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AS CONTRIBUIÇÕES DOS PROJETOS PORTO LEVE E BIKE PE PARA O USO DA BICICLETA PÚBLICA COMO MEIO DE TRANSPORTE NA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE Área temática: Logística Israel Gomes de Albuquerque [email protected] Ana Paula da Silva Farias [email protected] Resumo: A mobilidade urbana pode ser entendida como o deslocamento das pessoas e de bens entre si e com a própria cidade. Acontece quando o indivíduo se locomove de um lugar para outro através dos diferentes modais de transporte disponíveis. Um desses é a bicicleta, uma alternativa flexível e econômica. Sendo assim, esse trabalho tem como objetivo apresentar as contribuições, para a mobilidade urbana, dos projetos que sistematizam o aluguel de bicicleta pública na Região Metropolitana do Recife. Para isso, utilizou-se como metodologia uma pesquisa exploratória, descritiva e bibliográfica. Tendo-se como principal resultado a ideia de que o sistema de compartilhamento de bicicletas públicas pode ter sido uma boa alternativa para mobilidade urbana sustentável da população da Região Metropolitana do Recife, no entanto, ainda pode apresentar melhores resultados em relação a alguns aspectos, dentre eles, a malha cicloviária. Palavras-chaves: Mobilidade urbana, bicicleta pública, ciclovia, ciclo faixa, aluguel de bicicletas. ISSN 1984-9354

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AS CONTRIBUIÇÕES DOS PROJETOS PORTO LEVE E BIKE PE PARA O USO DA BICICLETA PÚBLICA COMO

MEIO DE TRANSPORTE NA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE

Área temática: Logística

Israel Gomes de Albuquerque

[email protected]

Ana Paula da Silva Farias

[email protected]

Resumo: A mobilidade urbana pode ser entendida como o deslocamento das pessoas e de bens entre si e com a

própria cidade. Acontece quando o indivíduo se locomove de um lugar para outro através dos diferentes modais de

transporte disponíveis. Um desses é a bicicleta, uma alternativa flexível e econômica. Sendo assim, esse trabalho tem

como objetivo apresentar as contribuições, para a mobilidade urbana, dos projetos que sistematizam o aluguel de

bicicleta pública na Região Metropolitana do Recife. Para isso, utilizou-se como metodologia uma pesquisa

exploratória, descritiva e bibliográfica. Tendo-se como principal resultado a ideia de que o sistema de

compartilhamento de bicicletas públicas pode ter sido uma boa alternativa para mobilidade urbana sustentável da

população da Região Metropolitana do Recife, no entanto, ainda pode apresentar melhores resultados em relação a

alguns aspectos, dentre eles, a malha cicloviária.

Palavras-chaves: Mobilidade urbana, bicicleta pública, ciclovia, ciclo faixa, aluguel de bicicletas.

ISSN 1984-9354

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1. INTRODUÇÃO

O deslocamento diário das pessoas numa área urbana está relacionado ao conceito de

mobilidade. Individualmente, essa mobilidade acontece quando o indivíduo tem capacidade de se

locomover, de um lugar para outro, através dos diferentes modais de transporte disponíveis, incluindo

a caminhada (MORRIS et al., 1979).

De acordo com Bohusch (2013), o conceito de mobilidade inclui todas as opções necessárias ao

deslocamento de indivíduos no espaço, como a utilização de meios próprios como as pernas ou outros

meios técnicos, como o veículo à propulsão humana, veículos motorizados, cadeira de rodas etc.

Importante é compreender que a mobilidade não se refere, apenas, ao deslocamento, mas parte dessa

motivação individual, passa pelos meios que propiciam a locomoção e vai até as relações sociais que

permitem ao indivíduo ter condições de realizar o seu desejo de deslocamento.

A partir desse entendimento, sabe-se que a mobilidade urbana não está associada, apenas, ao

transporte e deve passar a ser vista de forma mais ampla, considerando uma série de variáveis que

impactam os deslocamentos nas cidades, com priorização e valorização dos modos coletivos e não

motorizados de transporte (KNEIB, 2012).

