Aspectos ergonômicos

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL FACULDADE DE DESIGN PÓS GRADUAÇÃO EM DESIGN DE PRODUTO ALINE NOGUEIRA BAUMGARTEN ASPECTOS ERGONÔMICOS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS EM PROJETO DE TORNEIRA DE LAVATÓRIO Canoas, dezembro de 2004.

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Aspectos ergonômicos que devem ser considerados em projeto de torneira de lavatório.

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

FACULDADE DE DESIGN

PÓS GRADUAÇÃO EM DESIGN DE PRODUTO

ALINE NOGUEIRA BAUMGARTEN

ASPECTOS ERGONÔMICOS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS EM PROJETO

DE TORNEIRA DE LAVATÓRIO

Canoas, dezembro de 2004.

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ALINE NOGUEIRA BAUMGARTEN

ASPECTOS ERGONÔMICOS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS EM PROJETO

DE TORNEIRA DE LAVATÓRIO

Monografia apresentada ao Programa dePós-Graduação em Design de Produto daUniversidade Luterana do Brasil, campusCanoas, como requisito para a obtenção dotítulo de Especialista em Design de Produto.

PROF. DSG. ROBERTO SCARPELLINI DE MELLO

Orientador

Prof. Dr. Júlio van der Linden

Co-orientador

Canoas, dezembro de 2004.

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Aos meus pais, Cleyton e Marlene,

exemplos de vida e de união.

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Agradecimentos

Aos professores Roberto Scarpellini e Júlio van der Linden que me orientaram

no final do curso.

A minha família que é meu porto seguro.

A família Kautzmann, por me hospedar nos finais de semana em Canoas. Ao

Elisandro, muito mais pelo amor e companheirismo.

Aos colegas do pós, os quais levo no coração os momentos agradáveis no

campus da Ulbra-Canoas.

Aos professores da Especialização, que me influenciaram e despertaram em

mim a vontade de obter mais conhecimento.

A Meber, na pessoa do Sr. Carlos Bertuol, que abriu as portas da empresa

para eu poder fazer um trabalho com as informações corretas do produto. Ao Daniel,

pela disposição em me receber e me mostrar as instalações.

Aos meus vizinhos, visitantes, funcionários do edifício e aos idosos que

agregaram informações preciosas durante o trabalho.

A minha amiga Luana, pela disposição em formatar e revisar o trabalho.

A todos aqueles que fizeram parte de mais esta etapa, sou

Muito grata.

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Resumo

Esta monografia aborda aspectos ergonômicos que devem ser considerados

no projeto de uma torneira de lavatório. Apresenta, ainda, uma análise do

desenvolvimento do produto, uma apreciação ergonômica baseada em metodologias

de design macroergonômico e sugere melhorias de design em uma torneira do

estudo de caso utilizada como exemplo. Expõe, também, uma abordagem de

conceitos que fazem parte do estudo da Ergonomia.

Palavras-chave: ergonomia, apreciação ergonômica.

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Abstract

This monograph approaches ergonomic aspects that must be considered in

the project of a bathroom tap. It still presents an analysis of the development of the

product, a based ergonomic appreciation in methodologies of macroergonomic

design and suggests improvements of design in the tap used as an example in this

study of case. It also displays a boarding of concepts that are part of the study of

Ergonomics.�

Key-Words: ergonomics, ergonomic appreciation.

Page 7: Aspectos ergonômicos

Lista de Figuras

Figura 01 Foto da torneira de lavatório 1198 CD 201 linha Millenium.......................12

Figura 02 Layout do sanitário do salão de festas após a reforma.............................36

Figura 03 Fotos do banheiro após a reforma, ainda sem os acabamentos embaixo da

bancada. ...................................................................................................................37

Figura 04: Fotos de usuários manejando a torneira. .................................................39

Figura 05: Sugestão de novo design para torneira de lavatório. ...............................44

Figura 06: Sugestão de novo design para manejo do produto. .................................45

Figura 07 – Análises Antropométricas Masculinas para lavatórios. ..........................49

Figura 08 – Análises Antropométricas Femininas e infantis para lavatórios. ............49

Figura 09: Foto de torneira de lavatório linha Duomo – Deca ...............................50

Figura 10: Foto de torneira de lavatório linha Línea – Deca .................................50

Figura 11: Foto de torneira de lavatório linha Kromus– Docol ..............................51

Figura 12: Foto de torneira de lavatório linha Queen– Docol ................................51

Figura 13: Foto de torneira de lavatório linha Millenium 27 - Meber .....................52

Figura 14: Foto de torneira de lavatório linha Minimal - Meber .............................52

Figura 15: Foto de torneira de lavatório linha Link - Deca ....................................53

Figura 16: Foto de torneira de lavatório linha Polaris - Docol ...............................53

Figura 17: Componentes para procedimento de montagem da torneira de lavatório

1198 201 da linha Millenium da Meber. ....................................................................54

Figura 18: Vista superior do tampo de lavatório. .......................................................56

Figura 19: Vista lateral do lavatório. ..........................................................................56

Figura 20: Vista Frontal do lavatório..........................................................................57

Figura 21: Fotos da área onde são feitos os moldes em areia..................................60

Page 8: Aspectos ergonômicos

Figura 22: Fotos da área de fundição........................................................................60

Figura 23: Foto da área de polimento e afinação – Robô. ........................................61

Figura 24: Foto dos tanques da área de cromagem..................................................61

Figura 25: Foto da área de montagem – torneira 1198 201- linha Millenium. ...........62

Lista de Tabelas

Tabela 01: Freqüência de uso da torneira de lavatório do salão de festas. ..............42

Tabela 2 Nível de dificuldade da interação usuário-torneira, para as variáveis

consideradas no estudo. ...........................................................................................43

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................12

1.1. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA ...........................................................12

1.2. OBJETIVOS ........................................................................................13

1.2.1. Objetivo Geral............................................................................13

1.2.2. Objetivos Específicos...............................................................13

1.3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .....................................................14

2. REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................15

2.1. UM BREVE HISTÓRICO DA CASA BRASILEIRA..........................................15

2.1.1. Desevolvimento de produtos de sucesso...............................16

2.2. O PAPEL DA ERGONOMIA ....................................................................17

2.2.1. Design Macroergonômico ........................................................18

2.2.2. Etapas de uma Avaliação Ergonômica ...................................19

2.2.3. Manejo de Produtos..................................................................19

2.3. O IDOSO E SUA PARTICIPAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ...21

3. ANÁLISE DAS ETAPAS DE PROCESSO DE PROJETO DE PRODUTO .......23

3.1. INTRODUÇÃO ......................................................................................23

3.2. BRIEFING ...........................................................................................24

3.2.1. Necessidade do projeto............................................................24

3.2.2. Parâmetros ................................................................................25

3.3. LEVANTAMENTO DE DADOS .................................................................26

3.4. TENDÊNCIAS ......................................................................................26

3.5. DEBRIEFING .......................................................................................27

3.6. DEFINIÇÃO DO CONCEITO DO DESIGN...................................................28

3.7. ANÁLISE ERGONÔMICA E DEFINIÇÃO ERGONÔMICA DO PROJETO...........29

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3.7.1. Ergonomia cognitiva de produto .............................................29

