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TERMOS DE REFERENCIA (Nº2)
Assistência Técnica de Apoio ao Governo de Angola, através da Direcção
Nacional das Águas (DNA) do Ministério de Energia e Águas (MINEA), para o
Desenvolvimento de Competências Especializadas no Sector das Águas no
CFP-A (Centro de Formação Profissional para o Sector das Águas)
Objectivo Geral desta Consultoria:
Desenho do Modelo Pedagógico.
Desenvolvimento dos Programas de Formação.
Concepção, Prototipagem e Teste dos Materiais Pedagógico-Didácticos.
Índice
1. INFORMAÇÕES DE BASE ............................................................................................................................................. 1
1.2. Entidade Adjudicante .......................................................................................................................................... 1
1.3. Contexto nacional ............................................................................................................................................... 1
1.4. Enquadramento do sector das Águas ................................................................................................................... 2
1.5. Do Modelo Pedagógico do Centro de Formação Profissional das Águas (CFP-AS) .................................................. 3
1.6. O Ciclo de Formação ............................................................................................................................................ 6
2. OBJECTIVO GERAL, OBJECTIVOS ESPECÍFICOS E RESULTADOS A ATINGIR ..................................................................... 7
2.1. Objectivo geral .................................................................................................................................................... 7
2.2. Objectivos específicos ......................................................................................................................................... 7
2.3. Resultados a atingir ............................................................................................................................................. 9
3. ÂMBITO DO CONTRATO .............................................................................................................................................. 9
3.1. Zona geográfica abrangida ................................................................................................................................... 9
3.2. Grupos-alvo......................................................................................................................................................... 9
3.2. Actividades específicas ...................................................................................................................................... 10
3.3. Produtos a entregar........................................................................................................................................... 11
3.4. Gestão do Contrato ........................................................................................................................................... 11
3.5. Apresentação e aprovação dos relatórios e produtos finais ................................................................................ 12
4. LOGÍSTICA E CALENDÁRIO ........................................................................................................................................ 12
4.1. Localização ........................................................................................................................................................ 12
4.2. Data de início do contrato e prazo de execução ................................................................................................. 12
5. REQUISITOS .............................................................................................................................................................. 13
6. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO .......................................................................................................................... 13
7. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ........................................................................................................................................ 13
7.1. Identificação de Ofertas Imprudentes ou Temerárias ......................................................................................... 13
7.2. Critérios de Avaliação das propostas seleccionadas............................................................................................ 14
Desenho do Modelo Pedagógico. Desenvolvimento dos Programas de Formação. Concepção, Prototipagem e Teste dos Materiais Pedagógico-Didácticos.
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1. INFORMAÇÕES DE BASE
1.2. Entidade Adjudicante Unicef Angola
1.3. Contexto nacional Com a assinatura dos acordos de paz em Abril de 2002, emergiu uma nova fase na vida deste imenso país que
é Angola, tendo-se registado um crescimento económico notável desde então. A estratégia seguida pelo Governo
na última década deu prioridade à implementação de infra-estruturas que permitissem a satisfação de
necessidades básicas associadas à melhoria dos serviços de saúde, educação, transportes e energia.
Graças à estabilidade política e macroeconómica alcançadas, à conjugação de alguns factores favoráveis e ao
volume dos investimentos públicos e privados realizados, o país passou por um intenso processo de crescimento
económico.
Se os enormes esforços de investimentos desenvolvidos no país por mais de uma década, visaram por um lado
a construção e/ou reconstrução das infraestruturas vitais, também permitiram a criação de um quadro
institucional e jurídico-legal melhor regulado e estabilizado, existindo hoje um melhor conhecimento formal do
país tal como é, do que alguma vez foi possível desde que Angola é um país soberano.
Como consequência natural das realizações já alcançadas, novos desafios se colocam. Deste modo, começa a
evidenciar-se a necessidade de garantir que o desenvolvimento alcançado seja progressivamente mais integrado,
feito de sinergias e por último, e não menos importante, que seja sustentável ao longo do tempo. É esta
sustentabilidade que determinará a qualidade do desenvolvimento futuro do país, e que todos desejam.
O Governo Angolano tem demonstrado essa preocupação, neste patamar que é naturalmente de maior exigência,
ao produzir instrumentos vitais estruturantes e orientadores, tomando opções e definindo uma visão estratégica
de médio e longo prazos para o país. São exemplos disso, entre outros: a) A Estratégia de Desenvolvimento a
Longo Prazo para Angola - Angola 2025"; b) O "Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017"; c) O "Plano
Nacional de Formação de Quadros 2013-2020", d) O Programa Nacional Estratégico para a Água 2013-2017.
Noutros casos já materializou acções que ajudarão a conhecer melhor o país real que é Angola, de que é exemplo
a realização do primeiro CENSO da População e Habitação, em Maio de 2014, cujos resultados finais devem
ser conhecidos no decurso do corrente ano de 2015.
