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Secretaria de rstado Negócios da [ducacão e Cultura .. ARQUIVO P ú BLICO DE ALAGOAS MOACIR MEDEIROS DE SANT'ANA CMA ASSOCIAvAO· CENTENARIA . .. " . ., '. - 1966 - ·. MACEI() ,,

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Transcript of Associação

  • Secretaria de rstado ~os Negcios da [ducaco e Cultura ..

    ARQUIVO P BLICO DE ALAGOAS

    MOACIR MEDEIROS DE SANT'ANA

    CMA ASSOCIAvAO CENTENARIA

    ... " . .,

    '.

    - 1966 -. MACEI()

    ,,

  • Governador do Estado LAMENHA FILHO

    Vice Governador MANOEL SAMPAIO LUZ

    Secretrio da Educao e Cultura Bel. BENEDITO HIBY CERQUEIRA

    Diretor do Arquivo .Pblico de Alagoas Bel. MOACIR MEDEIROS DE S.ANT' A..r\JA

    "l'lltlLICA

  • UMA ASSOCIAO CENTENARIA

  • JOS: JOAQUIM DE OLIVEIRA - o fundador da As-sociao Comercial de Macei. (Da fototeca do A. P .A. )

    Sccret1ia ~e f stai is lelicios n f ic1C11 e Clltn ARQUIVO PBLICO DE ALAGOAS

    MOACIR MEDEIROS DE SANT'ANA

    UMA ASSOCIA~O CENTENRIA

    - 1966 -MACEI O

  • .~ .. ; .. ~:,: . : . . - . . ' ,.

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    ;.

    SUMA Rio

    NOTA INTRODUTRIA . . . . . . . . . . 7 A MACEi DE 1866 . . . . . . . . . . . . . . . . 9

    A ASSOCIAO COMERCIAL DE l\IACEl

    ANTECEDENTES . . . . . . . . . . 53 SURGE UMA ASSOCIAO . . . . . . 59 DIRETORIAS DE 1866 A 1966 . . . . . . . . . . 69

    NOTAS & FATOS

    A CONSTRUO DO PALACIO DO COMRCIO::. 83 O BOLETIM UA ASSOCIAO COMERCIAL . . . . 87 A BLSA DE VALORES . . . . . . . . . . . . . . . . 89

  • NOTA INTRODUTRIA

    A histria da centenria \ASSOCIAO COMERCIAL DE MACEi a prpria histria do acar e do algodo em Alagoas. Principalmente a do acar, que tem sempre se constitudo o termmetro das finanas do nosso Es-tado, , _. ,_i. :r~l

    Judiciosa, pois, a afirmativa do economista con-terrneoHmberto Bastos, de que os alagoanos vivem a merc das variaes do mercado aucareiro, que regula as f:!pocas ae fartura e ie crise, e ainda, que as revi-ravoltas climatricas, os golpes nos mercados, o vai-e-vem da concorrncia - tudo determina o sorriso ou a caTa fecha.da, desde o usineiro, trabalhador e perseveran-te, ao sertanejo analfabeto, estico e esquecido. (*)

    Abrangendo campo de pesquisa to vasto, como o da histria daqueles dois produtos, no poderams, dentro do ano centenrio da nossa Associao Comercial, levantar o material, proceder a buscas e escrever um trabalho substancial acrca do assunto, mesmo porque, no seu arquivo, a exemplo do que infelizmente acontece com outras entidades, por incria ou desintersse de Di-rees do passado, nada mais resta do documentrio comprobatrio da sua existncia de lutas em prol dos

    t) BASTOS Humberto. Acar e Algodi.o . Macei, Casa Ra,. malho Edit01'a1 1988, P 7 . 8 .

  • intersses dos seus associados e de tda a coletividade alagoana1 a no ser os livros de atas de 1921 at os dias atuais e alguns relatrios tambm da fase mais re-cente.

    Da havermos evoludo para a idia da reconstitui-o tanto quanto possvel completa e exata da capital maceioense naquele longnquo aho de 1866, quando a ASSOCIAO COMERCIAL DE MACEi surgiu, se-guida de um histrico dos seus primeiros anos de funcio-namento, bem assim de alguns outros acontecimentos posteriores, de maior vulto.

