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ároco ensagem do M P Informativo Mensal São cinco as Teresas da Or- dem Carmelitana Descalça cano- nizadas. Além da fundadora, Te- resa de Ávila (Espanha, 1515- 1582), temos Teresa de Lisieux (França, 1873-1897), Teresa Mar- garida Redi (Itália, 1747-1770), Teresa dos Andes (Chile, 1900- 1920) e Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein - Polônia, 1891-1942). Todas elas são muito atuais, graças, em primeiro lugar, à expe- riência de que são portadoras. Há figuras na história da humanidade que se tornam universais quando dizem algo que vale para todos os homens de todos os tempos. Nas Teresas carmelitanas todos podem se identificar, indepen- dentemente do tempo, da cultura, do lugar, porque elas falam de ri- quezas que ultrapassam as con- tingências do tempo e do espaço, embora tivessem, todas, o pé bem fincado na própria circuns- tância. Pela via da mística, elas alçaram voos inimagináveis para suas épocas: fizeram-se autô- nomas, livres e fortes, não pelo caminho da força, mas pelo cami- nho da Graça, que não escolhe o sexo. O fato de serem todas carme- litas leva-nos a pensar que deve haver no Carmelo algo de espe- cial, particularmente no ramo fe- minino, que o faz gerar para a Igreja e o mundo pessoas tão sig- nificativas. A criatividade das Te- resas é admirável. São intuitivas e muito perspicazes, particular- mente no campo da mística, da teologia, da antropologia e da psi- cologia, ainda que nem todas ti- vessem estudo que justificasse tanta sabedoria. Além do fato de serem carmeli- tas e mulheres, eu destacaria três outros pontos comuns entre elas: a mística e a santidade; a sen- sibilidade ao próprio tempo; o amor incontido à Igreja e ao mundo. O primeiro: cada uma deu uma contribuição muito pessoal à bus- ca da santidade e à vivência da mística na Igreja. Santa Teresa colocou a mística no chão, quan- do, em sua época, místico era tu- do o que se destacava do corpo, da matéria. Ela dá à mística uma dimensão de encarnação, pró- pria do cristianismo, mas esque- cida no seu tempo. O que marca sua vivência mística é a experi- ência da humanidade de Cristo. Santa Teresa Margarida é a mís- tica do coração de Jesus. Santa Teresinha é a mística sem arrou- bos ou êxtases. A santidade, para ela, busca-se no dia a dia, através de uma entrega confiante à mise- ricórdia de Deus. Santa Teresa Benedita coloca em relevo a bus- ca mística: somente o encontro com Deus apazigua a procura pe- la verdade que durará para sem- pre enquanto permanecer ape- nas no campo intelectual. Em sua beatificação, o Papa João Paulo II dizia sobre ela: "Irmã Teresa Be- nedita da Cruz, uma persona- lidade que leva na sua intensa vi- da uma síntese dramática do nos- so século, uma síntese rica de fe- ridas profundas que ainda hoje As cinco Teresas do Carmelo Ano VII, nº 56 - nov. 2013 Chuva de Rosas Basílica Santa Teresinha do Menino Jesus Agenda - novembro 2 - Comemoração dos fiéis de- funtos. Missas às 7h, 8h30, 10h e 11h30 3 - Solenidade de Todos os Santos 4 a 8 - Conselho Plenário dos Carmelitas Descalços 4 a 8 - Semana de Espi- ritualidade "Creio: em quê e por quê?" 9 e 10 - Encontro de Prepa- ração para noivos 21 - Reunião do Clero da 1ª Forania 22 - Jantar da Pastoral da Saúde 23 - Vigília de Cristo Rei (Ju- ventude) 24 - Solenidade de Cristo Rei 24 - Primeira Comunhão - 16h 25 - Reinauguração da Capela do Menino Jesus - Coroação Solene - 18h 30 - Ação Social na Rua Ceará Batizados Carlos Eduardo de Araújo, Milena de Carvalho, Gabriel, Bruna Bezerra, Manuela, Sofia Sampaio, Rafael José, Gabriel, Matias continua na p. 4

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árocoárocoensagem doensagem doMM P P

Informativo Mensal

São cinco as Teresas da Or-dem Carmelitana Descalça cano-nizadas. Além da fundadora, Te-resa de Ávila (Espanha, 1515-1582), temos Teresa de Lisieux (França, 1873-1897), Teresa Mar-garida Redi (Itália, 1747-1770), Teresa dos Andes (Chile, 1900-1920) e Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein - Polônia, 1891-1942).