Uma preocupação tem cruzado todas estas iniciativas: o capital humano. A Política Nacional de Promoção do
Emprego e de Valorização dos Recursos Humanos Nacionais, estabelecida no Programa do Governo de Angola,
articulada com a Estratégia Nacional de Desenvolvimento de Recursos Humanos, bem como os instrumentos
de planeamento de médio prazo que as concretizem tem os seguintes objectivos:
a) Apoiar o desenvolvimento, quantitativo e qualitativo, do potencial humano de Angola, condição
essencial para a sustentabilidade do desenvolvimento económico, social e institucional e a inserção
internacional competitiva da economia angolana;
b) Assegurar a formação e qualificação de recursos humanos qualificados e altamente qualificados que
correspondam às necessidades de desenvolvimento do País;
c) Promover o ajustamento, quantitativo e qualitativo, entre as necessidades e a oferta formativa.
O estratégico sector de águas e saneamento não é obviamente alheio a este imperativo nacional, verificando-se
que o mesmo ainda evidencia ao nível dos seus recursos humanos, debilidades que são transversais a outros
sectores: escassez em quantidade e em qualidade de quadros nacionais sólida e estruturadamente qualificados,
nos diferentes níveis de qualificação requeridos (básico, médio e superior), para atender às necessidades
existentes.
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No contexto mais geral Política Nacional de Promoção do Emprego e de Valorização dos Recursos Humanos
Nacionais, estas debilidades poderão ser atenuadas com a implementação de medidas estratégicas nas áreas da
educação e da formação profissional, acompanhadas por outras ao nível dos modelos organizacionais das
entidades empregadoras, tanto do sector público, como do sector privado.
Tratando-se de um desígnio nacional tão justificado quanto ambicioso, a UNICEF manifestou a disponibilidade
para apoiar iniciativas desta importância no âmbito do sector das águas e saneamento básico.
Deste modo, o parceiro alvo do apoio técnico da UNICEF é a Direcção Nacional de Águas (DNA) do Ministério
da Energia e Águas da República de Angola, no âmbito das relações de parceria para a criação do Centro de
Formação Profissional de Águas e Saneamento de Onga Zanga (CFP-AS), aprovado e financiado pelo 10º FED
da União Europeia (EU).
1.4. Enquadramento do sector das Águas A "Estratégia de Desenvolvimento a Longo Prazo para Angola - Angola 2025" identifica "O acesso à água
potável, energia e serviços de saneamento básico para a maioria da população" como uma das componentes do
objectivo estratégico nacional de "Desenvolvimento Humano".
Igualmente, o "Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017" reconhece que "A água é um recurso
transversal que constitui um factor essencial para o desenvolvimento da economia, em aspectos tão distintos
como sejam a fixação e desenvolvimento da população".
Já a Lei das Águas, aprovada em Junho de 2002 (apenas dois meses depois da assinatura dos acordos de paz),
referia na sua introdução: "A água é um dos mais importantes recursos naturais necessários à vida, ao
desenvolvimento económico, social e ao equilíbrio ambiental".
É nesta linha de pensamento que surge em Junho de 2007, o Programa "Água para Todos" no âmbito da sua
estratégia de combate à pobreza. Desde então a componente "água" do Programa tem conhecido um crescimento
contínuo e consistente da alocação financeira e de investimentos realizados. No entanto, não foi acompanhada
e não existiu ainda o necessário e suficiente foco na formação dos quadros e recursos humanos nacionais
correspondentemente necessários.
As reuniões informativas de balanço, realizadas em 2010, sobre o Programa "Água para Todos", mostraram de
forma mais evidente esta realidade. Assim, consequência da desaceleração dos investimentos públicos na altura
verificados, devido à menor disponibilidade de recursos financeiros, houve uma desaceleração da actividade de
empresas e operadores não públicos actuando no sector. Daqui emergiu com maior nitidez a falta considerável
de empresas e técnicos devidamente qualificados para operar e manter os sistemas já estabelecidos e em
funcionamento.
Em linha com a Política Nacional de Promoção do Emprego e de Valorização dos Recursos Humanos Nacionais,
do encontro saiu a recomendação no sentido de "acentuar a formação nacional de Recursos Humanos para a
gestão, operação e manutenção dos sistemas", uma vez que a sustentabilidade operativa (bem como a
sustentabilidade financeira) permanecem como os maiores desafios a enfrentar e vencer pelo sector.
Entre as acções a serem promovidas, surgiu a recomendação da criação de um Centro de Formação Profissional
sectorial das Águas (CFP-A). Tendo presente esta necessidade, o Ministério de Energia e Águas disponibilizou
um vasto lote de terreno que lhe pertence junto à Vila de Onga Zanga (Província do Bengo), como futura área
para a implementação desta instituição.
De entre as premissas conducentes à criação deste Centro de Formação Profissional poderíamos enunciar a
formação dos técnicos que irão operar e manter todos os sistemas de abastecimento de águas e saneamento
básico nas dezoito províncias do País, além dos que garantirão as actividades inerentes às diversas áreas de
funcionamento geral do sector das Águas e actividades de Saneamento conexas.
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Sendo uma instituição dotada de importância vital e estratégica para o sector, o Centro de Formação Profissional
de Águas de Onga Zanga deverá permitir reduzir (e progressivamente eliminar, em articulação com outras
entidades que possam ter funções complementares na formação de quadros para o sector) as debilidades
estruturais de formação profissional sectorial.
O CFP-A dando prioritariamente resposta às necessidades das áreas funcionais mais necessitadas de pessoal
qualificado, beneficiará e abrangerá tanto os trabalhadores que já estão no sector como todos aqueles que serão
recrutados no futuro, tal como todos os que funcionam como trabalhadores independentes.
