Assembleia Diocesana de Pastoral - Microsoft...“Não vim para ser servido, mas para servir” (Mt...

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Ano 53 . Nº 404 . Novembro 2019 Informativo da Diocese de Tubarão Em breve, nas paróquias! A diocese está oferecendo, neste livrinho, um roteiro de preparação para o próximo Santo Natal. Destina-se a grupos de pessoas que estejam desejosas de viver juntas, e de forma mais intensa, o belo Tempo Litúrgico do Advento. Os grupos podem constituir-se de várias formas: dentro da mesma família, entre vizinhos, funcionários de uma em- presa, grupos de amigos, jovens e tantos outros. Os locais também poderão ser os mais diversos: nas casas, em praças públicas, em igrejas, em ambientes de trabalho, em hospi- tais, em escolas e em todo lugar onde for possível. Assembleia Diocesana de Pastoral nas páginas 08 e 09 Encontro de Jovens Cristãos na página 06 Uma escolha prioritária Página 02 Santa Dulce dos Pobres, o anjo bom da Bahia Página 03 Semana da Vida Página 14

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Ano 53 . Nº 404 . Novembro 2019Informativo da Diocese de Tubarão

Em breve,nas paróquias!A diocese está oferecendo, neste livrinho, um roteiro

de preparação para o próximo Santo Natal. Destina-se a grupos de pessoas que estejam desejosas de viver juntas, e de forma mais intensa, o belo Tempo Litúrgico do Advento.

Os grupos podem constituir-se de várias formas: dentro da mesma família, entre vizinhos, funcionários de uma em-presa, grupos de amigos, jovens e tantos outros. Os locais também poderão ser os mais diversos: nas casas, em praças públicas, em igrejas, em ambientes de trabalho, em hospi-tais, em escolas e em todo lugar onde for possível.

Assembleia Diocesana de Pastoral

nas páginas 08 e 09

Encontro deJovens Cristãos

na página 06

Uma escolhaprioritária

Página 02

Santa Dulcedos Pobres, o anjo

bom da Bahia Página 03

Semana da Vida Página 14

Informativo da Diocese de Tubarão - Novembro 2019www.diocesetb.org.br | www.facebook.com/diocesetubarao 02 Informativo da Diocese de Tubarão - Novembro 2019

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Uma escolhaprioritária

Após o mês de outubro, tão significativo para nós ca-tólicos, em âmbito mundial, nacional e diocesano, inicia-mos novembro com a cele-bração de Finados e de Todos os Santos. E nosso olhar já se volta para a Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo, e o fim do Ano Litúrgico. An-tes, porém, teremos a Jornada Mundial dos Pobres.

O Papa Francisco afirmou ter tido uma intuição, já no final do Ano Santo da Mise-ricórdia (2016), ao celebrar o “Jubileu das Pessoas Excluídas Socialmente”: que em toda a Igreja se celebre o Dia Mun-dial dos Pobres, no penúltimo domingo do Ano Litúrgico. Dessa forma, se estaria fazen-do a mais digna preparação para viver bem a solenidade de Cristo-Rei, que se identi-ficou com os mais pequenos e os pobres, e que nos há de julgar a respeito das obras de misericórdia (cf. Mt 25, 31-46).

O objetivo desta jornada é ajudar as comunidades e cada batizado a refletirem sobre a relação entre o Evangelho e a atenção aos pobres, e a des-cobrirem que estas são rea-lidades inseparáveis porque Jesus afirmou estar, ele pró-prio, presente nos pequenos e pobres: “Tudo o que fizerdes ao menor dos meus irmãos é a mim que o fazeis” (Mt 25,40).

Nossa Conferência Epis-

copal confiou à Caritas Bra-sileira a tarefa de dinamizar a celebração do Dia Mundial dos Pobres. Com a intenção de favorecer, a um maior nú-mero de pessoas de boa von-tade, a vivência intensa dessa iniciativa do Papa, propôs-se uma semana inteira de ativi-dades que levem ao encontro dos que mais sofrem, em suas vidas, as consequências da pobreza. Surgiu, assim, a Se-mana da Solidariedade (neste ano, de 10 a 17 de novembro).

No mundo, mais de 700 milhões de pessoas vivem em estado de pobreza. No Brasil, fala-se em vinte milhões, dos quais nove milhões estão na miséria. Enquanto houver po-bres e descartados, não have-rá paz social, diz o Papa.

Em sua mensagem para esse Dia, o Papa Francisco afirma que “a opção pelos últimos, por aqueles que a so-ciedade descarta e lança fora é uma escolha prioritária que os discípulos de Cristo são chamados a abraçar para não trair a credibilidade da Igreja e dar uma esperança concreta

a tantos indefesos”.Em nossa Diocese, Pa-

róquias e Comunidades há muitas práticas de atenção aos pobres. Poderíamos ci-tar a Caritas, os Vicentinos, a Fraternidade O Caminho e a Pastoral Carcerária. Mas há ainda outras. Entre elas, ini-ciativas de grupos diversos e de pessoas individualmente. Essas ações precisariam ser identificadas, valorizadas e divulgadas para edificação de todos, para estímulo a novas atividades e como convite aos que tiverem boa vontade a se engajarem também.

Nosso Papa pede a todos quantos sentem a exigência de levar esperança e conforto aos pobres, que se empenhem para suscitar em muitos a vontade de colaborar concre-tamente com ações diversas, procurando garantir que nin-guém se sinta privado da pro-ximidade e da solidariedade.

Preparemo-nos, então, ce-lebrando a Jornada Mundial dos Pobres, para vivermos bem a solenidade de Cristo--Rei.

Dom João Francisco SalmBispo Diocesano

Jornal Diocese em Foco . Tiragem 13.200Rua Senador Gustavo Richardnº 90 . Cx. Postal 341 . 88701-220Tubarão . Santa CatarinaFone/Fax.: (48) 3622-1504pastoral@diocesetb.org.brwww.diocesetb.org.brwww.facebook.com/ DioceseTubarao

Expediente

Conselho EditorialPe. Lino BrunelAdministraçãoPe. Pedro DebiasiCorreçãoPe. Lino Brunel

JornalistaVera Lúcia M. Garcia - SC 01097 JPComercialMarcos Giraldi (48) 9129-2500Projeto Gráficomddois.com.br

“[...], foi a mim que o fizestes” (cf. Mt 25,31-46)

Diácono de Ouro

Diácono Virgílio Bres-cianini, esposo da Dona Maria e pai de Luiz Antô-nio, Lúcia Regina e Pau-lo Fernando., morador na paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição de Imbituba, celebrou Jubileu de Ouro de Ministério Dia-conal, dia 26 de outubro passado. Dom João Fran-cisco, seu bispo e presiden-te da Missa, enalteceu os trabalhos prestados, sem-pre com muita dedicação e zelo apostólico. Usou a ex-pressão “diácono de ouro” referindo-se tanto ao jubi-leu que estava celebrando, quanto, e principalmente,

em reconhecimento ao seu trabalho de diácono, 43 dos quais, na diocese de Tuba-rão. Luiz Antônio, um de seus filhos, falou em nome da família e disse que “o diácono e pai Virgílio, sem deixar de ser o dedicado e bom pai e esposo na famí-lia”, nunca, mesmo que às vezes com muito sacrifí-cio, deixou de cumprir seus compromissos de diácono”. Diácono Virgílio foi orde-nado diácono no dia 26 de outubro de 1969, em Itum-biara-GO, e fielmente tem vivido seu lema diaconal “Não vim para ser servido, mas para servir” (Mt 20,28).

Propedêutas de SCvisitaram o Santuário

de Albertina

No dia 23 de outubro, acompanhado do Pe. Rodrigo José da Silva, Reitor do Seminário Nossa Senhora de Fátima, de Tubarão, um grupo de 27 seminaristas e padres visitou a terra da Beata Al-bertina e do Servo de Deus Pe. Aloísio Sebastião Boeing. A pere-grinação fez parte da programação da Semana Propedêutica. Os seminaristas e seus formadores são provenientes de várias dio-ceses catarinenses. No Santuário de Albertina, o grupo participou da Celebração Penitencial fundada na história da Beata e foi-lhe oferecido o Sacramento da Reconciliação. Após a caminhada e o terço na Gruta do Martírio, os participantes visitaram o espaço religioso e o comércio de Vargem do Cedro.