No Brasil, o tema mobilidade urbana é tratado como política pública, sendo o Ministério das

Cidades, órgão da administração direta, responsável por sua efetivação e pela garantia dessa visão mais

abrangente a respeito do tema (BOHUSCH, 2013).

Essa necessidade de compreender melhor os diversos aspectos que compõem o conceito de

mobilidade é decorrente do que aconteceu nos últimos anos. Houve um crescimento nas taxas de

urbanização e uma limitação no investimento de políticas públicas que procuram disponibilizar o

transporte de massa. Esses itens somados a retomada do crescimento econômico, vêm resultando no

aumento da motorização individual (automóveis e motocicletas) da população (PERNAMBUCO,

2014).

Mas, ao mesmo tempo em que a motorização individual é estimulada, nasce a necessidade do

uso de um transporte mais flexível e econômico, que facilite o deslocamento da população e o

desafogamento do trânsito. Dentro desse contexto, a bicicleta surge como uma opção viável de

deslocamento.

Para Câmara (1998), a bicicleta tem como vantagem a ocupação de um pequeno espaço, baixo

custo de energia, podendo se tornar um meio de transporte mais rápido numa via congestionada.

Pensando nisso, a cidade do Recife implantou dois sistemas públicos de aluguel de bicicletas,

no ano de 2013: o Projeto Porto Leve e o Projeto Bike PE. São projetos que foram desenvolvidos pela

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Prefeitura da cidade do Recife, em parceria com o Parque Tecnológico Porto Digital, a empresa

Sertel/Samba, o Banco Itaú, o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação e o Governo do Estado de

Pernambuco.

Inicialmente, o sistema era composto por 10 estações espalhadas pelos bairros do Recife, Santo

Amaro e Santo Antônio, com a perspectiva de incentivar as pessoas a se deslocarem utilizando as

bicicletas em pequenos percursos. Atualmente, os dois projetos contam com 80 estações espalhadas

pelas cidades de Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes, tornando-se o primeiro sistema

intermunicipal de aluguel de bicicletas públicas do Brasil.

Com base nisso, esse trabalho tem como objetivo apresentar as contribuições, para a

mobilidade urbana, dos projetos que sistematizam o aluguel de bicicleta pública na Região

Metropolitana do Recife.

2. MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL

Um sistema de transporte pode ser entendido como um conjunto de veículos motorizados ou

não, coletivos ou individuais, públicos ou privados, que circula em determinada quantidade, direção e

frequência e que é utilizado segundo características dos usuários, garantindo mobilidade (CAMPOS,

2006).

A mobilidade urbana inclui, em seu significado, o deslocamento das pessoas e dos bens entre si

e com a própria cidade. Sendo assim, é uma questão que interessa às políticas públicas relacionadas ao

trânsito e não se detém ao movimento das pessoas e bens no ambiente urbano, mas avança com a

proposição de interação entre essas partes (RAIA JÚNIOR, 2000).

Ao se falar em mobilidade urbana sustentável, duas dimensões devem ser levadas em

consideração: a adequação da oferta de transporte ao contexto socioeconômico e a qualidade

ambiental. Na primeira dimensão estão medidas que associam o transporte ao desenvolvimento urbano

e na segunda se enquadram a tecnologia e o modo de transporte a ser utilizado (CAMPOS, 2006).

A mobilidade urbana sustentável pode ser definida como o resultado de um conjunto de

políticas de transporte e circulação que visa à priorização dos modos não-motorizados e coletivos de

transporte de forma efetiva, que não gere segregações espaciais, socialmente inclusiva e

ecologicamente sustentável. Além disso, deve estar integrada às demais políticas urbanas, com o

objetivo maior de priorizar o cidadão na efetivação de seus anseios e necessidades, melhorando as

condições gerais de deslocamento na cidade (BRASIL, 2006).