3.7.2. Ergonomia do produto..............................................................30

3.8. ANÁLISE MATERIAL E PROCESSUAL DO PROJETO .................................31

3.9. APLICAÇÃO SISTÊMICA .......................................................................32

3.10. AVALIAÇÃO NA FORMA E NA FUNCIONALIDADE..................................33

3.11. DIFERENCIAL MERCADOLÓGICO .......................................................34

4. APRECIAÇÃO ERGONÔMICA.........................................................................35

4.1.1. Análise do ambiente .................................................................35

4.1.2. Análise da percepção quanto ao uso do produto ..................37

4.1.3. Análise do uso do produto.......................................................38

4.1.4. Análise da demanda ergonômica ............................................40

5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ...................................................................42

5.1. SUGESTÕES DE MELHORIAS NO DESIGN DA TORNEIRA............................43

5.2. SUGESTÕES DE MELHORIAS NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO

PROJETO DA EMPRESA ...................................................................................45

6. CONCLUSÃO ....................................................................................................46

7. REFERÊNCIAS .................................................................................................47

8. ANEXOS............................................................................................................48

8.1. ANEXO I .............................................................................................49

8.2. ANEXO II: MODELOS SEMELHANTES DE TORNEIRAS DE LAVATÓRIO DOS

PRINCIPAIS CONCORRENTES DE METAIS SANITÁRIOS: .......................................50

8.3. ANEXO III: MODELOS IDEAIS DE PEGA DE TORNEIRAS DE LAVATÓRIO:.....52

8.4. ANEXO IV: PROCEDIMENTO DE MONTAGEM DA TORNEIRA MILLENIUM

201........ ......................................................................................................54

9. APÊNDICES ......................................................................................................55

Page 11: Aspectos ergonômicos

9.1. APÊNDICE I: DADOS TÉCNICOS DE PROJETO DE ARQUITETURA DO

LAVATÓRIO DO BANHEIRO DO SALÃO DE FESTAS ..............................................56

9.2. QUESTIONÁRIO APLICADO AOS USUÁRIOS.............................................58

9.3. APÊNDICE III: FOTOS DA LINHA DE PRODUÇÃO......................................60

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1. INTRODUÇÃO

1.1. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA

A oferta de várias opções em metais sanitários no mercado atual abre a

discussão sobre de onde vêm as referências de produtos com linhas tão marcantes

e modernas, como é o acesso às mais modernas tecnologias utilizadas nos metais e

qual é a preocupação com a questão ergonômica. Sendo assim, deve-se considerar

as inovações formais e técnicas que afetam o uso dos produtos (especialmente para

pessoas idosas).

Neste contexto, o presente trabalho apresenta uma análise de produto com

ênfase na ergonomia. O objeto desta análise foi a torneira de lavatório 1198 201 da

linha Millenium da Metalúrgica Bertuol (Meber) de Bento Gonçalves, apresentada na

Figura 01.

Figura 01 Foto da torneira de lavatório 1198 CD 201 linha Millenium (Fonte: MEBER, 2004).

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A torneira de lavatório analisada foi especificada para atender ao banheiro de

um salão de festas de um edifício residencial em Porto Alegre. Além do uso pelos

condôminos e visitantes, a torneira atende também os funcionários do edifício que

utilizam o banheiro quando não há festas, ou seja, diariamente. A escolha deste

modelo foi pautada considerando o seguinte: sugestão do arquiteto conhecedor do

produto, para a linha Millenium, aceitação da linha pelos condôminos e em

considerando ao preço.

1.2. OBJETIVOS

1.2.1. Objetivo Geral

O objetivo deste estudo é analisar aspectos ergonômicos e de

desenvolvimento de produto, avaliar a torneira do estudo de caso e sugerir

melhorias.

1.2.2. Objetivos Específicos

• Analisar aspectos cognitivos do design do produto em questão;

• Analisar o processo de desenvolvimento de projeto da torneira;

• Avaliar o uso da torneia considerando questões de natureza

ergonômica.

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1.3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho contempla a análise do processo de desenvolvimento do produto e

sua apreciação ergonômica. Foram realizadas as seguintes etapas:

• Revisão de Literatura: busca de referências sobre o produto em

questão, não apenas na empresa em que é concebido, mas em outras

concorrentes, além da apresentação de conceitos e definições;

• Análise do desenvolvimento do produto: consistiu na coleta e análise

dos dados referentes às etapas do processo de projeto de produto,

considerando tendências e tecnologias; foi realizada por meio de visita

à fábrica, com uso de entrevistas com a gerência e técnicos e

observação do processo de produção;

• Apreciação ergonômica do produto: foi realizada através da aplicação

de questionários, observação de uso (documentação fotográfica) e

análise da demanda de usuários feita com base no Design

Macroergonômico, por meio de entrevistas.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

A revisão de literatura para este trabalho contemplou diferentes aspectos que

devem ser considerados no seu desenvolvimento. A seção sobre o histórico da casa

brasileira tem o papel de demonstrar a importância da indústria de metais sanitários

para a sociedade moderna. A seção referente ao desenvolvimento de produtos de

sucesso vem apontar alguns fatores importantes ou essenciais para que uma

empresa atinja o sucesso em sua área de atuação. A terceira seção, sobre

ergonomia, apresenta conceitos e técnicas que embasarão a análise do produto. A

última seção traz a importância de se considerar um mercado emergente, que

apresenta novas exigências aos designers e arquitetos, que é formado pelos idosos.

2.1. UM BREVE HISTÓRICO DA CASA BRASILEIRA

A chegada da família Imperial no Brasil provocou o desenvolvimento das

cidades com grande ocupação populacional. Na cidade do Rio de Janeiro, para onde

a corte se transferiu, logo aconteceu uma manifestação na arquitetura, através de

novas técnicas e novos materiais de construção. O abastecimento de água estava a

cargo do governo do Estado, mas canalizações, materiais e serviços eram

encomendados a empresas estrangeiras (LEMOS, 1989).

Lemos (1989) diz:

Os ricos e remediados, quando seus jardins (sempre nos fundos das casas)permitiam, passaram a possuir ‘casas de banho’, verdadeiros balneáriosprovidos de tanques (...), banheiras escavadas num só bloco de mármorede Carrara, de água corrente, às vezes, até água aquecida em caldeiraacoplada no lado de fora do pavilhão.

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No final do século XIX, com a crescente industrialização, com a chegada da

energia elétrica, do gás e da água encanada, a vida cotidiana sofre novas

alterações. A água encanada forçou a aproximação da cozinha com as instalações

sanitárias para economizar em tubulações, aparelhos, registros e torneiras, pois tudo

era importado da Inglaterra ou dos Estados Unidos.

2.1.1. Desenvolvimento de produtos de sucesso

O sucesso de um produto não é de responsabilidade de apenas uma equipe,

mas da administração superior, da equipe de desenvolvimento de produto e do

marketing. Uma empresa dificilmente terá sucesso com seus produtos e serviços, se

estes não forem uma boa solução para algum problema de seus clientes (SELL,

1997). Baxter (1998) diz:

As melhores idéias são geradas por uma equipe multidisciplinar, envolvendomarketing, desenvolvimento do produto e engenharia de produção. Essasidéias devem ser convertidas em especificações de projeto, para orientar odesenvolvimento e fornecer diretrizes para controlar a qualidade dessedesenvolvimento.