Pe. Auricélio Costa

Santas Missões Populares

O tempo fortemente mis-sionário do Projeto Santas Mis-sões Populares, em algumas paróquias já vai sendo finaliza-do. O pós missão, contudo, con-tinuará através de várias ações

para que a “planta” cresça e dê muitos frutos para a glória de Deus (cf. Jo 15,8).

O encerramento da Santas Missões Populares, em Ofici-nas, se deu no último sábado

do mês de outubro. Com a pre-sença de todos os missionários e da equipe de coordenação, em uma bela celebração, fez--se a inauguração do Cruzeiro Missionário. Na ocasião, duas

leigas, Wagda e Sônia, compro-meteram-se como missioná-rias consagradas por um ano, em seus lares, através da Con-gregação das Irmãs do Santís-simo Sacramento e Maria Ima-

culada.Neste mesmo dia, último

sábado de outubro, houve o encerramento das Santas Mis-sões Populares em Imaruí e Vargem do Cedro

Encerramento das Missões em Oficinas, Tubarão O Cruzeiro Missionário, inaugurado em Oficinas, será um sinal visível de que as missões irõa continuar

Encerramento das Santas Missões em Vargem do CedroEncerramento das Santas Missões em Imaruí

As Santas Missões Populares estão sendo uma experiência profunda e viva de Deus no coração do povo. É um jeito “novo” de evangelizar. Andamos e vemos muitas situações e pessoas diferentes. Conhecemos de perto histórias reais. Somos desa-fiados a repensar algumas práticas quanto ao acolhimento, principalmente das pessoas mais vulneráveis, aquelas que vivem em situação de pobreza material ou espiritual. Elas acham nossas igrejas muito chiques, tanto em sua estrutura física (templo) quanto nas pessoas que as frequentam. Isto as inibe de estarem em nosso meio. Visitá-las é como que um abrir as portas da Igreja e facilitar sua aproximação de Jesus Cristo (Carla de Limas – Paróquia de Magalhães)

O que você tem a dizer das Santas Missões Populares?

Dona Maria e Diácono Virgílio

Grupo de 27 Seminaristas na terra da Beata Albertina

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3º Dia Mundial dos Pobres

Observação: o que segue são partes da mensagem do papa para o “3º Dia Mundial dos Pobres”, celebrado em 17 de novembro de 2019.

Tema: “A esperança dos pobres jamais se frustrará”

01. Esperança, sim, embora em meio a interrogações!

“A esperança dos pobres jamais se frustrará” (Sal 9, 19). Estas palavras são de incrível atualidade. Expressam uma verdade profunda, que a fé consegue gravar sobretudo no coração dos mais pobres: a esperança perdida devido às injustiças, aos sofrimentos e à precariedade da vida será res-tabelecida (...); mas como é que Deus pode tolerar esta desi-gualdade? Como pode permi-tir que o pobre seja humilhado, sem intervir em sua ajuda? Por que consente que o opressor tenha vida feliz (...)?

02. E a pobreza e asescravidões se multiplicam

(...) famílias obrigadas a dei-xar a sua terra à procura de formas de subsistência noutro lugar; órfãos que perderam os pais ou foram violentamen-te separados deles para uma exploração brutal; jovens em busca duma realização pro-fissional, cujo acesso lhes é impedido por míopes políticas econômicas; vítimas de tantas formas de violência, desde a

prostituição à droga, e humi-lhadas no seu íntimo. Além, os milhões de migrantes...os sem abrigo e marginalizados (...).

03. Na lixeira humana, onde o lixo e pobreza

às vezes se confundem!

Quantas vezes vemos os pobres nas lixeiras a catar o descarte e o supérfluo, a fim de encontrar algo para se alimen-tar ou vestir! Tendo-se torna-do, eles próprios, parte duma lixeira humana, são tratados como lixo, sem que isto provo-que qualquer sentido de cul-pa em quantos são cúmplices deste escândalo. Aos pobres, frequentemente considerados parasitas da sociedade, não se lhes perdoa sequer a sua po-breza (...); porque pobres, são tidos por ameaçadores ou in-capazes.

04. Acolher os pobres, condição para ser discípulo

de Jesus!

“A opção pelos últimos, por

aqueles que a sociedade des-carta e lança fora”, é uma es-colha prioritária que os discí-pulos de Cristo são chamados a abraçar para não trair a cre-dibilidade da Igreja e dar uma esperança concreta a tantos indefesos. É neles que a carida-de cristã encontra a sua prova real, porque quem partilha os seus sofrimentos com o amor de Cristo recebe força e dá vi-gor ao anúncio do Evangelho.

05. Mas, acolher os pobres tem exigências

O compromisso dos cristãos, por ocasião deste Dia Mundial e sobretudo na vida ordinária de cada dia, não consiste ape-nas em iniciativas de assistên-cia que, embora louváveis e necessárias, devem tender a aumentar, em cada um, aquela atenção plena, que é devida a toda a pessoa que se encontra em dificuldade (...). Não é fácil ser testemunha da esperan-ça cristã no contexto cultural do consumismo e do descarte, sempre propenso a aumentar

Padre Nilo BussEdição do Texto

um bem-estar superficial e efê-mero. Requer-se uma mudança de mentalidade para redesco-brir o essencial (...).

06. O amor pelos pobres deverá ser permanente

A esperança comunica-se também através da consola-ção que se implementa acom-panhando os pobres, não por alguns dias permeados de en-tusiasmo, mas com um compro-misso que perdura no tempo. Os pobres adquirem verda-deira esperança, não quando nos veem gratificados por lhes termos concedido um pouco do nosso tempo, mas quando reconhecem no nosso sacrifício um ato de amor gratuito que não procura recompensa.

07. Os pobres também precisam de Deus

Antes de tudo, os pobres precisam de Deus, do seu amor tornado visível por pessoas santas que vivem ao lado de-les (...). É certo que os pobres

também se aproximam de nós porque estamos a distribuir--lhes o alimento, mas aquilo de que verdadeiramente preci-sam ultrapassa a sopa quente ou o sanduíche que oferece-mos. Os pobres precisam das nossas mãos para se reerguer, dos nossos corações para sen-tir de novo o calor do afeto, da nossa presença para superar a solidão (...).

08. Pequenos gestos, mas com grande significado!

Por vezes, basta pouco para restabelecer a esperança: bas-ta parar, sorrir, escutar. Duran-te um dia, deixemos de lado as estatísticas; os pobres não são números, que invocamos para nos vangloriar de obras e pro-jetos. Os pobres são pessoas a quem devemos encontrar: são jovens e idosos sozinhos que se hão de convidar a entrar em casa para partilhar a refeição; homens, mulheres e crianças que esperam uma palavra ami-ga. Os pobres salvam-nos, por-que nos permitem encontrar o rosto de Jesus Cristo.

09. O discípulo semeia esperança e gera comunhão

e solidariedade

Aos discípulos do Senhor Je-sus, a condição que se lhes im-põe é semear sinais palpáveis de esperança. A todas as co-munidades cristãs e a quantos sentem a exigência de levar es-perança e conforto aos pobres, peço que se empenhem para que este Dia Mundial possa re-forçar em muitos a vontade de colaborar concretamente para que ninguém se sinta privado da proximidade e da solidarie-dade.

Santa Dulce dos PobresO anjo bom da Bahia

“Portaria de São Francisco”, assim se tornou conhecida a casa dos pais de Maria Rita de Souza Brito Lopes. Aos 13 anos, a menina transformou a casa dos pais, o dentista Augusto Lopes Pontes e Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes, num lar de acolhida e atendimento a mendigos e doentes.

Maria Rita manifestou o desejo de se tornar religiosa, ainda na adolescência. Em 13 de agosto de 1933, fez os votos perpétuos e recebeu o hábito de freira das Irmãs Missioná-rias e adotou, em homenagem à sua mãe, o nome de Irmã Dulce.

