto aos estudos.

A aprendizagem um fenmeno resultante do desenvolvimento do ser, ao mesmo tempo em que resulta esse desenvolvimento. O Scio Interacionismo, desenvolvido por Vygotsky (2000) defende a interao com o outro e com o meio como sendo o fator desencadeador do desenvolvimento, o qual impulsionado pela linguagem. Para ele o prprio processo de aprender que gera e promove o desenvolvimento das estruturas superiores. O ponto central dessa teoria a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) que corresponde ideia de que a aprendizagem acontece no intervalo entre o conhecimento real e o conhecimento potencial, a distncia entre o que o sujeito j sabe e o que tem potencialidade de aprender.Quando o professor parte deste nvel, o contedo novo faz sentido para a criana, gerando interesse e envolvimento. Conceitos espontneos, segundo Vygotsky (2000), so aqueles adquiridos no cotidiano, a partir de experincias concretas. J os conceitos cientficos, so aprendidos formalmente, de modo geral na escola. Onde, a apropriao de um novo conceito sempre se d por meio dos conceitos que o aluno j domina.

Nesta pesquisa com criana com PC severa foi possvel perceber, segundo relatos dos professores, que nas aulas ldicas fixa melhor a ateno, participa mais e consegue executar pequenos gestos que demonstra que compreendeu o que est sendo falado ou ensinado. nesta perspectiva, que os professores devem repensar sua prtica pedaggica e preparar aulas diferenciadas, usando estratgias variadas, diversificando mais entre o livro, o quadro negro e os materiais didticos, entre eles os concretos, que levam os alunos a interagir entre os grupos, dar suas opinies, aprender uns com os outros, participar mais fazendo perguntas, tentando encontrar significados e se arriscando nas respostas sem medo de errar.CONSIDERAES FINAIS

A escola passa por transformaes buscando atuar com dinamicidade em prol de seu alunado. Assim sendo, precisa repensar sua prtica para se efetivar como escola inclusiva e propiciar um ensino eficiente e de qualidade para todos os alunos evitando situaes de discriminao e preconceito. Para alcanar a incluso de alunos com DEFIFICNCIA Necessidades Educacionais Especiais necessrio que os gestores (municipais, estaduais e federais), e os proprietrios das escolas privadas, faam reformas no ambiente fsico destas, das propostas curriculares e que proporcionem qualificao continuada a todos os funcionrios das instituies de ensino.

Nesta perspectiva SASSAKI (1997) afirma que o processo fundamental da escola inclusiva consiste em que todas as pessoas devem aprender juntas, onde quer que seja possvel, no importando quais dificuldades ou diferenas elas possam ter. Dessa forma, o autor salienta que as escolas inclusivas precisam reconhecer e responder s necessidades diversificadas de seus alunos, acomodando os diferentes estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando educao de qualidade para todos, mediante currculos apropriados, mudanas nas organizaes, estratgica de ensino, uso de recursos e parcerias com suas comunidades.

O conceito de incluso social se expande, medida que no somente defende grupos de pessoas com deficincia, mas tambm reivindica igualdade de direitos para todos os cidados que, por um motivo qualquer, estejam excludos de um ambiente social e dos servios oferecidos pela sociedade. Caminha-se, portanto, rumo a uma sociedade para todos e ao reconhecimento de que a sociedade deve ser plural e aberta s diferenas.

No que diz respeito aos alunos AQUI O ALUNO QUE VC INVESTIGOU com Paralisia Cerebral Severa, sabe-se que o dficit cognitivo, motor, que eles possuem implica dificuldades ao ato de ensinar e isso implica estratgias variadas, pois, requerem aulas ldicas para fixar melhor a ateno. Pode-se comprovar que se sentem bem na escola, que gostam de pertencer a ela, e que conseguem aprender, s que ao seu jeito.A aprendizagem, em sua complexidade no pode ser explicada por meio de simples teorias. Para compreend-la necessrio observar o contexto em que acontece e suas condies. Afinal, o desenvolvimento do ser humano depende da correlao entre seu crescimento e a aprendizagem, frente s interaes com o mundo. O crescimento um fator gentico e a aprendizagem determinada pelas experincias que o homem tem e ambos formam o ser humano. O professor pode criar alternativas para proporcionar uma aprendizagem significativa para todos os alunos, inclusive para os que tm Necessidades Educacionais Especiais,. QUANTO VC PESQUISOU CUIDADO COM OS VERBOS E O SUJEITO DA PESQUISAS E, esta aprendizagem se processa de forma lenta, em crianas com Paralisia Cerebral severa. Mas, para alcan-la preciso que os professores conheam a patologia, o grau e a variabilidade da doena, os transtorno consecutivos, o nvel da linguagem e da intelectualidade, o dficit de orientao espacial e temporal devido a afeco motora, e ainda, se apresenta deficincia mental leve ou profunda, para depois pensar em aes que podem ajudar a mediar aprendizagens nestas crianas. Junto com toda a escola, grupos de apoios que possuem e principalmente a famlia, o professor consegue mudar a vida destas crianas. Consegue tir-las do marasmo em que vivem e lev-las a interagir com as outras crianas, demonstrando alegria em cada pequena conquista.

A REFERNCIA QDO FOREM IMPRIMIR EM OUTRA PGINAREFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

A ESCRITA CONFORME A ABNT O NOME DO LIVRO AGORA ITLICO. TODO ANO MUDABRASIL. Constituio da Repblica Federativa do Brasil: promulgada em 05 de outubro de 1988.18.ed. So Paulo: Saraiva, 1988.

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