Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada,...

88
INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 7 REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU Ministério da Economia, do Plano e da Integração Regional Instituto Nacional de Estatística_ INE da Guiné-Bissau PROJECTO DE RENOVAÇÃO DO IHPC NOS PAÍSES DA UEMOA Relatório de análise (versão preliminar) Elaborado por: Bacar Mané – Economista Observatório Económico e Estatístico de África Subsaariana. União Económica Monetária Oueste Africana Aspectos multidimensionais da pobreza e suas evoluções entre 2002 E 2008 em Bissau.

Transcript of Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada,...

Page 1: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 7

REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU Ministério da Economia, do Plano e da Integração Regional

Instituto Nacional de Estatística_ INE da Guiné-Bissau

PROJECTO DE RENOVAÇÃO DO IHPC NOS PAÍSES DA UEMOA

Relatório de análise (versão preliminar)

Elaborado por: Bacar Mané – Economista

Observatório Económico e Estatístico

de África Subsaariana. União Económica Monetária

Oueste Africana

Aspectos multidimensionais da pobreza e suas evoluções entre

2002 E 2008 em Bissau.

Page 2: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 8

SUMÁRIO

Prefácio ……………….……………………………………………………………..….…………………………………..6 Resumo analítico .............................................................................................................6 Introdução .......................................................................................................................7 Contexto de Estudo .........................................................................................................7 Origem de dados .............................................................................................................8 Capítulo 1: Contexto geográfico, macroeconómico do GUINÉ-BISSAU

e da cidade de BISSAU..............................................................9 1.1. Características geográficas, climatéricas do território da Guine Bissau, sua

população e taxas de crescimento demográfico do país ................................9 1.1.1. Breve Apresentação de cidade de Bissau ...................................................12 1.1.2. Apresentação de alguns indicadores Macroeconómicos e as participações

dos Sectores de Actividades económicas na Guiné-Bissau……………………….14

Capítulo 2: Evolução e características dos agregados familiares de 2002 à 2008 ………………………………………………………………………...17

2.1. Características dos agregados familiares na cidade de BISSAU e as modalidades agrupadas emcategorias……............................................................17

Capítulo 3: Análise da pobreza monetária.........................................................20

3.1. Determinação do limiar de pobreza monetário ............................................20 3.1.1. Métodos para cálculo de custos essenciais e nível de pobreza: Como obter

Informações para os cálculos……………………………………………………………………..20 3.1.2. Limiares das duas formas de pobreza e a parte orçamental Médio

alimentar…………………………………………………………………………………………………23 3.2. Taxa, Índice de profundidade e severidade da pobreza.................................24 3.2.1. Cálculo dos índices Foster-Greer Thorbecke (FGT)…....……………………….....24 3.3. Desigualdades em matéria de despesas de consumo, suas evoluções de

2002 à 2008....................................................................................................25 3.3.1. Índices das desigualdades: utilização do índice de Gini, entropia, Lorenz,

curvas estocásticas ......................................................................................25

Capítulo 4: Análise da pobreza por condições de vida dos agregados familiares................................................................................................28

4.1. Situação de condições de vida dos agregados familiares da cidade de Bissau.............................................................................................................28

4.2. Variações das privações em função do nível das despesas de consumo.……33 4.2.1. Análise gráfica da pobreza em condição de Vida, segundo decils..............36 4.3. Construção de indicadores de pobreza em condição de vida dos agregados familiares…………..…………………………………………………………………………………………….39 4.3.1. Criação e/ou Construção de Alpha de Cronbach……..……………………………..40

Page 3: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 9

Capítulo 5: Análise de tipos causas determinantes da pobreza .............44 5.1. Relação entre as duas formas de pobreza………………………………………………....44 5.2. Árvore e taxa do índice da acumulação de pobreza ......................................46 5.3. Análise exploratória da pobreza....................................................................48 5.3.1. Análise das correspondências múltiplas das características e a tipologia da

pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002……………….48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das características e a tipologia da

pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/ EDM 2008…..………….50 5.3.3. Diferença de Intervalos entre números, IDAF/EDM2002-2008 ….………......51 5.3.4. Valores Próprios, IDAF/EDM 2002 ……………………………………..………………….52 5.3.5. Valores Próprios, IDAF/EDM 2008..………………………………………………………….53 5.3.6. As estatísticas e os indicadores fornecidos para análise dos indivíduos.....54 5.3.7. Valor - Teste IDAF/EDM 2002-2008 ……………………………………..………………….60 5.3.8. As causas determinantes da pobreza ………………………………………………..…….65 5.3.8.1. A hierarquização das causas determinantes das duas formas de

pobreza …………………………………………………………………………………………………65

Capítulo VI - Conclusão e recomendações ……..……………….…………………….77 6.1. Siglas e abreviaturas…………………………………………………………………………..77 6.2. Lista das tabelas e das figuras

6.2.1. Tabela 1 : Principais Indicadores macroeconómicos da Guiné-Bissau,

2003-2008…….……………………………………………………………………………..………….15 6.2.2. Tabela 2: Produto Interno Bruto (PIB) na Óptica da Produção à Preços

Correntes de 2003- 2008………………………………………………………………………….15 6.2.3. Tabela 3: Evolução e Características dos Agregados familiares, IDF 2002

e 2008 em BISSAU……………………………….…………………………………………………17 6.2.4. Tabela 4: Determinantes do limiar da pobreza monetário e de Condição

de vida……………………………………………………………………………………………………..23 6.2.5. Tabela 5 - Tendências das características socioeconómicas de 2002 à 2008

em Bissau ………………………………………………...….............................................24 6.2.6. Tabela 6: Índices da pobreza em subgrupo GE_K(a) e Gini……………………..26 6.2.7. Tabela 7: Entropia Geral dos Índices GE(a) …………………………….….………….27

6.2.8. Tabela 8: Pobreza por condição de vida dos agregados familiares na cidade de Bissau……………………………………………………………………………………………….28

6.2.9. Tabela 9: Características das famílias em termos de privações de condições de vida, segundo décils da despesa com consumo per-capita em 2008…………………………………………………………………………………………………………33

6.2.10. Tabela 10: Índice Alfa de Cronbach...........................................................41 6.2.11. Tabela 11: Frequências dos indicadores da pobreza calculados a partir

dos dados IDAF/EDM,2002……………………………...…………………....................42

Page 4: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 10

6.2.12. Tabela 12: Frequências das características sócio demográficas e económicas dos agregados familiares em 2002…………………….………..…….43

6.2.13. Tabela 13: Correlações da pobreza monetária e condição de vida, 2002………………………………………………………………………………………………………45

6.2.14. Tabela 14: Correlação entre as duas formas de pobreza, EDM2002-2008……………………………………………………………………………………………………45

6.2.15. Tabela 15: Relatório da tipologia não pobre, pobreza monetária, em condição de vida e de núcleo duro em percentagens…………………………….46

6.2.16. Tabela 16: TRI-A-PLAT (Modo da Escolha) das Questões Activas, IDAF/2002........………………………………………………………………..…….….………. 48

6.2. 17. Tabela 17: TRI-A-PLAT (Modo de Escolha) das questões activas, IDAF/EDM2008……………………………………………………………………………......…..49

6.2. 18. Tabela 18: Pesquisa de intervalo (diferenças terceiras), EDM 2002........50 6.2. 19. Tabela 19: Pesquisa de intervalo entre (diferenças segundos), EDM

2002………………………………………………………………………..……….…………….……..50 6.2.20. Tabela 20: Pesquisa de intervalo (diferenças terceiras), EDM 2008.....…. 50 6.2.21. Tabela 21: Pesquisa de intervalo entre (diferenças segundos), EDM

2008………..…………………………………………………………………………………………....50 6.2.22. Tabela 22: Os 40 Primeiros Valores Próprios e suas porcentagens, EDM

2002……………………………………………………………………………………………………...51 6.2.23. Tabela 23: Os 28 Primeiros Valores Próprios e suas porcentagens, EDM

2008………………………………………………………………………………………………………52 6.2.24. Tabela 24: Coordenadas, Contribuições e Co-senos Quadrados da

Modalidades Activas, IDAF2002, EIXOS 1 à 5 ……………………..…………………54 6.2.25. Tabela 25: variáveis bem correlacionadas nos eixos, IDAF/EDM 2002……55 6.2.26. Tabela 26: Coordenadas, Distribuições e Co-senos Quadrados das

Modalidades Activas, EIXOS 1 A 5, IDAF/EDM 2008……………………………….56 6.2. 27. Tabela 27: Variáveis bem correlacionadas nos eixos, IDAF 2008…….……58 6.2. 27. Tabela 28: Coordenadas e Valor – Teste das Modalidades, IDAF 2002….60 6.2. 27. Tabela 29: Coordenadas e Valor – Teste das Modalidades, IDAF2008…..62 6.2. 27. Tabela 30: A Hierarquia e a intensidade das duas formas de pobreza por

características sócio-demograficas e económicas dos agregados familiares, IDAF/EDM 2002..……………………………………………..…………………..65

6.2.37. Tabela 31: A Hierarquia e a intensidade das duas formas de pobreza por características sócio-demograficas e económicas dos agregados familiares IDAF/EDM 2008………………………………………....……….69

6.2.38. Tabela 32 : Analise Explicativo da Pobreza Monetaire 2008…………………..74 6.2.39. Tabela 33: Análise Logaritmo da Pobreza Núcleo Duro 2002…………………74 6.2.40. Tabela 34: Análise Logaritmo da Pobreza Núcleo Duro 2008………………75

Mapas/Figuras

6.2.6. Mapa1: Território e Divisão Administrativa da Guiné-Bissau……………………10 6.2.7. Mapa2: Guiné-Bissau - Distribuição por Região e Sector ..…………………..…..10

Page 5: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 11

6.2.8. Figura1: Obra de Ponte de São Vicente, Sector de Búla………….………………..12 6.2.9. Fiura2: Laterais do mercado de Bindim, Av. dos Combatentes, Bissau…....13

Gráficos 6.2.10. Gráfico1: A evolução de número das famílias que não vivem em

alojamentos individuais ou apartamentos de acordo com o nível de vida IDAF/EDM2008…........……..………………………………………………………..………….35

6.2.11. Gráfico2: A Evolução de agregados familiares com um número superior a 4 pessoas por peça, EDM2008 …………………………………………………..…….37

6.2.12. Gráfico3: Natureza de Solo da peça das famílias, 2008………………..……....38

6.2.17. Gráfico 4: Correlações da pobreza monetária e condição de vida............45 6.2.19. Gráfico 5: Correlação entre as duas formas de pobreza…………..………......46

6.2.21. Gráfico 6: Tipologias de pobrezas em percentagens EDAF 2002 e 2008 Bissau…………………………………………………………………………………………….………47

6.2.22. Gráfico nº 7: Gráfico factorial de ACM, representação das modalidades das varáveis sobre o plano (eixo 1 à 5), IDAF/EDM 2008………………….……63

Anexes ………………………………………………………………………………………………………………..80

Page 6: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 12

Prefácio

Este estudo se realiza com base nos dados dos Inquéritos sobre as despesas dos agregados familiares (IDAF/EDM), que decorreram em 2002 e 2008 no Capital Bissau, sob tutela do Instituto Nacional de Estatística (INE) no Ministério da Economia, do Plano e da Integração Regional, financiados pela Comissão da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA).

Enquadra-se no âmbito do projecto “de Renovação do Índice Harmonizado dos Preços no consumidor (IHPC)” que é um dos instrumentos do dispositivo que os países membros do UEMOA, dotaram para uma vigilância multilateral das suas economias.

O primeiro inquérito, realizado em 2002 com o objectivo de fornecer os coeficientes de ponderação necessários para o cálculo do Índice Harmonizado dos Preços no consumidor (IHPC).

A Comissão da UEMOA, na sua qualidade de promotor, delega à AFRISTAT a coordenação técnica e financeira do projecto, cuja aplicação é assegurada pelos Institutos Nacionais de Estatística dos países-membros.

No inquérito de 2008, uma das metodologias utilizadas para sua realização se reside em seguintes fases: Recenseamento dos agregados familiares e as habitações; Divide-se em uma fase principal e complementar e o acompanhamento dos produtos sazonais.

Uma boa parte trata-se das perguntas relativas à composição dos agregados familiares, ao emprego, as características sócio-demográficas e de alojamentos das famílias, saúde, educação e a situação socioeconómica.

No entanto, os resultados deste primeiro relatório técnico, tem a sua origem no atelier sobre análise aprofundado de pobreza, realizado em Mali – Bamako de 31 do Maio à 11 de Junho de 2010, promovido pela Comissão da UEMOA com assistência técnica do AFRISTAT.

A análise limita-se aos resultados já tratados pelos expers do Observatório, que servem de documentos básicos das análises exaustivas para o relatório consolidado dos países membros da UEMOA, efectuadas para melhor compreender os diferentes aspectos multidimensionais, relativos às despesas dos agregados familiares na cidade de Bissau.

O INE, através do Departamento de Estatísticas Económicas e Financeiras (Gabinete do Índice de Preço ao Consumidor) é responsável exclusivo pela elaboração e a publicação nacional dos resultados deste estudo. Resumo analítico

O presente estudo, se direcciona à análise de dados dos inquéritos sobre as despesas dos agregados familiares na cidade de Bissau, realizados nos períodos anteriormente referidos.

Tende como objectivo, identificar e analisar, os principais indicadores do limiar da pobreza, tal como as duas dimensões da pobreza (monetária e condição de vida), Núcleo dura da pobreza (incidência da pobreza em duas dimensões e não

Page 7: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 13

pobres em simultâneo) e nível de não pobres dos agregados familiares separadamente.

O trabalho se constitui em seis capítulos, dos quais o primeiro se direcciona ao contexto macroeconómico, características geográficas e sócio-demográficas, taxa de crescimento da população da Guiné-Bissau e da cidade de Bissau em breve apresentação.

Do segundo ao quinto capítulo, o estudo se direcciona à análise da distribuição do tamanho da amostra populacional dos dois inquéritos, por característica e subgrupos sócio-demográficas e económicas, das despesas alimentares e não alimentares, do grau do limiar da pobreza, dos tipos de pobreza e dos não pobres, por aplicação de certas medidas estatísticas.

São aplicadas entre outras medidas para o estudo, a análise das correspondências múltiplas das variáveis (coordenadas, contribuições, co-senos quadrados, valor-teste e probabilidade); coeficientes da variação, corelação, e alfa de Cronbach, o standar do desvio padrão, nível de significância, erro médio.

Os cálculos, aplicando as medidas estatísticas e econométricas são feitos, através do sistema computacional, a partir dos seguintes programas: Excel, Spss 1.8, Spada e Stata.

O sexto capítulo reserva-se à conclusão e recomendação sobre os resultados obtidos neste estudo e dos inquéritos realizados ao longo dos dois períodos em referência.

Neste capítulo, recomenda-se ao instituto nacional de estatística, o seu engajamento no cumprimento das suas tarefas, uniformização das estatísticas sectoriais nacionais, modernização e actualização das ferramentas utilizadas para as suas actividades operacionais, formação e capacitação contínua do seu recurso humano por área de especialização.

Page 8: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 14

Introdução

Este trabalho, enquadra-se no projecto “de Renovação do Índice Harmonizado dos Preços no Consumidor (IHPC) e fornece para análise exaustiva, resultados dos inquéritos sobre as despesas dos agregados familiares (IDAF/EDM), realizados em 2002 e 2008 nos principais capitais dos países membros da UEMOA.

O objectivo principal é avaliar os níveis das duas dimensões de pobreza das agregados familiares, bem como, as características sócio-demograficas e económicas e a evolução da população na cidade de Bissau, durante os dois períodos.

Pois, como dizemos, o trabalho se constitui por cinco principais capítulos, mais um sobre a conclusão e as recomendações. O primeiro capítulo refere-se do contexto socioeconómico e demográfico da Guiné-Bissau e cidade de Bissau em particular; do segundo a quinto capítulo, compostos dos resultados de análise aprofundado sobre a cesta (cabaz) de compra dos agregados familiares.

Para o referido análise, foram aplicadas novas técnicas computacionais do sistema de informação, que permitem o uso prático das teorias estatísticas e econométricas.

Considerando a primeira experiencia profissional dos actores deste estudo nessa área que é análise da pobreza e, para o enriquecimento do trabalho, deixamos ao leitor e utilizador dos resultados do estudo, a oportunidade de expor as suas considerações e/ou sugestões que serão levadas em conta na versão final do trabalho e nos próximos estudos.

Contexto do Estudo

O Instituto Nacional de Estatística – INE, representado por dois dos seus técnicos, num seminário alusivo sobre análise aprofundado da linha de pobreza, de 31 de Maio ao 11 de Junho de 2010, em MALI – BAMAKO, com apoio financeiro da UEMOA e assistência técnica do AFRISTAT, através de dados dos inquéritos realizados em 2002 e 2008, tende entre outros objectivos, os seguintes:

• Estabelecer o cabaz de compra e os ponderadores para o Índice Harmonizado de preço ao Consumidor, como instrumento de medida do impacto da estabilidade monetária;

• Conhecer melhor as condições de vida dos agregados familiares da cidade de Bissau;

• Medir o consumo e definir um mecanismo de acompanhamento dos preços de bens e serviços nos mercados;

• Conhecer a natureza de produtos consumidos e diferentes postos de compra frequentados pela população;

Page 9: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 15

• Conhecer a composição dos agregados familiares e as características sócio-demograficas e económicas da população,

• Inteirar da situação do emprego e do desemprego no capital Bissau.

Do ponto de vista metodológico, visa examinar as situações de pobreza (pobreza monetária, pobreza condição de vida, núcleo duro) e não pobre dos agregados familiares, a evolução e as características da população de Bissau pelos métodos estatísticos modernos de análise de dados, através dos seguintes programas do sistema de informação aplicados na união: Excel, Spss, Stata e Spada.

Para este análise são considerados os dados do IDAF/EDM 2008 em comparação com o IDAF/EDM 2002, a partir dos ficheiros criados pela equipa técnica do Departamento das Contas Nacionais (Secção do Índice de Preço ao Consumo - SIPC) do INE com assistência técnica dos Experts do AFRISTAT.

Origem de dados utilizados

Apresentamos assim, sucintamente os dois inquéritos, tendo como principais objectivos mencionados no contexto geral.

Os dados utilizados para este trabalho são provenientes de resultados de dois inquéritos referentes às despesas dos agregados familiares (IDAF/EDM), efectuados entre Março e Junho de 2002 na cidade de Bissau, cuja dimensão amostral é de 347.553 habitantes.

O IDAF/EDM 2008 se constitui em duas fases: principal de Março ao Junho e um complemento de Junho de 2008 ao Fevereiro de 2009 com uma dimensão/ amostra de 422.931 habitantes.

Para realização dos dois Inquéritos nos períodos referenciados, cuja finalidade é estabelecer cabaz de compra e os ponderadores para o Índice Harmonizado de Preço ao Consumidor, como instrumento para medir o impacto da estabilidade monetária.

Foi alterada a metodologia de trabalho no segundo inquérito, devido a evolução das situações socioeconómicas. Isso deve-se, devido às mudanças nos hábitos de consumo das famílias em relação a certos bens e aquisição de serviços nos dois períodos, o que é diferente em outros países membros da UEMOA que realizaram estes desde décadas de noventa e seis.

Assim, foi considerado entre outros critérios, os seguintes:

Page 10: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 16

• Limite geográfico: a cobertura geográfica como foi referido é limitada à capital Bissau durante os dois inquéritos, tal como em outros países membros da UEMOA, que é muito insuficiente para representar o país na matéria de inflação.

Considerando a necessidade de actualização dos ponderadores, assim o segundo Inquérito realizado em 2008, decorreu em 12 meses, introduzindo novas rubricas e produtos para o efeito.

O aparecimento de novos produtos e serviços no final de cada do ano económico, outros bens e serviços das antigas marcas desaparecem nos mercados e as mudanças ocorridas na estrutura geográfica das trocas externas dos Estados.

De tal modo, a reforma estrutural, liberalização económica, sinal de melhoria no desempenho do sector privado e demais actividades de operadores económicos com a mesma gama de produtos disponíveis no mercado, alteram significativamente os preços de certos bens e serviços, o reflexo disso se nota a nível de cabaz de compra dos agregados familiares de Bissau.

• A Sazonalidade: Diferentes dos outros Estados membros, a Guiné-Bissau em 2001/2002, não realizou o IDAF/EDM (Inquérito sobre as despesas das famílias nas principais aglomeração) em doze meses como em 2008, mas sim em três meses, para poder determinar a estrutura das despesas sazonais.

Capítulo 1: Contexto geográfico e climatérico, macroeconómico da

GUINÉ-BISSAU e da cidade de BISSAU.

1.1. Características geográficas, climatéricas e contexto macroeconómico do país.

A Guiné-Bissau é um país com uma superfície de 36.125 Km², situada na África Ocidental, tendo fronteira entre o Senegal ao norte e pela Guinée - Conakry ao Leste e Sul com as coordenadas 11˚ e 12° N (latitude) 14 ° à 16 ° W (longitude), banhado pelo oceano atlântico.

O país detém uma simples geomorfologia com poucas mudanças de altitude, situado nas zonas de transição entre a floresta bicromática, savana onde uma grande parte das suas terras é inundada periodicamente.

Grande parte do território está debaixo de 40 m, que na parte oriental tem mais elevadas altitudes de 300 metros (Colinas de Boé).

Page 11: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 17

Mapa 1 : Território e Divisão Administrativa da Guiné-Bissau.

Fonte: INE _ Departamento de Recenseamento Geral da População e Habitação - Divisão Cartográfica, Bissau, 2009.

Administrativamente, o país está dividido em oito regiões: Bafatá, Biombo, Bolama-Bijagos, Cacheu, Gabú, Oio, Quinara, Tombali e mais o Sector autónomo de Bissau (SAB) completando assim nove regiões.

As oito regiões se constituem em trinta e seis sectores e o SAB que se divide em oito sectores.

Mapa 2: Guiné-Bissau – Distribuição por Regiões e Sectores.

Fonte: AD _ Bissau, 2006.

Page 12: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 18

Em 2008, a população estimada era de 1.382.600 habitantes. E de acordo com os dados definitivos corrigidos do IIIº RGPH (Recenseamento Geral da População e Habitação),

efectuado pelo INE em Março de 2009, o país possui neste período, 1.520.830 habitantes, tendo Bissau, 387.909 habitantes. Por conseguinte, a taxa de crescimento é cerca de 2,5% por ano.

A Guiné-Bissau é um país essencialmente agrícola, a mais importante actividade económica, praticada por mais de 70% da população com um vasto território fértil para esta actividade e por outro lado, a pesca artesanal.

Na tentativa para melhoria da contribuição desses dois sectores na economia nacional, são considerados sempre do ponto de vista dos atores políticos, económicos e sociais, como prioritários para revitalização e desenvolvimento económico do país.

Mas na realidade, até hoje em dia, ainda continua muito distante de ser visto

concretizada uma das esperanças da maioria dos Guineenses, devido a persistência dos deteriorados sistemas tradicionais, aplicados nesses sectores no presente século XXI.

Geralmente, existe um relativo atraso no desenvolvimento do setor agrícola em relação ao setor urbano-industrial nos países em via do desenvolvimento. Estão de certa forma encobertas as razões mais fortes que têm impedido a modernização do setor.

A história tem mostrado que o desenvolvimento económico não é uma mercadoria que se transporta de uma nação para outra. Cada país possui suas características particulares que, muitas vezes, inviabilizam esse esforço de transposição do desenvolvimento.

Muitas peças desse complexo processo de produção de bem-estar devem ser produzidas internamente, com as características particulares exigidas por cada nação. Outras, ainda que importadas, devem sofrer uma adaptação. E isso implica, no mínimo, que a “montagem” final desse processo deve pertencer ao país que o almeja.

Como parte integrante do processo, o grau de desenvolvimento do setor agrícola, pelo menos, não deve comprometer o funcionamento de todo o conjunto.

Falar do desenvolvimento económico é dizer a respeito da integração do sector agrícola ao industrial, o que resulta no equilíbrio entre a oferta e a demanda da força de trabalho entre os dois sectores, a criação do mercado de escoamento de produtos nacionais no qual o primeiro sector produz insumos e alimentos, no início do seu estado em simultâneo necessidades da sociedade.

Page 13: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 19

Figura 1: Obra de Ponte de São Vicente, Sector de Búla, 2009.

Fonte: Ministério de transportes e Infra-Estruturas da Guiné-Bissau, 2009.

O processo de desenvolvimento refere-se a relocação gradativa de força de trabalho do campo para indústria, até eliminar o excedente, de modo que as forças de mercado, em vez das forças institucionais, passem a prevalecer na formação do salário. Sendo essa, uma das condições indispensáveis para o crescimento auto-sustentado de um país subdesenvolvido.

Segundo, o resultado do índice de desenvolvimento (IDH), humano publicado em 2009 pelo sistema das Nações Unidas, a Guiné-Bissau é um país, com o fraco IDH, figurava na posição 173 em 2007 com uma variação de 0,005% (variação em relação aos dados de 2006).

De modo global, a agricultura e a pesca, sempre contribuíram com uma

participação significativa na formação do PIB, como indica na segunda tabela abaixo. 1.1.1. Breve Apresentação da cidade de Bissau. Após a independência nacional, a cidade de Bissau, registou um importante fluxo

migratório em especial, a parte da população rural que migra para os grandes centros urbanos.

No início dos anos 80, a liberalização económica promovida pelo então governo,

provocou uma mudança radical na estrutura organizacional e a morfologia da cidade. Como a tocha para o nível primário, que começa a sentir-se diminuídos os seus

raios de influências em prol do seu lado polar situado no alto Crim, onde é o actual mercado de Bandim e Mindará.

Page 14: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 20

Pois com a falta das instalações adequadas, apareceu um problema para os actores comerciais, a grande concentração da população, habitações e instalações comerciais nessa região geográfica com graves consequências a vida humana.

Fiura2: Laterais do mercado de Bindim, Av. dos Combatentes, Bissau.

Fonte: Dindinho – Lusofonia, abril 2010.

Fora deste fenómeno em referência à cidade de Bissau é confrontada com outras vagas de migração, porque oferece condições favoráveis para o desenvolvimento de certas actividades económicas como comércio e outros serviços.

Entre os fenómenos migratórios, reflecte a integração regional do país na zona

de UEMOA, cuja uma das regras de jogo é a livre circulação de pessoas, bens e serviços. Em parte, o reflexo sobre a sociedade é a deterioração do sistema de saúde e de

saneamento básico, influências de práticas sociais e culturais estranhas a sociedade, elevada taxa de natalidade contra exagerada taxa de mortalidade infantil, a multiplicação das doenças infecciosas e outras doenças mais percebidas actualmente na população, o crescimento demográfico acelerado e das actividades socioeconómicas, sejam lícitas e ilícitas na cidade.

Em fim, existem outros factores impróprios ao desenvolvimento sócio

económico, como às construções inadequadas nos arredores das principais avenidas de Bissau, a delinquência juvenil, elevado uso de álcool e estupefacientes, assaltos a mão armada, etc.

O comércio a grosso e a retalho dos géneros alimentícios em geral, dos materiais

de construção são designadamente, uns dos factores de grande atracção para os

Page 15: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 21

cidadãos provenientes dos países vizinhos (o Senegal, a Guiné-Conakry) e de resto do mundo (Mauritânia, a Nigéria, o Líbano, a Índia, europeus, etc).

Com a onda centrada, sobretudo em Bissau desde a independência nacional, tem

provocado um aumento de postos do emprego, mas com maior incidência temporária; maior fornecimento dos bens e serviços, fluxos de capitais financeiros estrangeiros que nem sempre são questionados ou declarados uma vez que os pequenos, grandes comerciantes e os empresários nacionais não os detêm, devido à ausência de medidas de incentivos do sistema financeiro aos operadores económicos e jovens empreendedores nacionais.

Essa atracção tem mostrado o seu plano negativo, como as práticas ilegais na

comercialização de alguns bens e prestação de serviços (prazo de validade, a evasão fiscal, etc).

No entanto, a participação do comércio no PIB continua relevante, principalmente a partir do período de liberalização económico no país, sendo principal fonte de receitas do governo durante as duas últimas décadas ao lado da pesca, como pode-se ver numa das tabelas a seguir.

Finalmente, o desempenho ineficiente do sector secundário, embora com um

número inegligenciável das unidades de transformação de nozes de caju, as unidades de fabrico do óleo, sabão e outros produtos, pendurados na zona industrial de Brá, CICER (Companhia Industrial de Cerveja) no alto Bandim entre outras dispersas em todo o país, tiveram suas influências no PIB nacional.

Este sector, carece de incentivos eficazes e precisas para a sua própria estrutura

organizacional, financeira e da modernização técnica, adequada a realidade do país. A disponibilidade de matérias-primas e o modo de funcionalidade das unidades que permitiria atender as necessidades da demanda da sociedade.

1.1.2. Apresentação de alguns indicadores Macroeconómicos e as participações dos Sectores de Actividades económicas na Guiné-Bissau.

Em seguida apresentamos duas tabelas, constituídas por indicadores

macroeconómicos da Guiné-Bissau em série de seis anos consecutivos, a título de ilustração, segunda os informações recolhidas pelo Departamento de Contas Nacionais, cujas análises e interpretações profundas, ainda carece da nossa responsabilidade se não no futuro inquérito, apesar de uma breve explanação feita sobre alguns desses indicadores.