Como religiosa, Irmã Dulce teve uma vida voltada aos po-bres e doentes. Num tempo e lugar de muita pobreza, a aju-da aos desvalidos teria que ser oferecida, mesmo que através de práticas que o mundo tinha dificuldades de compreender. Para abrigar doentes que reco-lhia nas ruas, Irmã Dulce inva-diu cinco casas desocupadas,

em 1939. Depois de ser expulsa do lugar, teve que peregrinar durante uma década, instalan-do os doentes em vários luga-res, até transformar em alber-gue o galinheiro do Convento de Santo Antônio. O galinheiro veio a se transformar no Hos-pital Santo Antônio, centro de um complexo médico, social e educacional que continua atendendo os pobres. Hoje, o hospital Santo Antônio atende diariamente mais de cinco mil pessoas.

Irmã Rita foi uma das mais

importantes, influentes e notó-rias ativistas humanitárias do século XX. Suas obras de cari-dade são referência nacional, e ganharam repercussão pelo mundo. Seu nome é sempre relacionado à caridade e amor ao próximo

O rito de canonização de Irmã Dulce ocorreu na cele-bração da missa dominical de 13 de outubro de 2019, no Vaticano, presidida pelo Papa Francisco, e recebeu o título canônico de Santa Dulce dos Pobres.

Papa Francisco

Maria Rita, aos 13 anos de idade

Irmã Dulce, na juventude

CIER em ação

A caminhada ecumênica em Santa Catarina e as pro-postas de ação para 2020, fo-ram pauta da 53ª Assembleia Geral Ordinária do CIER, rea-lizada no dia 07 de outubro, no Centro de Formação Cató-lica de Lages. No dia seguin-te, o CIER promoveu o Semi-nário: “Violências em nome de Deus”, com a assessoria do Professor Luiz Dietrich, da PUC/Paraná. Participaram 19 pessoas, representantes de Dioceses e Sínodos.

O assessor abordou, com competência, a temática, a partir de relatos bíblicos as violências feitas em nome de Deus; também presentes em nossa sociedade. Destacou

que “a diversidade religiosa é fruto da história. Entender esta realidade é construir uma vivência que nos faça

Participantes da 53ª Assembleia Geral Ordinária do CIER

Pastor Inácio LemkePresidente do CIER

sermos mais amorosos, hu-manos, fraternos, ou seja, pes-soas melhores a cada dia. A forma que mais nos aproxima

do entendimento de Deus é o amor, reafirmado por Jesus. A postura contrária é perpetuar a violência em nome de Deus,

muito presente na história e em diferentes situações na atualidade”. Ressaltou De-trich que “a evangelização consiste em fazer crescer o amor, dentro do cristianismo e dentro da imensa diversida-de religiosa que marca as cul-turas humanas. Que Jesus nos acompanhe por este cami-nho, que é verdade e vida, e nos ensine a verdadeiramen-te adorar a Deus “em espírito e verdade”.

Dom Rafael Biernaski, vice-presidente do CIER, lem-brou que “o desafio do ecu-menismo é confirmar este ca-minho. Cultivar a unidade no amor, a partir do Evangelho, com serenidade”.

Neste seminário, os par-ticipantes manifestaram apoio e oração ao Sínodo da Amazônia. Estamos unidos em favor da vida humana e da natureza. Importante é sermos igreja na perspectiva sinodal, isto é, caminharmos juntos”.

Maria Rita de Souza Brito Lopes, Irmã Dulce

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Informativo da Diocese de Tubarão - Novembro 2019www.diocesetb.org.br | www.facebook.com/diocesetubarao 06 Informativo da Diocese de Tubarão - Novembro 2019

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A relação Igreja-MundoR E I N O - I G R E J A - M U N D O : O T R I P É D A E C L E S I O L O G I A D O V A T I C A N O I I - I X

Pe. Agenor Brighenti

Graças ao Concílio Vaticano II, a relação entre Igreja e Mun-do mudou muito. As Escrituras já se perguntam sobre a im-portância da autoridade civil e o modo como os cristãos deve-riam se relacionar com ela. Na época patrística e medieval, se aborda a relação em termos de sacerdotium et imperium, entre Igreja e Estado. Na ida-de moderna, com a emanci-pação da razão e a autonomia do temporal frente à Igreja, a questão é colocada em termos de relações entre revelação (fé) e ciências (razão). Hoje, o mundo considerado e experi-mentado como história única e total da humanidade, funda-do em si mesmo, com muitas religiões não-cristãs, povoado por uma sociedade pluralista, levanta novos desafios na rela-ção Igreja-Mundo.

Os limites de uma relação de distância e dominação

O mal-estar na relação Igreja-Mundo, que se prolon-gou até o Vaticano II, na reali-dade havia começado ainda no século V, quando o cristianis-mo se encontrou com o mundo greco-romano. Neste período, a relação Igreja-Mundo passou por duas fases distintas. A pri-meira, no período da cristan-

dade, que vai do século V até o advento da modernidade no século XVI, o modo de relação pode ser definido como Igreja “e” mundo, ou seja, duas rea-lidades separadas, frente às quais o cristão deve refugiar--se no espiritual, fugindo “do” mundo. Entende-se que há duas histórias, a profana (do mundo) e a história da salva-ção (da Igreja). O que contaria para a salvação é o que se faz na esfera do re-ligioso. Para ser salvo, o profano precisa ser tra-zido para dentro do sagrado, ou seja, a sociedade civil precisa ser cristã, da mes-ma forma que o poder temporal deve ser inves-tido pela Igreja e estar a serviço dela. Expressão da fuga mundi é a supremacia da contempla-ção em relação à ação, assim como a repres-são do corpo e da sexualidade pela exaltação da virgindade. Com isso, o modelo de santida-de, que até então era o mártir, passa a ser o monge, recolhido num mosteiro “fora” do mundo, dedicado à vida contemplativa e celibatário.

Uma segunda fase da rela-ção Igreja-Mundo nos moldes da cultura helênica, deu-se no período de neocristandade, ca-racterizada por Igreja “versus”

Mundo. Com o advento da mo-dernidade e a emancipação da sociedade civil frente à tutela da Igreja, como o clero não é mais aceito pela sociedade emancipada, esta enviará os leigos como extensão do bra-ço do clero, com a missão de reconquistá-la para a Igreja. Assume-se uma postura apo-logética, pois se pensa que

o mundo se opõe e conspira contra a Igreja. Como soldados de Cristo, os cristãos precisam combater o mundo moderno e recolocar a Igreja no topo da pirâmide social. Para ser salvo, o mundo precisa ser in-tegrado à Igreja; a sociedade, recristianizada; a cultura deve voltar a ser cristã; enfim, o Es-tado terá que voltar a estar a serviço dos ideais da Igreja. Em

lugar de uma Igreja servidora do mundo, na neocristandade, temos uma Igreja absorvedo-ra do mundo, empenhada em integrá-lo a ela, condição para que o mesmo seja salvo.

Com Vaticano II, uma relação de diálogo e serviço

O Vaticano II levará a Igre-ja, enfim, a fazer a passagem da fuga “do” mun-do à inserção “no” mundo. Fez compreen-der que a Igreja está no mundo e existe para a salvação do mundo. Não é o mundo que está na Igreja, mas é a Igreja que está no mundo. E para salvar o mundo, é preciso assumi-lo e se in-serir nele, como “luz do mundo” e “fermento na massa”. A razão de ser da Igreja é tornar presen-te o Reino de Deus no mundo. Para o Vaticano

II, cabe à Igreja inserir-se no mundo, não para trazê-lo para dentro da Igreja (missão centrí-peta), mas para tornar presen-te nele o Reino de Deus, no “di-álogo e no serviço ao mundo” (missão centrífuga).

Concretamente, a atuação dos cristãos no mundo se dá de duas formas. Uma delas é pela pastoral social, que vai além da caridade assistencial e da

promoção humana nos parâ-metros de uma ação social. O assistencialismo humilha o pobre (Bento XVI), pois além de fazer dele um objeto de caridade, perpetua as causas da exclusão. Por sua vez, uma ação social restrita a uma ca-ridade organizada em favor de indivíduos ou grupos, ignora as causas da pobreza e colabora com a vigência de estruturas que geram “ricos cada vez mais ricos à custa de pobres cada vez mais pobres” (João Paulo II). A pastoral social combina assistência, promoção humana e transformação das estrutu-ras, em vista de uma sociedade justa e inclusiva de todos, ex-pressão da realização do Rei-no de Deus em sua dimensão imanente.