Segundo Baxter (1998) empresas inovadoras realizam análises dos produtos

da concorrência de forma sistemática e não esporadicamente. Algumas empresas,

inclusive, compram produtos de concorrentes e montam um mostruário.

Considerando esses procedimentos, temos em Baxter (1998),

Analisando-se o conjunto dos produtos concorrentes, pode-se extrapolaruma tendência de evolução desses produtos. As pessoas que acompanhamessa tendência tornam-se capazes, depois de algum tempo, de fazerextrapolações, predizendo as próximas mudanças que serão introduzidasno mercado. Assim, a empresa, tendo essa visão de futuro, será capaz dese antecipar aos seus concorrentes.

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O desenvolvimento de um produto requer pesquisa, planejamento, controle e

métodos sistemáticos que exigem uma abordagem interdisciplinar, abrangendo

métodos de marketing, engenharia de métodos e a aplicação de conhecimentos

sobre estética e estilo. Para ter mais chances de sucesso, um produto deve contar

com uma especificação clara e precisa, o que inclui determinar o público alvo e os

parâmetros de projeto (Baxter, 1998).

2.2. O PAPEL DA ERGONOMIA

Segundo Iida (1990, p.1), “ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao

homem”. Tudo que envolve o ambiente de trabalho, desde as máquinas e os

produtos, bem como as condições físicas e organizacionais, é considerado como

trabalho.

A ergonomia é multidisciplinar, ou seja, para obtermos um estudo completo da

relação homem-trabalho, faz-se necessário estudar também o ambiente, o sistema

de informações, a organização do sistema produtivo e as conseqüências do

trabalho.

Conforme Iida (1990, p.353) “do ponto de vista ergonômico, os produtos não

são considerados como objetos em si, mas apenas como meios para que o homem

possa executar determinadas funções”. A ergonomia estuda o sistema homem-

máquina-ambiente, visando seu funcionamento ordenado.

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2.2.1. Design Macroergonômico

A Macroergonomia é a abordagem no todo de uma organização ou de um

sistema técnico. Segundo Brown (1995) apud Guimarães (1999), “a macroergonomia

é o campo que enfatiza a interação entre os contextos organizacional e psico-social

de um sistema e o projeto, implementação e uso de novas tecnologias”. A

participação dos usuários pode ser estimulada durante o processo de projeto de

produto, aumentando as chances de resultados mais satisfatórios de design.

Conforme Fogliatto e Guimarães (1999) “o Design Macroergonômico (DM) é

uma metodologia para design de produtos e postos de trabalho, de caráter

participativo, baseada em preceitos macroergonômicos”. Tem como principal

objetivo ouvir o usuário no processo de projeto de produto. No processo de DM,

procura-se identificar a demanda ergonômica, através da verbalização dos anseios

do usuário. O DM é composto por sete etapas, assim dispostas:

• Identificação do usuário e coleta de informações;

• Priorização dos Itens de Demanda Ergonômica (IDEs) identificados

pelo usuário;

• Incorporação da opinião de especialistas;

• Listagem dos Itens de Design (IDs) a serem considerados no projeto

ergonômico;

• Determinação da força de relação entre IDEs e IDs;

• Tratamento ergonômico dos IDs;

• Implementação do novo design e acompanhamento.

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2.2.2. Etapas de uma Avaliação Ergonômica

Segundo Moraes (1998) uma avaliação ergonômica pode ser dividida em 5

grandes etapas, descritas a seguir:

• Apreciação ergonômica;

• Diagnose ergonômica;

• Projetação ergonômica;

• Avaliação, validação e/ou testes ergonômicos;

• Detalhamento ergonômico e otimização.

Conforme Moraes (1998) apreciação ergonômica é uma fase de pesquisas

em que se faz uma listagem dos problemas ergonômicos de um produto ou

empresa. As etapas poderão ser implementadas de acordo com as necessidades da

empresa e com a urgência, de qualquer forma, a maioria das empresas começam

pela apreciação.

2.2.3. Manejo de Produtos

Entre várias áreas de conhecimento que a Ergonomia detém, está o estudo

de manejos. De acordo com Iida (1998) o manejo é a forma de engate que ocorre

entre o homem e o produto. Quanto aos manejos, estes podem ser: manejo fino e

manejo grosseiro.

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• Manejo fino: é aquele executado pelas pontas dos dedos, tendo

precisão e velocidade, com pouca força;

• Manejo grosseiro: é aquele em que o movimento é executado pelo

punho e braço, com muita força e pouca precisão e velocidade.

Além disso, existem dois tipos de desenhos de manejo segundo Iida (1998)

apud Zerbetto, Santos e Silva: manejo geométrico e manejo antropomorfo, em que

se tem:

• Manejo geométrico: assemelha-se a uma figura geométrica regular,

proporcionando menor superfície de contato com as mãos. Como

vantagem, permite maiores variações de pega e não sofre tanto as

conseqüências das variações individuais das medidas antropométricas.

Como desvantagem, ocasiona alguns pontos de tensão na mão e

transmite menos força.

• Manejo antropomorfo: apresenta superfície irregular, a qual irá se

conformar com a parte do corpo em contato (anatômico). Como

vantagem, possui maior superfície de contato, maior firmeza na pega.

Como desvantagem, limita a pega a uma ou duas posições, podendo

gerar fadiga.

Inúmeros fatores ergonômicos exercem influência sobre o manejo e a

usabilidade dos produtos, que podem ser fatores fisiológicos e anatômicos das mãos

dos usuários, fatores biomecânicos, antropométricos e outros. A mão do homem é

uma excelente ferramenta, por ter complexidade e versatilidade. O estudo de

manejos é extremamente complexo, por envolver esses fatores e isso afirma o

quanto a Ergonomia é multidisciplinar.

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2.3. O IDOSO E SUA PARTICIPAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS

A população brasileira terá, em 2025, cerca de trinta e dois milhões de

pessoas com idade acima de sessenta anos, acompanhando o respectivo

crescimento na população mundial Em conseqüência, estudos sobre essa fatia da

população são cada vez mais divulgados Pascale (2002).

Segundo estudos realizados na Universidade de São Paulo (USP), o poder

aquisitivo dos brasileiros com mais de cinqüenta anos irá aumentar em torno de

2,5% ao ano, gerando um aumento da demanda de produtos, equipamentos e

serviços. E, de acordo com dados do último censo, o número de mulheres idosas,

chefes de casa e que moram sozinhas, também está aumentando

consideravelmente, o que irá gerar serviços específicos para essa parcela da

população.

A arquitetura, o urbanismo, o design, áreas que têm preocupação com o

usuário, consideram cada vez mais a situação do idoso. Sendo assim, também é

importante a opinião desse usuário para elaboração de projetos de arquitetura, de

urbanismo e de produtos. Limitações existem em qualquer pessoa e em qualquer

idade. Contudo, além de limitações motoras, o idoso pode apresentar limitações

psicológicas e neurológicas, gerando projetos especiais para que não haja sua

exclusão do meio em que vive.

