As Idades da Cidade

44
1

description

 

Transcript of As Idades da Cidade

Page 1: As Idades da Cidade

1

Page 2: As Idades da Cidade

2

Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa Professora Maria João Neto História da Arte Contemporânea DES 1B Design 1º Ano – 1º Semestre 2013/2014 Responsáveis pela exposição: Catarina Batista da Costa 20130110 Constança Mello 20130485 Inês Barroso Ribeiro 20130515 Lara Esteves 20130123 Sofia Cruz 20130301

Page 3: As Idades da Cidade

3

As Idades da Cidade são um conjunto de elementos que representam a evolução da cidade, o seu crescimento e aquilo que foi passando ao longo do tempo, até se tornar o que é no presente. Estão visíveis nas diferentes zonas de cada uma e esse é o objectivo desta exposição: mostrar as várias faces que cada cidade pode ter. Cada cidade tem o seu lado antigo, tradicional, acolhedor e também o moderno, simples, agitado. Há a zona urbana, jovem, artística e a zona nocturna, animada. Existem áreas degradadas, descuidadas, mas também outras culturais, que dão gosto de observar. É todo esse conjunto que representa a evolução da cidade, o seu crescimento e aquilo por que foi passando ao longo do tempo, sendo que todas as cidades têm as suas próprias “marcas de vida”. As zonas antigas das cidades são normalmente bastante peculiares e habitadas por pessoas mais idosas. É também, normalmente, onde se sente mais presente a alma da cidade. O facto destas zonas serem antigas não quer dizer que estejam destruídas ou degradadas, muitas foram já reconstruídas (não deixando, no entanto, de ter o seu ar tradicional) e são cada vez mais apelativas, não só aos jovens como também aos turistas. A nossa exposição está dividida em 6 salas, cada uma com um subtema diferente. No entanto, é possível encontrar numa sala marcas de um subtema de outra. Isso mostra que todos os subtemas presentes estão ligados entre si e formam um todo: a cidade. Aqui, falamos de formas de ver e de entender a cidade que são diferentes, mas igualmente importantes. É isso que queremos com esta exposição, mostrar uma cidade que não é apenas a nossa cidade de Lisboa mas que pode ser qualquer uma do mundo, porque todas têm luz natural e artificial, todas têm expressões de arte urbana, mesmo que escondida, todas têm, infelizmente, destruição e todas têm a sua própria alma.

Page 4: As Idades da Cidade

4

Page 5: As Idades da Cidade

5

Carpe Diem – Arte e Pesquisa Para exibir a exposição “As idades da Cidade” escolhemos uma plataforma de experimentação, pesquisa e estudos no âmbito da arte contemporânea, que foi criada em 2009. É uma instituição independente e sem fins lucrativos, que tem como objectivo proporcionar uma rede de troca entre teóricos, estudantes, criadores produtores e o público. O Carpe Diem situa-se no Palácio Pombal, actualmente propriedade da Câmara Municipal de Lisboa, e foi habitado, em tempos, por Marquês de Pombal. Este palácio é um edifício seiscentista de estilo chão. O seu exterior encontra-se conservado mas o seu interior foi remodelado ao estilo rococó. As obras estão expostas, na sua maioria, na parte nobre do palácio, dividida por salas com diferentes decorações. As divisões que se destacam são o salão azul, com o seu alizar de azulejos do séc. XVIII, as sala de jogo, com o alizar de azulejos amarelo, beringela, verde e azul típicos, o salão de festas, com o tecto decorado em estuque em tons de ocre, azul e branco e o salão vermelho, com o tecto com decoração em estuque branco sobre fundo cor de vinho. Escolhemos este local porque é um espaço interessante e diferente dos típicos locais onde se realizam exposições. O espaço suscita o interesse do público pela sua arquitectura e pela sua decoração rococó e cada subtema está exposto na sala em que pensamos que as obras se enquadram melhor. O Palácio Pombal representa, de certa maneira, as “idades da cidade” visto que é um palácio seiscentista, ou seja, representa uma época passada da cidade de Lisboa e agora está remodelado e está a ser utilizado numa nova idade da cidade.