A Direcção Nacional das Águas, através da Assistência Técnica financiada pela União Europeia, elaborou um
"Plano Estratégico de Desenvolvimento dos Recursos Humanos até 2020".
Este documento propõe uma estratégia de organização e valorização dos recursos humanos do sector. Inclui
entre outros, os seguintes instrumentos: Análise das Funções e Perfis Chave, Projecções das Necessidades de
Pessoal, Análise das necessidades de formação detectadas, Critérios de prioridade para acesso às oportunidades
de formação, Referencial de formação e princípios orientadores, Listagem e Fichas de 80 cursos propostos. Toda
esta informação enquadra o papel que competirá ao CFP–A de Onga Zanga.
Numa perspectiva de continuidade lógica, de coerência e de aproveitamento de todo o trabalho já desenvolvido,
esses instrumentos constituem a referência de base de qualquer outro trabalho que venha a ser produzido sobre
a constituição e funcionamento do Centro.
1.5. Do Modelo Pedagógico do Centro de Formação Profissional das Águas (CFP-AS)
O Modelo Pedagógico a propor para o CFP-A constituirá o desenho conceptual pedagógico global em que
assentará o Centro de Formação Profissional das Águas, tendo como horizonte temporal o médio prazo (4-5
anos).
Um pressuposto essencial do Modelo Pedagógico a desenvolver e sobre o qual assentará todo o edifício
formativo do CFP-A é ter em conta o estilo de aprendizagem preponderante daquela que será a sua população-
alvo, visando a eficiência e eficácia da formação a ministrar. Pode tomar-se como referência Honey1 e as suas
combinações a partir dos quatro estilos de aprendizagem preponderantes: Activo, Reflexivo, Teórico e
Pragmático.
Neste sentido e dadas as características específicas dos potenciais público-alvo do CFP-A, sublinha-se a
necessidade de ser dado uma ênfase incisiva e determinante da componente prática da formação versus a sua
componente teórica, de que é exemplo o sistema de formação alemão DUAL2.
O Modelo Pedagógico do CFP-A deverá incluir entre outros os aspectos a seguir indicados. De notar que esta
listagem não é exaustiva e os factores indicados não estão necessariamente por sequência de relevância:
1. Definição das disciplinas/cursos que serão objecto de formação presencial, semi-presencial ou em
contexto de trabalho, tendo presente que a aprendizagem realizada no CFP-A valoriza o
desenvolvimento de competências para o exercício de uma profissão (em articulação com os sectores
público e empresarial, com destaque para a realização de estágios curriculares e profissionais).
1 Honey, P. & Mumford, A.(2000). The learning styles helper's guide.
2 O sistema dual de formação profissional é o tipo de formação mais praticado na Alemanha. Neste contexto, a palavra
“dual” significa a combinação da formação prática numa empresa e a formação teórica numa escola profissional. Isto
garante uma combinação harmónica da teoria e da prática. Cerca de dois terços de todos os profissionais que não
trabalham em profissões académicas, fizeram uma formação profissional dentro do sistema dual, no decurso da sua vida
educacional.
Desenho do Modelo Pedagógico. Desenvolvimento dos Programas de Formação. Concepção, Prototipagem e Teste dos Materiais Pedagógico-Didácticos.
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2. O modelo pedagógico a implementar deve permitir a flexibilização e variação dos percursos
educativos dos formandos, estimulando uma aprendizagem autocentrada, assente num
acompanhamento pedagógico personalizado e no primado da dimensão formativa da avaliação.
3. Um modelo pedagógico ancorado numa “estrutura modular”, incentiva a existência de uma
organização aberta, flexível e participada do currículo que, partindo do conceito de módulos como
unidades de aprendizagem autónomas integradas num todo coeso permita sequências alternativas e um
maior respeito pela diversidade dos alunos.
4. Além disso um modelo de progressão por módulos e por ciclos de aprendizagem está normalmente
melhor adaptado a uma progressão rigorosa e contínua, com definição de tarefas claras, com
continuidade e progressivas, que ajudam a proteger o aluno do insucesso escolar.
Nota: A aprendizagem por módulo consiste na certificação de pequenas unidades, de competências e
de formação, que podem contribuir para a produção de respostas mais ajustadas às necessidades dos
indivíduos e, por sua vez, a obtenção das novas qualificações.
5. Em concordância com o "Plano de Desenvolvimento dos Recursos Humanos do sector de
Abastecimento Água e Saneamento até 2020"3 do Ministério da Energia e Águas:
a) A oferta de cursos deverá estar agrupada em seis grandes áreas: Gestão e Administração; Serviços
Técnicos; Qualidade da Água; Recursos Humanos; Operação e Manutenção; Formações
complementares.
b) A oferta de Cursos em cada uma destas áreas deverá incluir quatro dimensões: Qualificação
Profissional; Actualização Profissional; Especialização Profissional; Reconversão Profissional.
c) A oferta de Cursos terá três tipologias características: Curta Duração (até 140h); Média Duração
entre 140 e até 840 horas), Longa Duração (mais de 840 horas).