De acordo com a ergonomia e a antropometria, idosos e deficientes físicos

são grupos estudados separadamente, pois apresentam dados diferenciados entre a

população geral. Segundo Panero (2002) pessoas mais velhas tendem a ser mais

baixas que os jovens. Outro dado importante é em relação às medidas de alcance

dos idosos, que são menores que as de pessoas mais jovens.

Page 22: Aspectos ergonômicos

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Com o avanço da medicina, as pessoas estão vivendo mais e, como

conseqüência, o tempo de permanência e o de uso da habitação é maior, em razão

de que o uso de produtos e serviços aumenta consideravelmente. Segundo

Grunewald e Fialho (1997) o significado da velhice depende de cada sociedade, pois

é algo subjetivo e baseado em valores culturais de onde se vive.

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3. ANÁLISE DAS ETAPAS DE PROCESSO DE PROJETO DE PRODUTO

A análise foi desenvolvida com base em roteiro desenvolvido por MELLO

(2004) onde estão expostas todas as etapas necessárias para o desenvolvimento de

um produto.

3.1. INTRODUÇÃO

O produto em análise faz parte da linha Millenium da Meber, situada em

Bento Gonçalves, RS. A Meber é uma das indústrias mais conceituadas de metais

no Estado e no País. Instalada em dois mil e quinhentos metros quadrados, a

empresa conta com os setores de fundição, usinagem, afinação e polimento,

cromagem, pintura, montagem, tratamento de efluentes, além da área administrativa.

Para garantir a qualidade, a Meber participa de programas ambientais e de

qualidade, como o PBQP-H, que garante o compromisso com as normas técnicas

brasileiras. Além disso, recentemente, a empresa adquiriu um robô e um torno de

controle numérico computadorizado (CNC), com o objetivo de confirmar a produção

em série e padronizada de seus produtos.

O robô, fabricado na Suécia, atua 24 horas/dia na área de afinação e

polimento, o que garante a produção de peças com precisão. O torno CNC,

importado do Japão, realiza usinagens em peças de pequeno diâmetro e de

geometria peculiar.

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3.2. BRIEFING

3.2.1. Necessidade do projeto

As necessidades do projeto são referências transmitidas ao designer, em que

estão as primeiras especificações do que o cliente quer num processo de

desenvolvimento de produto (por exemplo).

• Categoria: torneira de lavatório;

• Embalagens: embalagem final plástica, com material da empresa e de

instalação;

• Variantes do produto: a linha do produto será composta dos modelos

de misturador de lavatório com bica alta, bica baixa, ducha higiênica,

misturador higiênico, misturador de parede para cozinha, misturador de

balcão para cozinha e acessórios;

• Qual a imagem da marca? A MEBER é uma empresa cuja marca

transmite confiança.

• Quais os principais pontos positivos do produto? O produto apresenta

sistema de acionamento ¼ de volta com vedação por pastilha cerâmica

que prolonga a vida útil do produto.

• Outras influências (ambientais, culturais, sociais, etc.). A influência

segue a partir de uma outra linha muito parecida, porém mais popular,

a Domus. A necessidade era de criar uma linha mais luxuosa. A linha

Millenium 201 agrega elementos que valorizam o produto.

• Qual o tamanho do mercado? O mercado é o da construção civil,

desde o especificador (arquiteto, construtor) até o usuário final.

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• Público alvo primário (quem compra): lojista ou o arquiteto, construtor,

engenheiro especificador de projetos.

• Público alvo secundário (usuário direto): quem está construindo, quem

está comprando ou reformando um imóvel.

• Quem decide a compra do produto, e normalmente como ela é feita?

Quando a compra é feita pelo usuário final, quem decide pode ser o

homem ou a mulher. Quando a compra é feita pelo especificador de

produtos para uma construção, a decisão de compra é do responsável

técnico.

• Quais e quantos são os canais de distribuição a serem utilizados?

Lojistas de pequeno, médio e grande porte.

• Existirão outras alternativas para distribuição? Futuramente, a empresa

pretende vender diretamente ao construtor.

• Qual a relação do preço do produto com o preço da concorrência? 30%

a 40% mais barato que o da concorrência.

• Defina os principais concorrentes diretos, produtos e fabricantes: Docol

– linhas Kromus e Queen; Deca – linhas Línea e Duomo.

3.2.2. Parâmetros

A Meber é uma empresa que desenvolve toda a sua produção, com exceção

de alguns produtos que têm peças importadas. A empresa possui desde a etapa de

fundição até a montagem. Sendo assim, ao se conceber a idéia de um produto, tudo

pode ser feito no parque da empresa, não havendo limites para a sua produção.

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As referências disponibilizadas ao responsável pelo desenvolvimento de

produto devem ser questões de princípio de projeto. Segundo Baxter (1998, p222)

para a fabricação, “deve-se explorar uma variedade de formas e funções para cada

componente e fazendo-se a seleção sistemática daquela melhor”.

3.3. LEVANTAMENTO DE DADOS

Para a concepção da linha Millenium, a empresa baseou-se em sua linha de

torneiras Domus, bem como em algumas linhas de suas principais concorrentes,

Deca e Docol. Ouviu-se também a opinião de lojistas e representantes. Todas as

empresas possuem linhas de design semelhantes, com tecnologias iguais. Isso é

resultado da cultura brasileira em relação ao design, fato que, no entanto já está

mudando.

3.4. TENDÊNCIAS

Linhas de metais sanitários acompanham as tendências mundiais de produtos

residenciais. Ainda hoje, temos um culto muito grande ao que acontece em Milão, na

Itália. O que é feito lá é trazido para o Brasil de maneira hiper-valorizada.

Por volta do ano 2000, uma pesquisa revelou que os usuários femininos

preferiam, em seus banheiros, cores claras e detalhes cromados e dourados nos

metais sanitários. O usuário masculino também se refere aos detalhes cromados,

porém cita as cores escuras.

Além das opiniões do usuário direto, representantes e lojistas também

opinaram, reivindicando a concepção de novas linhas mais luxuosas, com detalhes

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diferentes e novas tecnologias. Então, com base na linha Domus, que tem uma

venda considerável, foi desenvolvida a linha Millenium 201.

No ano de 2002, a Meber lançou a linha Millenium, entre outras. A linha

agregava as preferências de acabamentos reveladas pelos os usuários.

3.5. DEBRIEFING

A partir das informações coletadas durante o “briefing”, o próximo passo

durante o processo é a interpretação – debriefing. Com a pesquisa, tem-se o produto

– linha Millenium – produzido através do processo corrente pela indústria

metalúrgica.

A pesquisa feita atinge seu objetivo inicial, pois determina claramente o

usuário, mas não ouve a sua opinião ou parecer em relação ao novo produto. A

Meber tem feito trabalhos de pesquisa junto aos representantes e aos lojistas, porém

não é suficiente. Com isso, de acordo com a metodologia de design

macroergonômico, o principal objetivo desta não foi sequer consultado, ou seja, não

houve a participação do usuário final. Pouco se faz nas empresas em ouvir o usuário

direto na concepção de novos produtos, podendo gerar produtos equivocados

ergonomicamente.

Ainda assim, têm-se os elementos de composição do produto para agregar

valor ao mesmo, tornando-o mais luxuoso dentre os metais usualmente fabricados,

porém isso não o torna mais usável, pois não indica claramente estes elementos. O

usuário final não tem, por exemplo, como saber qual o sistema de acionamento da

torneira.