Page 6: As Idades da Cidade

6

Page 7: As Idades da Cidade

7

Percurso da Exposição

Ao entrar no Carpe Diem, convidamos todos os curiosos e amantes da arte a conhecer melhor uma cidade, as suas idades, das suas formas e condições. Piso 1 A exposição “As Idades da Cidade” começa no 1º piso com a sala sobre as águas da cidade porque a água é fonte de vida e a vida teve início na água. Assim, decidimos coincidir o início da nossa exposição com o início da Vida. Alguns passos à frente, entramos na sala “As Luzes da Cidade” seguida da sala “A Cidade da Luz”. Estas duas salas encontram-se propositadamente seguidas para poder proporcionar aos nossos visitantes sois pontos de vista acerca da Luz e o que significa para uma cidade. Assim termina a visita pelo piso 1. Piso -1 Os visitantes devem encaminhar-se pelas escadas até ao piso -1. A sala mais degradada do Carpe Diem acolhe então o tema “A Destruição da Cidade” em forma de representação da degradação urbana, sendo a sala uma obra de arte também. Seguidamente, os visitantes são convidados a sair para o jardim onde se deparam com a “Arte Urbana” inserida num ambiente natural. De volta ao edifício, a última sala da exposição representa a “Alma da Cidade”. Aqui está representado o coração da cidade, a sua identidade. Tudo aquilo que a longo prazo recordamos e nos envolve de corpo e alma.

Page 8: As Idades da Cidade

8

A Cidade da Luz Cada cidade tem uma luz, a sua luz própria, o seu brilho, algo que a caracteriza e a diferencia de todas as outras. A luz não é apenas a luz do sol que ilumina as cidades, mas tudo o que a caracteriza e que se destaca como sendo próprio da mesma. É o que vemos mesmo sem querer ver e que cria o ambiente típico e característico desse lugar. Nesta sala, queremos mostrar uma cidade luminosa, com cor e vivacidade onde o sol é a fonte de vida que a ilumina. “Genoese fortress” Konstantin Bogaevsky (1872-1943) 1907 Pintura a o leo sobre tela The Perm state art gallery, Perm, Russia Pintor russo, reconhecido principalmente pelas suas paisagens simbolistas.

Page 9: As Idades da Cidade

9

“Sunrise” Ivan Aivazovsky (1817-1900) Lisboa 1860

“Berliner Himmel” Helge Windisch Pintura a o leo sobre tela Cologne, Germany Diplom Designer (FH Düsseldorf) 1990-95 Ecole d'Art Marseille Luminy, 1993, France Ar.Co Lisboa, 1988, Portugal

“Old town II” Wassily Kandinsky 1902 Pintura a o leo sobre tela 52 x 78.5 cm Muse e National d'Art Moderne, Centre Georges Pompidou, Paris, France

Page 10: As Idades da Cidade

10

Anton Repponen (Designer e Fotógrafo) Fuji X100 2013

“Palazzo Labia” Veneza John Singer Sargent (1856-1925) 1913 Óleo sobre tela Colecção privada

“Above the Town” Marc Chagall 1918 Óleo sobre tela 45 x 56 cm Tretyakov Gallery, Moscow

Page 11: As Idades da Cidade

11

“Summer in Belgrade” Dusan Djukaric Aguarela 38 x 28 cm Colecção particular

“Notre Dame de Paris” Pablo Picasso (1881-1973) 25-10-1954 56 x 64 cm

“Procissão em Veneza” Nadir Afonso (1920-2013)

2002

Page 12: As Idades da Cidade

12

As Águas da Cidade

A água tem uma grande influência para a cidade pois é fonte de

vida e esperança. Uma cidade pode ter lagoas, lagos, riachos e ser banhada pela

água do rio ou do mar. O rio liga a cidade às terras vizinhas enquanto que o mar a liga ao mundo. É esta água que nos leva ou separa do desconhecido.

No verão, é também a água que refresca a cidade e a torna amena. Sem rio ou mar, a cidade seria quente e seca.

Com o Inverno, em algumas cidades, vêm as chuvas, as tempestades e a neve.

