Asma

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Asma: Definição

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que ataca o sistema respiratório, e resulta na redução ou até mesmo obstrução no fluxo de ar.

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Asma

Sua fisiopatologia está relacionada a interação entre fatores genéticos e ambientais que se manifestam como crises de falta de ar devido ao edema da mucosa brônquica, a hiperprodução de muco e a contração da musculatura lisa das vias aéreas, com consequente diminuição de seu diâmetro (broncoespasmo).

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Asma: sinais e sintomas

Dentre os principais sinais e sintomas estão: a tosse, que pode ou não estar acompanhada de alguma expectoração; dificuldade respiratória, com dor ou ardência no peito; além de um chiado(sibilância). Na maioria das vezes não há expectoração ou se tem, é do tipo "clara de ovo". Podem aparecer a qualquer momento do dia, mas tendem a predominar pela manhã ou à noite.

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Asma: Sinais e sintomas

Os sintomas de asma ocorrem, ou agravam-se, à noite e, também, na presença de exercício, infecção viral, animais com pêlo e penas, ácaros domésticos (nos colchões, nas roupas de cama, nas almofadas, nas carpetes, na mobília acolchoada), fumo, pólenes, alimentos, alterações da temperatura, emoções fortes (riso, choro), aerossóis de produtos químicos e de fármacos.

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Asma: Fatores desencadeantes (exemplos)

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Asma: Diagnóstico

O diagnóstico da asma tem por base:

História clínica : para determinar a presença de sintomas e as suas características, relacionados com exposições a fatores de agressão;

Exame específico : para determinar sinais de obstrução brônquica, embora um exame normal possa possibilitar o diagnóstico;

Avaliação funcional respiratória : para comprovação de obstrução brônquica, da presença de hiperreatividade brônquica e de limitação variável do fluxo aéreo;

Avaliação de atopia;

Exclusão de situações que podem confundir-se com a asma.

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Asma: ClassificaçãoAsma Intermitente:

sintomas menos de uma vez por semana; crises de curta duração (leves); sintomas noturnos esporádicos (não mais do que duas vezes ao mês); provas de função pulmonar normal no período entre as crises.

Asma Persistente Leve:

presença de sintomas pelo menos uma vez por semana, porém, menos de uma vez ao dia; presença de sintomas noturnos mais de duas vezes ao mês,porém, menos de uma vez por semana; provas de função pulmonar normal no período entre as crises.

Asma Persistente Moderada:

sintomas diários; as crises podem afetar as atividades diárias e o sono; presença de sintomas noturnos pelo menos uma vez por semana; provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF) >60% e < 80% do esperado.

Asma Persistente Grave:

sintomas diários; crises frequentes; sintomas noturnos frequentes; provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF) > 60% do esperado

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Asma: Tipos de crise

Crise ligeira

Apresenta dispnéia à marcha (a andar);

Tolera posição de decúbito (posição de quem está deitado);

Apresenta um discurso quase normal; consciente; normalmente calmo ;

Não apresenta habitualmente tiragem respiratória;

A frequência respiratória está habitualmente normal, podendo estar ligeiramente elevada;

A frequência cardíaca está habitualmente abaixo dos 100/min;

Apresenta sibilos (ruídos feitos ao respirar que indicam obstrução parcial dos brônquios) moderados.

Não apresenta pulso paradoxal.

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Asma: Tipos de crisesCrise moderada

Apresenta dispnéia a falar;

Adota a posição de sentado;

Fala com frases curtas;

Está consciente mas ansioso;

Apresenta tiragem respiratória;

A frequência respiratória encontra-se elevada;

A frequência cardíaca encontra-se entre 100 e 120/min;

Apresenta sibilos evidentes;

Pode apresentar pulso paradoxal.

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Asma: Tipos de criseCrise grave

Apresenta dispnéia em repouso;

Encontra-se inclinado para a frente;

Encontra-se ansioso ou até agitado;

Apresenta tiragem respiratória;

A frequência respiratória é superior a 30/min;

A frequência cardíaca é superior a 120/min;

Apresenta sibilos muito evidentes;

Apresenta geralmente pulso paradoxal.

