ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA Mandato 2017-2021 … · PP), José Inácio Faria (MPT),Aline Hall...
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----------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ------------------------
-------------------------------------Mandato 2017-2021 ------------------------------------------
----- SESSÃO ORDINÁRIA DE JUNHO - TERCEIRA REUNIÃO REALIZADA
NO DIA DEZASSEIS DE JULHO DE DOIS MIL E DEZANOVE. ------------------- ----------------------------------ATA NÚMERO OITENTA -----------------------------------
----- Aos dezasseis dias do mês de julho de dois mil e dezanove, em cumprimento da
respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo sétimo e
trigésimo do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de
setembro, e nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sexto do seu Regimento, reuniu a
Assembleia Municipal de Lisboa, na sua sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de
Roma, nº 14, em Lisboa, em Sessão Ordinária, terceira reunião, sob a presidência da
sua Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Helena do Rego da Costa
Salema Roseta, coadjuvado pela Excelentíssima Senhora Patrocínia da Conceição
Alves Rodrigues Vale César e pela Excelentíssima Senhora Maria Virgínia Martins
Laranjeira Estorninho, respetivamente Primeira Secretária em exercício e Segunda
Secretária. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da
Assembleia, os seguintes Deputados Municipais: ---------------------------------------------
----- Aline Gallash Hall de Beuvink, Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana
Margarida Mota Vieira da Silva de Morais, Ana Maria Gaspar Marques, Ana Maria
de Campo Pedroso Mateus, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias Figueiredo,
António Manuel Pimenta Prôa, António Modesto Fernandes Navarro, Artur Miguel
Claro da Fonseca Mora Coelho, Augusto Miguel da Gama Antunes de Albuquerque,
Carla Cristina Ferreira Madeira, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira,
Davide Miguel Santos Amado, Fernando Garcia Lopes Correia, Fernando Manuel
Pacheco Ribeiro Rosa, Francisco Américo Maurício Domingues, Francisco José Nina
Martins Rodrigues dos Santos, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Hugo Miguel Mateus
Gaspar, Inês Drummond Ludovice Mendes Gomes, Isabel Cristina Rua Pires, Joana
Margarida Durão Ferreira Alegre Duarte, João Diogo Santos Moura, João Luís
Valente Pires, Jorge Manuel Jacinto Marques, José Alberto Ferreira Franco, José
António Barbosa Borges, José Inácio da Silva Ramos Antunes Faria, José Manuel
Marques Casimiro, José Manuel Rodrigues Moreno, José Maximiano Albuquerque
Almeida Leitão, Luís Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão
Cambeta, Manuel Malheiro Portugal de Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré
Martins, Maria Alexandra Almeida da Cunha Cordeiro da Mota Torres, Maria Irene
dos Santos Lopes, Maria Luisa de Aguiar Aldim, Maria Teresa Craveiro Pereira,
Mário Jorge Paulino de Oliveira de Almeida Patrício, Miguel Alexandre Cardoso
Oliveira Teixeira, Miguel Farinha dos Santos da Silva Graça, Miguel Nuno Ferreira
da Costa Santos, Natacha Machado Amaro, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de
Moura, Patrícia Carla Serrano Gonçalves, Paula Inês Alves de Sousa Real, Paulo
Jorge Velez Muacho, Pedro Filipe Mota Delgado Simões Alves, Raúl Jorge Gouveia
da Silva Santos, Rodrigo Maria Santos de Mello Gonçalves, Rui Pedro Costa Lopes,
Silvino Esteves Correia, Pedro Miguel Tadeu Costa, Frederico Jorge de Passos e
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Castro Fernandes Lira, Nuno Miguel dos Santos Silva, José Roque Alexandre, Luís
Duarte de Albuquerque Carreira, Luís Filipe Jesus Dias, Margarida Alexandre do
Nascimento Afonso, Susana Maria da Costa Guimarães, Sandra Cristina Andrade
Carvalho, Luís António de Lagos Vian Costa, Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro
Madeira, Gabriel Maria Simplício Baptista Fernandes, Ameetkumar Subhaschandra,
Rodolfo Frederico Beja de Lima e Knapic, Diana Isabel Bechet Gonçalves Vale,
Gonçalo Maria Vassalo Moita, Rosa Maria Carvalho da Silva. -----------------------------
----- Faltaram à reunião os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------
----- Fábio Martins e Sousa e José António Cardoso Alves. ----------------------------------
----- Fizeram-se substituir, ao abrigo do disposto no artigo 78.º da Lei n.º 169/99, de
18 de Setembro, com a redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, o qual se
mantém em vigor por força do disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do
artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do artigo 8.º do Regimento da
Assembleia Municipal de Lisboa, os seguintes Deputados Municipais: --------------------
----- José António Nunes do Deserto Videira (PS), Presidente da Junta de Freguesia de
Marvila, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputada Municipal
Susana Maria da Costa Guimarães. --------------------------------------------------------------
----- Pedro Miguel Sousa Barrocas Martinho Cegonho (PS), Presidente da Junta de
Freguesia de Campo de Ourique, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto
legal Deputado Municipal Pedro Miguel Tadeu Costa. ---------------------------------------
----- Rute Sofia Florêncio Lima de Jesus (PS), Presidente da Junta de Freguesia de
Olivais, por um dia, tendo sido substituída pelo substituto legal Deputado Municipal
Luís Duarte de Albuquerque Carreira. -----------------------------------------------------------
----- André Nunes de Almeida Couto (PS), Presidente da Junta de Freguesia de
Campolide, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputada
Municipal Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro Madeira. --------------------------------
----- Maria da Graça Pinto Ferreira (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Santa
Clara, pelo período compreendido entre os dias 10 e 16 de julho, sendo substituída
pelo substituto legal Deputado Municipal Luís António de Lagos Vian Costa. -----------
----- Rui Paulo Figueiredo (PS), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado
Municipal Nuno Santos Silva. -------------------------------------------------------------------- .
----- Simonetta Luz Afonso (PS), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado
Municipal José Roque Alexandre. ---------------------------------------------------------------- .
----- Diogo Leão (PS), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal
Margarida Afonso. ---------------------------------------------------------------------------------- .
----- Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado (PSD), Presidente da Junta de
Freguesia de Santo António, pelo período compreendido entre os dias 15 e 26 de
julho, sendo substituído pelo substituto legal Deputado Municipal Rodolfo Frederico
Beja de Lima e Knapic. ----------------------------------------------------------------------------
----- Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp (PSD), Presidente da Junta de
Freguesia de Areeiro, pelo período compreendido entre os dias 16 e 23 de julho,
sendo substituído pelo substituto legal Deputado Municipal Ameetkumar
Subhaschandra. --------------------------------------------------------------------------------------
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----- Carlos Barbosa (PSD), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada
Municipal Rosa Carvalho da Silva. -------------------------------------------------------------- .
----- Maria Cristina Castel Branco Alarcão Júdice (CDS-PP), por um dia, tendo sido
substituída pelo Deputado Municipal Gonçalo Maria Vassalo Moita. ---------------------- .
----- João Maria Condeixa (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituído pela
Deputada Municipal Diana Bechet Vale. -------------------------------------------------------- .
----- Margarida Bentes Penedo (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituída pelo
Deputado Municipal Gabriel Maria Baptista Fernandes. ------------------------------------- .
----- Graciela Lopes Valente Simões (PCP), por um dia, tendo sido substituída pelo
Deputado Municipal Luís Dias. ------------------------------------------------------------------- .
----- José Luís Sobreda Antunes (PEV), por um dia, tendo sido substituído pelo
Deputado Municipal Frederico Lira. ------------------------------------------------------------- .
----- Ricardo Moreira (BE), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada
Municipal Cristina Andrade. ---------------------------------------------------------------------- .
----- Através da Ata da Mesa da Assembleia Municipal de Lisboa número 19/2019, de
16 de julho de 2019, foi deliberado o seguinte a descrever: ----------------------------------
----- Justificar as faltas dos Deputados Municipais: Davide Amado (PS-PJF
Alcântara), Fábio Sousa (PCP – PJF de Carnide) e Patrícia Gonçalves (IND) à 74ª
reunião da Assembleia Municipal de Lisboa (Sessão Ordinária de junho-1ª reunião),
realizada no dia 18 de junho de 2019. -----------------------------------------------------------
----- Justificar as faltas dos Deputados Municipais: Davide Amado (PS-PJF
Alcântara), Augusto Miguel da Gama Antunes de Albuquerque (PS), Francisco
Rodrigues dos Santos (PSD), José Inácio Faria (MPT) e Paula Inês Alves de Sousa
Real (PAN) à 75ª reunião da Assembleia Municipal de Lisboa (Sessão Ordinária de
junho-2ª reunião), realizada no dia 25 de junho de 2019. -------------------------------------
----- Justificar as faltas dos Deputados Municipais: Davide Amado (PS-PJF
Alcântara), Augusto Miguel da Gama Antunes de Albuquerque (PS), Hugo Miguel
Mateus Gaspar (PS), Inês de Drummond Ludovice Mendes Gomes (PS-PJF de
Benfica), José António Cardoso Alves (PS-PJF de São Domingos de Benfica), Fábio
Sousa (PCP – PJF de Carnide), Maria Cristina Castel Branco Alarcão Júdice (CDS-
PP), José Inácio Faria (MPT),Aline Hall de Beuvink e Jorge Manuel Jacinto Marques
(PS-PJF de Ajuda) à 76ª reunião da Assembleia Municipal de Lisboa (47ª Sessão
Extraordinária), realizada no dia 27 de junho de 2019. ---------------------------------------
----- Justificar as faltas dos Deputados Municipais: Hugo Alberto Cordeiro Lobo
(MPT), Fábio Sousa (PCP – PJF de Carnide) e José Inácio Faria (MPT) à 77ª reunião
da Assembleia Municipal de Lisboa (48ª Sessão Extraordinária), realizada no dia 2 de
julho de 2019. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- Justificar as faltas dos Deputados Municipais: Mário Jorge Paulino de Oliveira de
Almeida Patrício (PS-PJF do Parque das Nações), Álvaro da Silva Amorim de Sousa
Carneiro (PSD), Fábio Sousa (PCP – PJF de Carnide), José Inácio Faria (MPT), Paula
Inês Alves de Sousa Real (PAN) e Margarida Alexandre Nascimento Afonso (PS) à
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78ª reunião da Assembleia Municipal de Lisboa (49ª Sessão Extraordinária), realizada
no dia 4 de julho de 2019. -------------------------------------------------------------------------
----- A Câmara esteve representada pelo Senhor Vice-Presidente João Paulo Saraiva e
pelos Senhores Vereadores Manuel Salgado, Paula Marques e Miguel Gaspar. ----------
----- Estiveram ainda presentes os Senhores Vereadores da oposição: João Pedro
Gonçalves Pereira, Nuno Correia da Silva, João Pedro Abreu Costa, Orísia Roque e
Nuno Rocha Correia. ------------------------------------------------------------------------------
----- Às quinze horas e vinte minutos, constatada a existência de quórum, a Senhora
Presidente da Assembleia Municipal, declarou aberta a reunião. -------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Boa tarde a todas e a todos. ----------------------------------------------------------------
----- Pedia às Senhoras Deputadas e aos Senhores Deputados que retomassem os seus
lugares, já estamos com quórum e estamos em condições de começarmos os nossos
trabalhos. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Pedia a todos para ocuparem os vossos lugares, pedia aos Senhores Assessores
para saírem do espaço dos Senhores Deputados, para poderemos começar os nossos
trabalhos. É uma continuação de uma Sessão Ordinária, por isso, não há inscrição de
público hoje, mas haverá para a semana. E para a semana, em princípio será a nossa
última reunião antes de férias, em princípio temos só mais uma reunião antes das
férias que é para a semana e depois só voltamos a reunir em setembro, isto é para
organizarem as vossas agendas e estarem com isto presente. --------------------------------
----- Esta semana além desta sessão, vamos ter uma audição da 3ª Comissão, uma
audição pública, promovida por iniciativa da 3ª Comissão, sobre o Quarteirão da
Portugália e são convidados para esta audição como é do vosso conhecimento,
certamente, quer os projetistas que estão propostos para o Quarteirão da Portugália,
quer a Câmara Municipal, naturalmente, mas, também, os peticionários. ------------------
----- Nós temos em apreciação na 3ª Comissão, uma petição contra aquele Projeto da
Portugália, portanto, vamos ouvir as duas partes, a 3ª Comissão vais estar com maior
atenção mas, todos os Senhores Deputados estão convidados assistir e o público que
queira assistir poderá fazê-lo e até poderá fazer parte da discussão, se assim entender. -
----- Informo que entretanto, solicitei ao Senhor Vereador Manuel Salgado, que me
fosse enviada a alteração ao projeto que já foi submetida pelos projetistas à Câmara,
ela ainda não foi enviada, mas tenho notícia que será eventualmente amanhã. Aquilo
que nós sabemos pela comunicação social é que terá havido uma nova proposta do
promotor e dos projetistas, no sentido de reduzir altura da dita cuja torre em onze
metros, mas não vimos ainda esse documento, esperemos que ele chegue. Em todo o
caso estamos em condições de promover a discussão pública e ouvir todas as partes
para poderemos estar habilitados depois a tomar uma decisão. ------------------------------
----- Para a sessão de hoje, eu tenho uma questão que, também, vos quero colocar que
é relativamente simples e que é a seguinte: -----------------------------------------------------
----- Temos aqui um Voto de Saudação à Maria do Céu Guerra, como ele não entrou
dentro do prazo, eu pergunto aos Senhores Deputados se o adiamos para a semana ou
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se ele é aceite pelo Plenário. Portanto, para fazer a pergunta tenho que pedir a vossa
atenção. Temos um Voto de Saudação “Pela atribuição do Prémio de honra de “Atriz
da Europa 2019” a Maria do Céu Guerra pelo festival Internacional de Teatro – Actor
Of Europe”, este voto de saudação que foi apresentado por cinco Deputados
Independentes à Maria do Céu Guerra pelo prémio que acaba de receber por melhor
atriz da europa 2019, tenho que perguntar se aceitam que ele seja votado hoje ou não?
Portanto, vamos por à votação nestes termos: --------------------------------------------------
----- Quem é contra a aceitação deste voto nesta Sessão, faz favor, levante o braço?
Não há votos contra. Quem se abstém? Não há abstenções, portanto, está aceite por
unanimidade a admissão do voto, portanto, quando chegar a altura logo o iremos ler e
votar. --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Entretanto tenho mais uma questão preliminar, que é importante e que é o
seguinte. Na última Conferência de Representantes ficou combinado, a não ser que
houvesse qualquer matéria urgente que não faríamos uma reunião. Ontem porque eu
tive uma reunião com os Deputados Independentes por causa do Regimento e para a
semana eventualmente a menos que seja necessário não a faria. Mas há uma questão
que tem que ser resolvida antes da Conferencia de Representantes que é a seguinte. O
Regimento atual diz que em princípio as propostas só baixam a uma comissão e só
devem baixar a mais do que uma com o apoio da Conferência de Representantes, são
algumas delas bastantes urgentes, e se eu estou à espera da Conferência de
Representantes da semana que vem, isto fica ultrapassado. ----------------------------------
----- Portanto, a minha pergunta e eu vou dizer as quatro propostas que eu tenho aqui
pendoradas e que têm esse problema para saber a vossa opinião. Eu pedi para
transmitirem esta informação a todos e o que se passa é isto. --------------------------------
----- A Proposta n.º 493, que trata das transferências para o Município no domínio nas
áreas portuário-marítimas e áreas urbanas de desenvolvimento turístico e económico,
baixará sempre à 1ª Comissão. A pergunta é se não deverá baixar, também, à 2ª
Comissão, até se poderia pôr a hipótese de eventualmente à 8ª Comissão, mas talvez
não justifique, porque a dimensão da proposta não o justifica, mas à 2ª sim, porque
tem a ver com o turismo. E, portanto, a pergunta é, neste caso concreto, se o plenário
vê inconveniente em que eu envie, também, para a 2ª Comissão para que a 2ª
Comissão também se prenuncie? E depois a 2ª Comissão verá se quer fazer em
conjunto com a 1ª ou se quer fazer separado, isso depois os Presidentes das Comissões
é que tratam. Mas o Regimento manda baixar só a uma, como a Conferência de
Representantes não posso convocar, tenho que remeter isto ao Plenário. Pergunto,
quem se opõe a que a Proposta n.º 493 vá também à 2ª Comissão? Faz o favor de
levantar o braço? Não há oposição. Quem se abstém? Não há abstenções, portanto,
por unanimidade a Assembleia entende que a 2ª Comissão, também, se pode
pronunciar, se assim o entender sobre esta proposta. ------------------------------------------
----- Temos agora duas Propostas sobre a SRU, é um aditamento ao contrato-
programa e são as minutas dos contratos programa e dos contratos de mandato da
SRU. As propostas originais foram apreciadas pela 3ª Comissão, entretanto, o
Regimento foi alterado, a minha proposta é que estas duas propostas sejam apreciadas
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pelas mesmas Comissões que as apreciaram quando elas vieram pela primeira vez,
portanto, é a Proposta n.º 518/2019 que é o primeiro aditamento ao contrato da SRU e
a Proposta n.º 519 que são as minutas de aditamento dos segundos contratos e o
terceiro aditamento ao contrato-programa 2015, portanto, pergunto se alguém se opõe
a que estas duas propostas além de ir à 1ª Comissão, que tem que sempre ir, também,
ir à 3ª? Quem se opõe? Não há oposição. Quem se abstém? Não há abstenções, então
vai baixar! --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Finalmente, tenho uma última proposta que é uma hasta pública, em princípio, é
também só a 1ª Comissão, mas tratando-se da matéria que é, pergunto se não devemos
ouvir a 3ª e a 8ª e estamos a falar do quê? É uma hasta pública para constituição do
direito de superfície em subsolo sobre uma parte de uma parcela de terreno designada
por B3, na Operação Integrada de Entrecampos para um parque de estacionamento e
dado todos os contornos da Operação Integrada de Entrecampos e o acompanhamento
que a Assembleia sempre quis fazer com bastante intensidade sobre esta matéria,
entendo que a 3ª Comissão por razões de urbanismo e 8ª por razões de
estacionamento, deveriam poder-se pronunciar sobre esta matéria. Portanto, vou por
isto à consideração, é a Proposta n.º 507, quem se opõe? É que esta proposta baixe
também a 3ª e a 8ª Comissão, faz favor, levante o braço? Não há oposição. Quem se
abstém? Não há abstenções, está aprovada que unanimidade e as propostas serão
encaminhadas, em conformidade.” ---------------------------------------------------------------
----------------------------- PERÍODO DA ORDEM DO DIA--------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, continuou:
----- “Quanto à nossa ordem trabalhos, vamos entrar agora no período da ordem do dia
não temos intervenção do público. ---------------------------------------------------------------
----- Temos uma questão que queria informar-vos, o PAN pediu a retirada da
apreciação a sua recomendação n.º 80/03, pediu a retirada desta recomendação que é o
Ponto 9 da Ordem de Trabalhos. -----------------------------------------------------------------
----- Quanto ao voto de saudação, vou perguntar a Senhora Primeira Secretária, se
quer ler o voto de saudação pela atribuição do prémio a Maria do Céu Guerra. ----------
----- Então nesse caso, se não se importa até leio eu, porque a Maria do Céu Guerra é,
de facto, é uma amiga pessoal.” ------------------------------------------------------------------
----- VOTO DE SAUDAÇÃO n.º 080/01 (5IND)) – (Subscrito por cinco
Deputados Independentes) “Voto de Saudação – Pela atribuição do Prémio de
Honra de “Atriz da Europa 2019” a Maria do Céus Guerra pelo Festival
Internacional de Teatro – Actor Of Europe”; ----------------------------------------------- ----- (O Voto de Saudação n.º 080/01 fica anexado à presente Ata como Anexo I e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, procedeu à leitura do Voto
de Saudação n.º 080/01 (5 IND: ----------------------------------------------------------------- ----- “VOTO DE SAUDAÇÃO ---------------------------------------------------------------------
----- PELA ATRIBUIÇÃO DO PRÉMIO DE HONRA DE “ATRIZ DA EUROPA 2019” A MARIA DO
CÉU GUERR. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- PELO FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO - ACTOR OF EUROPE. ------------------------
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----- O prémio Atriz da Europa foi criado em 2003 para validar a carreira artística
individual e a contribuição criativa para a memória comum da civilização europeia e
foi entregue, no passado dia 6 de Julho, à atriz Maria do Céu Guerra. -------------------
----- A homenageada nasceu lisboeta em maio de 1943 e estudou Filologia
Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se estreou nas
lides do teatro em 1963, para desde então não mais cessar de nos presentear com a
sua presença no palco e nos écrans de todos os tamanhos. ----------------------------------
----- Maria do Céu Guerra fez parte dos grupos fundadores da Casa da Comédia e do
Teatro Experimental de Cascais e juntamente com Mário Alberto, fundou A Barraca
em 1975, companhia que conta hoje com mais de 70 produções. ---------------------------
----- Além de atriz, Maria do Céu Guerra é a encarnação do espírito humanista e do
desejo e necessidade de compreender o Teatro em todas as suas facetas, tendo
trabalhado nas funções de figurinista, na direção e conceção de guarda-roupa, em
cenografia e direção plástica, produção, adaptação ou dramaturgia, salientando-se
sobretudo como encenadora. Destaca-se também o seu trabalho de Direção de Atores
em peças levadas à cena no Teatro Nacional D. Maria II e no São Luiz Teatro
Municipal. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Maria do Céu Guerra conta com inúmeros prémios atribuídos pelos seus pares,
como sejam os Globos de Ouro, o Prémio Sophia ou o Prémio da Imprensa, que a
reconhecem como exímia na sua área profissional por papéis específicos que
interpretou, mas também com várias honrarias que distinguem o seu percurso, como
sejam a atribuição - pela primeira vez a uma mulher - do Prémio Vasco Graça
Moura, Cidadania Cultural; foi feita Dama da Ordem Militar de Sant'Iago da
Espada em 1985 e, em 1994, recebeu o grau de Comendadora da Ordem do
Infante D. Henrique. ------------------------------------------------------------------------------
----- A destreza e plasticidade que tem nos registos dramático e cómico; as facetas
popular, intelectual e experimental de que se reveste o seu trabalho; a abordagem
singular de autores contemporâneos e clássicos; e a marca que alguns dos seus papés
deixaram no imaginário comum, foram agora reconhecidas neste prémio,
corroborando internacionalmente a certeza que tínhamos de que o seu trabalho é
construtor não só da portugalidade, mas da civilização europeia e – ousamos nós –
universal. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Finalmente, para além destes feitos pelos quais hoje é aqui saudada, não
queríamos deixar de lembrar que a sua participação cívica se estende para além da
mais visível intervenção cultural e destacar que Maria do Céu Guerra foi já deputada
na Assembleia Municipal de Lisboa, no mandato 2009/2013, como independente
indicada pelo movimento Cidadãos por Lisboa na lista do Partido Socialista,
abrilhantando a nossa democracia e a nossa cidade com o seu eclético contributo. ----
----- Assim, os Deputados Municipais Independentes do Movimento Cidadãos Por
Lisboa, ao abrigo do disposto na alínea c) do art.º 15º do Regimento, propõem à
Assembleia Municipal de Lisboa que, na sua sessão plenária de 16 de julho de 2019,
delibere: ----------------------------------------------------------------------------------------------
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----- - Saudar calorosamente e congratular a cidadã Maria do Céu Guerra pelo
merecido reconhecimento profissional e cívico que representa a atribuição do
galardão de Atriz da Europa 2019. --------------------------------------------------------------
----- Lisboa, 16 de Julho de 2019 -----------------------------------------------------------------
----- Os Deputados Municipais Independentes do Movimento Cidadãos Por Lisboa” ---
----- Vamos passar à votação do Voto de Saudação n.º 080/01. Não há votos contra,
nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT,
PPM, 9 IND, e do Deputado Municipal Rodrigo de Mello Gonçalves e do Deputado
Municipal Rui Costa. O Voto de Saudação n.º 080/01 foi aprovado por
unanimidade e aclamação. ----------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, continuou:
----- “Proponho que seja por aclamação. --------------------------------------------------------
----- Muito obrigada, eu própria transmitirei à Maria do Céu Guerra esta unanimidade
e aclamação dos seus pares, que certamente a deixará muito contente.” -------------------
----- 1. APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 268/CM/2019 - ESTRATÉGIA LOCAL
DE HABITAÇÃO E A PRIORIZAÇÃO DAS SOLUÇÕES HABITACIONAIS A
DESENVOLVER AO ABRIGO DO PROGRAMA 1.º DIREITO, NOS
TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NO N.º 6 DO
ARTIGO 2.º DA PORTARIA N.º 230/2018 DE 17 DE AGOSTO E NO ARTIGO
30.º DO DECRETO-LEI N.º 37/2018 DE 4 DE JUNHO E ALÍNEA K) DO Nº2
DO ART.º 25º DO ANEXO I DA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, NA
SUA REDAÇÃO ATUAL; 2X GRELHA BASE: 68 MINUTOS; ---------------------- ----- (A Proposta nº 268/CM/2019 fica anexada à presente Ata, como Anexo II e
dela faz parte integrante). --------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 5ª Comissões Permanentes, fica anexado a esta Ata, como
Anexo III e dela faz parte integrante) -----------------------------------------------------------
----- (A Recomendação 080/01 (5ªCP) fica anexada à presente Ata, como Anexo IV
e dela faz parte integrante). ------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, continuou:
----- “Senhores Deputados, vamos então continuar a nossa ordem trabalhos e neste
momento, vamos passar à apreciação da Proposta n.º 268/CM/2019 - Estratégia local
de habitação para a priorização das soluções habitacionais a desenvolver ao abrigo do
Programa 1º Direito, e tem a palavra a Senhora Vereadora Paula Marques para
apresentar a proposta.” ----------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Vereadora Paula Marques, no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Obrigada Senhora Presidente, boa tarde a todas e todos. --------------------------------
----- Primeiro lugar, queria agradecer o trabalho que resultou deste processo de
adequação daquilo que é o nosso instrumento em vigor, instrumento estratégico do
ponto de vista de planeamento da política de habitação e de intervenção do Programa
Local de Habitação, a todos e todas as trabalhadoras, funcionárias e dirigentes da
Câmara, não foi só Direção Municipal de Habitações e Desenvolvimento Local que
esteve envolvida, estiveram envolvidas os técnicos e as técnicas da GEBALIS, os
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dirigentes, mas, também, muitos dos nossos colegas de outras áreas, nomeadamente
na área do Planeamento Urbano e, em particular na área das AUGI’s, que nos
permitiram adequar aquilo que são os instrumentos que temos em vigor à candidatura
do instrumento financeiro que é o Programa 1º Direito e, portanto, queria agradecer a
todas e a todos porque não se faz um trabalho destes em tão pouco tempo, sem a
colaboração, sem o empenho de toda a gente. --------------------------------------------------
----- Depois também fazer um agradecimento às juntas de freguesia e às associações
de moradores com quem fomos interagindo para perceber se aquilo que nós
identificamos com potenciais beneficiários desta linha de financiamento, estava, quer
dizer, aquilo que nós tínhamos identificado com a informação que tínhamos, estava de
acordo com aquilo que era a perceção quer das juntas de freguesias, quer das
associações de moradores. -------------------------------------------------------------------------
----- Senhora Presidente, Senhores Deputados, Senhoras Deputadas, dizer-vos que
aquilo que nós fizemos foi identificar tudo aquilo que era potencial de candidatura à
linha de financiamento do 1º Direito, para responder aos vários desafios que a cidade
de Lisboa tem, desde promover habitação a pessoas que não têm habitação por
carência habitacional “tout court”, às pessoas que embora tenham habitação, não têm
habitação condigna. ---------------------------------------------------------------------------------
----- E, também, dizer que esta interação com o IHRU e com a Secretaria de Estado
levou a que algumas coisas fossem alteradas ao longo deste processo, o programa é
complexo, não o escondo, já disse isto na Comissão de Habitação, o programa é
complexo, a operacionalização, também, mas a Câmara de Lisboa entendeu que o
devia fazer, devia ir a jogo em tudo aquilo que fosse possível potenciar e ampliar tudo
aquilo que já é o investimento que a Câmara de Lisboa faz. ---------------------------------
----- E, por isso, identificámos todas as ações de reabilitação de património municipal,
quer fosse de bairro municipal, património disperso ou nova construção, que fosse
potencial de ser neste caso comparticipava, não é financiamento é comparticipação e
depois fomos identificar todos os núcleos habitacionais que identificamos com
carências habitacionais, que através de parceria com a Câmara do ponto de vista da
validação das condições pudessem ser beneficiários do apoio do 1º Direito. --------------
----- Eu acho que este programa tem uma mais-valia em relação a outros passados,
que é para além de ser um instrumento de apoio às autarquias para, volto a dizer, para
reabilitar o seu património e responderem assim as várias necessidades, permite que
em parceria com as autarquias os proprietários residentes ou os proprietários que
tenham inquilinos e cuja sua situação socioeconómica seja vulnerável, isto é não
tenham condições para fazer intervenção nas suas casas para melhorar as condições de
habitabilidade, quer das suas quando são proprietários residentes, quer dos seus
inquilinos, possam desde que estejam identificados nas estratégias ou nos documentos
das autarquias possam ser beneficiários diretos do apoio do 1º Direito. --------------------
----- Daí nós termos identificado bairros de autoconstrução, a Prodac Norte e Prodac
Sul, o Pote d'água e o São João de Brito, todas as AUGI’s, os Bairros ex-SAAL que
ainda não estão em processo de regularização e aqueles que estando regularizados
podem ter necessidade de intervenção e, portanto, o nosso princípio foi por defeito, se
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quisermos incluir todos os potenciais candidatos a benefício do Programa 1º Direito,
para que fosse reduzido o ponto de exclusão, digamos. ---------------------------------------
----- O programa desde do seu início até agora permitiu alguma flexibilidade, não
escondo que no início era bastante rígido e, portanto, nós tínhamos que identificar
uma matriz em que tínhamos identificar todas as famílias que iriam ser beneficiárias
deste processo, sendo que é um processo a seis anos e, portanto, estar em identificar
uma família hoje que vai ser beneficiária daqui a quarto anos, pareceu-nos bastante
difícil, até não sendo exequível. ------------------------------------------------------------------
----- Portanto, em análise crítica com a Secretaria de Estado e como o IHRU, resultou
esta flexibilização de seis em seis meses poder ser atualizado não a matriz, não os
princípios de quem é a população e os núcleos de intervenção, mas podendo acautelar,
por exemplo, se daqui a dois anos houver uma situação de SOS, que não foi
identificada agora possa ser incluída neste instrumento de financiamento. ----------------
------ Dizer que, até 2024 aquilo que nós submetemos à consideração de
financiamento por parte do IHRU, é um total de investimento de duzentos e trinta e
nove milhões, dos quais são oitenta e um milhões de comparticipação a fundo perdido
do IHRU, isto de reabilitação de património público, para responder às diversas
necessidades da cidade. ----------------------------------------------------------------------------
----- Agora segue-se um processo, depois desta nossa discussão aqui, seguir-se-á um
processo de enviar para o IHRU os contratos de financiamento por cada uma das
ações que nós candidatámos. E, portanto, volto a dizer é um processo complexo e
moroso, mas a Câmara de Lisboa entendeu que todos os instrumentos que possam
responder ampliação daquilo que nós já temos em curso e possam responder melhor à
falta de condições de habitabilidade, à falta de habitação e a falta de condições de
habitabilidade da população que seria positivo nós acedermos e, portanto, o empenho
em entregar esta, vou-lhe chamar Estratégia Local de Habitação, porque assim obriga
a que o documento tenha este nome, estas matérias de financiamento ou operações de
financiamento ao programa da Administração Central. ---------------------------------------
------ Obrigada Senhora Presidente.” -------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
-----“Obrigada, Senhora Vereadora. --------------------------------------------------------------
----- Vamos agora ouvir, primeiro que tudo o parecer da Comissão a relatora é a Sofia
Oliveira Dias, Senhora Deputada que nos vais dizer a sua posição.” -----------------------
------ A Senhora Deputada Municipal, Sofia Dias (PS), no uso da palavra, enquanto
relatora fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Presidente, Senhores Vereadores, Senhores Deputados. -
----- A Câmara Municipal de Lisboa pretende candidatar-se a uma linha de
financiamento de um programa da Administração Central do Estado, o 1º Direito. ------
----- O 1.º Direito, visa apoiar a promoção de soluções habitacionais para pessoas que
vivem em condições habitacionais indignas e que não dispõem de capacidade
financeira para suportar o custo do acesso a uma habitação adequada. ---------------------
Draft
11
----- A competência para elaborar e propor a política de habitação e desenvolvimento,
bem como para programar a manutenção, conservação, construção, reconstrução e
reabilitação dos fogos municipais está delegada na Vereadora Paula Marques. -----------
----- Assim, a presente Proposta, não carece de aprovação legal nesta Assembleia
Municipal, nem tão pouco da Câmara Municipal, sendo, portanto, de elogiar a postura
da Vereadora em dar amplo conhecimento deste importante instrumento de
governação da cidade, bem como de o colocar à apreciação, quer da Câmara
Municipal, quer da Assembleia Municipal de Lisboa. ----------------------------------------
----- A Câmara Municipal identificou e apresenta, na presente proposta, as situações
passíveis de serem financiadas. -------------------------------------------------------------------
------ A Estratégia Local de Habitação assume, uma vez mais, a habitação como uma
prioridade municipal e pretende aproveitar uma oportunidade de financiamento, com
as vicissitudes inerentes a um programa de índole nacional, mas no qual Lisboa
partilha de parte dos problemas e pode retirar inúmeros proveitos, em linha com os
três objetivos gerais da estratégia. ----------------------------------------------------------------
----- Reputa-se ainda de particular importância a votação por maioria, apenas com a
abstenção do Partido Comunista Português, em reunião de Câmara. -----------------------
----- Recomenda assim, a 5.ª Comissão Permanente que Câmara Municipal dê,
periodicamente, conhecimento à Assembleia Municipal de Lisboa da evolução e
execução deste programa. -------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigada Senhora Presidente.” ------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada. ------------------------------------------------------------------------------
----- Senhor Vereador, tenho aqui a indicação de pediu para falar, mas tem, também,
no fim a possibilidade de responder, quer falar agora ou prefere no fim? É porque não
há muito tempo na grelha, portanto, se calhar, deixar para o fim, porque pode haver
outras questões! Obrigada! ------------------------------------------------------------------------
----- Vamos conseguir.” ----------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra a Senhora Deputada, Isabel Pires do Bloco de Esquerda.” ----------
----- A Senhora Deputada Municipal, Isabel Pires (BE), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada Senhora Presidente, Senhores Deputados, Senhoras Deputadas,
Senhoras Vereadoras. ------------------------------------------------------------------------------
----- A aprovação do Programa 1º Direito foi já durante o ano de 2018, um marco
importante a nível nacional e, de facto, os últimos quatro anos foram um caminho
longo no que toca ao reconhecimento que sempre esteve na Constituição da República
Portuguesa da habitação como um direito básico, tal como é a educação, a saúde e foi
um caminho importante. ---------------------------------------------------------------------------
----- Lembramos que a 19 de junho de 2018, o Grupo Municipal do Bloco de
Esquerda apresentou uma recomendação, aqui na Assembleia Municipal de Lisboa,
Draft
12
que foi aprovada por maioria exatamente no sentido de a Câmara proceder à
elaboração da estratégia local para a candidatura ao 1º Direito e, na altura este
instrumento tinha acabado ser aprovado e as necessidades que tanta gente colocava
eram questões sobre a rapidez ou não com que se iria aplicar esse programa. ------------
----- E, portanto, mais de um ano após essa recomendação, saudamos e achamos que é
importante estarmos a discutir uma proposta da Câmara Municipal como já foi dito,
não é obrigatório que venha nem à Câmara, nem à Assembleia Municipal, mas é
importante que possamos, também, estar a discutir esta proposta que dar cor na
verdade à forma como a Câmara se vai colocar perante as candidaturas, os critérios
existentes e como vai decorrer todo o processo. -----------------------------------------------
----- E sendo um programa de âmbito nacional, com valores agregados poderiam
eventualmente ser maiores. Dissemos na altura que poderia ser limitado em alguns
aspetos porque ele não responde, obviamente a todo o conjunto das dificuldades que
existem a nível de habitação. No entanto, já o dissemos na altura e continuamos a
dizer todos os instrumentos são fundamentais para responder à crise habitacional que
se vive com especial força na cidade de Lisboa. -----------------------------------------------
----- Importa-nos referir aqui a questão do levantamento que está por trás desta
proposta e na intervenção inicial a Senhora Vereadora deu alguma informação e
esclarecimentos importantes sobre a forma como se procedeu ao levantamento das
necessidades e de quem poderá ou não estar apto a concorrer a este programa. ----------
----- Ficou uma dúvida que já agora colocava sobre atualização deste levantamento a
cada sete meses, não percebi seria a cada sete meses ou seriam espaço mais alargado?
