Asilo Pio XII
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História do Asilo Pio XII
Antonio Marchi era seu nome de batismo, nasceu no dia 27 de fe vereiro de 1907, na Itália. Aos 15 anos descobre sua vocação religio sa e ingressa para um convento. Ao se tornar noviço passa a se chamar Frei Gabriel em homenagem ao Arcanjo São Ga briel. Sua cora gem e determina ção foram
fatores predominantes na luta em prol dos necessitados. Sua vida franciscana era dedicada aos menos favoreci dos. Suas obras eram realizadas através de doa ções feitas pela população.
Nesse aspec to, Frei Gabriel, como era carinhosamente cha mado por todos, ficou muito conhe cido em Frutal e
na região, ao fazer visitas a cavalo em propriedades rurais, em buscas de do nativos e prendas que pudessem ser leiloadas a favor do Asilo. Começou a aí toda a
história social da entidade e uma das mais tra dicionais Quermes ses realizadas anualmente em Frutal. Com esse modo de vida que adotou até o final de sua exis tência, Frei Gabriel além de poder aju dar muitas pesso as, se tornou sím bolo e referência
no amor ao pró ximo e é lembra do até hoje pelos seus feitos.
A morte do ca puchinho italia no ocorrida no dia 17 de abril
de 1973 causou dor e consternação em toda a comu nidade frutalense, especialmente da zona rural, onde o líder religioso conquistou admi ração e respeito. Por decisão da Igreja Católica, os restos mortais de Frei Gabriel foram enterrados em Frutal e hoje estão na Capela de Nossa Senho ra de Fátima, ao lado do Asilo Pio XII, entidade que ajudou a fundar.
A Assistência Social Pio XII, mantenedora do Asilo Pio XII e da Casa da Criança Santo Antônio de Pádua, foi criada pelo Frei Gabriel, no ano de 1959. No início atendia às pessoas carentes sem distinção de idade e aos poucos foi se tornando o que é hoje.
O Asilo Pio XII é uma Instituição de Longa Permanência Para Idosos
(ILPI), filantrópica,que atende a 60 idosos de ambos os sexos. A manutenção da instituição é realizada através de doações da comunidade, de eventos que a própria entidade desenvolve, de uma subvenção social mensal da Prefeitura de Frutal no valor aproximado a 12 mil reais e ainda da parceria com SERVAS através de
programas específicos, além da aposentadoria de cada idoso, da qual 70% fica para a instituição e os outros 30% são para a despesa pessoal do idoso.
Os eventos realizados pelo Asilo Pio XII acontecem uma vez ao ano,
s e n do que em abril
ocorre a Quermesse Frei Gabriel com renda revertida para o Asilo e Casa da Criança. Em maio, o Grupo de Voluntárias Frei Gabriel promove o Bazar Frei Gabriel cuja renda é aplicada ao longo do ano também nas duas entidades.
O mês de setembro é lembrado por toda a comunidade frutalense pela acontecimento da
SEMANA DO IDOSO. No mês de novembro, no dia de Finados, o Asilo Pio XII mantém a tradicional Barraca de Flores na porta do Cemitério local.
Em meio a estes eventos ocorre a programação social, cultural e familiar da instituição nas quais são comemorados Dia das Mães, Festa Junina, Dia dos Pais, aniversariantes do mês, atividades lúdicas, recreativas e de lazer.
Frei Gabriel
História 02
História 03
A frase é dita por quem conheceu bem os hábitos e o modo de vida simples do líder que marcou o seu nome na história religiosa frutalense: Frei Gabriel. Estamos falando da enfermeira Maria Ivalda da Silva, 60 anos, dos quais 32
“Frei Gabriel era um segundo pai para mim” Maria Ivalda
dedicados à missão de cuidar de pacientes. A carreira ela iniciou bem cedo, aos 16 anos, idade em que conheceu aquele que cons iderava um segundo pai. “Eu era muito nova quando conheci Frei Gabriel.
