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Assédio Moral Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Diversos
O Assédio moral acontece quando o trabalhador é exposto a humilhações e constrangimentos, por
pessoas em cargos de autoridade ou até mesmo pelos colegas de trabalho.
A humilhação pode ocorrer na forma de palavras ou outras atitude autoritárias que gerem
constrangimentos como revistas íntimas ou que transforme o ambiente de trabalho em um ambiente
ruim.
Essa prática vem crescendo em muitos ambientes de trabalho e é resultado, ao que tudo indica, do
esforço de alguns para se sentir superiores aos outros, por insegurança, pela necessidade de minimizar
suas limitações pessoais ou até mesmo para se sobressaírem profissionalmente.
Esse tipo de coisa é muito prejudicial para a pessoa que sofre as agressões, por que o assédio moral
afeta tanto a auto estima quanto a saúde do trabalhador, entre os males, estão:
Aumento de peso ou emagrecimento exagerado;
Distúrbios digestivos;
Palpitações, dores no peito, pressão alta, tremores;
Aumento no consumo de bebidas alcoólicas e outras drogas;
Estresse, depressão, medo acentuado, tristeza, perda de auto estima;
Irritação constante, falta de auto confiança;
Cansaço exagerado;
Dificuldades para dormir, pesadelos;
Sentimentos de culpa;
Pensamentos suicidas;
Mudança de personalidade;
Aumento da prática de violência na família;
Falta de esperança no futuro.
Como vimos, o assédio moral é um problema que afeta não só o individuo, mas todas as pessoas ao seu
redor. A cartilha (Assédio moral no local de trabalho – FETRAQUIM-RJ), diz sobre os danos sociais: “A
pessoa muda todo o seu comportamento e, logicamente, sua relação com a sociedade fica alterada. A
humilhação é uma coisa que não sai da cabeça da pessoa. Ela a leva para casa, para a igreja, para o
bar, para o clube. Sua capacidade de fazer e manter amigos é suprimida, suas atitudes tornam-se
irritadiças e muitas vezes violentas. O convívio familiar costuma ser o mais atingido e, muitas vezes, o
homem humilhado passa a cometer violência doméstica contra a mulher e os filhos.”
A solução para esse problema é relativamente simples em comparação com o mal causado pelo o
assédio moral. A vítima deve, antes de tudo, não aceitar as provocações e tomar conhecimento das
táticas usadas pelas chefias coverdes.
O que Fazer?
Resista! Converse com amigos e sobretudo com a família sobre a situação;
Fortaleça laços! Cultive o companheirismo, a boa amizade, a sinceridade entre amigos, as relações afetivas que permitam haver confiança para falar o que se sente;
Seja solidário! A solidariedade é fundamental, quando outras pessoas se sensibilizam com a situação da vítima, a capacidade de enfrentar a situação de agressões e humilhações é maior;
Denuncie, Denuncie! A pior atitude nesse caso é o silêncio, denuncie a situação para evitar que sua saúde física e mental seja prejudicada;
Anote tudo! Caso você se sinta vítima do assédio moral, comece a fazer um diário com todos os detalhes e datas, inclua as pessoas que presenciaram a cena. Essa será uma poderosa arma para você.
Não podemos deixar que isso continue ocorrendo, temos que ser solidários com as vítimas de assédio
moral, as denuncias são poucas. Enquanto nos calarmos, a situação não vai melhorar em nada, temos
que exigir nossos direitos, só assim seremos respeitados.
Fonte adicional: Cartilha assédio moral nas relações de trabalho, com referência ao trabalho da Dra.
Margarida Barreto.
EPI - Equipamento de Proteção Individual Por Guilherme Eduardo | Marcadores: EPI
Segundo a Norma Regulamentadora NR 6. Equipamento de Proteção Individual - EPI, é todo dispositivo
ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de
ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
A seguir alguns dos epi's descritos pela NR de número 6:
EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA
Capacete
capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;
capacete para proteção contra choques elétricos;
capacete para proteção do crânio e face contra agentes térmicos.
Capuz ou balaclava
capuz para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;
capuz para proteção do crânio, face e pescoço contra respingos de produtos químicos;
capuz para proteção do crânio e pescoço contra agentes abrasivos e escoriantes.
EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE
Óculos
óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
óculos para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;
óculos para proteção dos olhos contra radiação infravermelha.
Protetor facial
protetor facial para proteção da face contra impactos de partículas volantes;
protetor facial para proteção da face contra radiação infravermelha;
protetor facial para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
protetor facial para proteção da face contra riscos de origem térmica;
protetor facial para proteção da face contra radiação ultravioleta.
Máscara de Solda
máscara de solda para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes,
máscara de solda para proteção dos olhos e face contraradiação ultra-violeta,
máscara de solda para proteção dos olhos e face contraradiação infra-vermelha
máscara de solda para proteção dos olhos e face contra luminosidade intensa.
EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA
Protetor auditivo
protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;
protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;
protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2.
EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
Respirador purificador de ar não motorizado:
peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas;
peça semifacial filtrante (PFF2) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e fumos;
peça semifacial filtrante (PFF3) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;
peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros para material particulado tipo P1 para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas; e ou P2 para proteção contra poeiras, névoas e fumos; e ou P3 para proteção contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;
peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros químicos e ou combinados para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e ou material particulado.
Respirador purificador de ar motorizado
sem vedação facial tipo touca de proteção respiratória, capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e vapores;
com vedação facial tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e vapores.
Respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido
sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;
sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias em operações de jateamento e em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;
com vedação facial de fluxo contínuo tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;
de demanda com pressão positiva tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;
de demanda com pressão positiva tipo peça facial inteira combinado com cilindro auxiliar para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).
RESPIRADOR DE ADUÇÃO DE AR TIPO MÁSCARA AUTONOMA
de circuito aberto de demanda com pressão positiva para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS);
de circuito fechado de demanda com pressão positiva para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).
Respirador de fuga
respirador de fuga tipo bocal para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e ou material particulado em condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).
EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO
Vestimentas
Vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem térmica; mecânica; química; radioativa; meteorológica;
Vestimentas para proteção do tronco contra umidade proveniente de operações com uso de água.
Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica.
EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES
Luvas
luvas para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;
luvas para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;
luvas para proteção das mãos contra choques elétricos;
luvas para proteção das mãos contra térmicos;
luvas para proteção das mãos contra biológicos;
luvas para proteção das mãos contra químicos;
luvas para proteção das mãos contra vibrações;
luvas para proteção contra umidade proveniente de operações com uso de água;
luvas para proteção das mãos contra radiações ionizantes.
Creme protetor
creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos.
Manga
manga para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos;
manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e escoriantes;
manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e perfurantes;
manga para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de operações com uso de água;
manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos.
Braçadeira
braçadeira para proteção do antebraço contra agentes cortantes;
braçadeira para proteção do antebraço contra agentes escoriantes.
Dedeira
dedeira para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.
EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES
Calçado
calçado para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;
calçado para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica;
calçado para proteção dos pés contra agentes térmicos;
calçado para proteção dos pés contra agentes abrasivos e escoriantes;
calçado para proteção dos pés contra agentes cortantes e perfurantes;
calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água;
calçado para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos químico.
Meia
meia para proteção dos pés contra baixas temperaturas.
Perneira
perneira para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;
perneira para proteção da perna contra agentes térmicos;
perneira para proteção da perna contra respingos de produtos químicos;
perneira para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;
perneira para pr oteção da perna contra umidade proveniente de operações com uso de água.
Calça
calça para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;
calça para proteção das pernas contra respingos de produtos químicos;
calça para proteção das pernas contra agentes térmicos;
calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água.
EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO
Macacão
macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes térmicos;
macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra respingos de produtos químicos;
macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de operações com uso de água.
Vestimenta de corpo inteiro
vestimenta para proteção de todo o corpo contra respingos de produtos químicos;
vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de operações com água;
vestimenta condutiva para proteção de todo o corpo contra choques elétricos.
EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL
Dispositivo trava-queda
dispositivo trava-queda para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança para proteção contra quedas.
Cinturão
cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura;
cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em trabalhos em altura.
Abordagem Ergônomicas de Sistemas Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Ergonomia
Em ergonomia e em outras disciplinas à segurança e à higiene no trabalho muitas vezes surge a
expressão "sistemas de trabalho". Acontece que nem sempre o termo "sistema" se refere à organização
do trabalho no estabelecimento ou mesmo à forma pela qual o empregado executa seu trabalho.
Conceito de sistema de trabalho
Comparando grosseiramente um sistema de trabalho com os sistemas que compõe o corpo humano,
diz-se que um sistema de trabalho é um conjunto de unidades ou elementos relacionados entre si e
organizados de maneira lógica, cujo objetivo é a produção de trabalho, sendo o indivíduo um elemento
importante nesse conjunto.
Tal como os sistemas do corpo humano, as partes de um sistema de trabalho têm entre si uma relação
de causa e efeito de tal forma que o sistema será afetado caso haja interferências ou alterações em
qualquer das unidades ou elementos que o integram.
Componentes básicos de um sistema de trabalho
A) Subsistemas - são sistemas menores, contidos dentro do sistema principal.
Um subsistema nada mais é do que um sistema menor, existente dentro de um sistema maior. Contudo,
devemos ter o cuidado com relação ao conselho de subsistema, para não pensar que um mero elemento
integrante de um sistema pode ser classificado com subsistema.
Por exemplo: uma escola é um exemplo de um sistema, a secretaria é um subsistema, mas uma cadeira
é um elemento e não um subsistema.
B) Fronteira - a fronteira de um sistema ou de um subsistema é uma linha real ou imaginária que indica
os limites do sistema ou do subsistema em questão.
A fronteira será real, quando for visível ou palpável; por exemplo; paredes, divisórias, entre outras.