Se pudesse depois na parte da resposta clarificar isto, porque, de facto, parece-nos que
a situação da cidade de Lisboa exige que, de facto, possamos também ter
levantamentos o mais rigorosos possíveis, porque sabemos das grandes dificuldades
existentes e da multiplicidade de situações que existem, seja no edificado público, na
habitação municipal, na habitação privada, as várias formas de habitação privada,
portanto, perceber qual é que é a periodicidade da atualização deste levantamento,
com certeza ajudar depois, conjugado com os critérios a responder de uma forma mais
concreta aos problemas existentes. ---------------------------------------------------------------
----- De resto dizer, também, que a própria aprovação da Lei de Bases da Habitação
traz mais uma responsabilidade política de responder perante aquilo que, finalmente
se admite ser um direito e, portanto, os instrumentos de resposta à crise habitacional
estão a crescer eles devem ser todos utilizados em prol de mais habitação pública e de
forma a limitar os valores absurdos de renda, especialmente na cidade de Lisboa
continuam a aumentar e provocar alguns despejos muitas vezes por carência
económica de várias famílias. ---------------------------------------------------------------------
----- Dizer por fim que, também, acompanhamos a Recomendação da 5ª Comissão
porque, achamos que este processo obviamente, ganha sempre que o
acompanhamento da sua execução é feito de forma mais permanente e com os atores
que estão envolvidos na política municipal. ----------------------------------------------------
Draft
13
----- E, portanto, acompanhamos a proposta da Câmara que é mais um passo para
responder a problemas de habitação, sendo que todos os outros que têm sido batidos e
construídos devem, obviamente continuar a ser reforçados.” -------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada, Senhora Deputada.” -----------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Rui Costa, Independente.” -----------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Rui Costa (IND), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhor Vice-presidente da Câmara,
Senhoras e Senhores Vereadores, em particular a Senhora Vereadora Paula Marques,
Senhoras e Senhores Deputados Municipais. ---------------------------------------------------
----- É com profunda satisfação que vejo este debate aqui mais de um ano volvido
desta Assembleia Municipal, ter aprovado por larga maioria e com os votos favoráveis
do Partido Socialista e dos Independentes eleitos nas listas do Partido Socialista, uma
recomendação apresenta na altura, também, por mim enquanto elemento integrante da
bancada do Bloco de Esquerda, recomendação essa que não se encontra totalmente
cumprida, apesar de ter sido aprovada por larga maioria. ------------------------------------
----- Refiro-me ao Ponto 3 dessa Recomendação, publicada em Boletim Municipal a
Recomendação n.º 025/05, em que se defendia que a Câmara assumisse uma
estratégia de ida ao mercado de arrendamento, para depois subarrendar aos elegíveis
no âmbito Programa 1º Direito. -------------------------------------------------------------------
----- Aqui diz-se apenas que se pondera no âmbito do Programa de Arrendamento
Acessível, ora bem, os beneficiários do 1º Direito são aqueles que têm maiores
carências, são os mais pobres dos pobres, porventura na cidade e se a Câmara
Municipal não tem como sabemos capacidade de oferta neste momento para essas
situações mais prementes, podiam e deviam, nesta estratégia ter feito constar o
recurso ao mercado de arrendamento para o efeito, conforme deliberação aprovada
quase unanimemente à esquerda, com exceção do PCP no ano passado, aquando da
publicação deste diploma. É preciso ter memória! ---------------------------------------------
----- Disse!” ------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada, Senhor Deputado.” ------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Modesto Navarro do PCP.” ----------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Modesto Navarro (PCP), no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhoras Secretárias, Senhor Vice-presidente, Senhoras e
Senhores Vereadores, Senhoras e Senhores Deputados. --------------------------------------
Draft
14
----- Veio hoje para apreciação da Assembleia Municipal a Proposta n.º 268/2019, que
visa a Estratégia Local de Habitação e a priorização das soluções habitacionais a
desenvolver ao abrigo do Programa 1º Direito. ------------------------------------------------
----- O programa pensado e efeito para a resolução de graves carências habitacionais,
entende que as pessoas ou famílias que residem de forma permanente em situação de
precariedade habitacional, insalubridade e insegurança, sobrelotação e em
inadequação habitacional, assim como em situação de carência económica que se
enquadram em condições indignas a nível habitacional. --------------------------------------
----- Esta estratégia local de habitação no âmbito do seu diagnóstico e de matriz com
as carências habitacionais, soluções habitacionais, programação e prioridades, nada
diz sobre as carências habitacionais das pessoas Sem-abrigo, violência doméstica,
assim como da não renovação de contratos. A não inclusão de um grupo específico, os
Sem-abrigo não vai ao encontro da própria estratégia local de habitação, já que o 1º
Direito tem como alvo o artigo 4º, “a pessoa Sem-abrigo, sem teto vivendo no espaço
público ou alojada em abrigo de emergência ou sem casa em alojamento temporário
destinado para o efeito”, lembramos que a definição de precariedade habitacional
começa logo com as situações de pessoas Sem-abrigo. ---------------------------------------
----- Não entendemos que o Pelouro dos Direitos Sociais que tem direta tutela deste
grupo e que conhece bem 1º Direito, amplamente discutido, não tenha
operacionalizada sua aplicação para resolver este problema, não entendemos como se
desperdiça esta medida para atuar sobre este problema na maior autarquia do país. -----
----- No que diz respeito às prioridades enunciadas, há também algumas questões que
nos originam dúvidas, como primeira prioridade esta estratégia apoia e pretende
reforçar a resposta habitacional da autarquia através da demolição e construção de
habitação em antigos bairros em alvenaria, como Bairro Padre Cruz, como a Cruz
Vermelha, entre outros como primeira prioridade. Mas propõem a continuidade de
venda de habitação pública aos inquilinos que a pretendam adquirir. ----------------------
----- Como segunda prioridade, propõe o apoio ou subsídio de renda através do
arrendamento no privado em rendas acessíveis, desta prioridade permite a seguinte
leitura: “O subsídio de renda em contratos de arrendamento acima de dez anos com o
privado, são subsídios cumulativos ao privado”. Ora vejamos, a renda que o inquilino
vai pagar calculada em termos dos seus rendimentos e o subsídio à renda serão o valor
a pagar ao senhorio que por sua vez, vai ter isenção de 20% dos rendimentos prediais
anuais e até de isenção em IMI. -------------------------------------------------------------------
----- Como terceira prioridade propõem a reabilitação urbana de núcleos degradados
de património municipal. --------------------------------------------------------------------------
----- Contudo, como quarta prioridade, encontramos núcleos degradados que são
territórios ninguém e esta estratégia não propõe os instrumentos execução urbanística
no regime da reabilitação urbana, para promover ativamente e diretamente com os
proprietários a reabilitação ou então expropriação destes núcleos degradados com
candidatura ao 1º Direito, apoio para aquisição e reabilitação. ------------------------------
----- Mais uma vez no nosso entender, a priorização das graves carências habitacionais
ao 1º Direito, põem em causa o princípio de acessibilidade habitacional, porque
Draft
15
ninguém pode ficar para trás, garantir o acesso de todos a uma habitação adequada,
conforme a nova geração de políticas de habitação. -------------------------------------------
----- O PCP entende que o princípio de acessibilidade de estabilidade e de
participação, não estão garantidos nesta estratégia assim como os direitos de
beneficiários e das entidades beneficiárias. -----------------------------------------------------
----- O plano local de habitação é de 2010, foi feito para durar cinco anos, anos em
que a cidade mudou radicalmente, só com uma atualização do plano local de
habitação é que poderemos corresponder aos desafios do 1º Direito. -----------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Miguel Graça, Independente.” -------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Miguel Graça (IND), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente da Assembleia Municipal, Excelentíssimos Senhores
Vereadores e caros colegas Deputados. ---------------------------------------------------------
----- Os Deputados Municipais Independentes “Cidadãos por Lisboa” gostariam,
também, de comentar relativamente a esta Proposta n.º 268/2019 – relativa à
estratégia local de habitação e lhe respetivas soluções habitacionais a desenvolver ao
abrigo do Programa do 1º Direito. ----------------------------------------------------------------
----- Antes de mais, investir duzentos e trinta e nove milhões de euros na construção e
reabilitação de casas para famílias carenciadas, é o objetivo da Câmara Municipal de
Lisboa com este programa e, nesse sentido, assinou um protocolo no passado dia 12
de julho com o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana, o IHRU e com a
presença na Secretaria de Estado da Habitação, no âmbito do Programa 1º Direito para
avançar com o investimento que até 2024, permitirá beneficiar cerca de quatro mil e
quinhentas famílias, ou seja, correspondente a cerca de dez mil pessoas com este
programa. Sendo que destes duzentos e trinta e nove milhões de euros, cerca de
oitenta e um vão ser comparticipados pelo Estado. --------------------------------------------
----- Numa primeira fase, do investimento prevê-se que sejam cerca de setenta
milhões de euros, dos quais dezoito viram do IHRU que permitirá apoiar cerca de mil
e quinhentas famílias e que irá, como disse já, também, apoiar a reabilitação e
construção de património municipal, assim como intervenções em habitações
apoiando pequenos proprietários residentes ou não que não têm casas dignas em
condições económicas para resolver as situações. ---------------------------------------------
----- Como vemos por este número estamos a falar de números muito significativos,
por isso, saudamos a vinda a esta Assembleia para apreciação da estratégia local de
habitação que, como é conhecido apoia-se no programa local de habitação, que foi
aprovado em 2010 e que se prevê que venha a ser precisamente revisto e atualizado
Draft
16
através da carta municipal de habitação, previsto na Lei de Bases da habitação que foi
aprovado no passado dia 5 de julho de 2019 e que aguarda promulgação. -----------------
----- Como é conhecido, também, o 1º Direito, o Programa de apoio ao acesso à
habitação faz parte de um pacote da nova geração de políticas de habitação do
Governo e pretende apoiar promoção de soluções habitacionais por pessoas que vivam
em condições habitacionais indignas e que não dispõem de capacidade financeira para
suportar o custo de acesso a uma habitação adequada. ---------------------------------------
----- Lisboa é um dos municípios que concorreu e que, no fundo se dispôs a participar,
também, com esta linha de financiamento e os apoios que podem ser concedidos
podem-no ser a famílias, a entidades, a municípios, a entidades públicas ou terceiro
setor, associações de moradores ou proprietários de imóveis em núcleos degradados.
As famílias, como é sabido também apresentam estes pedidos de apoio habitacional e
o município avalia os pedidos de apoio no quadro da sua estratégia local de habitação,
que é precisamente o que hoje estamos aqui analisar e exatamente a ver quais são as
suas prioridades definidas, e nesse sentido os beneficiários destas candidaturas
aprovadas e o IRHU celebram um acordo de financiamento ou de colaboração no
quadro do Programa 1ºDireito.--------------------------------------------------------------------
----- Assim sendo, saudamos esta proposta da Câmara Municipal de Lisboa, assim
também com a recomendação da 5ª Comissão Permanente desta Assembleia que
recomenda, naturalmente, que esta matéria seja acompanhada por esta Assembleia,
durante toda a sua vigência e, por isso, também, esperamos que num espírito de
colaboração esta seja uma matéria discutida e plenamente analisada ao longo deste
mandato. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
------ “Obrigada, vamos prosseguir.” ------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra e palavra o Senhor Deputado José Inácio do MPT. -------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, José Inácio (MPT), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Excelentíssima Senhora Presidente, Senhores Vereadores, caros Colegas. ---------
----- A proposta hoje aqui em análise é acima de tudo um programa de estratégia local
de habitação e da priorização das soluções habitacionais a desenvolver ao abrigo do
Programa 1º Direito. --------------------------------------------------------------------------------
----- O Programa 1º Direito, visa apoiar a promoção de soluções habitacionais para
pessoas que vivem em condições habitacionais indignas e que não dispõem de
capacidade financeira, para suportar os custos do acesso a uma habitação digna e
adequada. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- De acordo com o programa local de habitação de Lisboa, o programa de apoia ao
acesso à habitação, o 1º Direito, lançado no passado dia 2 de maio pela Câmara
Municipal de Lisboa, conta a partir de sexta-feira passada com a participação do
Draft
17
Instituto de Reabilitação Urbana e o investimento de duzentos e trinta e nove milhões
de euros, para cumprir os objetivos que se propõe, tendo já sinalizado como
prioritários para intervenção quatrocentos e noventa e nove agregados, sessenta e seis
no agregados no Bairro da Boavista, quarenta e oito no Bairro Padre Cruz e trezentos
e cinquenta e cinco frações em diversos pontos da cidade. -----------------------------------
----- Ao Senhor Presidente queria felicitar, embora não esteja aqui pessoalmente, mas
através seus colegas do Executivo, por rapidamente ter dado início este programa tão
necessário para a nossa Lisboa e para os lisboetas e, a si Senhora Vereadora,
especialmente. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- No entanto, e porque “não há bela, sem senão”, o Senhor Presidente ao criar este
programa de apoio esqueceu-se, não de todos é certo, mas de alguns em particular e a
verdade caros colegas e Senhora Vereadora, é que este programa não prioriza as
pessoas em situação de maior fragilidade, tais como os Sem-abrigo e as pessoas
vítimas de violência doméstica. -------------------------------------------------------------------
----- Por isso, Senhora Vereadora, considero no mínimo ter havido aqui um lapso
neste programa, ao não terem sido contemplados precisamente estas pessoas que se
encontram no topo da precaridade habitacional. -----------------------------------------------
----- Mas então Senhora Vereadora será que os Sem-abrigo não são gente? Pergunto!
E as pessoas vítimas de violência doméstica, que tem de refazer a sua vida do nada,
também, não merecem que o município zele por elas? Não têm todas elas, também,
direito ao Programa 1º Direito e a uma habitação condigna? --------------------------------
----- Infelizmente, parece que a realidade é bem esclarecedora, temos conhecimento
da existência de famílias que vivem um pouco por toda a cidade em carros vítimas
despejo e da falta de condições financeiras, e de gente vítima de violência doméstica
que não tem outra alternativa que não seja engrossar os números dos Sem-abrigo em
Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- E aqui Senhora Vereadora, não conseguimos compreender, nem aceitar como é
que o maior senhorio do país, o Município de Lisboa não contemple estas pessoas.
Ainda mais desfavorecidas do que o habitual o seu Programa 1º Direito, já que o
principal objetivo deste programa precisamente acabar até 2024 com todas as
situações de dignidade habitacional na cidade de Lisboa. ------------------------------------
----- O Partido da Terra que sempre defendeu como direito humano fundamental o
acesso a uma habitação condigna considera a política de habitação para todos e sem
exceção, uma prioridade insofismável que qualquer cidade que se preze por defender
e proteger aqueles que nela residem e nos Executivos que juraram zelar pelos
interesses de todos e não só daqueles que o elegeu. -------------------------------------------
----- Mas se isso deveria ser uma verdade insofismável, por ser uma prioridade
indiscutível para qualquer cidade, infelizmente que tal não se aplicará à nossa cidade
de Lisboa, que foi e tem sido uma cidade que nos últimos anos tem tido como
principal preocupação a dinamização do turismo, fonte de receita indiscutível. ----------
----- É certo que este Executivo Camarário, tomou algumas medidas para tentar
minorar os efeitos negativos no turismo e lembro-me do Senhor Presidente da Câmara
ter em 2016 anunciado com toda a pompa e circunstância, o maior Programa de
Draft
18
Renda Acessível para a classe média de que há memória. Tratava-se então de um
programa que se iniciava na Rua de São Lázaro, levando o Município a ter que retirar
os seus inquilinos ao mesmo tempo que se celebrava com a Neonsmiles um contrato
no valor de dez milhões de euros, para recuperar dezasseis imóveis onde iriam nascer
cento e trinta e um novos fogos, mas nem sempre como dizia o poeta “Deus quer, o
homem sonha e a obra nasce”. -------------------------------------------------------------------
----- Senhora Vereadora, seguramente que deus quer e acredito, sinceramente que
Vossa Excelência e o Senhor Presidente sonham em proteger os mais desfavorecidos,
mas a realidade tomou o seu próprio rumo e ao visto prévio requerido pela Câmara
Municipal ao Tribunal de Contas em janeiro último, decidiu recusa-lo por considerar
que o contrato em causa era uma parceria pública privada e não um contrato de
concessão como a Câmara Municipal de Lisboa entendia, fundamentando ainda que
havia um conjunto de vantagens contratuais para a concessionária que indiciava uma
repartição de riscos desfavorável para o ente público. ----------------------------------------
----- Caros colegas a verdade é só uma, e essa insofismável, a falta de habitação em
Lisboa, é um flagelo transversal a todas as classes sociais, levando inclusive que
muitas famílias ocupam de forma indevida, não só fogos municipais desocupados
como, também, as antigas lojas em prédios municipais de habitação social como
acontece, por exemplo, na Ameixoeira. ---------------------------------------------------------
----- O Partido da Terra, entende e partilha da opinião que estas políticas sociais de
habitação são verdadeiramente prioritárias por intrinsecamente necessárias, mas que
sejam, também, contemplados os equipamentos do espaço público e à mobilidade. -----
----- Aguardamos por isso, com alguma expectativa a concretização do programa em
análise e esperamos sinceramente que este não seja mais um levantamento de
intenções com objetivos puramente eleitoralistas, basta não nos esquecermos dos
estão anunciados centros de saúde que estão ainda por chegar e que estava previsto
catorze até 2020, isto é, até daqui ao final do ano, em seis meses. --------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada, Senhor Deputado.--------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados terminamos as intervenções, creio que, certamente a
Senhora Vereadora quer responder, vamos dar a palavra para responder.” ----------------
----- A Senhora Vereadora Paula Marques, no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada Senhora Presidente. --------------------------------------------------------------
----- Antes de responder algumas questões muito concretas das Senhoras Deputadas e
dos Senhores Deputados das forças políticas, queria, era a intervenção que iria fazer
há pouco, em relação ao parecer da Comissão. E dizer, também, que foi muito
profícuo para mim, a discussão que tivemos, a longa discussão que tivemos com as
forças políticas e que com os senhores deputados na Comissão. ----------------------------
------ Naturalmente que, o Programa Local de Habitação foi feito num determinado
contexto, mas os princípios que estão presentes no Programa Local de Habitação para
Draft
19
nós não alteraram, continuam os mesmos, os princípios da participação, os princípios
da audição das organizações, os princípios das freguesias, isso para nós não alterou. O
que alterou acima de tudo, diria que era o terceiro objetivo, o terceiro eixo e,
obviamente, que ele deve ser revisto e atualizado, e foi esse, também, o meu
compromisso quando foi a Comissão. ----------------------------------------------------------
----- Entretanto, nós felizmente, tivemos o momento histórico que é a aprovação de
Lei de Bases da Habitação, e a Lei de Bases da Habitação, prevê um instrumento que
o PCP bem conhece, porque foi proposta do PCP, se eu não estou em erro, que é a
Carta Municipal de Habitação. --------------------------------------------------------------------
----- Portanto, naturalmente imediatamente embora a Lei não esteja ainda promulgada,
imediatamente aprovação desse texto, se nós já estávamos a dar início o processo de
atualização do PLH (Plano Local Habitação) naturalmente, faremos para compaginar
com aquilo que são os instrumentos previstos na Lei de Bases da Habitação e outros
que teremos que fazer, e bem, que é ter a Carta Municipal de Habitação. -----------------
----- Nós entendemos que, não faz sentido prescindir daquele trabalho que foi feito, e
muito bem feito e com muita profundidade, nos princípios gerais do Programa Local
de Habitação, a Lei de Bases propõem uma Carta Municipal de Habitação, nós
entendemos que a Carta Municipal de Habitação deve ter uma estratégia associada,
deve ter um contexto, não deve ser só uma carta do ponto de vista da identificação das
necessidades, deve ser uma carta de resposta, também, e, portanto, naturalmente há
uma compaginação dos instrumentos estratégicos e dos instrumentos de gestão. ---------
----- E, portanto, eu não referi isso na minha primeira intervenção, obviamente que, o
processo não é subsequente e que já está em marcha. Primeiro com a análise daquilo
que são os serviços municipais e internamente quais são os passos que damos e depois
com o princípio que nós temos sempre, que é o processo de discussão pública sobre
estas matérias e construção coletiva do instrumento previsto. -------------------------------
----- Em relação à questão que o Senhor Deputado Modesto Navarro põe, da questão
na priorização. Senhor Deputado, eu não podia estar mais de acordo consigo! Eu por
mim, muito francamente não identificava prioridades, porque eu acho que neste caso
todas as situações são igualdade, para mim todas estão em igualdade de circunstâncias
daquilo que tem a ver com o direito à habitação. ----------------------------------------------
----- Quando o IHRU (Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana) fez um
levantamento e pediu às autarquias que fizessem um levantamento das carências
habitacionais há cerca de dois anos, que foi preliminar deste processo de construção
deste 1º Direito, nós fizemos uma avaliação crítica, porque o IHRU entendia que nós
devíamos identificar só como carências aquilo que era o remanescente PER (Plano
Especial Realojamento) e na altura, eu fiz questão de dizer ao IHRU, na altura ainda
na gestão anterior, dizendo que para nós cidade de Lisboa, tão agudo como a pessoa
que tem dificuldade de mobilidade, que não sai de casa, que tem insularidade, que não
tem condições de habitabilidade, é neste momento uma condição da classe média não
conseguir aceder à habitação. ---------------------------------------------------------------------
----- E, portanto, entendemos que devia ser considerado, por exemplo, a questão da
crise da habitação na classe média com carência habitacional, fizemos esse reparo ao
Draft
20
IHRU embora não tenha sido considerado formalmente, felizmente foi aceite o nosso
documento crítico. ----------------------------------------------------------------------------------
----- E, portanto, quando nós analisámos o que é que nós poderíamos, volto a dizer,
dentro daquilo que o programa condiciona, candidatar ao financiamento deste
Programa 1º Direito, nós fomos identificar todas aquelas respostas que nós
poderíamos financiar, todas aquelas medidas que nós podemos financiar, para
responder à diversidade carências que a cidade tem. ------------------------------------------
----- E, portanto, eu tendo a concordar consigo, eu por mim não me agrada priorizar,
porque acho que todas são prioritárias, mas o programa e candidatura obriga a
priorizar e daí nós termos feito esta priorização, isto por um lado. --------------------------
----- Por outro lado, respondendo à questão e, também, vou respondendo ao MPT
sobre a questão das pessoas Sem-abrigo e sobre as pessoas de violência doméstica. ----
----- Quando nós nos candidatámos a reabilitação de habitação, a construção ou à
aquisição de habitação, ou a construção nova habitação é para aumentar o parque
público e o parque público deve responder às várias necessidades, repito, tanto temos
preocupação até discriminação positiva e assumo essa linguagem, com as pessoas
vítimas de violência doméstica e as pessoas Sem-abrigo, que o Município de Lisboa
tem programas específicos para essa população e que são geridos em articulação com
o Pelouro dos Direitos Sociais, -------------------------------------------------------------------
----- Portanto, quando nós fazemos reabilitação de património, fazemos reabilitação
de património para afetar àquilo que são as respostas específicas, nomeadamente, no
plano de articulação com as organizações de proteção às casas de autonomização das
pessoas vítimas violência doméstica e das casas de autonomização e de partilhas, OS
apartamentos partilhados para as pessoas Sem-abrigo, e que volto a dizer, em
articulado estreitamente com o Pelouro dos Direitos Sociais, sendo essa a
competência do ponto de vista da gestão. -------------------------------------------------------
----- Finalizar, queria só dizer que os dados que nos levaram a identificar estas
carências, têm como base as análises de candidaturas que nós temos dos vários
programas, volto a dizer, o conhecimento que temos no terreno com as organizações
locais e procurámos identificar todos os núcleos passíveis de serem intervencionados
em simultâneo, o facto está priorizado não quer dizer que nós não possamos naquilo
que são plataformas de validação fazer ao mesmo tempo que fazemos a candidatura
ao financiamento.” ----------------------------------------------------------------------------------
----- Obrigada Senhora Presidente.” --------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada Senhora Vereadora. --------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Rui Costa pede a palavra para? Pedido de esclarecimento,
não sei se é possível fazer um pedido esclarecimento fora do tempo mas, faça favor,
não tenho agora presente a norma regimental se os pedidos de esclarecimento se
contam no tempo ou não contam?” --------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Rui Costa (IND), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
Draft
21
----- “Obrigado Senhora Presidente. -------------------------------------------------------------
----- Desculpe este expediente processual, eu julgo que ele é permitido e a demais dará
três minutos adicionais à Senhora Vereadora Paula Marques, para esclarecer
cabalmente e era isso que tinha tentado dizer à Mesa, para esclarecer cabalmente o
que tiver para esclarecer. ---------------------------------------------------------------------------
----- Mas eu gostaria de colocar uma questão, que me foi suscitada agora pela
intervenção da Senhora Vereadora Paula Marques, ora, sendo o Programa 1º Direito,
um programa que procura resolver as necessidades mais prementes de insuficiência
habitacional e tendo a Senhora Vereadora Paula Marques, tendo-nos dito aqui que a
questão dos Sem-abrigo era tratada num programa à parte, assim como a violência
doméstica, eu pergunto se não teria sido melhor, quer por razões financeiras e de
elegibilidade financiamento, quer até por razões de coerência e de unidade de ação do
Executivo, fazer a integração destas políticas, nesta estratégia para o 1º Direito, fica a
questão? ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- A segunda questão é a seguinte Senhora Vereadora, eu não obtive resposta a uma
questão, que é a questão ao recurso ao mercado de arrendamento para resolver as
soluções mais prementes e o IHRU, também, financia. E a Senhora Vereadora na
estratégia, até lhe posso facilitar a que folhas é que vem, a folha quarenta e quatro,
apenas refere essa possibilidade no âmbito do programa renda acessível e o programa
1º Direito vai muito para além disso, e, portanto, causa-me estranheza até pela
recomendação aqui, em bom tempo aprovada por esta Assembleia, em junho do ano
passado nesse sentido. ------------------------------------------------------------------------------
----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada Senhor Deputado. ----------------------------------------------------------------
----- A informação que eu tenho aqui dos meus serviços é que, o pedido de
esclarecimento não conta em sede de PAOD, mas não é claro que conte em sede da
ordem do dia, qualquer maneira se não virem objeções, uma vez que a pergunta foi
formada, pergunto se veem objeções a que a Senhora Vereadora responda? Ninguém
se pronuncia, Senhora Vereadora tem três minutos.” ------------------------------------------
----- A Senhora Vereadora Paula Marques, no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada Senhora Presidente. --------------------------------------------------------------
----- Senhor Deputado em relação à pôs, repito, vou repetir aquilo que fiz na minha
intervenção, isto é um programa de financiamento e, portanto, quando nós
submetemos para financiamento a reabilitação de frações, são para responder às
diversas necessidades com uma descriminação positiva de afetação de frações a
programa específico para proteção de pessoas vítima de violência doméstica e pessoas
Sem-abrigo, em articulação com os direitos sociais e em gestão direta dos direitos
sociais. E, portanto, não é uma questão de integração de políticas, é uma questão de
ter instrumentos que possam responder aos programas específicos para esta
população. --------------------------------------------------------------------------------------------
Draft
22
----- Segundo, a segunda prioridade na estratégia diz: “arrendamento de habitações
pelo município no mercado privado, viabilizando o acesso de famílias carenciadas
uma habitação com renda acessível”, sim! Nós identificamos na estratégia a
possibilidade de arrendar para subarrendar, para suprir uma carência habitacional na
área da renda acessível, sim! É direcionada à questão que para nós é identificado
como justifiquei na minha intervenção ou como expliquei na minha intervenção, que
para nós é uma carência, uma prioridade e uma urgência, a questão do arrendamento
acessível.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada Senhora Vereadora. --------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, chegámos ao fim do debate sobre esta Proposta, sendo
assim, a Mesa vai pôr à vossa consideração apreciação da Proposta n.º
268/CM/20019.” ------------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar à votação da Proposta n.º 268/CM/2019. Não há votos contra,
abstenções do PCP e PEV, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, BE, PAN, MPT, PPM,
9 IND, do Deputado Municipal Independente Rodrigo de Mello Gonçalves, e do
Deputado Municipal Independente Rui Costa. A Proposta n.º 268/CM/2019 foi
aprovada por maioria.” --------------------------------------------------------------------------
----- (O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND), não entregou a Declaração de
Voto escrita referente à Proposta n.º 206/CM/2019) ------------------------------------------
----- Vamos passar à votação da Recomendação n.º 080/01 (5ªCP). Não há votos
contra, não há abstenções, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV,
MPT, PPM, 9 IND, do Deputado Municipal Independente Rodrigo de Mello
Gonçalves, e do Deputado Municipal Independente Rui Costa. A Recomendação n.º
080/01 (5ªCP) foi aprovada por unanimidade.” ---------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, continuou:
----- “Senhores Deputados, naturalmente, eu não quis intervir no debate, uma vez que
não é suposto a Mesa intervir antes das votações, uma vez que a Proposta está
aprovada, dizer-vos que, algumas das questões foram aqui suscitadas poderão e
deverão ter resposta uma vez que seja promulgada e publicada a Lei de Bases a
Habitação, nomeadamente, a Carta Municipal de Habitação que é obrigatório,
obrigatório isto é, que os municípios poderão fazer, se assim o entenderem e
certamente Lisboa o fará e que atualizará o seu Programa Local de Habitação e esta
estratégia agora aprovada no âmbito da nova Lei de Bases Habitação. ---------------------
----- E, também, a resposta à questão dos Sem-abrigo que é na Lei de Bases
Habitação, considerado um programa prioritário a nível nacional e, portanto, deve ter
um apoio a nível governamental compatível com a necessidade de lhe dar resposta.