“Balaklava. View of the city and the bay.” Pyotr Konchalovsky 1929 Pintura a aguarela sobre papel 36.2 x 54 cm

“City Point Bridge” Maurice Prendergast 1897 Pintura a aguarela sobre papel 48.58 x 38.74 cm Coleca o privada

Page 13: As Idades da Cidade

13

“Geneva View of Part of the City” Camille Corot 1835 Pintura a o leo sobre tela Philadelphia Museum of Art Philadelphia, USA

“A sunday on La Grande Jatte” Georges Seurat 1884 2.08 m x 3.

“Sentimental Journey” Nobuyoshi Araki

Fotógrafo contemporâneo japonês que retrata muitas vezes a natureza mais íntima da mulher, podendo o seu trabalho ser considerado chocante.

Page 14: As Idades da Cidade

14

“Larmes” Christophe Jacrot

Fotógrafo que sublima as tempestades nas suas obras desde 2006. “Gosto da maneira como a chuva e a neve despertam um sentimento de romanticismo dentro de mim”. Aquilo que pode ser visto como triste e sombrio, para Christophe traz uma nova beleza: é nas poças das ruas e nas gotas de água que vemos nos vidros que a encontra.

“Rio della salute” Claude Monet 1908 Óleo sobre Tela 100,2 x 65,2 cm Domínio Público

Page 15: As Idades da Cidade

15

“Rooms by the sea” Edward Hooper (1882-1967) 1951 Óleo sobre tela 101.98 x 73.66 cm Colecção Privada

“Grand Canal from Palazzo Flangini” Canaletto(1697 - 1768) 1738 Oleo sobre tela 124.5 x 204.6 cm Domínio publico

“Le Bistro” Edward Hopper 1909 Óleo sobre madeira 88.3 x 76.2 cm Colecção privada

Page 16: As Idades da Cidade

16

Arte Urbana

A arte urbana veio sinalizar uma nova idade da cidade. Surgiu do aparecimento de uma mentalidade mais aberta que se exprime nas ruas aos olhos de toda a gente. Tanto aparece para dar vida a cidades sem

cor como também em forma de crítica social. Num mundo em que ninguém pára, a arte urbana funciona como uma chamada de atenção

para os pequenos pormenores.

“Waiting in vain at the door of the club” Hell's Kitchen Bansky 24-10-2013

“The street is in play” Manhattan Bansky 1-10-2013

Colorful Eyes Ever Spain

Page 17: As Idades da Cidade

17

“Rise Above-Life Is Beautiful Festival” Vhils 2013 Las Vegas, USA

David Zinn Giz e carvão Michigan, USA

David Zinn é ilustrador, designer e artista urbano. A sua arte urbana é temporária e é feita com giz, carvão vegetal e objectos encontrados. Todas estas suas obras são improvisadas no local.

Page 18: As Idades da Cidade

18

“Our Homelands in our minds” Know Hope

“The Larger I Make This the Less the Content Matters” Mobstr

“Affichages” OX 2005 Bagnolet, França

Page 19: As Idades da Cidade

19

Pixel Pancho Parque das Nações, Lisboa 2013

Pixel Pancho é um artista italiano especialista em grandes murais. Nas suas obras, são representadas criaturas robóticas em diversos contextos, sendo habitualmente usadas cores terrosas para expressar um sentimento mais antigo.

“Folk on the street” Natalie Rak Polónia

“Loving” Retna 2012 Nova Iorque

Page 20: As Idades da Cidade

20

Vhils Hell's Half Acre 2012 Vhils Rio de Janeiro, Brasil Londres

“Squiggly Figures building” Suso33 Madrid 2013

Suso 33 vive em Madrid, é um percursor do grafite iconográfico e, actualmente, está a trabalhar num projecto chamado "Pintura Escenica en Acción", em que são usadas diversas formas de arte para transmitir conceitos globais de comunicção via performance.