A fronteira é dita imaginária quando é apenas convencionada, mas que não tem existência física, seja
por que se considerou desnecessário demarcá-la fisicamente, seja por que é impossível demarcá-la
fisicamente.
C) Entradas - é por onde passa tudo aquilo que o sistema precisa receber do ambiente externo para
poder atingir seu objetivo. As entradas podem ser de diferentes tipos, tais como: entrada de dados,
entrada de energia, entrada de materiais.
D) Saídas - é por onde passa tudo aquilo que o sistema libera para o ambiente externo. As saídas
também podem ser de diferentes tipos, tais como: saída de informações ou dados processados pelo
sistema, saídas de energia processada pelo sistema, saída de materiais (inclusive resíduos).
Classificação dos sistemas de trabalho
Quanto à complexidade os sistemas de trabalho podem ser:
A) sistemas simples - são aqueles que não podem ser decompostos em subsistemas, bem como
aqueles que podem ser decompostos em até 3 subsistemas apenas.
B) sistemas complexos - são aqueles que podem ser decompostos em mais de 3 subsistemas.
Quanto à natureza os sistemas podem ser:
A) sistemas fechados - também chamados de servossistemas, são aqueles cujo comportamento é
totalmente determinístico (ou seja, previsível), pois dispõem de mecanismos e de rotinas de auto-
correção ou de auto-regulação para compensar possíveis interferências do ambiente externo.
B) sistemas abertos - são aqueles sistemas cujo comportamento é probabilístico (ou seja, razoavelmente
previsível) ou mesmo estocástico (isto é, previsível). Esses sistemas são fortemente afetados pelas
interferências vindas do ambiente externo, pois não dispõem de mecanismos de auto-correção ou de
auto-regulação.
Sistema de trabalho tipo ser humano-máquina
Na maioria das situações de trabalho os sistemas têm como um dos componentes o ser humano
(operador).
Um sistema tipo ser "humano-máquina" (sistema SHM) pode ser definido como uma combinação
operativa de um ou mais indivíduos (operadores) com um ou mais componentes (máquinas, ferramentas,
etc.), interagindo para produzir determinados resultados. Veja que nesse tipo de sistema tanto o
operador quanto a máquina atuam como processadores de informações e como operadores do processo
em execução.
Ao ser considerado um SHM é importante levar em conta a distribuição de atribuições entre esses dois
componentes (homem e máquina), levando-se em conta as características básicas de um e outro.
O ser humano se distingue por:
Ter capacidade de decidir, julgando e resolvendo situações imprevistas;
Ser capaz de resolver situações codificadas, isto é, não se restringe ao previsível;
Não requer programação, desenvolvendo seus próprios programas, à medida que se fazem necessários;
Ser sensível a extensa variedade de estímulos;
Perceber modelos e generalizar a partir destes;
Guardar grande quantidade de informações por longo período e recordar fatos relevantes em momentos apropriados;
Aplicar originalidade na resolução de problemas: soluções alternativas;
Valer-se de experiências anteriores;
Executar manipulações delicadas, quando da ocorrência de eventos inesperados.
A máquina se distingue por:
Não estar sujeita a fadiga nem a fatores emocionais;
Executar operações rotineiras, repetitivas ou muito precisas com maior confiabilidade, pois podem ser programadas;
Selecionar muito mais rapidamente as informações e os dados necessários;
Memorizar, com exatidão, muito maior número de dados;
Exercer uma grande quantidade de força regularmente e com precisão;
Executar computações complexas rapidamente e com exatidão;
Ser sensível a estímulos além da faixa de sensibilidade do homem (infravermelho, ultrassom, ondas de rádio, etc.);
Executar simultaneamente diversas atividades;
Repetir operações rápidas, contínuas, e precisamente da mesma maneira, sob longo período de tempo;
Operar em ambientes desfavoráveis ou inóspitos ao ser humano.
Estágio dos sistemas de trabalho tipo ser humano-máquina
Considera-se que os sistemas do tipo SHM passaram por 3 estágios da evolução, a saber:
A) estágio da ferramenta: neste estágio a percepção das informações e as respostas dadas pelo ser
humano são diretas. É o estágio do desenvolvimento tecnológico da ferramenta. As atividades de
trabalho do ser humano consistem basicamente na manipulação de ferramentas, concebidas para
ampliar suas capacidades, reduzindo suas limitações;
B) estágio de mecanização: neste estágio a percepção e as respostas são indiretas. É o estágio do
desenvolvimento tecnológico industrial da mecanização, baseadas nas tecnologias mecânicas, a partir
da invenção da máquina a vapor. As atividades de trabalho do ser humano, consistem basicamente no
comando e no controle de máquinas e sistemas industriais de produção, através de um dispositivo de
comando e de um dispositivo de controle;
C) estágio de automação: neste estágio a percepção e o diagnóstico são apoiados por sistemas digitais
incluindo até mesmo as modernas redes neurais. É o estágio do desenvolvimento tecnológico da
automação industrial, baseado nas tecnologias microeletrônicas, a partir de microprocessadores e de
softwares sofisticados. As atividades de trabalho do ser humano consistem basicamente na supervisão e
diagnóstico de máquinas e sistemas de produção programáveis.
Efeitos do Ruído no Homem e Sobre o Sistema Auditivo Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Ruído
A consequência mais evidente do ruído no homem é a surdez, que depende de alguns
fatores, como: Intensidade, tipo de ruído (contínuo, intermitente ou impacto), sua qualidade (sons
agudos) são mais prejudiciais que os graves, susceptibilidade individual, tempo de exposição e a idade.
A surdez pode ser dividida em três grupos que são:
Temporária
Permanente
Trauma acústico
A surdez temporária: é caracterizada pela dificuldade de audição, embora passageira, que notamos
após exposição pôr algum tempo a ruído intenso. A exposição prolongada e repetida ao ruído é capaz
não só de causar a surdez temporária como, potencialmente, provocar a surdez permanente. Se a
exposição for repetida antes de uma completa recuperação, pode tornar-se surdez permanente.
Podendo ainda ocorrer a fadiga dos músculos do ouvido médio.
A surdez permanente: é a perda irreversível da capacidade auditiva, devido à exposição contínua, ou
seja, o trabalhador fica exposto ao ruído de intensidade excessiva, sem proteção auditiva. No princípio,
ocorre a destruição das células no início da cóclea, sensível a sons de 4.000 Hz, e a alteração não é
percebida por não atingir a frequência da fala. As perdas progridem até atingir a frequências da
comunicação oral, entre 250 e 2.000 Hz, quando a vibração chega ao ouvido, mas não consegue ser
transmitida.
O trauma acústico: é de instalação repentina, após a exposição a ruído intenso como de explosões e
impactos, que podem causar perfurações no tímpano e mesmo deslocamento dos ossículos, causando a
surdez temporária ou permanente.
Outros efeitos possíveis: além destes, podem ser causados efeitos nos demais sistemas orgânicos,
como ações no sistema cardiovascular, aumento da pressão sanguínea, aceleração da pulsação,
aumento da liberação de hormônios, condições idênticas às de situações de medo ou estresse,
contração dos vasos sanguíneos, dilatação das pupilas e músculos tensos, redução da velocidade de
digestão, irritabilidade, desconforto, diminuição da eficiência do trabalho e prejuízo às atividades que
dependa da comunicação oral, pois o ruído mascara a voz.
(Fonte: Desconhecido)
Higiene e Segurança do Trabalho: O que é? Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Diversos
Segundo Associação Americana de Higiene Industrial – AIHA em inglês, “Higiene do Trabalho é a
ciência e a arte que trata do reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ocupacionais”.
Assim ela trata as influências relacionadas com o exercício de uma atividade que podem alterar as
condições de saúde de um indivíduo.
Outro conceito diz: “É o conjunto de normas e procedimentos que visa à proteção da integridade física e
mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e do ambiente
físico onde são executadas.” (CHIAVENATO, 1995).
A higiene do trabalho tem como objetivo:
Eliminar as causas de doenças profissionais;
Reduzir os efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas doentes ou com deficiências físicas;
Prevenir o agravamento de doenças e de lesões;
Conservar a saúde dos trabalhadores;
Aumentar a produtividade por meio do controle do ambiente de trabalho.
A higiene e a segurança são duas atividades intimamente relacionadas com o objetivo de garantir boas
condições de trabalho a fim de manter a saúde dos trabalhadores de uma empresa. Segundo a OMS –
Organização Mundial da Saúde, o ambiente tem condições de higiene e segurança quando “há um
estado de bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença profissional”.
A higiene do trabalho visa combater, de um ponto de vista não médico, as doenças profissionais,
identificando os riscos que podem afetar o ambiente de trabalho e os trabalhadores, para eliminar ou
reduzir as condições inseguras de trabalho que podem afetar a saúde, segurança e bem estar do
trabalhador.
Fundamentos da Higiene e Segurança
Até meados do século 20, a produtividade era mais importante do que as condições de trabalho, mesmo
com os riscos de doenças e com as mortes dos trabalhadores.
Isso era resultado de uma mentalidade em que a vida humana era pouco importante e por causa da total
ausência de leis que protegessem os trabalhadores. Foi apenas a partir da década 50 e 60 que surgiram
as primeiras tentativas sérias de prover um ambiente de trabalho adequado aos trabalhadores.
As condições de segurança, higiene e saúde é a base para qualquer programa de prevenção de riscos
profissionais e isso contribui para o aumento da competitividade com a diminuição dos acidentes.
Embora seja muito óbvio, foi necessário muito tempo para que se reconhecesse como as condições de
trabalho e a produtividade se encontram ligadas. Numa primeira fase, houve a percepção dos fatores
econômicos dos acidentes de trabalho onde só eram considerados os custos diretos com assistência
médica e indenizações e mais tarde começou-se a considerar as doenças profissionais.