A segunda forma de atu-ação dos cristãos no mundo se dá pelo engajamento dos cristãos, enquanto cidadãos, no seio da sociedade, através das mediações da própria so-ciedade autônoma. Trata-se de inserir-se nos denominados “corpos intermediários” da so-ciedade como as associações de moradores e de classe, os conselhos tutelares de direitos de toda ordem, os partidos po-líticos e as organizações não--governamentais. Faz parte da missão da Igreja formar a cons-ciência cidadã, contribuir para a organização da sociedade ci-vil autônoma, capacitar os cris-tãos para um serviço efetivo no espaço público, assim como acompanhar de perto os cris-tãos engajados, propiciando--lhes o apoio da instituição no exercício da cidadania segun-do os princípios cristãos.

Missa pela PazP A R Ó Q U I A D E J A G U A R U N A

Igreja lotada para a tradicional Missa pela Paz

PASCOMParoquial

Cerca de 1,5 mil jovens da Diocese de Tubarão partici-param do Encontro de Jovens Cristãos (ENJOCRI), na cidade de Imbituba/SC, no último do-mingo de outubro, dia 27.

O ENJOCRI, realizado anu-almente pelo Setor Juventude da Diocese de Tubarão, teve por tema neste ano, em sin-tonia com as Santas Missões Populares e o Mês Missionário Extraordinário, instituído pelo Papa Francisco, “Ide e fazei discípulos todos os povos” (Mt. 28, 16). O encontro foi animado pelo Grupo Tons de Deus, que cantou músicas de fé e oração.

A preparação do ENJOCRI foi feita através do estudos sobre o tema, nas paróquias e , e contou com a peregrinação da Imagem

de Nossa Senhora Aparecida e da Cruz do evento. Na aber-tura do encontro, os símbolos entraram no Ginásio quando já estava lotado de muitos jovens.

“Ao ver a imagem de Nossa Se-nhora adentrando aquele giná-sio, o meu coração se encheu de graça e transbordou de alegria. Meus olhos se encheram de lá-grimas e me senti coberto pelo manto de Nossa Mãe Apareci-da”, contou Henrique Constante Bitencourt, membro da Pascom de Jaguaruna.

Durante a manhã houve apresentações teatrais, mu-sicais e de grupos de danças. Irmã Bernadete Gaspar apre-sentou um testemunho sobre Santa Paulina, Professor José Antônio Matiolla falou sobre o tema “Ide e fazei discípulos” e Padre Eduardo Rocha falou de sua experiência como missioná-rio na Amazônia. A caminhada, ainda na manhã de domingo,

A Missa pela Paz, dia 11 de outubro, reuniu mais de 2 mil fi-éis na Igreja Matriz de Jaguaru-na. Durante a celebração, todas as 20 comunidades da paróquia fizeram lindas apresentações, cada uma com um símbolo que representava a paz. Muitas delas focaram para o tema as Santas Missões Populares, destacando o momento lindo de missão e partilha, outras evocaram a Pa-droeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. A missa foi cantada por Irineu Calegari. No altar, es-tavam os padres Avelino de Sou-za e Antônio N. Hemckemeier e os diáconos Raul Martins e João Mylius.

Dia 19 de outubro o povo de Jaguaruna felicitou Pe. Antônio N. Hemkemeir, vigário paroquial, pelos 39 anos de ordenação.

E padre Avelino Souza vai no trote acom-panhando os trabalhos das Santas Missões Populares, na paróquia.

Jovens CristãosAmigos de Jesus Cristo e Missionários

foi de oração pela vida da ju-ventude e com encenações so-bre o desafio missionário em cada um dos cinco Continentes. pelas missões e vivenciando as dificuldades em ser missioná-rios nos cinco continentes. Na parte da tarde, muita animação, apresentação das comarcas e teatro com o grupo Santa Cena. A missa foi presidida pelo Bispo da Diocese de Tubarão, Dom João Francisco Salm. No final da homilia, dom João pediu que os jovens formem grupos e estu-dem a exortação do Papa sobre a Juventude “Christus Vivit”.

“De uma forma particular e especial Deus falou ao meu coração. Devemos ouvir o que ele tem a nos falar, prestar atenção nos detalhes, nas pes-

soas que ele coloca em nosso caminho. O que vem de Deus é diferente, é amor!”, comen-tou a jovem Maria Caroline Ri-cardo Constante. “O ENJOCRI 2019 foi muito intenso, desde o momento de preparação até a sua realização foram muitas emoções. Um encontro feito por muitas mãos, daqueles que doaram, ajudaram, rezaram, viveram o ENJOCRI. Houve muito amor envolvido pela ju-ventude”, destacou Murilo Me-deiros da Silva, coordenador diocesano do Setor Juventude.

O ENJOCRI é realizado uma vez por ano. No ano passado a festa dos jovens foi em Tuba-rão. No próximo ano o evento terá como sede a cidade de Rio Fortuna/SC.

1500 jovens participaram do ENJOCRI D. João pediu que os jovens leiam e façam rodas de conversa sobre o Christus Vivit

Durante a caminhada, reflexão sobre a Missão nos Continentes

Murilo Medeiros da Silva

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Assembleia Diocesanade Pastoral

A diocese de Tubarão rea-lizou, dias 18 e 19 de outubro, sua Assembleia de Pastoral de 2019. A assembleia é o espaço mais apropriado de reflexão, de grandes decisões e de ani-mação pastoral. Um grupo de 175 lideranças, bispo, padres, religiosas e leigas e leigos vi-veram importante momento de comunhão como expressão da sinodalidade pastoral que se busca construir e alimentar na diocese.

Celebrações

Assembleia teve quatro momentos celebrativos: Ce-lebração de Abertura, Oração da Manhã, Santa Missa e Cele-bração de Envio. Cada um des-tes momentos teve um tema específico: Santas Missões Populares, na Celebração de Abertura; o Sínodo para a Ama-zônia, na Oração da Manhã; a Bem-Aventura Albertina, seu centenário de nascimento, na Santa Missa; o Mês Missionário Extraordinário, na Celebração de Envio.

Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja

no Brasil

O bispo diocesano Dom

João Francisco Salm usou a primeira sessão da Assembleia para apresentar as atuais dire-trizes da ação evangelizado-ra. Dom João observou que as atuais diretrizes da Igreja no Brasil:

• Têm diante de si a cultu-ra urbana, cada vez mais abrangente (individualis-mo, consumismo, medo, pluralidade de escolhas, imediatismo) e as próprias cidades com suas realida-des complexas.

• Apontam para uma Igreja Católica mais missionária, casa da acolhida dos mais vulneráveis e atenta aos desafios e urgências de uma realidade profunda-mente marcada pela cultu-ra urbana.

• Apontam para a necessá-ria formação de pequenas Comunidades Eclesiais Missionárias nos mais va-riados ambientes. E as re-presentam com a imagem da “casa”, “construção de Deus” (1Cor 3,9), onde as pessoas vivam a união fra-terna. A Casa-Comunidade se sustenta por quatro pi-lares - Palavra, Eucaristia, Caridade e Missão. Estes pilares orientam para uma série de ações pastorais e

realçam o atendimento às urgências da ação evange-lizadora nos tempos atuais.

Plano Diocesano de Pastoral

Dois itens foram apreciados e aprovados pela Assembleia em relação ao Novo Plano Dio-cesano de Pastoral:

• O primeiro foi o instrumen-tal de avaliação do atu-al Plano de Pastoral que constará de quatro pontos: uma avaliação geral, uma avaliação das prioridades eleitas nos anos de 2012 a 2015, uma avaliação das urgências que receberam mais atenção a partir de 2016 e uma avaliação dos organismos de participa-ção: Conselhos e Assem-bleias de Pastoral. Haverá um tempo razoável, até maio do ano que vem, para que a avaliação seja feita.

