As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR...

40
As Lendas do Litoral do Paraná, com: Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! Ruth Kellen Catão Chaves 1º Edição

Transcript of As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR...

Page 1: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná,

com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!!

Ruth Kellen Catão Chaves

1º Edição

Page 2: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos
Page 3: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

Catão Chaves, Ruth Kellen As Lendas do Litoral do Paraná, com: Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! / Ruth Kellen Catão Chaves. -- , 2016. 36 f. : il

Matinhos, Paraná. Livro, 2016.

1. Lendas Litoral Paraná. 2. Educação. 3. Infantil. I. ,. II. Título.

Page 4: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos
Page 5: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

A Índia Sereia Piragui ( Ilha de Superagui)......................................................................9

Fantasma do Central.......................................................................................................13

O homem de branco........................................................................................................16

Figueira do corpo seco....................................................................................................21

Lenda do Divino Espírito Santo.....................................................................................25

O Pai do Mato.................................................................................................................27

Referências:....................................................................................................................29

Dicas de uso do livro:.....................................................................................................31

Page 6: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos
Page 7: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos amigos que estão a um

oceano de distância e que inspiraram meus personagens. E agradeço a oportunidade de manter vivas algumas das lendas do Litoral do Paraná a todas as pessoas que

ajudaram na coleta, que participaram das entrevistas e das pesquisas bibliográfica, bem como na montagem deste livro.

[7]

Page 8: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

A todos o meu muito obrigada e certeza que estarão sempre guardados no meu coração!!!

[8]

Page 9: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

As Aventuras de Pedro, em:

A Índia Sereia Piragui (Ilha de Superagui)

Pesquise a Bromélia vriesea e aprenda mais sobre nosso litoral.

No litoral do Paraná, havia um menino chama-

do Pedro ele era um menino, que tinha preguiça de ir

as aulas e adorava dormir, mas um dia sua professora

deu uma tarefa para casa diferente e ele achou aquilo muito curioso. Saindo da escola

Pedro disse a seu amigo Timóteo:

– Eu tive uma ideia para o trabalho que a prof. passou você não vai acreditar, o

que você acha da ideia? vou te contar mas tem que guardar segredo, está bom?

– Está bom Pedro, eu prometo que guardo segredo, mas me conte logo.

– Vou sair para pescar com o Carlos, é um amigo de pesca do papai ele vive di-

zendo que coisas estranhas acontecem no mar, quer lugar melhor para descobrir as len-

das e conhecer a região !?!

[9]

Page 10: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

- Eu não acho que vai dar certo Pedro mas se você acha que essas coisas são

verdades vai lá, ainda acho melhor ir pra biblioteca pesquisar. Até logo ...

Pedro chegou em casa e foi logo falar com o Carlos, disse-lhe que era uma tare-

fa de casa e que tinha certeza que sabia de toda essas histórias, por que vivia dizendo

que no mar e na floresta que tudo acontece. Carlos meio apreensivo com a certeza de

Pedro ao dizer que todas as lendas aconteciam de verdade, disse:

-Sócio o mar e a floresta são perigosos guardam muitos segredos, tem certeza

que quer ir comigo?

Carlos vendo que Pedro não desistiria da ideia disse –lhe que a há coisas que

acontecem no mar e nas florestas, que só quem acredita é capaz de ver e como estava

tão crente em sua hipótese era necessário ter muita atenção e ser disciplinado para que

nada de mau lhe acontecesse. Então Pedro ajudou Carlos com o barco e juntos bem ce-

dinho foram para o mar. Pedro estava ansioso e disse a Carlos:

- Hoje nós vamos pescar próximo a Ilha de Superagui, meu Sócio! Não se assus-

te, mas lá mora uma sereia índia ... disse Carlos meio apreensivo.

- Sim Sócio, disse o Carlos. Nhãnderu, Deus dos índios Guaranis, prometeu o

paraíso na terra para estes indígenas eles então viajaram muito em busca da terra pro-

metida. Segundo a lenda eles teriam que seguir em busca do sol nascente. Os Guaranis

[10]

Page 11: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

viviam no interior do Brasil, e rumaram em direção ao litoral, esperando encontrar nes-

tas terras o paraíso tão procurado.

