As 4 Escolas Do Pensamento Maconico.

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 1 A R  L  S  “O TABERNÁCULO”, 361.  Fundada em 28 de Setembro de 2012 E V  Filiada ao Grande Oriente Paulista. GOP  COMAB  C. M. I.. Trabalho: TEMPO DE ESTUDOS. Tema AS 4 ESCOLAS DO PENSAMENTO MAÇÔNICO.  Ir  Amaury Peleteiro. Gestão 2013/2014/2015.

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As 4 Escolas Do Pensamento Maconico.

Transcript of As 4 Escolas Do Pensamento Maconico.

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    A R L S O TABERNCULO, 361.

    Fundada em 28 de Setembro de 2012 EV

    Filiada ao Grande Oriente Paulista.

    GOP COMAB C. M. I..

    Trabalho: TEMPO DE ESTUDOS.

    Tema AS 4 ESCOLAS DO PENSAMENTO MANICO.

    Ir Amaury Peleteiro. Gesto 2013/2014/2015.

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    G D G A D U.

    S S S. Sapientia, Salus, Stabilitas.

    SABEDORIA FORA - BELEZA.

    ESCOLAS DO PENSAMENTO

    MACNICO. Ir Roberto Bondarik**.

    RESUMO:

    O presente texto procura demonstrar as diferentes Escolas de Pensamento Manicas, e a sua influncia nas diferentes concepes e conceitos sobre as origens e as influncias recebidas e exercidas pela Ordem Manica ao longo da Histria.

    Texto originalmente concebido como capitulo provisrio de introduo a uma dissertao de mestrado, e adaptado para ser

    apresentado em Sesso da Aug e Resp Loj Simb

    "Cavaleiros da Luz" N 60, Or de Cornlio Procpio, filiada Grande Loja do Paran. Apresentao esta, ocorrida no dia 29 de

    Maio de 2002 da E V.

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    A Ordem Manica ou simplesmente Maonaria1, quer enquanto ordem coletiva, quer atravs da ao isolada de seus membros, imbuda de valores iluministas, contribuiu para o processo de independncia do Brasil e tambm para o processo de separao da Igreja e do Estado Brasileiro.

    Contribuiu para o processo a laicizao2 deste e da sociedade brasileira do sculo XIX e tambm para a difuso e a afirmao das idias de cunho liberal e libertrio. A Maonaria teve um papel fundamental e essencial em quase todos os movimentos de emancipao poltica e independncia de praticamente todo o continente americano, e na luta contra o absolutismo monrquico, surgidos nos sculos XVIII e XIX, poca em que o

    mundo estava passando por grandes e

    1 O nome Maonaria, ou Franco-Maonaria deriva do termo francs "franc-

    maonnerie", ou seja, pedreiros-livres. (N.A)

    2 Por laicizao, entende-se a separao ocorrida entre Estado e Igreja, ou ainda

    a sensvel diminuio da influncia desta dentro do governo. Em Portugal e no

    Brasil tal influncia era conhecida ainda como regime do "Padroado". (N.A)

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    inmeras transformaes polticas e sociais. Nesta poca, movimentos como a independncia dos Estados Unidos da Amrica, a Revoluo Francesa difundiam idias de liberdade poltica e emancipao que se disseminavam

    atravs de toda a Amrica Espanhola3 e Amrica Portuguesa, ou seja o Brasil (CASTELLANI: 1992, p. 32-34). Sobre a Maonaria, importante em primeiro lugar procurar defini-la e conceitua-la, tarefa um tanto difcil, pois nos cabem diversas definies e principalmente opinies sobre suas origens. Opinies estas nem sempre fundadas em fatos concretos, documentos ou opinies concretas que possam ser

    apontados como autnticos do ponto de vista histrico.

    3 CASTELLANI, Jos. De Maia ao Tiradentes. Revista A Trolha, Londrina,

    Ano XXII, n 66 p. 32-34, Abril 1992.

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    Estas diversas definies abrangem os diversos aspectos da Maonaria, destacando segundo seus defensores os segmentos que mais lhes convm como os campos poltico, filosfico, econmico e tambm esotrico, religioso ou mesmo inicitico.