Finalmente, compreendeu-se que os custos indiretos dos acidentes de trabalho como perdas de horas
trabalhadas pela vítima, pelas testemunhas e pelas pessoas encarregadas da apuração, interrupção da
produção, danos materiais, atraso na execução do trabalho, entre outros problemas, são até quatro
vezes mais elevados do que os custos diretos.
Assim, apesar da diminuição da produtividade, do aumento de peças defeituosas e dos desperdícios de
materiais causados pela fadiga em resultado de longas jornadas e por más condições de trabalho por
ventilação e iluminação, provam que mesmo com a capacidade do corpo humano em se adaptar, as
boas condições de trabalho são melhores no que se refere à produtividade. (Fonte: Universidade Federal
de Viçosa).
Hoje em dia
O objetivo não é apoiar nenhum tipo de política, mas mesmo com todas as leis que temos em favor da
segurança e saúde no trabalho, as condições de trabalho hoje estão longe de realmente se adaptarem
aos trabalhadores, as doenças profissionais e os acidentes de trabalho ainda são muitos, como vimos no
texto acima as pessoas (os empresários) tinham uma mentalidade que considerava a vida humana como
uma coisa de pouco valor. Surge a pergunta: será que isso mudou?
Segundo a OMS, boas condições de trabalho vão muito além da ausência de doenças profissionais, elas
proporcionam bem estar físico, mental e social. Isso é muito diferente do que vemos ao nosso redor,
vejamos se o sistema trabalhista cumpriu com esses requisitos:
Bem estar
Mental: é fácil mencionar problemas psicológicos relacionados ao trabalho como depressão, estresse,
entre outros. As pessoas precisam de um trabalho significativo, que realmente tenha um objetivo
duradouro para elas.
Físico: o bem estar físico vai além da segurança no trabalho, compreendem também nossas
necessidades básicas como saúde, moradia, trabalho, lazer, etc. Para isso a constituição garante o
salário mínimo e o piso salarial aos trabalhadores.
Será que eles suprem plenamente essas necessidades? Não precisa nem responder, não é verdade.
Pelo contrário, na verdade gera outro problema: o social.
Social: essa falta de distribuição de renda adequada cria um problema social muito grande, por exemplo:
qual é a diferença entre um gari e um presidente de uma multinacional? É isso mesmo, o salário, mas o
tratamento recebido por cada um deles é muito diferente.
O ideal seria colocar as pessoas em primeiro lugar ao invés de profissões, acabaria com as
desigualdades, por que todos nós somos iguais “pelo menos na teoria”.
O resultado dessas diferenças é uma sociedade totalmente separada pela desigualdade econômica, de
um lado aqueles que não têm nem o que comer direito, do outro as pessoas com carros, casas, aviões,
etc. Todos de alto luxo, ou seja, muito mais do que elas realmente precisam.
Fonte da Imagem: Clínica S. Marcos
A Importância do Uso dos Óculos de Segurança Por Guilherme Eduardo | Marcadores: EPI
Um dos pontos mais importantes na prevenção de acidentes é a proteção dos
olhos, e isto é feito através dos óculos de segurança que protegem os olhos contra partículas sólidas
projetadas ou em suspensão.
O uso dos óculos de segurança é muito recomendável, principalmente nas usinas, onde existe uma
grande variedade de riscos que podem ter como consequência a lesão dos olhos. Sendo assim o uso
dos óculos de segurança é considerado EPI básico, pois, o seu uso é obrigatório para todos os
empregados que trabalhe ou transite na área da usina.
Existem algumas recomendações que devem ser seguidas no uso e na conservação dos óculos de
segurança, são elas:
Os óculos devem ajustar-se ao rosto, sem deixar aberturas;
A haste ou elástico deve manter os óculos firme no rosto, sem incomodar ou machucar;
Os óculos devem ser usados o tempo todo no trabalho que oferece risco aos olhos;
Ao colocar ou retirar, os óculos não devem ser segurados por uma única haste, mas pelas duas ao mesmo tempo;
Deve-se usar tecido ou papel limpo e macio na limpeza das lentes;
As lentes não devem ter contato com qualquer superfície, elas devem ficar sempre para cima;
Os óculos não devem ser guardados nos bolsos traseiros de calças;
Não deve ser transportados junto com ferramentas;
Não deve ser abandonados junto a fontes de calor;
Deve-se evitar que os óculos recebam respingos de óleo, graxa, ácidos, corrosivos, solventes ou qualquer substância que possa danificá-los;
Não deve ser usados óculos com defeitos (hastes, elásticos, lentes riscadas, etc.);
Deve ser usado líquido anti-embaçante em locais sujeitos ao embaçamento das lentes.
Caldeiras Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Diversos
A vida útil de uma caldeira depende em muito dos cuidados e métodos
empregados em sua partida, o que deve ser feito desde o início da operação.
Esses procedimentos devem ser feitos de maneira a atingir os seguintes objetivos:
Nível máximo de Segurança;
Menor número possível de paradas;
Máximo aproveitamento do combustível;
Evitar formação de fumaça negra ou branca;
Evitar a formação de incrustações ou depósitos sobre as superfícies de troca térmica;
Assegurar a durabilidade do equipamento.
Colocação da Caldeira em Linha
Antes do uso da caldeira, deve-se certificar se todas as portas de visita estão fechadas, se todos os
motores, correias e acoplamentos estão em perfeito estado.
Dependendo do tipo de gerador de vapor, haverá algumas características que deverão ser observadas
no início de sua operação, por isso é importante que o operador conheça bem o tipo de caldeira e que
esteja familiarizado com as normas que constam do manual de operação.
Apesar disso, há alguns procedimentos comuns que devem ser seguidos. São eles:
Verificar o depósito de água.
Verificar o depósito de óleo.
Verificar as conexões do queimador.
Verificar as válvulas que deverão ficar fechadas, bem como aquelas que deverão permanecer abertas.
Verificar se o óleo combustível encontra-se na temperatura e pressão ideais para atomização.
Observar o nível de água do equipamento.
Iniciar a sequência de acendimento conforme o tipo de caldeira.
Todo acendimento inicial com a caldeira fria deve ser lento e deve seguir a curva de acendimento
característica do equipamento.
Operação de rotina
Há regras básicas que devem ser do conhecimento de todos os operadores de caldeiras, são elas:
Inspecionar periodicamente o corpo de nível, fazendo a descarga diariamente pelas torneiras de prova. Esse procedimento permite ao operador certificar-se de que as partes responsáveis pela indicação do nível não estão entupidas. Se a caldeira estiver entupida e for operada sem água, poderão ocorrer danos totais e caso seja verificada a falta de nível a caldeira, deve-se apagar o fogo imediatamente e deixar a caldeira esfriar. Executar a descarga da caldeira de acordo com as regras estabelecidas do departamento técnico (para eliminação da lama e partículas estranhas).
Testar diariamente as válvulas de segurança.
Não ultrapassar a pressão normal de operação, para evitar descargas pelas válvulas de segurança, pois a perda de vapor constante afeta o desempenho da caldeira.
Manter os visores de nível e indicadores em geral, totalmente limpos.
Nunca aproveitar a incandescência da fornalha para ascender o queimador. Essa prática evita a eventual formação de misturas gasosas, que podem chegar ao ponto de provocar explosões, causando danos totais à fornalha.
Deve ser coletadas diariamente amostras de água de alimentação e descarga para análise.
Embargo e Interdição Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Legislação, Prevenção de Acidentes
O Delegado Regional do Trabalho ou Delegado do Trabalho Marítimo,
poderá interditar o estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento ou embargar a obra, de
acordo com o laudo técnico do serviço que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador,
indicando na decisão tomada, quais providências que deverão ser tomadas para prevenção de acidentes
do trabalho e doenças profissionais.
Tendo por grave e iminente risco toda condição ambiental de trabalho que possa causar acidente do
trabalho ou doença profissional com lesão grave ao trabalhador.
A interdição ou embargo determinará a paralisação total ou parcial do estabelecimento, setor de serviço,
máquina, equipamento ou da obra. Considera-se obra todo e qualquer serviço de engenharia de
construção, montagem, instalação, manutenção e reforma.
A interdição ou o embargo poderá ser feito pelo setor de segurança e medicina do trabalho da Delegacia
Regional do Trabalho - DRT ou da Delegacia do Trabalho Marítimo - DTM, pelo agente da inspeção do
trabalho ou por entidade sindical.
O Delegado Regional do Trabalho ou o Delegado do Trabalho Marítimo dará ciência imediata da
interdição ou do embargo à empresa, para o seu cumprimento. As autoridades federais, estaduais ou
municipais darão imediato apoio às medidas determinadas pelo Delegado Regional do Trabalho ou o do
Delegado do Trabalho Marítimo.
Os interessados poderão recorrer da decisão do Delegado Regional do Trabalho ou Delegado do
Trabalho Marítimo, no prazo de 10 (dez) dias, à Secretaria da Segurança e Medicina do Trabalho -
SSMT, à qual é facultada a suspensão da decisão.
Responderá por desobediência, além das medidas penais cabíveis, quem, após determinada a
interdição ou o embargo, ordenar ou permitir o funcionamento do estabelecimento ou de um dos seus
setores, a utilização de máquinas ou equipamentos, ou o prosseguimento da obra, se em consequência
resultaram danos a terceiros.
O Delegado Regional do Trabalho ou Delegado do Trabalho Marítimo, independente de recurso, e após
laudo técnico do setor competente em segurança e medicina do trabalho, poderá levantar a interdição ou
o embargo. Durante a paralisação do serviço, em decorrência da interdição ou do embargo, os
empregados receberão os salários como se estivessem em efetivo exercício.
Riscos Ambientais - Eliminação/Neutralização dos Agentes de Risco Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Riscos Ambientais
No que se refere aos agentes de risco, todo o necessário deve ser feito no intuito de
eliminá-lo do ambiente de trabalho. Para isto, devemos seguir critérios estabelecidos:
Atuar na Fonte: tentar eliminar o agente de risco em sua fonte, por exemplo, enclausurando um motor
que gera muito ruído ou trocando-o por um modelo menos barulhento.