Chegando ao litoral do Paraná, concluíram que esta era a terra prometida por

Nhãnderu, pois era um lugar lindo com uma imensa floresta hoje chamada de Mata

Atlântica com dunas, manguezais e restinga havia muito alimento aqui e muitas aves

bonitas algumas vemos até hoje, a coruja buraqueira, o papagaio da cara roxa, tié san-

gue e tanguaras e aviam muitos mamíferos que os indígenas caçavam e agradeciam a

natureza pelo alimento; também haviam pacas, cutias, veados, onça- parda, bugio, ja-

guatirica e mico leão da cara preta. Em fim os indígenas passaram por Jacutinga (Ilha

da Cotinga), por Ieretã (Ilha do Mel) e, quando estavam indo à Superagui (Ju Piragüi),

foram apanhados por uma tempestade. Uma índia já bem velha não suportou a travessia

e morreu. Esta índia se chamava Piragüi, e passou a ser temida e aparecia nas águas

quando as pessoas desrespeitavam o mar.

-Mas o que aconteceu depois da tempestade?, perguntou Pedro afoito.

– Sócio, Nhãnderu não podia devolver a vida a Piragui e então seguindo o sig-

nificado de seu nome que em Tupi-guarani significa, “Rainha de Peixes” ele a tornou

uma sereia, com a condição de que ela guardasse por toda a eternidade, essa região do

mar para assim proteger toda essa diversidade que encontramos na Ilha e no mar.

-Mas é perigoso??, Perguntou Pedro.

[11]

Page 12: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

-Oh! Sócio, desde que eu tire do mar apenas o necessário ela não irá nos fazer

mal….

Então uma grande névoa cobriu o barco e não se via mais nada, foi então que

Pedro e o Carlos escutaram uma voz que dizia ao longe e quase não dava para ouvir:

-Aqui… venham aqui…!!! Então seguindo o som daquela voz, Carlos chegou a

ilha e ao olhar para o lado que grande susto eles tomaram era Piragui que com o som de

sua voz doce fez com que Carlos evitasse de bater o barco em uma das rochas que ali

estavam, e assim Piragui pediu Carlos que cuidasse com a rede para não ferir os ani-

mais e nem destruir o fundo com o arrasto, falando baixo e serenamente:

Pedro tinha os olhos esbugalhados não sabia o que estava sentindo, mas logo Pi-

ragui sumiu e Pedro e Carlos voltaram para casa.

Um pouco antes de chegar Carlos pediu a Pedro que contasse a lenda na escola,

porém que cuidasse sobre como contaria, afinal de contas quem acreditaria.

Já em casa Pedro escreveu seu relatório e contou sua história ao amigo Timóteo

que ficou com o pé atrás achando que o amigo estava ficando louco, mas na dúvida dis-

se:

-Posso ir com vocês este fim de semana para pesquisar alguma lenda em campo

também?

[12]

Page 13: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

Então Pedro disse, - Claro que pode Timóteo, mas tem que guardar segredo não

é tudo que vemos que colocamos no relatório tá?

-Está bom, mas eu ainda acho que você está doido… disse Timóteo sorrindo.

[13]

Page 14: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

As Aventuras de Pedro, em (Morretes):

Fantasma do Central

Pesquise a Cyanocorax caeruleus e aprenda mais sobre nosso litoral.

Então depois de tanta aventura os meninos

combinaram a saída para a praia, a fim de descobrir al-

guma outra coisa ou lenda. Já na praia e pensando no

que fazer eles se distraíram e começaram a chutar a

areia enquanto pensavam no que fazer ou onde encon-

trar as lendas. Então sem querer Carlos chutou um re-

lógio muito velho e o achando bonito o pegou do chão dizendo:

– Olha que legal, gente !!! Achei um relógio velho

– Nossa deixa eu limpar … disse Pedro o pegando da mão de Carlos e já pas-

sando a blusa no relógio para limpá-lo.