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Para Campos e Ramos (2005), atividades que promovem a redução do uso de veículos

privados, o controle do uso do solo e dos meios de transporte, que facilitem o acesso da população as

suas tarefas do cotidiano, por meio do aumento da utilização da bicicleta, da caminhada e dos

transportes públicos, são entendidas como responsáveis pela formação do conceito de mobilidade

sustentável.

3. A BICICLETA PÚBLICA E A MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL

O Código Brasileiro de Trânsito reconhece a bicicleta como meio de transporte – veículo a

propulsão humana - e garante o direito ao ciclista de trafegar pelas ruas e estradas das cidades, além de

ter prioridade sobre os veículos automotores, de acordo com a Lei nº 9.503, de 23 de setembro do 1997

(BRASIL, 1997).

Cada dia mais moderna, a bicicleta não é só um meio importante de locomoção, mas também

um equipamento para a comparação, manutenção e/ou melhoramento do condicionamento físico

(HOWLEY, 2000).

Os transportes não motorizados apresentam baixa emissão de poluentes e ruídos, além de baixo

risco de acidente para os demais usuários da via, fazendo com que se tornem elementos fundamentais

para um sistema de transporte sustentável. Sistema esse que favorece a qualidade de vida dos cidadãos

de uma cidade e um ambiente urbano melhor (RIETVELD & DANIEL, 2004).

Além disso, o uso da bicicleta pode fazer com que seus usuários evitem os congestionamentos

em determinados horários e corredores de tráfego, nos médios e grandes centros; circulem com

independência, rapidez e flexibilidade em relação a horários e tempo empregados no deslocamento

diário (percursos de até 8 km); e, tenham economia financeira quando comparado a outros modais

urbanos em relação ao custo e à manutenção do veículo (GEIPOT, 2001).

Na perspectiva de Castañon (2011), a bicicleta é percebida como um veículo, geralmente

individual, que apresenta vantagens e limitações que devem ser consideradas pelos órgãos públicos ao

planejar e incentivar o seu uso e pelo sujeito ao decidir adotá-lo como uma forma de transporte

sistemático.

De acordo com Albano (2015), o uso da bicicleta tem como limitação a facilidade de roubo, a

exposição ao vento, ao frio, a chuva, além de ser o lado mais fraco nas colisões com outros veículos.

Deve-se pensar numa forma de não expor o condutor à poluição, a vias mal sinalizadas e sem

iluminação, ao número insuficiente de ciclovias, a falta de estacionamento para as bicicletas e a falta

de estrutura para banhos no ambiente de trabalho e de estudo.

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4. O USO DA BICICLETA PÚBLICA NA REGIÃO METROPOLITANA DO

RECIFE

A Região Metropolitana do Recife (RMR) é formada por 14 municípios: Abreu e Lima,

Araçoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Ilha de Itamaracá, Itapissuma,

Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda, Paulista, Recife, São Lourenço da Mata, além do Distrito

de Fernando de Noronha. Atualmente, existem estações de compartilhamento de bicicletas públicas,

apenas, nas cidades de Recife (70), Jaboatão dos Guararapes (05) e Olinda (05).

Segundo pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), realizada em 2011, a

população estimada da RMR era de aproximadamente 3.693.177 habitantes, sendo 97,3% da

população residente em zona urbana, ocupando uma área de 2.785,44 km². Ainda de acordo com a

pesquisa, essa população estava reunida em uma alta densidade demográfica de 1.325,89 hab./km²,

cujos maiores índices de ocupação estavam no entorno da cidade do Recife. E, dessa população

recifense, 13% já utilizavam a bicicleta como meio de transporte (IPEA, 2011).

Com base nesses dados e no Programa Bicicleta Brasil - criado pelo Ministério das Cidades e

pela Secretaria Nacional de Transportes e da Mobilidade Urbana, em 2007, para estimular os governos

municipais, estaduais e o Distrito Federal a desenvolver e aprimorar ações que favoreçam o uso da

bicicleta como modal de transporte - foi criada no Estado de Pernambuco a Política Estadual de

Mobilidade por Bicicleta, instituída pela Lei nº 14.762, de 31 de agosto de 2012 (BRASIL, 2007;

PERNAMBUCO, 2012).