• O segundo item foi o proje-to do Novo Plano de Pasto-ral e as etapas de elabora-ção. Após feita a criteriosa avaliação do atual plano de pastoral, uma equipe elaborará no período de junho a setembro de 2020, um texto mártir. Este rece-berá as propostas de mu-danças na Assembleia de outubro e nova redação nos meses seguintes, para ser aprovado por uma as-sembleia extraordinária,

em março de 2021.

Compromissos Assumidos por uma Igreja Missionária

O ambiente externo ao es-paço da Assembleia retratava, através de painéis montados pelas paróquias, como foram e estão sendo as Santas Missões Populares (cf. página central). O assunto recebeu um olhar atento da Assembleia e alguns compromissos foram propos-tos e acolhidos:

Dar continuidade às Santas Missões com mais presença nas casas, revisitação, atenção aos casos mais urgentes.

Desenvolver, anualmente, nos meses de agosto a outu-bro, uma programação mis-sionária mais sistemática com algum material de apoio for-necido pela Comissão Missio-nária Diocesana.

Manter ativas as COMIPAS (Comissões Missionárias Paro-quiais) e certo vínculo com a COMIDI (Comissão Missionária Diocesana), mediante um pro-grama de atividades.

Promover, em 2020, encon-tros de formação de assessores adultos e jovens para as paró-quias que desejarem implantar a Infância e Adolescência Mis-sionária (IAM).

Realizar uma Concentração Diocesana dos Missionários e Missionárias das Santas Mis-sões Populares e Lideranças dos Grupos de Famílias e das

Comunidades, no mês de agos-to de 2020.

Outros anseios manifestados

No decorrer da assembleia, outros anseios ainda foram sendo manifestados:

• Iniciar uma Escola Dio-cesana de Liturgia (e Ca-tequese?), em 2021, após uma melhor estruturação da Pastoral Litúrgica, no decorrer de 2020.

• Dedicar maior cuidado na preparação e formação dos Ministros da Palavras, a exemplo do que fazem algumas paróquias.

• Ter presente, no Novo Pla-no de Pastoral, a urgência da Iniciação à Vida Cristã.

• Produzir folhetos temáti-cos mensais para serem distribuídos nas Igrejas, prédios e outros espaços geográficos urbanos.

• Realizar uma campanha de “marketing” diocesana de conscientização sobre o dízimo.

• Celebrar o Dia do Pobre, conforme desejo do papa expresso na mensagem so-bre o dia.

• Reagir ao projeto da aber-tura da fosfateira de Ani-tápolis, alertando a po-pulação sobre os riscos eminentes e pressionando as autoridades pela não abertura da mina.

Simbologia da assembleia

Momento da Assembleia Diocesana de Pastoral 2019

Obra de Corações Missionárias VIAlguns apelos que vêm das Santas Missões Populares

- As famílias estão precisando de uma maior atenção da Igreja, mais proximidade, mais acolhimento. Muitas vivem situações difíceis de diversas naturezas (doenças, solidão, falta de conhecimento sobre Jesus Cristo e as ver-dades da fé, desemprego, pobreza e carência dos itens mais básicos para uma vida digna, vícios, medo...). - Esta realidade precisa estar presente no dia a dia do trabalho pastoral.- A presença do padre e de leigos enviados pela Igreja, a oração, a bênção, a disposição em ouvir... trazem muito alento às famílias.- A missão precisa ser permanente. Trata-se

de uma dimensão que não pode ser negligen-ciada por ninguém, por nenhuma estrutura, por nenhuma pastoral, movimento, grupo...- Será necessário manter um projeto dioce-sano que alimente o espírito missionário, fo-mente para a missão, prepare os missionários etc.- Nas instâncias próprias que a diocese dispõe, definir um projeto missionário diocesano que, além da missão continuada na diocese, con-temple experiências missionárias em outras dioceses do Brasil por períodos curtos e parti-cipe de projetos de missão ad gentes e Igrejas Irmãs.

Orleans Monte Castelo Imbituba

Humaitá

Nova Brasília Morrotes Morro Grande Magalhães Laguna Jaguaruna

Braço do Norte Treze de Maio

CatedralSão Martinho

Oficinas Passagem Rio Fortuna Sangão São Ludgero Armazém

Cabeçudas

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Quando se ouve falar em Capitalismo, a ideia que se tem é a do acúmulo de capital. Porém a palavra é vaga, ou, pelo menos, tão abrangente que nela pode estar inserida a situação daquele que tem 50 apartamentos alugados no centro de uma grande cida-de, ou numa praia famosa, e daquele que mora numa casa adquirida do Minha Casa Mi-nha Vida. Pode estar inserido aquele que tem cinco mil hec-tares de terra e é dono de uma empresa do agronegócio com milhões em contas bancárias, como também o dono de dois hectares que vive das verduras que planta, do leite de uma va-quinha e dos ovos de algumas galinhas.

Por outro lado, Socialismo (e Comunismo) vem associado a subtração de terras, de casas, de colheitas. Pior ainda, vem associado a manutenção de gente que não trabalha, de va-gabundos e de gente que não têm valores morais.

A mesma imprecisão ocorre quando se fala em Esquerda e Direita.

Sugiro então deixar estas palavras para os estudiosos ou sociólogos. Por quê? Existem termos mais precisos? Prefiro as expressões CLASSE DOMI-NANTE e CLASSE DOMINADA. Fica mais fácil perceber a divi-são da sociedade, bem como o

O P I N I Ã O P O L Í T I C A

Capitalismo ou Socialismo?Direita ou Esquerda? Deixe isso pra lá!

Prof. ValdemarMazzurana

enfrentamento, hoje tão acir-rado entre essas duas classes sociais. É quase uma guerra não declarada em nosso país e em outros países sul-ameri-canos.

Desde os reinos antigos, houve os dominantes que se aproveitavam dos que traba-lhavam, seja como escravos, seja livres, como camponeses e pequenos artesãos.

Essas duas classes (pode-mos também dizer a dos ricos e a dos pobres), atravessaram séculos e milênios e tornaram--se muito evidentes nos dias de hoje. Por um lado, os meios de

dominação aperfeiçoaram-se; por outro, nunca a classe dos dominados teve tanta consci-ência de sua condição como atualmente. Isto faz a diferen-ça.

Estamos atravessando um momento em que os grandes proprietários e os privilegiados não conseguem esconder suas intenções, apesar das menti-ras, das fake news, do emprego do poder e da mídia. O drama da classe dominante moderna é saber que tem de enganar os demais para se manter. E se não conseguir enganar, sabe que vai perder privilégios e isto

a apavora e a faz tomar atitu-des drásticas.

Os dominados começam a sentir os efeitos da perda de direitos trabalhistas e estão vendo a perspectiva de futuro se derreter, jogados cada vez mais para o campo da pobre-za e para o mapa da miséria. A injustiça se impõe a ponto de termos a sensação de que ho-nestidade é crime.

Os corruptos gritam contra a corrupção, mas a protegem. Pouco a pouco se percebe que promessas de campanha são enganosas. Pouco a pou-co se percebe que a mídia

quer transformar em heróis os traidores do povo e da pátria. Pouco a pouco se percebe que o Judiciário e o Ministério Pú-blico foram transformados em instrumento político que be-neficia os integrantes da clas-se dominante e tenta destruir aqueles que defendem os do-minados.

Por mais que tentem expli-car as manifestações e as mor-tes no Equador e no Chile, elas estão neste contexto de domi-nadores desesperados tentan-do manter seus privilégios e dominados que estão abrindo os olhos para uma realidade que os oprime e os primeiros tentam esconder.

A era Trump está transfor-mando as Américas num do-mínio imperial decadente que se agarra ao militarismo e ao fascismo para fazer sobrevi-ver a classe tradicionalmente dominante, rica, enganadora, farsante, que se apoderou das estruturas de Estado em bene-fício próprio.

Do outro lado está Francis-co mostrando que outro cami-nho é possível, o caminho que, sem pretensa igualdade, en-curta distâncias. É o caminho que respeita a dignidade hu-mana e se apoia no sentimento de fraternidade, igualdade e solidariedade, tão verdadeiro, a verter da simplicidade dos Evangelhos.