- Mas será que funciona? Disse Timóteo.

[14]

Page 15: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

– Achou que não. Constatou Carlos tentando dar corda no relógio.

Porém quando Carlos mexeu no relógio tentando fazê-lo funcionar o relógio começou a

mexer os ponteiros loucamente no sentido contrário e assustado Carlos o deixou cair.

De repente apareceu um mulato com a cara fechada que dizia:

-Preciso que vocês contêm o que vi, pois ninguém acreditou em mim e agora fi-

cou vagando no tempo.

Os meninos ainda estavam muito assustados e sentindo as pernas trêmulas. Até

que Pedro respirou fundo e disse:

– Mas quem é você?

- Olha garoto me chamo Adão!!! Disse o mulato. E por volta de 1930, num bair-

ro de Morretes chamado Central, surgiu a notícia de que um fantasma andava aparecen-

do, esgueirando-se pelas casas, altas horas da noite. Era um vulto branco, rápido, que

aparecia e desaparecia. E o medo se espalhou! Então diante do medo que assolava a to-

dos nós no bairro fiquei decidido a descobrir que fantasma era esse e o queria e resolvi

encarar o fantasma.

Uma noite, armei - me dê um porrete e fiquei na campana, observando onde ge-

ralmente surgia o fantasma. Uma porta abriu-se, e me aproximei da casa onde viu o fan-

tasma entrar, fazendo um barulho estranho. Chegando mais perto percebi do que se tra-

[15]

Page 16: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

tava. O fantasma era um operário que visitava uma viúva da localidade e cobria-se com

um lençol, para afastar os curiosos e as comadres fofoqueiras.

– Porém na época contei a comunidade que o fantasma era apenas uma pessoa

fazendo alguma brincadeira só que nem todos acreditaram em mim e acabei me passan-

do por mentiroso. Passou-se muitos anos e a viúva e o operário se casaram novamente,

mas eu morri e minha alma não teve paz desde então. Percebi que estão tentando desco-

bri lendas e então venho pedir a vocês que contem a minha lenda, pois não quero mais

assombrar o lugar que um dia quis proteger de um fantasma.

Ainda pálidos e tentando entender, como aquela imagem saída de um relógio se

dizendo um fantasma estava falando e pedindo ajuda a eles... Timóteo disse sussurran-

do aos amigos:

– O que vocês disseram é verdade!!! Eu não consigo nem me mexer …

Então Pedro que estava estático e meio que saindo de um transe disse:

– Se escrevermos essa história que nos contou para contar em nossa escola acha

que consegue ficar em paz?

E o fantasma de Adão disse:

– Sim, por que terei certeza de que aos poucos a verdadeira história será conta-

da.

-Então é isso que faremos não é meninos? Disse Pedro olhando para os amigos.

[16]

Page 17: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

E Carlos que ainda estava muito assustado, disse gaguejando:

– Poposso ficacar com o ooo o ooo relógio?

Então o fantasma de Adão já desaparecendo disse:

– Sim, façam o que quiserem com ele já não preciso mais dele ….

E o relógio começou a funcionar da forma correta, assim que Carlos o recolheu

do chão.

Já mais calmos por que o fantasma já havia ido embora os meninos combinaram

de se encontrar para escrever a história e apresentar na sala de aula e voltaram para suas

casas.

[17]

Page 18: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

As Aventuras de Pedro, em (Matinhos):

O homem de branco

Pesquise a Bromélia nidullarium e aprenda mais

sobre nosso litoral.

Em mais um dia de aula Pedro e Timóteo ficaram atentos ao que a professora

falava estavam convictos de que tudo podia acontecer e que a cada história contada pela

[18]

Page 19: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

professora, eles teriam mais pistas para encontrar os segredos do Litoral, as coisas que

ninguém nunca viu ou que, pelo menos, não tinham certeza.