Aguardamos que seja publicada em Lei, foi, aliás, aprovado por todos os partidos a
prioridade, também, da situação das pessoas Sem-abrigo, o que temos hoje é uma
estratégia nacional de resposta às pessoas Sem-abrigo que não tem verbas alocadas a
nível nacional. E, portanto, cada rede social local é que encontra ou não encontra
soluções para dar resposta. E a Lei de Bases da Habitação, recoloca o problema como
Draft
23
sendo uma prioridade nacional e, portanto, a resposta a questões dos Sem-abrigo
poderá surgir, o 1º Direito pode inclui-la, mas, naturalmente tem que haver uma
resposta nacional que neste momento não existe ainda e que certamente, também, será
importante para cidades como Lisboa e outras onde o problema subsiste. -----------------
----- Penso que estas informações podiam ser úteis, seja como for a proposta está
aprovada, a Câmara está em condições assim de validada e legitimada pela
deliberação da Assembleia Municipal, perseguir o seu trabalho, o que não significa
que não haja ainda muita coisa para fazer pela frente, como todos disseram e a
Senhora Vereadora, bem o sabe!” ----------------------------------------------------------------
----- 2. APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 388/CM/2019 - RELATÓRIO DE
GESTÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADOS DE 2018,
NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA
A) DO Nº 2 DO ARTIGO 25º DO ANEXO I DA LEI Nº 75/2013, NA REDAÇÃO
ATUAL E NO ARTIGO 76º DA LEI N.º 73/2013, DE 3 DE SETEMBRO, NA
REDAÇÃO ATUAL; 2X GRELHA BASE: 68 MINUTOS; ----------------------------- ----- (A Proposta nº 388/CM/2019 fica anexada à presente Ata, como Anexo V e
dela faz parte integrante). --------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª Comissões Permanentes, fica anexado a esta Ata, como
Anexo VI e dela faz parte integrante) -----------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, continuou:
----- Senhores Deputados, vamos passar então à Proposta n.º388/CM/2019, não sei se
o Senhor Vice-presidente já está presente? Faça então uma apresentação do relatório
de gestão e das demonstrações financeiras de 2018, faça favor.” ---------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente, João Paulo Saraiva, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhora Presidente” -----------------------------------------------------
----- Muito boa tarde, todos. -----------------------------------------------------------------------
----- É com gosto que apresentamos aqui hoje para apreciação desta Assembleia, as
contas consolidadas do Município de Lisboa 2018. -------------------------------------------
----- Como sabem, o universo municipal é composto pelo Município propriamente
dito e cinco empresas municipais detidas a cem por cento pelo Município, como todos
sabem são: a EGEAC, a CARRIS, a EMEL, a GEBALIS e a SRU. ------------------------
----- Um universo de trabalhadores de todas estas seis entidades eram até 31 de
dezembro de 2018, onze mil seiscentos e cinquenta e três, nos quais oito mil cento e
vinte e um no Município de Lisboa, dois mil trezentos e vinte e um da Carris, segue-
se a EMEL, a GEBALIS, a EGEAC e a SRU por esta ordem em número de
trabalhadores perfazendo os tais onze mil seiscentos e cinquenta e três mil. --------------
---- Como primeira referencia que mantemos toda a estratégia que temos definido ao
longo de muitos anos. A situação económica e financeira de todas as empresas é uma
situação e do Município de Lisboa, é uma situação equilibrada. Nomeadamente,
relativamente às empresas cumprimos os requisitos legais, com exceção de um
identificado e tem a ver com o capital social da Carris, e que estamos a analisar a
Draft
24
proposta que a Carris fez para podermos cumprir, também, esse requisito legal que
não era cumprido há muitas décadas. ------------------------------------------------------------
----- Os resultados das empresas são todos positivos, numa estratégia em que
acabámos com aquela construção que foi feita durante alguns anos, infelizmente, no
município de Lisboa de fazer das empresas, no fundo, entre aspas, o albergue do
endividamento do município. Portanto, temos empresas ou não endividadas ou com
endividamentos muitíssimo baixos e os resultados líquidos todos positivos, todas elas
com resultados líquidos positivos. ----------------------------------------------------------------
----- O balanço consolidado, é um balanço em que o peso, apesar menor a partir do
momento em que entrou a Carris, mas o peso no Município de Lisboa quer nos ativos,
quer no passivo é esmagador. O peso no Município de Lisboa nos ativos é 90% e no
passivo são 81%. E, portanto, as contas consolidadas, como todos sabemos são em
muito o reflexo daquilo que é a situação económica da própria Câmara e, por isso,
neste detalhe relativamente às empresas municipais. ------------------------------------------
----- O total do ativo em 31 dezembro 2018 são três mil trezentos e nove milhões de
euros, os fundos próprios dois mil duzentos e sessenta milhões de euros e o total do
passivo mil quarenta e oito milhões de euros. --------------------------------------------------
----- Relativamente à demonstração de resultados consolidada, os custos e perdas
ascendem mil e cinquenta e oito milhões de euros, os proveitos e ganhos em mil cento
e vinte e nove milhões de euros e o resultado líquido é positivo e setenta e um, vírgula
três milhões de euros. ------------------------------------------------------------------------------
----- Aproveito, também, porque, também, fazemos, digamos, questão que o
Município e os seus órgãos tenham acesso cada vez mais a toda a informação que é
disponibilizada quer pelo município, quer pelas empresas naquilo que o seu dia-a-dia
de gestão e que tem os momentos trimestrais em que se faz o balanço da atividade do
Município, esse balanço é distribuindo quer aos senhores vereadores, quer aos
senhores deputados e, portanto, esse balanço já foi entregue o do primeiro trimestre
está em preparação o segundo, preparação para ser entregue. -------------------------------
----- Mas, dizer-vos que mantemos o prazo médio de pagamento com que terminámos
o ano passado nestes primeiros cinco meses 2019, três dias. O passivo total foi
reduzido de trinta e três vírgula seis milhões de euros, tendo baixado da fasquia dos
novecentos e quatro milhões de euros que tínhamos a 31 dezembro 2018, sendo a 31
de maio de 2019 oitocentos e setenta milhões de euros. --------------------------------------
----- A dívida legal baixou, também, dezasseis vírgula cinco milhões de euros,
passando a ser quatrocentos e cinquenta e cinco milhões de euros a 31 de maio de
2019 e a margem de endividamento que nos possibilita utilizar um empréstimo do
Banco Europeu de Investimento, apesar nessa utilização cresceu de um de janeiro de
2019 para 31 de maio de 2019 cresceu mais trinta milhões de euros, sendo à data de
31 de maio, sendo de cento e cinquenta e quarto milhões de euros de margem de
endividamento. --------------------------------------------------------------------------------------
----- Nestes primeiros cinco meses, os proveitos e ganhos cresceram oitenta e seis
milhões de euros e os custos e perdas, vinte e três milhões de euros. -----------------------
Draft
25
----- Receitas correntes diminuíram. O assunto que nos trará e que nos convocará uma
análise mais profunda da previsão na preparação do próximo orçamento de 2020. ------
----- A receita de capital em face da hasta de Entrecampos e da assinatura do contrato,
foram duzentos e setenta milhões de euros, o que perfez uma receita total de
quinhentos e trinta e dois milhões de euros quando se incorporou o saldo de gerência,
o total das receitas até agora incorporado no orçamento de 2019, são seiscentos e
setenta e nove milhões de euros. ------------------------------------------------------------------
----- A execução orçamental da despesa, teve nas despesas correntes um decréscimo
de trinta e oito milhões de euros, nas despesas de capital um aumento de vinte e sete
milhões de euros, o total da despesa aumentou onze milhões de euros, em face deste
aumento das despesas de capital, como eu referi. ----------------------------------------------
----- Gostava de terminar, dizendo que é com um orgulho redobrado que nós
continuamos a apresentar por uma longa série que não tem paralelo na longevidade
desse mesma série nas contas da Câmara no que está disponibilizado, contas certas e
uma situação económico-financeira do Município completamente sustentável.
Pagamentos a tempo e horas, diminuição do passivo e da dívida legal forma
sustentada e continuada, planeamento do futuro cada vez temos melhor planeamento a
mais longo prazo, temos planeamento de despesa e de receita neste momento até
2021. --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- O nível de investimento que tem vindo a crescer de forma sustentada, há mais de
quase duas décadas que não tínhamos níveis de investimento de forma a dar respostas
de qualidade aos problemas do desenvolvimento da cidade, com especial destaque na
habitação e na mobilidade. ------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada Senhor Vereador. ----------------------------------------------------------------
----- Comunico-lhe que excedeu o tempo, portanto, para eventuais respostas, teremos
que pedir quem quiser ceder tempo à Câmara que nos informe para podemos gerir
aqui as coisas. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- Entretanto, a Senhora Primeira Secretária vai dar a palavra. ---------------------------
----- Antes disso, há um Parecer da 1ª Comissão o Senhor Deputado Hugo Lobo é o
relator, pergunto se quer apresentar o parecer? Dispensa apresentação do parecer.” -----
----- A Senhora Primeira Secretária em exercício, Patrocínia Vale César, no uso
da palavra referiu o seguinte: ---------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado José Inácio do MPT.” -----------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, José Inácio (MPT), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhora Presidente, Senhores Vereadores, caros Colegas. ----------------
----- Debatemos hoje as contas consolidadas, referente ao ano 2018, documento que
agrega as contas relativas ao munícipe, bem como as contas das empresas municipais.
O documento em análise visa dar cumprimento à obrigação legal agregando de forma
Draft
26
sucinta as contas relativas ao município, bem como as contas das empresas municipais
a saber: CARRIS, EGEAC, EMEL, GEBALIS e SRU. ---------------------------------------
----- Genericamente a conciliação das contas que se encontra refletida nas
demonstrações financeiras, não é mais do que uma soma algébrica das contas, das
diferentes entidades vistas como um todo, expurgando os efeitos das transações entre
grupo, ou seja, elimina os saldos recíprocos e as margens de lucros não realizadas
entre as várias entidades que o integram. E, portanto, Senhor Vice-presidente, há que
reconhecer que este relatório nada vem acrescentar aos relatórios individuais já
apresentados. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Comecemos então pelo equilíbrio das contas das empresas municipais que só
alcançado através de injeção de capital permanente por parte do município. Os dados
contidos neste relatório são claros, Senhor Vice-presidente, à exceção da EMEL de
todas as empresas municipais sugaram verbas ao Município, isto é ao bolso dos
contribuintes lisboetas, esta é a realidade que Vossa Excelência não consegue por
mais que tente esconder. ---------------------------------------------------------------------------
----- Numa cidade onde o executivo diz incentivar o recurso a mobilidade suave e a
utilização de transportes públicos e partilhados, não deixa de ser surpreendente que a
empresa municipal responsável pela concessão dos parques de estacionamento seja a
que mais gera riqueza, receita. --------------------------------------------------------------------
----- A EMEL obteve em 2018, um aumento das vendas de prestações de serviços de
cerca de três milhões de euros face a 2017 e com a anunciada pretensão de aumentar
vinte mil lugares de estacionamento por ano e assumir a gestão dos parques
estacionamento de todas as freguesias de Lisboa até 2020. Podemos assumir que a
empresa ambiciona continuar aumentar os seus lucros e aqui pergunto Senhor Vice-
presidente, onde é que o Senhor pôs a tão propalada política dissuasora de entrada
transporte individual em Lisboa que este executivo vendeu aos lisboetas em 2017? -----
----- Caros colegas, convínhamos, uma cidade onde até para estacionar o carro em
cima do passeio se paga, e dada a mais recente inauguração do parque de
estacionamento Manuel Gouveia no Areeiro, o desincentivo ao uso do carro particular
para essas ter sido uma bandeira hasteada com propósitos meramente eleitoralistas. ----
----- Quanto às restantes empresas municipais, o modo operante já é conhecido,
retiram-se competências aos pelouros, delegam-se nas empresas municipais e assim se
vai justificando a necessidade de transferir verbas que em 2018 ascenderam a cerca de
trinta e quatro milhões de euros dos quais mais 75% foram absorvidos pela Carris e
pela EGEAC. A questão é se esta abordagem que constitui uma prática sustentável a
longo prazo, se as empresas municipais detêm capital próprio, perguntar-se-á por que
motivo é que compete ao Município assegurar o equilíbrio das suas contas através de
contratos-programa. --------------------------------------------------------------------------------
----- A título de exemplo, a EGEAC tem vindo assumir o papel crescente na cultura da
cidade de Lisboa, gerindo vinte e um equipamentos culturais e dinamizando eventos
culturais no espaço público de relevo como as festas da cidade. E nós perguntamos
Senhor Vice-presidente, o que sobra para o pelouro da Cultura? E não se preocupem
em nos responder, porque a resposta já a sabemos, muito pouco, quase nada. ------------
Draft
27
----- A EGEAC detém a gestão do Museu de Lisboa, que viu aumentar em 2018, o
número de visitantes em quase 74%, detém também a gestão do Castelo de Jorge que
recebeu em 2018 mais de dois milhões de visitas. A Câmara cede assim à EGEAC a
gestão de equipamentos em franco crescimento, transfere-lhe verbas sob a forma de
subsídio à exploração para lhes desequilibrar as contas e ainda assim fecham-se
teatros. É que não dá mesmo para entender! ----------------------------------------------------
----- Caros colegas, como certamente se recordarão Executivo termina a comunicação
sobre o relatório de gestão do município de 2018 com um orgulhoso anúncio,
“Lisboa, melhor município para viver, visitar e investir pelo sexto ano consecutivo” e
quem somos nós para contrariar isto! Afinal, se há esforço feito por este Executivo em
prol do turismo, disso não restam dúvidas! E como entendemos Senhor Vice-
presidente, não fosse o turismo uma das principais fontes de receita desta autarquia. E
com o turismo, obviamente que florescem os negócios e tudo seria mar de rosas, não
fosse infelizmente para este Executivo, a vertente do existir ou se quiserem do viver
na cidade de Lisboa que sai grandemente prejudicada. ---------------------------------------
----- A verdade é que enquanto os turistas visitam e investem, os lisboetas veem-se
privados da sua própria cidade, lidamos atualmente com uma realidade que resulta da
postura assumida por este Executivo, promoveu o turismo desenfreado e permitiu que
os lisboetas fossem vítimas de uma pressão incomportável que esta atividade gerou. ---
----- A especulação imobiliária, aliada à azáfama dos bairros históricos tomados por
turistas e numerosos visitantes limitaram as alternativas de quem deseja usufruir da
cidade que outrora fora sua. -----------------------------------------------------------------------
----- Como medida, compensatória o Executivo achou que conseguia atirar areia aos
olhos dos munícipes através do programa de rendas convencionais e assim dar uma
folgo à GEBALIS, que acabou o ano de 2018 a gerir duzentos e trinta e dois
contractos. --------------------------------------------------------------------------------------------
------ Não tenhamos ilusões, sabemos que a Câmara também vive de receita do
imobiliário, tendo arrecadado no primeiro trimestre deste ano quase onze11 milhões
de euros em compensações urbanísticas e seis vírgula cinco milhões de cobrança taxa
pela realização manutenção e reforço de infraestruturas urbanísticas. ----------------------
----- Foi o Senhor Presidente que afirmou que o município arrecadou mais de mil
milhões em licenças para obras só em 2018, compreendemos que isso coloca sorriso
no rosto deste Executivo, mas enquanto não virmos supridas as necessidades daqueles
que efetivamente os representamos, os munícipes da nossa Lisboa, não podemos
juntar-nos as comemorações de sua Excelência o Senhor Presidente da Câmara
Municipal de Lisboa, não queremos uma Lisboa amiga dos turistas, queremos sim é
uma cidade amiga de todos especialmente dos lisboetas. -------------------------------------
----- Para finalizar, o Executivo justifica a diminuição do resultado líquido
consolidado em vinte milhões de euros, relativamente ao exercício de 2017 com
aumento dos custos, nomeadamente relacionado com o reforço de pessoal, no entanto,
os dados apresentados no relatório de gestão e demonstrações financeiras apreciado
aqui no passado dia 7 de maio, indica que o aumento de efetivos ficou apenas
Draft
28
enquanto 1,2%, e isto num ano em que se iniciou o processo de integração nos
quadros do Município. -----------------------------------------------------------------------------
---- Termino Senhora Presidente dizendo, sendo assim, gostaríamos de ver
esclarecido, de que forma a regularização dos precários no Município, o reforço de
pessoal resultou num aumento de efetivos de apenas 1,2% e como é que este aumento
quase residual se traduziu uma diminuição de vinte milhões de euros. ---------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado, vamos prosseguir.” --------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Aline Beuvink, do PPM.” -----------------------
----- A Senhora Deputada Municipal, Aline Beuvink (PPM), no uso da palavra, fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Presidente. ------------------------------------------------------
----- Senhoras Secretárias da Mesa, Senhor Vice-presidente, Senhores Vereadores,
Senhores Deputados, minhas Senhoras e meus Senhores. ------------------------------------
----- Apreciamos hoje a Proposta n.º 388/CM/2019, respeitante ao relatório de gestão
e demonstrações financeiras consolidadas de 2018. Este relatório que espelha o peso
significativo que as empresas municipais, nomeadamente, Carris, EMEL, EGEAC
Gebalis e Lisboa Ocidental-SRU, representam no perímetro do Município 10% do
ativo, 14% do passivo e 23% dos proveitos. ----------------------------------------------------
----- O Grupo Municipal do Partido Popular Monárquico, verifica uma vez mais
analisando as contas da Carris de 2018, em particular que continua a haver
incumprimento do artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais, relembro é
necessidade de todas as empresas apresentaram um rácio superior a 50% dos capitais
próprios sobre o capital social e que no caso da Carris apresentam um rácio de 25%, o
que é claramente deficitário. ----------------------------------------------------------------------
----- Em 2017 o rácio era de 22% já se começa a tornar um hábito. Apesar da entrada
da Carris na esfera municipal se ter concretizado a 1 de fevereiro de 2017, o
Executivo da Câmara ainda não regularizou esta situação através do reforço para
transferência de verbas da Câmara. --------------------------------------------------------------
----- Passaram-se mais de dois anos foram anunciadas aquisições de novas viaturas,
contratação de pessoal e apesar de o Estado ter ficado com o grosso da dívida da
empresa a Câmara Municipal não quis ainda resolver a regularização dos capitais
próprios, como lhe compete! Anuncia o que vão fazer e não fazem, o que já deveriam
ter feito! ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Perguntamos a semana passada ao Senhor Vice-presidente, o que seria feito e já
no passado vertemos essa preocupação na declaração de voto que apresentamos e
como ficamos sem resposta, reiteramos hoje uma vez mais estas questões: Como
pretende a Câmara regularizar esta situação? Para quando? Porque não o fez até hoje? -
Draft
29
----- Aliás, em relação à Carris é engraçado que quando o anúncio é a contratação de
pessoas e ter novas aquisições, não há problema! Quando se trata do equilíbrio
financeiro, nada! É curioso! -----------------------------------------------------------------------
----- O voto político favorável desta Assembleia, a estas contas não disfarçar o
incumprimento reiterado de um requisito legal e de uma obrigação que compete
unicamente ao acionista, neste caso, o Município de Lisboa, o cumprimento de um
princípio de equilíbrio que tantas vezes o Estado e Administração de Local exige às
empresas privadas como requisito e que, neste caso a própria não cumpre nem dá o
exemplo. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Pensei, pensamos, se calhar, muitos de nós que os senhores tivessem aprendido
com os chumbos, incumprimentos, devoluções, dúvidas, ilegalidade, mas pelos vistos,
não! O PS não aprende e os munícipes é que pagam! -----------------------------------------
----- Contudo, as nossas divergências não se ficam pelo incumprimento deste requisito
de equilíbrio financeiro, o Partido Popular Monárquico discorda das opções e
prioridades definidas pelo Executivo Camarário nelas expressas, nomeadamente na
estratégia de aumento de despesas correntes não compensadas pelo aumento da receita
provinda impostos pouco sustentável no médio e longo prazo. Esta estratégia tem
aparentemente funcionado nos últimos anos, em que a receita fiscal tem aumentado,
mas não salvaguarda o Município em anos de inflexão da receita em que a despesa
rígida irá pressionar a quebra de receita. --------------------------------------------------------
----- O caráter político das contas 2018 comprovam as reservas e as divergências que
o Partido Popular Monárquico tem expressado e, digo mais, as finanças municipais
deveriam estar ao serviço das populações e não o contrário. ---------------------------------
----- Disse!” ------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Deputada, creio que não temos mais deputados
inscritos. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Tem a palavra Senhor Vice-presidente para responder se o entender, tem tempo
cedido pelo Partido Socialista. --------------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, eu peço desculpa mas isto não é correto! A Senhora
Deputada tem direito, os Senhores Deputados não têm o direito de dizer “já chega!”,
cada Deputado tem o direito de usar aqui o seu tempo todo completo e foi um erro da
minha parte, não ter dado o tempo a Senhora Deputada. A Senhora Deputada se quiser
completar a sua intervenção pode e deve fazê-lo, eu é que peço desculpa, que a falha
foi minha, como é evidente. Como é evidente! -------------------------------------------------
----- Vamos prosseguir, pedindo novamente desculpas à Senhora Deputada, fiz
confusão, porque tem o MPT com vermelho e eu fiz confusão, não consigo ver bem
daqui, peço desculpa, novamente!” --------------------------------------------------------------
----- Faça favor, Senhor Vice-presidente.” ------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente, João Paulo Saraiva, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
Draft
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----- “Hoje tivemos aqui um momento, pelo que eu percebo não há mais ninguém
inscrito, o que não deixa de ser interessante, porque, de facto, as contas falam por si, é
difícil de contrariar aquilo que são os números, que são extremamente positivos e,
portanto, há pouco argumentário para contrariar aquilo que é uma evidência, não é! ----
----- No entanto, eu gostava de sublinhar, talvez porque o Deputado José Inácio não
ter acompanhado nos últimos tempos tão próximo, até pelas outras funções que tinha,
teve aqui algumas imprecisões que eu gostava de corrigir. -----------------------------------
----- O Município de Lisboa não injetou capital nas empresas municipais, aliás, fê-lo
em algumas situações, mas de uma forma geral, não é esse o caso, o que tem
acontecido e, aliás, injeta capital quando pede às empresas municipais, quando lhe
aumenta por exemplo objeto, quando lhe aumenta o âmbito, o que estava a referir tem
a ver com uma coisa que é normal e do nosso ponto de vista saudável, que é se o
Município de Lisboa, utiliza…” ------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Peço imensa desculpa, Senhor Vice-presidente, mas agora com a cedência de
um terço do tempo, o seu tempo já se esgotou. -------------------------------------------------
----- Estava aqui a ver se mais algum grupo lhe dava tempo. Bem de qualquer
maneira, tem a cedência de tempo dos Independentes para já!” -----------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente, João Paulo Saraiva, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Vou tentar ser muito mais rápido. ---------------------------------------------------------
----- Agora percebo, por que é que algumas das intervenções foram naquele registo na
publicidade a medicamentos no fim! Que tem a ver com a grelha aqui adotada! ---------
----- Mas de qualquer forma, o que nós estamos a pedir às empresas ao contrário do
que se fez durante muitos anos, é que em face de contra prestações, ou seja, solicitar
às empresas que elas ou façam investimentos em nome da Câmara e, digamos, utilizar
aquela organização para reforçar a capacidade do Município em determinadas áreas,
obviamente, não pode ser feita à custa de endividamento das empresas. -------------------
----- Como é evidente, aliás, o Senhor Deputado até pelo know-how que tem sobre
estas matérias internacional saberá que não há por exemplo, empresas de mobilidade
que não tenham obrigações de serviço público a serem entregues pelos Estados, pelos
Municípios, pelas Regiões e, só assim, é que um sistema de mobilidade equilibrado,
sustentável e socialmente responsável é equilibrado e, portanto, é isso que nós
fazemos. Ao contrário do que em muitas alturas se fez, foi utilizar as empresas para
fugir aos limites do endividamento em dado momento em que a Lei o permitia ou por
outro artifício qualquer, não lhe dando os meios de que elas precisam para que toda
esta atividade global do universo Municipal seja sustentável. -------------------------------
----- Portanto, é isto que com determinação temos feito, com o rigor ao longo dos
últimos anos, pedindo às empresas cada vez mais atividade e mais capacidade de
investimento e entregando-lhe os meios financeiros para que isso aconteça. --------------
----- Outra imprecisão que me parece importante de corrigir, é que os pelouros não
transferem atividade para as empresas, as empresas são geridas de forma diferente, é
Draft
31
certo, pelos pelouros e pela Câmara. Pela Câmara em primeiro lugar, depois pelos
pelouros e até por esta Assembleia com um papel diminuído, mas não foi por nossa
responsabilidade, porque ai foi a anterior maioria governamental que fez uma
alteração que retirou às Assembleias Municipais mais poder sobre aquilo que é a
gestão das empresas e o seu acompanhamento, mas ainda assim completa
disponibilidade para esmiuçar o que entenderem. ---------------------------------------------
----- Agora é muito importante sublinhar que a Câmara Municipal e as variações
respetivas têm competências de tutela, de acompanhamento, monitorização e é o
Município de Lisboa que aprovam os planos de atividades, das suas alterações, os
contratos-programa e com esses instrumentos dá as indicações, as orientações
estratégicas e as orientações de gestão às empresas municipais e, portanto, as
empresas municipais só são à semelhança do que acontece em toda a Europa e em
todos os países que têm gestões cada vez mais eficazes eficientes, são instrumentos
complementares a própria administração para poderem aumentar a sua eficácia. --------
----- É, de facto, difícil discutir estes temas em tão pouco tempo, mas eu terminaria
dizendo só relativamente ao turismo, que a visão que apresenta não é uma visão que
seja verdadeira dos factos, até porque não podemos tirar da equação que um dos
principais problemas da nossa sociedade e, rematando, só para terminar, há poucos
anos, atrás, era o problema do emprego, para o qual o turismo tem contribuído de
forma decisiva para melhora a situações de muitos e muitos cidadãos, de muitos e
muitos munícipes de Lisboa e isso é um primeiro passo na coesão social, um primeiro
passo decisivo na melhoria das condições de vida e das condições sociais dos
munícipes de Lisboa. Portanto, não diabolizemos o turismo, vamos encontrar soluções
mais equilibradas para que o turismo possa ter ou diminuamos as consequências
indesejáveis, mas o turismo tem que fazer parte do nosso futuro, tem que fazer parte
da nossas políticas, que nos permitem depois ter políticas sociais consistentes que é
isso que o Município de Lisboa tem feito. ------------------------------------------------------
----- E, portanto, não me revejo na forma como os interpretou.------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Vice-presidente, isto também não é fácil para a Mesa
estar aqui a controlar e a somar estes tempos todos mas, seja como for, de facto,
ultrapassou, de facto, um pouco seu tempo e tivemos este incidente no tempo da
Senhora Deputada que eu própria prejudiquei. -------------------------------------------------
----- Posto isto, não temos neste momento mais pessoas inscritas e vamos pôr à
votação a Proposta n.º 388/CM72019 – “relatório de gestão e demonstrações
financeiras consolidadas 2018.” ------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar à votação da Proposta n.º 388/CM/2019. Votos contra do CDS-
PP, PCP, PEV, PPM e do Deputado Municipal Independente Rodrigo de Mello,
abstenções do PSD, PAN, MPT e 1 IND votos a favor do PS, BE e 8 IND. A
Proposta n.º 388/CM/2019 foi aprovada por maioria.” -----------------------------------
----- (Ausência de um (a) Deputado (a) Municipal Independente da Sala de Plenário) --
Draft
32
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, continuou:
----- “A Senhora Deputada, Cláudia Madeira informa que irá apresentar na declaração
de voto por escrito, muito obrigada. -------------------------------------------------------------
----- (A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira, não entregou a Declaração de
Voto escrita referente à Proposta n.º 388/CM/2019) ------------------------------------------
----- 3. APRECIAÇÃO NA GENERALIDADE DA PROPOSTA 369/CM/2019 -
ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO MUNICIPAL PARA RECONVERSÃO
URBANÍSTICA DAS ÁREAS URBANAS DE GÉNESE ILEGAL, NOS
TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NO N.º 7 DO
ARTIGO 112.º E DO ARTIGO 241.º DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
PORTUGUESA, DA ALÍNEA K) DO N.º 1 DO ARTIGO 33.º DA LEI N.º
75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, DO ARTIGO 49.º DO REGIME JURÍDICO
DAS ÁREAS URBANAS DE GÉNESE ILEGAL, APROVADO PELA LEI N.º
91/95, DE 2 DE SETEMBRO, NA REDAÇÃO ATUAL, E AINDA NOS
ARTIGOS 99.º, 135.º E SEGUINTES DO CÓDIGO DO PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO, APROVADO PELO DECRETO-LEI N.º 4/2015, DE 7 DE
JANEIRO E NA ALÍNEA A) DO N.º 1 DO ART.º 70º DO REGIMENTO; 2X
GRELHA BASE: 68 MINUTOS; -------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 369/CM/2019 fica anexada à presente Ata, como Anexo VII e
dela faz parte integrante). --------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, continuou:
----- “Vamos passar à proposta seguinte, eu queria lembrar aos senhores deputados,
qual é o modelo de discussão da proposta seguinte, é uma alteração do Regulamento
Municipal para a Reconversão Urbanística das AUGI (Áreas Urbanas de Génese
Ilegais), são pequenas alterações, o que o nosso regimento diz em matéria de
Regulamentos ou alteração aos Regulamentos é que a discussão pode-se fazer em
duas etapas: em primeiro lugar uma etapa de generalidade e se o regulamento passar
nas generalidade ou nas alterações passar na generalidade, então baixa à Comissão
para ser apreciado na especialidade, é por essa razão que não há aqui parecer da
Comissão porque vamos primeiro ver se há viabilidade para que este regulamento
baixa e seja devidamente apreciado pela Assembleia Municipal e é por isso que não
há aqui parecer de Comissão. ---------------------------------------------------------------------
----- Nestas condições, pergunto quem é que da Câmara apresentará esta Proposta de
Alteração ao Regulamento das AUGI? O Senhor Vice-presidente fará uma
apresentação sumária.” -----------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente, João Paulo Saraiva, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Sim, até pela natureza do processo que a Assembleia seguirá, que a ideia é que
baixe à Comissão para ser analisada e na especialidade deste conjunto de alterações,
mas algumas delas são muito importantes e, portanto, eu nesta curta apresentação,
gostaria de sublinhar, nomeadamente a concretização do disposto no artigo 47º e 48º
das AUGI’S, por forma a regular a tutela de agregados familiares com habitação
Draft
33
própria ou permanente e respetivos inquilinos habitacionais, este é um ponto
fundamental. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Por outro lado, é fundamental dar continuidade à tramitação dos processos de
legalização em curso de licenciamento dos respetivos pedidos de legalização, pelo que
se propõe este aditamento no novo regulamento. ----------------------------------------------
----- Estes são os dois aspetos mais importantes mas, obviamente, que este é o tipo de
proposta que precisa de ser analisada por uma Comissão de forma detalhada e de
forma a poder ser analisada e melhorada por esta Assembleia. ------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito Obrigada, Senhor Vice-presidente. -----------------------------------------------
----- Só temos uma inscrição, vamos dar palavra. ----------------------------------------------
----- A Mesa aproveita para informar, enquanto o Senhor Deputado não usa da palavra
que a legislação que enquadra esta matéria é um regime extraordinário que está para
terminar, terminará em 2021 e que vai ser preciso atualizar esse regime
extraordinário, porque a grande maioria AUGI’s que existem em Portugal não
conseguirão ser regularizadas com este regime que existe desde 1995, salvo erro, e,
portanto, estamos aqui perante uma necessidade de dar seguimento a situações, mas o
regime legal precisa de ser revisto e atualizado. -----------------------------------------------
----- Faz favor, Senhor Deputado.” ---------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra Senhor Deputado Miguel Gama do PS.” -------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Miguel Gama (PS), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhores Vereadores, Senhores Deputados. --------------------
----- Brevemente, também, perante esta alteração ao Regulamento Municipal para
reconversão urbanística das áreas urbanas ilegais, conforme o Senhor Vice-presidente
teve oportunidade de dizer, têm aqui algumas implicações, nomeadamente, garantir
que estas reconversões propostas se destine essencialmente a garantir a existência de
ferramentas que permitam dar continuidade ao processo de reconversão urbanística
em curso nas áreas urbanas de génese ilegal, nomeadamente adequando o
regulamento nos termos da lei vigente e tendo em vista agilização dos procedimento
urbanístico. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Aliás, também de acordo com as questões que foram agora enumeradas pelo
Senhor Vice-presidente, partilho da opinião do Partido Socialista que deve ser
aprovado na generalidade e esta proposta de alteração para que depois em Comissão
se possa então averiguar e verificar se todas as propostas estão em conformidade. ------
----- Disse! Muito obrigada.” ----------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada, Senhor Deputado.--------------------------------------------------------
Draft
34
----- A Mesa não regista mais pedidos palava. -------------------------------------------------
----- Pergunto se estamos em condições de votar? Sendo assim a Mesa vai pôr à
consideração a Proposta n.º 369/CM/2019, é uma simples votação na generalidade.” ---
----- Vamos passar à votação na generalidade da Proposta n.º369/CM/2019. Não há
votos contra, não há abstenções, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN,
PEV, MPT, PPM, 7 IND, do Deputado Municipal Rodrigo de Mello Gonçalves e do
Deputado Municipal Rui Costa. A Proposta n.º 369/CM/2019 foi aprovada por
unanimidade na generalidade.” ----------------------------------------------------------------
----- (Ausência de dois Deputados (as) Municipais Independentes da Sala de Plenário) -
----- (Esta proposta foi apreciada e aprovada na generalidade, baixando à Comissão
Permanente de Ordenamento do Território, Urbanismo, Reabilitação Urbana e Obras
Municipais (3ªCP) para apreciação na especialidade) -----------------------------------------
----- 4. Apreciação da Proposta 364/CM/2019 – Alteração ao Programa “Loja no
Bairro”, nos termos da proposta e ao abrigo do disposto nas als. e) e m) do n.º 2
do art. 23.º e na alínea k) do n.º 2 do art.º 25º do Anexo I da Lei nº 75/2013, de 12
de setembro, na redação atual; grelha base – 34 minutos; ------------------------------- ----- (A Proposta nº 364/CM/2019 fica anexada à presente Ata, como Anexo VIII e
dela faz parte integrante). --------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 5ª Comissão Permanente fica anexado à presente Ata, como
Anexo IX e dela faz parte integrante). -----------------------------------------------------------
----- (A Recomendação nº 079/02 (5ª CP) fica anexada à presente Ata, como Anexo
X e dela faz parte integrante). ---------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar ao Ponto seguinte, que é uma proposta que foi aprovada em
Câmara, apresentara salvo erro pelo CDS-PP de alteração ao “Programa Loja no
Bairro”. Uma vez que é uma proposta do CDS-PP originalmente, pergunto aos
proponentes se querem apresenta-la ou se é a Câmara que a apresenta? Ela foi
aprovada pela Câmara, mas o proponente não foi a Câmara, eu não sei qual é a
interpretação que deve dar a isto!-----------------------------------------------------------------
----- A proposta é da Câmara, então é a Câmara que a apresenta, foi aprovada em
Câmara é uma proposta da Câmara, muito bem! Muito bem, habitualmente as
propostas da Câmara não são apresentadas pelos partidos da oposição, mas aqui foi,
muito bem, foi aprovada uma proposta da Câmara, pergunto quem é que a apresenta?