Estão entre os objetivos dessa política:

- Estimular o uso seguro da bicicleta como meio de transporte preferencial a ser utilizado nas

atividades do cotidiano, tais como trabalho, escola e lazer;

- Proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano, em áreas apropriadas;

- Reduzir a circulação de veículos nas ruas das cidades, diminuindo, por consequência, a

emissão de ruídos sonoros, gases poluentes e congestionamentos nas vias públicas;

- Melhorar a qualidade de vida da população, estimulando e promovendo a realização de

atividades ecológicas, esportivas, turísticas e de lazer com bicicleta; e,

- Estimular e apoiar a cooperação entre cidades do Estado de Pernambuco, para a junção de

rotas intermunicipais seguras para o deslocamento cicloviário voltado, sobremaneira, ao deslocamento

pendular, incluindo casa, trabalho e escola; ao turismo e ao lazer.

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4.1 A INFRAESTRUTURA CICLOVIÁRIA DA REGIÃO METROPOLITANA

DO RECIFE

Para que a segurança do ciclista seja preservada, as vias de circulação devem garantir o espaço

útil do condutor, que é de 1,5 m de largura, 2,25 m de altura e 1,75 m de comprimento. A largura

mínima aceitável para uma ciclovia ou ciclofaixa unidirecional é de 1,20 m, enquanto é aceitável uma

largura mínima de 2,50 m para uma ciclovia ou ciclofaixa bidirecional, de acordo com dados

fornecidos pelo Caderno de Referência para elaboração de Plano de Mobilidade por Bicicleta nas

Cidades (BRASIL, 2007) e ilustrado na figura 1.

Figura 1: Espaço útil do ciclista, em centímetros.

Fonte: Ministério das Cidades, 2007.

As vias destinadas ao uso de bicicletas podem ser de uso exclusivo ou compartilhado,

conforme Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana do Recife (PERNAMBUCO, 2014).

Logo, existem:

- Ciclovias.

São vias exclusivas para bicicletas, totalmente segregadas das vias de tráfego de veículos

automotores. Podem ser implantadas em nível intermediário entre a via de circulação e a calçada, ou

separadas dos carros por elementos segregadores.

- Ciclofaixas.

São espaços contínuos para bicicletas, geralmente localizados no bordo direito das vias e no

mesmo sentindo do tráfego, segregadas das vias de tráfego de veículos automotores por meio de

pintura e/ou com o auxílio de outros recursos de sinalização.

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- Ciclorrotas.

Um caminho recomendado para a circulação de bicicletas, sinalizado ou não. Representa um

trajeto e não apresenta a necessidade de segregador ou sinalização horizontal.

- Vias Compartilhadas.

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, quando não houver ciclovia ou ciclofaixa, a

via deve ser compartilhada, ou seja, bicicletas e carros podem e devem ocupar o mesmo espaço viário.

Além disso, os veículos maiores devem prezar pela segurança dos menores (BRASIL, 1997).

Na região metropolitana do Recife, mais especificamente nas áreas contempladas pelo sistema

de compartilhamento de bicicletas, a maior ciclovia encontra-se na Praia de Boa Viagem, com

aproximadamente 8 km de extensão. De acordo com o Ministério Público do Estado de Pernambuco –

MPPE (2014), o Recife dispõe de 33 km de malha cicloviária, sendo 9,3 km de ciclovias (faixas

segregadas) e o restante de ciclofaixas (sinalização horizontal na pista). O plano da Prefeitura do

Recife é atingir 76 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas até 2016.

Aos domingos e nos feriados, a Prefeitura do Recife, por meio das Secretarias de Turismo e

Lazer e de Mobilidade Urbana, em parceria com o Banco Itaú, disponibiliza, desde o dia 24 de março

de 2013, a Ciclofaixa Móvel de Turismo e Lazer das 7h às 16h. São 36,5 km de ciclofaixas balizadas

por cones e sinalização específica nas vias contempladas pelo projeto, interligando os bairros de Boa

Viagem, Jaqueira e Imbiribeira ao bairro do Recife (MPPE, 2014).