    Sobre as origens da Maonaria, Joaquim Gervsio de Figueiredo, historiador e pesquisador maom, em seu "Dicionrio de Maonaria", fez uma importante citao de um texto relacionado pertencente a obra "Pequena Histria da Maonaria" escrito por C. W. Leadbeater e publicado pela Editora Pensamento, o texto versa sobre as quatro "Escolas do Pensamento Manico", que congregam os diferentes escritores e pensadores, estudiosos e historiadores da Maonaria e consequentemente o universo dos

    maons: "... As origens da Ordem Manica se perdem nas brumas da Antiguidade. Sendo que os escritores manicos do sculo XVIII especularam sua histria

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    sem o devido espirito critico ou cientifico, baseando seus conceitos em uma crena literal na histria e na cronologia do Antigo Testamento, e nas Lendas curiosas da Ordem, oriundas dos tempos operativos das Antigas observncias ou Constituies..."4

    Continuando com a citao do Dicionrio de Maonaria, aponta-se que no sculo XIX, tambm alguns autores apontavam origens remotas ou bblicas para a Maonaria: "...O Dr. Oliver (...) chegou a escrever que a Maonaria, tal qual a temos hoje, a nica verdadeira relquia da religio dos patriarcas (hebreus) antes do Dilvio, ao passo que os antigos Mistrios do Egito e de outros pases, que to estreitamente se assemelhavam a ela, foram apenas corrupes da nica

    e pura tradio..."5

    4 FIGUEIREDO, Joaquim Gervsio de. Dicionrio de Maonaria. So Paulo:

    Editora Pensamento, 1998, p. 239; 5 Idem. Op cit. p.239

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    Reforados pela difuso dos princpios iluministas, que fortaleceram as idias e posies da Ordem, o pensamento cientfico e racional tambm ganha espao entre os maons. Com base na necessidade de se comprovar historicamente e

    documentalmente suas origens que puderam ser aos poucos estudadas a luz das cincias6 e do conhecimento. "... A medida em que os conhecimentos cientficos e histricos progrediram em outros campos de pesquisas, e especialmente na anlise critica da escrituras (BIBLIA), os mtodos cientficos foram gradativamente sendo aplicados ao estudo da maonaria, de sorte que atualmente existe um vasto acervo de informaes positivamente

    6 O conhecimento cientfico, resulta de investigao metdica, sistemtica da

    realidade. transcende os fatos e os fenmenos em s mesmos, analisa-os para

    descobrir suas causas e concluir as leis gerais que o regem

    verificvel na prtica, por demonstrao ou experimentao. explica e

    demonstra com clareza e preciso os segredos da realidade, alm de descobrir

    suas relaes de predomnio, igualdade ou subordinao com outros fatos ou

    fenmenos. De tudo isso conclui leis gerias, universalmente vlidas para todos

    os casos da mesma espcie. (N.A.)

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    exatas e das mais interessantes sobre a histria da Ordem ..."7

    Basicamente, podemos apontar que ento, as linhas de investigao e estudo sobre as origens da Maonaria dividem-se em quatro principais escolas ou tendncias de pensamento: "... existem quatro principais escolas ou tendncias do pensamento manico, ainda no necessariamente definidas ou organizadas como escolas, porm agrupadas, segundo suas relaes, a quatro importantes departamentos de

    conhecimento, primitivamente no includos no campo manico (...) cada um deles tem seus prprios cnones de interpretao dos smbolos e cerimnias manicos, conquanto seja claro que muitos dos modernos escritores manicos so influenciados por mais de uma escola..."8

    Levando em considerao que todas estas Quatro Escolas influenciaram e

    7 FIGUEIREDO, Op cit. p.239; 8 FIGUEIREDO, Op cit. p.239-240;

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    ainda influenciam, de uma maneira ou de outra praticamente todos os escritores e historiadores manicos, faz-se necessrio portanto que destaquemos cada uma delas, bem como as suas caractersticas mais importantes, pois de seu conhecimento depender toda a interpretao das

    idias e feitos dos membros da maonaria nos diversos eventos e acontecimentos que sucederam-se ao longo da Histria.