Atuar no Meio: se não for possível eliminar a fonte de risco, devemos então tentar eliminar a
possibilidade de contato entre o risco e o trabalhador. Ex.: Retirar o motor do ambiente de trabalho,
colocando-o atrás de uma parede, ou criando uma barreira que impeça que o ruído chegue ao
trabalhador.
Atuar no Trabalhador: como última opção, deve-se atuar no trabalhador, ministrando um EPI
(Equipamento de Proteção Individual) de acordo com o risco ou a atividade a ser executada.
Partículas de Poeira no Ambiente de Trabalho Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Riscos Ambientais
O pó é constituído por partículas geradas mecanicamente, e é resultado de
operações tais como: manuseio de minérios, limpeza abrasiva, corte e polimento de peças.
A maior porcentagem de partículas arrastadas pelo ar, em forma de pó, tem menos de 1 micron (micron -
milésima parte do milímetro). Devemos ter em mente que as partículas de tamanho inferior a 5 microns,
são as que oferecem maior risco, por constituírem as chamadas fração respirável, as de maior tamanho
são expelidas pelo sistema respiratório e não são comumente inaladas.
O pó inorgânico de maior importância do ponto de vista da saúde ocupacional é a sílica livre cristalizada,
que é achada em grandes quantidades na crosta terrestre formando parte de rochas, minérios, areias,
etc.
Um ambiente de trabalho poeirento pode produzir uma situação de risco aos trabalhadores expostos e,
considerando os efeitos da poeira sobre o organismo humano, a medicina e segurança do trabalho
recomendam a eliminação deste risco atuando em três pontos:
1. Sobre o foco de geração: com o objetivo de impedir sua formação, com o emprego de
métodos úmidos, enclausuramento do processo, ventilação local exaustora e manutenção.
(despoeiramento da sinterização).
2. Sobre o meio pelo qual se difunde: para impedir que a poeira se estenda e atinja
níveis perigosos no ambiente de trabalho através de limpeza, ventilação exaustora ou diluidora,
aumento de distância entre o foco e receptor. (ex. vedação do prédio de britagem e
peneiramento de coque).
3. Sobre o receptor: protegendo o trabalhador para que a poeira não penetre em seu
organismo e, orientando-o sobre as precauções necessárias nestas áreas com treinamento e
educação, limitação do tempo de exposição, equipamento de proteção individual, exames
médicos pré-funcionais e periódicos. (ex. uso adequado do respirador para pós e névoas que
deve ser usado como complementação de medidas de controle de pessoal).
LER / DORT - Como Prevenir? Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Diversos
A LER são Lesões por Esforços Repetitivos, que mais tarde foram rebatizadas pela
Previdência social com o nome de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).
A LER ou DORT são ocupacionais, pois, têm relação com o trabalho, por isso é importante identificar
possíveis causas em sua situação de trabalho.
Assim temos como possíveis causas, as seguintes:
Movimentos repetitivos;
Ritmo de trabalho intenso;
Falta de tempo até para ir ao banheiro;
Necessidade de ficar parado ou sentado durante muito tempo;
Móveis e equipamentos incômodos;
Cobrança continua para manter a produtividade;
Cobrança contínua da chefia para produzir mais e errar menos;
Incentivo à produção cada vez maior;
Exigência de horas extras;
Dificuldade de interromper o trabalho até para respirar;
Inexistência de canal para conversar sobre problemas no trabalho;
Falta de flexibilidade de tempo;
Ambiente frio.
Todas as situações acima favorecem o aparecimento de LER/DORT.
Isso acontece por que os músculos, tendões, cápsulas e ligamentos foram concebidos para se esticar e
se encolher. Porém, há um limite. Eles precisam de descanso, pois do contrário entram em fadiga e
acabam perdendo sua função, fazendo com que até mesmo um simples movimento cause incômodos à
pessoa
Sintomas
Se a pessoa trabalha fazendo movimentos repetitivos durante várias horas, tendo que se manter
sentada, pressionada para aumentar a produtividade, com a musculatura tensa durante horas,
preocupada em acertar sempre, todo o sistema entra em colapso, podendo resultar em:
Fadiga muscular;
Alteração da sensibilidade;
Sensação de peso;
Perda de controle de movimentos;
Dificuldade para encostar a ponta de um dedo em outra ponta;
Formigamento;
Dor.
Esses sintomas podem significar, isolada ou associadamente, a existência de:
Tendinite: inflamação de tendão.
Tenossinovite: inflamação de tendão e bainha sinovial.
Sinovite: inflamação de bainha sinovial.
Neurite: inflamação do nervo.
Síndrome do túnel do carpo: estreitamento do túnel do carpo, localizado no punho, o que causa a
compressão de várias estruturas existentes ao longo do túnel, inclusive do nervo mediano.
Todas essas são doenças que não aparecem de repente, isto é, ocorrem de maneira lenta e gradativa,
por isso é importante você prestar atenção em si mesmo. Veja se seu organismo não está dando alguns
sinais de alerta, que talvez não sejam percebidos em nosso dia-a-dia.
Talvez seja muito difícil fazer as mudanças necessárias no ambiente de trabalho, tudo vai depender de
os trabalhadores se organizarem, discutirem suas condições de trabalho, e junto com as CIPA's e os
sindicatos, entrarem em acordo com a empresa sobre quais outras formas alternativas de trabalho
existem.
Entre eles, existem aqueles que devem, obrigatoriamente, ser contratados pela empresa, dependendo
do seu tamanho e do grau de risco. São os profissionais do Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT).
Conseguiu identificar algumas das causas da LER / DORT no seu ambiente de trabalho?
Comente!
A Depressão no Trabalho Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Saúde
Um levantamento realizado pela consultoria Rogen Si revelou que quase 80%
dos profissionais apresentam sintomas de depressão. O estudo analisou países da África, Ásia-Pacífico,
Europa, Oriente Médio, América do Norte, América do Sul e Reino Unido. De acordo com o estudo, 23,2% apresentam cinco ou mais sintomas. Já 10,5%, quatro sintomas, 14,8%, dois sintomas; e 13,2%, um sintoma. Apenas 20,44% dos profissionais disseram que nunca apresentaram nenhum sintoma de depressão.
A OMS - Organização Mundial da Saúde considera como sintomas de depressão, a irritação, problemas
para dormir, preocupação, perda de interesse, tristeza, dores de cabeça e cansaço constantes, dor
muscular, falta de apetite, remorso, náuseas, se sentir desvalorizado, entre outros.
Muita cobrança
A coordenadora de Consultoria da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Veridiana Germano, explica que
casos de depressão são comuns em empresas que os profissionais estão sobre pressão para alcançar
metas e objetivos.
"A pessoa tem muitas tarefas ao mesmo tempo. O acúmulo de tarefas e serviços gera estresse",
acrescenta.
Por isso, para a especialista, o líder tem papel fundamental neste processo, já que ele deve avaliar se o
funcionário não está sobrecarregado e se consegue desempenhar suas tarefas sem que o estresse afete
sua vida.
O que fazer
No caso de ter alguém com depressão na equipe, Veridiana aconselha que o gestor
acompanhe atentamente o profissional e tenha paciência, pois como se trata de um problema de
saúde, o profissional terá seu desempenho afetado devido ao desânimo, tristeza, entre outros sintomas.
Já nos casos de depressão mais graves, a coordenadora alerta que, muitas vezes, é necessário que o
profissional se afaste do trabalho. "É importante ter confiança neste profissional. A pessoa não é assim,
ela está com depressão.
Em relação aos colegas, Veridiana aconselha que procurem apoiar e se mostrem disponível para ouvir
quem está com depressão. Além disso, as pessoas devem tentar envolver ao máximo o outro nas
atividades e até mesmo convidar para eventos externos da empresa.
Cuidados com a Coluna Vertebral ao Levantar Pesos Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Ergonomia
Todos nós sabemos que não se deve levantar peso de qualquer maneira. Se
nós pararmos para pensar por um momento nos daremos conta de que são os músculos das pernas os
que fazem o trabalho. Mas, por que não fazemos dessa forma?
A resposta a este problema é simples. Terá que praticar-se a nova forma de fazê-la até que se faça na
forma correta. Quando assim o fizermos, ainda haverá a necessidade de cuidado por um tempo e nos
assegurarmos de que o novo hábito está dominado. Os hábitos arraigados são difíceis de romper.
As colunas fracas são um problema de saúde mais comuns, principalmente com o aumento da idade.
Nem todas as dores de coluna se devem ao fato de levantar incorretamente ou levantar peso
demasiado, mas provavelmente a maioria o são. As dores de coluna dão bastante trabalho aos médicos
e são problemas difíceis de solucionar. É possível que uma coluna lesionada nunca volte ao seu estado
normal quando estava sã. Não é difícil dar-se conta porque uma dor de coluna que apenas incomoda no
princípio pode transformar-se em uma dor muito dolorosa. A medula espinhal está rodeada de ossos, as
vértebras que a protegem. Entre cada vértebra tem um disco cartilaginoso muito pequeno que impede
que as vértebras se atritem umas com as outras. Ao longo da coluna, os nervos saem parecidos com as
ramas de uma árvore. Ao se fazer muito esforço com a coluna os músculos e ligamentos cederão o
suficiente como para que um dos discos saia de seu lugar ou ao mesmo comprima algum nervo,
produzindo assim a inflamação, e aí que está o problema.
Esse artigo tem por objetivo fazer-lhe entender por que se deve ter cuidado quando do levantamento de
coisas pesadas. Todos nós podemos evitar lesões da coluna por levantar pesos com os músculos das
pernas, é muito simples. Então, sempre que for necessário, não devemos vacilar, devemos pedir ajuda
se algo é muito pesado para uma só pessoa. As dores de coluna são muito dolorosas.
