As dimensões do trabalho de inspeção escolar frente aos novos paradigmas educacionais

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29/10/2014 AS DIMENSÕES DO TRABALHO DE INSPEÇÃO ESCOLAR FRENTE AOS NOVOS PARADIGMAS EDUCACIONAIS http://www.webartigos.com/artigos/as-dimensoes-do-trabalho-de-inspecao-escolar-frente-aos-novos-paradigmas-educacionais/59349/ 1/4 Imprimir RSS Artigos Educação AS DIMENSÕES DO TRABALHO DE INSPEÇÃO ESCOLAR FRENTE AOS NOVOS PARADIGMAS EDUCACIONAIS AS DIMENSÕES DO TRABALHO DE INSPEÇÃO ESCOLAR FRENTE AOS NOVOS PARADIGMAS EDUCACIONAIS RESUMO A sociedade tem se modificado, as inovações acontecem todos os dias, constatamos então, que está nascendo uma nova educação, um novo sistema de pensar a escola e de se definir a função dos Inspetores Escolares. O objetivo desse estudo é analisar e refletir sobre a importância das dimensões do trabalho do Inspetor Escolar frente aos novos paradigmas educacionais. Este estudo conta com o aporte teórico de autores tais como que buscam relacionar o papel do Inspetor Escolar frente a este novo paradigma demonstrando que cabe a este profissional atuar de maneira inovadora e crítica frente ao processo educacional intervindo de maneira plural frente à escola contribuindo para a construção de uma escola participativa e transformadora. Palavras-chave: Inspetor Escolar; paradigmas; escola participativa. Introdução O grande desenvolvimento alcançado pelas ciências e tecnologia gerou transformações em toda a sociedade e, na educação, evidentemente. Uma das consequências desse avanço é mais conhecimento, fazendo com que a sociedade hoje seja caracterizada como a sociedade da informação. Segundo aponta Alarcão (2001, p. 47): A sociedade, neste início de século, tem vivido transformações em ritmo acelerado, atingindo também a educação e demais ciências em evolução. Transformou-se a idéia que se tinha de conhecimento, de criança, de escola, de métodos. Tudo precisou evoluir, procurando acompanhar este movimento, este novo ritmo de vida. Diante dessa característica da nova sociedade emerge o papel fundamental da educação que é contribuir na formação de cidadãos atuantes, críticos, participativos frente a esta nova sociedade. Assim novos paradigmas vão sendo criados com o objetivo de transformar a educação num instrumento de democratização social, que possa inserir socialmente todas as camadas da sociedade. Neste contexto encontra-se o profissional da educação cujo papel deve estar voltado a inserir-se a estas mudanças, e para tal necessita rever seu papel, sua função na sociedade e principalmente sua prática pedagógica. Os novos paradigmas da educação exige um novo perfil de educador, ele deverá trabalhar em consonância com a nova realidade que desponta em sua frente, principalmente em relação às próprias mudanças existentes na sociedade globalizada. Ele não mais poderá deixar de enfrentar as mudanças culturais, comportamentais, sociais e principalmente tecnológicas que aí estão. O professor precisa estar preparado para experimentar outras linguagens e novos modos de aprendizagem, se dispondo a exercitar outras capacidades cognitivas, construindo conhecimento coletivamente.. A escola atual necessita que o professor reveja suas metodologias e passe a trabalhar de forma que o aluno possa construir seu próprio conhecimento e este por sua vez deve ter utilidade prática e significativa na vida Mais comentados Mais lidos Sobre este autor(a) Dorileia Coelho Couto Formada em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Caratinga, Pós-Graduada em supervisão Escolar, Psicopedagogia e Orientação Educacional (1) artigos publicados Membro desde fevereiro de 2011 Facebook Sistema Reprodutor Masculino e Feminino O preconceito contra o nordestino no Sul e Sudeste do Brasil A História de Luan Santana Curso de Petróleo e gás é perda de tempo e dinheiro FAMÍLIA CORREIA OU CORRÊA Resumo de ''Pedagogia do Oprimido'' Aposentadoria por Invalidez de Servidor Público Fatos, Atos e Negócios Jurídicos A ANTROPOLOGIA E SUA IMPORTANCIA PARA O SERVIÇO SOCIAL Resumo Do Filme ? O Dia Depois De Amanhã Informativo Webartigos.com Receba novidades do webartigos.com em seu e-mail. Cadastre-se abaixo: Nome: Publicado em 16 de fevereiro de 2011 em Educação Questões de Concursos Teste Seus Conhecimentos com Questões Online. É Grátis! Acessar conta: E-mail ••••• Esqueceu a senha? Criar conta e publicar artigo!