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3.6. DEFINIÇÃO DO CONCEITO DO DESIGN

Conforme Baxter (1998) o projeto conceitual se propõe a desenvolver as

linhas básicas da forma e as funções do produto, através da produção de princípios

de projeto para o novo produto. A geração de conceitos se dá através do processo

criativo; quanto maior a liberdade de criação, maior a quantidade de conceitos,

resultando em melhores alternativas.

O conceito mais simplificado que se tem hoje para o produto do estudo de

caso, é a torneira de lavatório. A partir da geração dos conceitos, de acordo com

uma abordagem pragmática, ou seja, a inspiração se obteve através de modelos e/

ou produtos existentes, pode-se ter uma abrangência maior do que o produto será

capaz de atender, configurando a análise das funções do produto.

Segundo o responsável pelo departamento de engenharia da Meber, quando

a torneira foi lançada, era uma novidade no mercado de metais sanitários,

principalmente em relação à estética: lâmpada do Aladim. A referência se nota no

corpo da torneira. O cabeçote e o desenho da pega são semelhantes aos de outros

modelos já existentes. Em contrapartida, o emblema com banho de ouro agrega

valor estético e cultural ao produto.

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3.7. ANÁLISE ERGONÔMICA E DEFINIÇÃO ERGONÔMICA DO PROJETO

3.7.1. Ergonomia cognitiva de produto

De acordo com a Associação Portuguesa de Ergonomia, Ergonomia Cognitiva

diz respeito aos processos mentais, como a percepção, memória, raciocínio e

resposta motora, que afetam as interações entre humanos e outros elementos de um

sistema.Os tópicos relevantes incluem a carga de trabalho mental, tomada de

decisão, desempenho especializado, interação homem-computador, confiabilidade

humana, stress do trabalho e formação relacionados com a concepção homem-

sistema.

A interação do usuário e da torneira gera incertezas e constrangimentos. Por

exemplo, o usuário identifica o sistema de abertura (de girar) por causa do desenho

da pega, porém não identifica que basta abrir apenas ¼ de volta para se ter a vazão

total. Em contrapartida, é de fácil identificação que a torneira não apresenta

regulagem de temperatura e que também não é um monocomando.

A relação usuário-produto será mais bem descrita no item apreciação

ergonômica, quando serão interpretadas as respostas do questionário aplicado aos

usuários e serão descritas as impressões das pessoas idosas em relação ao

produto.

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3.7.2. Ergonomia do produto

As dimensões humanas sempre devem ser consideradas ao se projetar um

ambiente. Nos banheiros, vê-se que poucos profissionais conseguem especificar a

altura do lavatório de maneira adequada, deixando este dado a cargo do instalador

hidráulico. Considera-se que, geralmente, os lavatórios têm uma altura média de

76,2 cm, ou seja, muito baixo. Segundo Panero (2002, p.163) “não é natural para o

corpo assumir uma postura tão inclinada enquanto lava o rosto e as mãos”.

Ainda em Panero (2002) tem-se que para definir a altura de um lavatório,

deve-se considerar a altura do cotovelo do ser humano. Este dado é essencial para

a fixação de alturas confortáveis de bancadas, com o usuário em pé. Estudos

científicos situam a altura mais confortável em 7,6cm abaixo da altura do cotovelo.

• Altura do Lavatório: quando o novo banheiro começou a ser projetado,

os lavatórios existentes foram retirados, pois apresentavam o problema de

serem baixos. Ao especificar uma bancada em granito com um único

lavatório, levou-se em consideração aumentar a altura da bancada em

relação aos lavatórios existentes para ter mais conforto. A altura sugerida,

de 85 cm, visou atender o público adulto e infanto-juvenil.

• Pega e Manejo: a torneira Millenium 201 possui um rebaixo no seu

cabeçote para tornar a pega mais confortável. Porém, segundo a análise

de manejo, pode-se perceber que a localização do rebaixo poderia ser

mais ergonômica. Por outro lado, a torneira possui o sistema de ¼ de

volta, que minimiza a força feita para permitir a saída de água; logo, o tipo

de manejo adequado é o manejo fino, por não necessitar força. Além

disso, o rebaixo do cabeçote visa tornar o manejo, pois determina uma

pega anatômica.

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3.8. ANÁLISE MATERIAL E PROCESSUAL DO PROJETO

Na Meber, o processo projetual inicia-se com uma pesquisa de mercado, com

o apoio de lojistas e representantes. Semanalmente, são feitas reuniões e em uma

delas, discutidos novos produtos com a direção da empresa. Nessa reunião, são

levantadas questões como: quais serão os diferenciais do novo produto, qual a

definição da linha de produtos, qual a faixa de preço dos produtos, qual o mercado a

ser atendido e quais as características dos componentes.

Cabe ao departamento de Engenharia fazer os primeiros esboços do novo

produto, bem como determinar seus componentes. Uma nova reunião é feita e,

sendo aprovado, o produto começa a ser desenvolvido. O desenvolvimento do

produto também é de responsabilidade do departamento de engenharia, que fará os

desenhos técnicos, definirá os processos, e orientará os procedimentos de

montagem. São feitos protótipos e assim que o produto é aprovado, desenvolve-se o

catálogo técnico, o manual de procedimento de instalação e inicia-se o processo de

vendas e treinamentos.

Quanto aos materiais, a torneira de lavatório 1198 201 é composta de uma

liga de cobre (vulgarmente conhecida como latão). Os mecanismos são de latão e

junta-se ao sistema de vedação por uma pastilha cerâmica. Alguns elastômeros

aparecem em pequenos detalhes, como, por exemplo, para a fixação da torneira na

bancada. Também há elementos de plásticos, que aparecem, como por exemplo, no

arejador. A torneira ainda recebe no acabamento, banhos de água e soda para

limpeza, níquel para dar o tom prateado e cromo para dar proteção e o tom azulado.

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3.9. APLICAÇÃO SISTÊMICA

A aplicação sistêmica é a investigação do produto junto aos seus

concorrentes, geralmente utilizando o mock-up. A análise dos produtos concorrentes

também acontece na fase de pesquisa de mercado, e isso é favorável às empresas.

Algumas empresas realizam análises sistemáticas dos produtos concorrentes e não

apenas quando começam a desenvolver novos produtos.

A Meber realiza análises de produtos de empresas concorrentes, nacionais e

internacionais. Buscam-se fora do Brasil, as tendências de novos estilos e novas

tecnologias. Após o produto pronto, a análise junto à concorrência e, até mesmo aos

próprios produtos desenvolvidos na Meber, é feita pela equipe de engenharia e a

direção da empresa.

Ao desenvolver a linha Millenium, a empresa baseou-se nas linhas Domus e

Luna de seu próprio catálogo de produtos. A essas linhas, mais simples, foram

agregados elementos estéticos e tecnológicos para, então, ter uma linha mais

moderna e luxuosa. O modelo 201 da linha Millenium concorre com algumas linhas

de design semelhante de outras duas grandes empresas de metais sanitários do

Brasil - Deca e Docol – listadas a seguir:

• Duomo – Deca;

• Línea – Deca;

• Kromus – Docol;

• Queen – Docol.