d) Os principais beneficiários do CFP-A serão os seguintes:
I. A Nível Central: serviços públicos centralizados - incluindo a própria Direcção Nacional das
Águas do Ministério da Energia e Águas, os Ministérios e os Institutos relacionados com o
sector - além de outras entidades de projecção nacional que desejem beneficiarem das
formações transversais previstas;
II. A Nível Provincial: os serviços públicos provinciais (incluindo os Governos Provinciais, as
Direcções Provinciais de Energia e Águas), as Empresas Provinciais e outras entidades que se
relacionam com o sector a este nível territorial, além de outras que entendam recorrer à oferta
formativa proposta;
III. A Nível Local: os serviços públicos municipais e comunais do sector, além de outras
entidades que operem localmente noutros sectores, mas que queiram recorrer às formações
previstas;
IV. No Sector Privado: as empresas que operam no Sector de Abastecimento de Água e
Saneamento outras que pretendam beneficiar das formações transversais propostas;
V. Na Sociedade Civil: as ONG’s, bem como as associações e cooperativas com actividade no
sector e fora dele mas que considerem útil recorrer à oferta formativa prevista.
6. Para a constituição de turmas estão definidos os processos de recolha e partilha de informação para
caracterização da população estudantil a agrupar em turmas.
3 Ver documentação de consulta obrigatória
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7. A elaboração de horários tem em conta a orientação para o combate ao absentismo e abandono escolar
8. Está definido um processo de Integração de novos alunos no CFP-A.
9. Estão definidos processos de acompanhamento regular de alunos.
Exemplos: Promoção de mecanismos de autoavaliação; atribuição de prémios aos alunos; Instituição
de quadros de excelência/mérito/honra; Instituição de mecanismos de reconhecimento de desempenho
de turma; Organização de eventos formais para reconhecimento público e entrega de prémios
10. Estão definidos processos de sinalização e acompanhamento de alunos com fraco desempenho
11. Estão definidos processos de gestão e resolução de conflitos, bem como na prevenção e identificação
de potenciais situações de indisciplina e de mecanismos de resposta célere a este tipo de situações
12. Estão definidos processos de gestão de Actividades extracurriculares, tendo em atenção as valências
do corpo docente e as características do CFP-A, devendo ser previstos outros aspectos, de que são
exemplos: Divulgação dos trabalhos realizados pelos alunos nas actividades extracurriculares;
Utilização do desporto escolar como instrumento de inclusão.
13. Relativamente aos formadores estão definidos modelos de apoio e estímulo à sua actividade. Por
exemplo: Definição e acompanhamento de estratégias pedagógicas; Partilha de boas práticas entre
disciplinas; definição de rotinas na organização e planeamento das actividades lectivas; Criação de
processos de partilha de material pedagógico; Aposta na formação; Reconhecimento e Promoção da
visibilidade de professores de elevado desempenho.
14. Existe um Dossier Pedagógico Geral do CFP-A, que é composto por vários Sub-dossiers (existentes
por cada um dos Cursos/Acções de Formação ministrados no CFP-A). Cada um destes Dossiers está
elaborado e conterá entre outros, os seguintes elementos: 1) Cronograma da acção; 2) Caracterização
dos Formandos; 3) Identificação do Formadores; 4) Conteúdos Programáticos; 5) Planos de Sessão; 6)
Sistema de Avaliação; 7) Registo de Presenças; 8) Sumários das Sessões; 9) Modelos de Certificados;
10) Questionário de Reacção do Formador; 11) Questionário de Reacção do Formando; 12) Registo de
Ocorrência do Formador; 13) Registo de Sugestões e Reclamações do Formando; 14) Relatório da
Acção; 15) Aquisição de Serviços Externos, etc.
15. Para além da utilização dos naturais instrumentos de monitoria, avaliação e controlo de desempenho
do Modelo Pedagógico do CFP-A, realizado em cada ciclo anual, deverá prever-se o seu balanço
alargado no final do primeiro quinquénio de existência.
Uma outra forma de inventariar os principais temas que permitirão desenvolver o Modelo Pedagógico (desenho
conceptual pedagógico global) do CFP-A pode ser através das seguintes questões:
A. Que vai Ensinar o CFP-A? Que objectivos educacionais e de formação profissional pretende o CFP-A
atingir (segundo a Taxonomia de Bloom ou outros instrumentos equivalentes relevantes)? Qual é o perfil
profissional dos técnicos que o CFP-A vai formar? Quais são as competências, as atitudes, os valores, as
capacidades que se deseja desenvolver e constituirão o "DNA" do CFP-A? Qual são os perfis de saída?
Qual é o contributo de cada disciplina ou área disciplinar para estes perfis? ENSINAR: A quem? O quê?
Porquê? Para quê? Como? Quando?
B. Como vai avaliar o CFP-A? Que experiências devem ser vividas pelos formandos? Como organizar
eficazmente as experiências? Como avaliar se os objectivos estão a ser alcançados? VALIAR: O quê?
Como? Quando? Com quê?
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1.6. O Ciclo de Formação
Formação é um esforço planeado e sistemático de modificar ou desenvolver conhecimentos, competências e/ou
atitudes, para alcançar um desempenho eficaz numa atividade ou num conjunto de atividades.