Durante a aula neste dia a professora contou a Lenda do Homem de Branco, ela

havia montando uma cena na sala. As luzes estavam apagadas, a professora vestia rou-

pas da época da colonização e trazia consigo um amuleto ameríndio. Com todos esses

apetrechos ela começou a história:

- Então crianças, conta-se que na região de Matinhos existiam muitos indígenas

da etnia Carijó e que havia muito ouro nas montanhas. Havia um homem que era muito

branco, bem branco mesmo! E os indígenas desacostumados com uma pessoa de pele

tão clara o chamavam de Kari que significava “homem de branco” que na época, che-

gou a ficar amigo dos Carijós.

Mas os indígenas perceberam com o tempo que o homem queria o ouro deles e

tentaram logo se proteger. Cada vez que este homem os procurava, eles se afastavam,

porque descobriram que sua pedra mais bonita de todas, o ouro estava desaparecendo.

Na verdade os brancos queriam a região, o Bairro que hoje se chama Tabuleiro,

o Morro do Cabaraquara, onde existem, ainda, muitos sambaquis entre as matas, luga-

res onde os ameríndios depositavam restos de conchas, ossada de animais e antigas fer-

ramentas e que para o branco se colocado em um grande forno podia produzir cal de

concha, que serviria na época para construir casas.

[19]

Page 20: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

Os Carijós ficaram furiosos com essa situação e convocaram uma reunião com o

chefe da aldeia. Então em sua reunião secreta os indígenas decidiram tomar serias me-

didas, contra aquele invasor que estava a roubar seu ouro, e a destruir as matas para

chegar aos sambaquis e levar os restos mortais de seus Santuários.

Então se passou algum tempo e parecia estar tudo normal, mas um dia. Disse a

professora dando ênfase em sua voz!

-O “homem de branco” começou a ficar doente, com muitas dores. E passou tão

mal, mas tão mal que adormeceu e nunca mais acordou.

- Acredita-se que a causa foi envenenamento, causado pelos próprios indígenas,

através de bebidas que foram oferecidas ao homem.

- Até hoje, alguns moradores do antigo local relatam que o “homem de branco”

ainda assombra a região e a quem mora ali.

Com essa história Pedro e Timóteo já ficaram ansiosos para ir até o bairro onde

fosse possível ver o fantasma do “homem branco”. Ao sair da escola foram correndo ter

com Carlos:

– Carlos, Carlos! Chamava Pedro ansioso,

– Diga lá sócio o que foi, por que está tão aflito?

E falando ao mesmo tempo Pedro e Timóteo disseram:

- Descobrimos outro fantasma!

[20]

Page 21: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

- Calma falem de vagar que vocês estão muito ansiosos, me expliquem o que

acontece?!

- Ora! Mas já não está claro que agora nós somos os caçadores de fantasmas e

libertadores deles?! Agora nós o estamos chamando para irmos atrás do fantasma do

Homem branco, que há de estar pelo Tabuleiro. Vamos, ande!!!

Então foram os três atrás do fantasma. Andaram por todo o bairro e nem sinal

do fantasma quando já estavam quase desistindo. Timóteo disse:

- Olhem eu tenho pra mim, que não a fantasma nenhum aqui, afinal de contas

ele era um ladrão de ter acabo indo parar em outro lugar e não aqui junto conosco.

Ao terminar o que dizia Carlos disse:

- É mas ele pode estar preso aqui, por ter roubado e pelo que sei fica por ai

como alma penada até que resolva suas pendências na Terra.

E então neste momento Pedro começou a sentir uma brisa de vento frio, e sentiu

seu corpo arrepiar, teve até um calafrio. Então olhando para frente meio apreensivo viu

um vulto passar. Mas não conseguiu identificar o que era e apenas disse a seus amigos,

que achava ter visto algo ali, apontando com o dedo.

Neste momento todos estavam com o olhar atento ao longe, quando de repente,

por trás deles uma voz sussurrou, dizendo:

- Estão me procurando?