Espiritualidade LitúrgicaFoi em clima de muita alegria e ex-

pectativa que representantes da Dioce-se de Tubarão participaram, de 04 a 06 de Outubro, na Paróquia São Francisco das Chagas, em Lacerdópolis, Diocese de Joaçaba, do 13º Seminário de Litur-gia e Catequese.

Pe. Danilo César dos Santos Lima, de Belo Horizonte, MG, desenvolveu o tema “Espiritualidade Litúrgica”, a par-tir da Bíblia e da Tradição a Igreja. O que é a fé? Foi a pergunta feita. E, no decorrer do seminário, foi se aprofun-dando que a fé se expressa no teste-munho (martyria), na liturgia (leiturgia) e no serviço (diaconia), mas sempre tendo por base a comunhão Trinitária. O assessor tornou claro também que

Catequese e Liturgia são duas faces do mesmo mistério. Catequese está ligado ao “saber” e a Liturgia, ao “saber fazer”.

Os momentos orantes foram muito bem preparados e conduzidos pelas equipes. A noite cultural, com apresen-tações artísticas da terra, se constituiu num forte espaço de confraternização.

Participaram do Seminário, lideran-ças de Catequese e Liturgia das 10 dio-ceses do Regional Sul IV. Duas dioceses se candidataram para acolher o próxi-mo seminário: Criciúma e Rio do Sul. Caberá à Equipe Regional de Liturgia e Catequese avaliar e decidir.

“Animados pela fé e bem certos da vitória, vamos fincar nosso pé e fazer a nossa historia...”

Maristela Querino AlvesCoordenadora

Participaram do Seminário, lideranças de Catequese e Liturgia das dioceses do Regional Sul IV

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Dioceses de SCreceberão ícone da

Sagrada Família

A pastoral Familiar da Diocese de Tubarão participou da Assembleia Regional da Pastoral Familiar Sul 4, em Herval do Oeste – Diocese de Joaçaba, nos dias 18 e 19 de outubro. Volnei e Marivone Exterkoetter, da Diocese de Tubarão, apresentaram o tema “Recém-Casados” e Pe. Crispim Guimarães dos Santos, Assessor Eclesi-ástico Nacional da Pastoral Familiar, falou das “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil”. Nos trabalhos em grupo, foram elaborados projetos para a área da Vida e Fa-mília. Por ocasião da Assembleia, a diocese de Joaçaba recebeu o Ícone da Sagrada Família que peregrinará por todas as dez dioceses de Santa Catarina, em preparação ao XVI Congres-so Nacional da Pastoral Familiar. O Congresso será na Arquidiocese de Florianópolis, dias 4 a 6 de setembro de 2020, com o tema “Amor Fami-liar: vocação e caminho de santidade. Além dos lugares públicos de celebração, a Coordenação

Nacional e Regional do Congresso da Pastoral Familiar sugere que a peregrinação inclua tam-bém as escolas, seminários, asilos, hospitais, al-deias indígenas, entre outros.

PROGRAMAÇÃO

A peregrinação do ícone daSagrada Família fará o seguinte roteiro:

Joaçaba (20/10 até 30/11/2019)Chapecó (01/12 até 31/12/2019)Caçador (01/01 até 31/01/2020)

Lages (01/02 até 29/02/2020)Rio do Sul (01/03 até 31/03/2020)Joinville (01/04 até 30/04/2020)

Blumenau (01/05 até 25/05/2020)Criciúma (26/05 até 20/06/2020)Tubarão (21/06 até 15/07/2020)

Florianópolis (16/07 até 16/08/2020)

Volnei e Marivone Exterkoetter

Representantes da Pastoral Familiar das dioceses do Regional Sul 4

Ícone da Sagrada Família

Samaritanas deTubarão em Romaria

à Terra da BeataAlbertina

O grupo das Samaritanas do Hospital Nossa Senhora da Conceição, de Tubarão, fundado pelo saudoso Pe. Ber-tilo Shmidt, está festejando 40 anos de caminhada. Para comemorar a data, no dia dez de outubro, as voluntárias peregrinaram ao Santuário de Albertina, onde ouviram a Contação da História da Mártir. Dentro dos festejos do Centenário de Nascimento da Beata, juntamente com ou-tros romeiros, participaram da Santa Missa.

Pe. Auricélio Costa

MI elegeu novoCasal Coordenador

Diocesano

Em uma reunião com a coordenação Diocesana, coordena-dores paroquiais, coordenadores de área e conselho consultivo, dia 01 de outubro, em Pedras Grandes, foi eleito o novo casal Coordenador Diocesano 2020/2021 do Movimento de irmãos. Gervázio e Pretta, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Imbituba, foi o casal escolhido. Ao agradecer a confiança, o casal eleito disse: “Sabemos que a missão requer cuidados especiais, mas estamos prontos, com as bênçãos de Deus e a intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe, para oferecer o trabalho a nós confiado, nos próximos dois anos. Agradecemos o carinho e a confiança a nós depositados pela maioria dos encontristas votantes das áreas I, II, III e IV. Fiquem certos, queridos irmãos encontristas, que tudo faremos para darmos continuidade à obra idealizada e sonhada pelo Monsenhor Bernardo José Klasinski, nosso fundador, afinal, “nossa vida segue um rumo certo”, como diz o hino de inspiração. Que Deus abençoe a todos e nos ajude a fazer uma coordenação digna do Movimento de Irmãos”. SHA-LOM.

Gervázio e Pretta foi o casal escolhido

Voluntárias no Santuário de Albertina

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Édison De Pieri

Informativo da Diocese de Tubarão - Novembro 2019www.diocesetb.org.br | www.facebook.com/diocesetubarao 12 Informativo da Diocese de Tubarão - Novembro 2019

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Marcados para viver

Pe. Auricélio CostaPároco de Vargem do Cedro

Sempre foi bom caminhar sob as copas das árvores que adornam as margens do Rio Tu-barão. Carregando sua história e a história de toda uma popu-lação que o ama, o rio vai des-cendo das montanhas da Serra Geral e se realiza ao abraçar o mar, depois de desembocar no Balneário Camacho e na Lagoa Santo Antônio.

Noutro dia, passando pela marginal do rio, percebi que al-gumas árvores estavam marca-das com tinta branca. Alguém desenhou um X nelas. Havia algo de macabro naquele sinal, pois, ele indicava que aquelas árvores, nossas companheiras e testemunhas, estavam conde-nadas à morte. Elas deveriam ser extirpadas para não colocar em risco a vida dos transeuntes.

Muitas vozes se levantaram para impedir o sacrifício das pobrezinhas, mas as autorida-des já tinham decidido o desti-no de dezenas de árvores.

Acabei de plantar duas mu-das de pau-brasil na Praça da Matriz. Mas ainda trago aque-les X gravados na minha mente.

Um dia Javé-Deus decidiu colocar uma marca na testa de Caim. Deus o repreendera por causa do assassinato de seu irmão Abel. Mas, para que não fosse molestado por outras pessoas, o tal sinal na fronte

impediria que sofresse alguma brutalidade. Portanto, aquele era um sinal de proteção.

[...] Há um midrash (jeito dos antigos judeus interpretarem os fatos bíblicos) em que Deus teria dito a Caim: “Vou protegê--lo, colocarei em sua testa o meu nome. Quando os animais o virem, ficarão com medo e não o atacarão.” Para mim, aqui se evidencia a Misericór-dia de Deus, que não abando-na um filho que cometeu um erro tão grave. Deus não lhe dá a pena de morte; nem, tam-pouco, um castigo de exclusão eterna. Deus dá a Caim a opor-tunidade de ser um sinal de que longe de Deus a morte é certa; ele poderá andar pelo mundo e construir sua história.

[...] Abraão Ibn Ezra (ou sim-plesmente Aben Ezra) foi um escritor e rabino judeu-espa-nhol da Idade Média, nascido em Navarra no ano de 1089. Segundo ele, “Deus operou um sinal diante de Caim para lhe demonstrar que a Palavra do Senhor se cumpriria e que ele poderia confiar em Deus”.

Na Sagrada Escritura o ter-mo “sinal” (‘oth) aparece 79 ve-zes. [...] No Livro do Êxodo, por exemplo, encontramos Moisés descendo da montanha. Ele estava tão reluzente que as pessoas viram sua face brilhar. Alguns interpretaram o sinal do encontro com Deus como um “chifre de luz” (Ex 34,29). Moi-sés estava marcado por Deus! Deus é esplendor!