Page 21: As Idades da Cidade

21

“Sambhavna” Swoon

“The Adventures of Tintin” Georgios Oreopoulos e David Vandegeerde July 2005 Rue de l'Étuve 33, Bruxelas, Bélgica

“Annunciazione” Zilda Nápoles, Itália

Page 22: As Idades da Cidade

22

A destruição da cidade

A todo o momento somos confrontados com cenários que são a repercussão de factores externos e de hábitos e acções - muitas vezes pouco ponderados - característicos da vida quotidiana nas cidades, no mundo e em sociedade. É nesses cenários que iremos enquadrar a temática apresentada nesta sala: a destruição da cidade. São inúmeras as obras expostas neste espaço. Estas comprovam que, para além do lado harmonioso e bonito das cidades, também existe um lado nefasto. Alguns dos factores explicativos que podem estar na origem desta problemática prendem-se não só com actos humanos, como também com forças da natureza. Aqui, corre-se o risco de ficar de coração tocado. Pedaços de guerra, destruição e degradação podem tornar esta sala bem mais pesada do que as outras, tendo até mesmo retratos mais reais e impressionantes. Não se tratam de obras leves e claras, mas sim de obras escuras e tristes. Nesta sala, pode-se ainda encontrar em cada obra um motivo para enfrentar o mundo com outros olhos. Olhos de quem vê a destruição representada em obras de arte, mas de quem não a vive na pele.

“Destruction of the Ghetto, Kiev” Abraham Manievich 1919 Pintura a o leo sobre tela 179.4 x 183.2 cm The Jewish Museum, NewYork

Page 23: As Idades da Cidade

23

“Destruction of the Temple ofJerusalem” Francesco Hayez Pintura a o leo sobre tela 82 x 183 cm Gallerie dell'Accademia, Venice, Italy

“An episode from the Civil War. The battle in the village.” Ivan Vladimirov 1920 Pintura a o leo sobre tela 50.8 x 40.6 cm

“Battle of Kearsage and Alabama” Edouard Manet (1832-1883) 1864 Óleo sobre tela 145 x 130 cm Paris Philadelphia Museum of Art Philadelphia, PA, USA

Page 24: As Idades da Cidade

24

Smoke rises after an Israeli forces strike in Gaza City Fotografia Bernat Armangue Worlds Press Photo 2013

3D Painting Gerry Judah 2009

Japan After the wave Daniel Berehulak Fotografia World Press Photo 2013

Daniel Berehulak nasceu em 1975. Estudou História na University of New South Wales e é um fotógrafo de Nova Délhi, para a Getty Images News Service.

Page 25: As Idades da Cidade

25

“Guernica” Pablo Picasso (1881-1973) 1937 Óleo sobre Tela 349 cm × 776 cm

“Stalingrad” Fernand Leger (1881 1955) 32.5 x 50.5 cm Musee National Fernand Leger

“The Greeks leave after Fire of Troy” Theodoor van Thulden (1606-1669)

Page 26: As Idades da Cidade

26

“The return from the Petroff Palace” Vasily Vereshchagin (1842-1904) 1895 Óleo sobre tela Historical Museum - Moscovo, Russia

Haiti Aftermath Riccardo Venturi 600 x 450 cm 2011 World Press Photo

Riccardo Venturi nasceu em Roma, em 1966. Estudou no Istituto Superiore di Fotografía, em Roma, e é um fotojornalista.

Page 27: As Idades da Cidade

27

As luzes da cidade Cada cidade tem a sua própria cor, o seu próprio ruído, o seu próprio ritmo e a sua própria luz. Na maior parte do tempo, é a tão apreciada luz do sol que ilumina, que aquece, que dá brilho a cada dia. No entanto, são as luzes que surgem no escuro da noite que captam maior atenção (mesmo sendo, por vezes, apenas pequenos pontos que se avistam ao longe). Luzes artificiais, de prédios, de candeeiros. Luzes de lojas, de carros, de semáforos. Luzes brancas, luzes de cores, luzes intermitentes. A luz da lua e a luz das estrelas. Luzes que desafiam o escuro e o tornam mais claro. Talvez seja por isso que as luzes mais admiradas são as que surgem à noite: desvendam o caminho que não seria visível se estivesse completamente escuro. Se não houvesse luz produzida pela cidade.

“Four Cities Suite, Los Angeles” Hiro Yamagata PopArt 1983

Hiro Yamagata, nasceu em 1948, na cidade de Maibara, na província de Shiga, Japão. É um pintor/artista, com sede em Los Angeles, Califórnia.