Tabela 1 : Principais Indicadores macroeconómicos da Guiné-Bissau, 2003 – 2008.

Contas Nacionais Uni. Medida 2003 2004 2005 2006 2007 2008 PIB nominal FCFA 270.499 276.109 302.162 302.501 331.040 377.451

Page 16: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 22

(em milhões de Fcfa, câmbio em dólar de U$D e %) Fonte: INE _ Departamento de Contas Nacionais, Bissau 2009.

Tabela 2: Produto Interno Bruto (PIB) na Óptica da Produção à Preços Correntes de 2003- 2008.

(em Milhões de Fcfa)

Fonte: INE _ Departamento de Contas Nacionais, Bissau 2009.

Observando esta tabela 2a, nota-se uma contribuição significativa do sector primário na formação do PIBbruto, 42,1%, 41,3%, 43%, 41,6%, 41% e 45,8%, respectivamente durante os períodos referenciados, fundamentalmente o ramo da agricultura, apesar de ter sofrido uma redução em 2006.

Recuperado nos dois últimos anos, mesmo com esta deterioração, apresenta uma maior contribuição no PIBbruto por todos os períodos, comparando-o com o sector secundário e terciário como mostram os dados desta tabela.

PIB real (a preço de 2005) FCFA 281.696 289.704 302.162 308.617 318.500 328.760 Taxa Crescimento do PIB real % 0,4 2,8 4,3 2,1 3,2 3,2 População Habitante 1.249.200 1.274.800 1.300.900 1.327.600 1.354.800 1.382.600 Crescimento Demográfico % 2,0 2,0 2,1 2,0 2,1 PIB nominal Per-capita FCFA 216.538 216.590 232.272 227.856 244.346 273.001 Taxa de Câmbio /$ FCFA / $ 580,1 527,6 526,6 522,9 480,5 446,31 PIB nominal Per-capita $ 373 411 441 436 509 590 Taxa de Investimento % 9,8 6,6 7,6 6,4 11,7 8,7 Inflação (IHPC) % -3,8 1,3 3,3 3,2 4,6 10,4 Exportação/PIB % 16 16 16 12 17 16 Importação/ PIB % 24 27 28 28 36 31 Taxa de Cobertura % 67 58 56 43 47 50 Finanças públicas Receitas totais FCFA 28.700 49.029 37.845 46 989 50.086 49.574 Despesas FCFA 41.000 70.416 51.845 52.243 54.443 49.266 Taxa de pressão fiscal % 4,3 4,3 6,1 6,1 5,5 5,5 Despesas correntes / PIB % 10,3 15,2 13,0 13,2 12,4 12,2 Salarios / receitas do Orçamento % 51,2 65,9 71,6 60,6 75,5 60,7

Sectores de actividades Sector Primário

2003

2004 2005 2006 2007 2008

113.907 114.001 130.037 125.795 138.737 173.021 Agricultura 76.919 78.953 93.493 87.470 99.269 129.704 Pecuária 12.848 13.212 13.790 13.774 14.179 15.441 Pesca 18.968 16.332 16.923 18.035 18.163 19.977 Floresta 5.172 5.504 5.831 6.516 7.126 7.899 Sector Secundário 47.342 43.510 41.552 39.798 42.857 48.283 Actividades extrativas 230 135 91 83 147 105 Agroalimentar 33.782 33.333 32.543 31.124 31.786 37.908 Outras industrias 4.258 4.216 4.409 4.535 4.907 5.299 Construção 7.595 4.476 3.020 2.740 4.898 73.469 Água - electricidade 1.477 1.350 1.489 1.316 1.119 1.502 Sector Terciário 103.987 110.088 120.453 124.453 136.077 141.932 Transportes e telecomunicação 8.256 10.301 10.881 13.509 13.763 15.941 Comercio 54.277 55.440 59.441 60.090 69.579 72.874 Serviços financeiros 1.290 1.282 1.612 2.080 1.483 1.487 Serviços da administração pública 29.696 30.234 33.255 32.036 34.350 33.623 Outros serviços 10.468 12.831 15.264 16.738 16.902 18.007 Correcção para consumo dos SIFlM -542 -451 -802 -1.395 -717 717 Total de Valor Acrescentado 264.694 267.148 291.240 288.651 316.954 362.519 Impostos sobre os produtos 5.805 8.961 10.922 13.850 14.086 14.932 Produto Interno Bruto 270.499 276.109 302.162 302.501 331.040 377.451

Page 17: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 23

Isso pode-se justificar no país, considerando entre outros factores, a recuperação de alguns programas de apoios e incentivos agrícolas pelo Governo guineense em colaboração com os seus parceiros, destinados aos pequenos e médios produtores agrícolas nos últimos anos.

O Sector terciário, assume a segunda posição na formação do PIBbruto em todos os períodos, com destaque ao comércio, 21,2% e 19,31%, respectivamente em 2007 e 2008, devido a característica do próprio mercado guineense, que após independência, atrai fluentemente grande parte dos comerciantes e empresários de muitos países vizinhos, do norte de continente africano, da Ásia e Europeus, cujos interesses são diferentes.

E por se identificar ainda como um mercado monopolista, funcionando em grande parte na informalidade sem controlo fiscal rígido por parte de quem de direito.

Por fim, o sector secundário, com uma participação em torno de 13% no PIBbruto no ano 2008, mais elevada em relação aos anos anteriores.

É de salientar que entre os componentes do sector secundário, as informações dão destaque às actividades de construções e agro-alimentar em termos de valores absolutos, cujas participações osciladas são 19,46% e 10,04% em 2008 que são muito mais marcantes no 100% dos dados apresentadas.

Estes e outros resultados, são reflexos de acentuados números de construções civis e obras públicas em particular na cidade de Bissau e nas regiões. Isso foi devido, as tendências de investimentos dos guineenses residentes e não residentes no país em construções civis ao em vez de transferências desses capitais financeiros ao estrangeiro para aquisição e/ou construção de imóveis, outros bens e serviços que a instabilidade sócio-económica e política não os favorecia.

O mesmo acontece com os comerciantes e empresários estrangeiros que operavam e continuam a operar no território nacional, inclusive Bissau, dos quais, hoje se observamos bem, detêm um número considerável das obras gigantes de construções definitivas, apesar de inconsistência e inviabilidade destas, por inaplicabilidade integral das normas que regem tipos construção predial, adequadas para diferentes actividades social e económica no país.

Nos seguintes capítulos, apresentamos os resultados de análise aprofundada sobre os dados dos inquéritos do IHPC, realizados no ano económico 2008 em comparação com os dados de 2002 na cidade de Bissau.

Capítulo 2: Evolução das características dos agregados familiares 2002-2008.

2.1. A evolução das características dos agregados familiares, as modalidades agrupadas em categorias.

A tabela a seguir, apresenta os resultados dos dois inquéritos em termo da evolução das características dos agregados, tendo agrupadas as modalidades em categorias.

Page 18: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 24

O total da dimensão/amostra dos agregados nos dois períodos é de 347. 553 e 422.931 habitantes, respectivamente.

Tabela 3: Evolução e Características dos Agregados familiares, IDF 2002 e 2008 em BISSAU.

MODALIDADES DESCRIÇÃO IDAF (EDM) 2002 IDAF (EDM) 2008

Dimensão de Agre. Fam. %

Dimensão de Agre. fam. %

Sexo dos Chefe de agregados

Masculino 263.802 75,9 315.445 75 Femenino 83.751 24,1 107.487 25

Grupo de idades dos agregados familiares

< 30 anos 34.870 10,0 32.615 8 30 - 44 anos 157.051 45,2 188.828 45 45 - 59 anos 113.042 32,5 150.917 36 > = 60 anos 42.590 12,3 50.571 12

Nível de Instrução

Analfabetos 99.962 28,8 92.096 22 Ensino fundamental (EBU) 125.355 36,1 148.916 35 Secundário 104.026 29,9 159.766 38 Superior 18.210 5,2 22.154 5

Tipologia dos agregados familiares

Uma pessoa 21.526 6,2 25.902 6 Casais sem filhos 2.108 0,6 2.560 1 Casais com filhos 29.181 8,4 55.451 13 Núcleo monoparentesco 8.027 2,3 9.297 2 Monoparentesco alargado 69.610 20,0 98.697 23 Família alargada 217.102 62,5 231.025 55

Migração Nativas 00 0,0 174.402 41 Imigrantes 00 0,0 248.530 59

Estatuto de Alojamento

Locatários 118.098 34,0 139.146 33 Não Locatários 229.455 66,0 283.785 67

Pessoas Activas Ocupadas nos agregados familiares

Não activas ocupadas 56.149 16,2 35.761 8 Uma pessoa 149.154 42,9 134.463 32 Duas pessoas 79.956 23,0 117.045 28 > 2 pessoas 62.294 17,9 135.663 32

Grupos Sócioeconómicos

Salário do sector público 212.012 61,0 109.639 26 Salário do sector privado 6.013 1,7 83.295 20

Trabalhadores independentes 5.497 1,6 143.563 34 Ajudas familiares e outros activos ocupados

3.439 1,0 3.138 1 Desempregados e inactivos

120.592 34,7 83.297 20 Total 347.553 100 422.931 100

Fonte: INE _ Análise aprofundado de dados dos inquéritos sobre despesas dos agregados familiares (IDAF) 2002 e 2008, Bissau.

Observando, a primeira modalidade (Sexo do chefe de agregado familiar - SCAF), vimos que no total 422.931 habitantes, correspondentes à 100% dos membros das famílias inquiridas em 2008, 315.445 habitantes (75%) dos CAF são do sexo masculino, contra 107.487 (25%) do sexo feminino no período.

Em 2002, no total de 347.553 habitantes, as duas variáveis corresponde as

cifras 263.802 habitantes (75,9%) e 83.751 (24,1%). A comparação exaustiva dos dados de dois períodos, torna-se pouco

impossível, porque apresentam diferentes tamanhos de amostras/dimensão das famílias, 347.553 e 422.931 habitantes em 2002 e 2008.

Page 19: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 25

A variação do resultado de 2008 em relação ao ano anterior, podemos considerar em parte como reflexo, os rastos dos efeitos de conflito militar que abalou a cidade de Bissau entre 1998/1999; a extensão do período do inquérito por 12 meses em vez de três meses no ano 2002. Mais CAFs do sexo masculino que voltaram a cidade do que de sexo feminino, seja nos cidadãos nacionais tal como os estrangeiros.

Um outro factor tão importante tem a ver com a contínua onda migratória do

campo e dos estrangeiros para capital, Bissau (interno e externa). Para a modalidade Idade no total da dimensão das famílias entre os dois

períodos, o resultado mostra uma concentração significativa de CAFs com faixa etária entre os 30 aos 44 anos, 45% e de 45 aos 59 anos, 36% em 2008, tal que em 2002 é de 45,2% e 32,5%; em seguida, maiores e/ou igual à 60 anos e menos de 30 anos.

Pois, isso pode ser explicado se consideramos a idade média de vida da

população guineense, que situa em média nos 45 anos de idades e por um lado, se tomamos em conta a outros factores impulsionadores, cujas informações fornecidas são em algum momento inconfiáveis como por exemplo: sociais, culturais, económicos, a ineficiência da política do registo civil dos cidadãos, etc.

Quanto ao variável, nível de instrução em 2008, do total população em 100%

de dimensão dos agregados familiares, o número de CAF com nível de ensino secundário é de 38% (superior de todos os restantes níveis), seguindo o ensino fundamental (EBU), 35%, o analfabetismo 22% e por último, cursos superiores (incluindo técnicos e médios), 5%.

Ao contrário do que foi verificado no ano 2002, onde no total do percentual

(100%), o ensino fundamental (EBU) apresenta maior concentração, 36,1% , secundário 29,9%, analfabetos 28,8% e superior, 5,2%.

Em primeiro lugar, podemos explicar isso pela miserável situação

socioeconómica em que se mergulha a maioria dos agregados familiares, a não contemplação dos níveis secundários em algumas escolas das regiões, impedindo assim certos alunos/ estudantes, o prosseguimento dos estudos técnicos, médios e superiores nas instituições nacionais e no exterior, após de terem concluído o EBU, tal como o ensino secundário, entre outros factores.

Da tipologia do agregado familiar, verificamos uma participação considerável dos membros do agregado familiares no grupo da Família alargada, 62,5 % e Mono parentesco alargada, 20% no IDAF/EDM 2002, e 55% & 23% em 2008; tendo assim a fraca concentração do casal com crianças, 8,4% & 13% e uma pessoa, 6,2% & 6% em 100% da dimensão dos agregados. A mais fraca concentração figura no casal sem filhos, 0,6% &1% nos dois períodos.

Page 20: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 26

Estes resultados se justifica, considerando entre outros factores, a cultura de composição da estrutura familiar dos agregados, largo grau de relação parentesco, situação económica, elevado custo de arrendamento dos alojamentos no capital.

Para o estatuto de migratório, o resultado obtido de um lado é o reflexo da

infuncionalidade das políticas de descentralização de poderes na administração pública e do sector privado.

A inexistência das infra-estruturas adequadas as actividades sociais e

económicas nas regiões, que poderiam reduzir o êxodo rural e destino principal dos estrangeiros à Bissau por favoritismo no exercício das suas actividades económicas, permitindo assim uma participação de 59% dos imigrantes contra 41% dos nativos no total da dimensão das famílias inquiridas em 2008.

No IDAF/EDM2002, carece de informações sobre esta modalidade (o estatuto migratório).

Da variável estatuto de alojamento em 100% da dimensão das

famílias/amostra, existe 66% de pessoas que não pagam aluguel do alojamento (não locatários) no EDM 2002 e no EDM2008, 67%; restantes valores percentuais (34% & 33%) são locatários para ambos períodos.

Isso, talvez deve-se ao aumento de número das construções para domicílio

próprio e que em alguns casos são cedidas aos amigos ou familiares a título de gratuidade, para assegurar a manutenção das mesmas.

A diferença entre as duas categorias de estatuto por cada período é de 32% e

34%, respectivamente.

Quanto a variável activos ocupados nos agregados, os resultados de 2002 mostram uma participação significativa de uma pessoa activa ocupada e duas pessoas activas ocupadas, 42,9% & 23%, sendo a diferença 19,9% e em seguida, 17,9% para mais de duas pessoas e 16,2% de pessoas não activas.

Ao contrário de que foi observado em 2008, uma pessoa e mais de duas

pessoas, registaram 32%; duas pessoas 28%; por último, não activas 8%. Consideramos entre outros factores como reflexo, a inexistência de postos de

trabalho, elevada número de crianças no agregado, ausência das iniciativas que gerem empregos independentes.

De grupo sócio-económico de IDAF/EDM2002, a maior participação das pessoas figura nos assalariados da função pública, os desempregados e inactivos, 61% & 34,7% do total de percentual (100%) da dimensão das famílias/amostra. As mais fracas participações estão nos assalariados do sector privado, trabalhadores independentes as que vivem por ajudas familiares e outros activos ocupados (1,7%, 1,6% e 1).

Page 21: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 27

Para EDM2008, a situação inverteu-se, onde a participação dos trabalhadores

independentes e os assalariados do sector público, assumem a liderança (33% & 25,9%); sectores privados, desempregados e inactivos estão em segunda posição (19,7%, 19,72%,); ajudas familiares e outros activos ocupados, 0,7%, ambos em relação ao total do percentual.

No primeiro ano, a diferença entre os assalariados do sector público e privado é

de 59,3% considerável, comparando-a à do segundo ano que ficou em 6,2%. Podemos explicar essas ocorrências, considerando os rastos dos efeitos

negativos de conflito de 7 de Junho de 1998 nas actividades do sector privado e público, que vêm melhorando aos poucos nos últimos três anos, devido os sinais de esforços de recuperação do próprio sector privado por iniciativas dos seus actores e dos incentivos fiscais, financeiros entre outros factores animadoras, implementados pelo governo central.

Capítulo 3: Análise da pobreza monetária.

3.1. Determinação de limiar de pobreza monetária. Enquadra-se os princípios da metodologia utilizada.

3.1.1. Métodos para cálculo de custos essenciais e nível de pobreza: Como obter as informações para os cálculos.

• Para obter informações sobre essas variáveis, recorremos a tabela de resultados

cruzados dos inquéritos de IHPC dos anos em referência que contêm códigos de produtos (cod.prod.), nome de produto, despesas anuais e o total da população que consome cada produto.

• Criamos no Excel, colunas para valores de código do produto, nome de produto, despesa anual, População total, percentagem da população total, despesa alimentar (DA), despesa não alimentar (DNA), soma de despesa não alimentar (DNA_sum), dimensão dos agregados familiares (taille des ménages), Calorias de produtos (Ci), preço de cada produto (Pi), quantidade (Q) diária de cada produto i (Qji), Despesa total por produto i (PiQi) e o valor calorífico do consumo diário de 100 gs do produto i por pessoa (QiCi).

• • Determinamos as percentagens das despesas por produto em relação ao total de

todas as despesas.

• Determinamos, as percentagens acumuladas das despesas de produtos, isto porque a observação nos permite ver as despesas anuais dos produtos pelo menos na ordem de 80%.

Page 22: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 28

• Extrair os preços médios dos produtos, recorrendo a tabela da publicação do IHPC do país.

• Procurar valor calorífico de cada produto alimentar na lista - um ficheiro

oferecido pelo AFRISTAT, mas ainda pode pesquisá-lo no Internet.

• Serie de pobreza alimentar; • Serie de pobreza monetária; • Serie de pobreza não alimentar.

Definir uma lista de produtos, série de pobreza alimentar que cobre pelo menos 80 à 95% da evolução até 2008.

1ª Etapa: A escolha do limiar calórico normativo (SNA). A Guiné-Bissau utiliza: SNA = 2400 e 240 quilo-calorias, se o valor tem sido em

gramas e quilogramas, respectivamente. 2ª Etapa: Selecção da cesta dos bens alimentares, de valorização e estimativa do limiar alimentar.

Estimativa das despesas totais por produto para o conjunto dos agregados familiares e a população efectiva que consome cada um dos produtos.

Cálculo por parte das despesas alimentares para cada produto na despesa alimentar total do conjunto das famílias.

Cálculo da proporção dos indivíduos que consomem certamente cada produto no conjunto da população total da cidade.

Classificação dos produtos por ordens de importância nas despesas alimentares. Selecção de um grupo de produtos cuja parte total representa 80% da despesa

alimentar total do conjunto de família para EDM2002 e EDM 2008. Este grupo de produto permitiu reencontrar a maior parte dos produtos do

cesto básico (cabaz de compra) (EDM 2002 e 2008). Certos produtos foram integrados na cesta, tendo em conta aos seus pesos

importantes no consumo alimentar total. E Certos produtos foram suprimidos do cesto, devido aos seus pesos muitos fracos na despesa alimentar total. Despesa em quantidades diárias per-cápita: Di = Qi×Pi Pi: Preço médio de produto i no período do inquérito; Qji: Quantidade diária de produto i, certamente consumida por pessoa nesse período;

Page 23: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 29

Despesa alimentar e não alimentar: DA = Val. Comp. Alim + Renda alim.recebido + Autoconsumo Alimentar. DA = despesa alimentar; Si = DA/DAi+DNAi; Si = a+ βXi + εi Si= soma de Parte da despesa alimentar com produto i ; a = parte orçamental médio alimentar; β = coeficiente da despesa total per-capita; εi = elasticidade de produto i. Xi ou Yi = despesa total per-capita com produto i. O Limiar alimentar diário é determinado:

ZAi = limiar alimentar diário; SCN = valor de caloria;

∑ = simblolo de somatório; Pi*Qi = Valor monetário de consumo diário per-capita do produto i. Ci: Contributo calorífico para 100 gramas do produto i. Ci*Qi = Valor calorífico do consumo per-capita diário de 100 gs do produto i. O limiar alimentar anual é determinado:

- Custo anual de cabaz per–capita.

O limiar dos bens não alimentar diário é determinado: ZNAi = ZAi (1-a); O limiar dos bens não alimentar anual é determinado por: Z = ZNA *365 dias 3ª Etapa: Constituição do ficheiro das despesas alimentares por família.

Esta etapa que considera-se a parte do orçamento atribuído às despesas não alimentares.

3.1.2. Limiares das duas formas de pobreza e a parte orçamental Médio

alimentar A seguir, apresentamos na tabela 4, os resultados de cálculos de limiares das

duas formas de pobreza e a parte orçamental Médio alimentar nos períodos referenciados.

Page 24: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 30

Segundo o sistema das Nações Unidas, o limiar da dieta alimentar médio per-capita para os guineenses, figura em um 1 U$D ou 2 U$D (um ou dois dólar americano) por dia.

Tabela 4: Determinantes do limiar da pobreza monetário e de Condição de vida em (Fcfa,%).

Bases de Dados (limitadas aos dados

do Capital) Período

Limiar Alimentar

(ZA)

Parte orçamental Médio alimentar (a %)

Limiar não alimentar

(ZNA) Limiar pobreza Global

(Z=ZA+ZNA) IDAF/EDM 2002 03/2002

06/2002

115.572

0,508

56.861

172.433 IDAF/EDM 2008 03/2008

02/2009

101.707

0,544

46.378 148.085 Fonte: INE_ Análise aprofundado de dados dos Inquéritos sobre despesas dos agregados familiares (IDAF) 2002 e 2008,

Bissau.

Nesta tabela, observamos que, o limiar alimentar (ZA) em 2002 é de 115.572 FCFA e de 2008, 101.707 FCFA sobre o total anual. Pois, os limiares de bens não alimentares (ZNA) de dois períodos referenciados em relação ao total são 56.861 FCFA e 46.378 FCFA, cujas somas globais nos períodos são 172.433 FCFA e 148.085 FCFA.

As partes orçamentais médias alimentares são significativas, quase 0,51% e

0,54%, próximos de 1%. O mais significativo apresenta no segundo ano do Inquérito. Lembramos que, a comparação vertical dos resultados obtidos entre os dois

períodos, torna-se impossível, porque as metodologias aplicadas e os tamanhos de amostras nos IDAFs/EDMs são diferentes.

De vista percebe-se que existe uma diferença entre os dois, mostrando uma

queda, seja no ZA, tal como no ZNA de 2008. Se fizemos a comparação dos resultados de dois anos do inquérito, vimos que

em 2008, o nível da pobreza dos agregados se reduziu, por razão de alguns sinais de melhoria de condições de vida dos agregados, devido a recuperação das actividades económicas do sector privado e do pagamento atempado dos salários na função pública, entre outros factores.

A tabela 5 apresenta, as tendências das características socioeconómicas dos

agregados familiares em Bissau, a taxa de pobreza monetário, os índices da profundidade e de severidade da pobreza, obtidos na análise dos dois IDAFs / EDMs.

3.2. Taxa, profundidade e severidade da pobreza 3.2.1. Cálculo dos índices Foster-Greer Thorbecke (FGT).

Pα = 1/N∑i=1(1-Yi/Sp)α, então: Pα= P₀= P1= P2.

Page 25: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 31

1= Constante; N= Tamanho da amostra populacional; q= pobre; ∑= Símbolo de somatória; i= produto i; Yi= despesa total per-capita; Sp= limiar de pobreza; q P₀ = 1/N∑i=1 (1-Yi/Sp)° ou P₀ = 1/N∑i=1(QI) P1 = 1/N∑i=1 (1-Yi/Sp)¹ P2 = 1/N∑i=1 (1-Yi/Sp)² P₀ = Tx. Rácio da pobreza; P1= Gap de pobreza ou desvio relativo de pobreza; P2= Severidade de pobreza ou desvio de pobreza ao quadrado; N= Tamanho da amostra populacional; Tabela 5 : Tendências das características socioeconómicas de 2002 à 2008 em Bissau.

EDM/Ano

Indicadores Taxa da pobreza

monetária P₀ (%)

Índice de Profundidade de pobreza P1 (%)

Índice de Severidade da pobreza P2 (%)

2002 19,3 ------------- -------------- 2008 28,0 5,0 1,07

Fonte: INE _ Análise aprofundado de dados dos Inquéritos sobre despesas dos agregados familiares 2002 e 2008, Bissau.

Relativamente a tabela 5, por questão técnica, falta de informações não conseguimos calcular, o índice de profundidade e de severidade da pobreza em 2002, se não os de segundo ano, 2008.

Se tivéssemos as informações completas, poderemos avaliar o nível da pobreza

dos agregados durante os dois anos. Pois, mesmo assim, vimos as variações registadas no P₀, tal como a diferença

entre os dois índices (P1 e p2) em 2008, cerca de 4,9%, tendo o p1 maior representação percentual (5%) e a taxa de pobreza monetária em relação ao ano anterior 2008.

Apesar de os resultados não foram tão alarmantes em relação a outros países

membros da UEMOA é preciso uma tomada de medida contenciosa que visa a redução destas tendências a um nível desejável, através da criação de postos de emprego, incentivos as actividades económicas, sociais adequadas a realidade nacional e adaptadas as tecnologias modernas.

3.3. Desigualdades em matéria de despesas de consumo: Evoluções 2002 e 2008.

3.3.1. Índices das desigualdades: Gini, entropia, Lorenz, Curvas estocásticas.

Page 26: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 32

Para análise da desigualdade em matéria das despesas dos agregados familiares com consumo, utilizamos o Coeficiente de Gini para mensurar as desigualdades na cidade de Bissau nos dois períodos, segundo as distribuições de seguintes variáveis: não pobre, pobre monetariamente, pobre da condição de vida e pobre em duas situações. Veja a seguir a tabela 6.

O coeficiente de Gini se calcula como uma razão das áreas no diagrama da curva de Lorenz. Se a área entre a linha de perfeita igualdade e a curva de Lorenz é A, e a área abaixo da curva de Lorenz é B, então o coeficiente de Gini é igual a A/ (A+B) ou G=A/2 é igual ao coeficiente multiplicado por 100).

Esta razão se expressa como percentagem ou como equivalente numérico dessa percentagem, que é sempre um número entre 0 e 1.

Deve-se observar que, quanto mais próximo de 1 é o índice de Gini, mais desigual é a pobreza dos agregados na cidade e quanto mais próximo de 0, menos desigual é a pobreza dos agregados na cidade.

O uso desse índice “requer que ninguém tenha uma pobreza líquida negativa”.

Veja a seguir a tabela 6.

Tabela 6: Índices da pobreza em subgrupo GE_K(a) e Gini.

BISSAU EDM2002 Tipo GE (-1) GE (0) GE (1) GE (2) Gini Não pobre 0.05513 0.04138 0.03517 0.03213 0.14286 Pobreza monetária 0.21301 0.24306 0.33321 0.57097 0.36914 Pobreza em condição de vida 0.04079 0.03490 0.03151 0.02960 0.13807 Núcleo Duro 0.19052 0.19531 0.24465 0.42212 0.34839 BISSAU EDM 2008 Tipo GE (-1) GE (0) GE (1) GE (2) Gini Não pobres 0,30121 0,29943 0,039136 0,80005 0,42973 Pobreza monetária 0,02908 0,02584 0,02366 0,02225 0,11873 Pobreza em condição de vida 0,1745 0,17965 0,21009 0,28708 0,3354 Núcleo Duro 0,02653 0,02477 0,02356 0,02279 0,12192

Fonte: INE _ Análise aprofundado de dados dos Inquéritos sobre despesas dos agregados familiares (EDM2002 e 2008), Bissau.

Na tabela 6, os resultados, sejam dos parâmetros (GE) como os de Gini do EDM2002, mostram uma concentração da pobreza sob situação monetária, tendo Gini em torno de 0,37% em seguida, duas situações (monetária e condição de vida – núcleo duro) que é aproximadamente 0, 35%.

Enquanto os não pobres situam em torno de 0,14% e por último, os pobres em

condição de vida cerca de 0,14%, os dois últimos resultados de Gini são menos desiguais entre os indicadores.

Page 27: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 33

Os valores mais próximos do zero indicam, a igualdade relativa de pobreza entre os agregados familiares e próximo de 1, uma desigualdade relativa.

A diferença entre pobreza monetária (PMON) e condição de vida (PSUB) é de

0,093%. Esse último resultado, ainda mostra menor desigualdade entre as duas situações de pobreza.

Portanto, podemos dizer que isso deve-se por um lado pela consequência da

revolta militar que pairava o país há mais de um ano, principalmente a cidade de Bissau, a instabilidade política e social, a injustiça económica, cujos reflexos são negativas sobre o desenvolvimento das actividades económicas que haviam sidas deterioradas e só a partir dos finais de 2004, tentavam se recuperar.

Ao contrário do que foi observado em 2002, para os resultados de 2008, o índice

da pobreza monetária é mais próximo de zero. Quer dizer, menor desigualdade relativa de pobreza, cerca de 0,12% de Gini, de igual modo apresenta a de núcleo duro 0,12%.

Depois a condição de vida 0,33%, mais desigual de todos os índices, sendo os não

pobres quase 0,43% maior representação percentual do ano. A diferença entre PMON e PSUB é quase 0,22%, maior do que de 2002. Isso quer

dizer que no período, os agregados familiares são mais pobres de condição de vida e menos pobres monetariamente, devido a alguns factores fundamentais que em parte podemos considerar:

• Melhoria ao nível de pagamento atempado dos salários na função pública a recuperação no desempenho das actividades económicas do sector privado (comércio, principal fonte da receita pública e certos serviços), etc.