Comecei a trabalhar como atendente na antiga Santa Casa e ele acreditando em mim, me ajudou a conseguir um curso de enfermagem de graça com duração de dois meses na cidade de Barretos”, conta a enfermeira. Maria Ivalda atuou
durante 13 anos na Santa Casa de Frutal, de onde foi transferida para o Hospital Municipal Frei Gabriel. Atualmente, dedica 12 horas de sua vida à profissão, já que no período da manhã trabalha no Asilo Pio XII e à tarde, no Frei Gabriel. Emocionada, ela lembra que o momento mais difícil, foi quando soube da morte de Frei Gabriel, isso por meio de carta, já que na época, Maria Ivalda morava em Ituiutaba, cidade onde permaneceu por 10 anos, exercendo a função de enfermeira. “Fique triste por não poder vir ao velório de Frei Gabriel, mas nunca vou esquecer tudo o que
ele fez por mim, a sua dedicação, o seu carinho e sua atenção como pai. Para mim, ele é o meu herói”. Ao definir o perfil do líder religioso, Maria Ivalda afirma que se tratava de um homem justo e honesto, mas ao mesmo tempo de uma personalidade firme e correta. A enfermeira fala com orgulho dos dias que conviveu com Frei Gabriel afirmando que era reconhecida por ele como uma profissional de confiança, já que somente a ela o líder religioso confiava a limpeza do quarto simples que vivia e o cuidado com as roupas e peças pessoais.
Um dos momentos inesquecíveis de Maria Ivalda foi quando recebeu das mãos do Capucino uma imagem de Santo Antonio, trazida por ele próprio da terra natal, cidade de Cecília, na Itália. Presente que Maria Ivalda guarda até hoje com muito carinho. Sobre o Asilo Pio XII, a enfermeira não esconde a emoção ao afirmar que a entidade representa sua segunda família. “Eles se aproximam da gente querendo atenção e amor e isso para mim não tem preço, eu me sinto como parte das famílias destes idosos”.
Ao contrário do que muitos pensam o Asilo não é um local apenas para se passar os últimos anos de vida, ou uma opção a mais para quem não tem um lar quando chega na Terceira Idade. Maria Leonel Brasi
leiro conhecida pelos amigos como Fiuca, está há 13 anos no Asilo Pio XII. É natural de Ituiutaba, Minas Gerais, mas quando foi para o Asilo, estava morando em Itapagipe. O marido de Dona Fi
úca faleceu há 25 anos, quando o casal morava em Dourados, Mato Grosso do Sul. Depois disso, Fiuca foi morar sozinha em Fronteira.
Não demorou muito, seu irmão, que morava em Itapagipe, foi buscála. Mas pensando que tal decisão iria melhorar sua vida, só piorou. “Ele era rude comigo, me maltratava muito”, lamenta dona Fiuca. Diante dos maus tra
tos, dona Fiuca não pensou duas vezes: tomou coragem e ela mesma resolveu ligar para o Asilo, pedindo que fosse buscála, sendo prontamente atendida. “A Maria Ribeiro, que era a presidente na época, pediu que fossem em Itapagipe. Quando cheguei aqui no asilo pensei: Nossa Senhora! A vida que eu
tinha, tão boa, andava até de avião, tinha posses e agora vou morar num asilo! Não sei se vou suportar”. Mas os anos passa
ram e dona Fiuca se orgulha em dizer hoje que não se arrepende daquela ligação que transformou sua vida. “Aqui no asilo fiz amizades, não me sinto só, sou muito bem tratada por todos, já me acostumei”. Dona Fiúca ainda
tem dois irmãos vivos. Um mora em Itapagipe e outro em Campo Grande. Ao lembrar da família, se emociona em dizer que para o natal deste ano, tem esperança que o irmão
que reside na região de Mato Grosso possa ir visitála. Dona Fiúca
comenta sobre o que achou da idéia de Frei Gabriel de construir o Asilo. Para ela, “Foi muito bom, porque eles cuidam bem da gente, quando adoecemos somos levados imediatamente para o hospital, de vez em quando tem festa aqui e a gente se diverte. Não me sinto sozinha, sempre pessoas de fora vêm visitar a gente”, comemora dona Fiuca que afirma
“Eu gosto de morar no Asilo”
não ter se arrependido de deixar a cidade onde morava, Itapagipe, para conquistar novas amizades em Frutal e conhecer pessoas diferentes, pessoas voltadas para o sentimento de ajuda, como é no Asilo Pio XII.