5. MATERIAL E MÉTODOS

A presente pesquisa pode ser caracterizada como descritiva e exploratória, pois tem como

finalidade ampliar o conhecimento adquirido sobre um determinado assunto e procurar delimitar

melhor o problema, proporcionando soluções, descrevendo os comportamentos dos principais

fenômenos, definindo e classificando os fatos e variáveis apresentadas. O principal objetivo da

pesquisa descritiva é a descrição das características de uma população, fenômeno ou de uma

experiência, enquanto o da pesquisa exploratória é habituar-se com um determinado assunto que ainda

foi pouco explorado (GIL, 2008).

Essa pesquisa, quanto a sua forma, pode ser definida como bibliográfica, pois qualquer

informação publicada, seja ela impressa ou eletrônica, é passível de se tornar uma fonte de consulta,

sendo os livros as principais fontes de referências. Nesse tipo de pesquisa os assuntos abordados

podem receber contribuições de diversos autores (GIL, 2008). Para a elaboração desse artigo, foram

realizadas pesquisas em periódicos, livros, dissertações, teses e portais oficiais que continham

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informações relevantes sobre os seguintes temas: sistemas de bicicletas públicas e mobilidade urbana

sustentável.

A coleta de dados foi realizada no período de 01 de setembro de 2014 a 16 de janeiro de 2015.

Páginas eletrônicas de órgãos públicos como a do Ministério público de Pernambuco, Governo do

Estado de Pernambuco, Secretaria das Cidades, entre outros, serviram como guias para fundamentar as

ideias e colher informações pertinentes à proposta da pesquisa.

6. PROJETOS PARA USO DA BICICLETA PÚBLICA NA RMR

A seguir serão apresentados dois projetos que utilizam a bicicleta como meio de transporte na

RMR, que foram implantados no ano de 2013: o Projeto Porto Leve e o Bike PE.

6.1 O PROJETO PORTO LEVE

De acordo com dados divulgados pelo Governo do Estado, o primeiro projeto de mobilidade

pública por bicicletas na capital de Pernambuco foi implantado no dia 08 de janeiro de 2013, com

investimentos de R$ 1,6 milhões. Um projeto de parceria entre a Prefeitura da Cidade do Recife, o

Parque Tecnológico Porto Digital, a empresa Sertel/Samba, o Ministério da Ciência Tecnologia e

Inovação e o Governo do Estado (PERNAMBUCO, 2013a).

Esse sistema de bicicletas públicas operava, inicialmente, com 10 estações (figura 2),

compostas por 120 pontos de fixação e 100 bicicletas especialmente fabricadas e pintadas na cor

laranja. Foram distribuídas na região central da capital, entre os bairros do Recife, Santo Amaro e

Santo Antônio.

Com foco sustentável, as estações de monitoramento das bicicletas são abastecidas por energia

solar, através de um painel montado sobre cada estação. São monitoradas por computadores, através de

redes sem fio. Um suporte em metal serve tanto para fixar as bicicletas como para passar informações

através de um painel tipo Toten, onde informações sobre o projeto, mapas e serviços são passadas em

forma de instrução para os usuários do sistema.

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Figura 2 – Estações do Projeto Porto Leve.

Fonte: Adaptado Portal Porto Leve, 2014.

6.2 O PROJETO BIKE PE

Após o êxito do Projeto Porto Leve e visando a ampliação do serviço para outras áreas da

RMR, o Governo do Estado, por meio da Secretaria das Cidades, em parceria com o Banco Itaú, a

empresa Serttel LTDA, Samba Transportes Sustentáveis LTDA, as Prefeituras de Olinda, Jaboatão dos

Guararapes e Recife, criaram o Primeiro Sistema Intermunicipal Integrado de Compartilhamento de

Bicicletas Públicas do Brasil. O sistema passou a operar em 23 de maio de 2013, com uma rede

composta por 70 estações de compartilhamento (figura 3), contendo 10 bicicletas em cada uma

(PERNAMBUCO, 2013b).