Todas elas são muito atuais, graças, em primeiro lugar, à expe-riência de que são portadoras. Há figuras na história da humanidade que se tornam universais quando dizem algo que vale para todos os homens de todos os tempos. Nas Teresas carmelitanas todos podem se identificar, indepen-dentemente do tempo, da cultura, do lugar, porque elas falam de ri-quezas que ultrapassam as con-tingências do tempo e do espaço, embora tivessem, todas, o pé bem fincado na própria circuns-tância. Pela via da mística, elas alçaram voos inimagináveis para suas épocas: fizeram-se autô-nomas, livres e fortes, não pelo caminho da força, mas pelo cami-nho da Graça, que não escolhe o sexo.

O fato de serem todas carme-litas leva-nos a pensar que deve haver no Carmelo algo de espe-cial, particularmente no ramo fe-minino, que o faz gerar para a Igreja e o mundo pessoas tão sig-nificativas. A criatividade das Te-resas é admirável. São intuitivas e muito perspicazes, particular-mente no campo da mística, da teologia, da antropologia e da psi-

cologia, ainda que nem todas ti-vessem estudo que justificasse tanta sabedoria.

Além do fato de serem carmeli-tas e mulheres, eu destacaria três outros pontos comuns entre elas: a mística e a santidade; a sen-sibilidade ao próprio tempo; o amor incontido à Igreja e ao mundo.

O primeiro: cada uma deu uma contribuição muito pessoal à bus-ca da santidade e à vivência da mística na Igreja. Santa Teresa colocou a mística no chão, quan-do, em sua época, místico era tu-do o que se destacava do corpo, da matéria. Ela dá à mística uma dimensão de encarnação, pró-pria do cristianismo, mas esque-cida no seu tempo. O que marca sua vivência mística é a experi-ência da humanidade de Cristo. Santa Teresa Margarida é a mís-tica do coração de Jesus. Santa Teresinha é a mística sem arrou-bos ou êxtases. A santidade, para ela, busca-se no dia a dia, através de uma entrega confiante à mise-ricórdia de Deus. Santa Teresa Benedita coloca em relevo a bus-ca mística: somente o encontro com Deus apazigua a procura pe-la verdade que durará para sem-pre enquanto permanecer ape-nas no campo intelectual. Em sua beatificação, o Papa João Paulo II dizia sobre ela: "Irmã Teresa Be-nedita da Cruz, uma persona-lidade que leva na sua intensa vi-da uma síntese dramática do nos-so século, uma síntese rica de fe-ridas profundas que ainda hoje

As cinco Teresas do Carmelo

Ano VII, nº 56 - nov. 2013

Chuva de Rosas

Basílica Santa Teresinha do Menino Jesus

Agenda - novembro2 - Comemoração dos fiéis de-

funtos. Missas às 7h, 8h30,

10h e 11h30

3 - Solenidade de Todos os

Santos

4 a 8 - Conselho Plenário dos

Carmelitas Descalços

4 a 8 - Semana de Espi-

ritualidade "Creio: em quê e

por quê?"

9 e 10 - Encontro de Prepa-

ração para noivos

21 - Reunião do Clero da 1ª

Forania

22 - Jantar da Pastoral da

Saúde

23 - Vigília de Cristo Rei (Ju-

ventude)

24 - Solenidade de Cristo Rei

24 - Primeira Comunhão - 16h

25 - Reinauguração da Capela

do Menino Jesus - Coroação

Solene - 18h

30 - Ação Social na Rua Ceará

Batizados

Carlos Eduardo de Araújo,

Milena de Carvalho, Gabriel,

Bruna Bezerra, Manuela,

Sofia Sampaio, Rafael José,

Gabriel, Matias

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Diretor espiritual e pároco:Frei César Cardoso de Resende, OCD

Coordenação e edição de texto:Andréia Mello da Silveira

Diagramação:Andréia Mello da Silveira

Fotografia:Berna Oliveira e Rodrigo Tiradentes

Revisão: José Grillo

Basílica Santa TeresinhaRua Mariz e Barros, 354 - Tijuca - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20270-001Tel.: 2569-8904

Expediente: Terça a sexta, das 8h às 12h e das 15h às 18h; sábado, das 8h às 12h e das 15h às 18h; domingo, das 8h às 11h30

Site: www.basilicasantateresinha.org.br

[email protected]

Impressão: Gráfica Valmar* Rodrigo Pinto Tiradentes, aluno da Oficina Literária San Juan de la Cruz

Reinauguração da Capela São José (6/10)

Encontro de viúvos

Pastoral da Comunicação Pelas redondezas

Aconteceu por aqui

Noite musical com os professores da Oficina de Música e músicos da paróquia (19/10)

Comemoração dos 23 anos de fundação da Comunidade Mar a Dentro (19/10)

Terço da Juventude e lançamento do grupo Juventude Missionária Teresiana

(JUMTE) no salão bege (19/10)

Trilha da Tetê no Morro da Urca (12/10)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma das fundações estatais mais conhecidas pela população, é responsável pelo processamento e di-vulgação de dados e informações na-cionais. Mas, embora seu nome seja famoso, seus estabelecimentos são dis-cretos, como a agência situada em nos-sos arredores, na Rua General Cana-barro, 706.