Riscos Ambientais - Classificação Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Riscos Ambientais
A classificação dos riscos ambientais é dada pela Portaria Nº. 25 de 29 de Dezembro
de 1994, através da sua Tabela I. Estes Riscos foram divididos em 5 grupos distintos com cores
padronizadas, no intuito de facilitar a visualização e identificação pelo trabalhador, sendo eles: Riscos
Físicos (verde), Riscos Químicos (vermelho), Riscos Biológicos (marrom), Riscos Ergonômicos (amarelo)
e Riscos de Acidentes (azul).
Riscos Físicos
São agentes de risco que se propagam por meio físico, causadores em potencial de doenças
ocupacionais.
Ruído: reduz a capacidade auditiva do trabalhador, a exposição intensa e prolongada ao ruído atua
desfavoravelmente sobre o estado emocional do indivíduo com consequências imprevisíveis
psicossomáticos. De modo geral, quanto mais elevado os níveis encontrados, maior o número de
trabalhadores que apresentarão início de surdez profissional e menor será o tempo em que este e outros
problemas se manifestarão.
É aceito ainda que o ruído elevado influa negativamente na produtividade, além de ser frequentemente o
causador indireto de acidentes do trabalho, quer por causar distração ou mau entendimento de
instruções, quer por mascarar avisos ou sinais de alarme.
Vibrações: as vibrações podem ser divididas em duas categorias: vibrações localizadas e vibrações de
corpo inteiro. (Ex. trabalho com britadeira, etc.).
Radiações Ionizantes: oferecem sério risco à saúde dos indivíduos expostos. São assim chamadas,
pois, produzem uma ionização nos materiais sobre os quais incidem, isto é, produzem a subdivisão de
partículas inicialmente neutras em partículas eletricamente carregadas.
As radiações ionizantes são provenientes de materiais radioativos como é o caso do raio gama (g), ou
são produzidas artificialmente em equipamentos, como é o caso dos raios X.
Radiações Não Ionizantes: são de natureza eletromagnética e seus efeitos dependerão de fatores
como duração e intensidade de exposição, comprimento de onda de radiação, região do espectro em
que se situam e etc.(ex. solda elétrica, etc.).
Temperaturas Extremas (Frio ou Calor): as temperaturas extremas são as condições térmicas
rigorosas, em que são realizadas diversas atividades profissionais, seja em ambiente quente ou frio (Ex.:
trabalho de abastecimento de forno a lenha, trabalho realizado no interior de câmaras frigoríficas).
Pressões Anormais: as pressões são encontradas principalmente em trabalhos submersos (Ex.:
mergulho para manutenção de plataformas de petróleo, etc.).
Umidade: as atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade
excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores.
Riscos Químicos
São os agentes ambientais causadores em potencial de doenças profissionais devido à sua ação
química sobre o organismo dos trabalhadores, podendo ser absorvidos pelas vias respiratórias, cutâneas
(pela pele) ou através de ingestão. Podem ser encontrados tanto na forma sólida, como líquida ou
gasosa.
Riscos Biológicos
São micro-organismos causadores de doenças com as quais pode o trabalhador entrar em contato, no
exercício de diversas atividades profissionais.
Vírus, bactérias, parasitas, fungos e bacilos são exemplos de micro-organismos aos quais
frequentemente ficam expostos médicos, enfermeiros, funcionários de hospitais, sanatórios e
laboratórios de análise biológicos, lixeiros, lavradores, tratadores de animais, trabalhadores de curtume e
de estações de tratamento de esgoto, etc. (Ex.: tuberculose, brucelose, malária, febre amarela, HIV,
etc.).
Riscos Ergonômicos
São aqueles relacionados com fatores fisiológicos e psicológicos inerentes à execução das atividades
profissionais. Estes fatores podem produzir alterações no organismo e estado emocional dos
trabalhadores, comprometendo a sua saúde, segurança e produtividade.
Exemplos: iluminação inadequada, levantamento e transporte manual de pesos, movimentos viciosos,
trabalho de pé, esforço físico intenso, postura inadequada, controle rígido de produtividade, desconforto
acústico, desconforto térmico, mobiliário inadequado, etc.
Riscos de Acidentes
São qualquer circunstância ou comportamento que provoque alteração da rotina normal de trabalho com
potencial de causar acidente.
As condições ambientais relativas ao processo operacional, como por exemplo, procedimentos
inadequados que envolvam a manipulação de materiais perfuro-cortantes, cilindros de gases
comprimidos soltos e sem a proteção da válvula, máquinas desprotegidas, ferramentas inadequadas,
etc., são chamadas de riscos de acidente.
CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS EM GRUPOS DE ACORDO COM A
SUA NATUREZA E A PADRONIZAÇÃO DAS CORES CORRESPONDENTES.
Acidente de Trabalho Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Acidente de Trabalho
Para que uma lesão ou moléstia seja considerada acidente do trabalho é necessário
que haja entre o acidente e o trabalho uma ligação, ou seja, que o resultado danoso tenha origem no
trabalho desempenhado e em função do serviço.
Por exemplo, se um empregado for assistir a um jogo de futebol e cair da arquibancada onde se sentou,
não se tratará de acidente do trabalho. No entanto, se com ele cai o empregado do clube que estava a
efetuar a limpeza da arquibancada, a legislação referida protegerá o funcionário do clube.
Conceito legal (segundo a Lei 8213/91 do MPAS)
A Lei 8213/91 no capítulo 19, cita acidente do trabalho como sendo:
" Art.19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo
exercício do trabalho dos segurados no inciso VII do Art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte ou perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho."
Lesão corporal: é um dano físico; por exemplo: uma fratura, um machucado ou a perda de algum membro.
Perturbação Funcional: é o prejuízo que ocorre ao funcionamento de qualquer órgão ou sentido, como uma perturbação mental devida a uma pancada, o prejuízo ao funcionamento de um órgão (pulmões etc.), pela aspiração ou ingestão de elemento nocivo usado no trabalho.
Doença profissional e doença do trabalho: considera-se também acidente de trabalho, outras entidades mórbidas como doenças profissionais e doenças do trabalho (que são geradas das condições especiais do trabalho), desde que, em conformidade com o citado no artigo anterior.
Outras situações de acidentes de trabalho
Acidente ligado ao trabalho que contribui para agravamentos externos: é o acidente ligado ao trabalho,
embora não tenha sido a única causa, que contribuiu para morte, redução ou perda da sua capacidade
para o trabalho ou produzindo lesão que exija atenção médica para sua recuperação.
Dentro do local e horário normal de trabalho: é o acidente que ocorre ao empregado no local ou horário
de trabalho, em consequência das seguintes condições:
Agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiros ou companheiro de trabalho;
Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
Imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;
Ato de pessoa privada do uso da razão;
Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior.
Doença por contaminação: é aquela causada por contaminação acidental do empregado no exercício de
suas atividades, por exemplo: química ou biológica.
Fora de local e horário normal de trabalho: é o acidente ocorrido fora do local e horário de trabalho, tais
como:
Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para evitar prejuízo ou proporcionar proveito à empresa;
Em viagem a serviço da empresa, inclusive para viagens pagas pela empresa para capacitação da mão-de-obra, independente do meio de locomoção utilizado;
No percurso da residência para o trabalho ou vice-versa, qualquer que seja o meio de locomoção.
Período de descanso: será considerado acidente de trabalho, aquele que ocorrer em período destinado a
refeição e descanso do funcionário ou atendimento de suas necessidades fisiológicas, desde que o
mesmo esteja nas dependências da empresa.
Conceito Prevencionista de Acidente de Trabalho
"É toda ocorrência não programada, estranha ao andamento normal do trabalho, da qual possa resultar
danos físicos e/ou funcionais, ou morte do trabalhador e/ou danos materiais e econômicos à empresa."
Os prevencionistas, em especial os cipistas, não devem se ater somente ao conceito legal, mas procurar
conhecer o acidente do trabalho em toda sua extensão e principalmente em suas possibilidades de
prevenção.
Estatísticas de Acidentes Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Prevenção de Acidentes
A Estatística de acidentes é uma ferramenta de controle administrativo que permite a
empresa e aos órgãos fiscalizadores, a fácil visualização da realidade dos acidentes e doenças
ocorridos, o que facilita na avaliação das medidas de segurança aplicada, e dá parâmetros para se
definir metodologias de ação específicas para os setores com maiores ocorrências de acidentes.
Existem duas espécies de estatísticas, a mensal (utilizada nas Atas da CIPA) e a anual (Quadros
Estatístico do SESMT). Tais estatísticas têm a finalidade de se obter dados comparativos que permitam
confronto com as estatísticas de outros locais e atividades semelhantes.
Definição
Abaixo seguem as definições que devem ser observadas:
Número de Acidentes: número total dos acidentes ocorridos no mês;
Horas Homem Trabalhadas: é o número que exprime a soma de todas as horas efetivamente trabalhadas por todos os empregados do estabelecimento;
Dias Perdidos: é o total de dias corridos em que o acidentado ficou incapacitado para o trabalho em decorrência do acidente, contados a partir do dia imediato ao do acidente, até o dia da alta médica;
Dias Debitados: são dias não realmente perdidos, que devem ser debitados por morte ou incapacidade permanente, total ou parcial, de acordo com a tabela emitida pelo Ministério do Trabalho;
Dias Transportados: são dias perdidos por acidente que são transferidos para o mês subsequente ao da ocorrência, ao final do mês;
Taxa ou Coeficiente de Frequência: é o número de acidentes por milhão de horas homem trabalhadas, em determinado período. Essa taxa deve ser expressa com aproximação de centésimos;
Taxa ou Coeficiente de Gravidade: é a soma dos dias perdidos pela ocorrência do acidente, dos dias debitados (em caso de incapacidade parcial, incapacidade total ou morte) e dos dias transportados do mês anterior, por milhão de horas homem trabalhadas. Deve ser expressa em números inteiros.