[21]

Page 22: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

Que grande susto os meninos tomaram, deram um grande pulo para trás e se vi-

raram de vagar tentando ver quem havia perguntado. Era de veras o fantasma. Timóteo

parecia um pau de vara verde de tanto que tremia, Pedro parecia mumificado, pálido,

não conseguia se mexer e nem dizer uma palavra se quer e Carlos ainda que arrepiado e

sentindo calafrios conseguiu dizer:

- Minha Nossa Senhora! Você é um fantasma mesmo?! Por que você não foi

para o lugar dos fantasmas?

E então o Fantasma do Homem Branco disse:

- Parte do ouro que roubei, escondi no morro do Cabaraquara é preciso devolver

ou minha alma nunca terá paz.

- Onde está? Diga que achamos para você! Disse Carlos.

- Está escondido no cume no vão de uma rocha bem grande, a única que tem no

cume. E espero a anos que alguém a encontre para que minha alma possa encontrar paz,

mas todos que me veem saem correndo e nunca consigo nem ao menos dizer “Olá!”,

por que vocês não correram? perguntou o fantasma curioso.

- Ora! Isso eu poposso responder disse Timóteo com as pernas tremendo, vie-

mos mesmo atrás de você!

- Mas não precisava agir igual assombração, pra que chegar falando baixinho

atrás da gente assim, credo!!! Disse Pedro ainda mumificado!

[22]

Page 23: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

- Mas eu sou uma assombração. Me desculpem, não fui uma pessoa boa em vida

e como fantasma não ando muito melhor, não!!!

- Mas pode deixar vamos encontrar o ouro dos Carijós que você roubou e doar o

dinheiro do ouro para melhorar o bairro e esperar que sua alma encontre paz, disse Car-

los, enquanto o fantasma sumia.

Então no dia seguinte os três foram em busca do ouro, subiram o morro, estava

quente e os meninos muito cansados e quando chegaram ao topo se impressionaram

tanto com a beleza do morro que por alguns minutos se esqueceram do ouro, mas então

Timóteo vendo alguns arbustos se mexerem com o vento, sentiu medo de ver o fantas-

ma novamente e foi logo dizendo:

- O ouro vamos ver se o achamos?!

E então foram cheios de curiosidade olhar a fenda na rocha, quando Timóteo se

mexeu saindo da frente da luz do sol permitindo que ela batesse na pedra e então uma

grande luz iluminou toda a fenda. Os meninos haviam encontrado todo o ouro roubado.

Ficaram tão felizes que começaram a pular de alegria, quando de repente:

- Vocês acharam meu ouro, quero dizer o ouro que roubei! Exclamou o fantas-

ma para a surpresa e grande susto que os meninos tomaram.

[23]

Page 24: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

- Mas de novo qual é o seu problema? Não pode chegar fazendo um barulho,

qualquer coisa? Pra que chegar assim? Você quase me mata do coração, está

doido!?!?!?!?!

- Mas eu sou um fantasma!!!!

E desaparecendo para todo o sempre o fantasma disse:

- Façam coisas boas com esse ouro, ele já foi fruto de muitas maldades. Obriga-

aaada!

Os meninos levaram o ouro e se sentiram em paz. Se sentaram na beira do mor-

ro admirando avista do mar e do por sol.

[24]

Page 25: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

[25]

Page 26: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

As Aventuras de Pedro, em (Pontal do Paraná):

Figueira do corpo seco

Pesquise o pássaro Tie Sangue(Ramphocelus bresilius)

e aprenda mais sobre nosso litoral.

Enquanto os meninos olhavam do pôr do

sol, observaram que tinham a vista de

toda a extensão do litoral paranaense. Era possível ver o município de Pontal do Paraná

neste momento Carlos se recordou de uma lenda da região de Pontal e começou a con-

tar para os meninos, dizendo:

– Ah! Vocês conhecem a lenda da Figueira do Corpo Seco?!

– Não, eu não conheço disse Pedro curioso.

Então Timóteo disse:

– Conte longo estou muito curioso!