É a Senhora Vereadora Paula Marques. ---------------------------------------------------------
----- Faça favor!” -----------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Vereadora Paula Marques, no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, isto é um bocadinho estranho, é porque esta proposta foi
aprovada em Câmara, sim! Mas foi uma proposta de iniciativa do CDS-PP ao mesmo
tempo na mesma reunião em que foi apresentada uma proposta minha, sobre a mesma
matéria ou sobre a matéria de utilização dos espaços não habitacionais e foram ambas
aprovadas. --------------------------------------------------------------------------------------------
Draft
35
----- Mas esta que está aqui hoje em discussão sobre única exclusivamente a questão
da isenção de pagamento de taxa, foi apresentada pelo CDS-PP, foi votada em
Câmara, foi aprovada, mas foi apresentado pelo CDS-PP. -----------------------------------
----- Eu não sinto muito habilitada a apresentar a proposta, a única coisa que posso
dizer, é que esta proposta foi trabalhada, foi apresentada pelo CDS-PP, no mesmo dia
em que foi aprovada, também, apresentada e aprovada uma outra sobre a mesma
matéria, uma não anulava a outra, naturalmente e, por isso, foram as duas aprovadas e
foram até trabalhadas, a do CDS-PP comigo e a minha com o CDS-P-P, mas foram as
duas aprovadas, mas a que está aqui em discussão é a do CDS-PP, não foi a que foi
aprovada.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Vereadora, já compreendemos isso, a minha questão é outra, foram
aprovadas duas propostas só cá chegou uma, provavelmente a outra não implica com
as competências da Assembleia Municipal? ----------------------------------------------------
----- Então está esclarecida a questão, seja como for a proposta foi aprovada e,
portanto, sendo aprovada está apresentada e agora o CDS-PP no seu tempo se quiser
justificará a razão que o levou apresenta-la e a defendê-la e é isso que faremos. ---------
----- Vamos prosseguir então com as intervenções, eu penso que, antes das
intervenções temos um parecer da 5ª Comissão Permanente com um relator que é o
Senhor Deputado Luís Newton. ------------------------------------------------------------------
----- Prescinde da apresentação do relatório e há uma recomendação, também, da 5ª
Comissão, lá chegaremos depois da apreciação da proposta. --------------------------------
----- Vamos dar a palavra aos Senhores Deputados que se inscreveram para está
proposta.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra Senhora Deputada Isabel Pires do Bloco de Esquerda.” -------------
----- A Senhora Deputada Municipal, Isabel Pires (BE), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada Senhora Presidente, Senhoras Deputadas, Senhores Deputados,
Senhores membros do Executivo. ----------------------------------------------------------------
----- Sobre a proposta que temos aqui em análise, há algumas dúvidas que se colocam
sobre a proposta, não negamos que a figura de “Loja do Bairro” pode ser importante e
que eventualmente possa ter vantagens e benefícios mas, a proposta que é aqui agora
discutida desvirtua, do nosso ponto de vista, algumas dessas possíveis vantagens ou
possíveis benefícios que uma figura deste género poderá ter. --------------------------------
----- E muito especificamente sobre, por exemplo, o Ponto 3 da proposta, ele é
dificilmente compreensível, temos um tecido associativo na cidade de Lisboa, que tem
tido cada vez mais dificuldades, especialmente em encontrar locais para se fixar, fruto
exatamente das rendas altíssimas e, no entanto, este Ponto 3 apenas lhe confere 20%
espaços não habitacionais, dando primazia àquilo que chama atividades comerciais e,
portanto, não compreendemos como é que por um lado, se vem dizer que o tecido
Draft
36
associativo é importante para a cidade, mas depois não é dada a primazia a esse
mesmo tecido associativo. -------------------------------------------------------------------------
----- Depois, o Ponto 5 da proposta, também, além de representar uma
desresponsabilização de uma função que é inerentemente da própria Câmara
Municipal, este tipo de figuras de monitorização e de vigilância para nós, mas devem
ser completamente evitados, discordamos completamente da existência deste tipo de
proposta, até os termos utilizados são bastante infelizes. -------------------------------------
----- No que toca à recomendação da 5ª Comissão e tendo em conta as dúvidas que
temos com algumas das soluções que a própria proposta indica, dizer que não
acompanharemos favoravelmente o Ponto 2 das recomendações. E, portanto, pedimos
à Mesa a votação por pontos da Proposta n.º 364/CM/2019 e a votação autónoma do
Ponto 2 da Recomendação.” ----------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada. ------------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, a votação autónoma do Ponto 2.” ----------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Rui Costa, Independente.” -----------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Rui Costa (IND), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhora Presidente, Senhor Vice-presidente da Câmara e
Senhoras e Senhores Vereadores, Senhoras e Senhores Deputados Municipais. ----------
---- Eu cheguei a pensar que se tratava esta Proposta de um equívoco, e deve
seguramente sê-lo. Um equívoco a quem defende políticas de esquerda, na medida em
que pretende a mercantilização de espaços destinados a equipamentos nos bairros
sociais e, pretende mais, pretende reservar 80% desses espaços para empresas e
pretende uma isenção de rendas durante 10 anos. ----------------------------------------------
----- Peço-vos que reflitam sobre o que esta proposta aqui traz, mas à direita esta
proposta é também um equívoco. À direita, esta proposta é um equívoco, porque para
quem defenda regras da concorrência e para quem defende o direito da União
Europeia, está aqui conceder verdadeiros auxílios de Estado. -------------------------------
----- Esta proposta mais não é do que uma tentativa habitual e recorrente no Município
de Lisboa e de fazer política, politiquices de soluções fáceis, eu diria mesmo
“pindérica” para tentar captar votos e para tentar captar atenções. --------------------------
----- Não sei, confesso, como é que esta proposta passou na Câmara Municipal, é uma
proposta que pode pôr graves problemas, repito, de auxílios de Estado para a atividade
económica, há proibições claras, no âmbito, do direito da União Europeia nesse
âmbito e que julgo que esta Assembleia deve devolver esta proposta à Câmara com
um redondo chumbo. -------------------------------------------------------------------------------
----- Disse!” ------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
Draft
37
----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- Vamos verificar quem é que está inscrito para falar.” ----------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Modesto Navarro do PCP.” ----------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Modesto Navarro (PCP), no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhora Presidente. -----------------------------------------------------
----- Desde já gostaríamos de dizer que pedimos em separado a votação do Ponto 1 da
proposta e, também, da recomendação o Ponto 1. ---------------------------------------------
---- Parece-nos muito negativo atribuir períodos de carência de renda, que podem
beneficiar empresas que não necessitam desse incentivo. ------------------------------------
----- As rendas devem ser fixas e acessíveis, independente do volume de negócios. -----
----- O “Zelador do Bairro” é a instituição de uma espécie de vigilante para não lhe
chamar outra coisa entre vizinhos, qualquer modo a proposta, ela própria e tendo em
conta que há sessenta e dois bairros municipais e que há vinte e duas mil casas é, de
facto, matéria, digamos, atrativa do ponto de vista de negócio, até pela manifestação
várias vezes aqui dada de famílias de classe média que já estão aproximar-se da
habitação municipal e a querer inscrever-se. ---------------------------------------------------
----- Portanto, nós entendemos que a proposta CDS-PP, ajuda à desresponsabilização
da Câmara Municipal e entendemos que a intervenção da Câmara Municipal deve
aprofundar-se nesta perspetiva: -------------------------------------------------------------------
----- - Conservação do património municipal e melhoria das condições de
habitabilidade, esta é a responsabilidade da Câmara; -----------------------------------------
----- - Duplicação do orçamento do mandato 2013-2017, para intervenção nos bairros
municipais. Esta tem sido a grande falha desta Câmara! São dotações muito baixas
para a Câmara poder cumprir o seu papel; ------------------------------------------------------
----- - Envolvimento dos moradores e suas associações na gestão, conservação e
melhoria do património condições de vida, intervenções rápidas da GEBALIS na
atribuição de habitações, na reparação de avarias, na resposta a reclamações e
sugestões dos moradores, intervenções na requalificação dos espaços públicos, na
eficácia na limpeza na reabilitação e colocação de equipamentos no acesso ao
desporto e à cultura; --------------------------------------------------------------------------------
----- - Mudança adequada das famílias sempre que se verifique o aumento ou
diminuição dos agregados familiares. Trazer para os pisos inferiores habitantes mais
idosos; Adaptação dos fogos à adaptação de cidadãos com mobilidade reduzida;
Definição da propriedade nos fogos de cooperativas e resolução de conflitos; ------------
----- - Dinamização da vida local; ----------------------------------------------------------------
----- - Instalação de pequenas empresas nas lojas municipais, isso sim, que criem
emprego e presta um serviço à população; ------------------------------------------------------
----- - Gestão do parque habitacional disperso pela Direção Municipal de Habitação e
Desenvolvimento Local; ---------------------------------------------------------------------------
Draft
38
----- São estas as propostas fazemos à Câmara em alternativa a esta proposta que, de
facto, devia de ser retirada. ------------------------------------------------------------------------
----- Obrigado”. -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- Vamos prosseguir.” ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Antes de passar a palavra Senhor Deputado do PS, informar que o Senhor
Deputado Paulo Muacho, pediu a votação ponto por ponto da proposta. ------------------
----- Tem a palavra o Senhor Deputado Silvinho Correia.” -----------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Silvino Correia (PS), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhora Presidente, Senhoras Secretárias, Senhores
Vereadores, Senhores Deputados. ----------------------------------------------------------------
----- Relativamente à proposta que estamos aqui analisar, ela vem de um programa
criado em 2003, portanto, a “Loja no bairro” que visava atribuir aos espaços não
habitacionais para fins comerciais, tais como lojas, oficinas, prestações de serviço,
etc., e tinha como objetivo dinamizar o comércio nos bairros municipais, promover o
empreendedorismo, a criação de emprego e combater a pobreza e a exclusão social.----
----- Na elaboração desta proposta, chegou-se a um número em julho de
sensivelmente, em julho de 2018 que havia perto de duzentos e oitenta espaços vazios
ou pelo menos sem ocupação permanente conhecida. -----------------------------------------
----- A introdução desta alteração a este programa de loja no bairro pretendia, de
facto, em concreto aumentar, incentivar a prestação de serviço à comunidade e a
manutenção dos espaços pela sua ocupação porque, de facto, os espaços desocupados
estão-se a deteriorar. --------------------------------------------------------------------------------
----- O enquadramento do tráfego nos bairros municipais, portanto, com a visita das
pessoas que se deslocaram a estes sítios exatamente para ai obterem os serviços
proporcionados. -------------------------------------------------------------------------------------
----- A criação de emprego potenciando a inclusão de moradores dos bairros
municipais, muito afetados pelas questões do desemprego e, portanto, é sobre estes
fundamentos que desta proposta pretendia de alguma maneira a divulgação do
programa, deste espaço habitacionais desocupados e em condições possíveis de
atribuição pelas Juntas de Freguesia em cada área territorial e pelas associações
moradores. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- A atribuição dos espaços não habitacionais em sensivelmente 80% para empresas
e atividades com fins comerciais e 20% sensivelmente, a associações e outras
entidades de atividades sem fins lucrativos. ----------------------------------------------------
----- Traz aqui, também, algumas considerações a obrigatoriedade de ser fixado um
horário de funcionamento, a criação de uma figura do “Zelador do bairro” que, de
facto, merece aqui alguma reflexão e alguma discussão. -------------------------------------
Draft
39
----- O aproveitamento dos espaços não habitacionais de maior dimensão que
permitam a instalação de atividades em regime de, por exemplo, co-work que prestem
serviços indispensáveis para a população e pretendia também o envolvimento das
associações moradores nas diversas fases do programa, reconhecer que são estruturas
de acolhimento preferencial por parte das populações. ---------------------------------------
----- A 5ª Comissão elaborou um parecer e nesse parecer elaborou umas
recomendações, relativamente às mesmas o Partido Socialista não pode acompanhar
aquilo que está explícito na recomendação número dois, tendo em conta que aquilo
que se pretende, a criação de um gabinete sediado na Câmara para articulação com as
associações e associações moradores para a atribuição deste espaço. Este serviço já
está a ser feito pela Câmara, não faz sentido a criação de um novo serviço. ---------------
----- Relativamente à questão do “Zelador de bairro”, tal como disse, isto é uma
matéria que merece alguma reflexão da nossa parte e, portanto, relativamente a este
ponto, o Partido Socialista irá votar contra. -----------------------------------------------------
----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- Uma interpelação à Mesa Senhor Deputado Municipal Miguel Graça, faça
favor!” ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Miguel Graça (IND), no uso da palavra, fez a
seguinte interpelação à Mesa: ---------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente da Assembleia Municipal, gostaríamos só de fazer uma
interpelação à Mesa, relativamente à proposta que temos aqui em apreço, a Proposta
n.º 369/CM/2019, de alteração ao Programa Loja no Bairro para questionar o
seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Esta proposta dos vereadores do CDS-PP na Câmara, propõe uma série de pontos
de alteração ao programa. Pergunta-se aqui se todos estes pontos estão realmente na
área de competência de decisão da Assembleia Municipal de Lisboa, porque, por
exemplo, relativamente ao ponto 2 da isenção de pagamento por renda, parece-me que
sim, que é uma competência desta Assembleia. ------------------------------------------------
----- Temos dúvida relativamente aos outros pontos, se fará ou não sentido a votação
ser feita na Assembleia até, porque não é clara no articulado, que diz que os
Vereadores podem propor um conjunto de medidas que a Câmara Municipal de
Lisboa delibera, mas não percebemos quais destas deliberações e queríamos esse
esclarecimento, é que devem ser apreciadas por esta Assembleia, se todas ou só
algumas na sequência desta pergunta? -----------------------------------------------------------
----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Deputados, neste momento, não consigo responder a essa questão,
porque passou-me que a 5ª Comissão teria analisado e verificado isso, eu não fiz essa
verificação, nessas condições a única solução possível para poder responder é pedir
Draft
40
aos senhores deputados que adiamos esta proposta para ver se eu consigo analisar isto
em conformidade, porque eu própria não fiz essa analise, nem pedi ao meu gabinete
para o fazer, tomei a proposta como vindo da Câmara, mandei para a Comissão, a
Comissão disse que estava em condições de ser votada, eu não a estudei. -----------------
----- E, portanto, se há essa dificuldade, aquilo que eu pergunto é, deixamos falar
todas as pessoas que estão escritas mas, no fim antes pôr a proposta a votação, eu irei
perguntar primeiro as bancadas se querem votar já ou se querem que a Mesa analise
esta questão que o Deputado Miguel Graça, acabou de pôr? ---------------------------------
----- Não vamos prosseguir esta discussão, vamos dar continuidade às intervenções
escritas, façam o favor de ouvir o que eu estou a dizer, aquilo que eu estou a propor é
que em resposta à interpelação do Senhor Deputado Miguel Graça, à Mesa no final
das inscrições todas, irá perguntar ao plenário se o plenário concorda que a proposta
não seja votada hoje, para podermos analisar com o meu gabinete jurídico, se a
proposta efetivamente responde ou não responde às questões que foram colocadas
antes de votarmos? Porque estamos a votar sem ter essa resposta clarificada não me
parece coerente, mas tem que ser o plenário tomar essa decisão e não eu! ----------------
----- Sendo assim, Senhor Deputado é para intervir? É para interpelar a Mesa é para
quê? É para interpelar sobre a interpelação? Desculpem, há várias interpelações à
Mesa, então vamos dar a palavra as interpelações todas e eu respondo no fim, se
calhar, é melhor! ------------------------------------------------------------------------------------
----- Eu não tinha percebido que havia tantas interpelações, também há uma
interpelação do Senhor Deputado Rui Costa, é também uma interpelação? Então
vamos ouvi-las todas e depois eu logo vejo no fim o que é que se faz!” -------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Diogo Moura.” -------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Diogo Moura (CDS-PP), no uso da palavra,
fez a seguinte interpelação à Mesa: --------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------
----- Relativamente a esta Proposta e para fazer um esclarecimento, já pude confirmar,
também, com a Senhora Vereadora Paula Marques e com os Vereadores do CDS,
efetivamente o enunciado remete para apreciação da Assembleia Municipal, mas na
verificação da Lei n.º 75/2013, o único ponto que diz respeito e competências a esta
Assembleia é o Ponto 2 que trata da isenção, os restantes pontos foram ignorados na
Câmara Municipal, como todas as normas e regras qualquer programa e qualquer
regulamento da Câmara e, portanto, não tem que vir a esta Assembleia. ------------------
----- Portanto, parece-nos e é claro, embora não tenha sido tão nítido a nível da 5ª
Comissão mas, parece-nos claro que apenas o Ponto 2 da parte deliberativa é algo de
votação nesta Assembleia.” -----------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Deputado, seria muito bom que tivesse sido escrito na proposta, mas não
é isso que cá está! Se a proposta dissesse, que a Câmara Municipal de Lisboa aprova
Draft
41
as seguintes alterações às normas e, delibere submeter à Assembleia Municipal no
Ponto 2 desta proposta estava tudo muito bem, mas não é isso que cá está! O que cá
está é que: “delibere submeter à apreciação da Assembleia Municipal as alterações
às normas”, nós assumimos que eram todas e é isso que não está claro, mas se o
próprio autor da proposta entende que é só o número 2, mais uma razão senhores
deputados para não votarmos a proposta hoje. -------------------------------------------------
----- Vamos ouvir as interpelações todas, vamos ouvir os argumentos todos, vamos
ponderar isto com mais cuidado e na próxima sessão resolvemos a questão, não há
problema nenhum. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos ver quem é que tinha mais interpelações à Mesa, o Senhor Deputado Luís
Newton e o Senhor Deputado Rui Costa.” ------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Luís Newton (PSD), no uso da palavra, fez a
seguinte interpelação à Mesa: ---------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente. --------------------------------------------------------------------------
----- Dar nota que, no âmbito da própria Comissão, se entendeu como boa e completa
a informação que provinha da Câmara Municipal de Lisboa para análise e que depois
vai dos próprios serviços da Mesa, onde me parece evidente, tendo em conta a
discussão que agora se levanta, há duas matérias que necessitam de ser vistas,
primeiro não faz sentido continuarmos a discussão sobre esta matéria e em segundo
lugar, a vir-se confirmar que apenas e só nos deveremos debruçar sobre a discussão
em torno do Ponto 2, então a própria Comissão deverá fazer uma revisão do seu
relatório para que ele versa apenas e só sobre as matérias que estão expostas no
âmbito do ponto 2.” ---------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Deputado, Rui Costa.” -------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Rui Costa (IND), no uso da palavra, fez a
seguinte interpelação à Mesa: ---------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, eu interpelava a Mesa no sentido de alertar para o seguinte,
em primeiro, naturalmente, esta Assembleia pronuncia-se sobre aquilo que é pedido
pela excelentíssima Câmara, aquando da iniciativa da Câmara Municipal e talvez o
problema esteja em quem aprovou nestes termos esta proposta. Porque no fundo
sujeitaram-se a vir trazer uma proposta à Assembleia Municipal que agora até nos
dizem nem todas as matérias, quando o enunciado assim era, nem todas as matérias
são para vir à votação. Isso desde já é um precedente grave e é algo a que devo
confessar não estávamos habituados por parte da Câmara Municipal. Não estamos
habituados nesta Assembleia, diga-se, em relação a todas as propostas, a este tipo de
iniciativa. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Mas a questão coloca-se, também, nos seguintes termos, ao mau hábito da
Câmara Municipal, em muitas circunstâncias de aprovar normas, isto é regras
jurídicas de caráter geral e abstrato com eficácia externa, como é o caso, sem que seja
submetido o regulamento à Assembleia Municipal e isso hoje, também, fica aqui
claro. Porque estas normas não é só o Ponto 2 que tem eficácia externa com a isenção,
Draft
42
é o Ponto 3 que estabelece uma contingentação e 80% para a atividade empresarial e
de 20% para coletividades que, também, vinculará externamente, portanto, essa
matéria em bom rigor também devia vir à Assembleia Municipal. --------------------------
----- E mais, em relação ao ponto de situação das isenções, se entendermos isto como
uma taxa ou de uma tarifa ou de um preço, devia ter vindo a fundamentação
económico-financeira dessa mesma isenção, porque quando esta Assembleia
Municipal o aprovar, está a aprovar uma despesa fiscal e, portanto, eu sugeria mesmo
era que a proposta voltasse para trás e se persistirem em manter ao menos que
verifiquem estes dois critérios, o da fundamentação económico-financeira da isenção,
por um lado com custos associados para que a Assembleia se possa pronunciar, e por
outro lado em relação ao contingente, porque tem eficácia externa e deve sim ser
votada por esta Assembleia, para alertar isto!” -------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada Senhor Deputado. ----------------------------------------------------------------
----- Temos mais uma Senhora Deputada inscrita, apesar do que disse o Senhor
Deputado Luís Newton, é a Senhora Deputada Luísa Aldim do CDS-PP, que são
autores da proposta, portanto, acho que é útil já agora ouvimos argumentação dos
autores, já que ouvimos toda a gente devemos também ouvir esta e depois tomaremos
a decisão, a Mesa irá pôr à vossa consideração, se suspendemos apreciação da
proposta, por aqui para averiguar melhor estas matérias e ou não, mas isso dependerá
da vossa deliberação. -------------------------------------------------------------------------------
-----A Senhora Deputada agora é que vai falar, tem a palavra.” -----------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal, Luísa Aldim (CDS-PP), no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Excelentíssima Senhora Presidente da Assembleia, Excelentíssimos Senhores
Vereadores, caros Deputados, Público presente muito boa tarde a todos. ------------------
----- No âmbito desta discussão da proposta de alteração do “Programa da Loja do
Bairro” apresentada pelo CDS-PP na Câmara Municipal de Lisboa, entendemos e
gostávamos de reforçar este ponto, que apenas o ponto 2, no nosso entender, é da
competência da Assembleia Municipal, obviamente que nos podemos pronunciar
sobre os outros, mas, naquele e daquilo que é a nossa competência é no ponto número
2. -------------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Recordamos que este programa surgiu em 2003 e visava a atribuição de espaços
não habitacionais para fins comerciais, sendo objetivo de dinamizar o comércio nos
bairros municipais promovendo o empreendedorismo a criação de emprego e
combatendo a pobreza e exclusão social, promovendo a vivência de bairro e tornando
mais atrativo para os residentes e para a população em geral. -------------------------------
----- O Programa Loja do Bairro tem-se revelado ineficaz na sua missão, porque não
consegue nem fomentar atividade económica comercial dos bairros municipais, nem
criar emprego ou estimular atribuição e utilização dos espaços não habitacionais. Por
isso, em junho de 2018, o CDS efetuou um levantamento na altura ainda aos locais de
todos os espaços não habitacionais, desocupados e devolutos nos bairros municipais
Draft
43
da cidade de Lisboa, tendo contabilizado cerca de duzentos e oitenta e três espaços
vazios ou pelo menos sem ocupação permanente conhecida. --------------------------------
----- E porque não nos podemos conformar com abandono das lojas de bairros
instaladas em locais carentes de atividade económica e social, apresentámos assim
esta proposta de alteração ao programa para torná-lo mais eficaz e atrativo permitindo
a efetiva concretização dos seus objetivos implementando uma política de gestão
inteligente, equilibrada e humanizada, proporciona a cada bairro uma identidade e
vivências próprias que permite a dinamização de um conjunto de atividades
comerciais capazes de travar a tendência de degradação e marginalidade que conduz o
abandono destes espaços. --------------------------------------------------------------------------
----- Por isso, a pouca expressão que o comércio e serviços de proximidade têm nos
bairros municipais deve ser uma preocupação dos poderes públicos que administram o
território, para atrair nova vida para estes bairros, reconquistar os espaços é necessário
ultrapassar estes preconceitos e promover alguma inovação no conceito original das
lojas de bairro. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- Promover a economia, o associativismo, envolver as comunidades locais, para
quebrar o ciclo da pobreza, da marginalidade e da exclusão não se faz apenas através
da alteração de normas. ----------------------------------------------------------------------------
----- No entanto, apresentámos na Câmara Municipal, como referi oito medidas
concretas. Aquela que hoje entendemos ser da competência da Câmara é precisamente
a isenção de pagamento de renda, por um período de dez anos mediante a prestação de
caução nos espaços não habitacionais atribuídos para fins comerciais nos bairros
municipais de difícil fixação, designadamente nos bairros Alfredo Bensaúde e
Ameixoeira, assegurando as respetivas condições de funcionamento. ----------------------
----- E esta medida que está a causar hoje tanta confusão, na realidade aquilo que
defendo e aquilo que estamos a discutir entre o abandono destes espaços ou dar-lhe
algum propósito que enriqueça estes bairros. ---------------------------------------------------
----- A decisão é vossa, naturalmente, mas é isto que nós queremos alertar e, é para
isto que nós queremos que esta Assembleia possa hoje discutir e tomar uma decisão. --
----- Obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada Senhores Deputados e Senhores Vereadores.--------------------------------
----- Não temos mais ninguém inscrito e, portanto, a Mesa face às dúvidas que foram
suscitadas, pergunto à Câmara quer voltar a intervir? -----------------------------------------
----- Senhor Vice-presidente, faça favor.” -------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente, João Paulo Saraiva, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Eu penso, Senhora Presidente salvo melhor opinião, que seria avisado que esta
proposta pudesse ser retirada, para melhor apreciação até porque, para além do que já
foi referido há aqui uma outra questão que tem a ver, nós não estamos a falar de uma
isenção de taxa, mas de uma isenção de preço que é da competência da Câmara
Municipal, portanto, há demasiados equívocos na proposta que eventualmente,
Draft
44
teremos que encontrar forma de sanar, antes de ela ser submetida a esta Assembleia
ou não.” -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhores Deputados, isto poderia ter sido vistos, não foi, evidentemente que o
escrutínio da Assembleia Municipal é muito importante, neste momento perante este
conjunto de questões a Mesa propõe que não se vote, vamos suspender apreciação. Se
a Mesa entender que deve devolver a proposta à Câmara para a sua reformulação isso
é uma decisão que tem que levar à Conferência de Representantes ou tem que trazer
aqui. ---------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Neste momento, não é isso que eu estou a propor, é uma coisa mais simples, é
apenas suspender apreciação para ela ser devidamente analisada, se conseguimos
resolver estes problemas com essa análise muito bem, se não conseguimos resolver
trarei aqui a proposta no sentido de devolver para solução. ----------------------------------
----- O que eu estou a perguntar apenas, é se suspendemos apreciação, neste ponto? ----
----- A Câmara retirou? Eu não consegui perceber, foi esse o entendimento? O Senhor
Vice-presidente disse é que era visado, mas não disse que retirava a proposta? Então
faça favor de esclarecer! ---------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente, João Paulo Saraiva, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Sendo completamente respeitador, ao contrário do que alguns pensam das
funções e atribuições nesta Assembleia, inibi-me de dizer que faríamos nós o retirar
da proposta e que deixei à consideração da Assembleia e da Mesa, mas,
evidentemente, do meu ponto de vista o que é sensato é retiramos a proposta. Ela ser
analisada do ponto de vista formal e do seu conteúdo, e voltando à Câmara e se a
Câmara entender trazê-la então mas corrigida dos erros formais que ela tem.” -----------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito bem, há uma disposição regimental sobre a retirada de propostas pela
iniciativa da Câmara, agora queria só saber o que é que acontece nesses casos, não sei
decore! Mas julgo que sendo retirada que há alguém pode assumir se quiser, mas não
sei se alguém quer fazer. Não vejo ninguém a pedir isso, muito bem. ----------------------
----- Senhores Deputados, estava só ver o regimento, tem uma norma quando a
Câmara retira uma proposta pode-se manter a discussão e, aliás, eu mantive-a mas a
Câmara acaba de dizer agora, que está disponível para retirar a proposta. -----------------
----- Então vamos tomar isso como bom! Não precisamos de tomar mais numa
decisão, a proposta é retirada, a Mesa vai remete-la novamente a Câmara com a
informação de que foram suscitadas diversas dúvidas sobre a proposta e a Câmara
depois dirá de sua justiça, naturalmente terá que ser reagenda e verificada em Câmara
esta questão e assim ultrapassámos o problema, embora não o resolvamos, mas fica
pelo menos definido um caminho, como costuma dizer um amigo meu “nós podemos
não ter soluções, mas têm calendários” e, portanto, o calendário agora é este, é
devolver a proposta à Câmara e veremos o que é que acontece e vamos prosseguir. -----
Draft
45
---- (A proposta foi retirada pela Câmara Municipal, não tendo sido, por esse motivo,
votada a recomendação 079/02 (5ª CP) ----------------------------------------------------------
----- 5. APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 408/CM/2019 - CELEBRAÇÃO DE
ADENDA AO CONTRATO DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
CELEBRADO ENTRE O MUNICÍPIO DE LISBOA E A FREGUESIA DA
MISERICÓRDIA E APROVAÇÃO DA RESPETIVA MINUTA DE ADENDA,
NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NO ARTIGO
23.º, NA ALÍNEA K) DO N.º 1 DO ARTIGO 25.º, NO ARTIGO 116.º E NO
ARTIGO 120.º, N.º 2, TODOS DO ANEXO I DA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE
SETEMBRO, NA REDAÇÃO ATUAL; GRELHA BASE – 34 MINUTOS; -------- ----- (A Proposta nº 408/CM/2019 fica anexada à presente Ata, como Anexo XI e
dela faz parte integrante). --------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª Comissão Permanente fica anexado à presente Ata, como
Anexo XII e dela faz parte integrante). ---------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -
----- Senhores Deputados, vamos passar agora à Proposta 408/CM/2019, que é uma
adenda ao contrato de delegação de competências entre Municípios de Lisboa e a
Freguesia da Misericórdia, ela tem um erro material que eu antes da votação direi qual
é, e qual é a sua a correção. ------------------------------------------------------------------------
----- Tem Parecer da 1ª Comissão Permanente apresentado pelo Deputado relator
Manuel Lage, pergunto à Câmara se quer fazer a apreciação desta proposta? A
Câmara dispensa a apresentação. -----------------------------------------------------------------
----- Senhor Deputado Manuel Lage o seu parecer? Dispensa o seu parecer. --------------
----- Pergunto se há pessoas inscritas? -----------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Estava o Senhor Deputado Fábio Sousa do PCP, que não está! ----------------------
----- O Senhor Deputado Luís Newton.” --------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Luís Newton (PSD), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhor Deputados, Senhores Vereadores. -----------------------
----- Nada a opor à proposta em si, pelo contrário, manifestar enorme regozijo, pelo
facto de poder ser feita esta adequação aos termos que fora inicialmente propostos por
uma Junta de Freguesia. ----------------------------------------------------------------------------
----- Mas não ficaria bem com a minha consciência e sobretudo de bem em defesa
daqueles que são os interesses da freguesia a que presido e que aqui por inerência me
faz estar presente, que é o facto de pela terceira vez no espaço de um mês e meio ter
que vir protestar, pelo facto de serem utilizados critérios diferentes entre freguesias,
relativamente àquilo que é o apoio e que é conferido a cada uma das freguesias. --------
----- A Junta de Freguesia da Estrela, é uma freguesia que tem um equipamento
desportivo que foi cedido pela Câmara Municipal de Lisboa que, desde 2016 não fez
qualquer tipo de investimento financeiro, ao contrário daquilo que se passa com as
outras juntas de freguesia. E que aqui uma vez mais no âmbito do “20/20 Lisboa
Draft
46
Capital do Desporto” se vê aqui perante uma oportunidade de investimento e que uma
vez mais não teve da parte da Freguesia da Estela quando está fez essa proposta, igual
tratamento pela Câmara Municipal de Lisboa. Isto é lamentável! ---------------------------
----- Isto continua a suceder, tem sucedido com maior pouco recorrência nos últimos
tempos e é sobre isto que eu não podia em boa honestidade deixar de vir aqui hoje
manifestar um protesto profundo e lamento profundo pela diferença de tratamento que
continua existia ou que parece começar a existir significativamente dentro da cidade
de Lisboa entre freguesias com as mesmas características, em termos daquilo que são
as solicitações de investimento em equipamentos que são de propriedade municipal. ---
----- Disse!” ------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhor Deputado. -------------------------------------------------------
----- Pergunto se mais alguém quer reagir? Senhor Vice-presidente quer reagir.” --------
----- O Senhor Vice-Presidente, João Paulo Saraiva, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obviamente, que eu estou a ser surpreendido por esta intervenção do Senhor
Deputado Luís Newton e Presidente de Junta de Freguesia da Estrela e, portanto,
quebrando aqui uma lógica que me pareceu sempre bastante salutar, que é havendo
alguma divergência institucional entre o Município de Lisboa e as Juntas de
Freguesia, que tenham uma primeira interação que permite discutir, dialogar e tentar
perceber as razões de cada uma das partes, não tenho esse registo comigo, portanto,
peço desculpa, posso ter estado distraído, mas não tenho esse registo. ---------------------
----- No entanto, eu gostava de relembrar que, no que está aqui em presença é um
ajustamento dentro de um contrato e não o aumento nenhum de dotação para nenhum
Junta, e quando da aprovação global de todos os processos de contratos de delegação
de competências para o mandato…., importam-se de utilizarem os meios eletrónicos e
não interromperem a minha intervenção! É que isso perturba-me! --------------------------
----- Então o que estava a tentar dizer, é que foi nessa altura aprovada as dotações para
cada uma das Juntas de Freguesia, com critérios que os principais fatores de
ponderação foram as dotações per capita, versus dotações por área, conjugados com
conjunto de situações de análise relativamente àquilo que eram as carências detetadas
em cada uma das áreas, nomeadamente em equipamentos e, nessa altura, não houve
por parte de nenhum Senhor Deputado desta Assembleia, nenhuma chamada de
atenção sobre esta matéria. ------------------------------------------------------------------------
----- E, portanto, eu estranho que agora venha levantar essa questão! É verdade sim,
não houve nenhuma manifestação, nenhum incómodo, peço desculpa! Não houve
nenhuma situação! ----------------------------------------------------------------------------------
----- Mas, para terminar Senhora Presidente, gostaria de dizer que mantemos toda a
disponibilidade para analisar as situações em concreto, em vez de estarmos aqui neste
bate boca e verificarmos se o Senhor Presidente de Junta tem razão na analise que está
a tentar fazer aqui, se estiver seremos os primeiros a dar a mão à palmatória, porque
se há coisa que nós nos temos orgulhar no final deste mandato, é relativamente a
Draft
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relação com as juntas, é que elas foram tratadas, “tratar igual o que é igual, tratar
diferente o que é diferente”, porque os estados de entendimento são diferentes, e o
nível de equipamentos que têm são diferentes, mas ainda assim, tratar com a equidade
que elas nos merecem, todos os munícipes, todos os fregueses nesta cidade para nós
são iguais. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhor Vice-presidente. ------------------------------------------------
----- Senhor Deputado Luís Newton pede a palavra para? Para intervir, faça favor! -----
----- O Senhor Deputado Municipal, Luís Newton (PSD), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, já tinha indicado à Senhora Segunda Secretária, qual era a
intenção da minha intervenção, para intervir como é natural, aliás, conforme sinalizei.
