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ASCO/2011Novidades do Principal Congresso Mundial de

Oncologia

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Câncer de pulmão

• Estudo avaliou pacientes com câncer de pulmão avançado do tipo não-pequenas células (excluindo os casos denominados de escamosos), submetidos a quimioterapia tradicional seguida ou não de manutenção com mais quimioterapia.

• A aplicação de tratamento chamado de manutenção, com Pemetrexate, prolongou de maneira significativa o tempo de vida sem progressão da doença nos pacientes que receberam este tratamento. Embora o ganho de sobrevida livre de progressão tenha sido relativamente modesto, para uma doença de difícil tratamento, trata-se de mais um avanço.

• A medicação está disponível no Brasil, e poderá, em breve, ser usada nos moldes deste estudo.

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Câncer de mamaRadioterapia para pacientes com doença inicial

• A radioterapia costuma ser indicada para pacientes com câncer de mama submetidas a cirurgia parcial da mama, e para pacientes que apresentam 4 ou mais linfonodos comprometidos ou tumores grandes.

• Estudo demonstrou que mesmo mulheres cujos tumores eram relativamente pequenos e que tinham apenas de 1 a 3 linfonodos comprometidos, se beneficiam com a radioterapia nas regiões de drenagem linfática. O beneficio ficou demonstrado tanto do ponto de vista de menor numero de recidivas regionais da doença, quanto por permitir uma maior sobrevida no grupo de mulheres que recebem esta radioterapia.

• Pacientes nesta situação podem discutir com seus oncologistas e mastologistas sobre o beneficio da radioterapia mesmo em casos relativamente iniciais da doença.

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Câncer de mamaPara pacientes com doença metastática no cérebro e

cujo tumor apresenta expressão exacerbada de Her-2:

• Estudo documentou uma alta taxa de benefício clínico quando pacientes são tratadas com uma associação de quimioterapia mais Trastuzumabe mais Lapatinibe.

• A combinação reduziu dramaticamente o risco de morte destas pacientes, quando comparado à utilização isolada de radioterapia de crânio ou à combinação de quimioterapia mais Trastuzumabe.

• Embora se trate de um estudo preliminar, estes são os

melhores dados apresentados até hoje para o tratamento de pacientes com doença Her2+ e metástases cerebrais. Vale notar que ambas as medicações estão disponíveis no Brasil, embora ainda não incorporadas pelo SUS a nível nacional.

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Câncer de estômago

• Estudo mostra que quimioterapia pós-operatória para câncer de estômago operado com intuito curativo, diminui o risco de recidiva da doença.

• O estudo, feito na Ásia, mostrou que menos pacientes apresentam recidiva da doença quando comparados com aqueles apenas submetidos à cirurgia. A quimioterapia utilizada, esquema denominado XELOX, já é utilizado em outros tipos de câncer e é relativamente bem tolerado.

• Embora estes resultados não possam ser

automaticamente considerados aplicáveis à população não-asiática, determinam um novo avanço no tratamento deste câncer de difícil tratamento.

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GIST• Tumor relativamente raro, o GIST metastático vem sendo

tratado com Imatinibe há vários anos, com sucesso nunca visto ate a utilização desta medicação.

• De 2 anos para cá, mesmo casos operados com intuito curativo se beneficiam da administração pós operatória de Imatinibe, que consegue reduzir o risco de recidiva da doença. Agora, um novo estudo mostra que para pacientes com um risco moderado a alto de recidiva, tomar esta medicação por 3 anos ao invés de 1 ano após a cirurgia reduz ainda mais o risco de recidiva.

• Considerando a boa tolerância a medicação, a sua utilização mais prolongada em casos de risco de recidiva elevado deverá se tornar um padrão de tratamento.

• Como isto pode afetar seu caso: se você tem este tipo de tumor e foi operado recentemente, converse com seu oncologista sobre a possibilidade de se beneficiar da medicação.

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Câncer de próstata• Uma nova medicação, Cabozatinibe, ainda em estudos e não

disponível comercialmente, demonstra respostas nunca antes vistas em casos de doença metastática da próstata.