[26]

Page 27: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

– Muito bem!!! A muitos e muitos anos atrás ainda na época da escravidão os

negros trabalhavam duro em troca de um pedaço de pão na localidade ribeirinha chama-

da de Guaraguaçu, havia um patrão temido por todos os negros do sul. Nesta época os

negros não tinham direitos e a vida era muito dura e injusta para pessoas diferentes.

O patrão era um carrasco cruel mandava escravo para o tronco, depois deixava

ao léu um dia um escravo fugiu, mas ferido não conseguiu ir muito longe e foi captura-

do pelo capataz, foi colocado no tronco sendo espancado até demais e não aguentou os

ferimentos e desmaiou. Pensando que ele havia morrido o capataz da fazenda o levou

para mato e amarrou a uma figueira o homem não aguentou e acabou falecendo ali mes-

mo.

-Mas vocês não sabem o que ocorreu depois! Disse Carlos fazendo suspense:

– Conte, conte!!!!… Disse Timóteo ansioso:

– Pois bem!!! A árvore da figueira tem por característica ir envolvendo a qual-

quer objeto que esteja preso ou próximo a ela com o passar dos anos até que ele suma.

– Ah! Não vai dizer que a figueira cobriu o corpo do homem?! Disse Pedro.

– Pois foi exatamente isto que ocorreu, com o passar dos anos o corpo do fale-

cido negro ficou preso para todo o sempre ao tronco da árvore. E hoje em dia, conta-se

que é possível por uma pequena fresta que sobraram ver parte do crânio do negro preso

a árvore.

[27]

Page 28: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

– Nós podemos ir lá Carlos? Disse Timóteo com sua voz em tom receoso.

– Podemos!!! A figueira atualmente se encontra as margens do rio Guaraguaçu.

Então desceram o morro e foram para suas casas pensando no pobre negro es-

cravo e todo seu sofrimento. Foi então que os garotos na manhã seguinte saíram para

mais uma aventura.

Era domingo e os três pegaram o ônibus Matinhos – Pontal do Paraná, desceram

próximo ao ponto do Rio Guaraguaçu e saíram andando pela estrada de terra, mata a

dentro, em busca da figueira. Os meninos andavam distraídos brincando pela trilha e

nem perceberam que a trilha fechava aos poucos pela mata que ia tomando conta da es-

trada. Quando os meninos se deram conta estavam olhando para o forno de cal de con-

cha, feito antigamente pelos colonizadores que as tiravam dos Sambaquis, santuários

indígenas. Os meninos ficaram ali admirando aquele imenso forno quando Carlos se-

guiu andando sozinho uns 500 m e de repente gritou:

– Ooopa!!! Mas que susto!!!!

Os meninos foram andando em direção a onde estava Carlos e com receio foram

olhando para figueira quando de repente avistaram a mesma por completo e puderam

ver pela última fresta que sobrou o crânio preso a árvore a mais de 200 anos.

[28]

Page 29: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

Então neste momento uma neblina tomou conta da floresta e os meninos senti-

ram a presença de alguém, mas não podia vê-lo, apenas ouviam sua voz ao longe. Que

dizia o seguinte:

– Quando nesta árvore para o sempre me prenderam não pude me despedir de

minha família hoje tenho meus familiares (descendentes) e quero que saibam que nas

ruínas da antiga fazenda deixei para eles meu amuleto Jeje (etnia africana escravizada)

que minha mãe me deu quando fomos capturados para ser escravos aqui no Brasil, pre-

ciso que devolvam este amuleto a minha família e digam que eu nunca, jamais os aban-

donaria.

Os meninos então prometeram procurar nas ruínas o amuleto e devolver aos fa-

miliares do negro escravo. Tornando assim possível que sua alma pudesse descansar em

paz.

[29]

Page 30: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

[30]

Page 31: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

As Aventuras de Pedro, em (Guaratuba):

Lenda do Divino Espírito Santo

Pesquise o Guará (Eudocimus ruber) e aprenda mais

sobre nosso litoral.