    Apresentando aos possveis leitores, o resultado das nossas pesquisas, achamos de dever salientar que, jamais poderia ser tentada esta emprsa, no existisse o acrvo documental do iA:rquivo Pblico de Alagooas, onde fomos encontrar todos os preciosos e indispensveis elementos utilizados na elaborao dste ensaio retrospectivo.

    .

    -:",'.: M.M.S.

    A MACEI DE 1866 ,,,..

    6 No ano que Jos Joaquim de Oliveira. fundou a nos-

    sa. Associao Comercial, era de apen~. 437 habitan-tes a populao livre da cidade de Macei, (1) distri-buda ainda em rea multo restrjta.

    ,,

    Os atuais bairros de .@r(!gy, Tr2_iche da Barra, P~o, Bebedouro e Mangabeiras, - ainda no se falava no Farol - -eram povoaes ou arrabaldes afastados !32 permetro urbano da capit1, composto das ruas do Co-mrcio, a nica ento calada, da Boa Vista, (atual Con-selheho Loureno de Albuquerque) Largo da Matriz, (Praa D. Pedro II), ruas dia Rosrio, (Joo Pessoa) do Sol, (prolongamento da antiga do Rosrio at desem-bocar no Largo dos Martrios) ruas da Cambona, ( Ge-neral Hermes) da Afegria, (Joaquim Tvora) do Aou gne, (Av. Moreira Lima) Pra~.a. do Mercado, (local onde hoje se acha edificado o Ginsio do Colgio Estadual de Alagoas) ruas Nova, (Baro de Penedo) do Livramento, (Senador Mendona) do Macena, (Cincinato Pinto) Pra-r.a. da Continguiba., (Praa Deodoro da Fonseca) ruas do Hiaspital, (Baro de Macei) do Jgo, (Voluntrios da

    ( 1) MAPA geral dos alunos de instruo pblica elementar ... datado de Sl jan. 1867, Anexo ao ReJ.a,t-Orio com que o Exmo. sr. Jos Martins Pereira de Alencastre entregou a. Presidncia da Provir.:;.'a. das Alagoas no dia 10 de junho de 18G7. . . Macei, Tip . do Jornal Alaguano, 1868.

  • Ptria) dos Olhos d' Agua, ( Cel. Mendes da Fonseca) do Rguinho, (Dias Cabral) do Cemitrio, (Av. Santos Pa-checo) Santa Maria, (Dr. Guedes Gondim) Augusia, (Ladislau Neto) da Floresta, (Fernandes de Barros) do Alecrim, (Baro de Alagoas) do Davi; (Melo Moraes) do Palcio, (a do Comrcio nas alturas dos prdios do IPA-SE e IAPETC) da Bca de Macei, (Baro de Anadia, em frente da estao da RFN) do Imperador e da Praia, (Libertadora AJagoana) sem falar nos bcos e travessas esconsas da cidade, bem assim das ruas da Levada e da Ponta Grossa, ento habitadas quase por desordeiros e assaltantes.

    lAs principais ruas do atual bairro de Jaragu eram as da Saraiva, (atual Av. Duque de Caxias) da. Alfnde-ga, (S e Albuquerque) da Igreja, (Baro de Jaragu) So Flix, (Silvrio Jorge) Santo Amaro, (Uruguai) do Amorim, (Cel. Pedro Lima) do Cafund, (Padre IAm~cio) do Ara, (Dr. Epaminondas Gracinda) do Jasmim, (Praa Dr. Manoel Duarte) do Oitiuiro, (Avenida Ma-cei) da Cacimba, (Pernambuco) e do Bom Retiro, (Melo e Pvoas).

    Atravs de uma estatstica difundida por 'Iomaz Es pndola, vem-se a saber que seis anos antes, em 1860, contava o centro de Macei com 74 ruas, 17 travessas e 2. 398 casas, sendo 1. 658 de telha e 545 de palha, acres-centando ainda que das casas de telha apenas 53 eram assobradadas.

    Das mencionadas ruas so smente dignas de se-rem mencionadas a da Matriz ou de Pedro II. a do Co-mrcio, da Boa Vista, Augusta, Alegria e Martrios. (2)

    ( 2) ESPINDOLA, Tomaz do Bomfim. Geographi:i physia, p-litica, histria. e adminis:Xativa da Pro\incia das Ala-goas ... Macei, Tip. do Jornal de Macei, 1860, p. 24.