Cálculo do Coeficiente de Frequência
Calcula-se a taxa ou coeficiente de frequência, utilizando-se da seguinte fórmula:
TFA = Nº.x 1.000.000
H.H.T
Sendo:
TFA - Taxa de Frequência de Acidentes;
Nº - Número de Acidentes (ASPT e ACPT)
H.H.T. - Horas Homem Trabalhadas
Movimentação de Objetos Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Diversos
As operações manuais envolvem muitos riscos e está relacionado ao tamanho, forma e o peso do objeto,
riscos que podem causar cortes, prensagens e quedas de objetos.
O carregamento de peso pode provocar danos nas articulações, especialmente as da coluna vertebral, o
que é frequente quando:
Os objetos são difíceis de pegar devido a sua forma ou tamanho;
O peso é superior a 25 Kg;
A diferença entre a altura que a carga está e a que deverá ser colocada é grande;
O deslocamento com o objeto é superior a 2 metros;
Os movimentos e posturas são forçados ou incômodos.
As lesões na coluna vertebral, além de causar perda de tempo na realização da atividade, podem levar o
trabalhador a se aposentar por invalidez.
Como prevenir?
O trabalho deve ser feito de maneira a evitar o manuseio de objetos pesados e, sempre que possível,
deve-se utilizar sistemas mecânicos para a movimentação de cargas. Os postos de trabalho também
devem ser feitos para facilitar as operações de manipulação.
A empresa também deve tomar algumas medidas de segurança, como:
Avaliar os riscos à segurança e a saúde dos trabalhadores;
Buscar soluções para facilitar o trabalho de movimentação de utensílios e equipamentos;
Organizar o trabalho para que haja recursos humanos e materiais para o atendimento de demandas dessas operações;
Prever espaços suficientes para o armazenamento, tanto fixos como eventuais;
Adequar os locais de armazenamento e as vias de circulação;
Aplicar sistemas para garantir a estabilidade das cargas e sua correta disposição;
Garantir a distribuição do trabalho para evitar esforços individuais excessivos ou posturas forçadas;
Distribuir aos trabalhadores os equipamentos de proteção individual (EPI), adequados ao risco e com certificado de aprovação (CA).
Os paletes usados no armazenamento devem estar bem conservados. Deve-se imobilizar a carga para
evitar sua queda, com ajuda de redes, cintas, etc.
Os materiais como perfis, barras e tubos devem ser amarrados antes do armazenamento e apoiados por
estruturas que forneçam estabilidade ao conjunto. Quando o armazenamento for horizontal, devem ser
colocados fora da área de circulação e com suas extremidades protegidas.
O empilhamento de sacos deve ser feito com a boca do saco voltada para o centro da pilha. Quando for
utilizado o empilhamento manual, deverão ser empilhados apenas vinte sacos e o empilhamento
mecanizado poderá ter trinta sacos.
As prateleiras devem ser fixadas em estruturas que garantam sua estabilidade como paredes, pisos,
pilares.
Peças pequenas devem ser armazenadas sempre em cestos ou caixas plásticas, as áreas de
armazenamento devem ser mantidas bem organizadas, iluminadas, e com sistemas claros de
identificação dos materiais ou objetos. As vias de acesso serão de acordo com o tamanho do material e,
também para circulação de veículos e pessoas.
O armazenamento de produtos perigosos deve ser feito em local separado e adequado ao tipo de risco
apresentado.
Riscos Ambientais - Medidas de Controle Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Riscos Ambientais
As medidas de controle derivam das várias linhas de ação tomadas para se combater
os agentes de risco, como as que se seguem: Medidas de Controle Técnicas
São medidas de controle que visam atuar no ambiente de trabalho, com soluções analisadas e
estabelecidas por pessoal técnico competente, no intuito de combater os agentes de risco existentes
como, por exemplo, com o uso de Equipamento de Proteção Coletiva (EPC), ou uso de Equipamento de
Proteção Individual (EPI).
Medidas de Controle Médicas
Medidas que visam monitorar os trabalhadores em seu ambiente de trabalho, do ponto de vista da saúde
dos mesmos. Exames médicos admissionais, periódicos e demissionais para indicar o nível de
contaminação ou não dos trabalhadores.
Medidas de Controle Administrativas
São precauções administrativas tomadas no intuito de não deixar que problemas futuros ocorram, como,
por exemplo, estabelecimento de fiscalização do cumprimento das normas de segurança, através da
análise de relatórios emitidos, reuniões realizadas (com citação em ata) e documentos preenchidos
(fichas de EPI, investigações de acidentes), além da seleção e admissão correta de pessoal.
Medidas de Controle Educativas
Estas medidas são apresentadas por todas as abordagens feitas pela empresa no intuito de divulgar as
leis, normas e regimentos internos que dizem respeito à segurança e saúde dos trabalhadores,
conscientizando-os sobre seus direitos e deveres por meio de treinamentos, orientações, diálogos de
segurança, seminários, palestras e campanhas de conscientização.
Contaminantes Biológicos Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Diversos
Contaminantes biológicos são microrganismos e endoparasitos que causam qualquer
tipo de infecção, alergia ou envenenamento.
A exposição a esses contaminantes é determinada pelo tipo de atividade. Algumas atividades manipulam
contaminantes biológicos como os laboratórios ou as indústrias que utilizam contaminadores. Embora
outras atividades não façam manipulação desses contaminantes, ainda assim poderá haver exposição a
eles.
Os contaminantes biológicos são classificados em quatro grupos, de acordo com o risco de
infecção:
Grupo 1 – Contaminantes biológicos pouco prováveis de causar doenças ao ser humano;
Grupo 2 – Contaminantes biológicos que podem causar doenças no ser humano, embora não haja o
contágio, ao qual há tratamento. Também pertencem a este grupo as bactérias causadoras de infecções
respiratórias, o tétano e os vírus da gripo e do herpes;
Grupo 3 – Contaminantes biológicos que podem causar doenças graves no ser humano, com risco de
contágio, embora tenha tratamento. Pertencem a esse grupo as bactérias causadoras da tuberculose, do
Antraz e os vírus da hepatite e da AIDS;
Grupo 4 – Contaminantes biológicos que também causam doenças que graves no ser humano, com alto
risco de contágio e sem tratamento eficaz. Exemplos desse grupo são os vírus de Ebola e de Marburg.
Procedimentos básicos de prevenção
Existem medidas que impedem o avanço do contaminante biológico ao ambiente e, portanto, evitam a
contaminação dos trabalhadores ou da sociedade. Os três níveis de contenção (2,3 e 4) correspondem
aos grupos com mesmo número.
As seguintes medidas também podem ser eficazes
Substituir os agentes biológicos nocivos por outros que não sejam perigosos, ou em menor grau;
Redução do número de trabalhadores expostos;
Estabelecer procedimentos de trabalho e medidas técnicas adequadas de gestão de resíduos, incluindo a manipulação, o transporte de agentes biológicos no local de trabalho e o estabelecimento de planos de emergências perante aos possíveis acidentes que incluam agentes biológicos;
Utilização de sinalizações de perigo biológico, com a adoção de medidas de proteção coletiva ou individual quando a exposição não puder ser evitada por outros meios, e disponibilizar banheiros apropriados, com produtos para lavar os olhos ou anti-sépticos para lavar a pele;
Treinar os trabalhadores em relação: aos riscos para a saúde, às disposições em matéria de segurança e higiene, à utilização dos equipamentos de proteção coletiva e individual e às medidas preventivas e que se deve adotar em caso de acidente.
Estabelecer um controle sanitário prévio e continuado.
Causas de Incêndios FEITO DIA 28/01/2013 Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Riscos Ambientais
A maioria dos incêndios, segundo as estatísticas, são causados por
erros humanos, assim temos de conhecer as causas para evitar os riscos relacionados aos
incêndios, dentre elas:
Brincadeira de Criança
Por não saberem o risco que correm, costumam brincar com fósforos, fogueiras, imitando
engolidores de fogo, por isso elas devem ser orientadas sobre os riscos e conseqüências.
Exaustores, chaminés, fogueiras
Todos os meios que levam o calor para o exterior, se não tiverem uma manutenção regular,
podem ser causadores de incêndios. No caso de fogueiras, a maioria dos acidentes ocorre por
causa de falhas humanas, causando acidentes com vítimas, além de grandes danos a ecologia.
Balões
Todo ano, com as festas juninas, ocorrem muitos incêndios causados por balões, que deixam
cair centelhas ou mesmo a tocha acesa sobre materiais combustíveis, por isso não solte balões.
Fogos de Artifícios
Tal como ocorrem com os balões, os fogos de artifícios também causam incêndios, além de
inúmeros acidentes. As crianças, geralmente, são as maiores vítimas, por não saberem
manuseá-los ou por terem defeitos de fábrica, assim sempre tome medidas de segurança com
fogos de artifícios.
Descuido ao Cozinhar
Algumas donas de casa não conhecem os riscos de incêndios e deixam os alimentos ao fogo
por tempo superior ao necessário, ou mesmo colocando-os com água em óleo fervente fazendo
com que haja incêndio, por isso mantenha sempre atenção redobrada quando utilizar o fogão.
Velas, lamparinas, iluminação à chama aberta sobre móveis
Muitas vezes são colocadas diretamente sobre móveis ou tecidos, velas ou lamparinas. No caso
da primeira, esta poderá queimar-se até atingir o material e incendiá-lo; a outra, por conter
querosene ou outro líquido inflamável, onde a situação é mais grave, portanto, quando forem
utilizadas, coloque-as sobre um pires ou prato, evitando o contato com o possível combustível.
Aparelhos Eletrodomésticos
Além das instalações elétricas inadequadas, os próprios aparelhos elétricos utilizados nas
residências poderão causar incêndios, quando guardados ainda quentes, deixados ligados ou
apresentarem defeitos. Observe sempre seu funcionamento, fios, interruptores e siga
as instruções do fabricante.