História 04
Quando Frei Gabriel iniciou sua peregrinação pelas fazendas do município em busca de prendas para o leilão beneficente, certamente já imaginava no que sua boa ação poderia resultar. Afinal, obstinado como era, o líder religioso não se importava com as pedras no caminho e, mesmo diante das enormes dificuldades, não se deixava abater. Tinha como
parceiras nessa missão em favor do bem, as conceituadas senhoras da sociedade frutalense que também assinaram seus nomes na história social desta cidade: dona Altamira Queiroz, dona Onória Furtado e dona Eulampia, senhora de posses, que um dia resolveram dedicar um tempo de suas vidas a favor do próximo. Uma das pessoas que
conviveu com Frei Gabriel, sendo inclusive à época, a primeira secretária do Asilo Pio XII, foi a educadora Maria José Lacerda da Mata. Por ter estado por muito tempo ao lado do capuchinho, ela conhece bem a história de amor e peregrinação de Frei Gabriel em busca de alimentos e todo tipo de doação que pudesse ser aproveitado no leilão.Maria José conta que à
medida em que o Asilo foi evoluindo, Frei Gabriel notou que não era mais possível manter a entidade somente com
Uma caminhada a favor do mais necessitado
a ajuda dos frutalenses e foi aí que teve a peregrinação pelas fazendas da região. “Ele andava muito de carona, a pé, a cavalo, de carro de boi. Depois, o senhor Marcondes Machado,
que era um chefe do Espiritismo em Frutal, se aliou e juntos percorreram muitas estradas por ai”, lembra com carinho Mario José. De acordo com Maria
José, com o passar dos anos, Frei Gabriel conseguiu um caminhão velho, sem documentação. Ela relembra e se emociona ao contar uma passagem envol
vendo o líder religioso, quando certa vez: “Frei Gabriel foi parado pelos guardas que lhe pediram a documentação do veiculo e a carteira de motorista. Então, ele ti
rou da carteira uma foto com 12 idosos que ele tinha no Asilo e falou que a carteira dele era aquilo. E depois disso, ele nunca mais foi amolado pelos guardas.” Segundo a amiga e
secretária do líder religioso, Frei Gabriel era quem fazia a maior parte dos trabalhos no Asilo. “Era só precisar das coisas que ele saía e sempre dizia para as mulheres ficarem rezando. Ele sempre voltava com alguma coisinha,” acrescenta Maria José. A situação começou a
melhorar quando Frei Gabriel notou que não
ao invés de tanta andança pelas fazendas, as pessoas, por acreditarem no trabalho social, começaram por conta própria, a procurarem o asilo e levar suas do
ações. Quando o Asilo estava
em obras, conta Maria José, Frei Gabriel pedia os tijolos em olarias, não deixando que ninguém buscasse, era da personalidade do líder religioso fazer tudo que podia pela instituição. “Ele ia em busca das coisas, carregava caminhões, amassava barro para ajudar a levantar parede, etc. Depois de iniciada a parte de construção do Asilo, ele já adiantava o trabalho buscando o porco, o arroz, o feijão, o que seria a comida básica para os idosos. Porque dinheiro até, na época, não era suficiente. O que a
instituição ganhava de maioria era o material de manutenção do Asilo”.
Obras do Frei Gabriel
Logo após que Frei Gabriel conseguiu construir o Asilo, ele começou a trabalhar pela Santa Casa, depois pela Casa da Criança. “Era até, assim, gratificante ver, e acabava dando coragem pra gente,” reconhece Maria José, que relembra com orgulho, que lavrou a primeira ata do Asilo. “Eu fazia parte da sociedade do Asilo e ele era muito organizado, apesar de ser uma pessoa praticamente analfabeta, ele tinha um poder de gestão muito grande. Ele chegava, colocava
pra gente o que ele queria, depois sentava num canto e ficava quieto. Deixava que a gente discutisse, mas ele era muito rigoroso, quando a gente lia a ata, ele exigia que ela estivesse muito ao “pé da letra”, comenta Maria José.