O prédio, que antes abrigava um

laboratório farmacêutico, foi vendido para a instituição no início da década de 1990. A estrutura se manteve, mas as insta-lações foram modificadas quase que inte-gralmente. Afinal, era preciso comportar um novo ambiente, bem diferente do an-tigo, com salas para reuniões e semi-nários, inúmeros departamentos, uma livraria e uma biblioteca.

Ali funciona o Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI), que organiza todas as informações do IBGE desde a sua criação, em 1934, e é responsável pelos periódicos publicados atualmente.

A biblioteca do estabelecimento é uma das principais do Brasil; possui livros técnicos e obras raras de pesquisa e esta-tística, como o primeiro recenseamento do Brasil, feito em 1872. O acesso a seu acervo, recentemente digitalizado, é aberto ao público.

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História da Igreja

Liturgia

Em outubro a Igreja no Brasil, como faz em todos os anos, deu ênfase às missões, cuja padroeira é Santa Teresinha, que exauriu sua vida em penitência e serviço para encher de almas o céu.

Essa vida de oblação total não só contribu-iu para o tesouro de méritos de Cristo, da Virgem Maria e dos santos, mas também im-põe um peso moral sobre os ombros de seus devotos, isto é, o de fazer o que estiver a seu alcance para a difusão do Reino de Deus, que é a Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica.

Em resumo, o sentido do termo missão é esse, ou pelo menos o que nos interessa e obriga mais imediatamente. É evidente que, pelo fato de o homem ser formado de alma e corpo, o cuidado espiritual deve vir acompa-nhado da assistência material, mas esta nunca pode suplantar aquele. Uma concepção muito difundida – e muito nefasta para a Igreja – es-vazia o conteúdo sobrenatural e redentor das missões e põe em seu lugar um simulacro de caridade que não passa de filantropia mescla-da com ideologia marxista. É o que passou a ser chamado, na década de 1970, de “teologia

da libertação”, expressão que sequestrou a noção de liberação do pecado e da natureza decaída do homem e a travestiu com um figu-rino miserável de liberação política e social.

Outro erro crucial que povoa o espírito de muita gente de boa vontade é o que tenta misturar a vocação missionária da Igreja com uma perspectiva distorcida de ecumenismo. Lembremos que o objetivo do ecumenismo verdadeiro não é um amálgama sem forma definida entre a catolicidade, as igrejas ori-entais cismáticas e os milhares de denomi-nações protestantes, nem muito menos uma grande irmanação entre os que se afirmam cristãos e toda espécie de religião falsa.

Enfim, para promover a nossa autêntica vocação missionária é preciso reler sempre as palavras do decreto Unitatis Redintegratio (sobre o ecumenismo), do Concílio Vaticano II, as quais afirmam que a divisão dos cristãos “contradiz abertamente a vontade de Cristo, e é escândalo para o mundo, como também prejudica a santíssima causa da pregação do Evangelho a toda a criatura” (proêmio).

Depois de uma breve pausa por conta da JMJ e da festa de Santa Teresinha, voltamos a falar sobre o tema escolhido para este ano, a Sacrosanctum Concilium.

O capitulo 2 da Constituição (SC 47-58) aborda o "Sagrado mistério da Euca-ristia". O sacrifício eucarístico foi instituído por Jesus na última Ceia, na noite em que foi entregue. Esse gesto de antecipação do seu sacrifício na cruz e deixado para nós como memorial de sua Paixão é o centro de toda a nossa vida. Para bem experimentá-lo e celebrá-lo é necessário participar desse mistério, não como es-pectador, mas como participante ativo e consciente daquilo que se celebra. Não se trata de uma mera repetição de gestos e palavras, mas da mais profunda expe-

riência com Jesus Cristo e a comunidade.Para que o mistério presente na cele-

bração tenha plena eficácia pastoral, sugeriu-se na Sacrosanctum Concilium uma revisão de cada parte do Ordinário da Missa de maneira que a participação dos fiéis fosse mais ativa. Permitiu-se, por exemplo, a utilização da língua vernácula para melhor compreensão do que se está celebrando. Aos sacerdotes foi pedido que não se eximam de fazer a homilia, que tem a função de expor os mistérios da fé e as normas da vida cristã no decurso do ano litúrgico e com base no texto sagrado - sempre, obviamente fazendo a ligação com a atualidade e explicando como apli-car os ensinamentos no mundo de hoje. Isso evita discursos desconexos com o

tema central da liturgia dominical/semanal. Enfim, tudo o que poderia facilitar a participação ativa na celebração eucarís-tica foi previsto na Constituição.