O objectivo da formação em geral e profissional em particular, é permitir que um indivíduo possa adquirir
competências, a fim de que possa desempenhar adequadamente uma determinada tarefa ou trabalho.
O Ciclo de Formação segundo Donald Kirkpatrick é o seguinte:
Fases do desenho de um Programa de Formação
Segundo vários autores, podemos resumir em sete, as fases do desenho de um Programa de Formação:
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Princípios a seguir para uma boa concepção de um Programa/Curso de Formação
Alguns princípios devem ser seguidos para que melhore a qualidade de concepção e desenho de um Programa
de Formação. A saber:
1. Estrutura
A configuração dos vários elementos num único programa, considerando o plano e os objectivos, tendo
em conta a sequência de actividades:
a. Numa ligação apropriada e conexão de tópicos
b. Atendendo às especificidades - detalhe dos objectivos, aprendizagens e actividades (e evitando
sobreposições e redundâncias)
c. Sinergias - considerando a convergência da aprendizagem (integração ou síntese das
aprendizagens)
2. Abertura e Flexibilidade
Respondendo às necessidades por antecipação e à capacidade de adaptação a circunstâncias variadas.
3. Relevância
Respondendo às necessidades dos alunos ou participantes e da organização (Vinculação à Avaliação das
Necessidades de Formação).
4. Compatibilidade
Tendo em conta a formação de partida (pré-requisitos) dos alunos ou participantes.
5. Avaliação do Processo em Curso e Feedback
Presença de meios de validação da aprendizagem durante a realização da formação.
6. Transferibilidade
Transferência / passagem de competências para os alunos ou participantes.
7. Custo Efectivo da Formação
Fornecendo o maior benefício possível ao custo mínimo despendido.
2. OBJECTIVO GERAL, OBJECTIVOS ESPECÍFICOS E RESULTADOS A ATINGIR
2.1. Objectivo geral O objectivo geral da consultoria é o de contribuir para o desenvolvimento de competências especializadas no
sector das águas, através do apoio ao Centro de Formação Profissional das Águas (CFP-AS) de Onga Zanga,
entidade sob a alçada do Ministério da Energia e Águas, da República de Angola.
2.2. Objectivos específicos
Os objectivos específicos desta consultoria - realizada em estreita colaboração com as entidades relevantes
abaixo indicadas - são os seguintes:
1) Desenvolvimento do Modelo Pedagógico do Centro de Formação Profissional das Águas (CFP-AS).
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2) Desenvolvimento dos Programas de Formação e Conteúdos Programáticos de todas as disciplinas a
ministrar pelo CFP-A (O ponto de partida são as Fichas dos 80 Cursos propostos no âmbito do "Plano
de Desenvolvimento dos Recursos Humanos do sector de Abastecimento Água e Saneamento até
2020" do Ministério da Energia e Águas).
3) Elaboração de lista básica de materiais e equipamentos necessários para iniciar as actividades
formativas do CFP-A: áreas de administração e gestão, informática, tecnologias e comunicação,
pedagogia e didáctica, laboratórios, outras.
4) Preparar os processos e submeter para aprovação junto das instituições competentes a homologação
dos cursos de dupla certificação (certificação profissional e certificação para efeitos de
prosseguimento de estudos)
Para a realização deste Estudo, e entre outros instrumentos de consulta e legislação conexa que venham a ser
utilizados, deverão ser considerados com carácter vinculativo, os instrumentos a seguir indicados:
a) Estudo de Linha de Base sobre as necessidades e lacunas de formação profissional existentes no sector
da Águas e Saneamento em Angola, que inclui pacote formativo (menu de formações) prioritário para
o curto e médio prazo (4 anos) (UNICEF/2015)
b) Plano Nacional de Formação de Quadros 2013-2020
c) Lei de Base do Sistema Nacional de Educação (Lei n.º 13/2001 de 31 de Dezembro)
d) Lei de Base do Sistema Nacional de Formação Profissional (Lei n.º 21-A/ 1992 de 28 de Agosto)
e) Assistência Técnica à Direcção Nacional de Abastecimento de Água e Saneamento do Ministério da
Energia e Águas para a vertente de Recursos Humanos, financiada pela União Europeia (Contrato de
serviço nº 2010/241-326), com destaque para o Plano de Desenvolvimento dos Recursos Humanos do
Sector de Água e Saneamento até 2020 - Resumo Executivo.
Documentos específicos a consultar:
- Volume A.1.3. E46: Identificação e avaliação das oportunidades educativas e de formação
profissional existentes (internas e externas, incluindo oportunidades de formação em serviço)
- Volume A.1.6. E50: Preparação de um PDRH para responder às necessidades mais urgentes
do sector de AAS até 2015 (referencial de formação, princípios orientadores, base
programática de 80 cursos, de 6 grandes áreas de formação)
f) Programa Nacional Estratégico da Água 2013-2017 (Decreto Presidencial N.º 9/2013 de 31 de Janeiro)
g) Plano de Accão do Sector de Energia e Aguas 2013-2017.
h) Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017.
i) Planos Directores de Abastecimento de Agua e Saneamento das Capitais Provinciais.
j) Materiais de referência já desenvolvidos com destaque para:
I. MoGeCa - Modelo de Gestão Comunitária da Água (DW)
II. Proposta para Desenvolvimento de um Programa Nacional de Abastecimento de Agua e
Saneamento Rural (Cowater/DW/R.J. Burnside International)
III. Saneamento Total Liderado pela Comunidade (UNICEF)
IV. Manual de Higiene nas Escolas (MED/INIDE em parceria com UNICEF/ADPP)
V. Manuais de bombas manuais (SKAT e outros parceiros AFRIDEV, VERGNET, VOLANTA)
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VI. SISAS - Sistema de Informação do Sector de Água e Saneamento (Manual do utilizador da base
de dados)
2.3. Resultados a atingir
A presente Consultoria deverá fornecer, como resultados principais, os seguintes:
1) Está desenvolvido o Modelo Pedagógico do Centro de Formação Profissional das Águas.