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3.10. AVALIAÇÃO NA FORMA E NA FUNCIONALIDADE

Uma empresa pode conseguir preciosas informações a respeito de um

produto se ouvir os usuários. O ideal é que essa comunicação seja feita no início do

desenvolvimento do produto. Além de se comunicar com seu mercado, uma

empresa deve analisar a concorrência para poder estar sempre à frente, lançando os

produtos antes dos demais; deve ser inovadora.

• Forma: em relação à concorrência, a torneira de lavatório Millenium 201 é

semelhante a inúmeras outras torneiras que existem no mercado. O que a

diferencia é a pega e os detalhes que podem ter acabamentos diferentes

do restante do corpo. Comparando-a com as concorrentes, a forma é mais

arredondada que as demais, tornando-a mais anatômica.

• Funcionalidade: foi avaliada com base no questionário apresentado aos

usuários e também com base no experimento. O usuário não teve

dificuldade de identificar o funcionamento da torneira, mas somente depois

de abrir e notar a considerável vazão de água, ele reconhece que não há

necessidade de aplicar muita força para abri-la. Então, o usuário deveria

ser informado sobre o procedimento de interação com o produto.

Essa avaliação recairá sobre a ergonomia cognitiva, ou seja, o que o usuário

sente ao ver o produto, quais as suas primeiras impressões, que tipo de informação

ele obtém ao se deparar com o produto, fruto de suas experiências de vida, de sua

intuição. A ergonomia, por tratar de diversos assuntos, através de bases de

conhecimentos e de metodologias de análise e de pesquisas, deve ser usada com o

intuito de apresentar resultados para oferecer maior conforto e satisfação para o

usuário.

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3.11. DIFERENCIAL MERCADOLÓGICO

A linha Millenium é composta de três modelos de metais sanitários - a 201, a

200 e a 27. Quando o modelo 201 foi lançado, seus principais diferenciais eram:

design, estética, forma (que lembra a lâmpada de Aladim); arejador que agrega

economia no uso da água e uma diferença em sua saída, ou seja, é “mais macia”;

sistema de abertura ¼ de volta, com vedação de pastilha cerâmica.

Estes elementos diferenciais, na época, levaram o produto a estar no topo

entre os metais sanitários. Isto porque, era novidade e tinha elementos que

agregavam valor ao produto. A questão da economia de água é considerável, visto

que a água, cada vez mais se tornará um bem de muito valor. O sistema de abertura

¼ de volta e a pastilha cerâmica que possui uma durabilidade muito maior que a

famosa “borrachinha”, também somam ao produto, na questão menor esforço para

abrir a torneira.

Com isso, a melhora no design de torneiras não é apenas uma questão

estética, pois apresenta uma preocupação constante das empresas em agregar

valor em forma de tecnologia, qualidade e inovação. Mesmo que essa melhoria seja

invisível ao olho do consumidor, a questão da água em nosso planeta irá gerar

novas preocupações, fazendo com que, cada vez mais, as empresas busquem

soluções inovadoras para este futuro problema.

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4. APRECIAÇÃO ERGONÔMICA

Nesta etapa, foi feita a apreciação ergonômica do uso da torneira 1198 201,

por meio de um estudo de caso. Devido a aspectos como facilidade de acesso e

conhecimento sobre os critérios adotados para a especificação desta torneira foi

escolhida uma aplicação em um lavatório do banheiro de salão de festas, em um

edifício residencial da cidade de Porto Alegre (RS).

Nesse edifício, o banheiro do salão de festas teve que passar por uma

reforma para atender aos desejos dos condôminos. O projeto foi realizado pela

autora deste trabalho, considerando critérios de projeto arquitetônico. A despeito de

ser destinado originalmente aos moradores, o maior uso do banheiro é feito pelos

funcionários do edifício. Diante disso, este banheiro é dividido, internamente, em três

compartimentos denominado feminino, masculino e funcionários.

4.1.1. Análise do ambiente

O ambiente, onde a torneira de lavatório em estudo está inserida, faz parte de

um condomínio residencial de Porto Alegre. O sanitário serve de apoio ao salão de

festas, e também, para uso dos funcionários da portaria do edifício. Sendo assim, ao

passar por uma reforma, o sanitário foi compartimentado para atender os usuários

separadamente (Figura 02) . A bancada com o lavatório é única e atende a todas as

pessoas.

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Figura 02 Layout do sanitário do salão de festas após a reforma

Os dados técnicos de projeto de arquitetura (ver apêndice – I) foram

especificados para atender os usuários do condomínio e visitantes. Segundo Panero

(2002), o arquiteto sempre deverá ter em mente as medidas antropométricas dos

usuários ao projetar um espaço, com o intuito de garantir uma adequação deste com

aqueles.

O sanitário passou a contar com um compartimento para o público feminino,

outro para o público masculino e outro compartimento, um pouco maior, para os

funcionários. Fez-se necessário rebaixar o forro de gesso, fazer uso de ventilação

forçada e iluminação artificial em pontos estratégicos. As duas pias de coluna foram

trocadas por uma bancada com pia embutida, somada a isto, iluminação direta e

espelho.

Por ser de uso exclusivo do condomínio e não possuir um compartimento

para banho, as paredes do sanitário foram revestidas com tinta acrílica lavável

texturizada. O piso foi revestido com cerâmica antiderrapante, que inclusive, faz todo

o perímetro do sanitário como rodapé, protegendo as paredes (Figura 03).

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Figura 03 Fotos do banheiro após a reforma, ainda sem os acabamentos embaixo da bancada.

4.1.2. Análise da percepção quanto ao uso do produto

A análise da percepção quanto ao uso da torneira foi feita por meio da

aplicação de um questionário aos usuários (condôminos, funcionários do edifício e

visitantes), considerando ainda as variáveis sexo e idade. Com esse questionário

pretendeu-se identificar o nível de compreensão do usuário em relação ao produto.

Com referência à utilização, são três os grupos de usuários; um que nunca usou,

outro que usa eventualmente e outro que usa diariamente.

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4.1.3. Análise do uso do produto

A análise do uso da torneira foi realizada com o objetivo de avaliar aspectos

do produto, como a pega e o manejo, que possam estar relacionados e os

problemas ergonômicos (ou constrangimentos). Para tanto, foi utilizada a técnica de

observação sistemática, com o seguinte procedimento: pediu-se para que as

pessoas lavassem suas mãos e registrou-se a realização da tarefa com o uso de

fotografias.

A avaliação da pega e do manejo do produto indica que esta não está de

acordo com as recomendações ergonômicas. Isto foi percebido, quando se pediu

aos usuários que fizessem a menção de abrir a torneira. O momento em que o

usuário pegou na torneira foi fotografado. Com isto, pode-se fazer uma análise da

pega, com referências no material já exposto.

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Figura 04: Fotos de usuários manejando a torneira.

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4.1.4. Análise da demanda ergonômica

Para fazer a análise da demanda, foram feitas entrevistas de acordo com o

Design Macroergonômico (DM), proposto por Fogliatto e Guimarães (1999). Estas

foram divididas em duas etapas, sendo a primeira de modo espontâneo e a segunda

de modo induzido. Conforme a metodologia de DM, o usuário listou itens de

demanda ergonômica (IDEs) – módulo espontâneo; em seguida foram mostrados

catálogos técnicos de torneiras, em que o usuário apontou aquelas que são, na sua

opinião, de melhor uso – módulo induzido.