    1 ESCOLA CHAMADA DE

    AUTNTICA OU HISTRICA. A primeira das escolas a serem retratadas aqui a "Escola Autntica", que tranquilamente poderamos tambm chamar de Escola Histrica: "(...) surgiu na Segunda metade do sculo XIX, em resposta ao desenvolvimento do conhecimento crtico em outros campos. As antigas tradies da Ordem foram minuciosamente examinadas luz de

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    documentos autnticos ao alcance do historiador. Empreendeu-se uma enorme soma de pesquisas nas atas das Lojas e em documentos de todas as espcies tratando do passado e do presente da Maonaria em arquivos de

    municipalidades e povoaes, em decretos e sentenas judiciais (...) consultaram-se e classificaram-se todos os arquivos acessveis (...) uma vasta soma de material de permanente utilidade para os estudiosos de nossa Ordem tornou-se assim acessvel graas ao labor dos cultores das Escolas Autntica. (...) Numa sociedade secreta como a maonaria, h de haver muita coisa que jamais foi escrita, mas apenas transmitida oralmente nas Lojas, e

    assim os documentos e registros tm apenas um valor parcial(...) a tendncia desta escola , portanto, muito naturalmente fazer a Maonaria derivar das lojas e Guildas operativas da Idade Mdia, e fazer supor que os elementos

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    especulativos foram enxertados no tronco operativo (...) se pudermos admitir que o simbolismo (...) da Maonaria anterior a 1717, no haver, praticamente, limites na computao de sua idade (...) outros escritores no vo alm dos construtores medievais, na procura da

    origens de nossos mistrios (...)9 importante destacar que o nascimento oficial da Maonaria ocorre em 1717, quando quatro Lojas Manicas, que se reuniam em Londres, Inglaterra, formaram a primeira Grande Loja do mundo, a qual passou a credenciar outras Lojas e Grandes Lojas em muitos pases10. Devemos porm ressaltar que a Ordem Manica no surgiu simplesmente do nada. Existiu todo um trabalho de preparao de suas bases ao longo do tempo, e

    9 FIGUEIREDO, Op cit. p.240-241; 10 GRANDE LOJA DO PARAN. Maonaria: um informativo para quem no

    maom. Curitiba: Grande Loja do Paran, 2000;

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    podemos afirmar com base nas tradies, sem trocadilhos, que foi um longo tempo. Ainda em aluso Arte da Construo, de onde retiramos nossa simbologia, podemos dizer que primeiro foi encontrado o terreno para a construo, depois feita sua

    preparao, plantados os alicerces e, finalmente, iniciada a elevao das paredes e do prdio. Tornando-se este edifcio representado pela Maonaria uma obra conduzida por mltiplas mos ao longo da Histria. Constantemente escavando masmorras aos vcios e erguendo templos virtude, os maons encontram-se em constante labor.

    2 ESCOLA CHAMADA DE

    ANTROPOLGICA. A prxima a ser retratada a "Escola Antropolgica":

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    "(...) Aplica as descobertas da Antropologia aos estudos da histria manica (...) os antropologistas tm reunido um vasto cabedal de informaes sobre os costumes religiosos e iniciatrios de muitos povos, antigos e modernos (...).

    A Escola Antropolgica, concede a Maonaria uma antiguidade muito maior que a tida pela Escola Autntica, e assinala surpreendentes analogias com os antigos Mistrios de muitas naes (...). Os antropologistas no confinam seus estudos apenas ao passado, mas tm investigado os ritos iniciatrios de numerosas tribos selvagens existentes tanto na frica como na Austrlia (...) tem encontrado gestos e sinais ainda em uso entre os maons.

    Entre os habitantes da ndia e da Sria tm sido encontradas impressionantes analogias com os ritos manicos (...) evidente que ritos anlogos aos que chamamos de manicos existem entre

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    os mais antigos do globo, e podem ser encontrados sob uma forma ou outra em quase todas as partes do mundo. (...) sinais existem no Egito e Mxico, na China e ndia, na Grcia e Roma, nos templos de Burma e nas catedrais da Europa medieval (...) no sul da ndia

    existem santurios onde so ensinados os mesmos segredos sob compromissos de juramento tal como nos so comunicados na Ordem e nos graus superiores da Europa e Amrica modernas. (...). obra da Escola Antropolgica se deve uma clara revelao da imensa antiguidade e difuso daquilo que atualmente chamamos simbolismo manico (...). Das pesquisas dos antropologistas

    resulta perfeitamente claro que, quaisquer que sejam os exatos elos na cadeia da descendncia, na Maonaria somos os herdeiros de uma tradio antiqussima, durante incontveis idades tem estado associada com os

