Artroplastia Bilateral com osteotomia de desrrotação no tratamento de sequela de displasia de...

1
Rita Proença, Rui Pimenta Ribeiro, A. Sampaio, G. Costa, H. Rocha Pereira, A. Trigo Cabral O diagnóstico precoce desta entidade, nem sempre fácil, é essencial na prevenção do desenvolvimento de ancas instáveis e degeneração articular precoce, baseando-se em sinais subtis ao exame físico. Mesmo com intervenção adequada, a longa sobrevida esperada coloca problemas de seguimento futuro, nomeadamente pela necessidade de revisão destes implantes. BIBLIOGRAFIA: 1- Weinstein SL, Buckwalter JA , Turek’s Principles and Their Application 6th Ed, Developmental Hip Dysplasia and Dislocation - Textbook chapter; 2- Weinstein SL, Murabak SJ, Wenger DR,DDH – Instructional course lecture (AAOS), JBJS 2003 (85 A) Jovem, 20 anos, história de artrite reumatóide e sequelas de DCA bilateral. Queixas de coxalgia bilateral mecânica incapacitante e marcha de Trendelenburg. Imagiologicamente alterações degenerativas coxo-femorais. Aos 20 anos cirurgia à anca direita (mais displásica e sintomática), com artroplastia total não cimentada, acetabuloplastia tipo Butee e artroplastia total não cimentada, acetabuloplastia tipo Butee e artroplastia total não cimentada, acetabuloplastia tipo Butee e artroplastia total não cimentada, acetabuloplastia tipo Butee e osteotomia de osteotomia de osteotomia de osteotomia de desrota desrota desrota desrotação femoral ão femoral ão femoral ão femoral usando placa e parafusos. Pós-operatório sem intercorrências; consolidação femoral e melhoria clínica. CONCLUSÃO CONCLUSÃO CONCLUSÃO CONCLUSÃO INTRODU INTRODU INTRODU INTRODUÇÃO ÃO ÃO ÃO CASO CASO CASO CASO CL CL CL CLÍNICO NICO NICO NICO O objectivo do tratamento é restaurar a normal anatomia e função. Em muitos casos são necessárias osteotomias, e na presença de marcada incongruência ou sinais artrósicos com repercussão clínica marcada, também um procedimento de substituição artroplástica total. A co-existência de doença reumatológica poderá colocar dificuldades na recuperação pós- operatória assim como alterações de estabilidade protésica pelo rebate ligamentar e muscular. Displasia congénita da anca (DCA) compreende os vários estadios da complexa deformidade entre o acetábulo e a cabeça femoral. O normal crescimento e desenvolvimento articular depende da manutenção de uma relação concêntrica entre estas estruturas. Na anca displásica, perde-se a congruência entre o acetábulo e a cabeça do fémur, que progressivamente luxa, geralmente na direcção posterosuperior. A história natural leva ao desenvolvimento de alterações articulares degenerativas precoces e consequente incapacidade funcional. DISCUSSÃO DISCUSSÃO DISCUSSÃO DISCUSSÃO Um ano depois correcção da anca esquerda, sem necessidade de acetabuloplastia. Aos 16 meses clinicamente bem, consolidação da osteotomia, retorno gradual à vida normal. No adolescente/jovem adulto com sequelas de DCA, a deformidade pode estar presente na cabeça femoral e/ou acetábulo.

description

Uploaded from Google Docs

Transcript of Artroplastia Bilateral com osteotomia de desrrotação no tratamento de sequela de displasia de...

Page 1: Artroplastia Bilateral com osteotomia de desrrotação no tratamento de sequela de displasia de desenvolvimento da anca. Rita Proença, Rui Ribeiro, A. Sampaio, G. Costa, H. Rocha

Rita Proença, Rui Pimenta Ribeiro, A. Sampaio, G. Costa,

H. Rocha Pereira, A. Trigo Cabral

O diagnóstico precoce desta entidade, nem sempre fácil, é essencial na prevenção do desenvolvimento de ancas instáveis e degeneração articular precoce, baseando-se em sinais subtis ao exame físico. Mesmo com intervenção adequada, a longa sobrevida esperada coloca problemas de seguimento futuro, nomeadamente pela necessidade de revisão destes implantes.BIBLIOGRAFIA: 1- Weinstein SL, Buckwalter JA , Turek’s Principles and Their Application 6th Ed, Developmental Hip Dysplasia and Dislocation - Textbook chapter;

2- Weinstein SL, Murabak SJ, Wenger DR,DDH – Instructional course lecture (AAOS), JBJS 2003 (85 A)

Jovem, 20 anos, história de artrite reumatóide e sequelas de DCA bilateral. Queixas de coxalgia bilateral mecânica incapacitante e marcha de

Trendelenburg. Imagiologicamente ► alterações degenerativas

coxo-femorais.

Aos 20 anos ► cirurgia à anca direita (mais displásica e sintomática), com artroplastia total não cimentada, acetabuloplastia tipo Butee e artroplastia total não cimentada, acetabuloplastia tipo Butee e artroplastia total não cimentada, acetabuloplastia tipo Butee e artroplastia total não cimentada, acetabuloplastia tipo Butee e osteotomia de osteotomia de osteotomia de osteotomia de desrotadesrotadesrotadesrotaçççção femoral ão femoral ão femoral ão femoral usando placa e parafusos. Pós-operatório sem intercorrências; consolidação femoral e melhoria clínica.

CONCLUSÃOCONCLUSÃOCONCLUSÃOCONCLUSÃO

INTRODUINTRODUINTRODUINTRODUÇÇÇÇÃOÃOÃOÃO

CASO CASO CASO CASO CLCLCLCLÍÍÍÍNICONICONICONICO

�O objectivo do tratamento é restaurar a normal anatomia e função. Em muitos casos são necessárias osteotomias, e na presença de marcada incongruência ou sinais artrósicos com repercussão clínica marcada, também um procedimento de substituição artroplástica total. �A co-existência de doença reumatológica poderá colocar dificuldades na recuperação pós-operatória assim como alterações de estabilidade protésica pelo rebate ligamentar e muscular.

Displasia congénita da anca (DCA) compreende os vários estadios da complexa deformidade entre o acetábulo e a cabeça femoral. O normal crescimento e desenvolvimento articular depende da manutenção de uma relação concêntrica entre estas estruturas. Na anca displásica, perde-se a congruência entre o acetábulo e a cabeça do fémur, que progressivamente luxa, geralmente na direcção posterosuperior. A história natural leva ao desenvolvimento de alterações articulares degenerativas precoces e consequente incapacidade funcional.

DISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃO

Um ano depois ► correcção da anca esquerda, sem necessidade de

acetabuloplastia. Aos 16 meses clinicamente bem,

consolidação da osteotomia, retorno gradual à vida normal.

�No adolescente/jovem adulto com sequelas de DCA, a deformidade pode estar presente na cabeça femoral e/ou acetábulo.