Artigo:Gerenciamento fisico e material

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1 Gerenciamento físico e material: com o foco em CME Daniela CAVALCANTE 1 Josiane TAVARES 2 Luciane SANTANA 3 Maria das Graça COSTA 4 Osvaldina De Nazaré SOUZA 5 Rosilene FREITAS 6 RESUMO O Planejamento do espaço físico hospitalar traz grandes benefícios para a instituição, este planejamento é função da enfermagem onde também faz o controle dos materiais que deve visar evitar gastos desnecessários, auxilia o processo de cura do paciente e evitar a disseminação de doenças infectocontagiosas. Palavras-chaves: Planejamento; Espaço físico; Função da enfermagem; Controle de materiais. ABSTRACT: The Planning of hospital space brings great benefits to the institution, this planning is a function of nursing where she also makes the control of materials, which should aim to avoid unnecessary expenses and helps the healing process of the patient and prevent the spread of infectious diseases . Keywords : Planning ; Physical space ; Function of nursing; Control materials. 1 CAVALCANTE, Daniela Cavalcante, Acadêmica do curso de ENFERMAGEM da instituição FAPEN, Email: [email protected] 2 TAVARES, Josiane Tavares, Acadêmica do curso de ENFERMAGEM da instituição FAPEN, Email: [email protected] 3 SANTANA, Luciane Santana, Acadêmica do curso de ENFERMAGEM da instituição FAPEN, Email: [email protected] 4 COSTA, Maria das Graças Costa, Acadêmica do curso de ENFERMAGEM da instituição FAPEN, Email: [email protected] 5 SOUZA, Oswaldina de Nazaré Souza, Acadêmica do curso de ENFERMAGEM da instituição FAPEN, Email: [email protected] 6 FREITAS, Rosilene Freitas, Professora e orientadora do curso de enfermagem da instituição FAPEN, Email: [email protected]

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Gerenciamento físico e material: com o foco em CME

Daniela CAVALCANTE1

Josiane TAVARES2

Luciane SANTANA3

Maria das Graça COSTA4

Osvaldina De Nazaré SOUZA5

Rosilene FREITAS6

RESUMO

O Planejamento do espaço físico hospitalar traz grandes benefícios para a

instituição, este planejamento é função da enfermagem onde também faz o controle

dos materiais que deve visar evitar gastos desnecessários, auxilia o processo de

cura do paciente e evitar a disseminação de doenças infectocontagiosas.

Palavras-chaves: Planejamento; Espaço físico; Função da enfermagem; Controle

de materiais.

ABSTRACT: The Planning of hospital space brings great benefits to the institution,

this planning is a function of nursing where she also makes the control of materials,

which should aim to avoid unnecessary expenses and helps the healing process of

the patient and prevent the spread of infectious diseases .

Keywords : Planning ; Physical space ; Function of nursing; Control materials.

1 CAVALCANTE, Daniela Cavalcante, Acadêmica do curso de ENFERMAGEM da instituição FAPEN, Email: [email protected] 2 TAVARES, Josiane Tavares, Acadêmica do curso de ENFERMAGEM da instituição FAPEN, Email: [email protected] 3 SANTANA, Luciane Santana, Acadêmica do curso de ENFERMAGEM da instituição FAPEN,

Email: [email protected] 4 COSTA, Maria das Graças Costa, Acadêmica do curso de ENFERMAGEM da instituição FAPEN, Email: [email protected] 5 SOUZA, Oswaldina de Nazaré Souza, Acadêmica do curso de ENFERMAGEM da instituição FAPEN, Email: [email protected] 6 FREITAS, Rosilene Freitas, Professora e orientadora do curso de enfermagem da instituição

FAPEN, Email: [email protected]

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INTRODUÇÃO

O cuidar é característica da enfermagem, visa atender as necessidades humanas

básicas, seja individualmente, na família ou na comunidade, de acordo com os

princípios de prevenção de doenças, promoção, recuperação e reabilitação de

saúde.

Assim o profissional de enfermagem não visa só o cuidar, pois ele é circundado de

obrigações como: a observação do setor no qual labora, o levantamento de dados,

o planejamento para uma melhor assistência , a evolução, a avaliação, os

procedimentos técnicos e os de comunicação.

Detectamos que hoje a concepção predominante acerca do gerenciamento em

enfermagem aponta essencialmente para questões de controle, organização,

planejamento e recursos materiais e físicos. Entretanto, outra vertente do

processo de gerenciamento desempenhado pelo profissional é o de gerir

unidades e serviços de saúde, a qual compreende a administração dos recursos

humanos, materiais e físicos a fim de manter o bom funcionamento do serviço,

prevendo e provendo recursos necessários à assistência às necessidades dos

pacientes.

