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USP ARTILHA “Felicito o excelente empe- nho organizativo evidencia- do pela Unidade de Saúde Publica do ACeS do Baixo Vouga que só foi possível com a forte dedicação indivi- dual de cada um dos profis- sionais ”. Dr. Pedro Almeida, Diretor Executivo do ACeS Baixo Vouga 1º Congresso da Unidade de Saúde Pública Nos dias 17 e 18 de maio decorreu, em Oliveira do Bairro, o 1º Con- gresso da Unidade de Saúde Pública do ACeS Baixo Vouga, em conjun- to com a ACT. O Dr. Pedro Almeida, diretor executivo do ACeS fez o balanço do congresso. “Julgo poder afirmar, sem dúvida e sem falsa modéstia, que este con- gresso teve um significado muito especial para os nossos profissionais e para a nossa comunidade e, mais em particular, para a Unidade de Saú- de Pública do ACeS.” Afirmou ainda “A Unidade de Saúde Pública do ACeS (…) tem exerci- do um papel fundamental na construção de pontes entre o que é feito por cada um, o esforço de todos e aquilo que é prioritário e se deseja mudar, de um modo mais efetivo e sustentável, reduzindo as desigualda- des e as iniquidades em saúde.”, Em jeito de resumo, o Dr. Pedro Almeida ressalvou que a relação do médico de família e médico de saúde pública com o médico de trabalho é essencial. A nossa riqueza e a nossa eficácia reside na colaboração multidiscipli- nar e multiprofissional entre profissionais como meio de reforço de com- petências. Aí também este congresso conseguiu alcançar este resulta- do.” NEWSLETTER DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA BAIXO VOUGA Julho 2017 N.º 1 Neste Artigo Congresso Revive Temperaturas extremas Acidentes Missão Sorriso Estória(s)

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USPARTILHA…

“Felicito o excelente empe-

nho organizativo evidencia-

do pela Unidade de Saúde

Publica do ACeS do Baixo

Vouga que só foi possível

com a forte dedicação indivi-

dual de cada um dos profis-

sionais ”.

Dr. Pedro Almeida,

Diretor Executivo do ACeS Baixo Vouga

1º Congresso da Unidade de Saúde Pública

Nos dias 17 e 18 de maio decorreu, em Oliveira do Bairro, o 1º Con-

gresso da Unidade de Saúde Pública do ACeS Baixo Vouga, em conjun-

to com a ACT. O Dr. Pedro Almeida, diretor executivo do ACeS fez o

balanço do congresso.

“Julgo poder afirmar, sem dúvida e sem falsa modéstia, que este con-

gresso teve um significado muito especial para os nossos profissionais e

para a nossa comunidade e, mais em particular, para a Unidade de Saú-

de Pública do ACeS.”

Afirmou ainda “A Unidade de Saúde Pública do ACeS (…) tem exerci-

do um papel fundamental na construção de pontes entre o que é feito

por cada um, o esforço de todos e aquilo que é prioritário e se deseja

mudar, de um modo mais efetivo e sustentável, reduzindo as desigualda-

des e as iniquidades em saúde.”,

Em jeito de resumo, o Dr. Pedro Almeida ressalvou que a relação do

médico de família e médico de saúde pública com o médico de trabalho

é essencial.

“A nossa riqueza e a nossa eficácia reside na colaboração multidiscipli-

nar e multiprofissional entre profissionais como meio de reforço de com-

petências. Aí também este congresso conseguiu alcançar este resulta-

do.”

NEWSLETTER DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA BAIXO VOUGA Julho 2017 N.º 1

Neste Artigo Congresso

Revive

Temperaturas extremas

Acidentes

Missão Sorriso

Estória(s)

REVIVE

O REVIVE (Rede Nacional de Vigilância de Vetores) é um projeto de colaboração entre o Instituto Ricardo Jorge (INSA), a Direcção-Geral da Saúde e as Administrações Regionais de Saúde e tem como finalidade melhorar o conhecimento sobre vetores no nosso país e os agentes pato-génicos que estes podem transmitir à população portuguesa. Os vetores são, sobretudo, artrópodes que transmitem a infeção atra-vés de picada quando eles próprios são portadores de agentes patogéni-cos, como vírus e parasitas. Os mais comuns são os mosquitos (culicídios), mosca da areia (flebótomos) e carraças (ixodídeos). A cria-ção de redes de vigilância de vetores é essencial para se proceder à de-teção atempada de potenciais introduções de espécies exóticas e invaso-ras com impacto em saúde pública e para prevenir e controlar agentes patogénicos emergentes. Atualmente o projeto divide-se em REVIVE-Mosquitos e REVIVE-Carraças, diferenciando no método de colheita do vetor e nos agentes patogénicos pesquisados. Está a iniciar-se uma terceira vertente, o REVI-VE-Flebótomos, mas inda não está a ser operacionalizada. No ACeS Baixo Vouga, o REVIVE está implementado sob a alçada da Unidade de Saúde Pública, nas vertentes Mosquitos e Carraças. O REVI-VE-Mosquitos está implementado desde 2008, com início em apenas al-guns concelhos (Murtosa, Ílhavo e Aveiro), tendo sido progressivamente alargado a outros concelhos e em 2016 todos os concelhos do ACeS fa-zem colheitas de mosquitos. A colheita é feita pelo Técnico de Saúde Ambiental (TSA) com colocação de armadilhas para fase adulta e colhei-ta de imaturos em águas paradas.