    -10-

    Na mesma fonte fomos encontrar os dados sbre o bairro de Jaragu:

    As ruas do bairro de Jaragu so tdas parale las ao Oceano; a da. Praia a melhor e a nica que se acha calada; cala.Jl!ento ste_ que foi feito custa dos proprietrios do ..mes!JlO, lugfl.r.; so em nmero de 9J contando 4 travessas, com 830 casas

    178 de telha, sendo apenas 14 sobrados, e - 152 de palha.

    Devia ser ste o mesmo quadro do ano de 1866, haja vista ter at havido um decrscimo no nmero de edi-fcios no periodo de 1860 a 1871, conforme poder ser comprovado cotejando-se aqules dados com uma infor-mao estatstica concernente a sse ltimo ano, na qual consta o nmero de 2 .196 casas - 1. 696 de telha e 500 de palha - em Macei, excetuando-se Jaragu, (3) bairro oue em 1871 sofrera acrscimo no numero de ca-sas - 350 - e- tmbm no de ruas.

    Das casas trreas e dos sobrados da nossa velha ca pital, nenhum dles vinha do perodo colonial .

    Macei - Manuel Digues Jnior quem escla-rece - no chegou a conhecer de verdade a vida colo-nlnl. Sua existncia :nleSma comea com o f:nprio:-de forma que as linhas arauitetnicas das suas edificaes Eto caracterlsticas do Segundo Reinado: o gsto pelo nzulejo nas fachadas; nos enfeites no alto das casas -rui pinhas, as figuras mitolgicas, os abacaxis; as casas Imprensadas umas nas outras quase sem ar, sem venti-lao, contrastando com aquelas casas largas e cheias

    ( 3) ESP!NDOLA, Tomaz do Bomfim. Geographla alagoana. ou descrio physica, poltica e histrica da Provncia das Alagas. Macei Tip. do Liberal, 1871, p. 185.

    -11-

  • de janelas do tempo da colnia; eis alguns dos traos mais evidentes nos tipos de construo em Macei. (4)

    Acrca de normas de edificao esta postura da Cmara Municipal de Macei, (5) extrada do seu pri-meiro Cdigo de Posturas, aprovado por Lei provincial n. 32, de 3 de dezembro de 1845, ainda em pleno vigor no ano de 1866:

    Tda casa que de hora em diante se edificar ou reedificar ter pelo menos dezoito palmos de altura. As portas que se abrirem, bem como as janelas de sacadas, treze palmos de vivo em altura e cinco e meio de vivo em largura. As janelas de peitoril tero oito palmos e meio de vivo em altura e cinco e meio de vivo em largura.

    Atravessando o municpio de Macei, apenas exis-tiam duas estradas gerais: a de Macei ento Impera-triz, hoje Unio dos Palmares. que se esticava quase numa linha reta, e a mais importante das duas, a que se dirigia desta cidade para Quebrangulo, internando-se em Pernambuco, atravs da qual se fazia o movimento comercial dos municpios por ela servidos: Pilar, Santa Luzia do Norte, Atalaia, Palmeira dos Indios e Assem-blia, a Viosa dos dias atuais.

    O seu estado de conservao era na poca to pre-crio, que a Cmara Municipal de Macei, em ofcio de 19

    ( 4) DlltGUES Jt:TNIOR, Manuel. dl,lvoluo urbana e social de Macei no perodo republicano>, in CRAVEIRO COS. TA. Macei. Rio de Janeiro, 1939, p. 2002)1.

    ( 5). GALVO, Olimpio Eusbio de Arroxeias e ARAUJO, Ti-breio Valeriano de. Compilao das leis provinci.ail; daS Alagoas de 1835 a 1872, Tomo II, Legislao e atos dos anos de 1843 a 1850, p . 157 .