Os resultados obtidos indicam as distribuições consideráveis entre 0 e 1. Pois, o

zero (0) de modo geral, significa a igualdade perfeita de pobreza (quer dizer, todos os agregados estão no mesmo nível de pobreza) e 1 é a desigualdade perfeita da pobreza (quer dizer um agregado familiar é detentor de toda pobreza e os outros não são pobres).

A tabela7 apresenta, diferentes sensibilidades dos parâmetros e os índices de

Gini, anteriores. Pois, lembramos que a unidade dimensional do coeficiente de Gini é a percentagem.

Vejamos quando um parâmetro retornado é igual a diferença de sensibilidade. E

o coeficiente de Gin.

Page 28: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 34

Tabela 7: Entropia Geral dos Índices GE(a).

Fonte: INE _ Análise aprofundado de dados dos Inquéritos sobre despesas dos agregados famílias (IDAF) 2002 e 2008, Bissau.

Observando esta tabela, vimos que existe uma ligeira diferença de sensibilidade de pobreza entre os parâmetros, assim como entre os coeficientes de Gini, embora significativas, segundo Entropia geral dos índices.

No entanto, para os dois períodos, os índices do parâmetro GE (2) são mais

sensíveis, mais próximos de 1 (0,57% e 0,91%), respectivamente. A diferença do G(0) e GE(-1) é de -0,05%; de GE (1) e GE (0) é igual à 0,04%; e de

GE (2) e GE (1) é cerca de 0,24% em 2002. De 2008, registou-se as seguintes diferenças nos parâmetros, GE (-1) e GE (0), -

0,05%; GE (1) e GE (0), 0,08%; GE (2) e GE (1), 0,5%. Este último resultado mostra maior desigualdade de pobreza entre os agregados.

Os dois coeficientes de Gini são significativos, tendo em visto que de 2008 estão

mais próximos de um (1), 0,46%, maior desigualdade de pobreza. Isso de um lado mostra o aumento progressivo de custos de vida na cidade de Bissau.

Naturalmente, se acompanhamos a modo de vida dos citadinos de Bissau ao

longo das duas décadas, pode-se perceber uma concentração significativa do rendimento e/ou a renda nacional nas mãos de uma minoria, ficando estas cada vez mais ricas em relação aos restantes agregados familiares.

Uma das razões é reflexo da corrupção extrema (social, económico e cultural)

nas instituições e na vida particular das pessoas, a informalidade e práticas ilícitas no desenvolvimento da maioria de actividades económicas no país, nível mais baixo dos salários, comparando-os a de países da sub-região entre outros factores.

Capítulo 4: Análise da pobreza em condição de vida dos agregados familiares.

Neste capítulo, apresentamos diferentes indicadores que ilustram a situação de

condição de vida dos agregados familiares em Bissau, variação de dependência ou privação em função do nível das despesas com consumo, as características em termos de privação dos agregados, segundo décil das despesas com consumo per-cápita e a coerência do cálculo de contagem (score) ao indicador alpha de Cronbach), para os dois anos de inquéritos.

EDM 2002

GE (-1) GE (0) GE (1) GE (2) Gini 0,33858 0,28607 0,33034 0,57106 0,41438

EDM 2008 0,40154 0,35249 0,43741 0,91278 0,46088

Page 29: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 35

4.1. Situação das condições de vida dos agregados familiares na cidade de Bissau.

Como pode-se observar numa das tabelas do capítulo V, excluímos simplesmente

a variável chefe do agregado familiar do sexo masculino no primeiro grupo de indicadores na tabela 8.

Consideramos unicamente a variável mais relevante, Chefe do agregado familiar

do sexo feminino para este análise, devido a sua contribuição fundamental na manutenção das despesas do agregado familiar de uma forma geral e dos impactos em termo da dimensão de pobreza.

O resultado dos Cálculo das estatísticas descritivas dos diferentes Indicadores da

pobreza em condição de Vida, está representado na tabela abaixo.

Tabela 8: Pobreza por condição de vida dos agregados familiares na cidade de Bissau (em %).

ITENS

IDAF/EDM 2002 IDAF/EDM 2008

Coeficiente (B)

Wald Coeficiente (B)

Wald

Step 1ª CAF FEMININO -0,25 0,373 0,218 0,292 30 anos de idade 0,781 4,855 -0,033 0,012 60 anos de idade 0,109 0,804 -0,095 0,647 >= 60 anos de idade -0,006 0,003 -0,148 1,316 INST=0 (sem nível de Instrução) 0,000 0,000 0,647 4,319 INST=1 (Ensino fundamental-EBU) -0,701 7,106 0,289 6,104 INST=2 (secundário) -0,257 3,354 0,289 0,000 INST=3 (Superior e técnico prof.) 0,000 0,000 -6,279 0,000 MIGRA= 0 (nactivas) 0,000 0,000 0,107 0,275 TIPMEN=1 (casais s/crianças) 0,293 0,429 0,620 2,258 TIPMEN=2 (casais c/crianças) -8,54 0,000 0,012 0,001 TIPMEN=3 (monoparent. Nuclear) 0,054 0,236 -0,068 0,487 TIPMEN=4 (monoparent. Alargada) -0,152 0,536 0,048 0,112 TIPMEN=5 (família alargada) -0,054 0,412 -0,107 1,399 ACTIVS=0 (pessoas activas não ocupadas) -0,528 2,03 1,309 6,310 ACTIVS=2 (duas pessoas acupadas) 0,25 1,088 0,287 1,441 ACTIVS =3 (>2 pessoas ocupadas) -0,471 8,036 -0,271 3,032 LOCATARIO=1 (locatário/alojamento) 0,628 8,985 0,821 16,746 GSE=1 (assalariado de sector público) -18,804 0,00 -0,262 0,848 GSE=2 (assalariado de sector privado) -0,099 0,054 -0,132 1,053 GSE=4 (ajudas familiares e out. act. ocupadas) -6,305 0,00 0,225 0,644 GSE=5 (Desempregados e inactivas) 0,058 0,623 -0,273 5,032 ESCOL=0 (analfabetos) -0,242 0,16 0,940 3,066 ESCOL=1 (1ª à 2ª classe) 0,051 0,122 0,300 4,925 ESCOL=3 (6ª à 8ª classe) 0,036 0,167 -0,202 4,705 ESCOL=4 (9ª à 12ª classe) 0,122 2,533 -0,136 1,919

Page 30: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 36

Fonte: INE _ Análise aprofundado de dados dos Inquéritos sobre despesas dos agregados familiares (IDAF/EDM) 2002 e 2008, Bissau.

Desta tabela8, começamos por examinar os graus de significância relativa das variáveis por subgrupo dos itens de modalidades das características dos agregados familiares. Entretanto, constatamos em cada subgrupo e entre os indicadores, a desigualdade entre as variáveis, seja positiva e negativa no total das participações.

Assim, o maior valor positivo ou menor valor negativo significa mais pobre é a

variável no subgrupo ou entre as variáveis do mesmo grupo; o menor e maior valor, seja positivo ou negativo, indica menos pobre é a variável, conforme mostra o coeficiente (B) e o estandar do nível médio do desvio padrão (Wald).

No caso do Chefe do agregado familiar do sexo feminino, o coeficiente negativo

no primeiro ano, -0,25% e cerca de 0,22% positivo no segundo ano do inquérito, correspondentes aos Wald positivos em 2002; sendo 0,37% e 0,29%, de 2008, respectivamente, indicando o nível de significância considerável da pobreza no segundo ano, tendo uma diferença 0,081% em termo do Wald.

Esse facto pode ser interpretado se consideramos entre outros fenómenos, os

efeitos do casamento poligâmico:

• muito praticado na sociedade, onde um homem possui mais de que uma mulher, as quais preferem as suas residências em diferentes bairros e o homem só se identifica muita das vezes em um desses agregados como o CAF.

• nos restantes Agregados das demais esposas, estas passam assumir a função do CAF (chefe do agregado familiar), uma vez que o marido não consegue manter todas as suas obrigações como tal e respectivas despesas com a sua pouca renda mensal; a crise mundial de 2008.

• os níveis dos rendimentos femininos não correspondentes aos custos dos bens e serviços no país;

• o elevado índice do desemprego na camada feminina; • maior número de crianças e adultos sob dependência de um único CAF; • a emigração externa dos maridos, o divórcio, mais responsabilidade das

mulheres na manutenção das despesas dos agregados entre outros factores.

ESCOL=5 (13ª e + classe) 0,038 0,134 -0,146 1,277 Decil 1 3,452 10,372 1,645 10,283 Decil 2 3,696 12,213 1,110 5,069 Decil 3 3,39 10,154 1,974 18,853 Decil 4 3,588 11,581 1,568 11,617 Decil 5 3,332 9,94 1,292 7,755 Decil 6 2,831 6,951 0,744 2,730 Decil 7 2,42 5,083 1,116 6,460 Decil 8 2,822 6,992 0,578 1,704 Decil 9 2,26 4,359 -0,391 0,775 Constante -4,667 18,725 -2,996 39,938

Page 31: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 37

Ao nível de faixa etária do CAF, a pobreza se concentra aos 30 anos no IDAF 2002, 0,78% do coeficiente B, sendo 4,86% de Wald, enquanto em 2008, situa em mais de 60 anos, quase 1,32% do Wald.

Pois, os de 60ans são menos pobres (-0,006% e 0,003%) no primeiro IDAF e no

segundo, aos 30 anos de idade (-0,033% e 0,012%). Isso talvez justifica-se, considerando alguns factores acima mencionados, elevado índice do desemprego juvenil; mais pessoas casadas entre os 25 aos 35 anos de idade sem mínimas condições económicas e financeiras para suportar os custos de manutenção das famílias, etc.

Do nível de instrução escolar, os agregados com graus de instrução primária são

mais pobres em condição de vida entre os restantes níveis, seja para o IDAF2002, cerca de 7,11% assim como no IDAF 2008, quase 6,10% sobre o nível total da instrução escolar.

Apesar de o índice ter registado uma ligeira redução no segundo ano, a situação continua prevalecendo.

Entretanto, do total dos níveis de instrução escolar, a mais baixo grau de

pobreza se observa ao nível dos agregados sem instrução analfabetos, 0,00% e da instrução superior, 0,00% durante os dois períodos do inquérito.

Esses factos podem ser explicados, através de tipos das actividades económicas

mais desenvolvidas na cidade de Bissau, que muita das vezes requerem algumas especialização ou não, rendas e incentivos económicos recebidos por cada uma das categorias dos profissionais, a forma da utilidade e da gestão dos bens e serviços adquiridos pelo AF, etc.

Quanto a migração, torna-se impossível efectuar uma comparação dos

resultados, porque o 2002 não dispõe de informações para este indicador, se não consideramos somente as de IDAF 2008, que apresenta uma única participação dos activos em torno de 0,28% do wald dos nativos mais pobres.

Por tipologia dos agregados familiares, é visto uma forte concentração de

pobreza no monoparentesco alargada, cerca de 0,54% em 2002 e quase 2,25% IDAF2008, tendo assim mostrado a mais fraca ou menor pobreza 0,00% e 0,001% de casais sem crianças nos anos em referência.

Em 2008, os agregados mostram mais pobres em relação ao ano anterior, reflexo da própria estrutura social dos agregados em Bissau (maior abrangência de membros do agregado), os efeitos da crise mundial, condições socioeconómicas, o c crescente custo elevado de vida na cidade de Bissau.

Das pessoas activas ocupadas nos agregados familiares, mais de duas pessoas

ocupadas, que apresentaram uma considerável participação de PSUB no IDAF2002, 8,04% e 6,31% das não activas ocupadas em 2008.

Page 32: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 38

O menor indicador é das pessoas activas ocupadas com duas pessoas, quase 1,09% e 1,44%, respectivamente para os dois períodos.

Tendo entre outros factores como consequência:

• O reflexo na ausência de postos do emprego e a precariedade das pequenas actividades económicas desenvolvidas ao nível nacional;

• Baixa capacidade do sistema financeiro guineense, que poderia servir como instrumento de suporte às iniciativas locais sobre a criação de mais postos de trabalhos na cidade, através de várias actividades económicas de baixos custos financeiros que aliviaria a preocupação dos agregados familiares em termo de manutenção das suas despesas em geral.

O Estatuto de alojamento, considerando a situação económica do país, o êxodo

rural para as grandes cidades em busca de melhores condições de sobrevivência, maior concentração das infra-estruturas públicas, particularmente a cidade de Bissau, como principal eixo do fenómeno, observa-se que os AFs em situações de aluguer de alojamento são unicamente mais pobres em SCV (situação de condição de vida).

Este resultado pode ter o seu efeito explicativo no alto nível dos preços unitários

de quartos, devido o elevado custo de vida no capital, seja dos bens assim como dos serviços, a concorrência para ocupação dos alojamentos nas proximidades do centro da cidade entre os nativos e os estrangeiros, que detém maior poder financeiro, registando assim 8.98% no IDAF2002 e possuindo quase o dobro dessa participação no IDAF2008, 16,75%.

Do subgrupo das condições socioeconómicas, o maior índice de pobreza foi

registado no grupo dos agregados desempregados e inactivos, estando em torno de 5,03% e 0,62% e wald nos dois inquéritos.

O menor índice foi observado, a nível dos agregados que vivem dos salários do sector pública, ajudas familiares, 0,0% para o IDAF2002 e cerca de 0,64% do IDAF2008.

As remessas dos cidadãos na diáspora contribuem significativamente na manutenção das despesas correntes dos agregados familiares entre os demais fenómenos.

Dos cinco grupos de níveis de escolaridade considerados, o wald mais significativo (o nível de pobreza mais alto) é visto nos agregados com nível de ESCOL=4, 2,53% IDAF 2002; 4,93% e 4,71% da ESCOL=1 e ESCOL=3 do IDAF 2008. Sendo o menor Wald 0,12% e 1,28% de pobreza, registado na ESCOL=1 e ESCOL=5, respectivamente nos dois períodos dos inquéritos.

De modo geral, a exigência do mercado de trabalho, seja no domínio da especialização de mão-Obra, as novas tecnologias, a falta de postos empregos adequados a realidade nacional e entre outros fenómenos, justifica estes resultados.

Page 33: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 39

Portanto, efectuando a análise das participações, segundo os decils, um objecto de análise profundo no seguinte ponto, vimos que o segundo decil (D2) apresenta o maior nível de incidência da pobreza, cerca de 12,21% e 18, 85% do total dos 100% das observações registadas nos anos em referência.

O índice mais baixo de representação é do nono decil (D9), quer dizer, o limite

para 90% dos dados mais baixos é quase 4,36% e 0,78% por inquérito.

4.2. Variações das privações em função do nível das despesas de consumo.

Ao longo de análise deste subtítulo, representamos alguns Gráficos que permitem observar a relação entre cada indicador e a distribuição das despesas com consumo.

Tabela a seguir, ilustra as características das situações dos agregados, quanto a

privação em relação a condição de vida, segundo variação do decil (D), através da despesa com consumo per-capita, na cidade de Bissau, IDAF 2008.

NA ESTATÍSTICA, denominam-se decis 0, 1, 2,... 10, os valores da variável

estatística, tais que 0%, 10%, 20% ... 100% das observações lhe são inferiores.

Em estatística descritiva, decil é qualquer um dos nove valores que dividem os dados ordenados de uma variável em dez partes iguais, de modo que cada parte representa 1/10 da amostra ou população. Sendo decil uma das medidas de tendência central, assim:

• O 1º decil é o ponto de corte para 10% dos dados mais baixos, i. e., o percentil 10.

• O 5º decil é o ponto de corte para 50% dos dados, i. e., o percentil 50, 2º quartil, ou mediana.

• O 9º decil é o limite para 90% dos dados mais baixos, i. e., o percentil 90.

Na tabela abaixo, vimos essas tendências de variabilidade em diferentes situações apresentadas sobre o IDAF/EDM 2008. Pois, não foi possível apresentar os resultados de 2002, devido as questões técnicas.

Tabela 9: Características das famílias em termos de privações de condições de vida (%

de famílias), segundo décils de despesa com consumo per-capita em 2008. Situação D1 D2 D3 D4 D5 D6 D7 D8 D9 D10 Total Conforto Geral do alojamento 7,8 12,6 21,8 10,9 15,6 15,3 20,3 22,1 20,7 24,2 18,1 Superior de 4 Pessoa por peça 37,3 32,9 28,8 28,3 34,9 20,7 16,4 15,1 13,7 1,2 20,6

Page 34: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 40

Fonte: INE _ Análise aprofundado de dados do Inquérito sobre despesas dos agregados familiares (IDAF/EDM 2008), Bissau.

Relativamente, as características dos agregados familiares em termo das privações de condições de vida (% de famílias), segundo a determinação dos décils das despesas com consumo per-capita, derigimas a interpretação dos resultados para cada situação registada na tabela apresentada.

Começamos por analisar a situação de conforto geral do alojamento, para qual nota-se uma oscilação positiva nesta variável de D1 à D10. Assim, para o primeiro decil (D1), observamos 7,8% de agregados familiares que vivem abaixo da ponte de corte para 10% dos dados mais baixos da situação de conforto geral do alojamento e 24,2% do D10, vivem acima do nono decil D9 que é 20,7%, menos do limite dos 90% dos dados mais baixos do conforto.

Isso justifica-se, tendo maioria dos agregados familiares, vivendo nos

alojamentos de construções precárias, ou seja, casas de construções tradicionais (dobes de lama ou taipe), cobertos de zincos ou palhas mesmo com acabamentos feitos por cimentos e outros materiais sem sistema de energia eléctrica sustentado, a falta de água potável, quartos apertados muitos dos quais não reúnem condições habitacionais adequadas.

Mas com o custo da vida cada vez mais elevado na cidade de Bissau, as famílias

defrontam com piores situações da habitação, preferindo assim constituir as suas moradas com o mínimo de capital que detenham à este modelo tradicional, porque os custos de arrendamento dos alojamentos nos bairros próximos do actual centro da cidade, das rodovias modernas, os grandes mercados não são acessíveis aos seus rendimentos.

Factos essas, obrigam alguns em até ocuparem um quarto por um número de

pessoas a mais do que o limite normal, como o caso dos agregados locatários, os estudantes oriundos do interior do país, imigrantes internos e estrangeiros e os próprios proprietários de alojamentos.

Natureza dos muros 2,2 4,7 2,0 5,0 8,6 3,9 8,4 5,8 5,7 1,7 4,9 Natureza do teto (toiture) 11,8 11,1 10,0 7,6 7,4 5,5 4,3 5,8 1,2 1,0 5,8 Natureza do solo 35,9 22,6 18,2 19,4 12,6 5,8 16,7 13,9 6,2 1,8 13,3 Modo de iluminação (d'éclairage) 0,5 1,5 0,9 2,2 1,6 2,7 2,0 2,9 0,0 2,3 1,7 Aprovisionamento em água 66,5 63,7 70,5 59,7 63,6 56,3 57,9 54,8 44,1 39,4 55,7 Modo de evacuação do lixo 28,4 22,9 27,5 36,6 33,3 28,1 35,0 33,7 30,4 24,3 30,2 Modo/evacuação de água usada 96,8 99,5 99,0 99,1 97,7 100,0 97,2 98,0 94,7 88,4 96,6 Tipo de facilidade 28,7 28,0 39,7 21,6 20,5 23,4 25,2 29,0 32,1 29,2 27,7 Combustível utilizado 100,0 96,6 99,0 100,0 98,3 94,5 94,4 94,5 98,6 83,5 95,3 Estatuto/ocupação/alojamento 28,9 27,6 37,2 33,5 33,8 44,0 37,4 45,4 55,3 59,6 42,4 Moto 98,5 97,4 97,3 96,3 96,5 94,6 96,5 94,9 94,2 95,4 95,9 Bicicleta 90,7 93,2 94,3 91,9 91,7 95,8 91,7 92,8 89,3 89,9 92,0 Televisor 81,7 74,9 79,2 70,4 70,3 74,5 59,4 61,7 58,5 39,6 64,5 Rádio 30,1 26,6 44,6 34,0 33,5 28,5 19,8 24,8 25,3 18,7 27,6 Telefone (reagrupa fixo e móvel) 29,7 20,2 29,1 19,6 13,1 7,0 19,3 18,7 8,4 14,1 16,7 Ferro de passar roupas (reagrupa eléctrica e à carvão) 63,1 50,1 61,6 47,2 48,8 42,6 41,4 46,2 42,8 41,9 47,1 Antenas parabólicas (Chaîne HIFI 96,4 93,0 90,4 96,2 88,0 91,6 86,0 88,2 82,5 70,0 86,8

Page 35: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 41

Quanto a superlotação, o D1 representa 37,3% mais baixo dos que vivem numa Peça (quarto) com mais de quatro pessoas.

Do D5, 34,9%, um valor inferior a 50% das observações. O D9 apresenta 13,4%

sobre 100% das observações inferiores, abaixo do limite que é 90% e D10, 1,2% dos que vivem com mais de quatro pessoas numa peça.

A natureza dos muros de paredes, esta variável apresenta 2,2% do D1 (menos

dos 10% de piores paredes, 5,7% do D9 (muito menos do limite dos dados mais baixos), sendo o D10, 1.7%. uma situação motivadora se fomos comprar o resultado a de outros países membros da UEMOA.

Da Natureza do teto, o D1 constitui 11,8% dos dados mais baixos em piores

situações de teto, o D9 1,2% do limite para 90% dos dados mais baixos em pior situação, ao passo que D10 é 1%.

Natureza do solo, esta variável mostra um decréscimo oscilatório entre os valores dos decils. Tendo, o D1 35,9% dos dados mais inferiores, 6,2% (D9) do limite dos dados piores e décimo decil (D10), 1,8%.

Durante o período, a maior concentração da pobreza em condição de vida foi

observada entre as variáveis apresentadas no aprovisionamento em água do D1 e D10 (66,5% e 49,4%); Modo de evacuação das águas usadas (96,8% e 88,4%); Combustível utilizado (100% e 83,5%); Uso de Moto como transporte (98,5% e 95, $%); uso de Bicicleta como transporte (90,7% e 89,9%); Televisor (81,75% e 39,6%), Ferro de passar nas roupas (reagrupa eléctrica e à carvão, 63,1% e 41,9%), Uso de antenas parabólicas (Chaînne HIFI, 96,4% e 70%).

Entre as variáveis, observadas, as mais destacadas são combustível utilizado,

uso de moto e bicicleta para transporte, modo de evacuação de água usada, antena parabólica. Podemos justificá-las como consequências, baseando nos seguintes factores:

• A dependência total da importação dos combustíveis ao país, cujos entre os

efeitos citamos a paralisação de algumas actividades económicas; elevado nível dos preços de vários bens e serviços, fundamentalmente dos produtos alimentícios; a inexistência da energia eléctrica em todo país, principalmente no Capital Bissau quase a mais de duas décadas;

• A inexistência ou ineficácia e a inaplicabilidade dos programas de saneamento básico e do plano de urbanização no país a partir dos anos 80. Pois mesmo reconhecendo algumas tentativas no quadro desses programas, consideramos ainda que são inadequadas a actual evolução sócio demográfica, económica e não corresponde a necessidade da sociedade.

• O tradicional e deteriorado sistema de esgotos existente desde a época colonial sem manutenção prévia, por parte dos actores responsáveis e que mesmo não abrange vários bairros periféricos de Bissau, se não no antigo centro da cidade e em alguns da bairros, construídos no referido período;

Page 36: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 42

• Em geral, pela cultura dos guineenses não é hábito, o uso do Moto e da Bicicleta como meios de transporte nos grandes centros urbanos, salvo erro nas pequenas vilas (tabancas), se não os reflexos das influências das culturas ocidentais e dos outros países africanos.

• O custo cada vez mais elevado de carvão alenha, da energia eléctrica que nem se quer consegue satisfazer as necessidades mínimas das famílias, leva as pessoas a não uso de ferros de passar roupas;

• O uso de muitos vestuários prontos a vestir pela maioria dos membros dos agregados familiares entre outros, reduz a utilização dos ferros de passar nas roupas, a não ser utilizados pelas classes dos executivos, dirigentes e alguns profissionais liberais e não liberais;

• No que concerne a situação das antenas parabólicas, podemos referir dois principais factores: o elevado nível de seus custos em relação aos rendimentos dos agregados em comparação aos outros países de Sub-região, a falta de energia eléctrica.

• Outros componentes desta dimensão de pobreza (em condição de vida-PSUB), apresentaram situações pelo menos motivadoras em termo de melhorias, apresar da existência de algumas deficiências qualitativas e de abrangências. Por exemplo entre os demais, a natureza de muros dos alojamentos e dos tetos, uso de telefones em especial telemóvel, cujas operadoras deveriam melhorar os seus serviços de atendimento ao cliente, a cobertura das redes, a velocidade na conexão da internet e interconexão entre as redes internas e com os de exterior, reduzir as tarifas das comunicações telefónicas e da internet, mais competitividade no mercado.

N.B: da variável modo de claridade, foram incluídos a iluminação com velas, todos os tipos de lanternas (tradicionais ex. petróleo, gasóleo, lenha… e modernas ex. a gás e de pilhas) usadas pelos agregados familiares, geradores particulares, a energia solar e da própria energia eléctrica pública, razão pela qual, o resultado apresentado, mostra menor grau de incidência da pobreza nesta dimensão (CV ou PSUB).

Se considerávamos somente a energia eléctrica pública, poderíamos observar uma situação contrária.

4.2.1. Análise gráfica da pobreza em condição de Vida

Assim, para análise gráfica, foram consideradas três situações de pobreza em

condições de vida entre as variáveis que despertaram atenção neste estudo, como pode-se ver a seguir.

Page 37: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 43

Gráfico1: A evolução de número das famílias que não vive em alojamentos individuais ou apartamentos de acordo com o nível de vida (valores em % das famílias), EDM2008.

Fonte: INE _ Análise aprofundado de dados do Inquérito sobre despesas dos agregados Familiares (IDAF/EDM) 2008, Bissau.

Observando este gráfico, nota-se uma tendência do crescimento geral de pobreza em termo de conforto, tendo a curva positivamente inclinada. O acrescimo mais significativo, figura entre o D1 à D3 (7,8% e 21,8%) e dai a situação sofreu uma redução de 10,9% do D3 à D4.

Deste último à D10, 24,2%, a tendência prossegue-se, embora com algumas oscilações de instabilidade do acrescimento. Assim, a inclinação da curva indica menos de 10% do ponto de corte de dados mais baixos (D1=7,8%) de números de famílias que não vivem em alojamentos individuais ou apartamentos de acordo com o nível de vida.

A seguir o D5, regista menor valor do ponto de corte para 50% dos dados

(15,6%) de números de famílias que não vivem em alojamentos individuais ou apartamentos de acordo com o nível de vida e cerca de 24,2% do D10 e D9 (20,7%) muito menos do limite para 90% dos dados mais baixos de números de famílias que não vivem em alojamentos individuais ou apartamentos de acordo com o nível de vida.

Esta situação foi explicada numa das etapas de análise deste indicador, da qual

considera-se entre outras variáveis, grau de parentesco alagado (famílias de 3º, 4º….grau) em especial no capital Bissau, assim como nos outros grandes centros urbanos, que visa uma maior concentração dos membros de agregado sob a responsabilidade de um único CAF, como suporte para manutenção das suas necessidades de vida, estudos académicos, procura do emprego, tratamento médico, o exercício das actividades económicas.

Portanto, com este peso das despesas inerentes, leva os agregados numa

situação de desconforto nos seus alojamentos uma vez que os rendimentos não os

Page 38: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 44

permitem viver em alojamentos adequados ao nível das suas condições de vidas. O resultado é a superlotação das pessoas por quarto.

Gráfico2: A Evolução de agregados familiares com um número superior a 4 pessoas por

peça, EDM2008 (em %).

Fonte: INE _ Análise aprofundado de dados do inquérito sobre despesas dos agregados familiares (IDAF) 2008, Bissau.

Este gráfico apresenta uma inclinação negativa significativa do D1 à D10, quase de 37,5% à 0,0%, respectivamente.

O D1 apresenta pior posição em termo de superlotação de 4 pessoas por peça (quarto) num alojamento. Isto é mais concentração de pessoas por quarto (maior que 10% dos dados mais baixos) e D10, a mais fraca concentração. Pois, percebe-se uma ligeira posição ascendente do D4 à D5, cerca de 28% à 35%, respectivamente.

No intervalo entre D7 e D9 a situação é quase estável, a partir dai, a curva ficou mais inclinada. Consideramos como reflexo, o elevado número dos membros de agregados numa família, cujas condições económicas e financeiras são mais desfavoráveis num determinado período.

Sendo Bissau, o único centro urbano que detém maior concentração e melhores infra-estruturas públicas e privadas para o desenvolvimento das actividades económicas, financeiras e do ensino, culturas e desportos, influenciaram no alto custo do aluguer de alojamentos, a reanimação das actividades económicas do sector privado, etc.

Permitindo assim, o fluxo migratório interno e externo como um centro de acolhimento favorável para estas actividades.

Muito embora as duas situações mostram indicadores desfavoráveis, a cidade de Bissau, ainda detenha condições de conforto e de lotação dos agregados familiares

Page 39: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 45

nos seus alojamentos, comparando-os aos dos países membros da União em alguns casos.

Gráfico3: Natureza de Solo da peça das famílias (%), 2008.

Fonte: INE _ Análise aprofundado de dados do inquérito sobre despesas dos agregados familiares (EDM 2008), Bissau.

O gráfico3, ilustra a situação de pavimentação do solo de alojamentos entre as observações inferiores do 100% de amostra ou total da população que é 422.931 habitantes.