2) Estão elaborados os Programas de Formação e Conteúdos Programáticos de todas as disciplinas a
ministrar pelo CFP-A.
3) Estão concebidos e prototipados os materiais pedagógico-didácticos de todas as disciplinas.
Notas: Os materiais prototipados estão elaborados em Língua Portuguesa, na versão em vigor em Angola,
estão preparadas para edição futura e incluiem os Materiais para formandos, para formadores bem como
os guias de formação considerados necessários.
4) Os materiais pedagógico-didácticos acima indicados foram testados em condições reais, e foram
incorporadas as melhorias na versão final dos mesmos, após avaliação do seu impacto.
5) Está elaborada a lista básica de materiais e equipamentos necessários para iniciar as actividades
formativas do CFP-A (áreas de administração e gestão, informática, tecnologias e comunicação,
pedagogia e didáctica, laboratórios, outras).
6) Estão preparados os processos para obtenção junto das instituições competentes da homologação dos
cursos de dupla certificação (certificação profissional e certificação para efeitos de prosseguimento de
estudos)
7) Estão definidos os Indicadores Chave de caracterização actual e avaliação futura:
a. Associados ao Modelo Pedagógico adoptado e sua evolução ao longo do tempo
b. Associados aos níveis de empregabilidade e prosseguimento de estudos, por ciclo de
formação, dos ex-alunos do Centro de Formação Profissional do CFP-AS.
3. ÂMBITO DO CONTRATO
3.1. Zona geográfica abrangida República de Angola.
3.2. Grupos-alvo Todas as actividades serão realizadas em estreita coordenação com a equipa técnica da Direcção Nacional das
Águas do Ministério da Energia e Águas e a UNICEF. O enfoque para a consulta e realização do estudo e
diagnóstico será colocado, entre outros, nas seguintes entidades institucionais e grupo-alvo:
A. Institucionais e/ou Responsáveis pela elaboração de políticas
Onde for necessário deverão ser envolvidos os seguintes Ministérios, em estreita coordenação com a UNICEF
e a Direcção Nacional das Águas do Ministério da Energia e Águas. A saber:
1) Ministério da Educação (MINED)
Destaque: INIDE-Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento da Educação
2) Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS)
Desenho do Modelo Pedagógico. Desenvolvimento dos Programas de Formação. Concepção, Prototipagem e Teste dos Materiais Pedagógico-Didácticos.
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Destaque1: INEFOP- Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional
Destaque2: ENAD - Escola Nacional de Administração Pública
3) Ministério do Ambiente (MINAMB)
4) Ministério da Administração do Território (MAT)
Destaque: IFAL - Instituto de Formação da Administração Local
5) Ministério do Planeamento e do Desenvolvimento Territorial (MINPLAN)
B. Outras organizações e entidades públicas e privadas a envolver, com destaque para as seguintes:
Escolas existentes e em funcionamento (vertentes de ensino regular e de formação profissional), numa
perspectiva nacional, tendo em conta as províncias prioritárias onde um volume de investimentos mais
relevante já foi realizado, nos sectores da água e saneamento.
Quadros técnicos existentes no sector: nível central, nas províncias e nos municípios e comunas
Empresas públicas nacionais ou provinciais do sector de água e saneamento
Empresas privadas que operam no sector das Águas e Saneamento
3.2. Actividades específicas
As actividades específicas a desenvolver são as seguintes:
1) Desenvolver o Modelo Pedagógico do Centro de Formação Profissional das Águas.
2) Desenvolver os Programas de Formação e Conteúdos Programáticos de todas as disciplinas a ministrar
pelo CFP-A, a partir do pacote formativo proposto no Estudo de Linha de Base.
3) Conceber e elaborar protótipos dos materiais pedagógico-didácticos de todas as disciplinas.
Nota 1: Versões prototipadas estão preparadas para edição futura.
Nota 2: Inclui os Materiais para formandos, para formadores bem como os guias de formação
considerados necessários.
Nota 3: Todos os materiais são elaborados em Língua Portuguesa, na versão oficial em vigor em Angola.
4) Testar em condições reais os materiais pedagógico-didácticos acima indicados. Avaliar o seu impacto e
incorporar as melhorias na versão final dos mesmos.
Observação: Todos os materiais desenvolvidos deverão ser testados em Centros de Formação já
existentes, a seleccionar, nas disciplinas idênticas ou similares às que serão ministradas no CFP-A.
5) Elaborar de lista básica de materiais e equipamentos necessários para iniciar as actividades formativas do
CFP-A: áreas de administração e gestão, informática, tecnologias e comunicação, pedagogia e didáctica,
laboratórios, outras.