Para prestar cuidado ao usuário, dentre outras, há necessidade de prover materiais

adequados. A administração de recursos materiais e físicos nas instituições de

saúde tem como objetivo coordenar as atividades necessárias para garantir o

suprimento de todas as áreas da organização, ao menor custo possível e de

maneira que a prestação de seus serviços não sofra interrupções prejudiciais aos

usuários

PLANEJAMENTO

Para o planejamento de uma unidade de saúde existem normas das quais devem

ser seguidas para poder prestar um atendimento adequado aos clientes. Essas

normas estão embasadas em leis, por exemplo, a RDC nº 307 de 14/11/2002, que

dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração

e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistências de saúde.

Um exemplo que podemos citar é o planejamento de uma CME (Centro de Material

de Esterilização) de acordo com a legislação da Agência Nacional de Vigilância

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Sanitária na Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, dispõe que em sua

forma de apresentação deve ser de tal maneira (retangular ou quadrada) com fim de

facilitar a supervisão e a visão de conjunto da unidade, permitindo uma maior

produção com um menor gasto de energia, tempo e movimento e permite o fluxo de

trabalho progressivo e unidirecional, desde a área de expurgo ate a de

armazenamento e distribuição, com o proposito de evitar qualquer eventualidade de

contaminação.

Planta física de uma CME

Fonte: www.conteudodeenfermagem.com; acesso: 31/10/14

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ENFERMEIRO E O GERENCIAMENTO DE RECURSOS FÍSICOS

O conceito de recursos físicos compreende as áreas internas e externas de um

serviço de saúde. Uma unidade, especificamente, compreende ao espaço físico

determinado e especializado para o desenvolvimento de atividades assistenciais,

caracterizados por dimensões e instalações diferenciadas.

O gerenciamento de recursos físicos e ambientais em enfermagem consiste na

participação do enfermeiro na alocação desses recursos, com o objetivo de

organizar ou gerir, cotidianamente, uma unidade de saúde, promovendo segurança,

conforto e privacidade aos pacientes e assegurando condições de trabalho

apropriadas. Para assegurar a viabilidade técnica e compatibilizar a necessidade

com disponibilidade de recursos, observando os parâmetros legais, e fundamental a

participação do enfermeiro na proposição e planejamento da área física, pois a visão

da equipe profissional especializada em construções, engenheiros, e arquitetos não

é suficiente para reconhecer as necessidades assistenciais e as atividades que

devem ser desenvolvidas pela equipe de saúde.

O papel do enfermeiro está voltado para o planejamento do espaço físico das

unidades assistenciais.

Cabe também ao enfermeiro aplicar as medidas de segurança, conhecer a natureza

do material, o tipo de contato com o paciente e o destino, orientar, exigir da equipe

de enfermagem o uso dos equipamentos de segurança.

O Ministério da Saúde e a ANVISA preconizam atender os requisitos estabelecidos

pelas leis municipais e estaduais para construção e ambientação de EAS

(Estabelecimento de assistência à saúde).

As principais orientações sobre o dimensionamento de varias unidades hospitalares

surgiram do MS, pela portaria nº400, que estabelece uma área mínima de 40m²,

para a CME com ate 50 leitos e 66m² para um hospital geral com ate 150 leitos.

Essa área deveria ser distribuída em 18% para a recepção e expurgo, 43% para o

preparo dos artigos, 24% para a esterilização, e 15% para a área de guardar e

distribuição dos artigos esterilizados.

Uma nova portaria do MS nº 1884 e a RDC 50/2002, atualizou os parâmetros,

prevendo as seguintes áreas e dimensões mínima em relação a unidade da CME.

ENFERMEIRO E O GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS

A aquisição de materiais se faz por solicitação de compra numa instituição, assim

neste processo de aquisição, à tomada de decisão sobre a implantação de novos

materiais e os respectivos testes se dá conforme as necessidades de produtos (ou

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serviços), conforme os requisitos de qualidade estabelecidos pelo processo

produtivo, no tempo correto, com os melhores preços e condições de pagamento.

O processo de compra é conduzido por setores específicos das instituições de

saúde. A compra é realizada através de um processo formal denominado licitação,

em hospitais públicos e sem esta formalidade em instituições particulares. Conforme

os preceitos legais estabelecidos para tal fim, com o objetivo de atender às

necessidades da organização quanto à compra de produtos ou serviços destinados

ao processo produtivo. As licitações no Brasil estão regulamentadas pela Lei 8.666

de 21 de junho de 1993, atualizada pelas leis 8.883 de 08 de junho de 1994 e 9.648

de 27 de maio de 1998.

No processo de compra, os enfermeiros participam da escolha do material, opinam

em relação à qualidade daqueles que são colocados para teste e dos materiais que

já estão em uso na unidade e ao prestarem a assistência à saúde utilizam recursos

materiais, cabendo a eles a competência e responsabilidade pela administração de

materiais em suas unidades de trabalho através da determinação do material

necessário para a realização da assistência seja no aspecto quantitativo como no

qualitativo, na definição das especificações técnicas, na participação no processo de

compra, na organização, no controle e avaliação desses materiais.