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    mais sagrados mistrios do culto religioso.11

    3 ESCOLA CHAMADA DE ESCOLA

    MSTICA OU INICITICA. A Terceira Escola que foi relacionada

    por Joaqum Gervsio do Nascimento, trata-se da "Escola Mstica"12ou "Inicitica": "(...) Encara os mistrios da Ordem (..) vendo neles um plano para o despertar espiritual do homem e seu

    desenvolvimento interno (...) declaram 11. FIGUEIREDO. Op cit. p.241-242; 12 (...) Misticismo (ou Mstica), uma palavra originado grego MYO, que significa fechar a boca e que, como mistrio (do grego MYSTERON), provinda da mesma raz, tem o significado de algo que se percebe,

    profundamente, no ntimo , mas que no pode ser revelado, ou de que no se

    pode falar .

    O misticismo representa um tendncia para a busca de um

    ABSOLUTO com o qual pretende, o mstico, unir-se, moralmente, atravs de

    meios simblicos e nasce do esforo que faz o homem para abarcar a

    realidade absoluta, ou divina, e que est em ntima relao com as coisas.

    Em ltima anlise, o misticismo , na realidade, um conjunto de atos

    e disposies, cuja finalidade a unio com a divindade, considerada como

    espirito criador e regulador de tudo o que existe. Para atingir essa finalidade,

    armado um complexo sistema especulativo, que procura compreender os

    atributos divinos, buscando a unio ntima com a divindade e a concretizao

    de UM ABSOLUTO, ou do ENTE NICO, supremo e onipotente. (..)" -

    (CASTELLANI, Jos. O Rito Escocs Antigo e Aceito: Histria, Doutrina e

    Prtica. 2 ed, Londrina: A Trolha, 1996. Pag. 91)

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    que os graus da Ordem so simblicos de certos estados de conscincia, que devem ser despertados no iniciado individual, se ele aspira ganhar os tesouros do espirito (...). Um testemunho que pertence mais religio do que cincia.

    A mtodo mstico a unio consciente com Deus, e para um maom desta escola a Ordem objetiva representar a Senda para essa meta, oferecer um mapa, por assim dizer, para guiar os passos do buscador de Deus. (...)Estes estudiosos esto mais interessados em interpretaes do que em pesquisas histricas. Sua preocupao principal consiste (...) em viver a vida indicada pelos smbolos da ordem, com o fim de atingir a

    realidade espiritual de que estes smbolos so apenas plidos reflexos (...) sustentam que a Maonaria tem pelo menos parentesco com os antigos Mistrios, que visavam precisamente a mesma finalidade:

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    A de oferecer ao homem uma via pala qual possa encontrar Deus (...)."13 Segundo Jos Castellani, a Maonaria no todavia uma Ordem Mstica, j que, nela a Razo sobrepuja o misticismo14.

    Porm ele destaca a Importncia do Misticismo e da Simbologia Mstica para a construo e manuteno da doutrina Moral da Ordem Manica: "(...) Embora a Maonaria no seja uma religio e nem seja uma ordem mstica, ela utiliza, em seus rituais, na sua simbologia e na sua estrutura filosfica e doutrinria, os padres msticos de diversas seitas, associaes e civilizaes antigas, principalmente os relativos s religies e s ordens

    iniciticas de cunho religioso daqueles povos que representaram o alvorecer

    13 FIGUEIREDO. Op cit. p.243; 14 (...) O maom livre para investigar a verdade, portanto, pode discordar ou discutir os princpios manicos, notadamente, porque as instrues maonicas

    no tem natureza dogmtica (verdades absolutas) (...) (GRANDE LOJA DO PARAN Op cit. p.14)