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Artigos Educação AS DIMENSÕES DO TRABALHO DE INSPEÇÃO ESCOLAR FRENTE AOS NOVOS PARADIGMAS EDUCACIONAIS

AS DIMENSÕES DO TRABALHO DE INSPEÇÃO ESCOLARFRENTE AOS NOVOS PARADIGMAS EDUCACIONAIS

RESUMO

A sociedade tem se modificado, as inovações acontecem todos os dias, constatamos então, que estánascendo uma nova educação, um novo sistema de pensar a escola e de se definir a função dos InspetoresEscolares. O objetivo desse estudo é analisar e refletir sobre a importância das dimensões do trabalho doInspetor Escolar frente aos novos paradigmas educacionais. Este estudo conta com o aporte teórico deautores tais como que buscam relacionar o papel do Inspetor Escolar frente a este novo paradigmademonstrando que cabe a este profissional atuar de maneira inovadora e crítica frente ao processoeducacional intervindo de maneira plural frente à escola contribuindo para a construção de uma escolaparticipativa e transformadora.

Palavras-chave: Inspetor Escolar; paradigmas; escola participativa.

Introdução

O grande desenvolvimento alcançado pelas ciências e tecnologia gerou transformações em toda asociedade e, na educação, evidentemente. Uma das consequências desse avanço é mais conhecimento,fazendo com que a sociedade hoje seja caracterizada como a sociedade da informação.Segundo aponta Alarcão (2001, p. 47):

A sociedade, neste início de século, tem vivido transformações em ritmo acelerado, atingindo também aeducação e demais ciências em evolução. Transformou-se a idéia que se tinha de conhecimento, decriança, de escola, de métodos. Tudo precisou evoluir, procurando acompanhar este movimento, este novoritmo de vida.

Diante dessa característica da nova sociedade emerge o papel fundamental da educação que é contribuir naformação de cidadãos atuantes, críticos, participativos frente a esta nova sociedade.Assim novos paradigmas vão sendo criados com o objetivo de transformar a educação num instrumento dedemocratização social, que possa inserir socialmente todas as camadas da sociedade.Neste contexto encontra-se o profissional da educação cujo papel deve estar voltado a inserir-se a estasmudanças, e para tal necessita rever seu papel, sua função na sociedade e principalmente sua práticapedagógica. Os novos paradigmas da educação exige um novo perfil de educador, ele deverá trabalhar em consonânciacom a nova realidade que desponta em sua frente, principalmente em relação às próprias mudançasexistentes na sociedade globalizada. Ele não mais poderá deixar de enfrentar as mudanças culturais,comportamentais, sociais e principalmente tecnológicas que aí estão.O professor precisa estar preparado para experimentar outras linguagens e novos modos de aprendizagem,se dispondo a exercitar outras capacidades cognitivas, construindo conhecimento coletivamente.. A escola atual necessita que o professor reveja suas metodologias e passe a trabalhar de forma que o alunopossa construir seu próprio conhecimento e este por sua vez deve ter utilidade prática e significativa na vida

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Dorileia Coelho Couto

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do aluno.O professor por sua vez, deverá respeitar a maturidade dos alunos, e a etapa de desenvolvimento que oaluno se encontra. Através da interação com outros colegas acredita-se que os alunos com maisdificuldades possam progredir. Através da troca e das relações surgidas no grupo o educando tem apossibilidade de ampliar seu conhecimento, levantar hipóteses e buscar respostas para suas questões.Assim a escola deverá transformar a sala de aula num espaço de convivências de alunos, de pluralidadecultural, de manifestações culturais e sociais diversas, sem ignorar a realidade do educando respeitando osestilos e biorritmos de cada aluno.Isto só será possível através de currículos apropriados, modificações organizacionais, estratégias deensino, recursos e parcerias com a comunidade, exigindo das escolas atualização e reestruturação dascondições atuais, para que o ensino se modernize e para que os professores e especialistas seaperfeiçoem, adequando as ações pedagógicas à diversidade dos aprendizes.Para Alonso (2003, p. 124):

A escola ideal para o momento atual é aquela que visa uma proposta educacional que ensine a todos osalunos dando-lhes oportunidades igualitárias e valorizando a diversidade buscando conhecer as propostaseducacionais que estão surgindo e analisando os paradigmas e princípios que as orientam e como ocorresua implantação, identificando se estão caminhando na direção da melhoria da educação para todos osalunos e diminuindo as estruturas excludentes do sistema educacional.