Amor do Capuchinho
De acordo com Maria José, Frei Gabriel sempre dizia do amor aos menos favorecidos. “Ele passou por situações difíceis. Frei Gabriel era assim, uma das pessoas mais inteligentes que já conheci na minha vida. Estar com ele, é sempre
uma alegria muito grande. Era do típico italiano, positivo, franco, às vezes muitas pessoas se estranhavam com ele, mas acima
de tudo ele era uma pessoa muito boa e que ajudava muito. Foi uma experiência muito boa. Foram mais de dez anos de convivência, secretariando as atas de reuniões do Asilo.”Maria José afirma que
o fundador do Asilo Pio XII teve vários motivos para desistir. Só não desistiu pela fé, primeiramente, já que dizia que não era ele quem fazia, e sim, Santo Antônio. “Os fatos que a gente
presenciava no Asilo, entendíamos que havia uma força superior, porque não era possível a gente conseguir tanta coisa como conseguia naquela época. Frei Gabriel tinha duas ações das quais não abria mão e que servem de exemplo para todos nós: Orar e Agir”, finaliza.
História 05
Não fosse a participação todos os anos e a contribuição da comunidade frutalense, a Quermesse Frei Gabriel certamente não teria alcançado o sucesso que conquistou em mais de 40 anos de história social. A diretora do Asilo, Eleni
de Souza Ali Mere afirma ficar surpresa com o interesse e a participação maciça da sociedade a cada evento que ocorre sempre no mês de abril, data da fundação da entidade. De acordo com Eleni, o
interessante da Quermesse, é que para se organizar
o evento é feita a mesma peregrinação que Frei Gabriel idealizou há 40 anos. “Os diretores continuam fazendo o trabalho e muitos dos doadores são os filhos de quem já contribuía quando o capuchinho era vivo”. Dentre as doações, se des
tacam cabeças de gado, aves, alimentos dos mais variados como sacas de arroz, feijão, leite, entre outros. Graças à Quermesse, o Asi
lo consegue arrecadar por ano em torno de R$ 90 a 100 mil reais, dinheiro, que segundo Eleni, ajuda e muito a manter a instituição.
Uma história de amor e de reconhecimento pelo trabalho social um dia idealizado por Frei Gabriel. Assim pode ser definido o gesto de solidariedade que serve de exemplo e que surgiu há 35 anos atrás, quando senhoras da sociedade frutalense resolveram unirse em torno de um ideal: criar o Bazar Frei Gabriel. Conforme revela uma das
fundadoras, Cecy Terezinha Maia, no início, “éramos em cinco e hoje, estamos em mais de 35 pessoas”. Um crescimento, que segundo Cecy, se justifica pelo exem
plo de amor e dedicação deixados por Frei Gabriel na assistência aos idosos. O Bazar Frei Gabriel
acontece no mês de maio e durante três dias de exposição realizada no Salão Paroquial, as pessoas adquirem belíssimas toalhas de banho e mesa, tapetes, cortinas, conjuntos de cozinha. A cada evento são arrecadados em torno de R$ 20 mil reais e a renda é dividida entre o Asilo pio XII e a Casa da Criança, outra obra também idealizada por Frei Gabriel.
O Asilo Pio XII viveu este ano um momento especial quando foi instituída “A Comenda Frei Gabriel”, evento que aconteceu em abril, durante cerimônia religiosa na Igreja Matriz. A homenagem foi
comandada pelo presidente da instituição, Quintino de Oliveira Rosa e pelo diretor geral da Assistência Social Pio XII, e pároco da Paróquia Nossa Senhora do
Carmo, padre Márcio Antônio Ruback. Na oportunidade, foi
entregue um botton com a foto de Frei Gabriel e um certificado de reconhecimento a 50 pessoas da sociedade frutalense que ajudaram a manter o Asilo Pio XII durante cinco décadas. A intenção da
diretoria é tornar o evento anual que será realizado sempre na data de comemoração do aniversário do Asilo Pio XII, ou seja, em abril.