No entanto, nota-se uma declinação negativa da curva. Do decil um (D1) à decil

dez (D10), regista-se uma variação oscilada. Portanto, o D1 (35,9%) apresenta mais de 10%, de dados mais baixos (piores)

de natureza do solo da peça das famílias sobre a porcentagem total das observações registadas.

O D5 mostra 12,5% menor que o ponto de corte para 50% dos dados de

natureza do solo da peça das famílias, enquanto o D9, 6,2% o limite para 90% dos dados mais baixos.

Pois, poderíamos prosseguir com análise de outras variáveis, mas por questões

técnicas resolvemos por representar os que acabamos de ver.

4.3. Construção de um indicador de pobreza em condição de vida.

Page 40: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 46

O cálculo de contagem, comentando a sua coerência (alfa de Cronbach).

Enquadra-se: os princípios do método aplicado que é o cálculo da taxa de pobreza em função de más condições de vida.

Como indicado no cálculo sobre sua relação com teoria clássica do teste, o

alfa de Cronbach tem uma relação teórica com análise de factor.

Há também uma relação mais empírica: Seleccionando variáveis tais que

optimize o alfa de Cronbach, resultarão frequentemente em um teste que seja

homogéneo que (muito aproximadamente) satisfazem aproximadamente a uma

análise de factor com um factor comum.

A razão para esta é que o alfa de Cronbach aumenta com a correlação média

entre a variável, assim que a optimização dele, tende a seleccionar as variáveis que

têm correlações do tamanho similar com a maioria das outras variáveis.

Deve-se forçar que, embora unidimensionalidade (isto é. o ajuste ao modelo

do um-factor) é uma condição necessária para que o alfa seja um estimador na base

de confiabilidade, o valor do alfa não é relacionado à homogeneidade factorial.

A razão é que o valor do alfa depende do tamanho de co-variãncia média do

inter-variável, quando a unidimensionalidade depender do teste padrão das co-

variâcias do inter-variável.

Os valores do coeficiente alfa (α) de Cronbach, representados na tabela 10 como dizemos são indicadores estatísticos de medidas de confiabilidade (fidedignidade) da escala entre as variáveis de pobreza em condição de vida, durante os dois períodos de inquéritos. Este coeficiente se considera entre o menos infinito a um porcento (-∞ à 1%), considerando o tamanho de amostra utilizado.

Veja a formulação: Cronbach α =(J/J-1) [1-∑і-1xS²i/S²τ]

J = Número de indicadores (itens) em escala; S²i = variância de indicador i; S²τ = variância da contagem total do indicador i;

4.3.1. Criação e/ou construção de alfa de Cronbach

Codificar duas (ou mais) variáveis diferentes com o alfa de um Cronbach

elevado em uma construção para o uso da regressão é simples. Dividindo as

Page 41: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 47

variáveis usadas por seus meios ou resultados das médias em um valor da

porcentagem para o caso respectivo. Depois que todas as variáveis recalculadas em

termos da porcentagem, podem fácilmente ser somadas para criar a construção

nova.

Tabela 10: Índice Alfa de Cronbach (%). País Bases de Dados Alfa de Cronbach

Guiné Bissau

IDAF 2002 0,58 IDAF 2008 0,91

Fonte: INE _ Análise aprofundado de dados dos inquéritos sobre despesas dos agregados familiares (IDAF/EDM) 2002 e 2008, Bissau.

Na tabela 10, os valores de alfa para os dois IDAFs/EDMs são significativamentes positivos e confiáveis, situando entre 0 à 1%.

Essa variação de intervalo é aceite pela regra geral uma vez que as amostras da

população são (347.553 habitantes e 422931 habitantes) nos dois períodos, também são significativos.

Pois, como visto, o resultado do IDAF2002 é de 0,58% e para IDAF2008, 0,91%

superior a 0,70%. A prióri, podemos afirmar que, o último resultado é mais confiável do que do

ano anterior, mas não bem assim, porque utilizamos dois tamanhos de amostras, totalmente diferentes nos dois inquéritos.

Procedemos em seguida com a Escolha dos indicadores, através das frequências que serão aplicadas para análise de tipos de pobrezas a serem estudadas. Assim, vejamos, os resultados de 2002.

Tabela 11: Frequências dos indicadores de pobreza calculadas a partir dos dados IDAF/EDM,

2002.

SCORE

NÚCLEO DURO

Frequência Porcent Porcent

Valid Porcent Acumul.

Indicadores Frequência Percent

Percent Valid

Percent Acumul.

Page 42: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 48

Bissau. Fonte: INE _ Análise aprofundado de dados do inquérito sobre despesas dos agregados familiares (IDAF/EDM2002), Bissau

Observando a tabela 11, nota-se os valores mais elevados da frequência

absoluta (16754 e 14661) e relativa (40,32% e 35,29%) do score estão situados no nível do intervalo de dois (2) e três (3) do total das frequências no período.

Da PMON, PSUB e NÚCLEO DURO, temos maior contribuição figurada nos agregados não pobres, com ênfase no NÚCLEO DURO. E a respeita das duas dimensões de pobreza (PMON e PSUB), o relevo foi no PSUB.

Pois, a escassez do estóque do capital financeiro em circulação ou na mão das

pessoa, devido os efeitos da crise político, social e económico que pairava o país, a partir segundo semestre de 1998 à 2003 se identificaram como uma das consequências relevantes sobre o efeito.

N.B. por questão técnica, não foi possível efectuar os cálculos e à análise de dados , destas variáveis em 2008.

Em seguida, prosseguimos com as mesmas medidas estatísticas, por cada agrupamento das características sócio demográficas e económicas dos agregados familiares no primeiro inquérito.

Tabela 12: Frequências das características sócio demográficas e económicas dos agregados familiares em 2002.

SEXECM (SEXO DO CHEFE DE AGREG. FAMILIAR.)

Valid 0,00 382 0,92 0,92 0,92

Valid NÃO POBRES 39009 93,9 93,9 93,9

1,00 4407 10,61 10,6 11,5

POBRES 2540 6,1 6,1 100,0

2,00 16754 40,32 40,3 51,9

Total 41550 100,0 100,0

3,00 14661 35,29 35,3 87,1

TIPO =TIPE DE POBREZA

4,00 4220 10,16 10,2 97,3

Indicadores Frequência Percent

Percent. Valid

Percent Acumul

5,00 972 2,34 2,3 99,6

Valid

NÃO POBRES 16446 39,6 39,6 39,6

6,00 152 0,37 0,4 100,0

POB MONET. 5098 12,3 12,3 51,9

Total 41550 100,0 100,0

POB. C. VIDA 13648 32,8 32,8 84,7

POBREZA MONETÁRIA

NÚCLE DURO 6358 15,3 15,3 100,0

Indicadores Frequên Porcent

Percent Valid

Percent. Acumul.

Total 41550 100,0 100,0

Valid

NÃO POBRE

30094

72,4

72,4

72,4

PSUB = POBREZA CONDIÇAÕ DE VIDA

POBRES 11456 27,6 27,6 100,0

Indicadores Frequency Percent Valid

Percent Cumulative

Percent Total 41550 100,0 100,0

Valid NÃO POBRES 36205 87,1 87,1 87,1

POBRES 5345 12,9 12,9 100,0

Total 41550 100,0 100,0

Page 43: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 49

Frequência Porcent. Porcent.

Valid Porcent. Acumul.

ESCOLBIS NBRE ESCOLARISÉS (NIVEIS DE ESCOL.BISSAU)

Valid Masculino 686 73,9 73,9 73,9

Frequen Porcent.

Porcent. Valid

Porcent Acumul.

Femenino 242 26,1 26,1 100,0

Valid AUCUN ESCOLARISÉ

26 2,8 2,8 2,8

Total 928 100,0 100,0

1 À 2 175 18,9 18,9 21,7 AGECM (IDADE CHEFE AGR.)

3 À 5 347 37,4 37,4 59,1

Frequencia Porcent Porcent

Valid Porcent. Acumul.

6 Á 8 225 24,2 24,2 83,3

Valid < 30 anos 93 10,0 10,0 10,0

9 A 12 112 12,1 12,1 95,4

30 à 45 anos 420 45,3 45,3 55,3

13 E + 43 4,6 4,6 100,0

45 à 60 anos 281 30,3 30,3 85,6

Total 928 100,0 100,0

60 e + 134 14,4 14,4 100,0

ESTATLOG ( ESTATUT ALOJEMENTO) Total 928 100,0 100,0

Frequen Porcent

Porcent Valid

Porcent Acumul.

INST (NIVEL DE INSTRUÇÃO)

Valid LOCATAIRE 347 37,4 37,4 37,4

Frequencia Porcent Porcent Valida

Porcent Acumulada

NON LOCATAIRE 581 62,6 62,6 100,0

Valid Não tem nenhum nível

280 30,2 31,1 31,1

Total 928 100,0 100,0 Nível Primário 300 32,3 33,4 64,5

ACTIVS (ACTIVOS OCUPADOS DENTRO AGREGADO)

Secundário 296 31,9 32,9 97,4

Frequen. Porcent

Porcent Valid

Porcent Acumul.

Superior 23 2,5 2,6 100,0

Valid NÃO HÁ ACTIVO OCUPADO

171 18,4 18,4 18,4

Total 899 96,9 100,0

UMA PESSOA 399 43,0 43,0 61,4 Missing System 29 3,1

DUAS PESSOAS 202 21,8 21,8 83,2

Total 928 100,0

MAIS DE DUAS PESSOAS

156 16,8 16,8 100,0

GSECM (GRUPO SOCIOECOMÓMICO DO CAF)

Total 928 100,0 100,0

Frequencia Porcent

Porcent Valida

Porcent Acumul

TIPMEN (TIPOLOGIA DE AGREGADO)

Valid Não Activos Ocupados

588 63,4 63,4 63,4

Frequen. Porcent.

Porcent Valid

Porcent Acumul

Salário do sector público

2 0,2 ,2 63,6

Valid Unipessoal 72 7,8 7,8 7,8

Salário do sector privado

14 1,5 1,5 65,1

Casal sem Criança 5 0,5 0,5 8,3

Trabalhadores independentes

17 1,8 1,8 66,9

Casal com crianças 94 10,1 10,1 18,4

Ajudas familiares e outros activos ocupados

8 0,9 0,9 67,8

Mono parentesco Nuclear

28 3,0 3,0 21,4

Desempregados e inactivos

299 32,2 32,2 100,0

Mono parentesco Alargado

195 21,0 21,0 42,5

Total 928 100,0 100,0 Família Alargado 534 57,5 57,5 100,0

Total 928 100,0 100,0

Fonte: INE _ análise aprofundado de dados do inquérito sobre as despesas dos agregados familiares (IDAF/EDM 2002, Bissau.

Como vistos na tabela 8, as variáveis consideradas como fundamentais para determinação dos tipos da pobreza, foram apresentadas nesta última tabela em termos de frequências, cujos valores se representa relativamente ao total das frequências, tendo as participações relevantes, identificadas em negrito.

Capítulo 5: Análise das Causas determinantes da pobreza.

5.1. Relação entre as duas formas ou dimensões da pobreza (monetária e

condições de vida).

Page 44: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 50

Em Estatística, Pearson - coeficiente de correlação do produto-momento

(consultado às vezes como ao MCV ou PMCC) (r) é uma medida comum da correlação

entre duas variáveis X e Y.

Quando é medida em uma população a correlação do momento do produto de

Pearson é designada pelo grego letra ró (ρ). E quando computado em uma amostra, é

designado pela letra r e é chamado às vezes de “correlação do R.”

Pearson, reflete o grau de relacionamento linear entre duas variáveis. Varia de -1

a +1. Uma correlação de -1 significa que há um relacionamento linear negativo perfeito

entre variáveis (Y aumentos como X diminuições). Uma correlação de +1 significa que

há um relacionamento linear positivo perfeito entre variáveis (aumento de Y depende

de aumento de X).

Uma correlação dos meios 0 lá não é nenhum relacionamento linear entre as

duas variáveis (modelo impróprio). Pois, considera-se as correlações são raramente se

sempre 0, 1, ou -1. Algum resultado poderia indicar se as correlações são negativas ou

positivas.

Sendo a correlação uma medida de aproximação (relacionamento) entre as variáveis observadas.

sy.x2 = sy

2(1 − r2) Sy.x

2= soma do produto da variável y pelo quadrado da variável x; Sy

2=

soma do quadrado da variável y; 1= Constante; r = símbolo de correlação. O quadrado de r é usado convencionalmente como uma medida da associação

no meio X e Y. Por exemplo, se r2 são 0.90, então 90% da variação de Y pode “ser esclarecido” por mudanças dentro X e o relacionamento linear no meio X e Y.

Neste estudo, mostramos o grau de relacionamento entre as duas dimensões da

pobreza, como indica na tabela11 e 12. Tabela 13: Correlações da pobreza monetária e condição de vida, 2002.

PMON PSUB Spearman's rho

POBREZA MONETARIA

Correlação Coeficiente

1,000 0,113

Sig. (2-tailed) . 0,001

N 915 915

POBREZA COND. VIDA

Correlação Coeficiente

0,113 1,000

Page 45: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 51

Sig. (2-tailed) 0,001 .

N 915 915

Fonte: INE _ análise aprofundado de dados do inquérito sobre despesas dos agregados familiares, Bissau 2002.

Gráfico 4: Correlações da pobreza monetária e condição de vida.

Fonte: INE _ análise aprofundado de dados do inquérito sobre despesas dos agregados familiares, Bissau 2002.

Tabela 14: Correlação entre as duas formas de pobreza, EDM2002-2008.

Fonte: INE _ Análise aprofundado de dados dos Inquéritos sobre despesas dos agregados familiares (IDAF) 2002 e 2008.

Para os dois inquéritos, no total das amostras observadas, os resultados observados indicam que os índices são raramentes correlacionados linearmente e positivos (valores do típicos apresentados, quase zero), 0,13% e 0,11%, respectivamente, para as duas formas de pobreza com maior correlação registada em 2002.

Na realidade não podemos fazer bem assim, a comparação dos dois resultados vistos no gráfico, porque os tamanhos de amostras de referidos inquéritos são distintas entre períodos.

Gráfico 5: Correlação entre as duas formas de pobreza.

País Bases de Dados

Correlação entre as duas dimensões da pobreza

Guiné Bissau

EDM 2002 0,13 EDM 2008 0,11

Page 46: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 52

Fonte: INE _ Análise aprofundado de dados dos Inquéritos sobre despesas dos agregados familiares (IDAF) 2002 e 2008.

5.2. Árvore da taxa do índice da pobreza acumulada.

Em seguida, apresentamos a participação acumulada das duas formas de pobreza e não pobre por dimensão em porcentagem.

Tabela 15: Relatório da tipologia não pobre, pobreza monetária, em condição de vida e de núcleo duro (%), IDAF/EDM 2002-2008.

Fonte: INE _ Análise aprofundado de dados dos inquéritos sobre despesas dos agregados familiares (IDAF), Bissau 2002_2008.

Na tabela 15 vimos que em 2002, a participação percentual da pobreza

monetário é de 19,3% em 100% do total da amostra, superior a da condição de vida 17,2% na cidade de Bissau, tendo assim uma diferença de 2,1%. Isso significa, menos famílias pobres em condições de vida e mais famílias pobres em termo do poder de compra de produtos da primeira necessidade (monetariamente pobres).

Ao nível simultâneo das duas formas de pobreza e não pobres (Núcleo Duro), temos

5,3%, enquanto os não pobres situam em 68,3%.

Ao contrário do que aconteceu em 2002, a situação se inverteu em 2008, tendo mostrado menor índice de pobreza monetária, 12,3% e cerca de 33% de condição de vida. O mais elevado índice, se comparados com o mesmo índice do ano anterior. Em 2008, tem diminuído a PMON e aumentado o PSUB por 7% e 15,6% em relação a de 2002.

Bases de Dados

Núcleo duro (pobreza para as duas dimensões)

Pobres monetariamente unicamente

Pobreza em relação as condições de vida unicamente

Não pobres em relação as duas dimensões de pobreza

EDM 2002 5,3 19,3 17,2 68,8 EDM 2008 15,3 12,3 32,8 39,6

Page 47: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 53

A diferença entre os PMONs e PSUBs para os dois períodos são 2,1% e 20,5%, este último é mais elevado; Pois no último ano, simultaneamente pobres em duas dimensões são 15,3% e quase 40% de não pobres.

Os índices indicam mais famílias pobres por duas dimensões simultâneas e em

condição de vida no último inquérito do que no anterior. Ou seja, mais famílias ricas em 2002 em relação a 2008 na cidade de Bissau.

Pois, lembramos que não se pode efectuar assim, a comparação destes

resultados, porque os dois inquéritos constituem diferentes tamanhos de amostras e se fossem iguais, a realidade será outra.

Mas, mesmo com o flagela da crise financeira mundial decorrido em 2008, o

país registou-se uma melhoria em alguns sectores económicos, a regularização do pagamento do de salários na função pública, ainda como único empregador da mão - obra activa, e a força motriz do sector privado são entre outros alguns dos factores determinantes deste desnivelamento das variáveis identificadas na tabela14.

Gráfico 6: Tipologia de pobrezas em %, Bissau 2002 e 2008.

Fonte: INE _ analise aprofundado de dados dos inquéritos sobre despesas dos agregados familiares, Bissau 2002-2008.

Este gráfico, explica a maior incidência do nível de não pobres e da PMON dos agregados familiares em 2002 do que em 2008, quase 69% e 19%, apesar da diferença existente no tamanho das amostras da população inquerida nos períodos referenciados.

Ao contrário do que foi verificado das PSUBs e dos núcleos duros, onde a

situação inverteu-se, tendo cerca de 33% e 15% de níveis mais elevadas em 2008. Algumas razões foram explicadas sobre estes fenómenos num dos anteriores

pontos deste capítulo. 5.3. Análise exploratória da pobreza

Page 48: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 54

ACM (Análise das Correspondências Múltiplas) das características e a tipologia da pobreza em variável suplementar projectada.

Para este modelo de análise, foram admitidos certas questões activas. Para o

efeito são consideradas as modalidades pertinentes sobre o limiar da pobreza mínima dos efectivos e o peso total dos indivíduos activos antes e após de apuramento por período do inquérito.

5.3.1. Análise das Correspondências Múltiplas, EDM 2002.

Apuramento das Modalidades activas. Limiar de pobreza em condição mínima (PCMIN): 2.00% Peso: 831.32. Antes de Apuramento: 11 Questões Activas, 88 Modalidades associadas. Após Apuramento: 11 Questões Activas, 51 Modalidades associadas. Peso Total dos Indivíduos Activos: 41566.00.

Tabela 16: TRI-A-PLAT (Modo da Escolha) das Questões Activas.

MODALIDADES

ANTES APÓS

MODALIDADES

ANTES APÓS

APURAMENTO APURAMENTO APURAMENTO

APURAMENTO

IDENT DESCRIÇÃO

EFET. PESOS EEFT. PESOS IDENT DESCRIÇÃO EFET. PESOS EFET.

PESOS

1. SEXECM (Sexo do Chefe da família) 6.

ESCOLBIS NBRE ESCOLARISÉS (Nº Escolarizados em Bissau)

AA_1 Masculino 678 30962.00 678 30962.00 AF_1 EscolBIS=0 26 1654.00 26 1654.00 AA_2 Feminino 240 10604.00 240 10604.00 AF_2 EscolBIS=1 174 9780.00 174 9780.00

IDCAF (Idade do Chefe da família) AF_3 EscolBIS=2 343 16031.00 343 16031.00

AB_1 > 30 anos 92 6012.00 92 6012.00 AF_4 EscolBIS=3 221 9355.00 221 9355.00 AB_2 30-44 anos 415 19592.00 415 19592.00 AF_5 EscolBIS=4 112 3848.00 112 3848.00 AB_3 45-60 anos 280 11616.00 280 11616.00 AF_6 EscolBIS=5 42 898.00 42 898.00

AB_4 >=60 anos 131 4346.00 131 4346.00 7. TIPMEN (Tipologia de agregados familiares)

3. INST. (Níveis de Instrução) AG_1

Unipessoal 70 4078.00 70 4078.00

AC_1 INST=0 (Sem Inst.) 277 11325.00 277 11325.00 AG_2 Casais sem crianças 5 1054.00 5 1054.00

AC_2 INST=1(Primária -EBU) 297 13764.00 297 13764.00 AG_3

Casais com crianças 94 4631.00 94 4631.00

AC_3 INST =2 (Secundária) 294 13963.00 294 13963.00 AG_4 Monoparentesco Núclear 28 1586.00 28 1586.00

AC_4 INST =3 (Superior) 22 1178.00 22 1178.00 AG_5 Monoparentesco alargada 192 7851.00 192 7851.00

3_ Resposta em falta 28 1336.00 28 1336.00 AG_6 Família alargada 529 22366.00 529 22366.00

4.

GSECAF (Grupo de situações sócio económi

cas do CAF) 9.

ESTATLOG (Estatuto de alojamento)

AD_1 Não Activos Ocupados 583 25942.00 604 26934.00 AH_1

Não Locat (Log=0) 0 0.00 1 0.01

AD_2

Salário do sector público 2 41.00 ===

VENTILADO AH_2 Locatário (Log=1) 341 17329.00 341 17329.01

AD_3

Salário do sector privado 14 650.00 ===

VENTILADO AH_3 Esta. Log=2 577 24237.00 577 24237.01

Page 49: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 55

AD_4

Trabalhadores independentes 16 676.00 ===

VENTILADO 10. EMPREGO

AD_5

Ajudas familiares e outros activos ocupados 8 430.00 ===

VENTILADO

AI_1 Emprego=0 169 8147.00 175 8284.00

AD_6 Desempregados e inactivos 295 13827.00 314 14632.00 AI_2 Emprego =1 394 19472.00 399 19650.00

5. ESCOL (Níveis de escolaridades) AI_3 Emprego =2 200 8805.00 209 9088.00 AE_1 Escol=0 26 1654.00 33 1779.00 AI_4 Emprego =3 77 2670.00 88 2966.00 AE_2 Escol=1 87 5144.00 96 5393.00 AI_5 Emprego =4 38 1408.00 47 1578.00

AE_3 Escol=2 87 4636.00 93 4821.00 AI_6 Emprego =5 24 644.00 ===

VENTILADO

AE_4 Escol=3 119 6277.00 126 6638.00 AI_7 Emprego =6 6 143.00 === VENTILADO

AE_5 Escol=4 114 5016.00 124 5247.00 AI_8 Emprego =7 6 146.00 ===

VENTILADO

AE_6 Escol=5 110 4738.00 117 4848.00 AI_9 Emprego =8 2 86.00 === VENTILADO

AE_7 Escol=6 97 4912.00 102 5128.00 AI10 Emprego =10 1 29.00 ===

VENTILADO

AE_8 Escol=7 77 2729.00 82 2821.00 AI11 Emprego =11 1 16.00 ===

VENTILADO

AE_9 Escol=8 47 1714.00 53 1873.00 11. ACTIVS (Pessoas Activas Ocupadas no Agregado Familiar)

AE10 Escol=9 43 1404.00 54 1678.00 AJ_1 Não Activa Ocupada 169 8147.00 169 8147.00

AE11 Escol=10 33 1180.00 38 1340.00 AJ_2 Uma Pessoa 394 19472.00 394 19472.00 AE12 Escol=11 22 703.00 === VENTILADO AJ_3 2 Pessoas 200 8805.00 200 8805.00 AE13 Escol=12 14 561.00 === VENTILADO AJ_4 > 2 Pessoas 155 5142.00 155 5142.00 AE14 Escol=13 12 355.00 === VENTILADO 12. TIPO (Tipo) AE15 Escol=14 6 129.00 === VENTILADO AK_1 Tipo=1 544 27302.00 545 27302.00 AE16 Escol=15 10 144.00 === VENTILADO AK_2 Tipo=2 231 8921.00 232 8921.00 AE17 Escol=16 4 129.00 === VENTILADO AK_3 Tipo=3 66 2803.00 66 2803.00 AE18 Escol=17 3 41.00 === VENTILADO AK_4 Tipo=4 74 2540.00 75 2540.00

AE19 Escol=18 4 46.00 === VENTILADO 12_ Resposta em falta

30.00 === VENTILADO

AE20 Escol=20 2 43.00 === VENTILADO

AE21 Escol=25 1 11.00 === VENTILADO Fonte: INE - análise aprof. Dados dos Inquéritos sobre despesas/ AF, Bissau, 2002.

Page 50: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 56

As duas tabelas de análise das correspondências múltiplas, apresentaram maiores e menores participações entre as variáveis de doze (12) e onze (11) grupos/classes das modalidades formuladas, sejam ao nível da distribuição total dos indivíduos activos efectivos das observações (918 e 1015 habitantes) em 2002 e 2008, tal como dos seus respectivos pesos ou ponderações, antes e após de apuramento.

Porém, as variações dos resultados de activos, às variáveis mostram os graus de

5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas, EDM 2008.

Apuramento das Modalidades Activas. Limiar (PCMIN): 2.00 % Pesos 1179.48. Antes de Apuramento: 10 Questões Activas, 49 Modalidades Associadas. Após de apuramento: 10 Questões Activas, 38 Modalidades Associadas. Peso Total dos Indivíduos Activos: 58974.00. Tabela 17: TRI-A-PLAT (Modo de Escolha) das questões activas.

MODALIDADES ANTES DE

APURAMENTO APÓS DE

APURAMENTO MODALIDADES ANTES DE

APURAMENTO APÓS DE

APURAMENTO

IDENT DESCRIÇÃO EFET. PESOS EFET. PESOS IDENT DESCRIÇÃO EFET. PESOS EFET. PESOS

1. SEXCAF (Sexo do Chefe de agregado familiar) 6. ACTIVAS (Pessoas Activas Ocupadas no agre. Familiar)

AA_1- Masculino=1 732 43425.00 743 43425.00 AF_1 - Não Activa Ocupada 101 5758.00 104 5758.00

AA_2- Feminino=2 265 15549.00 272 15549.00 AF_2 -

Uma Pessoa 406 23919.00 412 23919.00

1_ - Resposta em falta 18 0.00 === VENTILADO AF_3 -

2 Pessoas 268 15837.00 270 15837.00

2. IDCAF (Idade de Chefe do agregado familiar) AF_4 -

> 2 Pessoas 222 13460.00 229 13460.00

AB_1 - <30 anos =1 102 6383.00 106 6383.00 6_ - Resposta em falta 18 0.00 === VENTILADO

AB_2- 30-44 anos =2 484 28980.00 494 28980.00 8. TIPO (Tipo de Pobreza)

AB_3- 45-59 anos =3 310 17941.00 313 17941.00 AG_1

- Não Pobr (Tipo=1) 682 40572.00 687 40572.00

AB_4- >= 60 anos =4 101 5670.00 102 5670.00

AG_2 - PMON (Tipo=2) 149 8240.00 150 8240.00

2_

Resposta em falta 18 0.00 18 0.00 AG_3 - PSUB (Tipo=3) 109 7019.00 113 7019.00

3. INST (Níveis de Instrução)

AG_4 - Núc.Duro (Tipo=4) 57 3143.00 65 3143.00

AC_1- Sem Inst=0 206 11802.00 211 11802.00 8_ - Resposta em falta 18 0.00 === VENTILADO

AC_2- EBU (Inst=1) 335 19646.00 343 19646.00 9 . ESTATLOG (Estatuto de alojamento)

AC_3- Ensino Secundário (Inst=2) 396 24070.00 398 24070.00

AH_1 - Não locatário=1 388 24572.00 398 24572.00

AC_4- Ens. Super. (Inst=3) 60 3456.00 63 3456.00

AH_2 - Locatário=2 609 34402.00 617 34402.00

3_ Resposta em falta 18 0.00 === VENTILADO 9_ Resposta em falta 18 0.00 === VENTILADO

4. MIGRA (Migração) 10. GSECM (Grupo de situações sócio económicas-CAF) AD_1_ Nativas =0 413 24320.00 422 24320.00 AI_1 - Assal.S.Pública=1 243 14358.00 249 14411.00

AD_2- Imigrant=1 584 34654.00 593 34654.00 AI_2 - Assal.S.Privado=2 212 12529.00 217 12609.00

4_ Resposta em falta 18 0.00 === VENTILADO AI_3 - Trab. Independ.=3 345 20509.00 349 20623.00

5. TIPOAF (Tipologia dos agregados familiares) AI_4 - Ajud.F.Act.Ocup=4 7 467.00 === VENTILADO

AE_1 - 1 Pessoa=1 107 7104.00 109 7104.00 AI_5 - Desemp. Inact=5 190 11111.00 200 11331.00

AE_2 - Casais s/F=2 18 1280.00 19 1280.00 10_ - Resposta em falta 18 0.00 === VENTILADO

AE_5- Monop.alarg=5 215 12365.00 216 12365.00 11. ESCOLBIS (Níveis de escolas em Bissau de 0-13+ Classe)

AE_6- Fam.alarg=6 440 25745.00 442 25745.00 AJ_1 - EscolBIS=0 (analfabeto) 32 1822.00 33 1822.00

5_ Resposta em falta 18 0.00 === VENTILADO AJ_2 - EscolBIS=1 (1ª-2ª) 183 10924.00 183 10924.00

AJ_3 - EscolBIS=2 (3ª-5ª) 392 23171.00 392 23171.00

AJ_4 - EscolBIS=3 (6ª-8ª) 244 14875.00 250 14875.00

AJ_5 - EscolBIS=4 (9ª-12) 100 5615.00 108 5615.00

AJ_6 - EscolBIS=5 (13+) 46 2567.00 49 2567.00

11_ - Resposta em falta 18 0.00 === VENTILADO

Fonte: INE _ Análise aprofundado de dados do Inquérito sobre despesas dos agregados familiares (IDAF), Bissau 2008.