Só não pude utilizar os meios digitais, porque quando o tentei já não foi possível e,
por isso, peço desculpa por ter perturbado a intervenção do Senhor Vereador. -----------
----- Mas, para dizer de forma muito clara, não é verdade, Senhor Vereador! Não é
verdade, infelizmente, não é verdade se não, não me estaria aqui a ver protestar! Não
é verdade porque, em primeira instância esta matéria foi discutida pelo Senhor
Presidente da Câmara em 2016, durante a visita dele às várias freguesias, por onde
passou pela Freguesia da Estrela e onde recebeu toda a informação relativa à
necessidade de investimento no próprio equipamento. ----------------------------------------
----- Novamente com o Senhor Vereador Duarte Cordeiro, que estava na altura
responsável e titular pela pasta do desporto, no anterior mandato e neste mandato. ------
----- Já tive uma reunião com o atual Vereador titular da pasta do desporto, sobre
exatamente esta mesmíssima situação, pelo não investimento. Foi feito um pedido da
Junta de Freguesia da Estrela, no âmbito do novo modelo de contratos delegação de
competências para o equipamento desportivo em causa, não foi tido nem achado, não
houve um cêntimo que tenha sido alocado para esse efeito. ----------------------------------
----- E o que eu venho aqui dizer, Senhor Vereador é que, estou muito satisfeito, por
se poderem fazer este tipo de reavaliações de investimentos, feitos para as várias
freguesias. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Estou cá para apoiar e a única coisa que tenho a dizer é que lamento, estou
disponível para essa equidade, mas aquilo que tenho a dizer, Senhor Vereador é que,
infelizmente, lamento essa equidade não tem acontecido com a Junta de Freguesia da
Estrela, razão pela qual eu estou aqui e tenho tido o cuidado de usar todos os outros
canais ao longo dos últimos quatro anos. Mas, infelizmente, esses canais têm
resultado sempre em conversas mudas, que é um resultado aqui claro. --------------------
----- Deste momento, traduz inevitavelmente um sentimento de frustração perante
aquilo que são os tais critérios, que eu próprio nesta Assembleia Municipal tive
oportunidade de referir aquando apresentação do CDS, com a indicação de
necessidade de poder ser claro para todos, quais foram os critérios que estiveram
subjacentes às atribuições das verbas, era suposto estar já uma plataforma online com
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essa informação, a dizer que critérios tiveram na base das decisões de atribuição de
verbas a esta freguesia e que depois não serviram para a outra freguesia. -----------------
----- Porém, infelizmente, a nada disso está online, nada disso teve ainda o devido
feedback e, portanto, razão pela qual, eu aqui, uma vez mais vou fazer o protesto à
semelhança do que já tinha feito a semana passada, à semelhança do que já tinha feito
há três semanas atrás sobre outros temas, mas, também, relacionado com esta falta
equidade. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhor Deputado. -------------------------------------------------------
----- Está registado, também, está registada a disponibilidade da Câmara e isto terá a
sua devida solução. ---------------------------------------------------------------------------------
----- Votação da Proposta nº 408/CM/2019 – “Celebração de adenda ao Contrato de
Delegação de competências celebração entre o Município de Lisboa e a Freguesia da
Misericórdia”. A Proposta 408/CM/2019. Não há votos contra, abstenções do PCP,
BE e PEV, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PAN, MPT, PPM, 9 IND, do
Deputado Municipal Rodrigo de Mello Gonçalves e do Deputado Municipal Rui
Costa. A Proposta 408/CM/2019 foi aprovada por maioria. -------------------------------
----- Com a necessária correção dos erros matérias, abaixo identificados: -----------------
----- No Anexo I à minuta de Adenda ao Contrato de Delegação de Competências na
Freguesia da Misericórdia, que faz parte integrante da Proposta nº. 408/2019, onde
constam os seguintes valores orçamentados: ------------------------------------------------ ----- - No Programa Equipamentos Desportivos - 200.107€ ----------------------------------
----- - No total do “Quadro Orçamento previsto no Âmbito da Delegação de
competências 2019-2021 – Junta de Freguesia da Misericórdia” - 1.551.107 € ” ---------
----- Devem constar: -------------------------------------------------------------------------------
----- - No Programa Equipamentos Desportivos - 200.106€ ----------------------------------
----- - No total do “Quadro Orçamento previsto no Âmbito da Delegação de
competências 2019-2021 – Junta de Freguesia da Misericórdia” - 1.551.106 €” ---------
----- 6. APRECIAÇÃO DA RECOMENDAÇÃO 079/03 (DM IND RODRIGO
MELLO GONÇALVES) - REFORÇO DE MEIOS E CONDIÇÕES DA
HEMEROTECA MUNICIPAL DE LISBOA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA
ALÍNEA C) DO ART.º 15º DO REGIMENTO; GRELHA BASE – 34
MINUTOS; ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Recomendação n.º 79/03 fica anexada à presente Ata, como Anexo XIII e
dela faz parte integrante). --------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, continuou:
----- “Vamos passar à Recomendação n.º 79/03, que é do Senhor Deputado Rodrigo
de Mello Gonçalves, é uma nova versão que julgo que todos têm, é subscrita também
pelo PPM. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Rodrigo de Mello Gonçalves, tem a palavra para apresenta-
la, tem um minuto mais por ser o proponente. --------------------------------------------------
Draft
49
-----Senhor Deputado acaba de informa que tem também cadência de tempo do PPM,
faça favor Senhor Deputado.” ---------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Rodrigo de Mello Gonçalves (IND), no uso
da palavra enquanto relator, fez a seguinte intervenção: --------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhores Vereadores, Senhores Deputados
Municipais. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Recomendação que hoje apresento a esta Assembleia, resulta de uma visita que
efetuei a Hemeroteca Municipal de Lisboa, incluindo o seu depósito nos Olivais. -------
----- Dessa visita e da reunião que tive com o responsável, das informações que
recolhi, resulta este conjunto de recomendações que hoje submeto à vossa
consideração. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Elas visam acautelar desde logo três questões fundamentais, um reforço de meios
humanos em 2009, a Hemeroteca tinha cerca de trinta e cinco colaboradores, em 2019
tem cerca de dezassete. Um reforço dos meios materiais e estamos aqui
essencialmente a falar de scanneres que permitam uma digitalização que salvaguarde
o manuseamento dos documentos históricos. E terceiro a melhoria das condições
existente no depósito dos Olivais, onde a falta de iluminação é tal que em vários
corredores só com uma lanterna é que se consegue identificar as publicações. -----------
----- Senhora Presidente e Senhores Deputados, estamos a falar de um espólio
bibliográfico que tem um valor patrimonial e histórico incalculável que remonta a
1715 e que temos todos a obrigação de proteger e salvaguardar. ----------------------------
----- Termino com uma palavra aos colaboradores da Hemeroteca, pelo trabalho e
dedicação em condições nem sempre fáceis e pela simpatia com que me receberam. ---
----- E termino, também, com uma última nota para dar conta que, de facto, como a
Senhora Presidente anunciou o PPM subscreve esta proposta e a nova redação que foi
distribuída resulta também de uma sugestão feita pelo PCP e que foi acolhida. ----------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos dar a palavra as pessoas inscritas.” ----------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra a Senhora Deputada, Isabel Pires do Bloco de Esquerda.” ----------
----- A Senhora Deputada Municipal, Isabel Pires (BE), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada Senhora Presidente, Senhores Deputados, Senhoras Deputadas. ---------
----- Senhor Deputado Rodrigo de Mello Gonçalves, relativamente a esta proposta que
temos em cima da mesa, o tema tem a ver com um tema que tem sido bastante
discutido nesta Assembleia Municipal, de um ponto de vista mais geral sobre acervo
documental, as más condições em que o acervo documental na cidade de Lisboa tem
sido votado e já tivemos oportunidade de dizer na anterior sessão e noutras sessões e
hoje teremos oportunidade ainda de debater novamente mais um tema que, de alguma
forma, também, se relaciona com estas questões, relativamente a uma
Draft
50
irresponsabilidade política, também, na gestão de acervos documentais na cidade de
Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Sendo certo que, do nosso ponto de vista, cuidar da história e dos documentos
que contam a história da cidade de Lisboa, entre outras, até porque algumas têm um
caráter nacional é uma das funções mais importantes e que por isso deve ter mais
atenção. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Relativamente à proposta especificamente em causa na generalidade, não temos
nada a opor relativamente à grande maioria das questões, é bom que, quando se fale
sobre meios humanos estamos a falar de trabalhadores e não de colaboradores. ----------
----- Queria colocar uma questão, relativamente ao Ponto 6 que, do nosso ponto de
vista, não está a muito claro, porque lendo tal como está, ele implica a contratação de
serviços externos a Câmara Municipal de Lisboa. E, portanto, isso a nós coloca-nos
algum problema, reconhecendo a urgência de algumas destas situações, mas que
existem serviços de restauro, também, noutros serviços da Câmara que poderão,
eventualmente ajudar a isto, em vez de termos contratação externa relativamente a
esta matéria. Mas, é o único ponto em que temos aqui algumas dúvidas, relativamente
à proposta.” ------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada, Senhora Deputada.” ------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado, Modesto Navarro do PCP.” ---------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Modesto Navarro (PCP), no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhora Presidente. -------------------------------------------------------------
----- Queremos saudar esta apresentação da recomendação, do Deputado Rodrigo de
Mello Gonçalves, de facto, fizemos uma proposta de alteração que está incluída no
Ponto 5, que preveja a dotação de mais meios humanos e técnicos próprios para a
realização de serviços de restauro documental, para os documentos mais degradados e
com maior valor histórico e cultural. -------------------------------------------------------------
----- Depois no Ponto 6, realmente, refere-se a questão da contratação externa, mas
enquanto não forem criados, digamos, os meios. ----------------------------------------------
----- Mas queremos de qualquer modo dada a importância desta questão dada a
redução drástica dos trabalhadores que aqui foi apresentada pelo Deputado Rodrigo de
Mello Gonçalves, queremos referir que, de facto, há muitos antecedentes nesta
Assembleia e também na Câmara Municipal, peço desculpa, mas queremos referir que
em primeiro lugar no último ano os Vereadores do PCP efetuaram duas visitas, um à
Hemeroteca e outra ao depósito da Hemeroteca, onde foi possível identificar um
conjunto de problemas que comprometem o bom funcionamento e Hemeroteca de
Lisboa e a preservação do património bibliográfico de enorme valor histórico e
cultural. -----------------------------------------------------------------------------------------------
Draft
51
----- Na visita efetuada ao depósito da Hemeroteca situado na Freguesia dos Olivais,
os Vereadores do PCP identificaram problemas de funcionamento que afeta os
trabalhadores que exercem funções neste espaço, assim como o acervo e as coleções
aqui arquivadas. -------------------------------------------------------------------------------------
----- Em resultado destas duas visitas foram apresentados requerimentos, que se
encontram ainda sem resposta por parte da Câmara Municipal, nos quais foram
colocados os seguintes pedidos de informação: ------------------------------------------------
----- - Para quando está previsto e qual será a localização das novas instalações da
Hemeroteca? -----------------------------------------------------------------------------------------
----- - Terão as novas instalações capacidade para acolher todo o acervo da
hemeroteca, e as condições necessárias para os utentes consultarem as publicações,
salvaguardando as condições necessárias para o exercício das funções dos
trabalhadores? ---------------------------------------------------------------------------------------
----- - Serão adquiridos novos equipamentos para a digitalização, encadernação,
arquivo de todo o acervo da Hemeroteca? Se sim, para quando? ----------------------------
------ - Está previsto o reforço do número de trabalhadores da Hemeroteca? Se sim,
para quando e quantos? ----------------------------------------------------------------------------
----- No segundo requerimento, queríamos a resposta às questões colocadas no
primeiro requerimento, o esclarecimento quanto à posição do lugar de estacionamento
junto às instalações? --------------------------------------------------------------------------------
----- - Que informe a Câmara qual a solução prevista para acautelar a conservação e o
arquivo nas coleções da Hemeroteca? -----------------------------------------------------------
----- Que identifique quais as medidas previstas a curto prazo que salvaguardem a
segurança e o conforto dos trabalhadores. ------------------------------------------------------
----- Estas matérias não tiveram até agora resposta. -------------------------------------------
----- Esta recomendação, penso que vai tornar mais viva a premência realmente de a
Câmara estudar a situação e de cumprir, digamos, aquilo que é a sua obrigação. ---------
----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada, Senhor Deputado.” --------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra a Senhora Deputada, Cláudia Madeira do PEV.” ---------------------
----- A Senhora Deputada Municipal, Cláudia Madeira (PEV), no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhora Presidente, Senhora Secretárias, Senhor Vice-presidente,
Senhores Vereadores e Senhores Deputados. ---------------------------------------------------
----- Queria começar por dizer que o Grupo Municipal do Partido Ecologista “Os
Verdes” está de acordo com a recomendação apresentada pelo Senhor Deputados
Independente Rodrigo Mello Gonçalves, sobre a Hemeroteca Municipal de Lisboa. ----
----- De vez em quando, o assunto da Hemeroteca vem a esta Assembleia Municipal
porque há problemas com a localização, com o espólio, com a falta de trabalhadores,
Draft
52
etc. E, a este propósito, recordo que o PEV, já em 2013 e 2015, entregou
requerimentos questionando sobre estes problemas e a sua resolução, e já depois disso
voltou a trazer aqui o assunto, no seguimento de visitas que lá efetuámos. ----------------
----- Mas, vários anos depois, a recomendação que agora apreciamos reflete a postura
que a Câmara Municipal de Lisboa tem tido em relação à Hemeroteca, que,
infelizmente, é transversal a vários espaços culturais na cidade. ----------------------------
----- O espólio do Museu dos Bombeiros está em caixotes, parte do espólio do
Arquivo Municipal está guardado sem condições e uma grande parte da Hemeroteca
está numa garagem. ---------------------------------------------------------------------------------
----- Perante isto, é inaceitável a forma como a Câmara está a tratar a cultura. Há falta
de trabalhadores, falta de condições e de investimento, faltam locais dignos e
definitivos para acolher vários equipamentos culturais, e a solução encontrada pelo
Executivo é os serviços andarem de um lado para o outro, enquanto parte do seu
espólio fica guardado em garagens e armazéns, correndo o risco de se perder
património valioso. ---------------------------------------------------------------------------------
----- Face a esta situação, “Os Verdes” reforçam que Lisboa precisa de uma maior
intervenção municipal na área da cultura e de uma efetiva política que garanta o
direito à cultura, e não aquilo que tem sido feito nos últimos anos. E, tal como noutras
áreas, é fundamental investir em recursos humanos próprios para que a Câmara
Municipal consiga dar a resposta necessária. ---------------------------------------------------
----- Concluindo, “Os Verdes” defendem que é preciso avançar com propostas que
permitam valorizar e dignificar a Hemeroteca e, nesse sentido, votaremos a favor
desta recomendação. --------------------------------------------------------------------------------
----- Obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada, Senhora Deputada.” ------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado, José Borges do Partido socialista.” -------------
----- O Senhor Deputado Municipal, José Borges (PS), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhor Vice-presidente, Senhoras e
Senhores Vereadores, e Senhoras e Senhores Deputados. ------------------------------------
----- Muito sucintamente da parte do Grupo do Partido Socialista, nós saudamos a
Moção e o Senhor Deputado Municipal, pela oportunidade de ter apresentado a
mesma, naturalmente que, nos preocupa o estado em particular da Hemeroteca mas,
também, necessariamente todo um património documental da Câmara Municipal de
Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Matéria que esta Assembleia Municipal tem vindo acompanhar nos últimos
meses, em particular do Arquivo Municipal mas, também, da Biblioteca Museu,
República e Resistência e é necessário, é evidente a necessidade de um reforço de
Draft
53
meios técnicos e humanos da Câmara Municipal, para estas infraestruturas e para
estes acervos, na medida em que os documentos que hoje vem à Assembleia
Municipal, esta recomendação e mais à frente o relatório assim o demonstram. ----------
----- Por causa disto, naturalmente que, o Partido Socialista votará a favor da
recomendação, ainda assim, tenho a certeza que pugnaremos junto da 7ª Comissão ou
do senhor secretário, para que mesmo depois, desta recomendação ser aprovada, a
Comissão permaneça em diálogo quer com Hemeroteca, quer com outros Arquivos e
a Biblioteca Museu, para que estes assuntos não se encerrem com aprovação da
recomendação e possam ter seguimento que nos garanta a resolução dos problemas
aqui trazidos. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada, Senhor Deputado.” --------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o último orador, o Senhor Deputado, Diogo Moura do CDS-PP.” -
----- O Senhor Deputado Municipal, Diogo Moura (CDS-PP), no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhores Secretários, Caros Vereadores e
Caros Deputados. -----------------------------------------------------------------------------------
----- Queria, obviamente, em primeiro lugar felicitar o Deputado Independente
Rodrigo de Mello Gonçalves, pela apresentação desta recomendação sobre a
Hemeroteca, este é um tema que tem sido recorrente a pela preocupação, penso eu que
generalizada dos membros desta Assembleia mas, também, em particular pelos
funcionários da Direção Municipal de Cultura e por todos aqueles que utilizam a
Hemeroteca e consultam a sua documentação, pelo simples facto de que muitas vezes
o acesso a esta Hemeroteca é difícil e porque temos, obviamente, várias e grandes
preocupações com aquilo que é a conservação do seu espólio. ------------------------------
----- Esta matéria, nós discutimo-la há pouco tempo, no âmbito, do Arquivo Municipal
e o CDS voltou a defender que na elaboração e a construção de uma proposta de um
Arquivo Municipal o único que devimos, também, ter em conta, não só a Hemeroteca
mas, a Videoteca, a Fonoteca e também o Arquivo Fotográfico Municipal. ---------------
----- Já percebemos que as instalações de São Domingos de Benfica e o uso misto, ou
seja, colocar edifícios municipais em particular com esta importância de espólio
documental da Câmara num edifício misto de habitação, não faz qualquer sentido. -----
----- Sabemos os problemas dos últimos anos, com o edifício novo do Bairro da
Liberdade e o mesmo já está acontecer com o espaço da Hemeroteca em São
Domingos de Benfica. ------------------------------------------------------------------------------
----- Eu tive oportunidade de relatar na discussão do arquivo, que há muito pouco
tempo, o senhor, o vizinho do andar de cima fez obras na casa de banho e acabou por
criar infiltrações e inundações na Hemeroteca que estragou vária documentação que,
se calhar, parte dela é irrecuperável. E, portanto, este é um erro em que a Câmara
Draft
54
continua a persistir e que tem que ser travado o quanto antes, para que não se percam
documentos que depois são irreparáveis. --------------------------------------------------------
----- Mas devemos, também, pensar na questão da Hemeroteca e numa solução
definitiva, nem que tenha que ser encontrar uma temporária, mas que definitiva e no
nosso, no entender do CDS, essa solução deve passar pelo Arquivo Municipal de
Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada, Senhor Deputado. ---------------------------------------------------------------
----- Não registámos mais inscrições. Pergunto se mais ninguém quer usar da palavra? -
----- Estamos em condições de pôr a votação, a Recomendação n.º 79/03 nesta a
versão apresentada do Senhor Deputado Rodrigo de Mello Gonçalves e subscrita,
também, pelo PPM.” -------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar à votação da Recomendação n.º 79/03. Não há votos contra, não
há abstenções, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM,
7 IND e do Deputado Municipal Rodrigo de Mello Gonçalves e do Deputado
Municipal Rui Costa. A Recomendação n.º 79/03 foi aprovada por unanimidade.” -
----- (Ausência de dois Deputados (as) Municipais Independentes da Sala de Plenário) -
----- 7. APRECIAÇÃO DA MOÇÃO 079/01 (BE) – RETIFICADA- PELO
ALARGAMENTO DO COMPLEMENTO SOLIDÁRIO PARA IDOSOS, AO
ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA C) DO ART.º 15º DO REGIMENTO (A
MOÇÃO 073/02 (BE), APRECIADA NA SESSÃO DE 25 DE JUNHO, E CUJA
VOTAÇÃO RESULTOU NUMA SITUAÇÃO DE EMPATE TRADUZINDO A
NECESSIDADE DE UMA NOVA VOTAÇÃO, FOI, ENTRETANTO,
SUBSTITUÍDA PELA ATUAL MOÇÃO 079/01 (BE)); GRELHA BASE – 34
MINUTO; ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Moção n.º 097/03 fica anexada à presente Ata, como Anexo XIV e dela faz
parte integrante). ------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, continuou:
----- “Vamos passar ao ponto seguinte que é uma moção do Bloco de Esquerda, que
também é uma nova versão que já tinha sido e pedia à Senhora Segunda Secretária
para dar a palavra.” ---------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra a proponente Isabel Pires, do Bloco de Esquerda.” -------------------
----- A Senhora Deputada Municipal, Isabel Pires (BE), no uso da palavra,
enquanto relatora, fez na intervenção: -----------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, eu não vou ocupar muito tempo, porque a nova versão da
moção tem exatamente a ver com a discussão que foi tida na sessão da Assembleia
Municipal que, debateu esta matéria, portanto, para responder a algumas das
indicações. -------------------------------------------------------------------------------------------
Draft
55
----- Nós tivemos entretanto, também, uma proposta do Grupo Municipal do PCP de
inclusão de um ponto deliberativo, que vou deixar na Mesa, porque está por escrito
que, nós achamos que faz sentido ser incluída aqui na moção e que passo a ler: “Que
o complemento solidário para idosos seja atribuído catorze vezes por ano e não em
doze como acontece atualmente.”. Isto é uma questão de lógica até pelos pagamentos
que são feitos e que não está claro na restante parte da moção mas, de resto, creio que
a discussão entretanto já foi tida na anterior sessão.” -----------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada.” -----------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado, Rui Costa Independente.” -----------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Rui Costa (IND), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Deputados. --------------
----- Esta alteração à moção introduz agora sim, condições de justiça, condições de
justiça possível, que a solução ideal era que não fosse necessário este complemento
solidário para idosos, mas introduz justiça no mecanismo até agora iníquo. É que
outras forças políticas houve e em tempos de troika, nesses mesmos tempos que
condicionaram a atribuição do complemento solidário para idosos, à possibilidade ou
não dos filhos de pagarem pensões de alimentos aos pais, porque esta obrigação legal
também existe. E, portanto, se os filhos não contribuíssem, isto de alguma forma,
aconselhava aos pais a colocarem os filhos em tribunal para obterem da parte destes a
obrigação de alimentos e é este o conceito de família que alguns têm e que eu quero
aqui hoje claramente rejeitar. ---------------------------------------------------------------------
----- Mas queria dizer mais, aquilo que prendeu a não aprovação deste documento teve
que ver com o facto de poder haver pessoas que, mediante uma total exclusão deste
critério do rendimento dos filhos, que houvesse filhos tivessem benefícios fiscais em
sede de código de IRS, relativamente a ascendentes e nessa situação não nos parece
justo que haja a não contabilização dos rendimentos dos filhos, na medida em que os
filhos obtém um benefício fiscal por contribuírem para o sustento destes idosos. --------
----- Portanto, também, não seria, não é de todo aceitável o Estado andar e a
Segurança Social a gastar recursos por um lado, para que depois por outro houvesse
um benefício fiscal por parte dos filhos, isso sim, não era boa despesa pública. ----------
----- E nestes termos que julgo que a moção corresponde a um sentimento de justiça,
que será generalizado, também, a população do Município de Lisboa. ---------------------
----- Disse!” ------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada, Senhor Deputado.” ------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
Draft
56
----- “Tem a palavra a Senhora Deputada, Natacha Amaro do PCP.” -----------------------
----- A Senhora Deputada Municipal, Natacha Amaro (PCP), no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhoras Secretárias, Senhores Deputados,
Senhoras Deputadas, Caro Público. --------------------------------------------------------------
----- Sobre esta moção pelo alargamento do complemento solidário para idosos,
apresentada pelo Bloco de Esquerda, gostaríamos de afirmar o nosso voto favorável
por considerarmos bastante importante a melhoria das condições de acesso ao
Complemento Solidário para Idosos. ------------------------------------------------------------
----- O Projeto de Lei que o PCP apresentou na Assembleia da República, vai no
sentido da eliminação da inclusão dos rendimentos dos filhos dos idosos e da
eliminação de obstáculos no acesso ao complemento. ----------------------------------------
----- Inclui, nomeadamente, a proposta de que este complemento seja pago a catorze
meses e não a doze. Proposta essa, que como foi referido pela Deputada Isabel Pires,
fizemos chegar ao Grupo Municipal Bloco de Esquerda para inclusão nesta moção. ----
----- Vamos votar favoravelmente a moção, mas consideramos importante referir o
nosso desacordo com a referência nos considerandos ao Complemento Solidário para
Idosos, como “uma medida pensada como importante meio de combate à pobreza da
população mais idosa”. -----------------------------------------------------------------------------
----- Para o PCP, os meios de combate à pobreza verdadeiramente determinantes são a
garantia de atualização anual de todas as pensões, com vista à recuperação do poder
de compra perdido, bem como, um combate frontal aos baixos salários que como
sabemos são a raiz mais funda das baixas pensões. --------------------------------------------
----- Obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada, Senhora Deputada.” -----------------------------------------------------
----- Senhor Deputado Rui Costa pede um esclarecimento à Senhora Deputada, faça
favor!” ------------------------------------------------------------------------------------------------
------ O Senhor Deputado Municipal, Rui Costa (IND), no uso da palavra, fez o
seguinte pedido de esclarecimento: --------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------
----- Senhora Deputada, Natacha Amaro, devo-lhe dizer que não tendo objeção de
princípio quanto à justiça desta proposta de aditamento por sugestão do PCP, eu
gostava de lhe perguntar o seguinte: -------------------------------------------------------------
----- É que, sendo o Complemento Solidário para Idosos duma prestação de natureza
absolutamente excecional e, aliás, muitas vezes comparável até em termos de regime
com o rendimento social de inserção, eu pergunto-lhe se pretendem, porque o
rendimento social de inserção, tanto quanto julgo saber e corrijam-me se tiverem erro,
é pago doze meses e não catorze meses. Se pretende ou não uniformizar regimes? -----
----- É que se não, também, não me parece bem, estar por mais simpatia e eu não faço
distinções entre as pessoas carenciadas, tal como não faço distinções rácicas, também,
não faço distinções etárias. E, portanto, com toda a simpatia que tenho pelos idosos,
Draft
57
tenho, também, de considerar aqueles que são beneficiários do rendimento social de
inserção se tem doze ou catorze meses, não vamos criar aqui regimes de exceção que
me parecem inadequados. -------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, o que eu lhe perguntava, é se pretendem também estender para o RSI
(Rendimento de Social de Inserção) e os catorze meses ou não?” ---------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra a Senhora Deputada, Natacha Amaro.” --------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal, Natacha Amaro (PCP), no uso da palavra,
deu a seguinte resposta: ----------------------------------------------------------------------------
----- “Agradecer ao Senhor Deputado a questão colocada. -----------------------------------
----- É evidente que aqui não se coloca a questão de uniformizar regimes por uma
razão simples, estamos a ver a questão do Complemento Solidário para Idosos em
concreto e em particular e, não uma proposta de uniformizar as duas coisas, portanto,
naturalmente que não é isso que está proposto e, portanto, não é essa a questão. ---------
----- Agora efetivamente e sabendo nós que este é um complemento excecional, se ele
for atribuído durante tempo suficiente, é esta proposta que nós defendemos de pagar
catorze e não doze. ----------------------------------------------------------------------------------
----- A insistência na uniformização, refiro e mais uma vez reforço não se coloca neste
momento, não é o que está em debate. -----------------------------------------------------------
----- Obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada, Senhora Deputada.” -----------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado, José Leitão do Partido Socialista.” -------------
----- O Senhor Deputado Municipal, José Leitão (PS), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente da Assembleia, Senhoras e Senhores Vereadores, Senhoras e
Senhores Deputados, Cidadãos e Cidadãos. ----------------------------------------------------
----- O Bloco de Esquerda, em vez de insistir numa nova votação do texto
anteriormente apresentado, relativamente aos rendimentos a considerar para a
atribuição do Complemento Solidário para Idosos, decidiu, e fez bem, apresentar uma
moção com uma nova redação que teve em conta críticas que lhe tinham sido feitas. ---
----- Merece por isso ser devidamente ponderada com olhar novo. -------------------------
----- O Complemento Solidário para Idosos é uma medida que o Partido Socialista
justamente se orgulha e consideramos muito relevante no combate à pobreza dos
idosos. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Recordamos que, a partir deste ano o Complemento Solidário para Idosos passou
a abranger os pensionistas de invalidez que vivem com carência de recursos
económicos. ------------------------------------------------------------------------------------------
Draft
58
----- Continuamos a considerar que a sede para uma ponderada análise a esta questão
é a Assembleia da República no quadro da discussão do orçamento. -----------------------
----- Somos contudo, sensíveis ao argumento que um grande número de beneficiários
são cidadãos do distrito de Lisboa e que o alargamento proposto terá como
beneficiários muitos cidadãos não residentes, mas somos sobretudo sensíveis, ao facto
da nova redação da moção ter procurar um consenso mais alargado nesta Assembleia. -
----- Seria com efeito inaceitável que os descendentes que beneficiam das doações
previstas nos artigos n.º 78ºA, do código de IRS, por viverem em economia comum
com os ascendentes e com isso vissem os seus rendimentos considerados no quadro
do agregado familiar para a atribuição do Complemento Solidário para Idosos. ----------
----- Consideramos que a redação encontrada poderia ser mais clara, mas não vamos
agarrar a questões de estilo para desconsiderar a substância que agora é proposto. ------
----- Há muito a fazer para promover solidariedade entre gerações. Os filhos tem
responsabilidades para com os pais, que devem ser sublinhadas, mas quando elas se
frutam é penoso e, infelizmente, pouco eficaz, esperar que seja pelo recurso a uma
ação de alimentos que os pais tenham que recorrer para conseguir sobreviver. -----------
----- Os idosos têm direito a viver com dignidade e autonomia não depender da boa
vontade dos filhos, para comer ou comprar os medicamentos de que necessitam. --------
----- No entanto, devo de acrescentar que iremos requerer que seja votada em
separado este novo aditamento do PCP, porque não nos se afigura correto que
utilizemos critérios diferentes no que diz respeito ao apagamento para o Rendimento
Social de Inserção e para o Complemento Solidário para Idosos, não nos parece de
todo correta essa situação, mas estamos dispostos e votaremos favoravelmente o
restante, aquilo que era a moção como a redação proposta pelo Bloco de Esquerda. ----
---- Disse!” -------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada, Senhor Deputado.” ------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra a Senhora Deputada, Inês de Sousa Real do PAN.” ------------------
----- A Senhora Deputada Municipal, Inês de Sousa Real (PAN), no uso da
palavra, fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------
----- “Muito boa tarde, Excelentíssima Senhora Presidente, restantes membros da
Mesa, Excelentíssimas Senhoras Vereadoras e Deputadas Municipais,