6) Preparar os processos e obter das instituições competentes a homologação dos cursos de dupla certificação
(certificação profissional e certificação para efeitos de prosseguimento de estudos)
7) Definir Indicadores Chave de caracterização actual e avaliação futura:
a. Associados ao Modelo Pedagógico adoptado e sua evolução ao longo do tempo
b. Associados aos níveis de empregabilidade e prosseguimento de estudos, por ciclo de formação,
dos ex-alunos do Centro de Formação Profissional do CFP-AS.
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3.3. Produtos a entregar
Em conformidade com os objectivos gerais e específicos atrás enunciados, os serviços técnicos do consultor/a
deverão fornecer os seguintes produtos:
1) Proposta de Metodologia para a realização do trabalho elaborada, submetida para aprovação prévia à
equipa de Supervisão e Monitoria da UNICEF.
2) Modelo Pedagógico do Centro de Formação Profissional das Águas desenvolvido.
3) Programas de Formação e Conteúdos Programáticos de todas as disciplinas a ministrar pelo CFP-A
desenvolvidos.
4) Materiais pedagógico-didácticos de todas as disciplinas concebidos. Versões prototipadas elaboradas e
preparadas para edição futura. (Inclui os Materiais para formandos, para formadores bem como os guias
de formação considerados necessários).
5) Materiais pedagógico-didácticos acima indicados testados em condições reais e validados após avaliação
do seu impacto e introdução das melhorias na versão final dos mesmos.
6) Lista básica de materiais e equipamentos necessários para início das actividades formativas do CFP-A
elaborada (áreas de administração e gestão, informática, tecnologias e comunicação, pedagogia e
didáctica, laboratórios, outras).
7) Processo dos cursos de dupla certificação preparados e entregues para homologação junto das instituições
competentes (certificação profissional e certificação para efeitos de prosseguimento de estudos).
8) Entrega de Relatórios Intermédios Mensais com status de avanço dos trabalhos desenvolvidos, incluindo
as realizações e os constrangimentos existentes.
9) Entrega das versões finais de todos os entregáveis
3.4. Gestão do Contrato
1. A entidade contratada será responsável pela execução atempada das actividades acima descritas, bem como
pela sua comunicação escrita sob a forma de relatórios ou propostas. Dada a natureza das actividades, cujo
conteúdo em certos aspectos transcende as questões meramente técnicas e estão sujeitas a aprovação, deverá
manter um contacto próximo com a UNICEF - ou com quem ela designar - no sentido de esclarecer dúvidas,
obter informações, debater opções, proceder a correcções e obviar atrasos.
2. A entidade contratada deverá considerar a lista de actividades a realizar e produtos a entregar como
indispensáveis, sendo responsabilizada pelo seu cumprimento rigoroso e completo segundo princípios de
transparência e isenção.
3. Em nenhum caso, haverá autorização para efectuar trabalhos não previstos por contrato que impliquem
remunerações extra, e qualquer modificação ao presente Mandato deverá obter o acordo prévio da UNICEF
Angola, na sua qualidade de entidade contratante.
4. Meios colocados à disposição pela Entidade Adjudicante e/ou por outras partes
A Direcção Nacional das Águas, do Ministério da Energia e Águas bem como a UNICEF Angola prestarão
o apoio no acesso a informações que possam ser consideradas relevantes para o bom desempenho da missão
(estudos, relatórios, estatísticas, etc.).
Desenho do Modelo Pedagógico. Desenvolvimento dos Programas de Formação. Concepção, Prototipagem e Teste dos Materiais Pedagógico-Didácticos.
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3.5. Apresentação e aprovação dos relatórios e produtos finais
Para além das actividades e produtos finais (entregáveis), a entidade contratada deverá fornecer à UNICEF três
exemplares de relatórios conforme ponto do presente mandato (formato papel e formato digital), redigidos
em português, e reunir com aquela organização sempre que lhe for solicitado.
A referida documentação deve ser apresentada ao Gestor do Projecto, indicado pela UNICEF. A UNICEF, após
consulta e pareceres em tempo útil das entidades do Governo de Angola envolvidas, nomeadamente a Direcção
Nacional das Águas, do Ministério da Energia e Águas, é responsável pela aprovação dos relatórios e produtos
finais entregues.
4. LOGÍSTICA E CALENDÁRIO
4.1. Localização
As actividades a desenvolver no âmbito do presente Contrato serão predominantemente em Luanda.
4.2. Data de início do contrato e prazo de execução
O período de execução é de nove (9) meses consecutivos de calendário, a partir da data de assinatura do
Contrato, segundo o cronograma indicativo seguinte.