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    das civilizaes e que representam o alvorecer das civilizaes e que concentravam, desde o sculo V a. C., em torno dos rios Tigre e Eufrates e do Mar Mediterrneo. (...) [A Maonaria] nascida em sua forma moderna, nas asas das

    aspiraes liberais e libertrias dos povos subjulgados pelo poder real absoluto e pelos privilgios do clero, ela, tambm, liberal e libertria, evolutiva e adaptvel s pocas, racional e democrtica. Para armar todavia, a sua doutrina moral, ela buscou o simbolismo nascido da mstica de civilizaes perdidas na noite dos tempos; e o simbolismo, fonte de espiritualidade oculta, ser, sempre, por mais que a ciberntica e a materialidade dominem o mundo, uma

    LUZ no caminho da humanidade.15

    15 CASTELLANI, Jos. O Rito Escocs Antigo e Aceito: Histria, Doutrina e

    Prtica. 2 ed, Londrina: A Trolha, 1996. Pag. 92

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    4 E LTIMA ESCOLA CHAMADA DE

    ESCOLA OCULTA. A Quarta e ltima Escola do pensamento manico, por fim, a aquela chamada de "Escola Oculta": "(...) Est representada por uma corporao sempre crescente de estudiosos na Ordem Co-manica (ou Ordem Manica Mista Internacional Le Droit Humain), que esta progressivamente atraindo tambm aderentes da Maonaria masculina.

    Como um de seus principais e caractersticos postulados a eficcia sacramental do cerimonial manico, quando devida e fielmente executada, talvez nos seja lcito, cham-la a escola Sacramental ou Oculta (...). O objetivo do ocultista, no menos que o do mstico, a unio consciente com Deus, porm diferem seus mtodos de busca.

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    (...) o mtodo ocultista se desenvolve atravs de uma srie de etapas gradativas, de uma Senda de Iniciaes conferindo sucessivas expanses de conscincia e graus do poder sacramental. O mstico frequentemente mais de

    carter individual, um 'vo do solitrio para o solitrio' (...) o mtodo do mstico pela prece e orao (...)."16 Sem desmerecer ou contradizer nenhuma das Escolas do Pensamento Manico, importantes apontamentos sobre as origens da Maonaria, foram feitos por Marcello Francisco Ceroni, em seu trabalho intitulado "O Surgimento da Maonaria", e publicado pela Confederao da Maonaria Simblica do Brasil, que apesar de no muito extenso, bastante rico em

    informaes, citaes e referencias bem fundamentadas e embasadas: "... A histria, o desenvolvimento e a evoluo da maonaria como

    16 FIGUEIREDO. Op cit. p.243-244;

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    agremiao, deve ser iniciada com a histria da Fraternidade dos Pedreiros e Canteiros da Idade Mdia, por razes da relao intima existente entre a irmandade e a Fraternidade dos Franco-Maons, porque efetivamente, a histria de uma unicamente a introduo histria da outra."17

    Por ser este um trabalho que se pretende ser histrico e dentro do possvel racional, no poderamos nos ater a fatos cuja autenticidade poderia vir a ser questionada.

    Ficaramos portanto, tambm impossibilitados de utilizar Lendas e Tradies de uma maneira mais geral, apesar de muitas verdades podem ser retiradas de simples relatos, por mais fantasiosos que poderiam parecer. Surgida na Europa, segundo muitos historiadores maons, sendo portanto originada das antigas corporaes18 ou

    17 CERONI, Marcello Francisco. O Surgimento da Maonaria. Braslia:

    Confederao da Maonaria Simblica do Brasil (CMSB), 2000, p. 5; 18 "... O termo "corporao" no foi utilizado na Idade Mdia. Em seu lugar

    empregava-se mesteres ou guildas. Apesar das controvrsias sobre a origem

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    guildas de pedreiros construtores de catedrais, apesar de outros procurarem indicar origens mais antigas, como os Colgios Romanos, ou "Collegia Caementariorum", associaes de pedreiros e construtores que apareceram em vrios pases e regies dominados pelo Imprio Romano.