O REVIVE-Carraças foi implementado em 2016 em todos os concelhos do ACeS Baixo Vouga. A colheita do vetor efetua-se em fase de vida livre do artrópode em bal-dios pelos TSA ou fase parasitaria em ani-mais (com a colaboração de veterinários locais) ou humanos (em colaboração com os serviços de saúde), sendo esta uma co-lheita oportunista.

Por: Adelaide Lalanda; Anabela Moura; Catarina Marques; Iolanda Duarte

Objetivos

O REVIVE tem como objetivos: 1. Monitorizar a atividade de artrópodes hematófagos 2. Caracterizar as espécies e sua ocorrência sazonal 3. Identificar agentes patogé-nicos importantes em saúde pública, dependendo da densi-dade dos vetores, o nível de in-feção ou a introdução de espé-cies exóticas para alertar para as medidas de controlo

Amostras de carraças (ixodídeos)

Armadilha CDC para captura de mosquitos em habitação

Armadilha CDC para captura de mosquitos junto a linha de água

Módulo Verão

Saiba como proteger-se

nos dias mais QUENTES:

Proteja-se do sol e do

calor: Evite a exposição

ao sol entre as 11 e as

17h; fora de casa utilize

roupa leve, chapéu e pro-

teção UVA e UVB

Beba e faça uma alimen-

tação equilibrada: Au-

mente a ingestão de água;

faça refeições leves, mais

frequentes e pouco condi-

mentadas

Refresque-se: nos perío-

dos de maior calor, per-

maneça em ambientes

frescos

Em casa: Evite que o

calor entre durante o dia,

fechando persianas ou

portadas e abra as janelas

durante a noite; use me-

nos roupa na cama, so-

bretudo dos bebés, idosos

e doentes acamados

Ao ar livre: Trabalhado-

res e desportistas no exte-

rior, devem reforçar a hi-

dratação e fazer repousos

regulares em locais fres-

cos. Os desportistas de-

vem evitar o exercício, nas

horas de maior calor.

Em viagem: escolha as

horas de menor calor para

viajar; evite a permanên-

cia de pessoas dentro das

viaturas expostas ao sol,

especialmente crianças,

grávidas ou idosos

Para mais informações

deverá ligar para a Saú-

de 24: 808 24 24 24

Temperaturas Extremas no ACeS Baixo Vouga

Portugal é um dos países europeus vulneráveis às alterações climáticas e aos fenómenos

climáticos extremos, tendo em conta a sua localização geográfica, justificando assim, a

existência de um Plano de Contingência Saúde Sazonal (PCSS).

Assim, a Unidade de Saúde Pública , elabora anualmente o seu plano local, tendo por

base o despacho n.º 2483/2017 de 23 de março de 2017.

O PCSS valoriza a intervenção, a comunicação e monitorização contínuas, ao longo do

período de vigência (Módulo Verão e Inverno), adaptando-se à sazonalidade e às suas

especificidades, sempre que necessário.

A finalidade é prevenir e minimizar os efeitos negativos das temperaturas extremas na

saúde da população em geral e dos grupos vulneráveis em particular. Incluem-se nos gru-

pos vulneráveis: idosos, crianças, grávidas, pessoas com doenças crónicas e pessoas que

exercem atividades ao ar livre.

Intervenção da Saúde Pública

Divulgação de material informativo para promover a literacia sobre medidas preventi-

vas dos efeitos adversos das temperaturas extremas,

Divulgação atempada para os alertas e as respetivas recomendações,

Estabelecimento de parcerias com as entidades locais, para delinear e recomendar

medidas específicas de resposta atempada, em situações de emergência,

Alerta para a importância do conforto térmico das habitações, dos estabelecimentos

sociais e de saúde,

Identificação das condições de conforto térmico nos estabelecimentos de permanên-

cia/alojamento de grupos vulneráveis. Recomendações de correção, caso necessário.