A nós, leigos e leigas, cabe buscar, conhecer, estudar e aprofundar o mistério em nossa vida; participar da celebração por inteiro, de corpo e alma, e não pelo preceito ou por obrigação. Tudo o que Jesus fez foi nos convidar a fazer parte de sua história, de seu convívio, do mistério de Deus.

Lembremo-nos de que o rito pelo rito, sem um fim último, que é conhecer e amar mais o Senhor e transbordá-lo em nossa vida aos irmãos, é completamente vazio.

Missão

História da Igreja

* José Grillo

* Luís Felipe Lobianco

* Alexandre Britto

Espiritualidade de Santa Teresinha

S e c r e t a r i a

Segunda-feira: fechada; Terça a sexta: 8h às 12h e 15h às 18h; Sábado: 8h às 12h e 15h às 18h; Domingo: 8h às 11h30

Santas M issas

Domingo: 7h, 8h30,10h,11h30,18h30

Segunda a sexta: 7h, 8h e 18h30

Sábado: 7h, 8h e 16h

Missa de Santa Teresinha

Todo dia 30 às 16h

Missa do Menino Jesus de Praga

Todo dia 25 às 7h, 8h e 9h. Às 18h Missa e procissão

Missa de Nossa Senhora de Fátima

Todo dia 13 às 12h

M i s s a d e S ã o J o s é

Todo dia 19 às 8h

Missa de Nossa Senhora do Carmo

Todo dia 16, às 7h

Missa de Nossa Senhora de Schoenstatt

Todo dia 18 às 18h30

Confissões: terça a sexta (durante o expe-diente paroquial)

Expediente Paroquial

Eventos PermanentesAdoração ao Santíssimo: pr imeira quinta-feira do mês, às 19h30

Lectio Divina: quartas, às 19h30

Liturgia das Horas:

- Laudes: segunda a sábado, às 7h30

- Vésperas: segunda a sexta, às 18h

Devoção à Sagrada Face: terças, às 17h30

Legião de Maria: quartas, às 15h30

Apostolado da Oração: Missas na 1ª sexta do mês, às 8h

Oração do Terço: segunda a sexta, às 17h

Terço dos Homens: terças, às 20h

Grupo Zélia e Luís Martin: terceiro sábado do mês, às 17h

Casamentos: sábados, às 18h, 19h e 20h

Batismos: Terceiro sábado do mês, às 11h (inscrições aos domingos, das

9h30 às 11h)

Bazar Zélia Martin: Todas as quartas, das 9h às 12h e das 15h às 17h

Grupo de Oração Senhor dos Exércitos: Terças-feiras, às 16h

Grupo Mil Ave-Marias: Segunda quinta-feira do mês, às 13h

Após a morte de Este-vão, ocorreu uma grande per-seguição contra a Igreja. Sau-lo entrava nas casas e arran-cava homens e mulheres para levá-los à prisão. Saulo pediu que o chefe dos sacer-

dotes fizesse cartas para as sinagogas de Da-masco, capital da Síria, com o objetivo de prender todos os cristãos e levá-los a Jerusa-lém. No caminho para Damasco, já perto da cidade, uma luz vinda do céu o cercou e Saulo caiu por terra. Ele ouviu uma voz dizendo: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”, e perguntou: “Quem és?” E o Senhor disse: “Eu sou Jesus, a quem persegues.” Trêmulo e atô-nito, Saulo respondeu: “Senhor, que queres que eu faça?” E Jesus disse: “Levante, entre na cidade e lá será dito o que deverá fazer.” Os homens que acompanhavam Saulo ficaram espantados, pois eles ouviam a voz, mas não viam ninguém. Saulo se levantou, mas seus olhos nada viam. Ele entrou em Da-masco e ficou três dias sem ver, comer ou be-