Excelentíssimos Senhores Vereadores e Deputados Municipais, público e
comunicação social presente e restantes funcionários desta Assembleia Municipal. -----
----- O Grupo Municipal do PAN gostaria de manifestar obviamente o seu voto
favorável a esta iniciativa, uma proposta que é sem dúvida de elementar justiça para o
combate à pobreza da pessoa idosa e obviamente às desigualdades estruturais que
ainda persistem e que atingem esta população em particular. --------------------------------
----- A proteção das pessoas idosas não se esgotam obviamente nesta matéria,
reiteramos aqui a importância de continuar a efetivar algumas medidas, inclusive já
Draft
59
aprovadas nesta Assembleia Municipal, como combate à solidão, à exclusão, à
pobreza e também obviamente à implementação de ferramentas que visem promover a
sua mobilidade e integração social. --------------------------------------------------------------
----- Não obstante o caminho que ainda temos a fazer nesta matéria, votaremos
favoravelmente esta iniciativa, esperando que o Governo depois a acompanhe e
continuaremos, também, nessa sede pela defesa das pessoas idosas. -----------------------
----- Obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada, Senhora Deputada. ------------------------------------------------------
----- Vou passar a ler o aditamento que não foi distribuído, é a proposta de inclusão de
um ponto deliberativo com a seguinte redação: “Que o Complemento Solidário para
Idosos já atribuído catorze vezes por ano e não doze como acontece atualmente.”, é
isto, responde à questão que foi suscitada de haver desigualdades de tratamento. --------
----- Eu tenho aqui, também, uma dúvida de redação no Ponto 1 ou é gralha, ou a
minha compreensão está hoje particularmente lenta, na penúltima linha do Ponto 1,
fala-se: “do Código do IRS, excluindo-se assim a ponderação de os rendimentos”,
falta aqui alguma palavra? Ou é “dos”? O que é que se passa? É “dos”, é que “de os”
não faz sentido! Parecia que podia faltar uma palavra “ponderação dos rendimentos
dos filhos”. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos por à votação, alguém pede votação por pontos? Não há votação por
pontos. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Estou a falar da Moção inicial do Bloco de Esquerda, depois há o aditamento
apresentado pelo PCP, são duas coisas diferentes. ---------------------------------------------
----- Senhora Deputada Isabel Pires, faça favor!” ----------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal, Isabel Pires (BE), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente para clarificar. Eu na minha intervenção disse, nós
aceitamos a proposta do PCP de incorporação, desse ponto na nossa proposta,
portanto, há de ser votado por pontos, mas, os pontos todos, achamos nós!” --------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada, Senhora Deputada. ------------------------------------------------------
----- Muito bem, então vamos aproveitar este esclarecimento. -------------------------------
----- O PS quer o aditamento em separado e vamos pôr à votação.” ------------------------
----- Vamos passar à votação dos Pontos 1 e 2 da Moção nº 079/001 (BE)
Retificada. Não há votos contra, não há abstenções, votos a favor do PS, PSD, CDS-
PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 9 IND e do Deputado Municipal Rui Costa. Os
Ponto 1 e 2 da Moção nº 079/001 (BE) foram aprovados por unanimidade. -----------
----- Votação do Ponto 3 – Aditamento apresentado pelo Grupo Municipal do
PCP e aceite pelo Grupo Municipal proponente. Votos contra do PS e do Deputado
Municipal Rui Costa, abstenções de 1 IND, votos a favor do PSD, CDS-PP, PCP, BE,
PAN, PEV, MPT, PPM, 8 IND. O Ponto 3 – Aditamento apresentado pelo Grupo
Draft
60
Municipal do PCP e aceite pelo Grupo Municipal proponente foi aprovado por
maioria. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- (Ausência do Deputado Municipal Independente Rodrigo de Mello Gonçalves da
Sala de Plenário) ------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, continuou:
----- “E, portanto, o ponto ficou incluído nesta moção que será dirigida à Assembleia
da República, que agora entrará em férias legislativas, portanto, isto na prática será
tido em consideração no próximo Parlamento. -------------------------------------------------
----- Indicação de declaração de voto do Senhor Deputado Rui Costa, declaração de
voto do Senhor Deputado José Leitão.-----------------------------------------------------------
----- Aquilo que eu pergunto, como aqui não há encaminhamentos previstos, penso
que atendendo à circunstância de Assembleia da República terminar os seus trabalhos
esta semana, se mandarei ao Senhor Presidente da Assembleia República e
naturalmente mandarei aos Grupos Parlamentares, depois cada partido dá o
encaminhamento que entender, parece-vos bem? Assim, será! ------------------------------
----- O Grupo Municipal do Partido Socialista apresentou, posteriormente, a
seguinte Declaração de Voto: --------------------------------------------------------------------
----- “DECLARAÇÃO DE VOTO DO PARTIDO SOCIALISTA -----------------------------
----- Votámos a favor desta moção nos termos apresentados pelo BE, pelas razões
referidas na nossa intervenção. -------------------------------------------------------------------
----- Fomos surpreendidos durante a sessão pela aceitação pelo BE de um aditamento
apresentado pelo PCP no sentido do complemento solidário para idosos (CSI) vir a
ser pago em quatorze prestações e não em doze, como atualmente, o qual votámos
desfavoravelmente. Somos sensíveis à relevância do CSI no combate à pobreza dos
idosos, mas esta proposta é deslocada, oportunista e demagógica. ------------------------
----- A razão é muito simples. A outra prestação não contributiva de combate à
pobreza, o Rendimento Social de Inserção, é pago doze e não quatorze vezes por ano.
Não faz nenhum sentido criar esta distinção entre as duas prestações. A sede para
esse debate de fundo é a Assembleia da República e não a Assembleia Municipal. ------
----- A aprovação do pagamento de quatorze prestações só foi possível porque os
partidos da direita que sempre foram contra o alargamento do CSI e insistiram na
responsabilidade dos filhos nesta matéria oportunisticamente juntaram os seus votos
a esta proposta. -------------------------------------------------------------------------------------
----- O deputado municipal José Leitão” --------------------------------------------------------
----- (O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND), não entregou a Declaração de
Voto escrita referente à Moção n.º 079/03) -----------------------------------------------------
----- 8. APRECIAÇÃO DA RECOMENDAÇÃO 080/02 (PCP) - MASSIFICAR A
TARIFAÇÃO DO ESTACIONAMENTO EM LISBOA NÃO CRIA LUGARES
DE PARQUEAMENTO, APENAS OS TORNA PAGOS, AO ABRIGO DO
DISPOSTO NA ALÍNEA C) DO ART.º 15º DO REGIMENTO; GRELHA BASE
– 34 MINUTOS; ----------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Recomendação n.º 080/02 fica anexada à presente Ata, como Anexo XV e
dela faz parte integrante). --------------------------------------------------------------------------
Draft
61
----- “Vamos passar agora ao outro ponto da ordem de trabalhos, Recomendação n.º
080/02 do Partido Comunista Português, que tem como titulo “Massificar a tarifação
do estacionamento em Lisboa não cria lugares de parqueamento, apenas os torna
pagos”. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Esta recomendação está em apreciação, os proponentes tem a palavra para
apresentar se assim o entenderem.” --------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado, Fernando Correia do PCP- IND.” --------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Fernando Correia (PCP-IND), no uso da
palavra enquanto relator, fez a seguinte intervenção: -----------------------------------------
----- “Boa tarde, Senhora Presidente, respetiva Mesa, Senhores Vereadores, Senhores
Deputados, público. --------------------------------------------------------------------------------
----- São cada vez mais evidentes e sem solução à vista os problemas com que a
cidade de Lisboa se confronta ao nível do estacionamento e mobilidade com impacto
negativo para a população que vive ou trabalha na cidade. -----------------------------------
----- A rede de transportes públicos de Lisboa, está longe de garantir a oferta
necessária e com comodidade em todo o seu território, quer no que respeita à Carris,
quer no que respeita ao metro, a CP e os transportes fluviais. -------------------------------
----- A solução defendida pela Câmara Municipal de Lisboa é conhecida e passa pela
massificação do uso dos parquímetros, deixando este ter uma função reguladora em
situações e zonas específicas da cidade transformando a intervenção do Executivo
Camarário através da EMEL, num negócio altamente lucrativo à custa da população
que reside ou trabalha em Lisboa. ----------------------------------------------------------------
----- Os eleitos do PCP, consideram que esta opção não contribui para a resolução dos
problemas de mobilidade e estacionamento. Assume a tarifação como um fim em si
mesmo e o pagamento dos lugares de parqueamento em toda a cidade com uma
solução para o estacionamento. -------------------------------------------------------------------
----- Esta medida está longe de ser aceite pelos munícipes, que já contestaram sua
implementação em diferentes freguesias e que denota uma falta de estratégia a curto e
longo prazo para a cidade, sendo um fator gerador de conflitos entre residentes de
diferentes freguesias, entre quem vive e trabalha na cidade ou entre quem paga e não
paga. --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- As dez propostas que trazemos e que eu vou resumir aqui em são: -------------------
----- 1- Divulgação e promoção nos processos de consulta e discussão com as
populações sobre as questões do estacionamento; ---------------------------------------------
----- 2 - Divulgação dos estudos existentes sobre as necessidades de estacionamento
na Cidade de Lisboa; -------------------------------------------------------------------------------
----- 3 - Planeamento e construção de uma rede de parques de estacionamento
públicos; ----------------------------------------------------------------------------------------------
------ 4 - A articulação com os municípios vizinhos para a criação de parques de
estacionamento dissuasores; -----------------------------------------------------------------------
Draft
62
------ 5 - A transformação da EMEL num verdadeiro instrumento ao serviço da
mobilidade na cidade; ------------------------------------------------------------------------------
------ 6 - Estabelecimento de protocolos com entidades públicas e privadas, que
permitam a utilização de estacionamentos existentes e subutilizados; ----------------------
------ 7 - Existência de áreas de estacionamento de veículos de duas rodas em todos os
parques de estacionamento; -----------------------------------------------------------------------
----- 8 - O ordenamento do estacionamento de um modo integrado com uma política
de maior e melhor oferta de transportes públicos; ---------------------------------------------
----- 9 - A suspensão do Regulamento de Estacionamento de Duração Limitada em
todas as freguesias e zonas da cidade, onde tal se manifesta desadequado, cuja
rejeição foi manifestada pela população, como por exemplo na Freguesia dos Olivais,
Freguesia de Benfica e Freguesia do Lumiar; --------------------------------------------------
----- 10 - Promover um processo de revisão de forma participada, do Regulamento
Geral de Estacionamento na via pública. --------------------------------------------------------
----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada, Senhor Deputado.” ------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra a Senhora Deputada, Cláudia Madeira do PEV.” ---------------------
----- A Senhora Deputada Municipal, Cláudia Madeira (PEV), no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada Senhora Presidente, Senhoras Secretárias, Senhores Vereadores e
Senhores Deputados. -------------------------------------------------------------------------------
-----“Os Verdes” estão de acordo com a recomendação apresentada pelo PCP, que
levanta questões essenciais sobre o estacionamento na cidade de Lisboa. -----------------
----- Lisboa tem um sério problema de estacionamento e a Câmara Municipal não está
a conseguir dar a resposta necessária. ------------------------------------------------------------
----- Recorde-se que desde que o Regulamento Geral de Estacionamento na Via
Pública entrou em vigor, têm surgido várias petições subscritas por milhares de
munícipes, com queixas e pondo em causa os critérios aí definidos. -----------------------
----- Foi precisamente para dar resposta a essas queixas que Os Verdes propuseram a
revisão deste regulamento, para colmatar as falhas detetadas e melhorar o sistema de
mobilidade na cidade, e portanto, aguardamos os respetivos resultados da
concretização desta medida. -----------------------------------------------------------------------
----- Acima de tudo, a EMEL deve melhorar a mobilidade em Lisboa e não ser apenas
uma fonte de negócio para o município. A verdade é que a generalização dos
parquímetros está a deixar de cumprir a missão reguladora, e está a ser, cada vez mais,
um mecanismo para gerar lucro. ------------------------------------------------------------------
----- Continuam a entrar milhares de carros por dia em Lisboa e, mesmo assim, há
opções que em nada ajudam a inverter esta realidade, como a opção do Governo de
Draft
63
expansão do Metro através da criação da linha circular, imediatamente aceite pela
CML, e a falta de investimento nos transportes coletivos na sua generalidade. -----------
----- Há ainda outro aspeto que tem estado a falhar que é o processo de consulta às
populações e que tem, naturalmente, motivado queixas porque os munícipes não
podem ser arredados das decisões que lhes dizem respeito e que afetam a sua
qualidade de vida. -----------------------------------------------------------------------------------
----- Além disso, os estudos sobre as necessidades de estacionamento não estão
devidamente divulgados e é fundamental que a resposta aos problemas de mobilidade
e estacionamento tenha uma abrangência intermunicipal. Ou seja, esta recomendação
remete-nos para aquilo que andamos a propor há anos, mas que, infelizmente, não é
ainda uma realidade. --------------------------------------------------------------------------------
------ A aposta deve ser na mobilidade coletiva, nos parques dissuasores e no
envolvimento dos munícipes nas tomadas de decisão. E isso só se consegue se a
EMEL estiver ao serviço da mobilidade e canalizar os seus lucros para esse objetivo, e
não para outro. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- E, por todas estas razões, “Os Verdes” votarão a favor desta recomendação que
procura apresentar respostas e soluções para o grave problema de estacionamento na
cidade de Lisboa.------------------------------------------------------------------------------------
----- Obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada, Senhora Deputada.” -----------------------------------------------------
----- A Senhora Primeira Secretária em exercício, Patrocínia Vale César, no uso
da palavra referiu o seguinte: ---------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra a Senhora Deputada, Ana Mateus do PSD.” ---------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal, Ana Mateus (PSD), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito boa tarde, Senhora Presidente, Senhoras Secretárias, Funcionários,
Assessores, Senhores Vereadores e Senhores Deputados e Deputadas e restante
Público. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Eu vou ser muito breve. Quero lembrar o PCP, que o PSD apresentou duas
propostas relacionadas com a EMEL, cujo contexto e conteúdo é basicamente o
mesmo que o PCP apresenta aqui agora. Por impressionante que seja o PCP sempre
disse que as propostas que estavam a ser colocadas estavam fora do tempo, ou seja,
eram extemporâneas, e vem agora o PCP com esta proposta! Sobre os mesmíssimos
temas! Só para dizer que lamentamos estas incongruências. ---------------------------------
----- Muito obrigada, boa tarde!” -----------------------------------------------------------------
----- A Senhora Primeira Secretária em exercício, Patrocínia Vale César, no uso
da palavra referiu o seguinte: ---------------------------------------------------------------------
----- “Palavra ao Senhor Deputado, João Valente do PS.” ------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, João Valente (PS), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhoras Secretárias, Senhores Vereadores, Senhores Deputados. ------------------
Draft
64
----- A Recomendação n.º 080/02 apresentada hoje aqui pelo Partido Comunista, não
colhe a aprovação na totalidade pelo Partido Socialista e, por isso, vamos solicitar que
seja votada por pontos. -----------------------------------------------------------------------------
----- A proposta aponta soluções redundantes com o que estava no plano de atividades
apresentado pela Câmara, plano esse votado contra pelo Partido Comunista. A mesma
redundância manifesta-se nas apreciações que produziu relativamente à EMEL. --------
----- O estacionamento em Lisboa é um dos grandes problemas que se coloca a gestão
do espaço público e que a introdução nos lugares pagos tem ajudado a controlar. -------
----- O Partido Socialista defende que a cidade deve ser pensada e gerida em função
das pessoas que nela habitam, estudam, trabalham e nos visitam. Acreditamos que as
soluções neste problema do estacionamento passam pela maior utilização do
transporte coletivo, pela utilização da chamada mobilidade suave, pela partilha de
meios de locomoção, não esquecendo como elemento-chave o desenvolvimento do
transporte público, nomeadamente a Carris e o Metro. ---------------------------------------
----- A criação de mais estacionamento junto aos interfaces é um projeto que tem
vindo a ser concretizado pela Câmara Municipal e pela EMEL. Ainda a semana
passada foi inaugurado um novo parque de estacionamento, aqui bem perto no
Areeiro, cumprindo a sua missão aplicando os lucros gerados pela atividade regular o
estacionamento na criação de mais lugares de estacionamento e demais formas de
mobilidade suave. -----------------------------------------------------------------------------------
----- A suspensão imediata do Regulamento Geral de Estacionamento de Duração
Limitada implicaria no caos. Todos vocês se lembrem da situação caótica existente e
Lisboa nos anos oitenta, noventa e no início deste século, precisamente antes se criava
a EMEL. Pergunto, é isto que o Partido Comunista deseja para Lisboa?-------------------
----- Senhores Deputados e o Senhor Deputado Fernando Correia, a EMEL trabalha
para ordenar o estacionamento, mas, também, para os estudar e implementar outras
formas de mobilidade diversificadas em Lisboa, o trabalho que já foi feito, tem
resultados que são inegáveis a qualquer análise isenta, e não é com propostas
demagógicas à medida dos protestos de alguns que se resolveu de forma séria os
problemas do estacionamento e da humanidade na cidade de Lisboa. ----------------------
----- Disse!” ------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado, Digo Moura do CDS-PP.” -----------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Diogo Moura (CDS-PP), no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Presidente, Senhores Deputados, Senhores Vereadores. ---------------------
----- Relativamente à recomendação do PCP, sobre o estacionamento na cidade de
Lisboa, dizer em primeiro lugar que grandes partes dos pontos deliberativos desta
recomendação são medidas que a maior parte dos partidos aqui presentes e das forças
políticas já as apresentaram. -----------------------------------------------------------------------
----- No entanto, também são muito abrangentes e podem ser interpretadas de várias
formas ou melhor todos nós podemos concordar com elas na sua generalidade, mas
Draft
65
depois com mais se aplica, se calhar, poderemos ter visões completamente diferentes,
e ela não são só sobre a questão da EMEL, são muito mais genéricos e tem que ver
com a política de mobilidade. ---------------------------------------------------------------------
----- Sobre a EMEL é conhecido aquilo que é o nosso posicionamento, nós achamos
que não deve ser mais amiga dos lisboetas, foi aqui dito que ela deve servir todos, e
deve! Quem aqui trabalha, quem aqui estuda e quem nos visita, mas a verdade é que
ela em primeiro lugar e sim deve ser dada uma preferência a quem é lisboeta, a quem
paga os impostos e quem no fim do dia acaba por contribuir, também, para a
sustentabilidade desta empresa. -------------------------------------------------------------------
----- A Câmara apresentou esta semana salvo erro, ontem várias propostas de alteração
ao Regulamento. Propostas não tão conhecidas na íntegra, algumas daquilo que já li
até nos revemos nelas, porque algumas até estava no programa eleitoral que
apresentámos a Lisboa. ----------------------------------------------------------------------------
----- Mas, devo dizer que neste momento a alteração do Regulamento, se calhar, é
altura em que nós podemos então discutir estas matérias e aquilo que pode ser
alterado. Nomeadamente, algo com que nós não temos que concordar e tem feito com
que o CDS em reunião de Câmara tenha votado contra, que é a criação de muitas
subzonas dentro de grandes zonas ou dividir zonas que para nós devia ter na freguesia
apenas duas, três e quatro zonas e depois vemos apresentados pela Câmara defendidas
e com o apoio de algumas juntas uma subdivisões que nós achamos que não servem
os verdadeiros interesses daquelas populações. ------------------------------------------------
----- Mas a verdade, também, é que não podemos ter, e da nossa parte não terão, um
postura contra a EMEL, porque a EMEL existe com um objetivo e a EMEL existe
quando se cria, aliás, quando se criam zonas tarifárias e quando há zonas na cidade
que não são tarifadas acabam por se criarem ilhas. --------------------------------------------
----- Nós temos um problema agora na Freguesia de Benfica concordando ou não, e
nós descordamos com o número de zonas e a forma como foi feito o processo, com
pouca discussão pública, no nosso entender, mas a verdade é que se nós deixamos isto
acontecer essas zonas são cada vez mais fustigadas e, obviamente, têm uma maior
procura, porque as pessoas preferem não pagar do que ir para zonas tarifadas. -----------
----- Agora esta parece-nos que é uma matéria que deve ser analisada ao pormenor e
essa discussão deve ser tida, no âmbito da discussão do Regulamento, que pelos vistos
a Câmara irá apresentar em breve. ---------------------------------------------------------------
----- E, portanto, nós revemos de como disse, sendo pontos deliberativos genéricos
nós revemo-nos na maioria deles, não podemos votar favoravelmente o Ponto 9, que
nos falam da suspensão, percebemos que por um lado há uma deliberação camarária,
embora como disse, nós tínhamos votado contra, é uma deliberação camarária, foi
aprovada e, portanto, já não é uma proposta é uma deliberação e essas zonas estão em
vigor. --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Por outro lado, temos um problema e ai acompanhamos o PCP, em que nós
achamos que estas subzonas não correspondem aquilo que são as reais necessidades. --
----- Por outro lado, deveria haver mais discussão pública, convém alertar que a
EMEL disse, que tinha distribuído jornais para fazer discussão pública e debate
Draft
66
públicos com as freguesias, ficou há meses de enviar à Comissão de Mobilidade e até
hoje não enviou e já foi reiterado e pedido à Administração da EMEL que cumprisse
com essa sua promessa até hoje não nos foi enviado. -----------------------------------------
----- E nós gostávamos de saber que meios é que existem por parte da EMEL para
fazer esta gestão pública, para aumentar e fomentar ainda mais esta discussão pública,
sendo que da parte da Câmara, nós próprios aqui, também, já propusemos através na
dos meios de comunicação que a Câmara tem ao seu dispor uma maior participação. ---
----- E depois, obviamente aquilo que é o espelho mais visível desta matéria, que é as
petições que nos vão aqui apresentando, se bem que temos umas que são a favor da
entrada EMEL, outras que são contra. -----------------------------------------------------------
----- Posto isto, nós de um lado temos uma deliberação camarária que deve ser
cumprida, mas, por outro lado temos a contestação de parte destes munícipes e,
portanto, nesse sentido, ire-mo- nos abster, no Ponto 9 desta recomendação, votando a
favor dos restantes pontos. ------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado, Miguel Santos do PAN.” ------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Miguel Santos (PAN), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhora Presidente, Senhores Secretários, Senhores
Vereadores, Colegas, Deputados Municipais, Público em geral e Imprensa. --------------
----- Nós acompanhamos genericamente esta moção do PCP, porque fala em muitos
aspetos que nós, também, já referimos ao longo dos últimos anos. -------------------------
----- Eu diria que com exceção do mal-afamado Ponto 9, as restantes são propostas
que já têm feito um caminho nas Comissões e no próprio plenário e, portanto, terá o
nosso acompanhamento em termos genéricos. -------------------------------------------------
----- Mas, não podemos esquecer do principal, e o principal é que a EMEL deverá ser
só a regulação do automóvel, enquanto o automóvel tiver que persistir e como é
natural, nós defendemos o transporte coletivo, defendemos que as pessoas que vêm de
fora deverão preferencialmente utilizar os parques dissuasores, e isso tem que se fazer
traduzir de alguma forma, esperemos que o novo regulamento possa ajudar nesse
caminho. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Mas, há aqui aspetos que não podem ser esquecidos e um dos aspetos principais é
o facto de todas as petições que entretanto têm aparecido, nomeadamente, as de
Benfica referem sempre, e nós sabemos que há um conjunto de indeterminado de
utilizadores, os utilizadores fantasmas, as garagens, nos Olivais o caso do aeroporto e
ninguém consegue quantificar quais são as quantidades exatas de automóveis para se
poder fazer um estudo. -----------------------------------------------------------------------------
----- A EMEL, aparentemente diz que não tem que fazer estudo nenhum, que já sabe
tudo. Mas nós gostávamos de ter esse estudo, para poder avaliar aquilo que EMEL faz
e supostamente nós verificarmos aquilo que EMEL faz.--------------------------------------
Draft
67
----- E, portanto eu torno a referir, que o estudo da EMEL tem que aparecer e
relativamente a questão do Ponto 9 não poderemos acompanhar o Partido Comunista,
porque, evidentemente, isso seria lançar o caos na cidade, mas a tudo isto agora com o
novo Regulamento que irá ser revisto, podemos repensar. -----------------------------------
----- Deixava apenas só mais uma indicação, é que está a faltar a possibilidade de
utilizar os dísticos nos parques durante a noite e isso é algo que só a Câmara em
diálogo com os detentores dos parques poderá fazer.” ----------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada, Senhor Deputado.” ------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Vereador Miguel Gaspar.” ------------------------------------
----- O Senhor Vereador, Miguel Gaspar, no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhora Presidente, muito boa tarde a todos. -----------------------
----- Antes de mais queria referir dois aspetos que são rápidos, um a questão do
regulamento, foi distribuído pelos Vereadores da Câmara Municipal de Lisboa, a
proposta alteração do regulamento da cidade de Lisboa, do regulamento de
estacionamento. Se for aprovado na reunião de Câmara dia 25, dá-se início a um
processo de consulta pública, processo esse de consulta pública que a Câmara propõe
que não termine, pelo menos antes do final de setembro, portanto, que seja um
processo alargado onde todos possam participar. ----------------------------------------------
----- E Senhora Presidente lançava-lhe aqui um desafio, aqui ou na 8ª Comissão de
colocar desde já a disponibilidade da Assembleia, que seja tido um debate político
sobre aquilo que é a alteração do regulamento, para que possamos aqui, também, na
Assembleia recolher as opiniões de todos e ver como é que todos podemos trabalhar
para um regulamento melhor. ---------------------------------------------------------------------
----- Relativamente ao estudo, também, que é referido havia várias análises ad doc que
a EMEL vai fazendo caso a caso, mas está, de facto, em curso, um estudo das
necessidades de estacionamento e eu sugeria que os senhores deputados aguardassem
por este estudo, que será uma forma estruturada de abordar o problema. ------------------
----- Relativamente ao conteúdo, eu gostava de dizer o seguinte. A semana passada foi
inaugurado o Parque Manuel Gouveia, um parque dissuasor com 500 lugares na
cidade de Lisboa, apesar do PCP. É que o PCP traz esta proposta aqui à Câmara o
mesmo princípio que vota contra o plano de atividades da EMEL, onde se diz que tem
que se fazer parques dissuasores, onde diz que a EMEL tem que melhorar a
comunicação com os cidadãos, tudo o que o PCP pede aqui vota contra em Câmara no
plano de atividades da EMEL e isso é de uma enorme incoerência do PCP. O Partido
do PCP em Câmara vota contra, aqui pede as mesmas medidas que votou contra em
Câmara no plano de atividades e orçamento. ---------------------------------------------------
----- Mas, para além disso, acho que há um abuso de linguagem, daqui da parte do
PCP que eu gostava de aqui dizer. Diz o PCP, não disse, mas escreveu que, a Câmara
Draft
68
de Lisboa dá por precedência a interesses relacionados com negócios imobiliários
relativamente ao turismo, relegando para segundo plano os interesses de quem reside,
de quem vem trabalhar para Lisboa. Oh! Senhores Deputados para segundo plano uma
estação do metro na Estrela, para segundo plano uma estação de metro em Santos,
para segundo plano é o PCP querer fazer um metro para Loures, com todo o respeito
por Loures, mas não digam que querem fazer metro em Lisboa quando querem fazer é
para fora de Lisboa. ---------------------------------------------------------------------------------
----- A nossa estratégia é melhorar o transporte público da cidade de Lisboa, a nossa
estratégia é melhorar a Carris e os senhores continuam a dizer que na Carris nada
acontece, parece que nada aconteceu na Carris! Aconteceu, aconteceu, apesar do PCP
que se opor à municipalização da Carris. --------------------------------------------------------
----- Finalmente, eu acho que é importante, também, perguntar se os senhores querem
mesmo suspender o regulamento de estacionamento na Encarnação? Se querem
mesmo suspender em Telheiras? Se querem mesmo suspender no Bairro das Furnas e
São Domingos de Benfica? É que esta população diz que está melhor com a EMEL na
sua base, apesar, também, daquilo que os senhores dizem. -----------------------------------
----- Portanto, os senhores não estão a conseguir captar o sentimento da população, há
coisas a melhorar? Há! Há pessoas que se queixam? Há! Toda a gente se queixa? Não
Senhores Deputados, há muita gente satisfeita com aquilo que é o trabalho deste
Executivo na área do estacionamento da cidade de Lisboa. ----------------------------------
----- Finalmente queria só perguntar o seguinte, os Senhores Deputados preferiam
distribuir pelos lisboetas os prejuízos da EMEL do que os lucros da EMEL? É que os
lucros da EMEL pagam ciclovias, pagam bicicletas, pagam parques, pagam tudo
aquilo que os Senhores querem que a EMEL faça, se calhar, os Senhores preferiam
criar um imposto municipal para financiar a EMEL, nós não!” -----------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada, Senhor Vereador. --------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, chegámos ao fim das intervenções, não sei se o Senhor
Deputado Fernando Correia quer usar da palavra, penso que ainda terá tempo, tem um
minuto sim, faça favor!” ---------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Fernando Correia (PCP-IND), no uso da
palavra, fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------
----- “Senhor Vereador, o que nós não queremos mesmo é “o carro à frente dos bois”,
que é isso que a EMEL tem feito. ----------------------------------------------------------------
----- Não se debate com ninguém, fazem-se consultas públicas no mês de julho, como
se fez em relação aos Olivais, esconde-se das pessoas o que é que está acontecer e o
que é que vai acontecer. Os senhores, de facto, não trazem nenhum créscimo, não
trazem nada às pessoas, porque o lugar já lá estava! Trazem um dístico que vale tanto
como uma rifa, porque pode ser premiado ou não, porque há não sei quantos dísticos
para meia dúzia de lugares. ------------------------------------------------------------------------
----- O que nós queremos, de facto, é por exemplo o Parque da Pontinha que nunca
mais vem, porque neste momento, só há o Parque da Ameixoeira e o parque que foi
Draft
69
agora inaugurado, há dois parques. E queremos, sobretudo que isto seja daqui para a
frente, se for possível, se os senhores entenderem que é a altura oportuna de o fazer
que, se discuta amplamente as coisas antes avançar, porque a verdade é que as
petições que tanto se fala em democracia, demoram aqui mais tempo nesta
Assembleia do que o processo de implantação dos parquímetros pela EMEL e a culpa
não é da Assembleia é de todo o processo como está a funcionar. --------------------------
----- E, portanto, estas coisas têm que funcionar de outra maneira, é isso que nós
pedimos, nós não somos contra a EMEL, não queremos tirar a EMEL, digamos, da
cidade inteira, a EMEL foi criada com um determinado objetivo, que era as zonas
mais centrais da cidade e os senhores pegaram na EMEL e querem tarifar o concelho
todo, o metro quadrado do concelho, esta é que é a questão de fundo, obviamente, que
é uma receita, o objetivo é claramente esse. ----------------------------------------------------
----- Nós queremos que haja mais participação, mais discussão, mais informação e
mais transparência neste processo e aí, com certeza, estaremos de acordo no futuro em
algumas coisas, seguramente. Agora não me venha dizer que nós queremos o caos na
cidade e que somos contra a EMEL e votamos contra o orçamento. Nós votamos
contra o orçamento! --------------------------------------------------------------------------------
----- Quem tem que fazer os parques, se calhar, porque é que tem que ser a EMEL?