Por: Alexandra Francisco; Ana Rodrigues; Ofélia Almeida

A Prevenção de

Acidentes no ACeS

A equipa de Prevenção de Acidentes, constituída por profissionais da USP e

URAP, tem como objetivo diminuir o número de acidentes não intencionais na

comunidade.

A uniformização e atualização de conhecimentos dos profissionais, que são

referência para as famílias, como os profissionais de saúde e dos estabeleci-

mentos de apoio social e da educação, é fulcral para obter ganhos em saúde.

Nesse sentido, no âmbito da segurança infantil, apostamos na formação a profissio-

nais de saúde de todas as unidades funcionais do ACeS, incluindo das equipas da

Saúde Escolar e de preparação para o parto e parentalidade, do serviço de Pediatria do

CHBV e de estabelecimentos de apoio social, com valências de creche e pré-escolar.

O ACeS dispõe de simuladores de

banco automóvel e sistemas de

retenção de crianças que têm sido

utilizados nas formações.

Em parceria com a APSI, foi dinamizado o Workshop “ABC da segurança — como

transportar o bebé no automóvel”, dirigido a grávidas e famílias com crianças até

aos 3 anos.

O feedback destas ações foi muito positivo.

- “A clareza, a qualidade e a utilidade que as informações transmitidas vão ter na mi-

nha prática profissional a partir de hoje”

- “Informações muito pertinentes, tendo vindo trazer resposta a muitas das dúvidas

com que nos deparamos diariamente”

Publicámos ainda artigos em jornais locais e regionais sobre Velocidade, Cintos de Se-

gurança, Sistemas de Retenção de Crianças, Quedas, Afogamentos,

Segurança Infantil em Férias, Intoxicações e Queimaduras.

Para alcançar cada vez mais pessoas, estamos a preparar spots de radio. Estejam

atentos às rádios locais!

Por: Ana Lebreiro; Ana Vieira; Dulce Seabra; Fábio Gomes; Marta Santo; Susana Conde; Tânia Silva

Transporte sempre os bebés e crianças em sistema de retenção adequado (“cadeirinha”)

Nunca deixe as crianças sozinhas perto de água e escolha sempre zonas balneares com vigilância

Tenha atenção às escadas, janelas, varandas e muros sem a devida proteção ou fáceis de escalar

Não tenha crianças por perto durante a confeção e transporte de alimen-tos quentes

Mantenha os produtos tóxicos e medicamentos nas embalagens origi-nais e fora do alcance das crianças

Projeto da responsabili-

dade da USP a imple-

mentar pelas equipas

de saúde escolar. Enqua-

dra-se no Eixo estratégi-

co da capacitação, ten-

do como área de inter-

venção a alimentação

saudável e atividade físi-

ca.

Horizonte temporal:

A desenvolver ao longo

de 5 anos letivos .

Objetivos Gerais:

Promover estilos de

vida saudáveis

(Alimentação Saudá-

vel e Atividade Física)

na comunidade esco-

lar da área de abran-

gência do ACeS Bai-

xo Vouga.

Prevenir e controlar

a pré-obesidade e

obesidade infantil.

Público alvo:

Crianças do ensino

pré-escolar e 1º Ciclo

( 2º e 4º anos).

Pais e Encarregados

de Educação.

Comunidade educati-

va envolvida.

No dia 14 de julho decorreu na Sede do ACeS BV a cerimónia formal de entrega do prémio, na qual estiveram presentes o Diretor Executivo, a Coor-denadora Regional do Programa de Saúde Escolar, representantes da Equipas locais de saúde escolar e parceiros.

Em Outubro 2016 foi apresentada pela USP BV uma candidatura à “Missão Sorri-so”, com o projeto “Na Medida Certa”, O mesmo sido contemplada com um prémio de cerca de 18.000 euros. Este montante foi utilizado na aquisição de material infor-mático e material didático, a distribuir pe-las equipas locais de saúde escolar, para permitir uma melhor operacionalização do projeto.

Projeto “Na Medida Certa”

Missão Sorriso

O Projeto “Na Medida Certa” visa promover a alimentação saudável e prá-tica de atividade física regular, bem como prevenir e controlar a pré-obesidade e obesidade infantis nas crianças dos jardins-de-infância e es-colas do 1ºciclo do ensino básico, dos 11 concelhos da área de abrangên-cia do ACeS Baixo Vouga.

Foram também convidadas crianças de

uma IPSS local para participar no convirjo

com a Leopoldina” , tomar contacto e

familiarizarem-se com os materiais didác-

ticos.