Page 51: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 57

concentração da incidência do limiar da pobreza mínimo (2,00%) por variável entre os indicadores do mesmo grupo e de diferentes grupos em cada período.

Para tal, observamos alguns níveis de insignificâncias dos efectivos e seus pesos, representados e designados por traços e ventilados.

5.3.3. Diferença de Intervalos entre números.

Em seguida, apresentamos um determinado intervalo de números em séries e

os seus respectivos valores para os dois inquéritos.

Tabela 18: PESQUISA DE INTERVALO (DIFERENÇAS TERCEIROS), EDM 2002.

Tabela 19: PESQUISA DE INTERVALO ENTRE (DIFERENÇAS SEGUNDOS), EDM 2002.

INTERVALO ENTRE VALOR DO INTER.

INTERVALO ENTRE VALOR DO INTERV.

6--7 -39.35

2--3 29.57

30--31 -24.98

6--7 28.12

2--3 -19.53

30--31 13.74

32--33 -17.66

32--33 13.60

3--4 -11.60

3--4 10.05

10--11 -8.08

9--10 8.55

27--28 -7.47

10--11 7.57

14--15 -5.62

14--15 4.54

23--24 -4.77

18--19 2.63

18--19 -2.92

25--26 2.32

21--22 -1.42

27--28 1.55

9--10 -0.98

21--22 1.41

13--14 -0.36

23--24 0.99

28--29 0.40

24--25 0.16

Fonte: INE _ Análise aprofundado de dados do inquérito sobre despesas agregados familiares IDAF 2002,Bissau.

Tabela 20: PESQUISA DE INTERVALO (DIFERENÇAS TERCEIROS), EDM 2008.

Tabela 21: PESQUISA DE INTERVALO ENTRE (DIFERENÇAS SEGUNDOS), EDM 2008.

INTERVALO ENTRE VALOR DO INTERVALO

INTERVALO ENTRE

VALOR DO INTERVALO 2--3 -22.80 2--3 33.86

22--23 -13.67 3--4 11.06 9--10 -7.30 22--23 6.98 4--5 -6.00 4--5 6.43 6--7 -5.45 9--10 4.73 3--4 -4.63 16--17 3.28

16--17 -2.85 6--7 2.74 11--12 -2.17 11--12 2.18 20--21 -1.66 8--9 1.39 14--15 -1.59 20--21 1.25 17--18 -0.83 17--18 0.43 25--26 -0.11 5--6 0.43

12--13 0.01 Fonte : INE _ Análise aprofundado de dados do inquérito sobre despesas dos agregados familiares (IDAF) 2008, Bissau;

Nas tabelas que acabamos de ver, os resultados positivos e negativos explicam o nível da representatividade de valores dos intervalos entre os números pelas duas diferenças (terceiras e secundas) em ambos os períodos dos inquéritos.

Page 52: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 58

A maior concentração dos valores negativos das diferenças terceiras , situam entre os números 9-10 (-0,36%) e 13-14 (-0,98%) do total das amostras e a menor entre os números 6-7 (-39,35%) e 30-31(-24,98%); sendo as diferenças secundas positivas de 2-3 e de 6-7 são (29,57% & 28,12%) mais elevadas, contra (0,40% & 0,16%) de 28-29 e 24-25 menos elevadas em 2002.

Para 2008, pode-se observar o mesmo entre números 25-26 e de 17-18, (-0,11 & -0,83% em seguida de 2-3 e 22-23 (-22,80% & -13,67%) menos representativos, tendo para tabela das diferenças secundas dos números 2-3 e 3-4 (33,86% & 11,06%) mais elevada e de 12-13 e 5-6 menos elevadas (0,01% &0,43%).

Agora, a análise se baseia nos valores próprios, do ponto de vista da precisão dos cálculos.

Os valores próprios, fornecem números de eixos factoriais que possuem a

concentração máxima acumulada num total de 100% das informações das variáveis. De modo geral, pode-se considerar até 80% da concentração máxima da

informação fornecida pelos primeiros valores próprios correspondentes aos primeiros eixos factoriais.

5.3.4. Valores Próprios, IDAF 2002.

Apreciação do ponto de vista da Precisão dos cálculos: Traçado (Vestígio) antes de Diagonalização……………..3.6364

Soma dos Valores próprios…………. 3.6364. Para este modelo de análise, apresentamos os primeiros 40 valores próprios e

suas percentagens. Porém, o Histograma destes valores será visto em anexo.

Tabela 22: Os 40 Primeiros Valores Próprios e suas porcentagens, IDAF 2002.

Nº VALOR

PRÓPRIO PORCENTAGEM PORCENTEM ACOMULADA

VALOR PROPRE PORCENTAGEM

PORCENTAGEM ACOMULADA

1 0.2829 7.78 7.78 21 0.0864 2.38 79.60 2 0.2544 7.00 14.78 22 0.0837 2.30 81.90 3 0.2084 5.73 20.51 23 0.0824 2.27 84.16 4 0.1920 5.28 25.79 24 0.0777 2.14 86.30 5 0.1856 5.10 30.89 25 0.0741 2.04 88.34 6 0.1776 4.88 35.77 26 0.0706 1.94 90.28

7 0.1479 4.07 39.84 27 0.0694 1.91 92.19 8 0.1462 4.02 43.86 28 0.0631 1.73 93.92 9 0.1334 3.67 47.53 29 0.0583 1.60 95.53

10 0.1157 3.18 50.71 30 0.0539 1.48 97.01 11 0.1066 2.93 53.64 31 0.0355 0.98 97.99 12 0.1050 2.89 56.53 32 0.0309 0.85 98.84 13 0.1030 2.83 59.36 33 0.0150 0.41 99.25 14 0.1000 2.75 62.11 34 0.0126 0.35 99.59 15 0.0950 2.61 64.73 35 0.0063 0.17 99.77 16 0.0945 2.60 67.33 36 0.0030 0.08 99.85 17 0.0930 2.56 69.88 37 0.0020 0.06 99.91 18 0.0914 2.51 72.40 38 0.0019 0.05 99.96 19 0.0881 2.42 74.82 39 0.0010 0.03 99.99 20 0.0874 2.40 77.22 40 0.0005 0.01 100.00

Fonte : INE _ Análise aprofundado de dados do inquérito sobre despesas dos agregados familiares (EDM 2002), Bissau.

Page 53: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 59

O Primeiro de ACM de IDAF/EDM2002 tem a permissão de seleccionar as variáveis relevantes. Efectuando o ACM preliminar sobre as 40 variáveis, constatamos que a inércia total de nuvem da insignificância explica apenas 0,01%.

Os cincos maiores níveis de significâncias da inércia estão concentrados nos números de ordem de 1 à 5, (7,785%; 7,00%; 5,73%, 5,28% e 5,10%), respectivamente, tendo menores significâncias a partir do número 31 à 40 sobre total acumulada em 2002.

Pois, foram considerados ao mesmo tempo certas variáveis e suprimindo outras,

como mostra a tabela 22. Então para sequência disso, procedemos com uma outra nova análise do IDAF2008.

A tabela 22 diz-se que, cerca de 80% da informação é fornecido pelos 21 primeiros eixos factoriais.

5.3.5. Valores Próprios, IDAF/EDM 2008.

Apreciamos a Precisão dos cálculos: traçado (Vestígio) antes da Diagonalisação,

2.8000. Soma dos valores próprios….2.8000.

Tabela 23: Os 28 Primeiros Valores Próprios e suas percentagens no EDM 2008.

Nº VALOR

PRÓPRIO PORCENTAGEM PORCENT.

ACOMULADA Nº

VALOR PRÓPRIO PORCENTAGEM

PORCENT. ACOMULADA

1 0.2519 8.99 8.99

15 0.0925 3.31 71.85

2 0.2343 8.37 17.36

16 0.0890 3.18 75.03

3 0.1753 6.26 23.62

17 0.0833 2.98 78.01

4 0.1501 5.36 28.98

18 0.0809 2.89 80.90

5 0.1359 4.86 33.84

19 0.0789 2.82 83.72

6 0.1283 4.58 38.42

20 0.0766 2.73 86.45

7 0.1210 4.32 42.74

21 0.0721 2.58 89.03

8 0.1165 4.16 46.90

22 0.0690 2.46 91.49

9 0.1092 3.90 50.80

23 0.0598 2.13 93.63

10 0.1034 3.69 54.49

24 0.0575 2.05 95.68

11 0.1023 3.65 58.14

25 0.0486 1.74 97.42

12 0.0986 3.52 61.67

26 0.0329 1.17 98.59

13 0.0971 3.47 65.13

27 0.0245 0.87 99.46

14 0.0956 3.42 68.55

28 0.0150 0.54 100.00

Fonte: INE _ Análise aprofundado de dados do inquérito sobre despesas dos agregados familiares IDAF 2008,

Bissau.

Segundo Análise de Correspondências Múltiplas do IDAF 2008 tem a permissão de seleccionar as variáveis relevantes.

Page 54: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 60

Efectuando, o ACM preliminar sobre às 28 variáveis, constatou-se que a inércia

total de nuvem explica apenas 0,54%. A maior percentagem da inércia está concentrada entre os números de ordem

de 1 e 2 (8,99% e 8,37%) e a menor é de 0,015% sobre o total acumulado, tendo ao mesmo tempo considerada certas variáveis e suprimindo outras.

Para este Tabela22, observamos a concentração máxima das informações a partir dos 18 primeiros valores próprios.

5.3.6. As estatísticas e os indicadores fornecidos para análise dos indivíduos. O Método de análise de componente principal (ACP) aplicado para análise de

dados sobre as despesas dos agregados familiares, fornece assim um certo número de listagem de dados dos indivíduos:

• As Coordenadas dos indivíduos por cada um dos eixos escolhidos;

• As contribuições relativas dos indivíduos activos por factor;

• Os Cos² (co-senos quadrados) dos indivíduos por cada factor;

• O peso relativo (P.REL) e a distância à origem (DISTO) de cada ponto, méde a sua contribuição absoluta à inércia de nuvem;

Veja a seguir o peso relativo, distância à origem, a estrutura da correlação (coordenadas), contribuições e co-senos quadrados e depois as coordenadas e valor-teste das modalidades dos indivíduos activos efectivos, representados em grupos ou classe sobre os eixos.

Page 55: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 61

Tabela 24: Coordenadas, Contribuições e Co-senos Quadrados da Modalidades Activas, IDAF2002. EIXOS 1 A 5

MODALIDADES COORDENADAS CONTRIBUIÇÕES COSENOS QUADRADOS IDEN DESCRIÇÃO P.REL DISTO 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

1. SEXCAF (Sexo Do Chefe de agregado familiar) AA_1- MAS=1 6.77 0.34 0.36 -0.10 0.17 0.06 -0.01 3.1 0.3 1.0 0.1 0.0 0.38 0.03 0.09 0.01 0.00 AA_2- FEM=2 2.32 2.92 -1.05 0.29 -0.50 -0.18 0.04 9.1 0.8 2.8 0.4 0.0 0.38 0.03 0.09 0.01 0.00

CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 12.2 1.1 3.8 0.5 0.0

2. AGECM (Idade do Chefe de agregado familiar) AB_1- < 30 ANOS=1 1.31 5.91 -0.53 -0.47 0.08 -0.10 -0.62 1.3 1.2 0.0 0.1 2.7 0.05 0.04 0.00 0.00 0.06

AB_2- 30-44 ANOS=2 4.28 1.12 0.23 -0.25 0.10 -0.07 0.21 0.8 1.1 0.2 0.1 1.0 0.05 0.06 0.01 0.00 0.04 AB_3- 45-59 ANOS=3 2.54 2.58 0.03 0.47 -0.03 0.04 0.02 0.0 2.2 0.0 0.0 0.0 0.00 0.08 0.00 0.00 0.00 AB_4- >= 60 ANOS=4 0.95 8.56 -0.37 0.55 -0.48 0.36 -0.13 0.5 1.1 1.1 0.6 0.1 0.02 0.04 0.03 0.02 0.00

CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 2.6 5.6 1.3 0.9 3.8 3. INST (Nível de Instrução) AC_1 S.NÍVEL INST=0 2.48 2.67 -0.63 0.11 -0.97 -0.14 0.03 3.5 0.1 11.1 0.2 0.0 0.15 0.00 0.35 0.01 0.00 AC_2 EBU/INST=1 3.01 2.02 0.15 0.14 0.34 0.30 0.14 0.3 0.2 1.7 1.4 0.3 0.01 0.01 0.06 0.04 0.01 AC_3 SECUN/INST=2 3.05 1.98 0.26 -0.22 0.37 -0.21 -0.20 0.7 0.6 2.0 0.7 0.7 0.03 0.02 0.07 0.02 0.02

AC_4 SUPER/INST=3 0.26 34.29 0.81 -0.13 0.20 0.57 0.46 0.6 0.0 0.0 0.4 0.3 0.02 0.00 0.00 0.01 0.01

3_ Resposta em falta 0.29 30.11 0.32 0.02 0.62 -0.19 -0.07 0.1 0.0 0.5 0.1 0.0 0.00 0.00 0.01 0.00 0.00 CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 5.2 0.9 15.4 2.9 1.3

4. GSECAF (Grupo sócio económicas do CAF) AD_1 GSECM=0 5.89 0.54 0.53 -0.19 -0.08 -0.06 0.02 5.8 0.8 0.2 0.1 0.0 0.52 0.06 0.01 0.01 0.00 AD_6 Desemp.Inac=5 3.20 1.84 -0.97 0.35 0.15 0.11 -0.05 10.7 1.5 0.4 0.2 0.0 0.52 0.06 0.01 0.01 0.00

CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 16.6 2.3 0.5 0.3 0.1 5. ESCOL (Níveis de escolaridades) AE_1 ESCOL=0 0.39 22.36 -0.01 -1.34 -4.00 -0.32 0.07 0.0 2.8 29.8 0.2 0.0 0.00 0.08 0.71 0.00 0.00 AE_2 ESCOL=1 1.18 6.71 -0.35 -0.92 0.38 0.38 -1.01 0.5 3.9 0.8 0.9 6.5 0.02 0.13 0.02 0.02 0.15 AE_3 ESCOL=2 1.05 7.62 -0.21 -1.06 0.50 0.17 -1.05 0.2 4.7 1.3 0.2 6.3 0.01 0.15 0.03 0.00 0.14 AE_4 ESCOL=3 1.45 5.26 -0.16 0.03 0.32 -0.53 0.87 0.1 0.0 0.7 2.1 5.9 0.00 0.00 0.02 0.05 0.14 AE_5 ESCOL=4 1.15 6.92 0.02 -0.01 0.30 -0.34 1.07 0.0 0.0 0.5 0.7 7.0 0.00 0.00 0.01 0.02 0.16 AE_6 ESCOL=5 1.06 7.57 -0.03 0.22 0.10 -0.67 0.86 0.0 0.2 0.1 2.5 4.3 0.00 0.01 0.00 0.06 0.10 AE_7 ESCOL=6 1.12 7.11 0.06 0.74 -0.08 0.96 0.06 0.0 2.4 0.0 5.4 0.0 0.00 0.08 0.00 0.13 0.00 AE_8 ESCOL=7 0.62 13.73 0.09 0.78 -0.07 0.52 -0.16 0.0 1.5 0.0 0.9 0.1 0.00 0.04 0.00 0.02 0.00 AE_9 ESCOL=8 0.41 21.19 0.46 0.77 -0.16 1.08 -0.08 0.3 1.0 0.0 2.5 0.0 0.01 0.03 0.00 0.05 0.00 AE10 ESCOL=9 0.37 23.77 0.80 0.93 -0.04 -1.05 -1.63 0.8 1.2 0.0 2.1 5.2 0.03 0.04 0.00 0.05 0.11 AE11 ESCOL=10 0.29 30.02 0.94 1.67 -0.40 -0.27 -1.59 0.9 3.2 0.2 0.1 4.0 0.03 0.09 0.01 0.00 0.08

CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 2.9 20.8 33.5 17.5 39.4 6. ESCOLBIS (Níveis de escolaridade em Bissau) AF_1 ESCOLBIS=0 0.36 24.13 -0.05 -1.46 -4.14 -0.36 0.10 0.0 3.0 29.8 0.2 0.0 0.00 0.09 0.71 0.01 0.00 AF_2 ESCOLBIS=1 2.14 3.25 -0.34 -1.04 0.45 0.30 -1.04 0.9 9.1 2.1 1.0 12.4 0.03 0.33 0.06 0.03 0.33 AF_3 ESCOLBIS=2 3.51 1.59 -0.09 0.05 0.26 -0.52 0.97 0.1 0.0 1.1 5.0 17.7 0.00 0.00 0.04 0.17 0.59 AF_4 ESCOLBIS=3 2.05 3.44 0.15 0.74 -0.07 0.87 -0.01 0.2 4.4 0.0 8.1 0.0 0.01 0.16 0.00 0.22 0.00 AF_5 ESCOLBIS=4 0.84 9.80 0.79 1.06 -0.16 -0.63 -1.38 1.9 3.7 0.1 1.7 8.6 0.06 0.11 0.00 0.04 0.19 AF_6 ESCOLBIS=5 0.20 45.29 0.32 0.90 -0.51 0.31 -0.21 0.1 0.6 0.2 0.1 0.0 0.00 0.02 0.01 0.00 0.00

CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 3.0 20.9 33.4 16.2 38.8 7. TIPAF (Tipologia de agregados familiares) AG_1 UMA PES=1 0.89 9.19 -0.61 -0.42 -0.08 0.06 -0.59 1.2 0.6 0.0 0.0 1.7 0.04 0.02 0.00 0.00 0.04 AG_2 CASAIS s/F=2 0.23 38.44 0.17 -2.51 -1.52 0.55 -0.89 0.0 5.7 2.5 0.4 1.0 0.00 0.16 0.06 0.01 0.02 AG_3 CASAIS c/F=3 1.01 7.98 0.03 -0.63 0.48 -0.07 -0.18 0.0 1.6 1.1 0.0 0.2 0.00 0.05 0.03 0.00 0.00 AG_4 NUC. MONO=4 0.35 25.21 -0.97 -0.66 0.03 0.04 0.44 1.2 0.6 0.0 0.0 0.4 0.04 0.02 0.00 0.00 0.01 AG_5 MONO.ALAR=5 1.72 4.29 -0.94 0.55 -0.49 -0.21 0.15 5.4 2.1 2.0 0.4 0.2 0.21 0.07 0.06 0.01 0.01 AG_6 FAMIL. ALAR=6 4.89 0.86 0.50 0.18 0.16 0.05 0.10 4.3 0.6 0.6 0.1 0.3 0.29 0.04 0.03 0.00 0.01

CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 12.0 11.2 6.3 0.9 3.7 9. ESTATLOJ (estatuto de alojamento) AH_2 LOCATÁRIO=1 3.79 1.40 -0.06 -0.49 0.06 -0.16 0.06 0.0 3.6 0.1 0.5 0.1 0.00 0.17 0.00 0.02 0.00 AH_3 NÃOLOCAT=2 5.30 0.71 0.04 0.35 -0.04 0.11 -0.04 0.0 2.6 0.1 0.3 0.1 0.00 0.17 0.00 0.02 0.00

CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 0.1 6.2 0.2 0.8 0.2 10. EMPREGO) AI_1 EMPREGO=0 1.81 4.02 -1.67 0.21 0.42 0.02 -0.08 17.9 0.3 1.5 0.0 0.1 0.70 0.01 0.04 0.00 0.00 AI_2 EMPREGO =1 4.30 1.12 0.34 -0.55 -0.08 0.47 0.34 1.7 5.1 0.1 5.0 2.7 0.10 0.27 0.01 0.20 0.10

Page 56: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 62

Fonte: INE _ análise aprofundado de dados do Inquérito sobre Despesas dos agregados familiares, Bissau 2002.

Como salientamos nesta análise, às coordenadas das variáveis sobre os eixos, avaliam o nível da correlação (graus de relações lineares) entre as variáveis e os factores.

No quadro que acabamos de observar, regista-se certas correlações entre as

varáveis e os factores, apresentados em grupos/classe sobre eixos, os seus respectivos pesos relativos e as distâncias à origem nas primeiras duas colunas.

As variáveis bem representadas (que têm umas coordenadas grandes) sobre os

diferentes eixos, fortemente correlacionadas com os diferentes factores que são apresentadas no quadro a seguir.

Tabela 25: variáveis bem correlacionadas nos eixos.

Eixos Coordenadas positivas sobre os eixos Coordenadas negativas sobre os eixos

1 NívSup; salpúb; escol9; escol10; escolBis4; Tipaf6; empre3e4;

SexCAFem, Ida.<30; analf; desemp0; Tipaf1,4e5;empre0;

2 Idade> = 60;escolBis3,4e5; escol 6-10;Tipaf5; empre3e4;

Escol0e1; EscolBis0e1; Tipaf2e4; estaloj1;

3 SexCAFem; analf; escol0e2; escolBis0; Tipaf2; 4 NívSup; escol 6,7e8; escolBis3;Tipaf2

empre3e4 Escol3,5e9; escolBis4; empre2;

5 Escol 3,4e5;escolBis2 Idade <30; escol 1,2, 9e10; escolBis1e4; Tipaf1e2; empre3;

Fonte: Dados extraídos da tabela 23 e Coordenadas, Contribuições e Co-senos quadrados, IDAF 2002, Bissau.

As diferentes correlações registadas se constituem em positivas e negativas (fortes e fracas). Em alguns casos não existem a relação linear (valor meio zero, Ex. 0,01…) e em outros casos são raramente correlacionados (valores do tipo 0,1 e/ou -0,1).

Os graus de relacionamentos caracterizam, o peso de cada variável em termo da

pobreza dos agregados familiares em relação as suas rendas. Essas correlações

AI_3 EMPREGO =2 1.99 3.57 0.48 0.27 0.00 -1.43 -0.44 1.6 0.6 0.0 21.1 2.1 0.06 0.02 0.00 0.57 0.05 AI_4 EMPREGO =3 0.65 13.01 0.69 1.54 -0.35 0.86 -0.67 1.1 6.0 0.4 2.5 1.6 0.04 0.18 0.01 0.06 0.03 AI_5 EMPREGO =4 0.35 25.34 0.53 1.34 -0.47 0.61 -0.03 0.3 2.4 0.4 0.7 0.0 0.01 0.07 0.01 0.01 0.00

CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 22.7 14.5 2.4 29.3 6.4

11. ACTIVS (Pessoas activas ocupadas no Agregado Familiar) AJ_1 NÃOACTOCU=0 1.78 4.10 -1.69 0.19 0.43 0.01 -0.08 18.0 0.3 1.6 0.0 0.1 0.70 0.01 0.04 0.00 0.00 AJ_2 1 PESSOA=1 4.26 1.13 0.34 -0.56 -0.07 0.47 0.34 1.7 5.2 0.1 4.9 2.7 0.10 0.27 0.00 0.19 0.10 AJ_3 DUAS PES.=2 1.93 3.72 0.47 0.24 0.00 -1.46 -0.44 1.5 0.4 0.0 21.3 2.0 0.06 0.02 0.00 0.57 0.05 AJ_4 > 2 PESSOAS=3 1.12 7.08 0.60 1.40 -0.43 0.70 -0.42 1.4 8.6 1.0 2.9 1.1 0.05 0.28 0.03 0.07 0.03

CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 22.7 14.5 2.6 29.0 5.9 12. TIPO (Tipos de pobreza) AK_1 TIPO=1 /Ñ.pobres 5.97 0.52 -0.05 -0.15 0.08 -0.01 -0.03 0.0 0.5 0.2 0.0 0.0 0.00 0.04 0.01 0.00 0.00

AK_2 TIPO=2 /PMON 1.95 3.66 0.07 0.43 -0.14 0.28 0.18 0.0 1.4 0.2 0.8 0.4 0.00 0.05 0.01 0.02 0.01 AK_3 TIPO=3/PSUB 0.61 13.83 0.09 -0.16 -0.31 -0.41 -0.27 0.0 0.1 0.3 0.5 0.2 0.00 0.00 0.01 0.01 0.01 AK_4 TIPO=4/Núcl. Duro 0.56 15.36 0.16 0.25 -0.02 -0.39 0.02 0.1 0.1 0.0 0.4 0.0 0.00 0.00 0.00 0.01 0.00

CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 0.1 2.1 0.7 1.7 0.6

Page 57: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 63

aparecem entre as variáveis de um mesmo grupo e entre os itens de diferentes grupos em diversos eixos apresentados.

Assim, essa análise pode-se proceder verticalmente (confirmar a correlação

entre as variáveis dos grupos) e horizontalmente de primeiro a quinto eixo (variação de correlação entre os eixos por um indicador).

As variáveis com elevadas correlações positivas e negativas em relação aos

outros componentes das classes são do emprego3 (1,54%) no eixo2 e de pessoas sem ocupação nos agregados familiares (-1,69%) no eixo1, respectivamente. Assim, temos representado níveis das contribuições.

As variáveis com fortes contribuições são bem representativas sobre eixos.

Portanto, às contribuições, seja positivas como negativas, apresentam impactos das classes por grupo sobre as despesas dos agregados familiares em relação a sua renda e a incidência da pobreza num determinado período do inquérito.

A contribuição acumulada é a soma de um conjunto de contribuições singulares

das diferentes classes ou componentes que constituem um grupo das modalidades por eixo.

Porém, após as contribuições, vimos os co-senos quadrados das variáveis com níveis de representatividades positivas, cujas variações observadas entre às variáveis sobre os eixos também são positivas.

Tabela 26: Coordenadas, Distribuições e Co-senos Quadrados das Modalidades Activas, IDAF 2008.

EIXOS 1 A 5

MODALIDADES COORDONADAS CONTRIBUÇÕES COSENOS QUADRADOS IDEN DESCRIÇÃO P.REL DISTO 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

1. SEXCAF (Sexo do Chefe de agregado familiar) AA_1- MASCULINO=1 7.36 0.36 0.47 0.09 -0.08 -0.25 -0.04 6.5 0.3 0.2 3.1 0.1 0.62 0.02 0.02 0.17 0.01 AA_2- FEMININO=2 2.64 2.79 -1.31 -0.25 0.21 0.70 0.12 18.1 0.7 0.7 8.6 0.3 0.62 0.02 0.02 0.17 0.01 CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 24.6 1.0 0.9 11.6 0.4 2. AGECM (Idade do Chefe de agregado familiar) AB_1 - <30 ANOS=1 1.08 8.24 -0.17 -0.86 -0.87 -0.41 0.77 0.1 3.4 4.7 1.2 4.7 0.00 0.09 0.09 0.02 0.07 AB_2 - 30-44 ANOS=2 4.91 1.03 0.28 -0.23 0.06 0.20 -0.29 1.5 1.1 0.1 1.3 3.1 0.07 0.05 0.00 0.04 0.08 AB_3 - 45-59 ANOS=3 3.04 2.29 -0.11 0.51 0.22 0.27 0.15 0.2 3.4 0.9 1.5 0.5 0.01 0.12 0.02 0.03 0.01 AB_4 - >= 60 ANOS=4 0.96 9.40 -0.86 0.53 -0.04 -1.44 0.14 2.8 1.2 0.0 13.2 0.1 0.08 0.03 0.00 0.22 0.00 CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 4.6 9.2 5.7 17.3 8.5 3. INST. (Níveis de eInstruções) AC_1 - SEM NÍVEL/INST=0 2.00 4.00 -0.68 -0.40 1.23 -0.26 0.39 3.7 1.3 17.3 0.9 2.2 0.12 0.04 0.38 0.02 0.04 AC_2 - EBU/INST=1 3.33 2.00 -0.21 0.09 -0.09 -0.33 -0.68 0.6 0.1 0.2 2.5 11.5 0.02 0.00 0.00 0.06 0.23 AC_3 - SECUND/INST=2 4.08 1.45 0.38 0.04 -0.47 0.26 0.16 2.3 0.0 5.2 1.8 0.8 0.10 0.00 0.15 0.05 0.02 AC_4 - SUPERIOR/INST=3 0.59 16.06 0.92 0.55 -0.40 0.98 1.47 2.0 0.7 0.5 3.8 9.4 0.05 0.02 0.01 0.06 0.14 CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 8.6 2.2 23.2 8.9 23.8

Page 58: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 64

Fonte: INE_ análise aprofundado de dados do Inquérito sobre Despesas dos agregados familiares, Bissau 2008.

Nesta tabela 25, os indicadores mostram certas correlações, sejam positivas e negativas entre as varáveis e os factores, apresentados em grupos e por eixo, com os respectivos pesos relativos a uma dada distância da origem.

Como referimos para tabela 24, as diferentes correlações registadas em posição

positiva e negativa são designados por fortes e fracas. Quer dizer, valores de coordenadas situados entre +1 e -1 ou próximos de um destes números e alguns muito superiores.

Ainda para algumas variáveis não existem a relação linear (valor meio zero, Ex.

0,01…) e outras são raramente correlacionadas (valores tipo 0,1 e/ou -0,1).