Além de uma formação continuada sólida, que rompa com as práticas tradicionais, posturas discriminatóriase com os métodos mecanizados e repetitivos que fortalecem a repetição do conhecimento por parte doaluno, além do desenvolvimento de ações conjuntas com os demais profissionais da escola.Desta forma o objetivo do Inspetor Escolar é repensar sua prática frente aos novos paradigmas buscandoevidenciar a necessidade de sua prática pedagógica e como ele pode contribuir para a modificação daspráticas tradicionais no contexto escolar.Diante deste quadro a pesquisa justifica-se a partir do momento que refletir sobre o papel do InspetorEscolar frente aos novos paradigmas educacionais e como ele pode utilizar sua prática no sentido de inovaro sistema educativo sintonizando-o às mudanças sociais.

Desenvolvimento

É inegável que a sociedade vem se modificando e que as inovações se fazem necessárias, e a escola nãopode se isentar destas mudanças. Ela precisa se manter conectada às mudanças procurando acompanhá-las mostrando ao aluno que ele também precisa estar em sintonia com as evoluções ocorridas sabendoutilizá-las da melhor forma possível.Hoje, a relação professor, aluno, escola, conteúdo mudou muito. O conteúdo, que antes era consideradoprioritário, abre espaço para a importância da relação professor/aluno, o respeito e a aceitação plena destecomo pessoa, a vivência democrática e o apoio total ao desenvolvimento livre e pleno do educando.Após a década de 60, os acontecimentos do mundo, do país e do Estado se aceleraram em tal ordem ecom tamanho grau de intensidade, que nossas convicções têm sido colocadas em dúvida. O modelo desociedade estável e conservadora que imperou até então já não consegue ser explicado no turbilhão deacontecimentos sociais econômicos, culturais e tecnológicos que se precipitaram.A cultura autoritária determinou princípios e normas de convivência social que não se enquadram nasexigências do presente, nem oferecem diretrizes. Nosso mundo está em permanente reconstrução, àscertezas do passado parecem superadas, perderam-se no caminho. É necessário rever os rumos, na busca,não de uma direção, mas de muitas que se abrem à nossa frente.Como o mundo está em constante transformação, é necessário que os professores e especialistas daeducação atualizem e introduzam novas abordagens, metodologias e práticas no ensino de forma crítica ecriativa.A rapidez com que se dá a produção de novos conhecimentos impõe novas demandas para a escola. Maisdo que nunca, o aluno precisa ser preparado para conviver com a provisoriedade do conhecimento, com asincertezas, com os imprevistos, para saber usar as novas tecnologias, as novas linguagens e se adaptar àsnovas exigências.As recentes mudanças na conjuntura mundial, com a globalização da economia, com a informatização dosmeios de produção, reduziram o emprego. O mercado de trabalho tornou-se mais complexo e seletivo,exigindo uma mão de obra altamente qualificada, que precisa ser garantida pela educação.De acordo com Caniato (2007) se a educação nesta perspectiva, não conseguir estimular o aluno a seengajar na luta por amplas transformações sociais, pelo menos, ele vai adquirir os instrumentos necessáriospara que possa ter uma participação mais efetiva na vida da escola, de seu bairro, de seu município. Essaeducação ainda lhe proporcionará condições de compreender as verdadeiras contradições desse modelo desociedade, seus conflitos e a dialética da exploração e do explorado.Para a abordagem do fazer da Inspeção Escolar, é necessário refletirmos sobre o papel que se presta aescola frente ao seu trabalho. Sabemos que a escola vem acompanhando, na medida do possível, asdiversas tendências, que variam conforme o contexto socioeconômico, político, cultural de cada época.Ao receber influências de princípios e ideias presentes em concepções pedagógicas, em determinadosmomentos históricos da educação brasileira, a escola desempenhou um papel diferente, de redentora,capaz de pretensamente produzir a mudança social, até o de oportunizadora de relações sociais para trocade saberes, voltados para a participação ativa e organizada na democratização da sociedade, contribuindo,assim, para o desempenho do papel de cidadão.Tavares e Escott (2005) diz que:

Em cada momento, a escola sempre buscou acompanhar os cenários sociais da época. Apesar de bemintencionada, na teoria, na prática o alcance dos objetivos quase sempre foi muito tímido; sabe-se que, atéentão, pouca intenção saiu do papel para se reverter em ações concretas.