A parceria fortaleceu os esforços do programa Pedala PE, que é ligado ao Programa Estadual

de Mobilidade (PROMOB), cujo objetivo é promover, principalmente, o uso da bicicleta e a

convivência pacífica deste veículo e os demais modais de transporte como: carro, ônibus, motocicleta e

metrô. O programa está alinhado aos critérios estabelecidos no Plano Diretor de Transporte Urbano

(PDTU) e também com a Política Nacional de Mobilidade Urbana, que visa incentivar o transporte não

motorizado, a preservação do meio ambiente e a ampliação da mobilidade urbana para a população de

baixa renda, em paralelo a este programa foram feitas palestras de conscientização para motoristas

profissionais da RMR (PERNAMBUCO, 2013b).

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Figura 3 – Estações do sistema Bike PE.

Fonte: Adaptado do Portal Bike PE, 2014.

Os Projetos Bike PE e Porto Leve trouxeram uma inovação para o sistema de compartilhamento

de bicicletas: o uso do VEM (Vale Eletrônico Metropolitano), um sistema de bilhetagem eletrônica

utilizado no sistema de transporte público da RMR (figura 4). Isso faz com que o usuário do sistema

público de transporte, através do cartão eletrônico de passagens, alugue as bicicletas do projeto. Com a

união dos dois projetos de compartilhamento, o sistema completo passou a ser composto por 80

estações, totalizando 800 bicicletas a disposição da população. Todas as bicicletas do sistema possuem

apólice de seguro que prevê cobertura para o usuário caso ele venha a se acidentar ou causar danos a

terceiros (JUSBRASIL, 2014).

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Figura 4 – Cartão VEM.

Fonte: Folha de Pernambuco, 2014.

6.3 A OPERAÇÃO DOS PROJETOS

Para poder alugar uma bicicleta pública, o usuário da RMR tem 3 opções de cadastro: através

dos sites do Projeto Porto Leve ou Bike PE; por telefone, através da central de relacionamentos com o

cliente; ou, através dos aplicativos que podem ser baixados em celulares ou tablets. Para que o

cadastro seja concluído, é necessário que o cliente possua um cartão de crédito ativo. A taxa cobrada

refere-se ao uso diário, mensal ou anual do sistema.

Após realização do cadastro, o cliente deverá se deslocar para uma das 80 estações, espalhadas

pela RMR, realizar os comandos via telefone ou via aplicativo e liberar uma das bicicletas, que poderá

ser utilizada das 05:00h até às 23:00h diariamente, todos os dias da semana.

O serviço de aluguel funciona através de uma central de monitoramento, que disponibiliza as

informações pertinentes aos movimentos nas estações de forma online, passando dados sobre número

de bicicletas disponíveis por estação e vagas para a devolução das bicicletas.

O cliente poderá usar as bicicletas por intervalos de até 1 hora gratuitamente, desde que, a cada

hora, efetue um intervalo de 15 minutos devolvendo a bicicleta em qualquer estação. Caso o prazo

máximo de 1 hora seja excedido, será cobrada uma taxa de R$ 5,00 no cartão de crédito do cliente por

cada 1 hora excedida.

Caso o cliente retire a bicicleta antes do prazo de 15 minutos entre os prazos de 1 hora, também

será cobrada a mesma taxa. Caso o cliente tente devolver uma bicicleta e a estação para devolução

esteja lotada, sem nenhum ponto livre, esse deverá entrar em contato com a central e informar a

situação ocorrida. Nesse caso serão acrescidos mais 15 minutos para que o cliente se desloque para a

estação com ponto livre mais próxima.

