Salvador, SÁBADO,8 de março de 20086

As aventuras de Antônio Balduíno

DIVULGAÇÃO

O artista Spacca começa a história em quadrinhos de Jubiabá mostrando o Pelourinho; livro deve chegar às livrarias até o fim do ano

Bahia deJorge Amado

Jorge Amado (foto) viveuem fazendas no sul daBahia durante parte dainfância. Foi em uma delas,perto da cidade de Ilhéus (a465 quilômetros deSalvador), onde ele nasceu,em 10 de agosto de 1912.Seus pais, o coronel JoãoAmado e dona Eulália,vieram de Sergipe com aesperança de enriquecervendendo cacau, fruta daqual se produz o chocolate.

Na feira de Ilhéus, ondehavia poetas de cordel ebaianas de acarajé, ele seacostumava com as frutas eos cheiros da Bahia.

Casos dessa época, emque o menino Jorge Amadoconheceu muitas pessoasinteressantes, são contadospela escritora Myriam Fragano livro Jorge Amado, dacoleção Crianças Famosas(Callis Editora). “Jorgegostava de brincar na praiae ficava horas a fio ouvindoa conversa dos pescadores“,conta Myriam.

Quando completou 10anos, ele foi estudar emSalvador. Depois de acabara escola, foi para o Rio deJaneiro fazer faculdade epublicou seu primeiroromance, O País doCarnaval, quando tinha 19anos. Esse foi apenas oprimeiro dos 34 livros queescreveu. Casado com aescritora Zélia Gattai, JorgeAmado morreu aos 89 anos.É um dos escritoresbrasileiros mais conhecidosno mundo.

Um dos livros mais conhecidosde Jorge Amado, Jubiabá, vaivirar história em quadrinhosaté o fim deste ano. A HQconta as aventuras de AntônioBalduíno, um lutador de boxeque trabalha em uma fazendade tabaco (planta usadapara fazer charutos) e depoisse torna líder dostrabalhadores na cidadegrande.

“Vai ser uma históriamovimentada, com lancesaventureiros. São quadrinhoscom muita ação“, contaSpacca, artista de São Pauloque está transformando aspalavras de Jubiabá, escritaspor Jorge Amado, emimagens coloridas e

cheias de vida.Para fazer os desenhos da

HQ, ele explica que assistiu amuitos filmes e séries de TVfeitas com histórias de JorgeAmado. Além disso, Spaccaviajou até Salvador, paraobservar pessoas como oslutadores de capoeira doPelourinho e os vendedoresque trabalham nas ruas. Sãofiguras como essas queJorge Amado descreveu emsuas histórias. “Minhaintenção é fazer um livro quepossa interessar a todas asfaixas etárias“, diz Spacca. “Épara quem já leu, mastambém para quem ainda vailer na escola.“ (V itorPamplona)