“Cafe Terrace, Place du Forum, Arles” Vincent van Gogh 1888 Pintura a o leo sobre tela 81 x 65.5 cm Rijksmuseum Kroller-Muller, Otterlo, Netherland

Page 28: As Idades da Cidade

28

“The Bridge Nocturne aka Nocturne Queensboro Bridge” Julian Alden Weir 1910 Pintura a o leo sobre tela 73.7 x 100.4 cm Hirshhorn Museum and Sculpture Garden, Washington, DC, USA

Julian Alden Weir (1852 - 1919) foi um pintor impressionista americano e membro da Cos Cob Art Colony perto de Greenwich, Connecticut.

“Paitting l´attente” Antoine Renault Acrilico

“Mirrored Reflections” Alexandra Pacula 2013

Page 29: As Idades da Cidade

29

“Construction #3” Jeremy Mann 1979 Óleo sobre painel Principle Gallery Alexandria, VA

“Electric Mountains” Thomas Kneubuhler Quebec 2009 Thomas Kneubühler nasceu na Suiça mas, actualmente, vive em Montreal, no Canadá. Sobre este projeto: “Quando vim pela primeira vez ao Canadá, lembro-me de estar na auto-estrada a passar por uma montanha cheia de luzes. Pareceu-me uma paisagem surreal, quase como uma instalação ou um projecto land-art… fiquei estupefacto”.

Page 30: As Idades da Cidade

30

“Paris miting point arc do triomphie” Yuriy Shevchuck Acrilico sobre tela 70 x 50 cm

Yuriy Shevchuck nasceu em 1961 em Kiev, na Ucrânia. Frequentou a Escola de Arte de Kiev e, posteriormente, a prestigiada Academia de arquitectura de Kiev.

“Subject and Object” Joseph Kosuth 1966 Cool white neon mounted directly on the wall Spruth Magers, Berlim, Alemanha

Page 31: As Idades da Cidade

31

“Fluide City” Jean Francois Dupuis

“Couple riding” Kandinsky (1896-1944) 1906 Óleo sobre tela 55 x 50.5 cm Galeria Städtische Galerie im Lenbachhaus, Munich, Alemanha

“The weather project” Olafur Eliasson 26,7 m x 22,3 m x 155,4 m Installation in Turbine Hall, Tate Modern, London, 2003

Page 32: As Idades da Cidade

32

Night Views Floriane de Lassée

Artista francesa que, em 2003, foi estudar para Nova Iorque. Foi na cidade que nunca dorme que nasceu o seu fascínio pelas luzes da cidade. Tóquio, Las Vegas, Shangai e Istambul são cidades que também já visitou desde as suas primeiras fotografias. “A ideia não é criar um conjunto de postais, mas sim invocar um sentimento universal de solidão…”. As imagens desta artista revelam-nos grandes cidades sendo que, com um olhar mais atento, se consegue distinguir as pessoas que nela habitam e que parecem esquecer o espaço exterior quando se encontram no conforto das suas casas.

“The starry night” Vincent van Gogh (1853-1890) 1888 Arles, Bouches-du Rhône, France Óleo sobre tela 72.5 x 92 cm Musée d'Orsay, Paris, France

Page 33: As Idades da Cidade

33

“Cromos” Solar Spectum art in public architecture, 2000 - 2001 Peter Erskine

Peter Erskine é um artista plástico que apresenta as suas obras em forma de instalação. Tratam-se de espectros de luz e jogos de cores que nos transportam para uma nova atmosfera.

“Les Lumiéres de la Ville” Cartaz representativo do filme “City Lights” by Charlie Chaplin. Les Artistes Associés 1930

Page 34: As Idades da Cidade

34

A alma da cidade A alma de uma cidade é definida pelas pessoas que assistem à sua

mudança e pela mudança em si. Define-se pela sua luz própria. Pela paixão de quem lá vive e por quem lá passa. Pelos costumes típicos. É definida por aquelas pequenas coisas que a tornam única e pelo sentimento diferente que provoca a cada pessoa. Não há duas almas iguais mas todas juntas formam uma gigante colecção de momentos, cheiros, toques, cores e luz. É isso que pretendemos mostrar nesta sala, diferentes expressões de diferentes pessoas através da Arte.

