As concepções de criança e infância...

13
Marília Fabiana Pires Mendonça - UFRN Marília Fabiana Pires Mendonça - UFRN Vanessa Maria da Silva Clemente - UFRN Vanessa Maria da Silva Clemente - UFRN Orientadora: Profª. Drª. Mariangela Momo - Orientadora: Profª. Drª. Mariangela Momo - UFRN UFRN

Transcript of As concepções de criança e infância...

Page 1: As concepções de criança e infância...

Marília Fabiana Pires Mendonça - UFRN Marília Fabiana Pires Mendonça - UFRN

Vanessa Maria da Silva Clemente - UFRN Vanessa Maria da Silva Clemente - UFRN

Orientadora: Profª. Drª. Mariangela Momo - Orientadora: Profª. Drª. Mariangela Momo - UFRN UFRN

Page 2: As concepções de criança e infância...

O presente trabalho é parte de uma pesquisa realizada na disciplina Fundamentos da Educação Infantil do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O estudo tem como objetivo investigar de que maneira a Instituição de Educação Infantil abordada na pesquisa compreende as concepções de criança e infância e como o entendimento desses conceitos é refletido na prática educativa.

Page 3: As concepções de criança e infância...

• A pesquisa investigativa partiu de um estudo bibliográfico sobre os conceitos de criança e infância ao longo da história. Logo em seguida realizamos a observação de uma Instituição de Educação Infantil privada, situada no bairro Morro Branco, zona administrativa oeste da cidade de Natal, em que foram analisados os aspectos físicos e pedagógicos da instituição. Por último foi realizada uma entrevista semi-estruturada com uma das professoras do quadro docente da instituição.

Page 4: As concepções de criança e infância...

• Não há um único conceito de criança e infância;

• Existem características universais de ser criança – fragilidade, necessidade de atenção e cuidados especiais, como alimentação e cuidados físicos, requerendo esses cuidados durante muito tempo;

Page 5: As concepções de criança e infância...

O tratamento dado à criança em diferentes momentos históricos: Durante os séculos XV e XVI, as crianças não eram vistas como seres inseridos socialmente. Muitas crianças morriam, pois não tinham a devida atenção para com sua saúde. Apenas nos séculos XVII e XVIII as crianças começam a ser vistas de outra forma. Para Ziberman (2003),

a mudança se deveu a outro acontecimento da época: a

emergência de uma nova noção de família, centrada não mais em amplas relações de parentesco, mas num núcleo unicelular, preocupado em manter sua privacidade (impedindo a intervenção dos parentes em seus negócios internos) e estimular o afeto entre seus membros.

• As concepções dependem e variam de acordo com cada sociedade e cada epoca.

Page 6: As concepções de criança e infância...

Tendo em vista as concepções observadas durante o estudo teórico, partimos para a observação da organização dos espaços dedicados à criança na Instituição para investigar como esta instituição concebe a criança e seu papel na sociedade.

Page 7: As concepções de criança e infância...

Estrutura da sala de aula:Estrutura da sala de aula: A instituição atende a um número de crianças de modo que a professora responsável possa dar conta de cuidar de cada uma, sem que haja desmerecimento de nenhum presente na sala, valorizando assim a função do cuidar que a criança merece.

Page 8: As concepções de criança e infância...

Rotina da escolaRotina da escola: momento do parque, momento da água, atividade coletiva, momento do banho, momento do lanche, momento da higienização, atividade individual e o ato de brincar. A importância de valorizar igualmente as atividades de alimentação, leitura de histórias, troca de fraldas etc.

Page 9: As concepções de criança e infância...

Proposta pedagógica das Instituições de Educação Infantil: se “contemplam os princípios éticos no que se refere à formação da criança para o exercício progressivo da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum” (BRASIL, 2006). A escola mantém essa proposta, visto que podemos observar a presença de armários onde as crianças guardam seus pertences, desenvolvendo a autonomia, a responsabilidade sobre seus próprios objetos e o respeito para com o outro.

Page 10: As concepções de criança e infância...

Desenvolvimento de Desenvolvimento de atividades que promovam a atividades que promovam a movimentação das criançasmovimentação das crianças: O ato do brincar é algo em destaque nas atividades em sala de aula e fora dela, onde as crianças dispõem de brinquedos da escola, valorizando o lúdico na construção de conflitos entre o real e o ficcional. Percebe-se que com essa postura a instituição valoriza os princípios estéticos, envolvendo a criatividade e a ludicidade.

Page 11: As concepções de criança e infância...

Interação entre a Interação entre a Instituição de Educação Instituição de Educação Infantil e família:Infantil e família: Através da fala da professora entrevistada percebemos que esta interação ainda não ocorre de maneira integral. No período de acolhimento inicial, a presença dos pais não é permitida nas dependências da instituição, sendo responsabilidade apenas dos professores propiciar a adaptação das crianças.

Page 12: As concepções de criança e infância...

Os diferentes aspectos presentes na instituição observada obedecem em grande parte aos Parâmetros Nacionais de Qualidade para as Instituições de Educação Infantil, tendo em destaque a formação da criança como um ser social ativo e presente na sociedade da qual faz parte. A criança é tida como um ser capaz, que tem suas especificidades físicas e intelectuais e que precisa de cuidados. A instituição nesse sentido é o espaço em que a criança recebe cuidados, como também é o lugar em que desafios para sua vida ativa são proporcionados, possibilitando um ensino significativo, reflexivo e crítico para essa faixa etária.

Page 13: As concepções de criança e infância...

ARIÈS. Philippe. História social da criança e da família. 2 ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1978.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Nacionais de Qualidade para as Instituições de Educação Infantil. Brasília: MEC, 2006.

FRANCO, Márcia Elizabete Wilke. Compreendendo a Infância. A cumplicidade da escola com o conceito de infância. In.: _______. Compreendendo a infância como condição de criança. 2 ed. Porto Alegre: Editora Mediação, 2006. (Cadernos da Educação Infantil, v.11).

FREITAS, M. C. de. (Org.) História social da infância no Brasil. São Paulo: Cortez, 1997.

KUHLMANN, Jr. Moysés; FERNANDES, Rogério. Sobre a história da infância. In.: FARIA FILHO, Luciano Mendes de. (org.) A infância e sua educação: materiais, práticas e representações. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

RICE, Chris; RICE, Melanie. As crianças na história. São Paulo: ática, 1998. STEARNS. Peter N. Introdução: A infância na história mundial. In.: ______ A

infância. São Paulo: Contexto, 2006. URBIM, Emiliano. O fim da infância. Revista Superinteressante. Edição 268,

p. 29-34, ago. 2009. ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 11. Ed. São Paulo: Global,

2003.