Em fim na segunda – feira de volta à escola a professora contou-lhes uma nova

história de um velho pescador, que ao ver-se perdido em alto-mar, rogou ao Divino Es-

pírito Santo que o guiasse até a terra firme.

[31]

Page 32: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

Então uma luz brilhou forte no horizonte e ele a seguiu até encontrar terra firme.

Com o despontar do sol deparou-se com uma caixa, e ao abri-la que baita susto ele to-

mou, nela havia uma pomba dourada, que pelo litoral paranaense é considerado o sím-

bolo do Divino Espírito Santo.

Então o homem agradecido tomou o rumo da vila, onde chegou muito feliz e

saiu contando a notícia que se espalhou por toda a região.

Então como forma de agradecimento ele levou a imagem do Divino a uma fonte

de águas cristalinas que brotava da montanha. A imagem então foi lavada, deixando nas

águas suas virtudes, para o alívio das dores e enfermidades.

A imagem, mais tarde, foi levada para o altar da igreja matriz, de onde desapare-

ceu misteriosamente.

No fim da aula os meninos foram direto falar com Carlos. Ele estava lá na praia

puxando o seu barco para a areia, havia terminado, mais um dia de pesca, então se apro-

ximando dele os meninos disseram:

– Carlos, Calos você conhece a história do Divino?

– Sim, claro que conheço. Disse Carlos.

- Então temos uma pergunta. Será verdade que tudo isso aconteceu??

Então Carlos respondeu os meninos:

[32]

Page 33: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

– Ninguém sabe dizer se esta história de fato ocorreu, mas a verdade é que a

fonte traz esperança, paz e segurança as pessoas que vem beber sua água.

Os meninos seguiram para sua casa, reflexivos, pensativos, mas felizes.

[33]

Page 34: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

As Aventuras de Pedro, em (Ilha das Peças):

O Pai do Mato

Pesquise a coruja-buraqueira (Athene cunicularia) e aprenda mais

sobre nosso litoral.

Numa tarde de quarta – feira depois da aula, Carlos

foi na casa de seus amigos Timóteo e Pedro, convidá-los para visitar a Ilha das Peças e no

caminho foi lhes contando uma história de um homem assustador, que tinha cabelos e

barba grandes. Carregava um saco cheio de ferramentas que fazem barulho quando ele se

deslocava pelas matas, assustando as pessoas que entravam na floresta sem respeitar seus

habitantes.

Esse homem misterioso era chamado de Pai do Mato e ele se tornou um protetor

das matas e dos animais. De acordo com a lenda o Pai do Mato é filho do Caapora, que em

tupi significa Caa “mato” e pora “fera”. Dizem os mais velhos que o Caapora antes de

[34]

Page 35: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

morrer engravidou uma índia e que ela deu a luz a um menino que ainda criancinha foi para

o mato e nunca mais voltou.

O Pai do Mato passou a ser muito temido e respeitado pelos mateiros, caçadores e

todos aqueles que se aventuram mata adentro. Quando está bravo, o Pai do Mato derruba

árvores, faz barulhos, assusta! Dizem os mais velhos, que quando ele se irrita, não adianta

entrar no mato para caçar. Pois ele agita os animais e todos os bichos ficam bravos.

E então Carlos disse:

– Esta lenda tem um sentido muito claro, o Pai do Mato guarda a floresta, impõe regras

inquebrantáveis àqueles que se aventuram a entrar na mata sem respeitar suas leis.

– Nossa, nós vamos lá para vê-lo? Disse Timóteo com receio.

– Não! Acredito que ele não aparecerá para nós. Disse Carlos.

– Mas o que vamos fazer lá então? Questionou Pedro.

– Ora! Vamos lá conhecer a ilha onde nasceu o protetor das nossas matas. Falou Carlos

sorrindo!

Chegando a ilha atracaram o barco e saíram andando desvendando os locais mais

fabulosos e deslumbrantes da ilha passaram por cachoeiras, pequenos lagos, viram aves

nativas e muito belas da região, como os Guaras. Viram de longe um vulto passando

[35]

Page 36: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

mexendo as folhas dos arbustos contra o movimento do vento. Se sentiram assustados, mas,

ao mesmo tempo, seguros.