No Livro do Gênesis encon-tramos outro amigo de Deus, o Noé. Também este recebeu um sinal especial da fidelidade de Deus: o arco-íris no céu. Repre-sentava a fidelidade de Deus

no cumprimento da promessa ao seu povo (Cf. Gn 9,12ss). [...]

No Novo Testamento Jesus é apresentado como um “sinal de contradição”. (Cf. Lc 2,22-40). [...] E o próprio Jesus irá confirmar a profecia: “... a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más” (Jo 3,19). E São João conclui: “estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O conheceu; veio para o que era seu, e os seus não O receberam” (Jo 1,10-11).

[...] Hoje, em nossa socieda-de, Jesus ainda continua sendo um Sinal de contradição no meio de nós. Ele permanece vivo conosco, mas incompreen-dido em seu agir, no seu silên-cio e contradizendo a lei dos homens.

No Batismo, o cristão rece-beu uma marca ou caráter in-delével, isto é, que nunca mais será retirado. E pelo Sacramen-to da Crisma ele foi confirmado na fé. Tal marca é um sinal de pertença a Cristo. Sim, perten-cemos a Ele e fomos compra-dos por um preço altíssimo: o sangue de Cristo! “Porquanto, estais cientes de que não foi mediante valores perecíveis como a prata e o ouro que fos-tes resgatados do vosso modo de vida vazio e sem sentido, le-gado por vossos antepassados; mas fostes resgatados pelo precioso sangue de Cristo...” (1Pd 1,18-19).

[...] Em meio às adversida-des da atual sociedade, é preci-so cada vez mais que o cristão se sinta “marcado”, “selado” e “ungido” para continuar a mes-ma missão de Jesus. A marca da Cruz do Senhor não é mais

sinal de desgraça, nem tam-pouco de vergonha. É sinal de Salvação! Mas ela precisa ser acompanhada de nossos ges-tos e atitudes de crentes fiéis.

Viver como quem foi mar-cado por Deus é sempre um desafio diário. No Apocalip-se de São João encontramos um alento para não desani-marmos: o Anjo que vinha do Oriente gritou aos outros Anjos: “não danifiquem nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até que marquemos as frontes dos servos do nosso Deus”. O texto continua: “então ouvi o número dos que foram selados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos de Israel” (Ap 7,3-4). E nós fazemos parte deste novo povo de Israel, resgatado pelo Cordeiro Jesus!

Todos os dias, ao nos levan-tarmos e ao nos deitarmos, cos-

tumamos fazer o sinal da cruz (persignar-nos). Talvez repita-mos o gesto outras vezes ao longo do dia. É a marca da nos-sa Salvação! E a nossa vida diá-ria, no compromisso comunitá-rio ou no envolvimento social, deve revelar essa nossa perten-ça total a Jesus Cristo e nossa adesão ao seu Evangelho.

Hoje voltei a caminhar nas margens do Tubarão. O belo rio ainda está lá. Capivaras voltaram a povoar os barran-cos da beira-rio. Muitas daque-las árvores enormes e antigas já não estão mais lá. Foram cortadas. Mas outras árvores estão crescendo. Oxalá consi-gam amadurecer e realizar sua missão, crescendo, florescen-do, enfeitando, frutificando... Não trazem o X da morte. Mas as ameaças estão sempre a rondá-las...

M E N S A G E M

Pe. Pedro Damázio lançou seu terceiro livro em Tubarão

No dia 14 de outubro, na Casa da Cultura e Museu Willy Zumblick, no centro de Tubarão, Pe. Pedro José Damázio apresentou seu novo livro: “DEUS MERECE O MELHOR”. Seus livros anteriores foram “Perdão é mais que Recon-ciliação” (2014) e “Como Jesus evangelizava” (2017). A nova obra trata de Marketing Reli-gioso, fruto de muitos estudos e experiências pessoais do sacerdote ao longo de quaren-ta anos de ministério presbiteral. Publicado pela Gráfica Editora Humaitá, a obra contém 170 páginas e dirige-se a todas as pessoas de boa vontade, especialmente aos agentes de evangelização. Além de populares e amigos, participaram do evento autoridades, escrito-res e a Associação Coral Municipal de Tuba-rão. O sacerdote orleanense é o atual Pároco de Nossa Sra. do Bom Parto, de Sangão.

Lançamento do LivroPe. Silvestre Philippi Pastor da Harmonia

Data:Dia 16/11/2019

Local:Seminário Nª Senhora

de Fátima - Tubarão/SC

Encontro deEx-Seminaristas,

Padres e Professores

Programação:09h (Recepção)10h30 (Missa)

11h45 (Lançamento)12h30 (Almoço)

Show MissionárioEvangelizador

O grupo de oração GOJ e a paróquia realizaram, no dia 11 de outubro, mais uma edição do Show Missionário Evangeli-zador Reina Senhor, com a presença do pregador e cantor Dalvimar Galo, ex-integrante do Grupo Anjos De Resgate. Em torno de 700 jovens e adultos participaram do evento.

P A R Ó Q U I A O F I C I N A S

Jovens e adultos acompanharam o show

A nova obra trata de Marketing Religioso

Encontro Comarcalda Mãe Peregrina

O Movimento da Mãe Pe-regrina realizou, no dia 18 de outubro, seu momento cele-brativo na comarca de Tuba-

rão. O mesmo foi acolhido na paróquia São José Operário de oficinas. Pe. Sérgio Jeremias, na ocasião, falou a todos da

importância desse centenário movimento e renovou com os presentes a aliança de amor com a Mãe Peregrina.

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Informativo da Diocese de Tubarão - Novembro 2019www.diocesetb.org.br | www.facebook.com/diocesetubarao 14 Informativo da Diocese de Tubarão - Novembro 2019

www.diocesetb.org.br | www.facebook.com/diocesetubarao 15

A família diante das perdas e viuvez

No mês de novembro, os cristãos católicos celebram o dia de finados, que tem por finalidade relembrar a memória dos mortos, nos-sos entes queridos que já se foram, e rezar por eles. De acordo com a doutrina cristã e nosso entendimen-to, muitos dos irmãos fale-cidos precisam passar por um processo de purificação. Por estes rezamos, pedindo a Deus que lhes abrevie o período de espera e os aco-lha em sua morada eterna.

É difícil para qualquer pessoa enfrentar sozinha suas perdas, mas, na medi-da que se unem, se escutam e se apoiam, descobrem que as nossas perdas estão incluídas no contexto do mistério da vida e que te-mos que aprender a lidar e conviver com elas. No entanto, muitas vezes esta-mos tão tristes e fragiliza-dos que nos isolamos e não conseguimos compreender os desígnios de Deus. Por vezes, podemos até mesmo duvidar de sua presença e compaixão.

O encontro com Jesus nos devolve a esperança da

Tarcísio e Rosângela BitencourtPastoral Familiar

vitória sobre a morte. Por isso, a Pastoral Familiar já realizou vários encontros no Brasil com o tema vol-tado para as “Perdas e Viu-vez”, proporcionando aos participantes momentos de partilha, reflexão, oração e formação sobre este as-sunto que deixa a todos tão fragilizados e muitas vezes sem rumo. O objetivo des-tes encontros é também fazer com que as pessoas que passaram por esta ex-periência, ouvindo umas às outras, descubram que as perdas fazem parte do mis-tério da vida e que é possí-vel aprender a lidar e convi-ver com elas.

Estes encontros demons-tram, através da Pastoral Familiar, o carinho que a Igreja tem para com as pes-soas que vivem em situa-ções especiais e as abraça com a misericórdia do Pai. Este é mais um desafio do “Setor Casos Especiais” que precisa ser implantado em todas as Dioceses e Paró-quias do Brasil, para olhar com carinho e atenção as famílias fragilizadas e mui-tas vezes sem esperança, que enfrentam situações difíceis pelas mais diferen-tes razões e passam por inevitáveis perdas de entes queridos. Mais que consolo e atenção, as pessoas em luto precisam, à luz da fé e da esperança, sentir a mise-ricórdia e o amor de Deus através de quem delas se faz próximo.

