As revoltas regenciais
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AS REVOLTAS REGENCIAIS
Coleguium – 8º ano – Historia/2012
Revoltas na colônia Eram comuns e aconteceram durante todo
o período regencial Motivos:
1. comerciantes locais lutavam contra o domínio da elite mercantil portuguesa;
2. no sul e no nordeste, proprietários rurais e camadas médias urbanas lutavam por mais autonomia para as províncias;
3. escravos lutavam pela liberdade;
4. homens livres pobres lutavam por melhores condições de vida.
As revoltas expressavam a
diversidade social e étnica do Brasil.
Rusgas Cuiabanas:“Abaixo a Regência! Morte aos bicudos!”
Grito dos homens que iniciaram o levante conhecido como Rusgas Cuiabanas, ocorrido no Mato Grosso em 1834:
Sociedade dos Zelosos de Cuiabá: grupo liberal que se reunia desde 1833, formada por proprietários rurais, comerciantes, militares e prodissionais liberais;
Objetivos: combatiam a elite comercial portuguesa na região e defendiam mais outonomia para a província do Mato Grosso.
Bicudo:Apelido pejorativo dado aos portugueses ou pessoas de origem portuguesa que habitavam a região de Cuiabá
O desenrolar dos acontecimentos
Em maio de 1834 o presidente da província já havia abandonado o cargo temendo a insurreição, sendo substituido pelo vice-presidente, João Pepino Caldas
Caldas, não conseguindo conter a revolta, apelou para o governo central.
Os rebeldes foram derrotados, seus principais lideres foram presos no Rio de Janeiro e libertados posteriormente.
A Cabanagem Ocorreu na antiga província do Grão-
Pará, no norte do Brasil;A província tinha vínculos fortes com
Portugal e só reconheceu a independencia em 1823, por imposição do imperador.
Tensão social: maioria da população era formada por negros, indios e mestiços pobres, que formavam a mão de obra escrava ou semiescrava, contra uma minoria de comerciantes brancos ricos.
Os cabanos exigiam a expulsão dos portugueses e melhores condições de vida.
Cabanos: maioria pobre da popoulação que vivia em cabanas na beira dos rios ou igarapés.
O desenrolar dos acontecimentos
A revolta se alastrou para o interior e o movimento ganhou força em 1834.
Em 1835 os cabanos tomaram Belém, executaram o governador e outras autoridades e colocaram no governo o fazendeiro Félix Clemente Malcher que, mal sucedido foi executado pelos cabanos.
Após vários revezes e uma epidemis de variola, os cabanos acabaram vencidos pelas tropas regenciais em maio de 1836.
Fugindo para o interior, só foram derrotados definitivamente em 1840, deixando um saldo de 40 mil mortos.
A Revolta do Malês Revolta protagonizada por escravos
africanos das etnias nagô (ou iorubá) e haussá, em 1835; Os malês eram monoteistas e usavam
amuletos com os versículos do Corão. Muitos sabiam ler e escrever,
aprendizado incentivado nas escolas islâmicas para a leitura do Coráo.
Objetivos: lutavam contra a escravidão e conta a conversão forçada ao catolicismo.
A interpretação mais provável para a expressão “malê” é que o nome denominasse, na lingua iorubá, o africano muçulmano, ou seja, que tinha se convertido ao islã.
O desenrolar dos acontecimentos
A revolta, que deveria eclodir em janeiro de 1835 foi delatada por escravos libertos aos antigos senhores.
O movimento foi sufocado e seus líderes mortos.
Os demais foram punidos com prisão, açoites ou degredo para a África.
A Sabinada Dois anos depois da Revolta do Malês,
Salvador é sacudida por uma nova rebelião. Em 1937 tinha início a Sabinada. Movimento urbano do qual participaram
soldados, trabalhadores livres pobres e profissionais liberais.
Objetivo: separar a Bahia do resto do país e fundar uma república. Queriam um regime democrático que garantisse uma melhor condição de vida para a população.
Sabinada:Nome tirado de um de seus líderes, o médico Francisco Sabino Álvares da Rocha.
O desenrolar dos acontecimentos
Os rebeldes apossaram-se de Salvador. As tropas do governo cercaram a capital impedindo que entrassem nela alimentos.
Sem comida os rebeldes enfraqueceram.
Em fevereiro do mesmo ano as tropas conseguiram acabar com a rebelião deixando um saldo de 1.200 mortos e 3 mil prisioneiros.
A Revolta dos Farrapos Revolução Farroupilha ou Revolta dos
Farrapos: a mais longa do período regencial durou 10 anos e aconteceu na província do Rio Grande so Sul.
Movimento liderado por grandes proprietários de terra e criadores de gado – os estancieiros;
Criadora de gado a provincia tinha a sua economia voltada para o mercado interno produzindo charque, a base da alimentação dos escravos, diferentemente dos estados do sudeste e nordeste, de economia voltada para a exportação;
Objetivos da revolta: insatisfeitos com os altos impostos cobrados sobre o charque e com o desinteresse do governo em atender as suas reivindicações, os estanceiros pretendiam separar o R G Sul do restante do Brasil e formar uma república independente;
Farroupilha: pessoa mal vestida, maltrapilha, miserável.Embora o movimento tenha sido liderado pela elite sulista, ele foi apoiada pelo Partido Liberal Exaltado, conhecido como “farroupilha”.
O desenrolar dos acontecimentos
Muitos brancos, mulatos, indios e escravos compuseram as tropas rebeldes, motivados pela promessa de serem alforriados no final da revolta.
Em 1836 os revoltosos venceram a promeira batalha e proclamaram a República Rio-Gransense ou Piratini.
Em 1838, comandados por Giuseppe Garibalde e sua companheira Anita, os revoltosos ocuparam Santa Catarina e proclamaram a República Juliana.
Em 1845 as tropas governistas sob o comando de Luis Alves de Lima e Silva, o barão de Caxias, derrotou o movimento e promoveu um acordo com as lideranças locais: • anistia para os revoltosos;• os gaúchos poderiam escolher o presidente da província;• os impostos sobre o charque argentino foi aumentado.
A República Farroupilha nunca libertou seus escravos.
Em 1835 eclodiu o movimento, liderado
por Bento Gonçalves, um rico estancieiro.
O governador da província foi
derrubado e os revoltosos dominaram
Porto Alegre, a capital da província.
O governo regencial enviou tropas que
encontraram forte resistência.
A Balaiada Maranhão, 1838: criadores de gado do
interior reagem contra a Lei dos Prefeitos – homens nomeados pelo presidente da provincia para governar os municipios.
Os líderes perderam o controle e ela se transformou numa revolta de homens livres pobres que haviam sido mobilizados por seus patrões;
A repressão aos rebeldes foi comandada por Luís Alves de Lima e Silva, o barão de Caxias;
A rebelião passou a uma terceira fase quando, escravos fugidos liderados por um deles chamado Cosme, invadem fazendas para libertar mais escravos.
Lima e Silva reprimiu-os violentamente.
Balaiada:Nome originado de Manoel Balaio, vendedor de balaios de palha e um dos líderes da rebelião em sua segunda fase.