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Asma: Tipos de criseCrise com paragem respiratória iminente

Apresenta-se sonolento ou em estado de confusão;

Apresenta bradicardia (diminuição do número normal das contrações cardíacas);

Apresenta silêncio respiratório;

Não apresenta pulso paradoxal.

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Asma: Pulso paradoxalNa medicina, pulso paradoxal é definido como uma queda superior a 15 mmHg na pressão arterial sistólica durante a fase inspiratória da respiração. É um sinal médico indicativo de diversas condições incluindo tamponamento cardíaco, pericardite, apneia do sono crônica, crupe, e doença obstrutiva dos pulmões, como asma e DPOC.

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Asma: Tratamento

Para se tratar a asma, a pessoa deve ter cuidados com o ambiente, principalmente na sua casa e no trabalho, além de usar medicações e manter consultas médicas regulares.Técnicas fisioterapêuticas se mostram bastante eficientes.

Os medicamentos podem ser divididos em duas classes: de alívio e de manutenção.

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Asma: Tratamento

O tratamento da asma tem dois componentes: 1) Uso de um agente aliviador (resgate) na fase

aguda (broncodilatador) para reverter a obstrução aguda das vias áereas asmáticas.

2) Uso de medicações controladoras, que modifiquem o ambiente das vias áereas, de forma a diminuir a frequência de broncoconstrição.

A asma é uma doença crônica que deve, exceto nas formas mais leves, ser tratada por longo prazo.

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Asma: TratamentoO doente asmático deve procurar cuidados médicos imediatos se:

1. A crise de asma é grave. O doente apresenta-se em insuficiência respiratória global. Nos lactentes e em crianças de idade inferior a 5 anos a evolução para um quadro de insuficiência respiratória grave pode ser mais rápida.

2. A resposta ao tratamento broncodilatador inicial não foi imediata e mantida pelo menos durante 3 horas.

3. Há deterioração progressiva do seu estado clínico.

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Asma: Tratamento Segundo o principal mecanismo de ação, os

medicamentos usados no tratamento da asma podem ser divididos em duas categorias: os de alívio e os controladores.

Os de alívio (ß2 agonistas de curta duração, brometo de ipratrópio, teofilina e derivados, e corticosteróides

sistêmicos) são administrados para controle de sintomas agudos.

Os controladores (ß2 agonistas de longa duração, cromoglicato dissódico, nedocromil sódico, cetotifeno, glico-corticosteróides inalatórios e os antileucotrienos)

são administrados por período de tempo prolongado para controle da inflamação.

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Asma: Tratamento

Tanto os broncodilatadores quanto os anti-inflamatórios podem ser usados de várias formas:

*por nebulização; *nebulímetro ("spray" ou "bombinha"); *inaladores de pó seco; * comprimido; *xarope. Os médicos dão preferência ao uso das medicações

por nebulização, nebulímetro ou inaladores de pó seco por serem mais eficazes e causarem menos efeitos indesejáveis.

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Asma: Nebulizadores *Use o nebulizador de acordo com as

orientações de seu médico e do fabricante. *Não misture medicamentos no nebulizador

ou use o nebulizador de um medica-mento específico com outro medicamento.

*Em caso de vazamentos ou obstrução, troque o nebulizador.

*Seu nebulizador é de uso individual. *Sempre limpe e desinfete o nebulizador após

cada aplicação.

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Asma: Broncodilatadores

Utilizados principalmente como medicações de alívio para cortar uma crise de asma.

O broncodilatador é um medicamento, como o próprio nome diz, que dilata os brônquios (vias aéreas) quando o asmático está com falta de ar, chiado no peito ou crise de tosse.

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Asma: Broncodilatadores

Existem broncodilatadores chamados beta2-agonistas - uns apresentam efeito curto e outros efeito prolongado (que dura até 12h). Os de efeito curto costumam ser utilizados conforme a necessidade. Já aqueles de efeito prolongado costumam ser utilizados continuamente, a cada 12 horas. Além dos beta2-agonistas, outros broncodilatadores, como teofilinas e anticolinérgicos, podem ser usados.