4. MIGRA (Migração) AD_1- NACT. /MIGRA=0 4.12 1.42 -0.26 0.06 -0.33 0.27 0.14 1.1 0.1 2.6 1.9 0.6 0.05 0.00 0.08 0.05 0.01 AD_2- IMIG/MIGRA=1 5.88 0.70 0.18 -0.04 0.23 -0.19 -0.10 0.8 0.0 1.8 1.4 0.4 0.05 0.00 0.08 0.05 0.01 CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 1.9 0.1 4.4 3.3 1.0 5. TIPAF (Tipos de agregados familiar) AE_1 1PESSOA=1 1.20 7.30 -0.19 -1.16 -0.78 -0.62 1.11 0.2 6.9 4.2 3.0 10.9 0.00 0.18 0.08 0.05 0.17 AE_2 CASAIS s/FIL=2 0.22 45.07 1.02 -1.74 1.11 -0.33 2.74 0.9 2.8 1.5 0.2 12.0 0.02 0.07 0.03 0.00 0.17 AE_3 CASAIS c/FIL =3 1.73 4.78 0.57 -0.60 -0.12 -0.11 -1.00 2.2 2.6 0.1 0.1 12.8 0.07 0.08 0.00 0.00 0.21 AE_4 NUCMONOP=4 0.39 24.84 -0.69 -0.90 0.33 1.81 -0.60 0.7 1.3 0.2 8.4 1.0 0.02 0.03 0.00 0.13 0.01 AE_5 MONOPALARG=5 2.10 3.77 -1.33 0.17 0.35 0.73 -0.02 14.8 0.3 1.5 7.4 0.0 0.47 0.01 0.03 0.14 0.00 AE_6 FAMIL. ALARG=6 4.37 1.29 0.48 0.64 0.01 -0.28 0.02 3.9 7.6 0.0 2.3 0.0 0.18 0.32 0.00 0.06 0.00 CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 22.7 21.6 7.6 21.5 36.7 6. ACTIVS (Pessoas activas ocupadas no agregado familiar) AF_1 - NÃO ACT. OCUP=0 0.98 9.24 -1.75 -0.30 -1.37 -0.74 -0.07 11.9 0.4 10.5 3.5 0.0 0.33 0.01 0.20 0.06 0.00 AF_2- 1 PESSOA=1 4.06 1.47 0.13 -0.52 -0.06 0.25 -0.06 0.3 4.7 0.1 1.7 0.1 0.01 0.18 0.00 0.04 0.00

AF_3- 2 PESSOAS=2 2.69 2.72 0.38 0.20 0.14 0.02 -0.02 1.6 0.5 0.3 0.0 0.0 0.05 0.01 0.01 0.00 0.00 AF_4- > 2 PESSOAS=3 2.28 3.38 0.07 0.82 0.53 -0.16 0.16 0.0 6.5 3.7 0.4 0.4 0.00 0.20 0.08 0.01 0.01 CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 13.7 12.1 14.5 5.6 0.6 8. TIPO (Tipo de pobreza) AG_1- TIPO=1 6.88 0.45 0.10 0.04 -0.23 0.24 0.12 0.3 0.0 2.0 2.6 0.7 0.02 0.00 0.11 0.12 0.03 AG_2- TIPO=2 1.40 6.16 -0.42 0.85 0.62 -0.70 -0.21 1.0 4.3 3.0 4.5 0.4 0.03 0.12 0.06 0.08 0.01 AG_3- TIPO=3 1.19 7.40 0.11 -1.05 0.53 -0.39 -0.42 0.1 5.6 1.9 1.2 1.5 0.00 0.15 0.04 0.02 0.02 AG_4- TIPO=4 0.53 17.76 -0.46 -0.37 0.11 -0.38 -0.08 0.4 0.3 0.0 0.5 0.0 0.01 0.01 0.00 0.01 0.00 CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 1.8 10.2 7.0 8.8 2.7 9. ESTATLOG (Estatuto de alojamento) AH_1- ESTATLOG=1 4.17 1.40 0.29 -0.58 0.08 0.02 -0.03 1.4 6.1 0.1 0.0 0.0 0.06 0.24 0.00 0.00 0.00 AH_2- ESTATLOG=2 5.83 0.71 -0.21 0.42 -0.06 -0.02 0.02 1.0 4.3 0.1 0.0 0.0 0.06 0.24 0.00 0.00 0.00 CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 2.3 10.4 0.2 0.0 0.0

10. GSECAF (grupos sócio económicas do CAF) AI_1- CAF ASS.S.PÚB=1 2.44 3.09 0.53 0.59 -0.25 0.47 0.60 2.7 3.6 0.8 3.5 6.5 0.09 0.11 0.02 0.07 0.12 AI_2- CAF ASS.S.PRIV=2 2.14 3.68 0.59 -0.12 -0.23 -0.14 -0.35 3.0 0.1 0.7 0.3 1.9 0.10 0.00 0.01 0.01 0.03 AI_3- CAF TRAB. INDE=3 3.50 1.86 -0.02 -0.31 0.79 0.13 -0.17 0.0 1.5 12.5 0.4 0.8 0.00 0.05 0.34 0.01 0.02 AI_5- CAF DESE. INAT=5 1.92 4.20 -1.29 -0.04 -0.87 -0.68 -0.07 12.8 0.0 8.2 5.9 0.1 0.40 0.00 0.18 0.11 0.00

CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 18.5 5.2 22.2 10.1 9.2

11. ESCOLBIS AJ_1- ESCOLBIS=0 0.31 31.37 0.10 -2.13 2.49 -1.16 1.90 0.0 6.0 10.9 2.8 8.2 0.00 0.14 0.20 0.04 0.12 AJ_2- ESCOLBIS=1 1.85 4.40 0.36 -1.13 -0.32 -0.30 0.16 0.9 10.1 1.1 1.1 0.4 0.03 0.29 0.02 0.02 0.01 AJ_3- ESCOLBIS=2 3.93 1.55 -0.09 -0.10 -0.08 0.31 -0.46 0.1 0.2 0.1 2.6 6.1 0.01 0.01 0.00 0.06 0.14

AJ_4- ESCOLBIS=3 2.52 2.96 -0.04 0.67 -0.13 0.16 0.13 0.0 4.9 0.2 0.4 0.3 0.00 0.15 0.01 0.01 0.01 AJ_5- ESCOLBIS=4 0.95 9.50 -0.17 0.89 0.08 -0.10 0.54 0.1 3.2 0.0 0.1 2.0 0.00 0.08 0.00 0.00 0.03 AJ_6- ESCOLBIS=5 0.44 21.97 -0.20 1.41 0.85 -1.43 0.21 0.1 3.7 1.8 5.9 0.1 0.00 0.09 0.03 0.09 0.00

CONTRIBUIÇÃO ACUMULADA = 1.3 28.0 14.3 12.8 17.1

Page 59: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 65

Estes níveis de relacionamento caracterizam, o grau de concentração da pobreza dos agregados familiares entre diferentes variáveis de um mesmo grupo e/ou entre os grupos (análise Horizontal e vertical em diversos eixos apresentados.

As variáveis com fortes contribuição como vimos anteriormente são bem

representativas sobre eixos. Portanto, as contribuições sejam positivas como negativas, apresentam incidência da Pobreza em relação a renda familiar nesse período do inquérito.

Uma contribuição acumulada mais representativa de um determinado eixo num

grupo das modalidades, resulta de maiores contribuições de uma ou mais variáveis desse grupo.

Pois, os co-senos quadrados das variáveis com níveis de representatividades

positivas, negativas e próximos de zero entre os eixos de um mesmo grupo ou dos diferentes grupos, indicam a incidência significativa, menos significativa e insignificativa da pobreza de uma determinada variável num período de referência. Veja tabela 26.

Tabela 27: Variáveis bem correlacionadas nos eixos, IDAF2008.

Fonte: INE _ Dados extraídos da tabela 25, Coordenadas sobre os eixos, Bissau.

Os cincos eixos (1 à 5) confirmam finalmente, à correlação entre as variáveis apresentadas na tabela 26 por grupo de Coordenadas positivas e negativas sobre os eixos.

No eixo 1, as variáveis do primeiro grupo (Inst3 e Gsecaf 1e 2) são

correlacionados entre si, assim como as de segundo grupo (Sexofem, Idacaf >= 60 anos, Inst0, tipaf4 e 5, PesAct0, 3 e 4, Gsecaf5).

Esses resultados, mostram o nível da incidência de pobreza por diferentes

características importantes dos Chefes de agregados e membros de famílias. Para cada eixo, observamos às correlações entre as variáveis dum mesmo grupo

e certas anti-correlações entre as variáveis do primeiro grupo com as de segundo grupo.

Eixos Coordenadas positivas sobre os eixos Coordenadas negativas sobre os eixos 1 Inst3,Gsecaf1-2. Sexofem, Idacaf > = 60 anos, Inst0, tipaf4e5,

PesAct0, 3e4, Gsecaf5. 2 Idacaf 45-59 anos, >= 60anos, Inst3, tipaf6,

PesAct3, Tipo2, Gsecaf1, EscolBis3-5. Idacaf <30, Tipaf1-4, tipaf3 e 4, PesAct1, tipo3, Estatlog1, EscolBis0-1.

3 Inst0, tipaf2, PesAct3,Tipo2-3, Gsecaf3, EscolBis0e5.

Idacaf <30anos, tipaf1, PesAct0, Gsecaf5.

4 Sexofem2, Inst3, tipaf4 e 5. Idacaf > =60 anos, tipaf1, PesAct0, Tipo2, Gsecaf5, EscolBis0e5.

5 Idacaf <30 anos, Inst1 e 3, tipaf1 e 2, Gsecaf1. EscolBis0e4.

Inst1, tipaf3 e 4.

Page 60: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 66

N.B: Não foram incluídas nesta tabela 26, às variáveis do grupo de migração,

porque as duas classes registam uma insignificância dos resultados das variáveis observadas, como podemos ver nos eixos das coordenadas da tabela 25.

Quanto aos valores das contribuições, explicam graus de significâncias entre

variáveis de um mesmo grupo, assim como entre variáveis de grupos, sendo positivas e negativas, representadas em negritos na tabela25.

Portanto, as informações de algumas variáveis são insignificantes (quase zero)

sobre eixos, quer dizer menos importante a incidência da pobreza entre as variáveis. Essa mesma característica se percebe sobre eixos dos co-senos quadrados.

Pois, procedemos com as interpretações dos resultados, a partir de análise das

Correspondências Múltiplas, do ponto de vista das coordenadas e dos valores - teste das modalidades activas.

5.3.7. Valor – Teste do IDAF/EDM 2002-2008.

O valor - teste para cada modalidade é um parâmetro de decisão, permitindo julgar à significatividade da diferença entre a proporção da modalidade na classe e na população inteira.

Se o valor - teste é superior à 2 ou se a probabilidade é inferior à 0.05, aceitamos a hipótese da diferença entre às duas proporções.

MOD/CLA: parte da modalidade na classe. É de maneira concreta a percentagem dos indivíduos da classe que tenha a modalidade da variável. Pode assim classificar as modalidades segunda as suas abundâncias na classe.

CLA/MOD: parte da classe na modalidade. De maneira concreta, é esta que representa a classe na distribuição da modalidade em amostra. Isso mede a forma como a classe absorve certos atributos dos indivíduos.

Page 61: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 67

Tabela 28: Coordenadas e Valor – Teste das Modalidades, IDAF 2002.

EIXOS 1 A 5 MODALIDADES VALORES-TESTE COORDENADAS

IDENT. DESCRIÇÃO EFET. P. ABS. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 DISTO.

1. SEXCAF (Sexo do Chefe de Agregado Familiar) AA_1 SEXCAF=1 (MASCULINO) 678 30962.00 99.9 -34.6 59.9 21.5 -4.2 0.36 -0.10 0.17 0.06 -0.01 0.34 AA_2 SEXCAF=2 (F EMININO) 240 10604.00 -99.9 34.6 -59.9 -21.5 4.2 -1.05 0.29 -0.50 -0.18 0.04 2.92

2. IDCAF (IDADE DO CAF)

AB_1 IDCAF=1 (< 30 ANOS) 92 6012.00 -44.4 -39.7 6.9 -8.6 -51.8 -0.53 -0.47 0.08 -0.10 -0.62 5.91 AB_2 IDCAF =2 (30-44 ANOS) 415 19592.00 43.4 -48.9 19.0 -14.3 39.5 0.23 -0.25 0.10 -0.07 0.21 1.12 AB_3 IDCAF=3 ( 45-59 ANOS) 280 11616.00 4.0 59.3 -3.7 5.7 2.6 0.03 0.47 -0.03 0.04 0.02 2.58 AB_4 IDCAF=4 (>= 60 ANOS) 131 4346.00 -25.6 38.5 -33.5 25.0 -8.7 -0.37 0.55 -0.48 0.36 -0.13 8.56

3. INST (Nível de Instrução) AC_1 INST=0 (SEM NÍVEL) 277 11325.00 -78.7 14.1 -99.9 -16.9 3.9 -0.63 0.11 -0.97 -0.14 0.03 2.67 AC_2 INST =1 (EBU) 297 13764.00 22.1 19.4 49.2 42.8 20.5 0.15 0.14 0.34 0.30 0.14 2.02 AC_3 INST =2 (SECUNDÁRIO) 294 13963.00 37.6 -31.3 53.8 -31.1 -28.8 0.26 -0.22 0.37 -0.21 -0.20 1.98 AC_4 INST =3 (SUPERIOR) =3 22 1178.00 28.3 -4.6 6.9 20.0 16.1 0.81 -0.13 0.20 0.57 0.46 34.29 3_ Resposta em falta 28 1336.00 12.0 0.8 22.9 -7.0 -2.5 0.32 0.02 0.62 -0.19 -0.07 30.11

4. GSECAF (Grupos Sócio Económicos do Chefe de Agregado Familiar) AD_1 GSECAF=0 (OUT.TRB.IND.) 583 25942.00 99.9 -51.8 -18.2 -12.2 6.8 0.52 -0.20 -0.07 -0.05 0.03 0.60 AD_2 GSECAF=1 (SAL.S.PÚB.) 2 41.00 2.0 1.5 0.3 -4.7 0.7 0.31 0.23 0.04 -0.73 0.11 1012.80 AD_3 GSECAF =2 ( SAL.S.PRIV) 14 650.00 9.3 11.8 3.4 -4.1 0.1 0.36 0.46 0.13 -0.16 0.01 62.95 AD_4 GSECAF =3 (TRAB. INDE.) 16 676.00 10.0 1.5 -18.8 -13.9 2.2 0.38 0.06 -0.72 -0.53 0.09 60.49 AD_5 GSECAF=4 (AJUD. FAMIL. ) 8 430.00 6.4 -6.4 7.1 1.5 -1.0 0.31 -0.31 0.34 0.07 -0.05 95.67 AD_6 GSECM=5 DESEMP.INACT. 295 13827.00 -99.9 51.1 21.3 17.4 -7.4 -1.03 0.35 0.15 0.12 -0.05 2.01

5. ESCOL (Níveis de Escolaridade em Geral) AE_1 ESCOL=0 26 1654.00 -2.0 -60.5 -99.9 -14.7 4.1 -0.05 -1.46 -4.14 -0.36 0.10 24.13 AE_2 ESCOL=1 87 5144.00 -31.1 -74.4 30.2 29.4 -79.2 -0.41 -0.97 0.39 0.38 -1.03 7.08 AE_3 ESCOL=2 87 4636.00 -18.6 -80.6 37.0 14.7 -75.1 -0.26 -1.12 0.51 0.20 -1.04 7.97 AE_4 ESCOL=3 119 6277.00 -17.2 -0.3 28.8 -46.0 79.2 -0.20 0.00 0.34 -0.54 0.92 5.62 AE_5 ESCOL=4 114 5016.00 0.2 -2.4 23.6 -26.5 83.7 0.00 -0.03 0.31 -0.35 1.11 7.29 AE_6 ESCOL=5 110 4738.00 -2.3 14.9 7.5 -50.0 64.4 -0.03 0.20 0.10 -0.68 0.88 7.77 AE_7 ESCOL=6 97 4912.00 5.0 54.2 -3.6 73.6 5.5 0.07 0.73 -0.05 0.99 0.07 7.46 AE_8 ESCOL=7 77 2729.00 4.9 41.7 -3.7 28.5 -8.3 0.09 0.77 -0.07 0.53 -0.15 14.23 AE_9 ESCOL=8 47 1714.00 20.9 30.2 -5.5 46.7 0.0 0.49 0.71 -0.13 1.10 0.00 23.25 AE10 ESCOL=9 43 1404.00 30.6 32.8 -0.2 -39.6 -60.0 0.80 0.86 -0.01 -1.04 -1.57 28.61 AE11 ESCOL=10 33 1180.00 32.0 60.3 -14.2 -6.7 -55.7 0.92 1.73 -0.41 -0.19 -1.60 34.23 AE12 ESCOL=11 22 703.00 16.3 12.8 -1.9 -16.3 -28.5 0.61 0.48 -0.07 -0.61 -1.07 58.13 AE13 ESCOL=12 14 561.00 17.2 21.2 -2.9 -12.8 -19.4 0.72 0.89 -0.12 -0.54 -0.82 73.09 AE14 ESCOL=13 12 355.00 0.7 16.8 -8.8 10.1 -3.0 0.04 0.89 -0.47 0.53 -0.16 116.09 AE15 ESCOL=14 6 129.00 9.6 3.5 -4.9 -1.2 -4.1 0.84 0.31 -0.43 -0.11 -0.36 321.22 AE16 ESCOL=15 10 144.00 4.3 14.9 -7.5 5.9 -2.7 0.36 1.24 -0.62 0.49 -0.22 287.65 AE17 ESCOL=16 4 129.00 2.7 10.3 0.1 -5.2 -0.8 0.24 0.91 0.01 -0.46 -0.07 321.22 AE18 ESCOL=17 3 41.00 1.2 5.0 -14.3 2.4 -0.6 0.18 0.78 -2.23 0.37 -0.09 1012.80 AE19 ESCOL=18 4 46.00 5.0 9.6 -6.6 3.3 -4.2 0.73 1.41 -0.98 0.49 -0.62 902.61 AE20 ESCOL=20 2 43.00 4.6 7.7 -1.3 5.3 0.1 0.70 1.17 -0.20 0.81 0.02 965.65 AE21 ESCOL=25 1 11.00 2.7 4.7 -1.4 4.6 -2.3 0.81 1.41 -0.43 1.37 -0.70 3777.73

6. ESCOLBIS (Níveis de escolas/ Bissau em grupos) AF_1 ESCOLBIS=0 (sem nível) 26 1654.00 -2.0 -60.5 -99.9 -14.7 4.1 -0.05 -1.46 -4.14 -0.36 0.10 24.13 AF_2 ESCOLBIS=1(1ª-2ª classe) 174 9780.00 -38.0 -99.9 50.9 33.7 -99.9 -0.34 -1.04 0.45 0.30 -1.04 3.25 AF_3 ESCOLBIS=2(3ª-5ª classe) 343 16031.00 -14.0 7.9 41.9 -84.2 99.9 -0.09 0.05 0.26 -0.52 0.97 1.59 AF_4 ESCOLBIS=3 (6ª- 8ª classe) 221 9355.00 16.7 81.0 -7.5 96.0 -0.7 0.15 0.74 -0.07 0.87 -0.01 3.44

AF_5 ESCOLBIS=4(9ª-12ª classe) 112 3848.00 51.5 69.1 -10.3 -40.9 -89.7 0.79 1.06 -0.16 -0.63 -1.38 9.80

AF_6 ESCOLBIS=5(13ª e mais) 42 898.00 9.6 27.4 -15.5 9.3 -6.2 0.32 0.90 -0.51 0.31 -0.21 45.29

8. TIPAF (Tipologia de Agregado Familiar)

AG_1 1 PESSOA=1 70 4078.00 -40.9 -28.3 -5.5 3.7 -39.7 -0.61 -0.42 -0.08 0.06 -0.59 9.19 A_2 CASAIS s/FILHOS=2 5 1054.00 5.5 -82.6 -49.9 18.2 -29.2 0.17 -2.51 -1.52 0.55 -0.89 38.44 AG_3 CASAIS c/FILHOS=3 94 4631.00 2.1 -45.4 35.0 -5.3 -12.7 0.03 -0.63 0.48 -0.07 -0.18 7.98 AG_4 NUC.MONOP=4 28 1586.00 -39.4 -26.8 1.0 1.6 18.0 -0.97 -0.66 0.03 0.04 0.44 25.21

Page 62: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 68

AG_5 MONOPAR. ALARG=5 192 7851.00 -92.8 54.2 -48.5 -21.0 14.6 -0.94 0.55 -0.49 -0.21 0.15 4.29 AG_6 FAMILA ALARG=6 529 22366.00 99.9 39.3 34.6 11.3 22.5 0.50 0.18 0.16 0.05 0.10 0.86

MODALIDADES VALORES-TESTE COORDENADAS IDENT. DESCRIÇÃO EFET. P. ABS. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 DISTO.

9. ESTATLOJ (Estatuto de alojamento) AH_2 LOCATARIOS=1 341 17329.00 -10.2 -84.9 10.8 -26.9 10.5 -0.06 -0.49 0.06 -0.16 0.06 1.40

AH_3 NÃO LOCATARIOS=2 577 24237.00 10.2 84.9 -10.8 26.9 -10.5 0.04 0.35 -0.04 0.11 -0.04 0.71 10. EMPREGO

AI_1 EMPREGO =0 169 8147.00 -99.9 19.6 42.9 0.8 -8.4 -1.69 0.19 0.43 0.01 -0.08 4.10 AI_2 EMPREGO =1 394 19472.00 65.1 -99.9 -12.6 89.9 66.0 0.34 -0.56 -0.07 0.47 0.34 1.13

AI_3 EMPREGO =2 200 8805.00 49.3 25.3 0.2 -99.9 -46.2 0.47 0.24 0.00 -1.46 -0.44 3.72

AI_4 EMPREGO =3 77 2670.00 35.6 80.9 -18.9 44.8 -35.1 0.67 1.51 -0.35 0.84 -0.66 14.57

AI_5 EMPREGO =4 38 1408.00 20.6 50.2 -15.9 24.0 0.8 0.54 1.31 -0.42 0.63 0.02 28.52

AI_6 EMPREGO =5 24 644.00 13.8 32.1 -6.7 12.5 -9.5 0.54 1.26 -0.26 0.49 -0.37 63.54

AI_7 EMPREGO =6 6 143.00 7.5 15.6 -3.6 6.6 -9.0 0.63 1.30 -0.30 0.55 -0.75 289.67

AI_8 EMPREGO =7 6 146.00 6.7 19.6 -6.6 3.1 -9.8 0.55 1.62 -0.54 0.26 -0.81 283.70 AI_9 EMPREGO =8 2 86.00 -2.4 -3.2 -36.5 0.0 4.0 -0.26 -0.34 -3.94 0.00 0.43 482.33

AI10 EMPREGO =10 1 29.00 5.9 11.6 -4.8 6.0 -5.9 1.10 2.15 -0.88 1.12 -1.10 1432.31

AI11 EMPREGO =11 1 16.00 -1.5 6.3 -5.9 6.0 0.4 -0.39 1.58 -1.47 1.50 0.11 2596.88

11. ACTIVS (Pessoas activas ocupadas no agregado familiar) AJ_1 NÃO ACTIVOS OCUPS=0 169 8147.00 -99.9 19.6 42.9 0.8 -8.4 -1.69 0.19 0.43 0.01 -0.08 4.10 AJ_2 UM PESSOA=1 394 19472.00 65.1 -99.9 -12.6 89.9 66.0 0.34 -0.56 -0.07 0.47 0.34 1.13 AJ_3 DUAS PESSOAS=2 200 8805.00 49.3 25.3 0.2 -99.9 -46.2 0.47 0.24 0.00 -1.46 -0.44 3.72 AJ_4 MAIS DE 2 PESSOAS=3 155 5142.00 45.6 99.9 -32.9 53.8 -32.5 0.60 1.40 -0.43 0.70 -0.42 7.08 12. TIPO (Tipo pobreza) AK_1 TIPO=1 (Não pobres) 544 27302.00 -13.1 -41.2 21.9 -3.7 -9.6 -0.05 -0.15 0.08 -0.01 -0.03 0.52 AK_2 TIPO=2 (PMON) 231 8921.00 7.3 45.4 -14.5 30.1 19.7 0.07 0.43 -0.14 0.28 0.18 3.66 AK_3 TIPO=3 (PSUB) 66 2803.00 4.8 -9.0 -16.8 -22.7 -14.9 0.09 -0.16 -0.31 -0.41 -0.27 13.83 AK_4 TIPO=4 (NÚCLEO DURO) 74 2540.00 8.4 13.2 -0.9 -20.3 1.0 0.16 0.25 -0.02 -0.39 0.02 15.36

12_ Resposta em falta 3 0.00 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 Fonte : INE _ análise aprofundado de dados do Inquérito sobre as despesas dos agregados familiares IDAF/EDM 2002, Bissau.

P.ABS= Peso absoluto; Disto= Distância à Origem. EFET= efectivos.

Page 63: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 69

Tabela 29: Coordenadas e Valor – Teste das Modalidades, IDAF 2008.

AXES 1 A 5 MODALIDADES VALORES-TESTE COORDENADAS

IDENT. DESCRIÇÃO EFET. P.ABS. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 DISTO. 1. SEXOCAF (Sexo do Chefa de agregado familiar) AA_1- SEXCAF=1 (MASCUL) 732 43425.00 99.9 36.7 -30.7 -99.9 -18.1 0.47 0.09 -0.08 -0.25 -0.04 0.36 AA_2- SEXCAF=2 (FEMINENO) 265 15549.00 -99.9 -36.7 30.7 99.9 18.1 -1.31 -0.25 0.21 0.70 0.12 2.79 1_ Resposta em falta 18 0.00 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

2. IDCAF (Idade do Chefe de agregado familiar) AB_1- IDCAF=1 (<30 ANOS) 102 6383.00 -14.6 -73.1 -73.8 -34.4 64.9 -0.17 -0.86 -0.87 -0.41 0.77 8.24 AB_2- IDCAF=2 (30-44 ANOS ) 484 28980.00 65.9 -55.6 14.6 48.1 -69.9 0.28 -0.23 0.06 0.20 -0.29 1.03 AB_3- IDCAF=3 (45-59 ANOS ) 310 17941.00 -18.1 82.6 35.9 43.9 24.8 -0.11 0.51 0.22 0.27 0.15 2.29 AB_4- IDCAF=4 (> =60 ANOS) 101 5670.00 -68.2 42.3 -3.0 -99.9 11.3 -0.86 0.53 -0.04 -1.44 0.14 9.40

2_ Resposta em falta 18 0.00 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

3. INST (Níveis de instrução) AC_1- INST=0 SEM NÍV. INST.) 206 11802.00 -82.9 -48.0 99.9 -31.6 46.8 -0.68 -0.40 1.23 -0.26 0.39 4.00 AC_2- INST=1 (EBU) 335 19646.00 -36.9 15.6 -16.0 -57.1 -99.9 -0.21 0.09 -0.09 -0.33 -0.68 2.00 AC_3 INST=2 (SECUNDARIO) 396 24070.00 76.4 8.3 -95.0 52.0 31.9 0.38 0.04 -0.47 0.26 0.16 1.45

AC_4 INST=3 (SUPERIOR*) 60 3456.00 55.5 33.1 -24.1 59.6 89.3 0.92 0.55 -0.40 0.98 1.47 16.06

3_ Resposta em falta 18 0.00 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

4. MIGRA (MIGRAÇÃO)

AD_1- MIGRA=0 (NATIVOS) 413 24320.00 -52.5 11.9 -67.4 54.1 27.6 -0.26 0.06 -0.33 0.27 0.14 1.42

AD_2- MIGRA=1 (IMIGRANTES) 584 34654.00 52.5 -11.9 67.4 -54.1 -27.6 0.18 -0.04 0.23 -0.19 -0.10 0.70 4_ Resposta em falta 18 0.00 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

5. TIPO (TIPOLOGIA DE AGREGADO FAMILIAR) AE_1- TIPAF=1 (UMA PESSOA) 107 7104.00 -17.0 -99.9 -70.1 -55.3 99.6 -0.19 -1.16 -0.78 -0.62 1.11 7.30 AE_2- TIPAF=2 (CASAIS S.CRIAN.) 18 1280.00 36.9 -62.8 40.1 -12.0 99.0 1.02 -1.74 1.11 -0.33 2.74 45.07

AE_3- TIPAf=3 (CASAIS C.CRIAN.) 177 10198.00 63.5 -66.5 -13.5 -11.8 -99.9 0.57 -0.60 -0.12 -0.11 -1.00 4.78

AE_4- TIPAF=4 (MONOP. NÚCL.) 40 2282.00 -33.4 -43.8 16.3 88.1 -29.2 -0.69 -0.90 0.33 1.81 -0.60 24.84

AE_5- TIPAF=5 (MONOP. ALARG) 215 12365.00 -99.9 21.5 44.2 90.9 -2.0 -1.33 0.17 0.35 0.73 -0.02 3.77

AE_6- TIPAF=6 (FAM. ALARG.) 440 25745.00 99.9 99.9 1.9 -60.1 3.6 0.48 0.64 0.01 -0.28 0.02 1.29 5_ Resposta em falta 18 0.00 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

6. ACTIVS (PESSOAS ACTIVAS OCUPADAS NO AGREGADO FAMILIAR)

AF_1- ACTIVS=0 (NÃO A.OCUP.) 101 5758.00 -99.9 -24.1 -99.9 -58.7 -5.9 -1.75 -0.30 -1.37 -0.74 -0.07 9.24 AF_2- ACTIVS=1 (1 P.ACT.OCUP.)) 406 23919.00 26.0 -99.9 -12.8 50.6 -11.9 0.13 -0.52 -0.06 0.25 -0.06 1.47 AF_3- ACTIVS=2 (2 P.ACT.OCUP.) 268 15837.00 56.3 29.3 21.3 3.5 -2.7 0.38 0.20 0.14 0.02 -0.02 2.72

AF_4- ACTIVS=3 (>=2P.ACT.OCUP.) 222 13460.00 8.9 99.9 69.9 -21.3 21.0 0.07 0.82 0.53 -0.16 0.16 3.38 6_ Resposta em falta 18 0.00 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 8. TIPO (TIPO DE POBREZA) AG_1 TIPO=1 (NÃO POBRES) 682 40572.00 36.6 14.1 -81.4 85.8 43.5 0.10 0.04 -0.23 0.24 0.12 0.45 AG_2 TIPO=2 (PMON) 149 8240.00 -41.3 82.7 60.5 -68.2 -20.1 -0.42 0.85 0.62 -0.70 -0.21 6.16 AG_3 TIPO=3 (PSUB) 109 7019.00 10.1 -93.9 47.4 -34.6 -37.3 0.11 -1.05 0.53 -0.39 -0.42 7.40 AG_4 TIPO=4 (NÚCLEO DURO) 57 3143.00 -26.3 -21.3 6.2 -21.7 -4.8 -0.46 -0.37 0.11 -0.38 -0.08 17.76 8_ Resposta em falta 18 0.00 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 9. ESTATLOJ (ESTATUTO DE ALOJAMENTO) AH_1 ESTATLOJ=1 (LOCATÁRIO) 388 24572.00 58.9 -99.9 15.9 4.5 -5.9 0.29 -0.58 0.08 0.02 -0.03 1.40

AH_2 ESTATLOJ=2 (NÃO LOCAT.) 609 34402.00 -58.9 99.9 -15.9 -4.5 5.9 -0.21 0.42 -0.06 -0.02 0.02 0.71 9_ Resposta em falta 18 0.00 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 10. GSECM (Grupo Sócio Económicas do Chefe de Agregado) AI_1 GSECAF=1 (SAL.S.PÚB.) 243 14358.00 73.3 81.5 -34.5 64.6 83.0 0.53 0.59 -0.25 0.47 0.60 3.11 AI_2 GSECAF =2 (SAL.S.PRIV) 212 12529.00 74.6 -14.4 -29.0 -17.4 -43.2 0.59 -0.11 -0.23 -0.14 -0.34 3.71 AI_3 GSECAF =3 (TRAB. INDE.) 345 20509.00 -3.2 -56.0 99.9 23.4 -30.2 -0.02 -0.32 0.79 0.13 -0.17 1.88

AI_4 GSECAF=4 (AJUD. FAMIL.) 7 467.00 -12.4 -7.1 5.5 5.5 -14.8 -0.57 -0.33 0.25 0.25 -0.68 125.28 AI_5 GSECAF=5 (DESEM INACT) 190 11111.00 -99.9 -4.6 -99.9 -82.5 -5.7 -1.30 -0.04 -0.88 -0.71 -0.05 4.31 10_ Resposta em falta 18 0.00 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

11. ESCOLBIS (níveis de escolaridades em Bissau) AJ_1 ESCOLBIS=0 32 1822.00 4.5 -92.4 99.9 -50.3 82.4 0.10 -2.13 2.49 -1.16 1.90 31.37 AJ_2 ESCOLBIS=1 183 10924.00 41.5 -99.9 -37.5 -34.4 18.9 0.36 -1.13 -0.32 -0.30 0.16 4.40

Page 64: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 70

Fonte: INE _ Inquérito sobre despesas dos agregados familiares, Bissau 2008.