Pontas de Cigarro
Muitas pessoas com o hábito de fumar, o fazem em local proibido e quase sempre jogam
as pontas destes, sem ter certeza que foram apagados completamente. Outras vezes, deitam-se
e adormecem deixando-o aceso. Portanto, deve-se sempre molhar ou amassar as pontas antes
de serem jogadas no lixo.
Vazamento de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)
O GLP é um acelerador de incêndio em potencial. O botijão que fica conectado ao fogão,
tem um tubo de plástico que incendeia com facilidade, liberando o gás, podendo causar a
propagação do fogo para todo o ambiente, portanto devemos colocar tais recipientes fora da
residência, conectando-o por uma mangueira resistente recomendada pelo Conselho Nacional
de Petróleo que contém data de validade.
Ignição ou Explosão de Produtos Químicos
Alguns produtos químicos ou inflamáveis, quando em contato com o ar ou outros
componentes, poderão incendiar-se ou explodir, devendo acondicioná-los em locais próprios e
seguros, para evitar acidentes, ao manipulá-los, deve-se procurar orientação de um técnico
especializado.
Instalações Elétricas Inadequadas
Os improvisos em instalações elétricas são responsáveis pela maioria dos incêndios, portanto,
devemos seguir as orientações de pessoas capacitadas.
Trabalhos de Soldagens
Nos aparelhos de solda, alimentados com acetileno e oxigênio, havendo um vazamento,
isto poderá causar um incêndio, além da própria chama do maçarico. Os profissionais devem
estar atentos aos perigos quanto aos danos nas mangueiras e registros do aparelho, para sua
segurança.
Ação Criminosa
Mais do que se imagina, incêndios são provocados por pessoas, principalmente no local
de trabalho, às vezes por vingança. Também alguns proprietários para obtenção de lucros de
seguros. Nestes casos as causas, normalmente são detectadas facilmente, e a os responsáveis
tem respondido judicialmente pelo delito.
Como Tratar os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Diversos
Os Resíduos Sólidos e semi-sólidos gerados por atividades
hospitalares ou estabelecimentos de saúde, devem ser tratados desde a sua geração até sua
disposição final, para atender as normas ambientais e de saúde pública. Segundo o Conselho Nacional de Meio-Ambiente – CONAMA, Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), são aqueles produzidos por qualquer unidade de atividade médico-assistencial humana ou animal, centros de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação na área de farmacologia e saúde, medicamentos e imunoterápicos vencidos ou deteriorados, vindas de necrotérios, funerárias e serviços de medicina legal e aqueles provenientes de barreiras sanitárias.
Os Resíduos produzidos por essas entidades devem ser devidamente tratados, pois, tais
resíduos favorecem um ambiente para o aparecimento de insetos e roedores, trazendo
conseqüências a comunidade e ao meio ambiente quando indevidamente tratado, armazenado e
transportado.
Além disso, se não forem tratados adequadamente podem trazer conseqüências para os
trabalhadores, com riscos de contração de doenças, tais como, hepatite e AIDS ou infecções
hospitalares.
Tratamento dos Resíduos
Os que geram tais resíduos devem adotar um Programa de Gerenciamento de Resíduos de
Serviço de Saúde (PGRSS), com o objetivo de dar um encaminhamento seguro e eficiente,
visando à proteção dos funcionários, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do
meio ambiente.
Assim deve ser elaborado o Plano de Gerenciamento de Resíduos, que é um documento que
descreve ações necessárias ao tratamento dos resíduos sólidos no estabelecimento, referentes
à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e
destinação final, e à proteção da saúde pública.
O planejamento do programa deve ainda ser feito em conjunto com todos os setores definindo
as responsabilidades e obrigações de cada um em relação aos riscos.
A elaboração, implementação e desenvolvimento do PGRSS, devem envolver os setores de
higienização e limpeza, a Comissão Controle de Infecção Hospitalar – CCIH, e os Serviços de
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT, onde houver obrigatoriedade da
existência desses serviços, através de seus responsáveis, abrangendo todo o pessoal do
estabelecimento, em obediência às legislações de saúde, ambiental e de energia nuclear,
vigentes.
O Plano de Gerenciamento deve conter também ações para emergências e acidentes, de
controle integrado de pragas e de controle químico, abrangendo medidas preventivas e
corretivas, assim como de prevenção de saúde ocupacional.
Por fim, todas as operações de doações ou vendas de resíduos sólidos destinados á reciclagem
ou compostagem devem ser registradas.
Frio e Calor no Ambiente de Trabalho Por Guilherme Eduardo |
O Homem possui mecanismos eficazes porque precisa manter a temperatura interna do
corpo praticamente constante, entre 36 ºC e 38 ºC, mesmo em condições ambientais extremas.
Para evitar que o calor do ambiente e o produzido pela atividade física realizada tirem a estabilidade
da temperatura corporal, o organismo utiliza processos físicos e fisiológicos para dissipar o excesso de
calor.
Os mecanismos físicos são:
Radiação: é a troca de calor através de ondas eletromagnéticas entre corpos com diferentes
temperaturas, isso depende da temperatura superficial dos corpos.
Condução: é a troca de calor que acontece entre corpos em contato, dependendo da
temperatura dos corpos.
Convecção: é a troca de calor entre a pele e o ar, que está relacionada com a temperatura e a
velocidade do ar.
Evaporação: a evaporação do suor é o único que só gera a perda de calor, que depende da
umidade e da velocidade do ar.
Os mecanismos fisiológicos mais importantes são:
No frio: redução do fluxo sanguínio superficial e o aumento da atividade física (tremor).
No calor: aumento da produção de suor e dos fluxos sanguíneos superficiais, e diminuição da
atividade física (moleza).
Os principais efeitos da exposição a ambientes quentes são: choque térmico, desmaios, câimbras e
desidratação.
Nos ambientes muito frios, os principais efeitos são: hiportemia (diminuição da temperatura interna do
corpo) e o congelamento.
Métodos básicos de prevenção
Calor
Controlar as fontes emissoras de calor com a colocação de anteparos ou painéis isolantes ou
refletores.
Limitar a exigência física do trabalho, programando as tarefas mais pesadas para os períodos
mais frios do turno de trabalho. Aclimar o trabalhador às condições ambientais do local de trabalho antes
da sua entrada.
Limitar a exposição ao calor, aumentando a frequência e a duração dos intervalos.
Reduzir a transmissão de calor através de paredes e telhados.
Instalar equipamentos condicionadores de ar.
Instalar ventilação exaustora para eliminar os focos de ar quente.
Disponibilizar água potável mineralizada nas proximidades do local de trabalho.
Isolar os processos, os equipamentos ou suas partes quentes, para evitar o contato e
propagação do calor.
Fornecer roupas de proteção contra o calor.
Realizar treinamentos dos trabalhadores para o reconhecimento de sintomas e os primeiros
socorros relacionados a problemas de sobrecarga térmica.
Realizar exames médicos específicos admissionais e periódicos.
Conforto térmico
Proporcionar condição térmica agradável à maioria dos ocupantes do local através de sistemas
de ventilação e climatização.
Reduzir a transmissão de calor através do telhado, das paredes e das janelas.
Adequar as variáveis ambientais (temperatura, umidade, temperatura radiante média e
velocidade do ar) à atividade física realizada.
Garantir que o sistema de distribuição de ar está equilibrado, de modo que as vazões de ar e
sua velocidade não causem desconforto e moléstias devido às correntes de ar.
Frio
Fornecer roupa de proteção contra o frio, considerando os seguintes fatores:
A roupa deve proporcionar isolamento contra o frio, o vento e a umidade;
Deve permitir a transpiração e dissipação do excesso de calor gerado durante o trabalho;
Deve permitir a realização cômoda do trabalho (considerar o peso e o volume da roupa).
Adotar difusores nos sistemas de distribuição do ar frio de modo a impedir ou minimizar
as correntes diretas de ar sobre as pessoas.
Isolar os processos, os equipamentos ou suas partes frias, para evitar o contato.
Reduzir ou eliminar as tarefas de mera vigilância que exijam pouca atividade física.
Evitar o contato direto com equipamentos ou com suas partes frias por meio de isolamento.
Limitar a duração da exposição aumentando a frequência e a duração dos intervalos de descanso
e recuperação, ou permitindo a autolimitação da exposição.
Realizar programas de treinamento dos trabalhadores para o reconhecimento precoce dos sintomas da
exposição inadequada ao frio bem como quanto aos primeiros socorros necessários.
APR - Análise Preliminar de Riscos Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Prevenção de Acidentes
A análise preliminar de riscos (APR) é baseada em uma técnica utilizada pelos
militares nos programas de segurança de seus sistemas. Esta análise se mostrou eficiente em relação
ao seu custo, na fase de desenvolvimento de todos os sistemas militares perigosos, inclusive nas
plantas de processo.
É possível usar essa análise antes de outros métodos mais detalhados de identificação de riscos, que
são utilizados no decorrer da vida útil da planta.
A APR é própria para ser usada na fase inicial de concepção e desenvolvimento das plantas de
processo, na identificação dos riscos existentes. Ela não exclui a necessidade do uso de outras
avaliações de riscos, mas, é uma precursora das mesmas. As principais vantagens da APR são:
identificar e conscientizar a equipe de projeto dos perigos em potencial e identificar e desenvolver
diretrizes e critérios para a equipe de desenvolvimento de processo dar continuidade ao projeto. Dessa
forma, os perigos principais podem ser eliminados, minimizados ou controlados.
A APR é realizada com a listagem dos perigos associados aos elementos do sistema, como definido na
fase de concepção ou no inicio do projeto. Os elementos que podem ser definidos neste estágio são:
Matérias primas, produtos intermediários e finais e sua reatividade;
Equipamentos de processo;
Interface entre componentes;
Ambiente operacional;
Operações (teste, manutenção, procedimentos de emergência, etc.);
Instalações;
Equipamentos de segurança.