Fez-se questão de entrevistar pessoas idosas sobre “a torneira ideal”, com o

intuito de verificar itens que sejam relevantes no processo de projeto de produto. O

intuito de entrevistar o idoso foi devido a sua vivência e suas limitações no manejo

de produtos (no caso, da torneira) e que isso pudesse agregar informações na

identificação dos itens de demanda ergonômica.

As entrevistas com pessoas idosas aconteceram em duas etapas. Num

primeiro momento, pediu-se que falassem da torneira do estudo de caso. Num

segundo momento, foram mostrados catálogos de produtos de torneiras de lavatório

e pediu-se que fossem apontados os produtos mais adequados ao seu uso.

Pessoas com mais idade citaram a questão da pega do produto. Por não

possuírem mais total controle locomotor, os idosos questionaram o tipo de pega,

relacionando tópicos como o material ser escorregadio e não haver diferenciação de

textura, ou material. Um ponto positivo ao produto, sob a ótica do idoso, é o sistema

de acionamento de ¼ de volta por exigir menor esforço e manejo mais fácil.

Na etapa induzida da entrevista, pessoas idosas apontaram, como produtos

exemplares, torneiras de lavatório com pega do tipo “estrela” e do tipo “alça”, e

também citaram os modelos do tipo monocomandos.

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Várias impressões sobre o mesmo produto causam a necessidade de se ter

uma melhor comunicação com o usuário antes de ele interagir fisicamente com a

torneira. Mesmo assim, nota-se que houve aprovação do usuário em relação à

escolha do modelo da torneira e com o novo ambiente.

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5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Com base na análise do desenvolvimento do projeto de produto observou-se

que as melhorias introduzidas, nesse e em outros produtos semelhantes, são fruto

de pesquisas não apenas no nível estético, mas também nos níveis tecnológicos de

uso e de produção. Contudo, ainda se vê nas empresas que pouco é feito no sentido

de ouvir o usuário final, causando a concepção de produtos que não correspondem

às expectativas dos mesmos.

O ambiente e as pessoas que fazem parte dele influenciarão o uso de um

produto. O banheiro do estudo de caso é basicamente usado por pessoas com

idades acima de 25 anos, sem nenhum tipo de deficiência física ou psicológica.

Pode-se afirmar que aqueles usuários que a utilizam diariamente já apresentam um

certo conhecimento sobre como deve ser sua interação com a torneira. Porém, não

se deve esquecer dos usuários eventuais que fazem uso do produto em

comemorações festivas, nem daqueles com quaisquer problemas de locomoção. A

Tabela 1 apresenta a freqüência de uso da torneira para sujeitos que participaram

deste estudo.

Tabela 01: Freqüência de uso da torneira de lavatório do salão de festas.

NUNCA USOU USO EVENTUAL USO DIÁRIOUSO 28% 28% 44%

Quando se iniciou o processo de aplicação do questionário e foi pedido aos

usuários que fizessem uso da torneira, foi surpreendente quando os mesmos

demonstraram facilidade de manuseio e de interação com o produto. O usuário está

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condicionado a abrir a torneira em aproximadamente ¼ de volta, principalmente, em

se tratando da torneira convencional, com sistema de “borrachinha”.

De acordo com o questionário feito aos usuários para avaliar nível de

dificuldade da interação usuário-torneira, os resultados indicaram que o manejo se

faz de forma fácil, apresenta boa pega e não há, realmente, necessidade de esforço

para abrir a torneira (Tabela 2). Porém, o usuário somente percebe que o esforço

para abrir a torneira é mínimo quando já abriu excessivamente a mesma.

Tabela 2 Nível de dificuldade da interação usuário-torneira, para as variáveis consideradas no estudo.

Muito difícil Difícil Médio Fácil Muito fácilSISTEMA DEABERTURA X X 15% 28% 57%MANIPULAÇÃO

X 15% 15% 28% 42%CONTROLE DEVAZÃO DE ÁGUA X 42% 15% 28% 15%REGULAGEM DETEMPERATURA X 28% X 57% 15%

Ao pedir a uma pessoa para fazer uso da torneira do estudo de caso, o que

se nota é que ela abre a torneira, pensando que se trata de uma torneira comum. E

o resultado que se vê é o usuário fechando a torneira, controlando a vazão da água,

para que não respingue na pia e que ele não fique molhado.

5.1. SUGESTÕES DE MELHORIAS NO DESIGN DA TORNEIRA

A avaliação indica que se deve levar em consideração os fatores cognitivos

no desenvolvimento de novos produtos. Nesse sentido, a Ergonomia Cognitiva, que

, entre outras coisas, trata de analisar como o ser humano percebe os outros

elementos tem uma importante contribuição. Logo, um novo design do produto deve

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indicar de forma mais efetiva o sistema de acionamento. O uso de referências e

pistas de como produto funciona é uma das formas mais simples de atender a essa

necessidade. Para o caso da torneira, a indicação de que o seu acionamento implica

em um deslocamento de ¼ ,ou seja, 90º pode ser feita com o uso de elementos

formais de forma intencional. Uma sugestão desse tipo de aplicação está ilustrada

na figura a seguir:

Figura 05: Sugestão de novo design para torneira de lavatório.

Da mesma forma, apesar da torneira indicar um local apropriado para o

manuseio – manejo antropomorfo – este não é confortável para o usuário. Percebe-

se que há um esforço mínimo, um certo desconforto nesta interação do usuário com

o produto. No caso, o homem se adapta ao produto, quando o recomendável, pelos

princípios em que se baseia a Ergonomia, é que produto se adapte ao homem.

Então, para haver um manejo menos desconfortável, a pega deveria ser melhorada.

Considerando, também, a necessidade de indicação do modo de uso, a figura a

seguir sugere uma alternativa de pega.

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Figura 06: Sugestão de novo design para manejo do produto.

5.2. SUGESTÕES DE MELHORIAS NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

DA EMPRESA

Como melhoria, sugere-se que ao desenvolver novos produtos, haja,

realmente, a participação do usuário direto. A metodologia do design

macroergonômico segundo Fogliatto e Guimarães (1999) promove a participação

dos usuários e, considerando este envolvimento, aumentam as chances de se ter

maior sucesso no desenvolvimento de novos produtos. Retomando Baxter (1998)

cabe ressaltar que:

As melhores idéias são geradas por uma equipe multidisciplinar,envolvendo marketing, desenvolvimento do produto e engenharia deprodução. Essas idéias devem ser convertidas em especificações deprojeto, para orientar o desenvolvimento e fornecer diretrizes paracontrolar a qualidade desse desenvolvimento.

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6. CONCLUSÃO

A ergonomia oferece várias opções de auxílio no desenvolvimento de

produtos. Essas opções ainda são ignoradas pelas empresas, mas é importante que

mesmo começando devagar, essas percebam que a ergonomia está presente, não

somente nos seus produtos, mas na sua organização. Apesar de envolver tantas

disciplinas, faz-se necessário seguir uma metodologia que garanta atender, a pelo

menos, alguns requisitos de projeto que estejam presentes numa listagem inicial.