Era como sentir que está sendo observado, mas esta pessoa ou coisa que o olha não

quer lhe fazer mal, sabia que estavam ali para admirar as maravilhas da natureza.

Ainda assim Timóteo muito sapeca disse a Carlos:

– E se a gente pegar um pássaro será que ele aparece?

Então o vulto na mata se moveu novamente permitindo ver seus olhos e logo desapareceu!

Timóteo congelado disse:

– Na não, claro que não! Ninguém vai pegar pássaros aqui… só olhar mesmo!

Pedro chamando a atenção de seu amigo disse:

-Não brinque com isso Timóteo. Que coisa!

Os meninos seguiram andando e Timóteo dizendo:

-Tuuuudo bem! Não está mais aqui quem falou! Paz!

[36]

Page 37: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

[37]

Page 38: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

Referências:

COELHO, N.N. Literatura Infantil: Teoria, analise, didática. São Paulo: Moderna,2000

FREIRE, P. Paulo Freire para educadores. São Paulo: Arte & Ciência, 1998

SILVA, C.M.C. A importância de contar histórias para as crianças. Psicopedagogia online (26/09/2002). Disponível em: <http://www.psicopedagogia.com.br/entrevistas> Acesso em: 11 set. 2014.

ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Secretaria de Estado e da Cultura. Lendas e Contos do Paraná. 21ED. 244Pag. 2005.

CATÃO, R. K; ANDRADE, R. SILVA, L, E. Saber Tradicional Contado Através das Lendas do Paraná: Possibilidades para o Ensino de Ciências. 64 Reunião Anual da SBPC 2012.

PROJETO CULTIMAR .As Lendas na Educação Caíçara. Pesquisa e Composição das Lendas: Renato Pereira de Siqueira; Organizadores:Mariana Galvão, Manuela Dreyer da Silva, Larissa Lopes Mellinger; Colaboradores: Janaína de Oliveira, Débora Pestana, Antonio Ostrensky, Walter Boeger, Ilustrações: Renato Pereira de Siqueira,

[38]

Page 39: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

Projeto gráfico, diagramação e capa: Leonardo Aguiar, Gustavo Kira, Coordenação do Projeto Cultimar: Leandro Angelo Pereira.

ENTREVISTAS. Lendas da Coletânea de Lendas realizada no Colégio Estadual Cidália Rebelo. Ilha dos Valadares.

Ilustração: Ruth Kellen Catão / Pai do Mato: Aluno do Vitor Pedro Santos Souza-5ºano (prêmio melhor ilustração).

[39]

Page 40: As Lendas do Litoral do Paraná, com · Dedico este livro a minha família e professores da UFPR Litoral, que me apoiaram em toda minha caminha acadêmica. Dedico aos meus queridos

As Lendas do Litoral do Paraná, com:

Pedro, Timóteo e Carlos em: Desvendando o Litoral!!! , por Ruth Catão

Dicas de uso do livro:

Esta primeira edição pode ser utilizada como material de apoio para aula de:

História e Geografia através do uso das Lendas como forma de caracterização espacial, localização, orientação, histórica e regional do Litoral do Paraná, entre outros.

Ciências como forma de apoio a aula de botânica, de educação ambiental e cuidados com o ambiente, como caracterização da fauna e flora litorânea, entre outros.

Língua Portuguesa através da identificação de contexto e formas de produzir uma história com narrativas, diálogos entre outros assuntos que podem ser abordados.

Matemática através da utilização de cálculos, de quantidade, distancia, peso, profundidade, números naturais, racionais, romanos, noções de tempo e cronologias entre outros.

Professor todo livro possui uma gama de possibilidades de trabalho use sua

Criatividade!!!!

Você pode também nos contar como utilizou as histórias do livro e

divulgaremos em nossa próxima edição os melhores usos educacionais das lendas do

litoral paranaense.

Envie seu plano de aula e resultados para o e-mail: [email protected]

[40]