Também, pode ser a Câmara ou não? E quantos parques é que há fechados? Senhor
Vereador, até parques em edifícios municipais que estão fechados? Quantos lugares é
que têm fechados em edifícios municipais? É uma questão que a gente um dia destes
ade perguntar.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada, Senhor Deputado.--------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, neste caso estamos em condições de apreciar a
Recomendação do PCP, pedem-me para ser votada em separado apenas o Ponto 9,
confere? Todo ele por pontos! Muito bem!” ----------------------------------------------------
----- Votação do Ponto 1 da Recomendação nº 080/02 (PCP). Não há votos contra,
abstenções do PSD, MPT, PPM e 1 IND, votos a favor do PS, CDS-PP, PCP, BE,
PAN, PEV, 8 IND e do Deputado Municipal Rodrigo de Mello Gonçalves O Ponto 1
da Recomendação nº 080/02 (PCP) foi aprovado por maioria. ----------------------------
----- Votação do Ponto 2 da Recomendação nº 080/02 (PCP). Não há votos contra,
abstenções do PSD, MPT e PPM, votos a favor do PS, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV,
9 IND e do Deputado Municipal Rodrigo de Mello Gonçalves. O Ponto 2 da
Recomendação nº 080/02 (PCP) foi aprovado por maioria. -------------------------------
----- Votação do Ponto 3 da Recomendação nº 080/02 (PCP). Voto contra do PS,
abstenções do PSD, MPT, PPM e 1 IND, votos a favor do CDS-PP, PCP, BE, PAN,
PEV, 8 IND e do Deputado Municipal Rodrigo de Mello Gonçalves. O Ponto 3 da
Recomendação nº 080/02 (PCP) foi rejeitado. -----------------------------------------------
----- Votação do Ponto 4 da Recomendação nº 080/02 (PCP). Não há votos contra,
abstenções do PSD, MPT e PPM, votos a favor do PS, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV,
Draft
70
9 IND e do Deputado Municipal Rodrigo de Mello Gonçalves. O Ponto 4 da
Recomendação nº 080/02 (PCP) foi aprovado por maioria. -------------------------------
----- Votação do Ponto 5 da Recomendação nº 080/02 (PCP). Voto contra do PS,
abstenções do PSD, MPT, PPM e 6 IND, votos a favor do CDS-PP, PCP, BE, PAN,
PEV, 3 IND e do Deputado Municipal Rodrigo de Mello Gonçalves. O Ponto 5 da
Recomendação nº 080/02 (PCP) foi rejeitado. -----------------------------------------------
----- Votação do Ponto 6 da Recomendação nº 080/02 (PCP). Não há votos contra,
abstenções do PSD, MPT, PPM e 2 IND, votos a favor do PS, CDS-PP, PCP, BE,
PAN, PEV, 7 IND e do Deputado Municipal Rodrigo de Mello Gonçalves. O Ponto 6
da Recomendação nº 080/02 (PCP) foi aprovado por maioria. ----------------------------
----- Votação do Ponto 7 da Recomendação nº 080/02 (PCP). Não há votos contra,
abstenções do PSD, MPT e PPM, votos a favor do PS, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV,
9 IND e do Deputado Municipal Rodrigo de Mello Gonçalves. O Ponto 7 da
Recomendação nº 080/02 (PCP) foi aprovado por maioria. -------------------------------
----- Votação do Ponto 8 da Recomendação nº 080/02 (PCP). Não há votos contra,
abstenções do PSD, MPT, PPM e 1 IND, votos a favor do PS, CDS-PP, PCP, BE,
PAN, PEV, 8 IND e do Deputado Municipal Rodrigo de Mello Gonçalves. O Ponto 8
da Recomendação nº 080/02 (PCP) foi aprovado por maioria. ----------------------------
----- Votação do Ponto 9 da Recomendação nº 080/02 (PCP). Votos contra do PS e 8
IND, abstenções do PSD, CDS-PP, BE, PAN, MPT, PPM, 1 IND e do Deputado
Municipal Rodrigo de Mello Gonçalves, votos a favor do PCP e PEV. O Ponto 9 da
Recomendação nº 080/02 (PCP) foi rejeitado. -----------------------------------------------
----- Votação do Ponto 10 da Recomendação nº 080/02 (PCP). Não há votos contra,
abstenções do PSD, MPT, PPM e 3 IND, votos a favor do PS, CDS-PP, PCP, BE,
PAN, PEV, 6 IND e do Deputado Municipal Rodrigo de Mello Gonçalves. O Ponto 8
da Recomendação nº 080/02 (PCP) foi aprovado por maioria. ----------------------------
----- (O Senhor Deputado Municipal Independente Rui Pedro Costa Lopes, não
participou na apreciação e votação desta recomendação por impedimento legal) --------
----- 10. APRECIAÇÃO CONJUNTA DAS SEGUINTES RECOMENDAÇÕES
SOBRE A BIBLIOTECA MUSEU REPÚBLICA E RESISTÊNCIA, AO
ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA C) DO ART.º 15º DO REGIMENTO;
1,5 X GRELHA BASE – 51 MINUTOS; ----------------------------------------------------- ----- 10.2.RECOMENDAÇÃO 071/01 (PCP) – PELA PRESERVAÇÃO DA
MEMÓRIA DA REPÚBLICA E DA RESISTÊNCIA ANTIFASCISTA PELO
MUNICÍPIO DE LISBOA ---------------------------------------------------------------------- ----- 10.4. RECOMENDAÇÃO 080/04 (7ª CP) – RESULTANTE DO
RELATÓRIO DA 7ª COMISSÃO PERMANENTE SOBRE A VISITA À
BIBLIOTECA MUSEU-REPÚBLICA E RESISTÊNCIA. ------------------------------ ----- (A Recomendação n.º 071/01 (PCP) fica anexada à presente Ata, como Anexo
XVI e dela faz parte integrante). -----------------------------------------------------------------
----- (A Recomendação n.º 080/04 (7ª CP) fica anexada à presente Ata, como Anexo
XVII e dela faz parte integrante). ----------------------------------------------------------------
Draft
71
------ A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra,
continuou: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar ao Ponto seguinte, não é o último depois ainda temos o
aditamento, o Ponto seguinte é o decimo primeiro, salvo erro. ------------------------------
----- Neste ponto informa-me o Senhor Deputado Rui Costa que retirou a sua
recomendação e os Senhores Deputados do Partido Socialista e mais dois
Independentes, também, retiraram a sua recomendação, portanto subsiste a
recomendação do PCP e da 7ªComissão, por ordem de entrada a do PCP é mais
antiga, portanto, é uma apreciação conjunta, vamos dar a palavra em primeiro lugar
para apresentação da recomendação do PCP, e depois daremos também a palavra para
ao relator da 7ª Comissão se assim o entender apresentar a recomendação n.º 80 e
depois falarão os Senhores Deputados inscritos, portanto o PCP em primeiro lugar.” ---
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Natacha Amaro.” ---------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal, Natacha Amaro (PCP), no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito boa tarde. ------------------------------------------------------------------------------
----- Na sessão de 4 de junho da Assembleia Municipal foi decidido não se votar estas
recomendações, esta primeira do PCP e as outras duas, que hoje estão novamente em
debate, ao propor e cito o Senhor Presidente em Exercício no dia: “aos proponentes
dos documentos se os querem fazer baixar à Comissão para que a Comissão possa
realizar esta visita e produzir um relatório e depois subir o trabalho da Comissão e
os documentos para plenário”. -------------------------------------------------------------------
----- Relativamente à nossa proposta de recomendação, continua a apresentar os
mesmos pressupostos deste dia 4 de junho: a importância da Biblioteca Museu
República e Resistência, como espaço de preservação da memória da república e da
resistência antifascista na nossa cidade. ---------------------------------------------------------
----- A nossa Recomendação que hoje está aqui a ser votada apresenta duas alterações,
relativamente à anterior de 4 de junho, na parte deliberativa que decorrem de novas
informações e reflexão, desde a sua apresentação inicial. ------------------------------------
----- A primeira é no Ponto 2 da parte deliberativa, sobre as reparações a realizar. Um
dos documentos solicitados à vereadora da Cultura e que até ao momento não chegou,
é o relatório da vistoria realizada em 2017, há dois anos! Deste equipamento que
indicaria quais as obras efetivamente necessárias ao espaço. A senhora vereadora
afirmou aqui, na sessão de 4 de junho, que o encerramento da Biblioteca é uma
decisão técnica e não política, que decorre deste relatório e desta vistoria. Afirmou
também que, para a execução dessas obras, é necessário o prazo de um ano pelo que o
envio do projeto de intervenção decidido também é necessário para se tomar decisões.
É obrigatório saber o que foi apontado como necessário fazer e o que a Câmara
Municipal de Lisboa decidiu, em projeto, efetivamente fazer. Do nosso ponto de vista,
a apresentação desses dois documentos, antes da obra se iniciar, é fundamental. ---------
Draft
72
----- A outra alteração na nossa recomendação é no Ponto 3, especificando que a
Biblioteca Museu República e Resistência deve manter-se no mesmo local e com o
mesmo âmbito, com o reforço de meios necessários à prossecução das suas atividades.
Esta alteração prende-se com o facto da Senhora Vereadora ter afirmado na audição
com a 7ª Comissão que o futuro da Biblioteca será ponderado e decidido durante o
tempo que a mesma estiver encerrada, sendo posteriormente tomada uma decisão.------
----- Do nosso ponto de vista, é inaceitável que se feche um equipamento, se iniciem
obras, mesmo aquelas que ao fim de todo este tempo a Câmara ainda não conseguiu
fundamentar junto desta Assembleia quais são, e depois se pense e decida o que fazer
com aquele espaço no futuro. ---------------------------------------------------------------------
----- Esta afirmação em Comissão é um retrocesso relativamente a outras que foram
feitas aqui, em plenário, pela Senhora Vereadora, que garantiu mais do que uma vez
que iriam ser feitas apenas obras e a Biblioteca Museu República e Resistência
reabriria na sua forma original. Dizer que se vai pensar depois no que irá ser aquele
espaço no Bairro do Rego e qual vai ser o futuro da Biblioteca vem confirmar os
piores receios de várias forças políticas já expressos nesta Assembleia: que este seja
um processo para encerrar definitivamente a Biblioteca Museu República e
Resistência. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Se assim não é, então a Câmara que esclareça quanto antes e, principalmente
antes de encerrar o equipamento e iniciar obras, o que efetivamente quer para o
espaço, para o equipamento, para a preservação, valorização e divulgação na cidade
de Lisboa da memória do passado republicano e da resistência antifascista. --------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada, Senhora Deputada. ------------------------------------------------------
----- Vamos dar a palavra agora ao Senhor Deputado relator da 7ª Comissão, para
apresentar a recomendação da 7ª Comissão. ----------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado José Borges.” ---------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, José Borges (PS), no uso da palavra, enquanto
relator fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------
-----“Obrigada Senhora Presidente, Senhores Vereadores, Senhores Deputados
e Deputadas Municipais. ---------------------------------------------------------------------------
----- Quero um começar fazer uma correção na página dezassete, relativamente à
intervenção da Senhora Deputada, Teresa Craveiro, onde se lê: “bem como
equacionar se ele deve permanecer ou não nestas instalações”, na verdade, o que foi
dito naquela altura, foi: “nestas instalações” e não na cidade de Lisboa como ficou
no relatório, uma correção que é importante porque, de alguma maneira altera o
sentido daquilo que verdadeiramente foi dito na altura. --------------------------------------
----- Quero, naturalmente saudar os membros da 7ª Comissão pelo esforço de
harmonização de posições muito vincadas, neste particular, nesta questão
da Biblioteca Museu República e Resistência, este parecer e as recomendações foram
Draft
73
votadas por maioria apenas com a abstenção do PPM, é de saudar em particular e daí
resultou necessariamente a retirada das Recomendações do Senhor
Deputado Independente Rui Costa e da Recomendação do Partido Socialista e
da Senhora Deputada Ana Gaspar e Carlos Alberto Franco, porque de alguma maneira
resume-se a este parecer o que as recomendações já propunham. ---------------------------
----- Eu acho que é importante ter em conta quem não leu o documento, o que é que
ele recomenda em primeiro lugar e aqui é o que advém da recomendação do
Senhor Rui Costa, a manutenção da Biblioteca Museu República
e Resistência enquanto serviço municipal individualizado com valências de museu,
biblioteca, centro de investigação relativa à primeira república e resistência da
ditadura militar e o Estado Novo, garantindo-lhe o adequado financiamento e
perspetivando a colaboração com outras entidades, designadamente estabelecimentos
de ensino universitário e centros de investigação. ---------------------------------------------
----- Em segundo, que sejam feitas todas as obras necessárias ao espaço físico que
garante as condições laborais necessárias aos trabalhadores para o exercício das suas
funções. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Em terceiro, que seja garantida a preservação e condicionamento de todo
o espólio existente.----------------------------------------------------------------------------------
----- Em quarto seja observado e cumprido o contrato relativo à coleção Dulce Ferrão,
que vai em anexo ao próprio relatório, que sejam dados esclarecimentos sobre o
espólio pré-existente no espaço Grandella e da sua atual situação que esta Comissão
se apercebeu, de facto, aquando da visita que fez às instalações da Biblioteca Museu. --
----- Naturalmente que, há documentos que são importantes para fazer uma análise
concreta e total desta situação, documentos esses que a Senhora Vereadora
comprometeu-se enviar à Comissão e, naturalmente, que depois de recebidos esses
documentos, se a Comissão como resulta da conclusão do Ponto 4, “reserva-se o
direito de efetuar novas diligências que estão por necessárias”. ----------------------------
----- Portanto, é esta a apresentação do relatório, de facto, resulta de um esforço
coletivo muito grande e que de alguma maneira concentra um conjunto de visões para
este problema. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhor Deputado.” ------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Rui Costa.” -----------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Rui Costa (IND), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhora Presidente, Senhora Vice-presidente da Câmara,
especialmente para si na ausência do Senhor Presidente, Senhoras
e Senhores Deputados. -----------------------------------------------------------------------------
Draft
74
----- O trabalho que a Comissão efetuou foi, de facto, notável e queria-me congratular
pelo trabalho árduo do Senhor Deputado José Borges, na elaboração deste relatório
que não foi fácil. Obtiveram-se consensos e sobretudo ficou manifestada uma vontade
política clara da 7ª Comissão e que julgo que será adotada, também, pelo plenário pela
manutenção deste equipamento, enquanto tal, enquanto biblioteca, enquanto acervo,
enquanto documentação e enquanto centro investigação. ------------------------------------
----- Demos, também, conta o quanto foi muito negligenciar deste equipamento ao
longo dos tempos e, portanto, Senhor Vice-presidente antes de sair, porque o Pelouro
da Cultura não é autónomo e depende da vontade política do Senhor Presidente da
Câmara Municipal, é bom que esta recomendação que esta Assembleia Municipal
aprove hoje, seja integralmente seguida pelo titular das competências delegadas e
subdelegadas em matéria da cultura e é bom que esse recado lá chegue na sequência
da votação. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Finalmente, em relação à proposta do Partido Comunista, enfim, o Partido
Comunista, eu julgo que boa parte das propostas teriam sido integradas de
bom agrado no relatório da Comissão, com exceção do Ponto 3, onde não houve
consenso e cuja votação em separado, eu peço. ------------------------------------------------
----- Eu, julgo que nenhum equipamento, salvo razões muito honrosas e muitos
especiais tem um lugar estático na cidade, pode ter um outro e, portanto, o PCP
encerra exatamente ali naquele local excluindo, por exemplo, outros espaços que
pudessem ter relevo simbólico e histórico para acolher um equipamento desta
natureza, o que importa é que não está em causa a manutenção individualizada deste
serviço e o cumprimento da vontade do vendedor Carlos Ferrão em relação ao
espólio. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Agora, há muito a melhorar e a Câmara Municipal tem muito que fazer
relativamente a dignificação deste espaço e deste equipamento. ----------------------------
----- Disse!” ------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhor Deputado.” ------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Cláudia Madeira.” --------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Cláudia Madeira (PEV), no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigada senhora, presidente. -------------------------------------------------------
----- Relativamente à apreciação do relatório e das recomendações sobre a Biblioteca
Museu República e Resistência, “Os Verdes” destacam alguns aspetos que
consideramos relevantes nesta discussão. -------------------------------------------------------
----- A Biblioteca Museu República e Resistência é um lugar de conhecimento e de
memória, que deve preservar e difundir um marco de viragem na história de Portugal,
que foi a implantação da República e a resistência e cabe à Câmara Municipal de
Lisboa criar condições para esse efeito. ---------------------------------------------------------
Draft
75
----- Desde que foi criada, em 1993, no edifício Grandella, em Benfica, esta Biblioteca
Museu tem-se deparado com vários problemas. ------------------------------------------------
----- Recentemente, algumas notícias anunciaram o seu possível encerramento,
eventualmente, para dar lugar a uma biblioteca generalista. Para “Os Verdes”, essa
biblioteca é importante mas não pode ditar o fim ou a desagregação da Biblioteca
Museu. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- É ao município que cabe a responsabilidade de valorizar e de investir na
Biblioteca Museu República e Resistência, proporcionando condições para que possa
cumprir a sua missão. Mas não foi isso que aconteceu ao longo dos últimos anos. E,
portanto, não é minimamente correto, nem justo, o executivo dizer agora que a sua
atividade fica aquém do esperado.----------------------------------------------------------------
----- Como pretende a Câmara que um espaço seja dinamizado e atraia pessoas, se não
faz qualquer investimento, nem cria condições para tal? -------------------------------------
----- A verdade é que a Biblioteca Museu República e Resistência, apesar da falta de
investimento, tem conseguido dar resposta a todos os que a procuram, e não falamos
apenas de utilizadores de Lisboa, nem sequer só do país. ------------------------------------
----- Também é verdade que o Executivo não pode dizer que desconhecia a
necessidade de realizar obras relacionadas com o ar condicionado, as caixilharias de
janelas e o correto funcionamento das portas de emergência. --------------------------------
----- A questão que se coloca é, por que razão nada foi feito? E por que é que a
Câmara optou por desinvestir neste equipamento? Não terá sido certamente por falta
de verba, pois nos últimos anos temos ouvido o Executivo enaltecer a sustentabilidade
financeira da Câmara. ------------------------------------------------------------------------------
----- Agora, a realização destas obras não justifica o encerramento deste equipamento
e muito menos justifica que fique encerrado durante um ano, sem se saber o que vai
acontecer depois da realização destas obras. ----------------------------------------------------
----- E é curioso que a determinada altura a Senhora Vereadora da Cultura afirme:
“não se entender a celeuma que se tem criado à volta deste assunto”, quando o
executivo foi aqui questionado várias vezes sobre o assunto e não foi devidamente
claro e firme na defesa deste equipamento e, ainda hoje, subsistem incertezas. -----------
----- Também é preocupante a Senhora Vereadora anunciar que os espólios vão ser
transferidos para o depósito do Museu do Aljube e inventariado, e, só depois se vê o
seu destino.-------------------------------------------------------------------------------------------
----- Além disso, não houve qualquer comunicação formal aos trabalhadores sobre o
eventual encerramento, sobre as obras, sobre o prazo das mesmas, nem sequer sobre o
seu futuro, em caso de encerramento. Qual a razão para a Câmara não ter envolvido os
trabalhadores e as estruturas sindicais que os representam neste processo? ---------------
----- Obviamente, para “Os Verdes” é preciso avançar com estas reparações
necessárias ao seu funcionamento da biblioteca, mas é preciso saber que reparações
são essas e salvaguardar que a Biblioteca Museu República e Resistência se mantém
no mesmo espaço, sem a fragmentação do seu acervo, e com as condições necessárias
ao seu normal funcionamento e à sua dinamização. -------------------------------------------
Draft
76
----- E isto é responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa e não está
minimamente plasmado no relatório da 7ª Comissão, que se cinge à visita efetuada e
não à situação da Biblioteca Museu, e que fica muito aquém do que era necessário a
comissão apresentar a este plenário, porque todo este assunto está longe de estar
devidamente esclarecido. --------------------------------------------------------------------------
----- Perante isto, para o PEV, é urgente que o Executivo preste as informações
necessárias e responda a tudo o que ainda está por responder, dando garantias claras
de que a Biblioteca Museu República e Resistência tem não só o devido investimento,
mas que se mantém em funcionamento nas suas atuais instalações e sem qualquer
desfragmentação. ------------------------------------------------------------------------------------
----- Por todas estas razões, “Os Verdes” vão votar a favor das duas recomendações,
ou seja, a do PCP, que defende efetivamente a Biblioteca Museu República e
Resistência, e as recomendações constantes do relatório da comissão, salvaguardando
que se limita à visita e não vai mais longe. -----------------------------------------------------
----- Obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada, Senhora Deputada.” -----------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Aline Beuvink.” -----------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Aline Beuvink (PPM), no uso da palavra, fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Presidente, Senhores Secretários, Senhores Vereadores, Senhores
Deputados, minhas Senhoras e meus Senhores. ------------------------------------------------
----- O caso hoje em discussão aqui nesta Assembleia Municipal é sintomático da
forma como foi é exercida política cultural da atual vereação. ------------------------------
----- Recentemente vieram a público notícias que dão conta da possibilidade de
encerramento desta biblioteca e da respetiva transformação das atuais instalações,
numa unidade generalista de rede de bibliotecas de Lisboa. ---------------------------------
----- Mas, os factos apurados pela 7ª Comissão na sequência da visita às instalações
e a respetiva audição à Senhora Vereadora da Cultura, são muito claros sobre a forma
displicente com todo este processo foi administrado. -----------------------------------------
----- O coordenador da biblioteca em questão na altura em que iniciou funções em
2016, repito, 2016, comunicou à senhora chefe de divisão da rede de bibliotecas no
sentido de se proceder à resolução de um conjunto de problemas registados,
não cerne da questão encontrava-se o ar condicionado, que se encontra ainda hoje
inoperacional ou seja um elemento estruturante para o arejamento e climatização todo
o seu espaço interior. -------------------------------------------------------------------------------
----- Estamos a falar de um espaço como é público, onde à procura da biblioteca por
parte de investigadores que vem de todo o país e não só investigadores,
pelo conhecimento que têm da existência de um acervo documental único a nível
nacional e que só se pode encontrar aqui. -------------------------------------------------------
Draft
77
----- Ou seja, três anos passados e nada se fez e a alternativa mais simples parece ser a
de encerrar este mesmo espaço, integra-lo numa unidade generalista rede de
bibliotecas, no entanto, a senhora vereadora garantiu-nos que iria proceder às obras,
portanto, aguardamos então pelo desfecho das mesmas. --------------------------------------
----- Em termos de produção científica, temos um bom exemplo de todo este trabalho
displicente, a biblioteca celebrou os 90 anos do jornal anarcossindicalista a “Batalha”,
tendo-se organizado um ciclo de conferências, cujas comunicações feitas foram
compiladas para posterior edição, os textos foram enviados para a atual chefe de
divisão que não deu mais andamento ao assunto. Poder-nos-íamos alongar sobre este
processo que em todas as características são kafkianas e inerentes a uma gestão
casuística e machista, mas como o povo diz “as ações ficam com quem as
produz” e neste caso as inações e o imobilismo fica mesmo com quem opta por este
tipo de gestão. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- Só queria fazer mais umas notas, ao terceiro parágrafo da recomendação do
PCP. Senhores Deputados do PCP, não houve uma nova movimentação no seio do
povo português no século XX, o povo português sempre foi resistente é parte
intrínseca da sua natureza, já os romanos reconheciam nos lusitanos a resistência de
Dom Afonso Henriques e as invasões contra os muçulmanos, a resistência pela
liberdade face a Espanha não só em 1143 ou 1383-85 como em 1640, a resistência aos
franceses, a resistência aos autoritarismos, o povo português não acordou para a
resistência com o Estado Novo. Já agora lembrar que a ditadura militar e o Estado não
foram partes integrantes da República, queiram ou não. --------------------------------------
----- Também não vem para aqui dizer que monarquia foi só uma monarquia
constitucional! Distanciamento, meus senhores, distanciamento! E verem e aceitarem
a história como ela foi e como ela é, com as partes positivas e negativas, querem
salientar a parte dedicada à resistência, muito bem! Façam-no! Mas, sem
branqueamento! E aqui entre nós, chamarem museu e uma sala de exposições que só
contém uma dúzia e meia de quadros é um bocadinho exagerado, não acham? -----------
----- Finalmente, ouvi tantas vezes república e resistência, república e resistência que
quase me convenci que estava a ver a saga da guerra das estrelas, com a saudosa
Princesa Leia como líder da resistência, com certeza, deve ser ali personificado
pela Senhora Deputada Cláudia Madeira e, se calhar, também, e já agora, como se
viu há pouco, talvez o Senhor Deputado Rui Costa é
o Luke Skywalker, cá da Assembleia com qualquer sabre de luz a combater
pela república, ajudado pelo capitão de “Obi-wan” Modesto “Han Solo”, porque
nunca vi uma luta, sinceramente, nunca vi uma luta tão aguerrida nesta casa por um
equipamento cultural como esta. -----------------------------------------------------------------
----- Enfim, no fim os bons vencem, e se não vencem é porque não eram bons, desde
que percebam que os conceitos de museu e resistência.” -------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhora Deputada, por mais uma vez essa nota de ironia que
trouxe ao nosso debate e vamos prosseguir” ----------------------------------------------------
Draft
78
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: -------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado José Borges do Partido Socialista.” -------------
----- O Senhor Deputado Municipal, José Borges (PS), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhora Presidente, agora já não como relator, mas em nome
do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, enfim, de algumas madeira saudar o
facto da abstenção do PPM não ser uma abstenção ao relatório, mas uma abstenção ao
regime e se foi o caso, então a única abstenção que tivemos ao regime foi a do PPM,
o que significa que temos uma larga maioria republicana que me deixam muito
contente. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Grupo Parlamentar do Partido Socialista revê-se, naturalmente, na
recomendação apresentada, até porque foi eu o relator e
espero essa solidariedade como de costume. ---------------------------------------------------
----- Mas, agora mais a sério dizer que relativamente à intervenção
da Senhora Deputada Cláudia Madeira, que o que a Comissão fez, não foi uma mera
visita à biblioteca museu, o que a Comissão fez foi visitar as instalações
da biblioteca museu, foi falar com os trabalhadores da biblioteca museu, foi falar com
a direção da biblioteca museu e numa segunda reunião da Comissão foi ouvir a
Senhora Vereadora a propósito daquilo que tinha por conveniente, relativamente há
biblioteca museu. Há muitas questões que, naturalmente continuam por corresponder
ainda, enfim, termos produzido este relatório que mereceu esta ampla maioria. ----------
----- Sobre a recomendação do Partido Comunista Português, tendo sido pedida pelo
Senhor Deputado Rui Costa a separação do Ponto 3, o Partido Socialista acompanhará
votando contra o Ponto 3 da ordem de trabalhos e votaremos, naturalmente, a favor de
todos os outros pontos. -----------------------------------------------------------------------------
----- O que nos apraz dizer, é que há um problema que as obras não resolverão, que é
o espaço que é um bem escasso. E, portanto, pode ter limitações que impeçam o
crescimento da biblioteca museu e se houver outros projetos, houver outras ideias para
a biblioteca museu que nós ainda não temos em cima da mesa, estarmos a fechar na
possibilidade de um espaço que é finito, pode não ser benéfico para o
desenvolvimento do conceito, da ideia desta instalação. Portanto, nada nos motiva
contra o resto a recomendação do Partido Comunista Português que saudamos, aliás,
mas, em particular no Ponto 3 teremos que votar contra. -------------------------------------
----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado, Senhor Deputado. ---------------------------------------------------------------
----- Deixem-me apenas só aqui dizer uma coisa o Senhor Deputado, fez uma
referência, naturalmente às diferenças entre a Senhora representante do PPM e os
Senhores Deputados Republicanos, eu gostava apenas de dizer como estamos a falar
de república e resistência no PPM houve grandes figuras da resistência à ditadura.” ----
Draft
79
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra a Senhor Deputado Gonçalo Moita do CDS-PP.” --------------------
----- O Senhor Deputado Municipal, Gonçalo Moita (CDS-PP), no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhor Presidente, Senhores Deputados, Senhores membros do
Executivo Camarário. ------------------------------------------------------------------------------
----- Nós acompanhamos, naturalmente, as recomendações da 7ª Comissão,
reconhecendo a importância e a função desta Biblioteca Museu República e
Resistência, como, aliás, reconhecemos a importância de todos os instrumentos e
todos os equipamentos suscetíveis de melhorar e aumentar a compreensão e o
conhecimento da nossa história. ------------------------------------------------------------------
----- Neste momento, há aqui duas questões que estão em causa a possibilidade da
manutenção da Biblioteca no Bairro do Rego ou a sua transferência acreditamos para
outro lado, mantendo-se, nós somos a favor da manutenção da biblioteca museu, tal