• A medicação, administrada por via oral, ataca diversos alvos nas células tumorais. Pacientes que receberam inicialmente 12 semanas de tratamento, que já haviam tido progressão da doença apesar de tratamentos tradicionais. De 171 pacientes no estudo, 122 tiveram beneficio com a medicação, incluindo diminuição nas medidas do tumor, diminuição das lesões nos ossos, diminuição da dor e da necessidade de usar analgésicos.

• Embora os dados ainda sejam preliminares e ser um estudo em numero relativamente pequeno de pacientes, se confirmados em estudos maiores, estes resultados irão determinar um grande avanço no tratamento da doença metastática da próstata. Esta medicação não está disponível comercialmente em nenhum país.

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Câncer de próstata• Mais um estudo demonstra a utilidade de usar

hormonioterapia intermitentemente em casos de câncer de próstata. O padrão de tratamento para casos incuráveis de câncer de próstata tem sido o uso contínuo de medicações que induzem castração, ou a castração cirúrgica. O estudo comparou diretamente a utilização intermitente da castração química com o uso contínuo e mostrou que os pacientes tratados de maneira intermitente vivem o mesmo número de anos que os tratados de maneira contínua.

• Isto deve mudar o padrão de tratamento, já que permite ao paciente uma melhor qualidade de vida, inclusive do ponto de vista da libido. Embora já viesse sendo utilizada em alguns pacientes em nosso país, estes dados devem fazer com que mais pacientes passem a ser tratados.

• Pacientes com doença metastática devem conversar com

seus oncologistas a respeito desta possibilidade.

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Melanoma• Nova medicação ainda em estudos preliminares demonstra

ser capaz de prolongar a vida de pacientes com melanoma.

• A medicação Vemurafenibe, que e administrada por via oral, conseguiu fazer com que pacientes com melanoma metastático vivessem mais comparados com pacientes tratados com Dacarbazina, um quimioterápico tradicionalmente usado para tratar melanoma.

• O detalhe e que esta nova medicação alveja apenas o melanoma que contenha uma determinada mutação, denominada de mutação de BRAF, presente em torno de metade dos casos de melanoma, não na sua totalidade. Pacientes tratados com a nova medicação tiveram maior taxa de diminuição do tamanho do tumor, maior tempo de sobrevida sem piora da doença, e maior tempo de vida que aqueles tratados com Dacarbazina.

• A medicação ainda não esta disponível comercialmente, mas é um grande avanço, e deve receber atenção acelerada para aprovação de seu uso nos EUA e Europa.

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Melanoma• Uma segunda medicação, Ipilimumabe, que indiretamente

estimula determinadas células imunológicas do organismo a atacar as metástases de melanoma, mostrou em um novo estudo ser mais eficaz no tratamento de melanoma do que o padrão de tratamento com Dacarbazina sozinha.

• Dacarbazina é o padrão atual de tratamento da doença metastática. No estudo com Ipilimumabe associada a Dacarbazina, administrados inicialmente a cada 3 semanas por 4 ciclos, se obteve melhores resultados que Dacarbazina isolada, proporcionando maior sobrevida aos pacientes.

• A medicação, já aprovada em Março de 2011 nos EUA com base em outro estudo, ainda não está comercialmente disponível no Brasil, exceto via importação ou como parte de um estudo clinico. Embora ainda não signifique a cura da doença, constitui mais um avanço no combate ao melanoma metastático.

• Se você tem melanoma metastático, converse com seu medico a respeito da possibilidade de participar em algum estudo com esta nova droga. Esta medicação devera ser incorporada como primeira linha de tratamento do melanoma metastático nos próximos anos.

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Sarcoma de partes moles• Estudo demonstra benefício muito significativo de

medicação denominada Pazopanibe, no tratamento de sarcomas de partes moles metastáticos.

• A medicação, que alveja diversas proteínas nas células malignas, conseguiu triplicar o tempo de progressão da doença, quando comparada com a utilização de placebo.

• Pacientes já haviam recebido tratamento com

quimioterápicos tradicionais. Com este resultado muito encorajador, é provável que a medicação seja testada em futuro próximo como primeira linha de tratamento.

• A medicação ainda não está disponível no Brasil,

mas é provável que com estes resultados seja aprovada para esta doença nos próximos anos.

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