Ao iniciar a monografia, não se imaginava que o usuário teria uma visão, no

geral, positiva do produto. Porém foi surpreendente a aprovação do produto. Este

trabalho contribuiu na auto-avaliação de um profissional da arquitetura. O produto

especificado para atender o banheiro do salão de festas de um edifício confirmou

que o trabalho do arquiteto sempre deve estar baseado no usuário. Não apenas nas

suas necessidades, mas também, nas suas informações pessoais.

O mercado consumidor está cada vez mais exigente e conhecedor dos seus

direitos. O homem está vivendo mais e fazendo uso dos espaços públicos e privados

por mais tempo. É necessário que alternativas de produtos e serviços estejam à

disposição deste usuário. O design deve estar propenso a apresentar melhorias para

todo o mercado.

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7. REFERÊNCIAS

BAXTER, Mike. Projeto de Produto: Guia prático para o design de novos produtos.São Paulo: Ed. Edgard Blücher Ltda., 1998.

FOGLIATTO, F.S.; GUIMARÃES, Lia, B.M. Design Macroergonômico: uma propostametodológica para projeto de produto. Produto & Produção, Porto Alegre,UFRGS/EE/PPGEP, v.3, n.3, p. 1-15, 1999.

Grunewald, V; Fialho, Francisco A P. Considerações sobre Ergonomia e TerceiraIdade. In: CONGRESSO LATINO AMERICANO DE ERGONOMIA, 4: 1997:Florianópolis. Anais do 4º Congresso Latino Americano de Ergonomia: eco-ergonomia e qualidade de vida. Florianópolis, Sonopress, 1997, 1 CD

GUIMARÃES, Lia B. M.; COSTELLA, Marcelo. Macroergonomia. Ergonomia deProcesso, Porto Alegre, UFRGS/EE/PPGEP, v.2, p.3-1 – 3.1-7, 1999.

IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Ed. Edgard Blücher Ltda.,1993.

LEMOS, Carlos A. C. A casa brasileira. São Paulo: Contexto, 1989.

MELLO, R. S. Desenvolvimento do Projeto: Etapas e bases para desenvolvimentode projeto. Canoas. ULBRA. 2004.

MORAES, Anamaria de; MONT’ALVÃO, Cláudia. Ergonomia: conceitos eaplicações. Rio de Janeiro: 2AB, 1998.

PANERO, Julius; ZELNIK, Martin. Dimensionamento humano para espaçosinteriores. Barcelona: GG, 2002.

PASCALE, Mª Aparecida. Ergonomia e Alzheimer: a contribuição dos fatoresambientais como recurso terapêutico nos cuidados de idosos portadores dademência tipo Alzheimer. 2002. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção)– Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis.

SELL, Ingeborg. Atualidades em Ergonomia no Projeto de Produtos. In:CONGRESSO LATINO AMERICANO DE ERGONOMIA, 4: 1997: Florianópolis.Anais do 4º Congresso Latino Americano de Ergonomia: eco-ergonomia equalidade de vida. Florianópolis, Sonopress, 1997, 1 CD.

ZERBETTO, Cristiane A.A; SANTOS, João E.; SILVA, José Carlos P. AspectosErgonômicos que envolvem o Manejo de Produtos: uma revisão teórica. S/l; s/d.

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8. ANEXOS

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8.1. ANEXO I

Figura 07 – Análises Antropométricas Masculinas para lavatórios. Fonte: Panero (2002) p.165

Figura 08 – Análises Antropométricas Femininas e infantis para lavatórios. Fonte: Panero (2002) p.165

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8.2. ANEXO II: MODELOS SEMELHANTES DE TORNEIRAS DE LAVATÓRIO DOS

PRINCIPAIS CONCORRENTES DE METAIS SANITÁRIOS:

Figura 09: Foto de torneira de lavatório linha Duomo – Deca (Fonte: site da Deca –www.deca.com.br - acesso em 19 de dezembro de 2004)

Figura 10: Foto de torneira de lavatório linha Línea – Deca (Fonte: site da Deca –www.deca.com.br - acesso em 19 de dezembro de 2004)

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Figura 11: Foto de torneira de lavatório linha Kromus– Docol (Fonte: site da Docol –www.docol.com.br - acesso em 19 de dezembro de 2004)

Figura 12: Foto de torneira de lavatório linha Queen– Docol (Fonte: site da Docol –www.docol.com.br - acesso em 19 de dezembro de 2004)

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8.3. ANEXO III: MODELOS IDEAIS DE PEGA DE TORNEIRAS DE LAVATÓRIO:

Figura 13: Foto de torneira de lavatório linha Millenium 27 - Meber (Fonte: site da Meber –www.meber.com.br - acesso em 10 de janeiro de 2005)

Figura 14: Foto de torneira de lavatório linha Minimal - Meber (Fonte: site da Meber –www.meber.com.br - acesso em 10 de janeiro de 2005)

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Figura 15: Foto de torneira de lavatório linha Link - Deca (Fonte: site da Deca –www.deca.com.br - acesso em 10 de janeiro de 2005)

Figura 16: Foto de torneira de lavatório linha Polaris - Docol (Fonte: site da Docol –www.docol.com.br - acesso em 10 de janeiro de 2005)

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8.4. ANEXO IV: PROCEDIMENTO DE MONTAGEM DA TORNEIRA MILLENIUM 201

Figura 17: Componentes para procedimento de montagem da torneira de lavatório 1198 201 da linhaMillenium da Meber. (Fonte: Meber - autorizado pela empresa).

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9. APÊNDICES

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9.1. APÊNDICE I: DADOS TÉCNICOS DE PROJETO DE ARQUITETURA DO LAVATÓRIO

DO BANHEIRO DO SALÃO DE FESTAS

Figura 18: Vista superior do tampo de lavatório.

Figura 19: Vista lateral do lavatório.

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Figura 20: Vista Frontal do lavatório.

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9.2. QUESTIONÁRIO APLICADO AOS USUÁRIOS

Assinale com um X:

Sexo: Masculino Feminino

Idade:

1. Com que freqüência você usa o lavatório do salão de festas?

nunca usei Raramente uso Uso eventual uso diário

2. Em relação à identificação do sistema de abertura para saída da água (se é

de abrir, de sensor, automática), a identificação é...

Muito difícil Difícil Médio Fácil Muito fácil

3. Em relação à manipulação da torneira, a pega é...

Muito difícil Difícil Médio Fácil Muito fácil

4. Quanto à percepção do controle da vazão de água, é...

Muito difícil Difícil Médio Fácil Muito fácil

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5. Quanto à identificação de algum sistema de regulagem de temperatura, ela

é...

Muito difícil Difícil Médio Fácil Muito fácil

6. Quanto à aparência da torneira em relação à higiene e assepsia, ela lhe

parece...

Muito suja Suja Médio Limpa Muito limpa

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9.3. APÊNDICE III: FOTOS DA LINHA DE PRODUÇÃO

Figura 21: Fotos da área onde são feitos os moldes em areia.

Figura 22: Fotos da área de fundição.

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Figura 23: Foto da área de polimento e afinação – Robô.

Figura 24: Foto dos tanques da área de cromagem.

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Figura 25: Foto da área de montagem – torneira 1198 201- linha Millenium.