Observando as duas tabelas de coordenadas e valor - teste das modalidades para ambos os inquéritos IDAF 2002_2008), constatamos certas variabilidades nos níveis de significâncias das diferenças entre as proporções e das populações inteiras.

Como citamos, as coordenadas das variáveis sobre os eixos avaliam o nível de correlação entre as variáveis e os factores. As variáveis bem representadas (que têm umas coordenadas grandes) sobre os diferentes eixos são fortemente correlacionadas com os diferentes factores.

Gráfico nº 7: Gráfico factorial de ACM, representação das modalidades das varáveis sobre o plano (eixo 1 à 5), IDAF/EDM 2008.

Fonte: INE _ Análise das correspondências multidimensionais, IDAF/EDM 2008.

Como visto no gráfico da dispersão, as variáveis que constituem posições positivas

distantes da origem (ponto 0), possuem representações significativas e as opostas são negati-vamente significativas, pois as mais próximas do Zero (0) são insignificantes.

AJ_3 ESCOLBIS=2 392 23171.00 -17.6 -20.3 -14.8 61.2 -89.9 -0.09 -0.10 -0.08 0.31 -0.46 1.55 AJ_4 ESCOLBIS=3 244 14875.00 -5.0 94.9 -18.0 22.0 17.7 -0.04 0.67 -0.13 0.16 0.13 2.96 AJ_5 ESCOLBIS=4 100 5615.00 -13.7 70.1 6.5 -7.9 42.2 -0.17 0.89 0.08 -0.10 0.54 9.50 AJ_6 ESCOLBIS=5 46 2567.00 -10.6 73.1 44.3 -74.0 11.0 -0.20 1.41 0.85 -1.43 0.21 21.97 11_ Resposta em falta 18 0.00 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

Page 65: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 71

Nas tabelas anteriores, vimos que algumas variáveis são mais contributivas, representadas sobre os eixos e identificadas em positivas e negativas em relação as outras. Quer dizer, as variáveis caracterizadas por um importante grau de concentração das pobrezas e as de pouca contribuição, constituem menor grau de concentração das pobrezas, como pode-se ver no gráfico 4.

5.3.8. As causas determinantes da pobreza.

5.3.8.1. A hierarquização das causas determinantes das duas formas de pobreza. Instrumentos: Aplicação do Modelo logit. e/ou semi-Logaritmo.

Esta análise acentua-se nas diferenças (hierarquia e intensidade) entre as duas formas de

pobreza. A utilização do modelo econométrico multinacional para análise da tipologia da pobreza,

permite a comparação da pobreza monetária com a da condição de vida nos dois períodos. Os dados apresentados nas Tabelas nº 20 e 21, indicam as diferenças hierárquicas e as

intensidades das duas dimensões de pobreza por características sócio-demograficas, económicas, educacionais e em decils.

Vejamos em seguida, essas diferenças em certas medidas das estatísticas descritivas que

indicam a variabilidade das variáveis. Tais medidas são o coeficiente (B), Erro padrão médio (S.E), o desvio padrão (wald.), nível de significância (Sig) e o expoente do coeficiente (Exp B).

Page 66: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das
Page 67: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 73

Tabela 30: A Hierarquia e a intensidade das duas formas de pobreza por características sócio-demograficas e económicas dos agregados familiares, IDAF/EDM 2002.

Variáveis na equação (Pobreza Monetária - PMON) Variáveis na equação (Pobreza Condição de Vida - PSUB)

Step 1ª/ DESCRIÇÃO Coef. B S.E. Wald

df Sig. Exp (B) DESCRIÇÃO Coef. B S.E.

Wald

df Sig. Exp (B) A. Características socio-demograficas A. Características sócio-demograficas 1. Sexo do Chefe de agregado Familar 1. Sexo do Chefe de agregado familiar Feminino -0,024 0,313 0,006 1 0,94 0,977 Feminino -0,250 0,409 0,373 1 0,541 0,779

2.Groupe de idades 2.Groupe de idades <30 anos -0,374 0,291 1,66 1 0,198 0,688 <30 anos 0,781 0354 4,855 1 0,028 2,183 60 anos -0,034 0,089 0,146 1 0,702 0,966 60 anos 0,109 0,121 0,804 1 0,370 1,115 > 60 anos -0,005 0,08 0,004 1 0,948 0,995 > 60 anos -0,006 0,110 0,003 1 0,954 0,994 3. Nível de Instrução 3. Nível de Instrução Primária (EBU) -0,206 0,192 1,16 1 0,282 0,814 Primária (EBU) -0,701 0,263 7,106 1 0,008 0,496 Secundário -0,391 0,105 13,954 1 0 0,677 Secundário -0,257 0,140 3,354 1 0,067 0,774 4. Tipologia do agregado 4. Tipologia do agregado Casais sem crianças -0,61 0,35 3,035 1 0,081 0,543 Casais sem crianças 0,293 0,448 0,429 1 0,512 1,341 Casais com crianças -10,07 8813,1 0 1 0,999 0 Casais com crianças -8,540 8929,164 9,1507 1 0,999 0,000

Mono parentesco nuclear -0,156 0,089 3,085 1 0,079 0,856 Mono parentesco nuclear 0,054 0,111 0,236 1 0,627 1,055

Mono parentesco alargado -0,257 0,139 3,432 1 0,064 0,773 Mono parentesco alargado -0,152 0,207 0,536 1 0,464 0,859 Família alargada -0,061 0,064 0,926 1 0,336 0,941 Família alargada -0,054 0,085 0,412 1 0,521 0,947 B. Características socioeconómicas B. Características socioeconómicas 1. Estatuto de ocupação do alojamento 1. Estatuto de ocupação do alojamento Locatário -0,25 0,277 1,653 1 0,199 1,428 Locatário 0,628 0,210 8,985 1 0,003 1,874 2. Número de pessoas activas ocupadas no agregado 2. Número de pessoas activas ocupadas no agregado Uma pessoa 0,356 0,198 2,278 1 0,131 0,742 Uma pessoa -0,528 0,371 2,030 1 0,154 0,590 Duas pessoas -0,299 0,105 0,046 1 0,83 0,978 Duas pessoas 0,250 0,240 1,088 1 0,297 1,285 > 2 Pessoas -0,023 0,161 2,414 1 0,12 0,779 > 2 Pessoas -0,471 0,166 8,036 1 0,005 0,625 3. Grupos socioeconómicos 3. Grupos socioeconómicos Salário do sector público -19,78 27614 0 1 0,999 0 Salário do sector público -18,804 28367,558 4,4007 1 0,999 6,82E-09

Salário do sector privado 0,28 0,293 0,917 1 0,338 1,324 Salário do sector privado -0,099 0,423 0,054 1 0,816 0,906

Independentes não agrícolas -0,296 0,363 0,666 1 0,414 0,744 Independentes não agrícolas -6,305 4511,183 1,9506 1 0,999 0,002

Ajudas familiares e outros activos ocupados -0,051 0,057 0,806 1 0,369 0,95 Ajudas familiares e outros activos ocupados 0,058 0,074 0,623 1 0,430 1,060

C. Nível do Ensino C. Nível Ensino

Page 68: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 74

ESCOL0 (sem nível de escolaridade) -0,118 0,455 0,067 1 0,796 0,889 ESCOL0 -0,242 0,607 0,160 1 0,690 0,785

ESCOL1 (1ª à 2ª classe) -0,111 0,112 0,99 1 0,32 0,895 ESCOL1 0,051 0,147 0,122 1 0,727 1,053 ESCOL3 (6ª à 8ª classe) 0,07 0,063 1,225 1 0,268 1,073 ESCOL3 0,036 0,088 0,167 1 0,683 1,037 ESCOL4 (9ª à 12ª classe) 0,068 0,06 1,311 1 0,252 1,071 ESCOL4 0,122 0,077 2,533 1 0,111 1,130 ESCOL5 (13ª e mais) 0,169 0,071 5,639 1 0,018 1,184 ESCOL5 0,038 0,105 0,134 1 0,714 1,039 Constante -0,046 0,245 0,035 1 0,852 0,955 D. Decils

D1 3,452 1,072 10,372 1 0,001 31,577

D2 3,696 1,058 12,213 1 0,000 40,290

D3 3,390 1,064 10,154 1 0,001 29,679

D4 3,588 1,054 11,581 1 0,001 36,179

D5 3,332 1,057 9,940 1 0,002 28,002

D6 2,831 1,074 6,951 1 0,008 16,957

D7 2,420 1,074 5,083 1 0,024 11,251

D8 2,822 1,067 6,992 1 0,008 16,808

D9 2,260 1,082 4,359 1 0,037 9,582

Constante -4,667 1,078 18,725 1 0,000 0,009

Fonte : Análise aprofundado de dados do Inquérito sobre despesas dos agregados familiares (IDAF) 2002.

Vimos a distribuição conjunta dos dados por características de variáveis, tanto em termo da pobreza monetária, tal como da condição de

vida, resumidas numa tabela para evitar grande número de entradas. Portanto, concentramos a interpretação dos dados no coeficiente (B) e no desvio padrão dessas variáveis.

Neste caso, podemos afirmar que em média existe erros médios cometidos ao tentar substituir cada observação pela medida resumo do conjunto de dados. Pois, consideramos como uma boa medida, se a distribuição dos dados for aproximadamente normal.

De modo geral, essas são as medidas de associação entre variáveis qualitativas e quantitativas que permitem, a quantificação do grau de dependência ou aproximação entre duas variáveis ou entre dois e mais conjuntos de dados no total da amostra.

Para o IDAF de 2002, existem certas dependências (valores diferentes de Zero e não havendo discrepância entre os valores das variáveis observados) e por outro lado algumas independências (valores quase zero) entre as variáveis.

Das características socioeconómicas, nota-se que da variável CAF do sexo feminino, o coeficiente negativo é quase (-0,02%), tendo mostrado um dos menores desvios padrão (0,006%) da pobreza monetária, sendo da condição de vida em torno de (-0,25% & 0,37%), respectivamente.

Page 69: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 75

Portanto, estes resultados sugerem uma dependência de pobreza em relação ao sexo do CAF feminino e vimos que, o maior desvio padrão é da pobreza em CV (0.37%), quer dizer, o CAF feminino mais pobres em CV.

Page 70: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das
Page 71: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 77

Do grupo de idades do CAF, nota-se a mais elevada intensidade das duas dimensões de pobreza concentrada na faixa etária menor de 30 anos (-0,37% & 0,78%) de coeficientes e (1,66% & 4,86%) de desvios padrão, tendo a menor intensidade situado em mais de 60 anos. Pois, a pobreza em CV é mais intensa do que a de PMON.

O levado índice do desemprego, casamento precoce na classe juvenil, alargamento

familiar, rendimentos insuficientes para manutenção dos gastos com o cabaz de compra dos agregados familiares entre outros são uns dos principais factores da elevada intensidade dessas duas dimensões de pobreza na faixa etária referida.

Quanto ao grau de instrução, consideramos somente dois níveis de ensino (primário

e secundário) que nos interessa muito na análise. No entanto, a maior intensidade da pobreza PMON, figura no nível secundário em seguida o EBU, cujos desvios padrões estão em torno de (14% & 1,2%) ao contrário do CV, onde à situação se percebe no (EBU) (7,1%), ambos com coeficientes negativos cerca de (-0,39% & -0,70%) durante os dois períodos.

Uma das razões que justificam essa tendência é que as pessoas com níveis baixos de instrução, possuem rendimentos baixos no exercício das actividades económicas, seja no sector público tal como no privado.

Porém, a tendência por sua maioria é a preocupação com a manutenção do consumo

corrente e não com o investimento nos bens e serviços que garantem a saúde e o consumo futuro do agregado desde que os seus rendimentos não conseguem manter integralmente, o consumo diário e nem se quer destinar uma parte para poupança.

No que respeita a tipologia dos agregados familiares, observamos entre as diferentes

variáveis, uma maior intensidade, seja da PMON, tal como da CV no Mono parentesco alargado, quase (3,43% & 0,54%), seguido de Mono parentesco nuclear, casais sem crianças e família alargada. A menor intensidade regista-se nos casais com crianças para as duas dimensões da pobreza.

O reflexo de tudo isso deve-se, a certos factores já mencionados no capítulo anterior

e em alguns pontos deste capítulo, tais como a própria composição da estrutura familiar dos agregados, inclusive em Bissau e nos outros centros urbanos que acolhem o fluxo do êxodo rural das pessoas que vinham em busca de melhores condições de sobrevivência e das infra-estruturas adequadas ao ensino, para prosseguir os estudos.

Das características socioeconómicas, cerca de 1,65% do desvio padrão pertence aos

locatários de alojamento na PMON, sendo o mais relevante registado na CV (8,99%). Aqui, não foram considerados os nativos por não serem tão relevantes para análise. Pelo visto do resultado desta variável, a intensidade da pobreza está mais concentrada em CV.

Page 72: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 78

De modo geral, a explicação se regida no baixo rendimento dos agregados familiares que não permite suportar as despesas com consumo e pagamento de aluguer de alojamento se consideramos o peso da primeira despesa nesse rendimento em relação ao custo de vida no período.

Dos números de pessoas activas ocupadas nos agregados familiares, vimos que cerca

de 2,41%, são mais de duas pessoas ocupadas nos agregados familiares. A menor participação, apresenta-se nas activas com duas pessoas (0,05%).

A razão dessa concentração de intensidade, pode ser justificado pelo baixo entre outros factores mencionados e elevado número dos dependentes com altos custos de manutenção, seja em termo de cuidados médicos, educação, alimentação, etc. como o caso das crianças e idosos.

Dos grupos socioeconómicos, os assalariados do sector privado, ajudas familiares, e trabalhadores independentes não agrícolas, constituem as mais elevadas intensidades do desvio padrão (0,92%; 0,81% e 0,62%) nas duas dimensões de pobreza, sendo os coeficientes são (0,28%; - 0,05% e 0,6%).

As mais baixas ou inexistentes intensidades estão identificadas nos assalariados do sector público e privado (0%; 0,05%) no total do PMON e PSUB, respectivamente, tendo os coeficientes negativos (-19,78%; -18,80% e - 6,31%).

Para os níveis de escolaridades agrupados, constatamos maiores intensidades na de Escol=3 (6ª à 8ª Classe), Escol=4 (9ª à 12ª classe) e Escol=5 (13ª e +) na PMON e na PSUB, Escol=4 (9ª à 12ª classe).

Finalmente, o grau de a proximidade quase proporcionalmente decrescente, regista-se nos decils; tendo o D10 cerca de (10,37%), uma ligeira elevação da ponte de corte para 10% dos dados mais baixos.

O D9, o limite para 90% dos dados mais baixos é 4,34% muito menos deste limite aceite pela teoria. Assim foi observado os constantes das medidas, sendo o mais significativo 18,73% do desvio padrão no PSUB.

Apesar das diferentes intensidades, registadas nos resultados das variáveis apresentadas na tabela29 que acabamos de observar e na seguinte tabela, vimos que deveria merecer atenção por parte dos actores sociais, económicos e/ou governo, aplicando medidas de contenção para os seus impactos sobre a vida dos agregados familiares, embora não estando muito distantes dos outros países membros da UEMOA, se tivéssemos comparado os resultados.

Page 73: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 79

Tabela 31: A Hierarquia e a intensidade das duas formas de pobreza por características sócio-demograficas e económicas dos agregados familiares IDAF/EDM 2008.

Variáveis na equação (PMON) Variáveis na equação (PSUB)

DESCRICÃO Coef. B S.E. Wald df Sig. Exp (B) DESCRICÃO Coef. B S.E. wald df Sig.

Exp (B)

A. Características socio-demograficas A. Características socio-demograficas 1. Sexo do Chefe de agregado Familiar 1. Sexo do Chefe de agregado Familiar Feminino -0,524 0,426 1,514 1 0,219 0,592 Feminino 0,218 0,404 0,292 1 0,589 1,244 2.Groupe de idades 2.Groupe de idades < 30 anos 0,382 0,328 1,357 1 0,244 1,466 <30 anos -0,033 0,304 0,012 1 0,914 0,968

60 anos -0,150 0,108 1,918 1 0,166 0,861 60 anos -0,095 0,119 0,647 1 0,421 0,909

> 60 anos -0,025 0,103 0,058 1 0,810 0,976 > 60 anos -0,148 0,129 1,316 1 0,251 0,862 3. Nível de Instrução 3. Nível de Instrução Sem Nível de Instrução=0 1,853 0,293 39,960 1 0,000 6,376 Fundamental (EBU) =1 0,647 0,311 4,319 1 0,038 1,910 Ensino Fundamental (EBU) =1 0,496 0,113 19,187 1 0,000 1,643 Secundário=2 0,289 0,117 6,104 1 0,013 1,335 Superior=3 -0,618 0,301 4,209 1 0,040 0,539 Superior=3 -6,279 1654,152 0,000 1 0,997 0,002 4. Migração 4. Migração Nativos (migra =0) 0,367 0,183 4,011 1 0,045 1,443 Nativos (migra=0) 0,107 0,204 0,275 1 0,600 1,113 5. Tipologia do agregado 5. Tipologia do agregado Casais sem crianças -1,085 0,462 5,507 1 0,019 0,338 Casais sem crianças 0,620 0,413 2,258 1 0,133 1,859 Casais com crianças -9,740 4052,310 0,000 1 0,998 0,000 Casais com crianças 0,012 0,354 0,001 1 0,973 1,012 Mono parentesco nuclear -0,174 0,099 3,078 1 0,079 0,841 Mono parentesco nuclear -0,068 0,097 0,487 1 0,485 0,934 Mono parentesco alargado -0,149 0,167 0,789 1 0,374 0,862 Mono parentesco alargado 0,048 0,143 0,112 1 0,737 1,049 Família alargada 0,016 0,084 0,038 1 0,846 1,016 Família alargada -0,107 0,091 1,399 1 0,237 0,898 B. Características socioeconómicas B. Características socioeconómicas 1. Estatuto de ocupação do alojamento 1. Estatuto de ocupação do alojamento Locatário -0,006 0,196 0,001 1 0,975 0,994 Locatário 0,821 0,201 16,746 1 0,000 2,273 2. Número de pessoas activas ocupadas no agregado 2. Número de pessoas activas ocupadas no agregado Pessoas Não ocupadas 0,451 0,389 1,348 1 0,246 1,570 Pessoas Não ocupadas 1,309 0,521 6,310 1 0,012 3,704 Duas Pessoas 0,028 0,238 0,014 1 0,905 1,029 Duas pessoas 0,287 0,239 1,441 1 0,230 1,333 > 2 Pessoas 0,071 0,122 0,341 1 0,560 1,074 > 2 Pessoas -0,271 0,155 3,032 1 0,082 0,763 3. Grupos socioeconómicos 3. Grupos socioeconómicos Salário do sector público 0,418 0,260 2,586 1 0,108 1,519 Salário do sector público -0,262 0,285 0,848 1 0,357 0,769 Salário do sector privado 0,083 0,130 0,410 1 0,522 1,087 Salário do sector privado -0,132 0,129 1,053 1 0,305 0,876 Ajudas familiares e outros activos ocupados 0,654 0,262 6,246 1 0,012 1,924 Ajudas familiares e outros activos ocupados 0,225 0,281 0,644 1 0,422 1,253 Desempregados e inactivos 0,029 0,083 0,125 1 0,724 1,030 Desempregados e inactivos -0,273 0,122 5,032 1 0,025 0,761 C. Nível do Ensino C. Nível do Ensino

Page 74: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 80

ESCOL0 (sem nível de escolaridade9 -0,126 0,605 0,043 1 0,835 0,882 ESCOL0 0,940 0,537 3,066 1 0,080 2,560 ESCOL1 (1ª à 2ª classe) -0,170 0,161 1,119 1 0,290 0,843 ESCOL1 0,300 0,135 4,925 1 0,026 1,350 ESCOL3 (6ª à 8ª classe) 0,160 0,076 4,454 1 0,035 1,174 ESCOL3 -0,202 0,093 4,705 1 0,030 0,817 ESCOL4 (9ª à 12ª classe) 0,273 0,073 14,117 1 0,000 1,314 ESCOL4 -0,136 0,099 1,919 1 0,166 0,872 ESCOL5 (13ª e mais) 0,258 0,078 10,949 1 0,001 1,294 ESCOL5 -0,146 0,129 1,277 1 0,259 0,864

Constante -2,518 0,331 57,752 1 0,000 0,081 D. Decils D1 1,645 0,513 10,283 1 0,001 5,181 D2 1,110 0,493 5,069 1 0,024 3,035 D3 1,974 0,455 18,853 1 0,000 7,203 D4 1,568 0,460 11,617 1 0,001 4,798 D5 1,292 0,464 7,755 1 0,005 3,639 D6 0,744 0,450 2,730 1 0,098 2,104 D7 1,116 0,439 6,460 1 0,011 3,053 D8 0,578 0,443 1,704 1 0,192 1,783 D9 -0,391 0,444 0,775 1 0,379 0,676 Constante -2,996 0,474 39,938 1 0,000 0,050

Fonte: INE _ inquérito sobre despesas dos agregados familiares (IDAF/EDM) 2008.

Como salientamos no acto de análise dos resultados do IDAF 2002, o mesmo prevalece para o IDAF 2008. Pois, vimos que a distribuição

conjunta dos dados feita por características de variáveis que foram resumidas numa tabela, seja em termo da pobreza monetária, tal como da condição de vida, evitando um grande número de tabelas.

Para o IDAF de 2008, identificamos diferentes resultados na tabela 31 em relação a tabela30, porque os tamanhos de amostras

populacionais são diferentes.

Por isso, lembramos mais uma vez de que, tornará impossível proceder com a análise, comparando os resultados dos dois períodos de inquéritos se não entre as variáveis do mesmo período (verticalmente) e do mesmo grupo entre as duas formas ou dimensões da Pobreza no total das observações registadas.

Page 75: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 81

Em termos do exemplo, entre todas as variáveis apresentadas na tabela 30 como causas determinantes da pobreza monetária e de condição de vida, observamos maiores coeficientes e desvio padrão no indicador sem graus de instrução, cerca de (1, 85% & 40%) em seguida, ensino ESCOL3 (6ª à 8ª classe), ESCOL4 (9ª à 12ª classe) e ESCOL5 (13ª e mais) quase (0,50%, 0,27% e 0,26%) de coeficientes, sendo os desvios padrão (19,2%, 14,12% e 10.95%.

No entanto, dirigindo a análise sobre grupos de características, dos quais começamos primeiramente pela variável, sexo do CAF feminino, cujo coeficiente é negativo e o Wald médio positivo são cerca de (-0,52% e 1,51%) no PMON, sendo registado no PSUB, ambos positivos (0,22% & 0,29%). Notavelmente, o mais elevado nível de significância da variável figura no PSUB cerca de (0,59%).

Os resultados da segunda dimensão de pobreza, indicam a distribuição linear das coordenadas ao contrário do que foi verificado na primeira dimensão (PMON).

O Wald, mais representativo que a priori podemos dizer que, tal vez depende do elevado nível de vida das mulheres em relação aos homens em Bissau, se considera os rendimentos das partes e seus efeitos nas despesas dos agregados; as informações fornecidas no acto da recolha de dados sobre esta variável.

Para grupos de idades observadas, a maior intensidade do Wald se apresenta entre as três faixas etárias: aos 60 e mais de 60 anos (1,92% & 1,32%) para as dimensões de pobrezas (monetária e condição de vida), seguido de 30 anos (1,36%) da PMON, com coeficientes (-0,15% e 0,38%).

Portanto, a menor intensidade se regista nas AF com mais de 60 anos idades na PMON e aos 30 anos no PSUB quase (0,6% & 0,01%).

Em suma, os resultados vistos mostram a maior intensidade na faixa etária dos 60 anos de idade, considerando entre outros factores que podemos citar, as actuais exigências do mercado de trabalho, o nível da utilidade e gestão da renda familiar, o grau da omissão das informações fornecidas pelos agregados, nível de clareza e percepção das questões aplicadas ao inquerido durante o período do inquérito.

Ao Nível da instrução, as variáveis sem nível de instrução, o ensino ESCOL3 (6ª à 8ª classe), ESCOL4 (9ª à 12ª classe) e ESCOL5 (13ª e mais), constituem as mais elevadas Wald, seja da PMON tal como da PSUB (39,96%; 1919% & 6,10%; 4,32%), o mesmo se verificou no coeficiente B em torno (1,85%; 0,50% & 0,65%; 0,29%).

Pois, como vimos, os três níveis considerados, o menos intenso é da instrução superior nas duas formas de pobreza cerca de (4,21%; 00%) de Wald e (-0,62%; -6,28%) do coeficiente.

Page 76: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 82

Para o nosso entendimento, isso deve-se, entre outros factores, as omissões no preenchimento das despesas diárias nas cadernetas dos membros de agregados familiares que não correspondem aos rendimentos diário e nem mensal dos agregados, a não compreensão da metodologia de preenchimento das cadernetas por parte dos membros elegíveis em relação aos do superior.

Ainda em busca do motivo, identificamos, a não cobertura nacional e da declaração de certos rendimentos e algumas despesas efectuadas com bens e serviços que muitas vezes são considerados menos importantes (não incluídos na cabaz de compra) ou por falta de saber a importância desses estudos por parte dos inqueridos, para tomada de decisões do bem-estar sócio económico da sociedade a Guiné-Bissau.

Migração, desta variável a interpretação se recai sobre os nativos de Bissau, da qual as informações obtidas indicam maior relevância do resultado da PSUB, do que da PMON no período.

Portanto, consideramos disso como reflexo, a diferença nas características dos dois estatutos; a herança dos bens e serviços por parte nativos, preferência do tipo de emprego e remuneração, etc.