    Estes Colgios erigiam Templos e outros diversos Edifcios Pblicos19. A Maonaria foi se imbuindo de valores e ideais liberais e libertrios ao longo de seu desenvolvimento. Influenciada principalmente pelo Iluminismo, no sculo XVIII, teve a Ordem Manica importante papel na luta contra o absolutismo poltico, e na conquista e consolidao do poder poltico pela burguesia, quer seja na

    Europa, quer seja na Amrica.

    das associaes profissionais da Idade Mdia, os historiadores procuram filiar

    as corporaes de oficio as instituies antigas ou as confrarias religiosas da

    prpria Idade Mdia. Contudo, as corporaes tinham bases prprias e no

    poderiam ser consideradas continuao de uma tradio antiga ou religiosa ..."

    (KOSHIBA, Luiz. Histria: origens, estruturas e processos. So Paulo: Atual,

    2000, p. 173) 19 KOSHIBA, Idem. Op cit. p. 6

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    BIBLIOGRAFIA:

    ASLAN, Nicola. Histria Geral da Maonaria:

    Fastos da Maonaria Brasileira. Londrina: A Trolha, 1997;

    CALDEIRA, Jorge. Mau: Empresrio do Imprio. So Paulo: Companhia das Letras, 1995;

    CAMINO, Rizzardo da; CAMINO, Odci Schilling da. Vade Mcum do simbolismo

    Manico. So Paulo: Madras, 1999; CASTELLANI, Jos. A Maonaria e o

    Movimento Republicano Brasileiro. So Paulo: Trao, 1989;

    CASTELLANI, Jos. De Maia ao Tiradentes. Revista A Trolha, Londrina, Ano XXII, n

    66 p.32-34, Abril 1992 CASTELLANI, Jos. O Rito Escocs Antigo e

    Aceito: Histria, Doutrina e Prtica. 2 ed, Londrina: A Trolha, 1996;

    CASTELLANI, Jos. Os Maons na

    Independncia do Brasil. Londrina: A Trolha, 1993;

    CERONI, Marcello Francisco. O Surgimento da Maonaria. Braslia: Confederao da

    Maonaria Simblica do Brasil (CMSB), 2000;

    COLUSSI, Eliane Maria. A Maonaria Brasileira e a defesa do ensino laico (sculo XIX).

    In Histria & Ensino, vol. 6. Londrina: Universidade estadual de Londrina, 2000.

    Pag. 47-55

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    COSTA, Frederico G. Breves Ensaios Sobre a Histria da Maonaria Brasileira.

    Londrina: A trolha, 1993; FIGUEIREDO, Joaquim Gervsio de. Dicionrio

    de Maonaria. So Paulo: Editora

    Pensamento, 1998, GRANDE LOJA DO PARAN. Maonaria: um

    informativo para quem no maom. Curitiba: Grande Loja do Paran, 2000;

    KOSHIBA, Luiz. Histria: origens, estruturas e processos. So Paulo: Atual, 2000

    LINHARES, Marcelo. Histria da Maonaria: Primitiva, Operativa e Especulativa. 2

    ed. Londrina: A Trolha, 1997. PRADO JUNIOR, Caio. Formao do Brasil

    Contemporneo: Colnia. So Paulo: Brasiliense: Publifolha, 2000;

    SAVI, Hamilton. Maonaria como uma escola de formao. Revista O Prumo.

    Florianpolis, Ano XXII, n 141, Janeiro/Fevereiro de 2002, p. 30-31;

    ** Roberto Bondarik - M M

    - Obreiro do Quadro da Aug e Resp Loj Simb "Cavaleiros da Luz" N 60, Or de Cornlio Procpio, filiada a Grande Loja do

    Paran, tendo sido iniciado em 25 de junho

    de1997, tendo sido Secretrio por duas vezes e atualmente Chanceler.

    - Professor Graduado e Ps-Graduado em Histria e Geografia;

    - Atua nas seguintes instituies:

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    - Centro Federal de Educao Tecnolgica do Paran CEFET-PR, Unidade de Cornlio Procpio;

    - Faculdade de Educao, Administrao e

    Tecnologia de Ibaiti - FEATI, em Ibaiti, Paran; - Faculdades Cristo Rei FACCREI, em Cornlio

    Procpio; - Professor da Rede Estadual de Ensino do Estado

    do Colgio Estadual Castro Alves em Cornlio Procpio;

    Amaury Peleteiro. MM - CIM: 11749. [email protected] CEL- 11 98584-3759. SKYPE- peleteiro1