O caminhar é lento, mas o pouco que se tem deve-se muito à postura de alguns educadores, voltada para o

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ver, julgar, agir, pontos-chave do fazer pedagógico do educador em geral.O ver, o julgar e o agir podem dar sustentação no enfrentamento de desafios da prática pedagógica, taiscomo; saber ouvir, conquistar seu espaço (poder de direito e de fato); ampliar as possibilidades de ação dogrupo; fazer uso da liderança diagnóstica e situacional que planeja, articula e avalia; promover açõesencadeadas e envolver a todos no respectivo processo de estimular, facilitar e articular relações sociaisversus contexto buscando a coerência entre o que se propõe com o que se faz. (MEDINA, 2005)Desta forma o Inspetor Escolar deve considerar os pilares da educação, ressaltados na comissãoInternacional sobre educação para o século XXI, que são: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender aconviver.Ainda retomando aos desafios presentes na prática pedagógica, vale lembrar que o Inspetor Escolar develembrar que o Inspetor Pedagógico deve criar espaços que favoreçam novas relações no interior dainstituição escolar para que alunos, pais, professores e funcionários tornem-se um coletivo capaz deconstruir uma escola onde saberes estejam voltados para as aprendizagens do aluno e sua formação comocidadão comprometido com a formação da sociedade. (TAVARES e ESCOTT, 2005).Deve também, lidar com espaços de confrontos e discussões que permitirão o conhecimento dos diferentesolhares e concepções de homem e educação que permeiam as relações, o fazer e o conhecimento dasenvolvidas na escola.Mas, além dos constantes desafios da prática pedagógica o inspetor também se depara com diversasdificuldades, dentre elas: habilidade para sugerir e produzir, trabalhar causas e não efeitos, trabalhar comparadigmas para serem recriados e não imitados; estimular pensamentos transformadores e nãorepetidores; mudar posturas frente aos conteúdos; articular informações e ações, enfrentar condiçõesprecárias de trabalho.Constata-se que no meio educativo que muitas vezes raciocina-se mais com os sentimentos do que sepercebe, pois os sentimentos quase sempre dão colorido aos fatos.Em outras palavras, poder-se-ia dizer que a percepção necessita de certa neutralidade, imparcialidade,diante da análise da situação, para uma tomada de decisão coerente.Essas posturas constituem-se em pilares da dinâmica das relações sociais, sinalizando ao sujeito, num viade mão dupla, pontos de partida e pontos de chegada, ou seja, possibilitando não só a autoconstrução dosujeito e da realidade que o cerca, mas também a sua transformação.A ação de liderança é também um aspecto fundamental no fazer do Inspetor Escolar, para realizar asmudanças esperadas para o século XXI, cujo cenário apresenta um mundo mais interdependente, com maiscompetição em nível internacional, uma sociedade mais pluralista, democrática e participativa, cominstituições mais flexíveis e generalistas, com fortes habilidades não cognitivas como: capacidade crítico-criativa, de negociação, motivação e liderança, sem detrimento de conhecimentos e habilidades técnicas eadministrativas, com postura antecipativa e alto poder de realização, mais participativo, consciente dadimensão humanística da administração. (BERGAMINI, 1997).Para Medina (2005, p. 75):

Ao inspetor cabe a segurança de que o público continue público, ao invés de se tornar o feudo privativo deinescrupulosos. Deve estar presente para dar suporte à autonomia, mas impedindo a soberania. Nessesentido, cabe a ele encontrar, no emaranhado legal, os caminhos caminháveis, as alternativas possíveispara conciliar o desejável, para garantia da qualidade do ensino, para a melhoria das condições de trabalhode alunos e professores, para tornar fértil a leira pedagógica, sem ferir as normas e dispositivos legais.