O fato de o enfermeiro participar da implementação de grande parte dos

procedimentos diagnósticos e terapêuticos no hospital, coloca -o na condição de

desempenhar papel importante na administração de materiais. Assim, ele ao

desempenhar essa atividade realiza: a determinação e especificação dos materiais e

equipamentos; o estabelecimento da quantidade de material e equipamento; a

análise da qualidade dos materiais e equipamentos; a determinação dos produtos a

serem adquiridos; o estabelecimento de um sistema de controle e avaliação; o

acompanhamento do esquema de manutenção adotado pela instituição; a adoção

de um programa de orientação da equipe de enfermagem, sobre o manuseio e

conservação de materiais e equipamentos e a atualização de conhecimentos sobre

os produtos utilizados na assistência à saúde e lançados no mercado.

Ao realizar essas atividades os enfermeiros estão desempenhando as funções de

previsão, provisão, organização e controle.

Previsão de materiais em enfermagem é o levantamento das necessidades da

unidade de enfermagem, identificando a quantidade e a especificidade deles para

suprir essas necessidades. A estimativa do quantitativo de material necessário pode

ser obtida através do consumo médio mensal (CMM) que consiste na observação do

consumo por um período de tempo, que geralmente é de três meses, dividido pelo

número de meses mais uma margem de segurança (ES) definindo-se assim uma

cota de material (CM).

Provisão de materiais em enfermagem diz respeito à reposição de materiais na

unidade de enfermagem. Para desempenhar essa função o enfermeiro deve realizar

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a requisição de materiais em impresso próprio e encaminhar a solicitação aos

serviços competentes.

Organização e Guarda de Material prever e prover os materiais e equipamentos que

são necessários para uma unidade para isso deve-se pensar em que locais e de que

modo estes serão distribuídos, armazenados e estocados.

O Controle deve desenvolver o processo de Administração de Materiais o enfermeiro

deverá desempenhar também a função de controle dos materiais nas unidades de

enfermagem. Esta é uma função é ampla, uma vez que diz respeito a quantidade,

qualidade, conservação, reparos e .proteção dos materiais.

A compra de materiais é uma atuação do enfermeiro no processo de compras de

materiais nas instituições se dá através da atuação em comissões de licitação, ou

informalmente através da opinião sobre o tipo, à quantidade e à qualidade dos

materiais a serem utilizados.

Existem várias modalidades de compra, em instituições privadas é costume haver

uma negociação direta entre o serviço de compras e os fornecedores, já nas

instituições públicas normalmente segue-se um processo de licitação que é um

procedimento onde a administração pública seleciona a proposta mais vantajosa

para o contrato de seu interesse, visando proporcionar oportunidades iguais aos

fornecedores, garantindo o princípio constitucional da isonomia 29. Na licitação

deve-se fazer uma descrição/especificação detalhada do material que se deseja

adquirir sem indicação da marca, a não ser em casos excepcionais.

As atividades do enfermeiro no processo de seleção e compras de materiais nas

instituições, basicamente envolvem o auxílio na determinação do tipo de material a

ser adquirido para as unidades de enfermagem, a padronização dos materiais, a

especificação técnica dos materiais, o controle de qualidade do material a ser

adquirido e a emissão de parecer técnico.

CONCLUSÃO

O bom desempenho das atividades assistenciais de saúde depende de garantir

condições adequadas de trabalho, tanto no atendimento aos usuários, como nas

necessidades dos profissionais de saúde. Estes procedimentos são planejados e

implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais. Os

recursos físicos devem ter espaço determinado e especializado para o

desenvolvimento das atividades assistenciais de saúde e cabe ao enfermeiro o

planejamento da área física, pois é o profissional mais indicado para reconhecer as

necessidades assistenciais e as atividades que serão desenvolvidas pela equipe de

saúde. Revela ainda uma participação já existente da enfermagem na consultoria

hospitalar contribuindo como seu conhecimento sobre o funcionamento dos

ambientes para auxiliar o consultor, mas ao realizar este estudo percebeu-se a

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escassez de material produzido pela enfermagem sobre este assunto. Observa-se

uma necessidade de realização de mais estudos sobre a atuação do enfermeiro no

planejamento do espaço físico hospitalar, pois este pode ser um novo campo de

trabalho para a enfermagem.

REFERÊNCIAS

Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.3 - N.2 - Nov./Dez.

2010.

BRASIL. ANVISA. Ministério da Saúde. RDC nº50, de 21 de fevereiro de

2002. Dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, programação,

elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais

de saúde. Brasília.

www.portal.anvisa.gov.br

www.conteudodeenfermagem.com