Semana da VidaA Semana Nacional da Vida e Dia do Nasci-

turo tiveram lugar na agenda de muitas paró-quias. A iniciativa, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, teve como tema “Em família defende-mos a vida! Com alegria e esperança”. A semana se constituiu em momento oportuno para sensi-bilizar a sociedade civil e a própria Igreja para a

Celebração da luz, Catedral

Dia dos Cuidadores da Vida, Rio Fortuna

Dia do Nascituro, OficinasBênção as Gestantes, Orleans

promoção e defesa da vida, desde a concepção até o fim natural. Em atendimento ao pedido da organização nacional, muitas igrejas tocaram os sinos no dia 1º de outubro e no dia do nascituro, 08 de outubro, realizaram celebrações acenden-do velas para anunciar a esperança que a vida nos traz. Outras celebrações, ações diversas e mensagens transmitidas pelos meios de comuni-cações colocaram a vida no centro das atenções.

Volnei e Marivone Exterkoetter

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Comunicaçãoprecisa gerar comunhão

“O desafio do século XXI: Pessoas e habilidades, cultura da instituição e boas estraté-gias” foi o tema da sexta edi-ção do Seminário de Comuni-cação, realizado de 15 a 18 de outubro, no Rio de Janeiro.

Promovido pela Arquidio-cese do Rio de Janeiro, o even-to reuniu representantes de 70 dioceses, institutos de vida consagrada e congregações religiosas de várias partes do país, entre sacerdotes, consa-grados e profissionais da área de comunicação. Da diocese se Tubarão estiveram presentes os padres Pedro José Damázio e Rafael Uliano, que integra-ram a equipe de seis represen-tantes do Regional Sul 4, da CNBB, que compreende o Esta-do de Santa Catarina.

Na cerimônia de abertura, os participantes foram acolhi-dos pelo arcebispo do Rio, Car-deal Orani João Tempesta, o vigário episcopal para a Comu-nicação Social e Cultura, cône-go Marcos William Bernardo e o coordenador do evento, pa-dre Arnaldo Rodrigues.

“A cada ano tem crescido o número de participantes, com representatividade de todas as regiões do Brasil, nas mais diversas realidades dos depar-tamentos de comunicação da Igreja. É isso que deixa o semi-

nário mais rico porque temos a contribuição das pessoas com suas experiências, partilhas e testemunhos. De acordo com o tema, também convidamos conferencistas nacionais e internacionais, formados no mundo acadêmico, mas tam-bém com experiência na área da comunicação”, disse padre Arnaldo.

Comunicação e comunhão

“Uma boa comunicação se faz com pessoas bem informa-das, capacitadas. Mais que isso, a comunicação precisa gerar comunhão. Há muitos interes-ses de manipulação, por isso, mais que um bom profissional, faz-se necessário o testemu-nho de vida, a coerência cristã. O grande segredo de uma boa comunicação é quem está nas redações, à frente das posta-gens, atrás das câmeras. Foi a proposta do seminário: recor-dar as habilidades humanas como principal meio de comu-nicar a Boa Nova de Cristo”, disse o arcebispo.

Para ele, o seminário, em cada edição, tem a preocupa-ção de ajudar as dioceses do Brasil na área da comunica-ção. É o que tem acontecido de modo eficaz, e a cada ano vem aumentado o número de

participantes. Num mundo de exigências, de dificuldades em prevalecer a verdade, desta-cou a importância de se apro-fundarem temas com especia-listas, na busca de melhorar a comunicação.

“As fake news estão em moda, sofisticadas, mas sem-pre existiram. Há muitas di-ficuldades em encontrar ca-minhos para distinguir o que é uma notícia falsa da verda-deira. Por trás, sempre há in-teresses econômicos, políticos, ideológicos. A partilha de co-nhecimento de quem enten-de do assunto é necessário. Quando as pessoas são bem formadas, têm boas intenções, fica mais fácil. O importante é que a verdade triunfe no caos que muitos querem implantar, por seus próprios interesses”, acrescentou o arcebispo.

Pessoas e habilidades

A professora e publicitária Verônica Machado que mi-nistrou a conferência “Gestão no Século XXI: Pessoas e ha-bilidades em primeiro lugar”, explicou que, quando se fala em gestão de pessoas, o verbo e o discurso são fundamentais para desenvolver a habilidade.

“A habilidade deve ser ad-quirida através de muito esfor-

ço e da busca de conhecimento e de competências. No mundo contemporâneo, todo discurso é questionado e o hipertexto passa a ditar a comunicação. É preciso atenção com as pa-lavras e com os discursos, eles são fundamentais. Sempre de-vem ter um propósito, um sig-nificado. E significado não se inventa, se constrói com ousa-dia para mudar tudo o que pa-recer confortável, com o olhar para o todo. Com vontade de aprender e de passar adiante, com clareza nas relações, com liberdade e responsabilidade”, disse Verônica.

Educação midiática

A conferência “Jornalismo de investigação e fake news”, foi ministrada pela jornalista Bárbara Libório, atualmente editora assistente do site da “Época”, revista semanal do Grupo Globo.

“Fake news não é um fe-nômeno novo. Sempre houve notícia falsa, boataria. O que mudou foi a maneira de como ela se comunica. Para comba-ter isso, é preciso um passo a passo. Primeiramente, é ne-cessário monitorar, conhecer o conteúdo da notícia, para depois ver como combatê-la. A saída, certamente, é a edu-cação midiática. Não dá para falar de notícias falsas sem fa-lar de educação. O básico cada um pode fazer: na dúvida, não compartilhe. Só o fato de não compartilhar, já está ajudando para que o boato não seja dis-seminado”.

Comunicação institucional

O professor de comunica-ção da Universidade Santa Croce, em Roma, Marc Carro-ggio, licenciado em ciências da comunicação pela Univer-sidade de Navarra (Espanha), ministrou duas conferências, sobre comunicação institucio-nal na cultura digital e comu-nicação e vulnerabilidade. “No atual cenário mundial, como vivemos e nos comunicamos diante das novas exigências, novas competências e também novas prioridades?” Esse ques-

tionamento pautou sua con-ferência, refletindo também sobre a importância de pensar em ações comunicativas como reflexo dos valores e referên-cias. Ele chamou a atenção para o alcance e as consequ-ências de toda comunicação, que pode construir pontes ou destruir reputações pessoais e de grandes instituições. “O conteúdo precisa ser bom e comprometido com a verda-de, para jogar a nosso favor e ratificar nosso trabalho. Preci-samos ter estratégia, cuidado e mais foco nas pessoas. Não co-municamos para plataformas, comunicamos para o outro”, disse Marc Carroggio.

Agente transformador

O ativista social e repórter do site ‘faveladarocinha.com’, Edu Carvalho, retratou assun-tos do dia a dia em sua escrita, do local onde reside: a favela da Rocinha, situada na Zona Sul do Rio. “Por meio do tra-balho, procuro transformar e impactar a vida das pessoas. Não é um trabalho fácil, mas são necessárias ações para agregar cada vez mais. Acre-dito na micropolítica voltada para o centro, para o viver em comunidade, em comunhão, partilhando, na busca de bens para o coletivo. Cada um de nós pode ser agente transfor-mador através da sua ação di-ária, na participação ativa na sociedade”, disse.

Construção da história

Durante o seminário, houve ainda conferências ministradas pela irmã Helena Corazza, por Marcius Viana, Leonel Azevedo Aguiar, Cida Malka e Suene Si-queira. No último dia, dois re-presentantes da Arquidiocese do Rio, o assessor de imprensa Adionel Seixas e o fotógrafo Gustavo de Oliveira, apresen-taram o dia a dia de cada um: “A construção de uma história se faz com pessoas”. Os partici-pantes tiveram a oportunidade de conhecer o trabalho foto-gráfico de Gustavo de Oliveira, com imagens dos três últimos arcebispos.

Pessoas e habilidades, cultura da instituição e boas estratégias

Pe. Pedro José Damázio e Pe. Rafael Uliano

Da Diocese de Tubarão estiveram presentes os padres Pedro José Damázio e Rafael Uliano

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