Portanto, reflexões continuadas e permanentes sobre o papel a que se presta a escola; as tendênciassocioeconômicas, políticas, culturais dos cenários sociais, a postura dos educadores de modo geral; osdesafios enfrentados na prática pedagógica; as constatações que se tem do meio educativo e a ação deliderança dos agentes educativos, principalmente do inspetor, tudo isso pode revitalizar a dúvida, o debate,o desafio e a capacidade de renovação permanente não só do inspetor, mas de todos os fazerespedagógicos daqueles que são realmente educadores.O papel do Inspetor Escolar será de articulação e integração, contribuindo para recolocar a visão detotalidade no tratamento que será dado ao conhecimento, no currículo escolar. Somente quando o inspetorfor educador, será capaz de compreender o sentido dessa totalidade e ajudar a escola a escola na criação edesenvolvimento de projetos pedagógicos que a viabilizem o trabalho integrador em que a escola deverá seempenhar, com a participação de todos os seus profissionais.O desafio exige uma revisão do papel do Inspetor Escolar, transformando-se em mediador da realidadeconcreta da sociedade e as mudanças da escola, para atender às exigências da contemporaneidade. Comoeducador, deve empreender a mobilização dos professores e funcionários, estimulando a organização deencontros, seminários, cursos e projetos de longo alcance, no papel de articulador da totalidade da escola, omaior desafio do inspetor é repensar novas formas de aperfeiçoamento. O novo estilo implica mobilizações,motivações e aprofundamento de conteúdos e matrizes de análises.Cabe a Inspeção Escolar questionar o processo pedagógico, a prática da avaliação, a prática darecuperação na escola, para que as soluções possam ser encontradas em conjunto.Hoje não cabe mais ao Inspetor o papel de ir a escola para prescrever, mas para traduzir, explicar,interpretar e reinterpretar as determinações, avaliar o seu impacto na vida da escola e discutir como cumprire acompanhar a aplicação da norma, levando em conta a realidade da escola. As normas que disciplinam aorganização e funcionamento da escola deveriam ser básicas, simples e objetivas. Enfim, cabe a Inspeção Escolar a tarefa de contribuir na preparação dos educandos para a vida social nosseu sentido abrangente, compreendendo esta abrangência como participação nas mudanças da sociedade,daí a necessidade da sua postura estar voltado para o equilíbrio emocional, bom senso, objetividade,imparcialidade, criatividade, responsabilidade e principalmente organização e método, colocando seu relatode forma que possa ser compreendido e usado pelo grupo, procurando traçar sempre uma ponte entre teoriae prática.

Conclusão

A tarefa de construir uma nova escola é trabalho coletivo. Lembramos que o coletivo não significa fazeremtodos a mesma coisa, mas identificar as competências específicas e utilizá-las em busca de objetivoscomuns.

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O mundo vem passando por grandes transformações e nesta aldeia global necessitamos de cidadãosversáteis, criativos e competentes, e para tal devemos contar com uma educação moderna de qualidade,apoiada na competência científica e política. Educação de qualidade passa necessariamente, pelo pedagógico, pelo compromisso, participação eenvolvimento de todos: governo, sociedade, comunidade, pais, professores e especialistas.Ao Inspetor Escolar viabiliza-se o papel de viabilizar trocas de experiências e informações, bem comodinamizar a relação entre pais, alunos, e comunidades escolar com vistas ao bom êxito do processo ensino-aprendizagem no todo da instituição educativa. Certamente, este deve estar atento aos princípios e valorescom olhar na sua prática como tarefa primeira, dando primazia a posturas que privilegiem a ética, enquantoprofissional da educação.O Inspetor Escolar, sob o impacto de novas tecnologias, deverá buscar novo estilo organizacional deacordo com as novas formas de pensamento e estilos pedagógicos e administrativos adequados à novarealidade. Vinculada à visão do futuro deve estar à capacidade deste pedagogo em distinguir nitidamenteentre a realidade e a possibilidade, dando aos seus atos uma significação junto ao compromisso político.Assim como o mundo ético e político estão em permanente evolução, a imagem simbólica na educaçãopoderá abrir espaço para o possível mundo, contrapondo-se, sobremaneira, ao conformismo e à submissãonas ações deste novo profissional.

Bibliografia

ALONSO, Myrtes. A Inspeção e o desenvolvimento profissional do professor. 4. ed. São Paulo: Cortez,2003.

ALARCÂO, Isabel. Escola reflexiva e nova racionalidade. Porto Alegre: Artmed, 2001.BERGAMINI, Cecília W. Motivação nas Organizações. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997.

CIANATO, Rodolfo. Consciência na educação. Campinas: Papirus, 2005.MEDINA, Antônia da Silva. Supervisão Escolar: da ação exercida à ação repensada. Porto Alegre:EDIPUCRS, 2005.

TAVARES, Ana Cristina Rodrigues; ESCOTT, Clarice Monteiro. A construção da escola de qualidade ? umareflexão sobre o papel do especialista em educação. Série Interinstitucional, UCEPEL, 2007.

Revisado por Editor do Webartigos.com

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