Projeto “Na Medida Certa”

Missão Sorriso

O Projeto “Na Medida Certa” visa promover a alimentação saudável e prática de

atividade física regular, bem como prevenir e controlar a pré-obesidade e obesidade

infantis nas crianças dos jardins-de-infância e escolas do 1ºciclo do ensino básico,

dos 11 concelhos da área de abrangência do ACeS Baixo Vouga.

Por: Anabela Resende; Judite Matias; Rui Leitão

No dia 14 de julho decorreu na Sede do

ACeS BV a cerimónia formal de entrega

do prémio, na qual estiveram presentes o

Diretor Executivo, a Coordenadora Regio-

nal do Programa de Saúde Escolar, repre-

sentantes da Equipas locais de saúde

escolar e parceiros.

Projeto da responsabili-

dade da USP a imple-

mentar pelas equipas

de saúde escolar. Enqua-

dra-se no Eixo estratégi-

co da capacitação, ten-

do como área de inter-

venção a alimentação

saudável e atividade físi-

ca.

Horizonte temporal:

A desenvolver ao longo

de 5 anos letivos .

Objetivos Gerais:

Promover estilos de

vida saudáveis

(Alimentação Saudá-

vel e Atividade Física)

na comunidade esco-

lar da área de abran-

gência do ACeS Bai-

xo Vouga.

Prevenir e controlar

a pré-obesidade e

obesidade infantil.

Público alvo:

Crianças do ensino

pré-escolar e 1º Ciclo

( 2º e 4º anos).

Pais e Encarregados

de Educação.

Comunidade educati-

va envolvida.

Em Outubro 2016 foi apresentada pela USP BV

uma candidatura à “Missão Sorriso”, com o

projeto “Na Medida Certa”, tendo sido con-

templada com um prémio de cerca de 18.000

euros. Este montante foi utilizado na aquisi-

ção de material informático e material didático,

a distribuir pelas equipas locais de saúde esco-

lar, para permitir uma melhor operacionaliza-

ção do projeto.

Foram também convidadas crianças de

uma IPSS local para participar no con-

vívio com a “Leopoldina”, tomar contacto e

familiarizarem-se com os materiais didáti-

cos.

Lusofonia da Alma Iolanda Duarte

Se um oceano nos separa e a cor da pele nos torna vulneráveis, a língua é o

passaporte para a irmandade guineense .

-Portuguesa ?

-Sim, respondo com alguma hesitação …..

-És da casa... és irmã !

Orgulhosos da sua identidade multicultural e pacificados com a história, vivem

sem preconceito as aventuras e desventuras do futebol português, que elegem co-

mo seu. As memórias coloniais são histórias do passado, não esquecidas, mas bem

resolvidas.

Numa população que não chega aos 2 milhões e em que a esperança média de

vida ronda os 55 anos, a sobrevivência é fruto quase exclusivo de uma selecção

natural, uma vez que o sistema de saúde existente, muito incipiente, sem recursos

humanos e materiais, não chega a todos nem a todo o lado . Até hoje, desde a inde-

pendência, nenhum governo chegou ao fim da legislatura, pois é deposto e substituí-

do por outro, o que dá uma instabilidade ao país que não lhe permite desenvolver.

E é neste contexto que eu aprendo o significado de pertencer a uma etnia, a uma

família e o verdadeiro sentido da honra e da palavra, que não precisa de ser escrito,

apenas ser garantido pelo régulo (chefe da tribo ) .

E o que dizer de uma adolescente que partilha comigo o único ovo que tem co-

mo alimento para aquele dia ?

O que mais guardo da Guiné? ……. olhares e sorrisos intransponíveis na sua

generosidade, que me apaziguam as saudades de casa e que impulsionam a voltar,

uma e outra vez .

Não é uma questão de pele é uma questão de alma, a alma lusófona.

Criança no Hospital Nacional

Simão Mendes

Emília, mulher e mãe orgulhosa

de ser guineense

Expressão de estranheza peran-

te mim, por ver uma pelélé

( branca em crioulo ) pela primei-

ra vez

A Agulha

Rabiça que temo como faúlha.

Da vacina?

Nem por isso!

Mas a agulha…

Ai que sina!

Esse bico metediço,

Até me embrulha!

O que faço eu então?

Pudesse eu comer a vacina com pão…

Ai esse bico metediço

Podia saber a melão…

Podia saber a chouriço…

Mas não!

Venha lá essa vacina…

É prevenção!

Sabe disso quem me ensina,

E tem razão!

Mesmo com medo eu sou assim...

Sou valente!

Digo que sim!

E sigo em frente. Bigorna

Unidade de Saúde Pública—Morada: Av. Dr. Lourenço Peixinho, nº 42, 3804-502 - Aveiro Tlf: 234 401 200

Email: [email protected]