Para esta característica sócio demográfico, dispensamos a análise da variável imigração, por simples questão do interesse para esta etapa do estudo.

Da tipologia dos agregados familiares, observamos entre as categorias das variáveis, a maior intensidade para as duas formas da pobreza no casal sem crianças (5,51%; 2,26%), seguindo o núcleo mono parentesco (3,08%) da PMOM e cerca de (1,40%) das famílias alargadas da PSUB.

As mais baixas intensidades foram encontradas na categoria de casais com crianças, quase, ambas com 0,00% nas duas formas da pobreza. Os coeficientes das referidas variáveis mais relevantes estão em torno de -1,09% e; -0,17%; -0,11% e 0,62% no total das participações observadas.

Dessas variáveis, nota-se os impactos do nível de responsabilidade diferentes tipologias na distribuição e gestão da renda do AF em termos das despesas correntes.

Para as pessoas activas ocupadas nos agregados familiares, a participação mais intensa foi registada na variável, pessoas não activas ocupadas nas duas formas da pobreza, mas com uma intensidade maior no PSUB em relação ao PMON cerca de (6,31% contra 1,35%), sendo os coeficientes (1,31%; 0,45%).

Das três variáveis consideradas, à menos intensa em termo destas medidas estatísticas é a de duas pessoas (0,014%; 1,44%) com os coeficientes (0,03% e 0,29%).

Page 77: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 83

De facto, as pessoas não activas ocupadas no AFs, possuem mão - obra mais barata no marcado de trabalho da mesma forma que os seus rendimentos não permitindo assim, a manutenção das despesas, sejam com consumo, muito menos para o investimento em bens e serviços.

Do estatuto de alojamento, concentramos a observação na variável locatário de

alojamento, por sua relevância na análise dessas duas formas de pobreza. Portanto, a participação mais intensa dessa variável, se apresenta no em PSUB do que da PMON, quase (16,75%; 0,00%) no total da incidência da pobreza. Os seus coeficientes são (0,82%; -0,01%).

Como explicamos anteriormente, os agregados familiares que habitam nos domicílios

alugados, tende a se viver nas situações de pobreza.

Em primeiro lugar, os seus baixos rendimentos não permitem cobrir os custos de aluguer de domicílios, alimentação das famílias, assim como outros custos de sobrevivências não adequadas a carência do nível de vida actualmente em Bissau.

No que diz respeito as características socioeconómicas, vimos que maior incidência de pobrezas foi observada na variável ajudas familiares e outros activos ocupados, salário de sector Público (6,25%; 2,59%) no PMON, e no PSUB foi nos desempregados e inactivos, salário do sector privado (5, 03%; 1,05%) no total do índice nas duas dimensões/formas.

Os respectivos coeficientes são (0,65% e 0,42%) do PMON, tendo cerca de (-0,27%;

-0,13%) da PSUB.

Considerando a situação de crise de 2008 que pairava o mundo, a alta taxa do desemprego dos imigrantes, a nível interno e externo, controle nas finanças públicas nacional e de outras actividades ilícitas, os salários magros, etc, são reflexos da ocorrência destes fenómenos de pobreza dos AFs.

Aos níveis de ensino observados, identificamos a mais alta intensidade da pobreza PMON na ESCOL3 (6ª à 8ª classe), ESCOL4 (9ª à 12ª classe) e ESCOL5 (13ª e mais) (14,12%; 10,95% e 4,45%) e da PSUB figura no ESCOL0 (sem nível de instrução), ESCOL1 (1ª à 2ª classe), ESCOL3 (6ª à 8ª classe), 3,07%, 4,93% e 4, 71%) no total da intensidade, respectivamente.

Destas variáveis, a explicação dos resultados se deve em três vertentes, a incompatibilidade do grau da qualificação das pessoas activas ocupadas, a tipos de actividades económicas disponíveis para eles e de outro lado, os seus rendimentos baixos.

Finalmente nesta tabela do Decil um à nove (D1 à D9), regista-se uma discrepância nos resultados.

Page 78: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 84

O D1 que é a ponte de corte para 10% dos dados mais baixos é quase 10,28%, tendo uma fraca elevação de participação, comparado-o ao da ponte de corte aceite. Pois do limite para 90% do mais baixo, observamos um nível bem menor, (0,78%).

Assim segue na tabela 32, o resultado explicativo de quatro variáveis importantes sobre análise da pobreza monetária do ano 2008. Os valores negritos são os mais explicativos entre os restantes valores de subgrupos e/ou de grupos de características sócio demográficas e económicas dos agregados familiares neste período. Tabela 32 : Analise Explicativo da Pobreza Monetaire 2008. Variáveis B S.E. Wald df Sig. Exp(B) INST0 1,778 0,289 37,832 1 0,000 5,918 INST1 0,450 0,110 16,794 1 0,000 1,568 INST3 -0,537 0,250 4,616 1 0,032 0,584 TIPMEN1 -1,176 0,558 4,444 1 0,035 0,309 TIPMEN3 -0,186 0,094 3,931 1 0,047 0,830 GSE4 0,658 0,278 5,604 1 0,018 1,932 ESCOL3 0,162 0,074 4,730 1 0,030 1,176 ESCOL4 0,272 0,071 14,801 1 0,000 1,313 ESCOL5 0,284 0,076 14,142 1 0,000 1,329 Constante -2,137 0,313 46,569 1 0,000 0,118 Fonte: INE _ análise aprofundado de dados do inquérito sobre as despesas dos agregados familiares IDAF 2008.

De modo geral, observamos os núcleos duros da pobreza para os dois períodos de inquéritos. Para tal, foram consideradas as mesmas características de variáveis fundamentais, vistas nas anteriores análises.

Tabela 33: Análise Logaritmo da Pobreza Núcleo Duro 2002.

DESCRIÇÃO DE VARISIÁVE B S.E. Wald df Sig. Exp(B) Step 1a CAF FEM. 0,488 0,577 0,716 1 0,397 1,630

30 ANOS DE IDADE 0,775 0,454 2,911 1 0,088 2,170 60 ANOS DE IDADE 0,334 0,158 4,505 1 0,034 1,397 >= 60 ANOS DE IDADE 0,185 0,137 1,813 1 0,178 1,203 ENSINO FUNDAMENTAL -0,598 0,320 3,476 1 0,062 0,550 ENSINO SECUNDARIO -0,397 0,176 5,049 1 0,025 0,673 CASAIS SEM CRIANÇAS -1,001 0,673 2,210 1 0,137 0,368 CASAIS COM CRIANÇAS -9,458 8.934,123 0,000 1 0,999 0,000 MONO PARENTESCO NUCLEAR -0,025 0,140 0,032 1 0,857 0,975 MONO PARENTESCO -4,818 1.848,413 0,000 1 0,998 0,008 FAMÍLIA ALARGADA -0,206 0,121 2,891 1 0,089 0,814 PESSOAS ACTIVAS NÃO OCUPADAS 0,163 0,484 0,113 1 0,737 1,177 DUAS PESSOAS ACTIVAS OCUPADAS 0,174 0,300 0,337 1 0,562 1,190 > 2 PESSOAS ACTIVAS OCUPADAS -0,569 0,236 5,810 1 0,016 0,566 LOCATARIO 0,165 0,267 0,382 1 0,537 1,179 ASSALARIADDO DO SECTOR PÚBLICO -18,224 25.324,116 0,000 1 0,999 0,000 ASSALARIADDO DO SECTOR PÚBLICO 0,306 0,418 0,536 1 0,464 1,358 AJUDA FAM. OUT. ACTIV. OCUPADOS -6,196 4.604,226 0,000 1 0,999 0,002 DESEMPREGADOS E INACTIVOS -0,072 0,099 0,531 1 0,466 0,930 SEM NÍVEL DE ESCOLARIDADE -0,370 0,796 0,216 1 0,642 0,691 1ª à 2ª CLASSE) 0,050 0,189 0,069 1 0,793 1,051 6ª à 8ª CLASSE 0,130 0,110 1,415 1 0,234 1,139 9ª à 12ª CLASSE) 0,149 0,098 2,282 1 0,131 1,160 13ª CLASSE) 0,071 0,135 0,275 1 0,600 1,073 Constante -2,316 0,423 29,957 1 0,000 0,099

Fonte: INE _ análise aprofundado de dados do inquérito sobre as despesas dos agregados familiares IDAF 2002.

Page 79: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 85

Tabela 34: Análise Logaritmo da Pobreza Núcleo Duro 2008 DESCRIÇÃO DE VARIÁVEIS B S.E. Wald df Sig. Exp(B)

Step 1a CAF. FEMININO 0,793 0,835 0,901 1 0,343 2,209 IDADE 30ANOS 0,346 0,474 0,531 1 0,466 1,413 IDADE 60 ANOS -0,268 0,198 1,836 1 0,175 0,765 MAIS E IGUAL 60 ANOS -0,348 0,211 2,709 1 0,100 0,706 SEM NÍVEL DE INSTRUÇÃO 1,971 0,483 16,635 1 0,000 7,179 ENSINO FUNDAMENTAL 0,420 0,207 4,136 1 0,042 1,523 ENSINO SUPERIOR -5,895 1637,920 0,000 1 0,997 0,003 NÃO IMIGRANTES (NACTIVOS DE BISSAU) 0,435 0,326 1,774 1 0,183 1,545 CASAIS SEM CRIANÇAS -1,360 0,824 2,724 1 0,099 0,257 CASAIS COM CRIANÇAS -9,424 4026,051 5,479 1 0,998 0,000 MONO PARENTESCO NUCLEAR -0,206 0,165 1,565 1 0,211 0,814 MONO PARENTESCO ALARGADO -0,670 0,346 3,746 1 0,053 0,512 FAMÍLIA ALARGADA -0,277 0,181 2,350 1 0,125 0,758 PESSOAS ACTIVAS NÃO OCUPADAS 1,700 0,762 4,976 1 0,026 5,474 DUAS PESSOAS ACTIVAS OCUPADAS -0,170 0,394 0,186 1 0,666 0,844 MAIS DE DUAS PESSOAS ACTIVAS OCUPADAS -0,549 0,267 4,223 1 0,040 0,578 LOCATÁRIO DE ALOJAMENTO 0,842 0,326 6,682 1 0,010 2,321 ASSALARIADDO DO SECTOR PÚBLICO 0,709 0,459 2,380 1 0,123 2,032 ASSALARIADDO DO SECTOR PRIVADO -0,011 0,244 0,002 1 0,966 0,989 AJUDA FAM. OUT. ACTIV. OCUPADOS 1,046 0,292 12,879 1 0,000 2,847 DESEMPREGADOS E INACTIVOS -0,114 0,189 0,365 1 0,546 0,892 SEM NÍVEL DE ESCOLARIDADE 0,137 0,802 0,029 1 0,865 1,146

1ª à 2ª CLASSE 0,207 0,234 0,783 1 0,376 1,230

6ª à 8ª CLASSE 0,161 0,142 1,285 1 0,257 1,174

9ª à 12ª CLASSE 0,307 0,124 6,129 1 0,013 1,360

13ª + CLASSE 0,027 0,227 0,014 1 0,905 1,028

Constante -4,202 0,591 50,583 1 0,000 0,015 Fonte: INE _ análise aprofundado de dados do inquérito sobre as despesas dos agregados familiares IDAF 2008.

Cada uma das tabelas acima representada, ilustra em simultâneo, as duas dimensões da pobreza nos dois períodos dos inquéritos sobre as despesas dos agregados familiares na cidade de Bissau. Porém, as variações observadas nos resultados de subgrupos das características reflectem aos resultados das duas formas da pobreza analisadas separadamente num dos pontos anteriores.

Neste caso na tabela 33, vimos as variáveis mais representativas em negritos. A interpretação e/ou análise exaustiva desses resultados, cabe ao interessado ou o leitor.

Capítulo VI : Conclusão e recomendação

De modo geral, ao longo do processo de análise dos respectivos indicadores apresentados de segundo ao quinto capítulo deste estudo, por características sócio-demográficas e económicas em medidas estatísticas, chegamos a conclusão de alguns factores que são determinantes dos níveis da incidência dos tipos da pobreza dos agregados familiares na cidade de Bissau em 2002 e 2008.

Assim, consideramos entre outros, os seguintes factores impulsionadores:

• Os efeitos do conflito político-militar que abalava o país entre 1998 e 1999;

Page 80: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 86

• A centralização das infra-estruturas públicas na cidade de Bissau é consequentemente o reflexo de grande fluxo migratório da população do campo e os estrangeiros para Bissau.

Tende como consequências, a superlotação e o desconforto das pessoas nos alojamentos, a elevada taxa de incidência da pobreza, o problema de saneamento básico, o exercício de várias actividades ilícitas em busca de melhores condições de sobrevivência, o elevado índice de muitas doenças, a delinquência juvenil, o consumo e tráfico de estupefacientes entre outros factores que afectam a sociedade de Bissau.

• Elevado índice do desemprego em todas as classes sociais a nível da cidade de Bissau;

• A deterioração das actividades económicas, seja do sector privado, tal como do sector público, devido a inadaptabilidade dos programas destinados a essas actividades e aos objectivos sociais, muito embora com alguns sinais de recuperação nos últimos anos;

• Ausência de incentivos financeiros às iniciativas privadas, aos empreendedores nacionais em termo dos investimentos internos e a geração do emprego, adaptados a realidade local;

• Elevados custos de vida em Bissau, contra os baixos rendimentos (salários magros, rendas baixos, etc) dos membros de agregados familiares;

• Vida luxa levado por alguns membros dos agregados familiares que não correspondem ao nível dos seus rendimentos e sem mínima noção da gestão de bens públicas e singulares;

• Constante instabilidade social, económica e política que sempre afecta o país, há mais de três décadas;

• Desincentivo da produção local (inexistência do mercado de escoamento de produtos nacionais e desabito de consumo desses produtos, a inexistência de pequenas, médias

e grandes unidades de transformação que cobririam a actual e futura capacidade produtiva nacional) e de culturas locais.

No entanto, considerando os factores referenciados, observamos poucas discrepâncias nos resultados das duas dimensões de pobreza. Quer dizer, não foi registado muita desigualdade entre os agregados pobres monetariamente e os pobres em condição de vida na cidade de Bissau.

Assim seja, para uma análise significativa e exaustiva desse fenómeno denominada pobreza, cujo, raiz provem da inadequação dos programas sociais, económicos e culturais, a inviabilidade da política macroeconómico à realidade conjuntural do país.

Page 81: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 87

Numa economia do mercado, alguns factores são indispensáveis para contenção desse fenómeno, como remédio para cura de um paciente após o diagnóstico médico. Entre outros factores, citamos o emprego, a produção e a Inflação.

Em termo da recomendação para eficiência e a eficácia dos resultados do inquérito neste domínio, visamos a realização completa do inquérito sobre despesas dos agregados familiares no âmbito nacional será indispensável, porque fornecerá informações completas, credíveis para mensurar os indicadores dessas duas dimensões da pobreza.

Isso, permitirá delinear as metas para o alcance dos objectivos do milénio de Desenvolvimento, através da implementação integral do Documento da Estratégia Nacional para Redução da Pobreza – DENARP.

Para o INE (Instituto Nacional de Estatística), a execução, funcionamento e a gestão plena do projecto, visa adoptá-lo de mais recursos humanos, tecnologias e equipamentos qualificados, transportes e comunicações eficientes, sendo indispensável, os aspectos administrativos, financeiros, formação e capacitação do pessoal nas áreas e programas específicos (Spss, Spada Stat, Contabilidade Social, análise de pobreza, Conjuntura), conforme as necessidades do país.

Sabemos que a mudança do ano base de Contas Nacionais e a implementação do sistema de cálculo das Contas Nacionais das Nações Unidas (1993) e para próximos períodos, os programas e futuras políticas, dependem da mudança da base do IPC, feito quinquenalmente para o efeito de seguimento do perfil dos principais indicadores sobre o orçamente dos agregados familiares, a educação, saúde e as condições de vida, considerando as mudanças da estrutura do Cabaz de compra dos agregados familiares em todo território Nacional.

Siglas e abreviaturas.

INE- Instituto Nacional de Estatística;

IHPC = Índice Harmonizado de preço no consumidor;

UEMOA = União Económica e Monetária Oeste Africana;

IDAF/EDM = Inquérito sobre despesas dos agregados familiares;

CAF = Chefe do agregado familiar;

Km² = quilometro quadrado;

M = metro;

N = Latitude

Page 82: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 88

W = longitude

CRIM = abreviatura do material de cana do bambu feita em fendas, denominado de Crintim;

CICER = Companhia Industrial de Cerveja;

BRÁ = Nome de um Bairro industrial em Bissau;

RGPH = Recenseamento Geral de População e habitação;

SIPC = Secção do Índice de Preço no Consumidor;

CAF = Chefe do agregado familiar;

SECAF = Sexo do Chefe de agregado familiar;

PIB = Produto Interno Bruto;

ZA = Limiar da pobreza alimentar anual;

ZNA = Limiar da pobreza não alimentar;

Z = Soma do limiar das duas dimensões de pobreza;

DA = Despesa com produtos alimentares, auto-consumo alimentar e renda alimentar;

DNA = Despesa com bens e serviços não alimentar, acepto transportes terrestres, pirócas e automóveis novos;

Qi = quantidade de produto i;

Pi = Preço de produto ;

Ci = Caloria de um determinado produto i;

DNA_sum = soma da despesa com bens e serviços não alimentar; Qji = quantidade diária de produto i, J = diário; PiQi = Despesa total de produto i (PiQi); QiCi =Valor calorífico do consumo diário de 100 gs do produto i por pessoa; Si = Regressão da variável dependente;

α = Alfa de cronbach

β= Coeficiente

Xi = Variável i

εi = elasticidade ;

Page 83: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 89

a =Parte de orçamento médio alimentar;

AFRISTAT = Observatório Económico e Estatístico da África Subsahariana;

Wald = Estandar do erro médio padrão (desvio padrão);

B= coeficiente da variação;

S.E- = erro médio da variável;

Sig = Nível de significância;

Exp = Expoente do coeficiente B;

By = Peso (ponderador)

Yi = Despesa total per-cápita;

FEM = Feminino;

IDCAF = Idade do chefe de agregado familiar;

INST = Nível de instrução;

TYPMEN = Tipologia do agregado familiar;

GSECM = Grupo sócio económico do chefe de agregado familiar;

ESCOL= Escola;

ESCOLBIS NBRE = Nº de escola em Bissau;

Page 84: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 90

Page 85: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 91

P1=m*Nir/Nr P2=n0/Nid P=P1*P2 c = n'i/n0 P' = c*P W = 1/P' (POIDS _provisoire)

Estimation du nombre de ménage (n'i * w)

Repartition_pop_ grappe_enquete

Estimation_pop_ grappe_enquete POIDS(définitif)

Estimation de la pop par grappe enquêtée

0,067939434 0,2 0,01358789 1 0,013587887 73,59496124 883 68 5.004 80,81854403 5.496 0,172613562 0,056603774 0,00977058 1 0,009770579 102,3480803 1.228 90 9.211 112,3938745 10.115 0,181303489 0,065217391 0,01182414 1 0,011824141 84,57274268 1.015 64 5.413 92,87383012 5.944 0,187623436 0,115384615 0,02164886 0,917 0,019844787 50,39106858 554 55 2.772 55,33711447 3.044

0,1919684 0,064864865 0,012452 1 0,012452004 80,3083562 964 68 5.461 88,19088035 5.997 0,197893351 0,260869565 0,05162435 1 0,051624352 19,37070304 232 65 1.259 21,27200001 1.383 0,199078341 0,06741573 0,01342101 0,917 0,012302594 81,28367003 894 82 6.665 89,26192439 7.319 0,200263331 0,222222222 0,04450296 0,917 0,040794382 24,51317913 270 80 1.961 26,91922672 2.154 0,201448321 0,06779661 0,01365751 1 0,013657513 73,21977124 879 79 5.784 80,40652792 6.352 0,202238315 0,193548387 0,0391429 1 0,0391429 25,54741753 307 69 1.763 28,05497896 1.936 0,20283081 0,078947368 0,01601296 1 0,016012959 62,44942118 749 79 4.934 68,57903327 5.418

0,204805793 0,056338028 0,01153835 0,917 0,010576825 94,5463312 1.040 69 6.524 103,8263585 7.164 0,205398288 0,108108108 0,02220522 1 0,02220522 45,03445513 540 77 3.468 49,45473214 3.808 0,208558262 0,099173554 0,02068346 1 0,020683464 48,34780093 580 79 3.819 53,09329351 4.194 0,210533246 0,102564103 0,02159315 1 0,021593153 46,31097561 556 122 5.650 50,85654722 6.204 0,211915734 0,066666667 0,01412772 1 0,014127716 70,78285182 849 91 6.441 77,730417 7.073 0,213298223 0,107142857 0,02285338 1 0,022853381 43,75720165 525 99 4.332 48,0521121 4.757 0,214878209 0,075471698 0,01621722 1 0,016217223 61,66283701 740 66 4.070 67,71524332 4.469 0,219815668 0,060301508 0,01325522 1 0,013255216 75,4419986 905 74 5.583 82,84687407 6.131 0,222580645 0,076433121 0,01701253 1 0,017012533 58,78019324 705 88 5.173 64,54965877 5.680 0,227123107 0,279069767 0,06338319 1 0,063383193 15,77705314 189 98 1.546 17,32562179 1.698 0,228900592 0,125 0,02861257 1 0,028612574 34,94966926 419 89 3.111 38,38009201 3.416

Page 86: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 92

0,233048058 0,06122449 0,01426825 1 0,014268248 70,08568738 841 82 5.747 76,96482363 6.311 0,237788018 0,056338028 0,01339651 1 0,013396508 74,64631783 896 94 7.017 81,97309466 7.705 0,162011897 0,107142857 0,01735842 1 0,017358418 57,60893809 691 76 4.378 63,26344115 4.808 0,172972111 0,078947368 0,01365569 1 0,013655693 73,22953149 879 95 6.957 80,41724617 7.640 0,175761984 0,056603774 0,00994879 1 0,009948792 100,5147203 1.206 82 8.242 110,3805643 9.051 0,181541006 0,153846154 0,02792939 1 0,027929386 35,80458288 430 133 4.762 39,31891816 5.229 0,184131602 0,101694915 0,01872525 1 0,018725248 53,40383297 641 86 4.593 58,64559141 5.044 0,186522922 0,064864865 0,01209878 1 0,012098784 82,65293358 992 93 7.687 90,76558557 8.441 0,189312795 0,184615385 0,03495005 1 0,034950054 28,61225877 343 114 3.262 31,42064424 3.582 0,191305561 0,109090909 0,0208697 1 0,020869698 47,91636285 575 107 5.127 52,61950839 5.630 0,191903391 0,068965517 0,01323472 0,917 0,012131824 82,42783914 907 47 3.874 90,51839738 4.254 0,19429471 0,2 0,03885894 1 0,038858942 25,73410256 309 79 2.033 28,25998772 2.233

0,196885306 0,129032258 0,02540456 0,917 0,023287509 42,94147497 472 90 3.865 47,15631923 4.244 0,198479519 0,10619469 0,02107747 1 0,021077471 47,44402192 569 95 4.507 52,10080568 4.950 0,199276626 0,173913043 0,0346568 1 0,034656804 28,8543625 346 101 2.914 31,68651123 3.200 0,199276626 0,196721311 0,03920196 1 0,039201959 25,50892917 306 92 2.347 28,01271283 2.577 0,199475902 0,244897959 0,04885124 1 0,048851241 20,47030886 246 64 1.310 22,47953569 1.439 0,199475902 0,126315789 0,02519696 1 0,025196956 39,6873335 476 86 3.413 43,58277327 3.748 0,199874456 0,110091743 0,02200453 1 0,022004527 45,44519359 545 88 3.999 49,9057859 4.392 0,199874456 0,255319149 0,05103178 1 0,051031776 19,59563393 235 58 1.137 21,5190086 1.248 0,199874456 0,151898734 0,03036068 1 0,030360677 32,93734214 395 84 2.767 36,17024849 3.038 0,200870839 0,100840336 0,02025588 1 0,020255883 49,36837384 592 92 4.542 54,21403895 4.988 0,200870839 0,082758621 0,01662379 1 0,016623794 60,15474124 722 115 6.918 66,05912309 7.597 0,203262158 0,053571429 0,01088904 1 0,010889044 91,83542484 1.102 106 9.735 100,849368 10.690 0,204258541 0,214285714 0,04376969 1 0,043769687 22,84686179 274 61 1.394 25,08935495 1.530 0,204258541 0,114285714 0,02334383 1 0,023343833 42,83786585 514 80 3.427 47,04254054 3.763 0,206649861 0,084507042 0,01746337 1 0,017463369 57,26272099 687 101 5.784 62,88324173 6.351 0,207247691 0,075 0,01554358 1 0,015543577 64,33525641 772 83 5.340 70,64996931 5.864 0,208044797 0,088888889 0,01849287 0,917 0,016951798 58,99079154 649 75 4.424 64,78092797 4.859 0,208244074 0,10619469 0,02211441 1 0,022114415 45,219374 543 84 3.798 49,65780139 4.171 0,209240457 0,112149533 0,02346622 1 0,023466219 42,61444841 511 124 5.284 46,79719396 5.803 0,210436117 0,066666667 0,01402907 1 0,014029074 71,28053977 855 111 7.912 78,27695463 8.689 0,211631777 0,244897959 0,05182819 1 0,05182819 19,29451899 232 70 1.351 21,18833825 1.483

Page 87: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 93

0,211631777 0,033240997 0,00703485 1 0,007034851 142,1494154 1.706 45 6.397 156,101839 7.025 0,214222373 0,24 0,05141337 0,917 0,047128922 21,21839323 233 81 1.719 23,30104696 1.887 0,214820203 0,110091743 0,02364993 1 0,023649931 42,28342223 507 92 3.890 46,43367649 4.272 0,215218756 0,091603053 0,0197147 1 0,019714695 50,7235841 609 80 4.058 55,70226747 4.456 0,215218756 0,075 0,01614141 1 0,016141407 61,95246914 743 99 6.133 68,03330378 6.735 0,215816586 0,107142857 0,02312321 1 0,023123206 43,24659895 519 87 3.762 47,49139211 4.132 0,217610075 0,118811881 0,02585466 1 0,025854662 38,67774344 464 85 3.288 42,47408869 3.610 0,219204288 0,094488189 0,02071222 1 0,020712216 48,28068561 579 85 4.104 53,0195906 4.507 0,219204288 0,230769231 0,05058561 1 0,050585605 19,7684697 237 128 2.530 21,70880875 2.779 0,220001395 0,121212121 0,02666684 1 0,026666836 37,49976223 450 109 4.087 41,18048483 4.489 0,220399948 0,121212121 0,02671515 1 0,026715145 37,43195072 449 78 2.920 41,1060174 3.206 0,222392714 0,226415094 0,05035307 1 0,050353067 19,85976329 238 78 1.549 22 1.701 0,223189821 0,115384615 0,02575267 1 0,025752672 38,83092262 466 98 3.805 42,6423029 4.179 0,224186204 0,080536913 0,01805526 1 0,018055265 55,38550741 665 106 5.871 60,82177358 6.447 0,224584757 0,086956522 0,01952911 1 0,019529109 51,20561224 614 73 3.738 56,23160822 4.105 0,225182587 0,049382716 0,01112013 1 0,011120128 89,92702434 1.079 79 7.104 98,75365179 7.802 0,226378247 0,096774194 0,02190757 1 0,021907572 45,64631749 548 129 5.888 50,12665076 6.466 0,227175353 0,099173554 0,02252979 1 0,022529787 44,38568348 533 68 3.018 48,74228146 3.314 0,228769566 0,064864865 0,01483911 0,833 0,012365923 80,86739983 809 80 6.469 88,80479592 7.104 0,230563056 0,054298643 0,01251926 1 0,012519261 79,87691948 959 93 7.429 87,71709673 8.158 0,231758716 0,072289157 0,01675364 1 0,016753642 59,6885139 716 71 4.238 65,54713404 4.654 0,232755099 0,1 0,02327551 1 0,02327551 42,96361301 516 94 4.039 47,18063019 4.435 0,234349312 0,043478261 0,0101891 1 0,010189101 98,14409014 1.178 75 7.361 107,7772491 8.083 0,234747865 0,082191781 0,01929435 1 0,019294345 51,82865733 622 123 6.375 56,91580719 7.001 0,235943525 0,107142857 0,02527966 0,917 0,023173025 43,15362408 475 96 4.143 47,38929145 4.549

0,236142802 0,064516129 0,01523502 1 0,015235019 65,63824895 788 87 5.711 72,08085476 6.271

0,237139185 0,060913706 0,01444503 1 0,014445026 69,22797969 831 96 6.646 76,02292916 7.298 0,238334845 0,058252427 0,01388358 1 0,013883583 72,02751533 864 92 6.627 79,09724825 7.277 0,242519654 0,101694915 0,02466302 1 0,024663016 40,54654204 487 78 3.163 44,52631591 3.473

Ménage 53.663 7.284 385.849 423.721 6

Page 88: Aspectos multidimensionais da pobreza e suas … · pobreza em variável suplementar projectada, IDAF/EDM 2002 & & & & & &.48 5.3.2. Análise das Correspondências Múltiplas das

INE - Serviço do Índice Harmonizado do Preço no Consumidor 94

Carto RGPH 2008 422.609 Pop_Project° 2007 407.424

Pop_Project° 2008 423721 Coef de callage 1,098153225

Tx d'accroismt annuel 0,04