como existe hoje em dia, com as suas valências, como Museu, como biblioteca, como
centro de Investigação. -----------------------------------------------------------------------------
----- E, portanto, acompanhámos tudo que sejam necessidades encontradas de
assegurar financiamento para o seu funcionamento, para obras que se revelem
necessárias e quando falamos de obras, falámos quer daquelas que sejam importantes
para a boa preservação dos documentos que ali existentes, quer, naturalmente, para
garantir, também, as condições de trabalho dignas para quem lá labora. E, portanto,
todo o que se relacione com a preservação do espólio terá, naturalmente, o nosso
acompanhamento e especialmente importante a questão do esclarecimento sobre o
espólio que estava no designado espaço Grandella e a sua atual situação. -----------------
----- Dois pontos para deixar clara a posição do CDS, naturalmente, que não nos
opomos. Pode até ser uma boa notícia que esta biblioteca museu imigre para um outro
local, se e quando houver um outro local com dignidade acessível a todas as valências
que tem o espaço atual, portanto, sim, se houver um espaço e quando houver esse
espaço. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Relativamente à possibilidade de haver um espaço equipamento cultural no
Bairro do Rego, como será, com seria se houver uma biblioteca generalista,
naturalmente que saudamos, também, essa possibilidade, julgamos que é
especialmente importante não só para qualquer interessado, qualquer cidadão, mas,
em especial para a vida dos habitantes do Bairro Rego e dos que vivem nas suas
envolvências, porque é, de facto, uma mais-valia para aquele bairro. ----------------------
----- Portanto, assim sendo, vamos votar a favor da recomendação da 7ª Comissão,
vamos acompanhar, também, a recomendação do Partido Comunista salvaguardando
somente que vamo-nos abster no Ponto 3, naquele que refere e que recomenda que a
biblioteca museu se mantenha no Bairro do Rego, porque nos parece que nesse caso
em concreto, se afasta aqui claramente do essencial. ------------------------------------------
----- É tudo muito obrigado.” ----------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, continuou:
Draft
80
----- “Obrigado, Senhor Deputado. ---------------------------------------------------------------
----- Vamos prosseguir.” ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Isabel Pires do Bloco de Esquerda.” -----------
----- A Senhora Deputada Municipal, Isabel Pires (BE), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhores Deputados, Senhoras Deputadas. ---------------------
----- Relativamente a este tema, esta já é uma longa história aqui, também, na
Assembleia Municipal, mas apesar dos esforços que foram feitos e da importância que
esses esforços, também, da 7ª Comissão significaram, parece-nos ainda questões não
totalmente clarificadas em especial por parte da vereação e da vereadora da cultura
que, na verdade, ao longo deste processo não consegue dar cabais esclarecimentos
sobre o espaço em causa, exatamente o que é que se pretendia, o que é que se pretende
e a forma como lidou com todo este tema e a forma como as questões foram sendo
respondidas, deixa-nos algumas preocupações para o futuro daquele espaço. -------------
----- Para nós é óbvio que, a visita e as audições que foram feitas a seguir tiveram uma
vantagem muito óbvia, especialmente na visita porque, ficou bastante claro que as
obras são necessários no que toca à ventilação e o ar condicionado. E ficou, também,
muito claro que essas mesmas obras teriam uma limitação temporal bastante bem
definida e, portanto, além dessas semanas necessárias de encerramento, obviamente o
espaço para as obras, mais do que isso, não haveria qualquer necessidade para
encerramento. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- No entanto, esta informação não é totalmente cem porcento coincidente com
aquilo que a Câmara Municipal e a Vereação têm dito sobre o que pretende para
aquele espaço e é essa a preocupação que se mantém do nosso ponto de vista. -----------
----- Sendo entanto a informação que existe, deixa claro que o espaço tal como está
não é necessário encerrar e não deve encerrar. -------------------------------------------------
----- O entendimento da Vereadora não parece ser exatamente esse e, portanto, essa
preocupação mantém-se o nosso ponto de vista e, por isso, ainda bem que, também, a
7ª na Comissão deixou a porta aberta para continuar acompanhar esta mesma matéria. -
----- Mas, obviamente que, nos deixa bastante preocupados o facto de no caso e já
tivemos oportunidade de dizer, desta vereação no que toca acervos municipais ou
arquivo municipal, às condições em que determinados documentos históricos que têm
que ser tratados de uma determinada maneira muito específica, estão a ser tratados por
esta Câmara Municipal é absolutamente inaceitável. ------------------------------------------
----- E aquilo que nós temos visto por parte da Vereadora da Cultura é um desnorte
total, sobre como é que lida com esta situação. ------------------------------------------------
----- E, por fim dizer que, relativamente ao argumento muito utilizado sobre a
necessidade de uma biblioteca generalista naquela freguesia, em especial naquela
zona, não pode ser argumento para encerramento do espaço, tal como ele está. ----------
----- Existem espaços na freguesia até naquela zona que podem ser perfeitamente
utilizados para uma biblioteca generalista e, portanto, vir dizer que é necessário que
Draft
81
encerrar para abrir uma biblioteca generalista é, de facto, não estar seriamente neste
debate, porque existem outras possibilidades sem ser o encerramento da Biblioteca
Museu República e Resistência.” -----------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada, Senhora Deputada.” ------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Natacha Amaro do PCP.” -----------------------
----- A Senhora Deputada Municipal, Natacha Amaro (PCP), no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “O relatório apresentado, como o nome indica, refere-se apenas à visita à
Biblioteca Museu República e Resistência e da decorrente audição com a vereadora
do pelouro da Cultura na 7ª Comissão. ----------------------------------------------------------
----- Não foram analisadas em Comissão quais queres outras questões ou propostas
relacionadas. -----------------------------------------------------------------------------------------
---- O relatório reflete as principais questões abordadas a visita e a audição e as suas
recomendações mereceram o nosso acordo: ----------------------------------------------------
----- - Por considerarem que este assunto da Biblioteca não está encerrado, havendo
possibilidade de efetuar novas diligências, nomeadamente aquando da receção dos
documentos solicitados à vereadora; -------------------------------------------------------------
---- - Por recomendar à Câmara Municipal de Lisboa a manutenção da Biblioteca,
abarcando as duas áreas de estudo, República e resistência antifascista, e com
adequado financiamento; --------------------------------------------------------------------------
----- - Recomendando, também, a realização das obras necessárias, à salvaguarda do
espólio e do contrato da Coleção Dulce Ferrão -------------------------------------------------
----- - E ainda por recomendar que a Câmara Municipal de Lisboa esclareça a situação
do espólio do Grandella. ---------------------------------------------------------------------------
----- Entendemos que muitas questões estão ainda por responder, nomeadamente as
constantes nos documentos solicitados pela 7ª Comissão e que ainda não foram
enviados, e que têm diretamente a ver com as razões invocadas pela Câmara
Municipal para o encerramento da Biblioteca para obras, bem como, a explicitação
clara do que a Câmara pretende para o futuro deste equipamento. Estas são algumas
das que abordamos na nossa Recomendação que, pensamos, vai mais além que o
relatório. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Apesar de toda a incerteza decorrente destes elementos em falta, aprovamos o
relatório da 7ª Comissão por entendermos que as recomendações são importantes e
por haver um compromisso expresso da própria Comissão para continuar a
acompanhar esta situação. -------------------------------------------------------------------------
----- Naturalmente, que na nossa proposta colocamos outras recomendações que,
como disse, vão mais longe: -----------------------------------------------------------------------
------ - Informar a Assembleia Municipal Lisboa, sobre os critérios que presidiram à
decisão do encerramento da Biblioteca Museu e República e Resistência? ----------------
Draft
82
----- - Quais as reparações a fazer especificamente? -------------------------------------------
----- - Qual a data de reabertura da Biblioteca? -------------------------------------------------
----- - Envolver os trabalhadores nas eventuais alterações que se verifiquem naquele
equipamento? ----------------------------------------------------------------------------------------
----- - Um plano efetivo de preservação, valorização e divulgação da cidade de Lisboa
da memória e espólio do passado republicano e da resistência antifascista? ---------------
----- Estas são algumas das questões que estão na nossa recomendação que não foram
abordadas e portanto entendemos importantes trazer aqui para votação a esta
Assembleia. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Relativamente ao Ponto 3, que foi abordado por cause todas as intervenções que
me antecederam, queria só deixar duas ou três notas fundamentais. Primeiro foi feito
um projeto pelo Arquiteto Keil do Amaral, para aquela Biblioteca, naquele espaço, ele
foi convidado para fazer aquele equipamento, naquele espaço. -----------------------------
----- Há um mural criado pela Artista Plástica Maria Keil, logo na entrada, obviamente
que não pode ser mudado de um sítio para o outro, foi feito, também, especificamente
para aquele equipamento, para aquele espaço. -------------------------------------------------
----- Até hoje muitos problemas foram levantados relativamente a este equipamento,
há mesmo muitos, mas em momento nenhum foi colocado a questão da falta de
espaço, inclusivamente, boa parte do espólio que veio do Espaço Grandella que foi
para um armazém de retaguarda, até hoje a Câmara Municipal não conseguiu
formalmente responder ao PCP, que apresentou um requerimento de 2014, sobre essa
matéria: onde é que ele está? Se está catalogado? Para onde é que ele vai? O que é que
a Câmara pretende fazer com ele? ----------------------------------------------------------------
----- Portanto, a questão do espaço naquele edifício é uma questão que não veio ao de
cima em todo o levantamento de problemas que foi feito, a nós preocupa-nos
particularmente que haja tantas e outras intenções para aquele espaço e pensamos que
é importante salvaguardar com este Ponto 3, aquele espaço que tem lugar no Bairro do
Rego, no sítio para onde foi projetado. ----------------------------------------------------------
----- Obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada, Senhora Deputada. --------------------------------------------------------------
----- Creio que os temos uma última intervenção.” --------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Ana Gaspar Independente.” ---------------------
----- A Senhora Deputada Municipal, Ana Gaspar (IND), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Cara Presidente, Secretário e restantes cidadãos e cidadãs e Vereadores. -----------
----- Eu não tencionava falar, mas, de facto, queria aqui fazer uma saudação muito
grande ao trabalho desta Comissão, onde como é habitual todos podemos dar opinião,
nomeadamente de outras eventuais visitas e trabalhos que, de facto, não foram
Draft
83
sugeridos nem pelo PCP, nem pelo PEV, urgiram agora mas era interessante tê-lo
feito em Comissão. ---------------------------------------------------------------------------------
----- Porque dizer agora que a recomendação não acolhe, tudo bem, mas poderiam ter
sugerido lá no trabalho da Comissão que se consubstancie, mas ainda assim, isto é um
processo que vai ser on going e, portanto, poderão na próxima vez estar na Comissão
e sugerir, porque este processo não vai certamente acabar aqui. ----------------------------
----- E, portanto, dizer que saúdo particularmente o trabalho desta Comissão, foi muito
profícuo para quem participou nele, obviamente, e de que resulta, naturalmente, a
recomendação. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- A recomendação é, de facto, o espelho deste diálogo, também, havido,
naturalmente, com o PCP e como o PEV e com toda a gente. As sugestões podiam ter
sido dadas ali, e que enriqueceriam melhor a recomendação. --------------------------------
----- De qualquer modo, julgámos, e achamos que pugnaremos sempre por uma coisa
que chamamos isto, a estratégia global das políticas de memória, tal como hoje se
encaram, porque hoje esta discussão de: foi construiu uma biblioteca museu, será para
sempre? Não há para sempre nesta discussão! Nada é para sempre! Como sabemos e,
portanto, avaliando o espólio que está ali, o acervo que está ali e as outras coisas que
estão ali que não são nem acervo, nem espólio, queremos, de facto, que as obras sejam
feitas com a frequência possível e as obras são de alguma monta. --------------------------
----- No entanto, achamos que esta recomendação do PCP não prevê esta estratégia
global e, portanto, votaremos contra o que lamentamos, mas, enfim, continuemos
todos a trabalhar na Comissão. --------------------------------------------------------------------
----- Porque queremos, de facto, preservar o que hoje em dia mundialmente se
considera a preservação das políticas de memórias que não são as de há 50 anos, nem
as de há 30, são as que hoje internacionalmente se julgam e chegaremos certamente a
tão bom desidrato que é, que se volte a ter a preservação da memória da República, da
Resistência, se calhar, divergimos um bocadinho se devem estar a par ou não, não
importa muito! Mas que isto esteja de novo na nossa lembrança, não só dos
investigadores. Lembro é que as outras pessoas que não são investigadores, porque
não podem lá chegar, também, têm direito a perceber o que foi a República, o que foi
a Resistência, o que foi a Monárquica, enfim, para depois poderem julgar. ---------------
----- E é nesse trabalho, que consideramos que esta recomendação do PCP fica muito
aquém daquilo que certamente querem. ---------------------------------------------------------
----- Obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada, Senhora Deputada. --------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, terminámos as intervenções, creio que a Câmara não o
sinaliza nenhum pedido de palavra da Câmara. ------------------------------------------------
----- Vamos passar à votação das duas recomendações.” -------------------------------------
----- Vamos passar à votação do Ponto 1 da Recomendação n.º 071/01 (PCP) –
“Pela Preservação da memória da República e da Resistência Antifascista Pela
Municipal de Lisboa”. Não há votos contra, abstenção do PPM, votos a favor do PS,
Draft
84
PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, 8 IND, do Deputado Municipal Rodrigo
de Mello Gonçalves e do Deputado Municipal Rui Costa. O Ponto 1 da
Recomendação n.º 071/01 (PCP) foi aprovado por maioria. -----------------------------
----- Votação do Ponto 2 da Recomendação n.º 071/01 (PCP) – “Pela Preservação
da memória da República e da Resistência Antifascista Pela Municipal de
Lisboa”. Votos contra de 4 IND, abstenções do PSD, PPM e 1 IND, votos a favor do
PS, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, 3 IND do Deputado Municipal Rodrigo de
Mello Gonçalves e do Deputado Municipal Rui Costa. O Ponto 2 da Recomendação
n.º 071/01 (PCP) foi aprovado por maioria. -------------------------------------------------
----- Votação do Ponto 3 da Recomendação n.º 071/01 (PCP) – “Pela Preservação
da memória da República e da Resistência Antifascista Pela Municipal de
Lisboa”. Votos contra do PS, PSD e 6 IND, abstenções do CDS-PP, PPM, do
Deputado Municipal Rodrigo de Mello Gonçalves e do Deputado Municipal Rui
Costa, votos a favor do PCP, BE, PAN, PEV, MPT e 2 IND. O Ponto 3 da
Recomendação n.º 071/01 (PCP) foi rejeitado. ----------------------------------------------
----- Votação do Ponto 4 da Recomendação n.º 071/01 (PCP) – “Pela Preservação
da memória da República e da Resistência Antifascista Pela Municipal de
Lisboa”. Votos contra de 4 IND, abstenções do PPM e 1 IND, votos a favor do PS,
PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, 3 IND, do Deputado Municipal Rodrigo
de Mello Gonçalves e do Deputado Municipal Rui Costa. O Ponto 4 da
Recomendação n.º 071/01 (PCP) foi aprovado por maioria. -----------------------------
----- Votação do Ponto 5 da Recomendação n.º 071/01 (PCP) – “Pela Preservação
da memória da República e da Resistência Antifascista Pela Municipal de
Lisboa”. Não há votos contra, abstenções do PSD, PPM e 7 IND, votos a favor do
PS, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, 1 IND, do Deputado Municipal Rodrigo de
Mello Gonçalves e do Deputado Municipal Rui Costa. O Ponto 5 da Recomendação
n.º 071/01 (PCP) foi aprovado por maioria. -------------------------------------------------
----- Votação do Ponto 6 da Recomendação n.º 071/01 (PCP) – “Pela Preservação
da memória da República e da Resistência Antifascista Pela Municipal de
Lisboa”. Votos contra de 4 IND, abstenção do PPM, votos a favor do PS, PSD, CDS-
PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, 4 IND, do Deputado Municipal Rodrigo de Mello
Gonçalves e do Deputado Municipal Rui Costa. O Ponto 6 da Recomendação n.º
071/01 (PCP) foi aprovado por maioria. ------------------------------------------------------
----- Votação do Ponto 7 da Recomendação n.º 071/01 (PCP) – “Pela Preservação
da memória da República e da Resistência Antifascista Pela Municipal de
Lisboa”. Não há votos contra, abstenção do PPM e 4 IND, votos a favor do PS, PSD,
CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, 4 IND, do Deputado Municipal Rodrigo de
Mello Gonçalves e do Deputado Municipal Rui Costa. O Ponto 7 da Recomendação
n.º 071/01 (PCP) foi aprovado por maioria. -------------------------------------------------
----- (Ausência de um Deputado (a) Municipal Independente da Sala de Plenário
nestas votações.) ------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -
Draft
85
----- “A Senhora Deputada Ana Gaspar informa que irá apresentar uma declaração de
voto. ---------------------------------------------------------------------------------------------------
----- (A Senhora Deputada Municipal Ana Gaspar (IND), não entregou a Declaração
de Voto escrita referente à recomendação n.º 071/01) ----------------------------------------
----- E vamos passar à Recomendação n.º 80/04 da 7ª Comissão Permanente -------------
----- Vamos passar à votação da Recomendação n.º 080/04 (7ª CP) – “Resultante do
Relatório da 7ª CP sobre a visita à Biblioteca Museu Republica e Resistência”.
Não há votos contra, abstenção do PPM, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP,
BE, PAN, PEV, MPT, 8 IND, do Deputado Municipal Rodrigo de Mello Gonçalves e
do Deputado Municipal Rui Costa. A Recomendação n.º 080/04 (7ªCP) foi
aprovada por maioria. ----------------------------------------------------------------------------
----- (Ausência de um Deputado (a) Municipal Independente da Sala de Plenário.) ------
----- 11. APRECIAÇÃO DA PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO 004/PEV/2019
REFERENTE À AUDIÇÃO PÚBLICA A PROMOVER PELA 4ª COMISSÃO
PERMANENTE SOBRE “SOLOS CONTAMINADOS: PREVENÇÃO DA
CONTAMINAÇÃO E REMEDIAÇÃO DOS SOLOS”, AO ABRIGO DO
DISPOSTO NA ALÍNEA C) DO ART.º 15º DO REGIMENTO; GRELHA
BASE: 34 MINUTOS; ---------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta de Deliberação 004/PEV/2019 fica anexada à presente Ata, como
Anexo XVIII e dela faz parte integrante). ------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -
----- “Vamos passar agora ao aditamento da Ordem de trabalhos que é uma proposta
dos “Verdes”. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Esta proposta, inicialmente era para promover um debate temático em
Conferência de Representantes, nós chamámos atenção que temos uma série de
debates temáticos que já realizados com relatórios por aprovar e “Os Verdes”
reformaram a proposta e, portanto, apresentam a proposta para realização de uma
audição, salvo erro, em outubro sobre “Os solos contaminados”, tem havido notícias
sobre a matéria e, portanto, a proposta tem cabimento, está agendada, eu peço aos
Senhores Deputados dos “Verdes” se a querem apresentar? Senhora Deputada Cláudia
Madeira.” ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal, Cláudia Madeira (PEV), no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Presidente. ------------------------------------------------------
----- O Grupo Municipal do Partido Ecologista “Os Verdes” apresenta uma proposta
para a realização de uma audição pública sobre “Solos Contaminados: Prevenção da
Contaminação e Remediação dos Solos”, tendo em conta a importância deste tema e a
necessidade de o debater de forma alargada. ---------------------------------------------------
----- Ao longo dos últimos anos, “Os Verdes” têm alertado a Câmara Municipal para o
problema dos solos contaminados, concretamente no Parque das Nações, no Campo
das Cebolas, em Braço de Prata, na Matinha, em Santa Apolónia, no aterro da
Boavista, entre outros locais, tendo sido inclusivamente agendado, por proposta do
PEV, um debate de atualidade, no anterior mandato. ------------------------------------------
Draft
86
----- Nesse debate foram aprovadas, por unanimidade, várias medidas mas as
informações relativas a esta matéria têm sido escassas, a comissão técnica par o
acompanhamento de obras em solos com indícios de estarem contaminados ainda não
retomou funções, como aqui foi deliberado, e a legislação sobre solos contaminados
ainda não foi aprovada. Portanto, este é um problema que está longe de estar
resolvido, e, recentemente, até foi detetada uma nova obra em solos contaminados por
hidrocarbonetos, no Parque das Nações. --------------------------------------------------------
----- Por tudo isto, propomos a realização desta audição pública, a ser promovida pela
Comissão de Ambiente e Qualidade de Vida, porque consideramos que a Assembleia
Municipal deve promover um espaço de discussão e informação, que permita aos
cidadãos e a várias entidades com responsabilidade na matéria terem oportunidade de
se pronunciar e dar os seus contributos. ---------------------------------------------------------
----- Ou seja, é importante conhecermos o que está a ser feito e o que falta fazer para
evitar riscos para a saúde pública e o ambiente. ------------------------------------------------
----- Nesse sentido, propomos que a audição pública possa ser realizada
preferencialmente durante o mês de outubro, uma vez que não deverá ser possível
realizá-la antes, e que, desse debate, possam resultar recomendações à Câmara
Municipal. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Propomos, assim, além das intervenções das forças políticas, e da Câmara
Municipal de Lisboa que possam ser convidados cidadãos, associações de moradores,
associações de defesa do ambiente e o Ministério do Ambiente, a Agência Portuguesa
do Ambiente (APA), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região de
Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) e a Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do
Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT). ------------------------------------
----- Este é um contributo que “Os Verdes” entendem que será positivo para ajudar a
resolver um problema grave na cidade de Lisboa, mas, obviamente, é uma proposta
que poderá ser complementada em sede de Conferência de Representantes dos Grupos
Municipais e de Comissão, com o contributo dos restantes Grupos Municipais e
Deputados que exercem o mandato como independentes, tal como se tem feito em
situações semelhantes. -----------------------------------------------------------------------------
----- Obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada Senhora Deputada. ---------------------------------------------------------------
----- A Mesa não regista mais inscritos, alguém quiser inscrever-se e favor sinalizar
nesta altura.” -----------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra referiu
o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Hugo Gaspar do Pardito Socialista.” -----------
----- O Senhor Deputado Municipal, Hugo Gaspar (PS), no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Excelentíssima Senhora Presidente da Assembleia Municipal, Excelentíssimos
Senhores Vereadores, caros colegas Deputados e público em geral. ------------------------
Draft
87
----- O Partido Ecologista, “Os Verdes” traz hoje a debate a proposta de audição
pública sobre “Solos contaminados, prevenção da contaminação e remedição dos
solos”. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Este tema revela uma preocupação que acreditamos ser partilhada pela
generalidade dos partidos políticos aqui representados, refiro às causas e às
consequências de contaminação dos solos, em especial junto das zonas onde
habitamos e num plano mais genérico em solos que indiretamente pode influenciar a
nossa qualidade de vida. --------------------------------------------------------------------------
----- A contaminação dos solos pode representar um perigo para a saúde pública, por
este motivo defendemos que descontaminação e monitorização não podem ser
negligenciadas, sendo a solução preferencial para garantir a proteção da saúde pública
e ambiental. ------------------------------------------------------------------------------------------
------ Há hoje uma maior consciencialização desta realidade, resultado de um maior
conhecimento e progressos científicos que não existia há décadas atrás. Nesse sentido,
cabe ao decisor político adequar as suas políticas a estas novas realidades de forma a
assegurar uma cidade segura e ambientalmente sustentável. Uma cidade que está
prestes a ser “Capital Verde Europeia”. ---------------------------------------------------------
----- Consideramos que o Município de Lisboa, tem dado passos seguros e
consequentes para fazer face a este problema, os serviços têm feito o seu trabalho com
recurso a meios e conhecimentos próprios, mas, também, com um alargamento a
análise, debate e propostas a entidades como a Agência Portuguesa do Ambiente, da
CCDR de Lisboa e Vale do Tejo, Direção Geral de Saúde, Serviço Municipal de
Proteção Civil, Inspeção-geral da Agricultura do Mar do Ambiente e do Ordenamento
do Território. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- A audição pública que hoje é sugerida pelos “Os Verdes”, a sugestão das
entidades intervir nesta audição, bem como, a abertura a inclusão de outras propostas
de entidades a serem convidadas e do público em geral, é pelo Grupo Municipal do
Partido Socialista pertinente, atual e representativa de qualidade dos trabalhos que
consideramos ser adequados e que dignificam esta Assembleia Municipal. ---------------
----- Por tudo isto que esta proposta irá merecer a nossa votação favorável.---------------
----- Disse! -------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- Senhora Vereadora Paula Marques.” -------------------------------------------------------
----- A Senhora Vereadora Paula Marques, no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, eu tenho só uma informação e uma vez que estou a
representar a Câmara, tenho uma informação a dar à Assembleia e, portanto, pedi a
palavra. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Dizer à Assembleia que foi constituiu um grupo de trabalho, esse grupo de
trabalho é constituído pela Comissão técnica de Solos Contaminados, tem a presença
Draft
88
de a APA, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região de Lisboa e
Vale do Tejo, Direção Geral de Saúde e, também, da Câmara Municipal de Lisboa. ----
----- Entretanto, foi feito um guia técnico que está disponível no site da APA, mas é
um guia técnico de medidas e recomendações a adotar em matéria de licenciamento,
nomeadamente, a fiscalização, inspeção de futuras obras em particular do Parque das
Nações, mas esta Comissão está a desenvolver um estudo mais aprofundado e que
estará disponível, segundo a informação que foi transmitida, estará disponível em
outubro de 2019. ------------------------------------------------------------------------------------
----- E, portanto, uma vez que estamos a agendar uma discussão ou uma audição sobre
esta matéria para outubro de 2019, achei que devia comunicar à Assembleia esta
informação.” -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Obrigada, Senhora Presidente.” -------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada, confere com aquilo que estamos aqui a propor e, portanto, é
uma questão, depois de acertar datas e presenças para termos o máximo proveito deste
trabalho. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar à votação da Proposta de deliberação 004/PEV/2019 – Proposta
de Audição Pública sobre os Solos Contaminados: Prevenção da Contaminação e
Remediação dos solos”. Não há votos contra, não há abstenções, votos a favor do PS,
PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 8 IND, do Deputado Municipal
Rodrigo de Mello Gonçalves e do Deputado Municipal Rui Costa. A Proposta de
deliberação 004/PEV/2019 foi aprovada por unanimidade. ------------------------------
----- (Ausência de um Deputado (a) Municipal Independente da Sala de Plenário.) ------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou:
----- “Obrigada Senhores Deputados. ------------------------------------------------------------
----- Realizaremos na próxima semana a nossa última reunião, desta fase dos nossos
trabalhos, digamos, antes das férias, é uma sessão extraordinária, terá intervenção do
público e vamos ver as propostas que estão prontas, eu sei que enviámos nesta altura
uma série de propostas para as comissões, serão agendadas aquelas que estiverem
prontas, as que não tiverem prontas, virão cá em setembro e assim se fará o nosso
trabalho. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado a todos.” ---------------------------------------------------------------------
----- A sessão terminou, eram dezanove horas e vinte e cinco minutos. --------------------
----- Nota: As propostas votadas na presente reunião foram aprovadas, em minuta, nos
termos da deliberação n.º 353/AML/2017 tomada pela Assembleia, por unanimidade,
na reunião realizada no dia 21 de Novembro de 2017. ----------------------------------------
----- Eu ______________________________, a exercer funções no Gabinete de
Apoio à Assembleia Municipal lavrei a presente ata que também assino, nos termos
do disposto no n.º 2 do art.º 57.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, do
n.º 2 do art.º 90.º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa e do despacho da
Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa exarado em 6 de Novembro
Draft
89
de 2017 na folha de rosto anexa à Proposta n.º 1/SMAM/2017.----------------------------
---------------------------------------A PRESIDENTE --------------------------------------------