Á medida que os perigos são identificados, as potenciais causas, efeitos e a gravidade dos acidentes,
bem como as possíveis medidas de correção ou preventivas, também são descritas. Para que seja feito
um bom trabalho, é necessário aproveitar as experiências anteriores, advindas do maior número de
fontes diferentes.
Estas fontes são compostas de estudos de riscos de instalações semelhantes, experiência operacional
em processos similares e listagem de riscos.
Como utilizar o método
A análise preliminar de riscos é composta dos seguintes passos básicos:
Reunir os dados necessários;
Realizar a análise preliminar de riscos;
Registrar os resultados.
Reunir os dados necessários
Antes da execução da APR, é necessário reunir todas as informações sobre a planta/sistema em
estudo, e também, informações adquiridas pela experiência com outras plantas similares, podendo ser
de uma planta que utilize processos diferentes, mas equipamentos e materiais similares.
A APR é específica para a identificação antecipada de riscos, o que pode tornar os dados sobre a planta,
escassos. Na etapa do desenvolvimento do projeto em que a APR é útil, dentre as poucas informações
disponíveis, está à concepção do processo. Dessa forma, deverão ser conhecidos os produtos químicos
e reações básicas, bem como os principais tipos de equipamentos, principalmente os equipamentos
especiais ou de longa vida, como: vasos, trocadores de calor e o tipo de construção das instalações. Os
componentes da planta, seus objetivos operacionais e os requisitos básicos de desempenho são úteis à
definição dos riscos e ao ambiente ao qual a planta vai operar.
É muito importante que se determine a existência de experiência prévia com as substâncias químicas
e/ou a concepção do processo em estudo. Qualquer problema identificado pela experiência prévia
poderão auxiliar na execução da APR.
Realizar a análise preliminar de riscos
A execução da APR consiste em identificar os perigos, eventos iniciadores em potencial, e outros
eventos capazes de gerar consequências indesejáveis. Os analistas devem identificar os critérios de
projeto ou alternativas com possibilidades de eliminar ou reduzir os perigos capazes de determinar um
nível de risco elevado para o projeto. É necessária experiência para realizar tais avaliações. Na
realização da APR, devem ser considerados os seguintes elementos:
Equipamentos e materiais perigosos da planta, como: combustíveis, substâncias químicas altamente reativas, substâncias tóxicas, sistemas de alta pressão e outros sistemas de armazenamento de energia;
Fatores entre equipamentos e substâncias da planta associadas à segurança como, por exemplo, interações de materiais, início de propagação de incêndios ou explosões e sistemas de controle ou parada;
Fatores ambientais susceptíveis de influenciar o equipamento e os materiais da planta, como: terremotos, vibração, temperaturas extremas, descargas eletrostáticas e umidade;
Procedimentos de operação, teste, manutenção e atendimento às situações de emergência, importância dos erros humanos, funções a serem desempenhadas pelos operadores, disposição (ergonomia) dos controles de equipamentos e proteção contra acidentes com o pessoal;
Elementos de apoio das instalações, como: armazenamento, equipamentos de teste, treinamento e utilidades;
Equipamentos relacionados com a segurança: sistemas de atenuação, redundância, extintores de incêndio e equipamentos de proteção pessoal.
Registros dos Resultados
Os Resultados da APR são registrados em um formulário que mostra os perigos identificados, as
causas, o modo de detecção, efeitos potenciais, categorias de frequência e severidade e risco, as
medidas corretivas e preventivas.
Vibração Ocupacional Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Riscos Ambientais
Vibração é qualquer movimento que o corpo executa em torno de um
ponto fixo. Esse movimento pode ser regular, do tipo senoidal ou irregular, quando não segue nenhum
padrão específico.
A vibração é definida por três variáveis: a frequência (Hz), a aceleração sofrida pelo corpo (m/s2) e pela
direção do movimento, que é dada em três eixos:
X (das costas para frente),
Y (da direita para esquerda) e
Z (dos pés à cabeça).
A vibração pode afetar todo o corpo ou apenas parte dele, como as mãos e os braços. A vibração do
corpo ocorre quando há vibração dos pés (posição em pé) ou do assento (posição sentada). A vibração
produzida por máquinas e equipamentos é transmitida para partes específicas do corpo conforme sua
sensibilidade à mesma frequência. As ampliações ocorrem quando as partes do corpo passam a vibrar
na mesma frequência, daí dizemos que entrou em ressonância.
Efeitos sobre o corpo humano
O corpo inteiro é mais sensível na faixa de 4 a 8 Hz (Hertz), que corresponde a frequência de
ressonância na direção vertical (eixo Z). Na direção X e Y, as ressonâncias ocorrem às frequência mais
baixas, de 1 a 2 Hz.
Os efeitos das vibrações podem ter graves consequências sobre o corpo humano e seus órgãos. As
vibrações danosas ao organismo estão nas frequências de 1 a 80 Hz, provocando lesões nos ossos,
juntas e tendões.
As freqüências intermediárias, de 30 a 200 Hz, são capazes de provocar doenças cardiovasculares,
mesmo a curta duração e, nas frequências altas, acima de 300 Hz, os sintomas são de dores agudas e
distúrbios. Alguns desses sintomas são reversíveis, podendo ser reduzido após um longo período de
descanso.
Alguns exemplos desses efeitos são:
Visão turva: as vibrações reduzem a visão e a torna turva, a partir de 4 Hz;
Perda de Equilíbrio: as pessoas que trabalham com equipamentos vibratórios de operação manual, tais como martelo pneumático e moto serra, apresentam degeneração gradativa do tecido muscular e nervoso;
Falta de Concentração;
Danificação permanente de determinados órgãos do corpo: os efeitos aparecem na forma de perda da capacidade manipuladora e do controle do tato nas mãos, conhecido, popularmente, por dedo branco, o que ocorre com no máximo após 6 meses de trabalho com ferramentas vibratórias. Essas doenças são observadas, principalmente, em trabalhadores de minas e florestais.
Fonte: Universidade Federal de Viçosa
Prevenção de Acidentes no Lar - Envenamento Doméstico Por Guilherme Eduardo | Marcadores: Prevenção de Acidentes
Crianças comem e bebem de tudo, por isso é preciso manter todos os produtos tóxicos em local seguro e trancado, fora do alcance das mãos e dos olhos das crianças, de modo a não despertar a sua curiosidade. As mais frequentes intoxicações em crianças são causadas por remédios, produtos de uso doméstico, como: alvejantes, querosene, polidores de móveis, tintas, solventes, detergentes, inseticidas. Para evitar esses incidentes, devemos tomar as seguintes precauções:
Remédios
Os remédios são ingeridos por crianças que os encontram em local de fácil acesso, deixados
pelo adulto;
Nunca deixe de ler o rótulo ou a bula antes de usar qualquer medicamento;
Evite tomar remédio na frente de crianças;
Não dê remédio no escuro para que não haja trocas perigosas;
Não utilize remédios sem orientação médica;
Mantenha os medicamentos nas embalagens originais;
Cuidado com remédios de uso infantil e de adulto com embalagens muito parecidas. Erros de
identificações podem causar intoxicações graves e, às vezes, fatais;
Nunca use medicamentos com prazo de validade vencida;
Descarte remédios vencidos. Não guarde restos de medicamentos. Despeje o conteúdo no vaso
sanitário ou na pia e lave a embalagem ante de descartá-la. Nunca coloque a embalagem com seu
conteúdo na lixeira;
É importante que a criança aprenda que remédio não é bala, doce ou refresco. Quando sozinha,
ela poderá ingerir o medicamento. Lembre-se: remédio é remédio;
Pílulas coloridas, embalagens e garrafas bonitas, brilhantes e atraentes, odor e sabor
adocicados despertam a atenção e a curiosidade natural das crianças. Não estimule essa curiosidade.
Mantenha medicamentos e produtos domésticos trancados e fora do alcance das crianças.
Produtos Domésticos
Leia atentamente os rótulos antes de usar qualquer produto doméstico e siga as instruções cuidadosamente;
Guarde detergentes, sabões em pó, inseticidas e outros produtos de uso doméstico longe dos alimentos e dos medicamentos, trancados e fora do alcance das crianças;
Mantenha os produtos nas suas embalagens originais. Nunca coloque produtos derivados de petróleo (querosene, gasolina), alvejantes, em embalagens de refrigerantes, sucos.
Plantas Tóxicas
Ensine às crianças que não se deve colocar plantas na boca;
Conheça as plantas que tem em casa e arredores pelo nome e características;
Não coma plantas desconhecidas. Lembre-se que não há regras ou testes seguros para
distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade das
plantas;
Quando estiver lidando com plantas venenosas use luvas ou lave bem as mãos após esta
atividade;
Não faça remédios ou chás caseiros preparados com plantas, sem orientação médica.
Em caso de acidente com plantas tóxicas retire da boca o que resta da planta, cuidadosamente;
Enxágue a boca com água corrente;
Guarde a planta para identificação;
Ligue para o Centro de Controle de Intoxicação.
Quando ocorrem as intoxicações?
Geralmente, as intoxicações ocorrem nos horários que antecedem as refeições: das 10 às 12
horas e das 17 às 20 horas;
Também, quando a rotina da casa muda, por exemplo, durante as férias, mudança, quando há
convidados, problemas na família.
LOCAL E PRODUTOS POTENCIALMENTE TÓXICOS
Cozinha: desentupidores, desengorduradores de fogões, desinfetantes, sabões, detergentes,
saponáceos.
Área de Serviço: solventes, tintas, alvejantes inseticidas raticidas, álcool, gás de cozinha, sabões para
máquina de lavar, ceras fertilizantes.
Sala: bebidas alcoólicas, plantas ornamentais.
Quarto : inseticidas, naftalina, remédios, perfumes.
Banheiro: remédios, perfumes.