Comunidade mantém Quermesse Frei Gabriel
Senhoras da sociedade se unem em prol do Asilo
Comenda Frei Gabriel reconhece trabalho de voluntários
Outro importante evento organizado anualmente sempre no mês de setembro, por funcionários e diretoria do Asilo Pio XII e que não pode faltar, é a Semana do Idoso. Este ano, a iniciativa completou sua décima terceira edição. De acordo com a as
sistente social da entidade, Lílian Viscone, o objetivo da instituição é contemplar a data de 27 de Setembro em que é comemorado o Dia do Idoso. A proposta básica
da Semana do Idoso é conscientizar e chamar a atenção da população para os problemas e de
safios que envolvem a Terceira Idade. “Durante a Semana, trabalhamos temas como o respeito,
o direito à afinidade e à afetividade, além de buscar interagir as novas gerações que no futuro, inevitavelmente, também irão envelhecer”, observa Lílian. A Semana do
Idoso tem duração de quatro dias, período em que ocorrem palestras com temas
ligados à necessidade da valorização dos internos, atividades festivas e recreativas, sempre
em parceria com a comunidade frutalense. Uma das mudanças
ocorridas no Asilo é que há alguns anos atrás, a entidade realizava um número maior de atividades externas com os internos. No entanto, devido à grande quantidade de idosos com dificuldades para andar ou sentar, foi preciso, ao invés de levar o idoso até a comunidade fazer com que a população viesse prestigiar os eventos organizados pela instituição.
A afirmação enche de orgulho a Assistente Social do Asilo Pio XII de Frutal, há sete anos na instituição, Lilian Viscone. De acordo com ela, a entidade possui hoje uma característica bastante diferente de quando iniciou suas atividades. Lílian conta que
quando Frei Gabriel fundou o Asilo Pio XII, exatamente no dia 17 de abril de 1959, ele preocupouse em abrigar numa residência, um espaço para cuidar de pessoas que não
tinham acompanhamento familiar ou que não possuíam moradia, além daquelas portadoras de deficiência mental, já que as famílias não se importavam em cuidar dessas pessoas ou não tinham condições para tal. Com o passar do
tempo, o líder religioso percebeu que os idosos estavam desamparados e então, o Asilo se tornou um local de abrigo também para esse público. “O mais curioso é que passados 50 anos de fundação do Asilo,
t e m o s , até hoje, a l g u n s d e s s e s internos como é o caso de uma senhora que veio para cá adolescente”. Ao
falar em n o m e
da diretoria, Lílian Viscone se orgulha em afirmar que o Asilo Pio XII, apesar dos inúmeros desafios que enfrentou ao longo de décadas, é considerado hoje uma entidade referência no Estado. A vitória é graças, segundo ela, às intervenções políticas, comunitárias e públicas, por meio de repasses financeiros, além do crescimento da assistência social no Brasil. “Eu costumo dizer que Frei Gabriel era um visionário. Porque na época em
que ele fundou o Asilo como uma entidade filantrópica caritativa, ele já usava o termo assistência social, que passou a ser uma expressão da atualidade. “Somos reconhecidos e certificados como uma instituição prestadora de assistência social”, destaca Lílian. De acordo com
Lílian Viscone, o asilo de Frutal é uma instituição bem estruturada, capaz de oferecer as condições necessárias propostas e reconhecidas legalmente e pelo Serviço Voluntário de Assistência Social (SERVAS), que é uma ONG ligada ao governo mineiro que reconhece o Asilo de Frutal como referência no atendimento de instituições de longa permanência para idosos. “Estamos fazendo uma reforma com a ampliação das alas masculina e feminina, a construção de um escritório e das salas da assistente social
e da enfermagem. Tudo isso, para oferecer melhores condições de tratamento aos nossos idosos e funcionários”, comemora a assistente social. O Asilo Pio XII
tem capacidade para atender 60 internos, de ambos os sexos. E hoje são assistidos 53, a maioria, homens. Atualmente, a ins
tituição conta com uma equipe multidisciplinar no atendimento aos idosos (foto). Ela é composta por uma enfermeira (cedida pelo município), que é quem se responsabiliza pela parte dos cuidados pessoais, na saúde e na coordenação da equipe de cuidadores e técnicos em enfermagem. Temos também psicóloga, fisioterapeuta, assistente social. Além disso, contamos com três voluntários que são uma nutricionista, um clínico geral e uma assessora de comunicação.
História 06
Semana do Idoso - Uma porta para a inclusão
“Somos referência no Estado”