6.4 OS RESULTADOS DOS PROJETOS

A expectativa inicial da Secretaria de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, era que o projeto

Porto Leve chegasse a 2 mil usuários, nos dois primeiros anos de operação. Mas, dois dias após a sua

inauguração, o projeto já possuía 1,5 mil pessoas cadastradas. Com um mês e meio de operação, já se

contabilizava 4.742 usuários cadastrados e mais de 5,5 mil movimentos, em apenas 10 estações

(SECTMA, 2013).

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Após a expansão do sistema, com a união dos projetos Bike PE e Porto Leve, os números se

tornaram bastante significativos. De acordo com publicação do Diário Oficial da União, em 11 de

fevereiro de 2013, o programa já chegava a marca de 57 mil usuários cadastrados, com uma média

diária de 600 viagens (JUSBRASIL, 2014).

No mês de março de 2013, este número já era de aproximadamente 70 mil cadastros e mais de

900 viagens/dia (figura 5). Com a adesão do VEM, que possibilita os usuários do sistema de transporte

público da RMR utilizarem o sistema de aluguel de bicicletas de forma gratuita, mais de 75 mil

usuários passaram a ser beneficiados. No dia 20 de julho de 2013, os números apontavam que, num

único dia, foram feitas 2.163 viagens, com 53% dessas, realizadas por usuários do VEM

(INTERJORNAL, 2014).

Mesmo apresentando resultados positivos, quanto à adesão de usuários ao sistema de bicicletas

públicas, ainda existem aspectos que ainda são limitados. Segundo dados do Grande Recife Consórcio,

cerca de 2,1 milhões de passageiros são transportados na RMR por dia, pelos modais de transporte

tradicionais como ônibus, micro-ônibus e metrô. Ao comparar esse número ao maior movimento

registrado em um único dia pelo sistema de bicicletas compartilhadas que foi de 2.163 viagens, chega-

se ao percentual aproximado de 0,1 %, sem levar em consideração parte da população que se locomove

em seus veículos particulares (PERNAMBUCO, 2014).

O sistema de compartilhamento de bicicletas públicas ainda apresenta alguns problemas

pontuais, tais como: demora para liberação das bikes via aplicativo, problemas de manutenção dos

equipamentos, falta de bicicletas nas estações nos horários de pico, problemas para a identificação do

VEM eletrônico.

7. CONCLUSÃO

É possível considerar como positiva a iniciativa dos projetos de compartilhamento de bicicletas

da RMR. Sabe-se, que é um ponto de partida não só para a melhoria da circulação e mobilidade do

trânsito, mas para o incentivo de uma melhor qualidade de vida da população.

A ideia principal desses projetos é incentivar a população a se deslocar por pequenas

distâncias, utilizando a bicicleta como modal de transporte. Além disso, os projetos fazem com que o

meio ambiente fique livre do gás carbônico e outros poluentes atmosféricos, ajudando na propagação

do conceito de sustentabilidade.

As bicicletas do programa passaram a ser uma alternativa barata para os deslocamentos da

população. No entanto, alguns aspectos precisam de atenção especial. O primeiro deles é a malha

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cicloviária. Nota-se que o sistema foi implantado sem que houvesse uma malha cicloviária capaz de

atender a demanda dos usuários. A RMR possui aproximadamente 33 km de malha cicloviária,

enquanto cidades como São Paulo e Brasília já se planejam para implantar mais de 400 km de vias

para os ciclistas.

Mas, de maneira geral, é possível afirmar que “as laranjinhas” podem ser vistas como mais

uma opção de deslocamento para os cidadãos da RMR. O que se espera é que os representantes do

governo, atual e futuro, continuem investindo em políticas públicas que possam ampliar e melhorar

esse tipo de sistema.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBANO, J. F. Bicicletas e ciclovias. Disponível em: <http://www.producao.ufrgs.br >. Acesso em:

15 jan. 2015.

BIKE PE. Programa Bike PE. Disponível em: < http:// www.bikepe.com>. Acesso em: 10 nov. 2014.

BRASIL. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Instituiu o Código Nacional de Trânsito.

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http://www.denatran.gov.br/publicacoes/>. Acesso em: 03 jan. 2015.

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