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Asma: Broncodilatadores

A teofilina é um broncodilatador que pode ajudar a aliviar os sintomas. O médico pode recomendar monitoração com exames de sangue para assegurar-se que a dosagem está correta. A teofilina encontra-se disponível em várias formas diferentes, inclusive comprimidos ou cápsulas de liberação prolongada. Na forma de liberação prolongada, o medicamento deve ser engolido inteiro, não podendo ser esmagado nem mastigado. Pergunte ao médico ou farmacêutico sobre como tomar otipo específico de teofilina receitado.

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Asma: Antinflamatórios Utilizados principalmente para evitar crises (manutenção).

Os corticóides inalatórios são, atualmente, a melhor conduta para combater a inflamação.

São utilizados com o intuito de prevenir as exacerbações da doença ou, pelo menos, minimizá-las e aumentar o tempo livre da doença entre uma crise e outra. Os anti-inflamatórios devem ser utilizados de maneira contínua (todos os dias), já que combatem a inflamação crônica da mucosa brônquica.

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Asma: Corticóides inalatórios

É importante bochechar e lavar a boca com água depois de usar esses inaladores a fim de evitar a irritação da boca e da garganta. Alguns exemplos são:

Fluticasona , budesonida , triancinolona , flunisolida, beclometasona e (combinação de fluticasona e salmeterol).

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Manejo da asma Todo paciente asmático deve ter em mãos

um aparelho medidor do pico do fluxo expiratório (PFE). Esse aparelho é tão importante quanto um termômetro ou o aparelho de medir a pressão arterial, pois assim como a temperatura e a pressão, a asma pode ser mais bem controlada quando é medida.

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Manejo da asma O medidor do pico do fluxo avalia o

fluxo de ar no momento da expiração. Seu médico pode informar qual o valor do PFE esperado, tendo por base sua idade, peso e altura.

Quando a asma está sob controle, o fluxo de ar é normal ou muito próximo do valor esperado. Porém, mesmo antes da percepção dos sintomas de uma crise de asma, o pico do fluxo expiratório pode estar diminuído, evidenciando a obstrução das vias aéreas.

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Manejo da asma

O sistema de semáforo foi estabelecido para ser um guia de ajuda para os pacientes no manejo da asma. Assim que seu PFE for estabelecido, todos os esforços devem ser feitos para manter os valores no mínimo em torno de 80% deste valor.

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Manejo da asma Veja o que cada cor do “semáforo”

indica: PFE entre 80% e 100% do melhor PFE

esperado:

ZONA VERDE

SIGA: Você deve estar relativamente livre de sintomas e pode manter os medicamentos em uso.

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MANEJO DA ASMA

ZONA AMARELA

PFE entre 50% e 80% do PFE esperado:

ATENÇÃO: A asma está piorando.

Um aumento temporário na medicação para a asma é indicado. Se você usa medicação crônica, a terapia de manutenção irá provavelmente precisar ser aumentada. Entre em contato com seu médico para ajustar seu tratamento.

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Manejo da asma

ZONA VERMELHA

PFE abaixo de 50% do PFE esperado:

PERIGO - O controle da asma está falhando.

Use seu broncodilatador inalatório. Se o PFE não retornar à zona amarela, entre em contato com seu médico imediatamente, ou inicie o tratamento orientado para os momentos de exacerbação da asma.

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A educação terapêutica do paciente asmático

Os doentes devem ser ativamente envolvidos no controle da sua própria asma e na prevenção de situações de crise, podendo, assim, viver de forma ativa e produtiva. Com a ajuda do profissional de saúde, os doentes com asma devem aprender a:

* tomar os medicamentos corretamente

* compreender as diferenças entre o alívio imediato da crise e o tratamento preventivo a longo prazo

* evitar fatores desencadeantes

* monitorizar o estado da sua asma, reconhecer os sintomas e, se possível, analisar os valores do seu PEF

* reconhecer os sinais de agravamento e tomar as medidas necessárias

* procurar a ajuda médica adequada

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Fontes

* Programa Nacional do controlo da asma Lisboa: Direcção-Geral da Saúde, 2000.

* Asma e Rinite: Linhas de conduta em atenção básica

Editora MS Brasília-DF 2004

* Wikipédia

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Compilação

Aline Maria Sá Nascimento Farmacêutica-Bíoquimica Pos-graduada em Farmácia

12/2011