M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M9
Actividades Principais
Proposta de Metodologia de realização do trabalho
elaborada e entregue para aprovação
Proposta de Modelo Pedagógico do CFP-A entregue
para aprovação (elementos-chave)
Modelo Pedagógico do CFP-A - entrega da versão
definitiva (após aprovação pelo Cliente)
Entrega de Relatórios Intermédio com status de avanços
dos trabalhos: realizações e constrangimentos
existentes
Desenvolvimento dos Programas de Formação e
Conteúdos Programáticos (incluindo aprovação)
Concepção, elaboração de protótipos e teste de
materiais pedagógico-didácticos (incluindo relatório de
balanço e correcções após os testes)
Elaboração de lista básica de materiais e equipamentos
necessários para iniciar as actividades formativas do
CFP-A
Preparar os processos e submeter para aprovação os
Cursos de dupla certificação
Produção das versões finais de todos os entregáveis
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5. REQUISITOS As empresas de consultoria ou outras instituições elegíveis interessadas em apresentar as suas propostas devem
reunir os seguintes requisitos:
Experiência mínima de 5 (cinco) anos na área da educação e formação profissional, com destaque para:
a) Concepção de Modelos Pedagógicos de Centros de Formação Profissional;
b) Elaboração de Programas de Formação e Conteúdos Programáticos;
c) Concepção e elaboração de materiais pedagógico-didácticos.
Experiência e conhecimento no sector das águas e saneamento, designadamente no âmbito da formação
profissional, mínimo de 5 (cinco) anos.
Experiência de trabalho em África, designadamente na África Subsariana, preferencialmente nos países de
língua portuguesa, mínimo de 2 (dois) projectos prévios similares.
Desejável experiência de trabalho desenvolvido em Angola, com destaque para intervenções no âmbito do
sistema nacional de educação e formação profissional.
Domínio escrito e falado da língua portuguesa.
6. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
Definição de indicadores
Os principais indicadores que servirão para a verificação objectiva do grau de execução das actividades são:
Produtos entregues pela entidade contratada;
Pareceres de aceitação da parte da entidade contratante (UNICEF), após consulta e pareceres em
tempo útil das entidades do Governo de Angola envolvidas (nomeadamente a Direcção Nacional das
Águas, do Ministério da Energia e Águas)
7. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
7.1. Identificação de Ofertas Imprudentes ou Temerárias Existindo um Preço Base de Licitação (PBL), uma oferta é considerada imprudente ou temerária quando a sua
componente económica é enquadrada nos pressupostos e critérios cumulativos seguintes:
Número de licitadores
Referência a considerar para o cálculo
Critério 1 de Oferta Imprudente ou Temerária
Critério 2 de Oferta Imprudente ou Temerária
Um Preço Base de Licitação (PBL)
Quando a oferta é inferior a 75% de PBL
-----
Dois Oferta de valor mais elevado (OE)
Oferta de valor mais baixo (OB)
Quando a Oferta OB é inferior a 80%
da Oferta OE
Quando a oferta é inferior a 75% de PBL
Três ou mais
Média aritmética simples de todas as Ofertas (MA).
Todas as ofertas que sejam inferiores a 10% da MA.
Quando a oferta é inferior a 75% de PBL
Caso uma Oferta seja considerada "Imprudente ou Temerária" será excluída do Concurso. O Comité de
Avaliação das Propostas pode contudo, se assim o decidir, solicitar esclarecimentos complementares prévios,
com base nos quais tomará uma posição definitiva quando à exclusão da Proposta ou da sua manutenção no
Concurso.
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7.2. Critérios de Avaliação das propostas seleccionadas
As propostas que passaram o critério anterior e não foram consideradas ofertas imprudentes ou temerarias serão
avaliadas para concurso. A pontuação máxima que uma só oferta poderá conseguir será [100] pontos, na base
das seguintes duas componentes:
Proposta Técnica Proposta Financeira
[65] Pontos [35] Pontos
O painel de avaliação selecionara a proposta de maior qualidade e que ofereça a melhor combinação resultante
da avaliação da componente técnica e da componente financeira. Nesta fase, o painel de avaliação aplicara os
seguintes critérios para avaliação das propostas:
Avaliação Componente Técnica
Após avaliação das propostas técnicas recebidas, só aquelas que tiverem uma pontuação mínima de 40 pontos
passarão à etapa seguinte de avaliação financeira, sendo só nesta altura que se considera o preço das propostas.
As propostas técnicas que apenas conseguissem 39 pontos ou menos, serão desqualificadas e não serão
consideradas para posterior análise.
A seguinte tabela inclui as diferentes categorias que serão avaliadas assim como as pontuações que poderão
ser entregues para cada uma delas:
Categoria Pontos
Compreendendo os Termos de Referência 5
Nível de plenitude da Proposta 5
Nível de demonstração de experiência prévia em estudos
e avaliações similares 20
Experiência de peritos-chave nos propostos para realizar
as actividades principais 20
Metodologia proposta, plano de trabalho e de prazos 15
Total (Proposta Técnica) 65
Pontuação Mínima para Conformidade Técnica 40
Avaliação Componente Financeira
O número total máximo de pontos atribuídos para a componente financeira (preço) é de [35 pontos].
Após abertura das propostas financeiras o número máximo de pontos é atribuído à proposta de preço mais baixo.
Todas as outras propostas de preços das empresas e instituições convidadas receberão pontos em proporção
inversa ao preço mais baixo, de acordo com a equação seguinte:
Pontuação da Proposta Financeira X =
Pontuação máxima da componente financeira (35) *
Preço da Proposta mais baixa (factor comparação)
Preço da Proposta X
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A proposta mais favorável será seleccionada com base no melhor valor total para a UNICEF tanto em termos
de mérito e pontuação técnica como do seu preço.