ber. Ali morava um discípulo de Jesus chama-do Ananias. Em uma visão o Senhor lhe disse: “Vai à rua Direita e pergunte em casa de Ju-das por um homem de Tarso, que está re-zando.” Ao mesmo tempo, Saulo teve uma visão na qual Ananias impunha-lhe as mãos e ele recobrava a visão. Ananias disse ao Se-nhor: “Senhor, já me falaram que este ho-mem fez muito mal aos teus fiéis em Jeru-salém e ele tem poder para prender aqueles que invocam o teu nome.” Mas Jesus disse: “Vai, pois este homem é um instrumento que levará o meu nome diante das nações, dos reis e dos filhos de Israel!” Ananias foi, impôs as mãos sobre ele e disse: “Saulo, Jesus, que te apareceu no caminho para Damasco, en-viou-me para que recobres a visão e fiques cheio do Espírito Santo.” No mesmo instante, caíram escamas dos olhos de Saulo, que vol-tou a enxergar. Ele se levantou e foi batizado. Assim se converteu São Paulo, o Apóstolo dos gentios e, junto com São Pedro, uma das colunas da Igreja.

A conversão de Paulo

A participação ativa no Sagrado Mistério da Eucaristia

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árocoárocoensagem doensagem doMM P Pcontinuação da p. 1

sangram; ao mesmo tempo a sín-tese de uma verdade plena, para além do homem, em um coração que permanece por longo tempo inquieto e insatisfeito até quan-do finalmente encontra a s u a paz em Deus." Tere-sa dos A n d e s ressalta a alegria i n f i n i t a q u e s e encontra em Deus, para a l é m da efemeridade da civil iza-ção do bem-estar.

Outro ponto comum, relacio-nado à sensibilidade ao seu tempo, é que todas viveram sua expe-riência estimuladas pelos proble-mas que viviam, aos quais deram respostas pessoais e criativas. To-das elas, com maior ou menor in-tensidade, foram incompreendidas em seu tempo, por serem muito originais, especialmente Santa Teresa de Ávila e Santa Teresinha.

O último ponto comum é o amor que essas Teresas demonstraram à Igreja e ao mundo. Uma car-melita certa vez disse que "uma alma que se eleva eleva todo o mundo consigo". Existem, porém, aquelas que são dotadas pelo Es-pírito de dons que as fazem lu-zeiros para todos.

Q u a l é a contri-b u i -ç ã o de cada uma à Igreja?

Santa Teresa de Ávila é a gran-

de santa que colaborou para a re-novação não só do Carmelo, mas da Igreja, que nesta oração, reci-tada no dia de sua festa, reconhe-ce sua contribuição: "Ó Deus, que suscitastes Santa Teresa para ensinar à Igreja o caminho da ora-

ção (...)". Sua obra consiste em mostrar à Igreja que toda

mudança passa pelo coração do homem que encontra em suas

profundezas o castelo onde Deus habita. Santa Teresa

Margarida é a mística do es-condimento, sinal para a Igreja do Papa Francisco: tanto mais fiel à sua missão, quanto mais simples e serviçal for. Santa Teresinha, cha-mada a maior santa dos tempos m o d e r n o s , contribuiu para faze r ve r à Igreja a neces-sidade de voltar a todo

t e m p o à simplicidade evangél ica, além de ter proclamado, de forma nova e ar-dente, que é o amor que a im-pulsiona e lhe dá vida. A grande contribuição de Santa Edith Stein diz respeito à presença da mulher na Igreja e ao papel do intelectual, que reafirma a existência de um pensamento católico que jamais estará ultrapassado. O grande pensador inglês Gilbert Keith

Chesterton, convertido ao ca-tolicismo, dizia aos que chamavam a Igreja de antiquada que o pensamento antiquado só pode ser chamado ass im porque sobrevive, enquanto outros pen-

samentos pagãos estão fadados à morte. Teresa dos Andes nos t r a z u m t e s t e m u n h o m e n o s e x p l o s i v o ,

mas não menos lumi-n o s o , a o demonstrar ser possível para a América buscar a santidade - não as guerras, a vio-lência, as convulsões - como fator desestruturador de injustiças. A re-volução maior quem faz é o santo, que busca o bem necessário e úni-co: Deus Encarnado.

O desejo de salvar dominava a todas. Todas sentiram o desejo de dar a vida pela Igreja, sofreram com ela em seu esforço por ser "instrumento de salvação".

Jorge Ben Jor disse que era Fla-mengo e tinha uma nega chamada Teresa. Nós somos do Carmelo e temos cinco santas chamadas Teresa.

Fr. César Cardoso de Resende, ocd

Viva o Carmelo!Viva o Carmelo!