“As ruas de Lisboa” Ana Hatherly 1977 Fundação Calouste Gulbenkian Centro de Arte Moderna

A série “Ruas de Lisboa” é um conjunto de descolagens de cartazes originais espalhados pelas ruas da cidade, que foram posteriormente montadas, re-coladas de modo a reproduzir o cenário urbano.

“Suburbs of aParanoiac Critical Town, Afternoon on the Outskirts of European History” Salvador Dali 1936 Pintura a o leo sobre tela 46 x 66 cm Coleca o privada

Page 35: As Idades da Cidade

35

“Central Park, New York City, July 4th” Maurice Prendergast 1903 Pintura a aguarela sobre papel 35.88 x 53.02 cm Coleca o privada

Maurice Prendergast nasceu no Brasil, em 1858, e morreu em 1924. Foi um artista pós-impressionista americano, que trabalhou em óleo, aquarela e monotipia.

in “Collage about Rome” Colin Rowe

“Théâtre du Vaudeville” Edouard Cortes (1882-1965) Óleo sobre tela 33.02 x 45.72 cm Colecção particular, Long Island

Page 36: As Idades da Cidade

36

“Alley” Jacek Yerka 14.1 x 11.3 cm 2004

Jacek Yerka nasceu em 1952 e é um pintor polaco de Torun. O seu trabalho tem sido exibido na Polônia, Alemanha, Mónaco, França e Estados Unidos.

“Downtown from behind” Bridget Fleming New York, USA 2008

Bridget Fleming nasceu em 1980 e é fotógrafa, licenciada pelo Instituto Britânico de Fotografia profissional, em 2004.

Page 37: As Idades da Cidade

37

“Calligramme” Poems of war and peace 1913-1916 Guillaume Apollinaire

“Metropolis” Martin Roemers Fotografia World Press Photo 2011

Martin Roemers nasceu em 1962 e estudou fotografia na Academia de Artes, em Enschede, na Holanda. O seu trabalho tem aparecido em inúmeras publicações, incluindo The New York Times, Newsweek e The New Yorker.

Page 38: As Idades da Cidade

38

Jean-François Dupuis Acrílico New York

Jean-François Dupuis é um ilustrador canadiano e trabalha principalmente como fotógrafo, no campo da publicação.

“Mother and Child at car window” Steve McCurry 1993 India

Steve McCurry nasceu em 1950 nos Estados Unidos e é fotógrafo da National Geographic. É o autor da famosa imagem da Menina Afegã, cujo rosto foi capa da revista e reconhecido por todo o mundo.

Page 39: As Idades da Cidade

39

“Mirrors and windows” Gabriele Galimberti and Edoardo Dilelle

Série fotográfica que mostra jovens mulheres, entre os 18 e os 30 anos, de diferentes países e estatutos sociais nos seus quartos. Gabriele Galimberti (Arezzo, 1977) e Edoardo Dilelle (Florença, 1974)

“Painting passing through” Lesley Oldaker Óleo sobre tela 2012

Lesley Oldaker é uma rtista britânica, actualmente a viver em Zurich. Já teve trabalhos expostos no Reino Unido, Estados Unidos, Suiça e China.

Page 40: As Idades da Cidade

40

Maquete Realizámos esta maquete de forma a apresentar adequada e representativamente a exposição. Deste modo, tanto a logística da exposição como o seu espaço se tornam mais concretos. Aqui estão representados os 3 pisos do “Carpe Diem – Arte e Pesquisa”. As paredes são brancas e simplificadas de forma a realçar as obras.

Page 41: As Idades da Cidade

41

Page 42: As Idades da Cidade

42

Page 43: As Idades da Cidade

43

Page 44: As Idades da Cidade

44

Cada cidade tem o seu lado antigo, tradicional, acolhedor e também o

moderno, simples, agitado. Há a zona urbana, jovem, artística e a zona nocturna,

animada. Existem áreas degradadas, descuidadas, mas também outras culturais,

que dão gosto de observar. É todo esse conjunto que representa a evolução da

cidade, o seu crescimento e aquilo por que foi passando ao longo do tempo, sendo que

todas as cidades têm as suas próprias “marcas de vida”.