    -12-

    de dezembro de 1866, (6) declarava: - Os melhora-mentos que carecem essas estradas, e mxime da que Rr dirige at o interior da Provncia de Pernambuco No inmeros porque ela. s t.em de estrada o nome. (o grifo nosso)

    Os pntanos proliferavam na cidade e, pelo inverno um gsto v-los de diversas formas, gneros e espcies nus ruas Augusta, parte da do Macena, Alecrim, e outras referidas nas posturas da ilustrssima, comentava ir-nicamente um reprter da poca. {7)

    Sery!Q. de lir:!!peza pblic~, como coleta de lixo, por exemplo, !12.. hav.ia.

    Os dejetQ_s humanos, que antes eram carregados em barricas, principalmente pelos escravos, enterrados nos fundos dos quintais ou atirad~ao mar, em 1866 j no podiam ~r jogadqs em....qualquer ..canto, ao capriliOos negros cativos. Em janeiro dsse ano, Rafael Arcanjo dn Silva Antunes, tenente reformado da. Guarda. Nacio-nal e Fiscal da Cmara. Municipal de MMei, em aviso publicado em jornal da poca, em que f.z questo de divulgar os seus ttulos, comunicava a todos os habi-tantes da capital, sujeitos a posturas municipais, que ('Ontinuava proibido o depsito de imundices e matrias f, p. 1.

    -13-

  • e cobertos com terra no campo margem do riacho Macei . (8)

    Era o que preceituava o artigo 12 da Resoluo n. 386, de 8 de agsto de 1861, que aprovava vrias postu-ras da Cmara Municipal de Macei, de cujo artigo cons-tava ainda o seguinte:

    Os lixos podero ser conduzidos a qualquer hora do dia; as imundices e matrias fecais s noite dentro de vasos bem cobertos, para no incomodar o pblico.

    E vinham em seguida as penalidades para os que infringissem o regulamento:

    . \''

    Os infratore.9 que forem forros sero multados na quantia de cinco mil ris, e na falta do pagamen-to dentro de quarenta e oito horas em dois dias de priso, e sendo escravos sofrero doze palma.toadas e o duplo na reincidncia.. (9)

    A limpeza das ruas estava a cargo dos seus habitan-tes. o que se depreende de uma postura (10) igualmente em vigor naquele ano de 1866:

    Os moradores desta cidade e seu trmo sero obrigados a ter limpos as testadas de suas casas, stios e fazendas at ao meio da rua. Os infratores sero multados em dois mil r:s.

    ( 8) O PROGRESSISTA. Macei, 9 jan. 1866, p. 4. ( 9) GALVO, Olimpio Eusbio de Arroxelas. Op. cit. tomo

    IV, Legislao e atos dos anos de 1860 a l867. Macei, Tip. Comercial de A. J. da Costa, 1872, p. 178.

    (10) --- Op. cit., tomo II, p. 160.

    -14-

    Agora uma outra pos~u.:;.:l, t~:1t~m curiosa, (11) a ~!"IJ>cito de incndios:

    .~ ti" - ,.._,... ~ "tl~,!l'~"'k-W(r.. 1 ......... - 4\N~;.~4~ , ...

    . . Quando haJa mccnd10 ser. ob:igado cada vizi nho do quarteiro em que le fr e dos quatro la-dos a mandar imediatamente, os qt~e -tiverem, um esc~avo com um b:-ir r il ce gua a. apagar o i;ncn

  • por edital, fornecedores para um alqueire de cal, areia e tijolos de 11 polegadas de comprimento, 5 1/2 em linha de largura e 1 1/2 de grossura>, (12) destinados concluso da referida obra.

    Na parte da frente do magestoso edifcio, j ento concluda, funcionava a Cmara Munlclpe.1 de Macei e a denominada Casa do Jri.

    Edificado se achava um raio do prdio do Hospital de Caridade, depois conhecido como Santa Casa de Misericrdia, sob a invocao de So Vicente de Paula, cuja pedra fundamental fra lanada em 7 de setem-bro de 1851, a esforos do padre Joo Barbosa Oordeiro.

    O Jardim Pblico do Largo da Matriz, inaugurado nos fins da administrao de Jos Martins Pereira de Alencastre, em 1867, estava ainda sendo nivelado, pre-parando-se o terreno para ser plantado, logradouro ste que viria a ser . (13)

    O servio de encanamento d'gua potvd do riacho Bebedouro. cujo contrato fra celebrado em 12 de mar-o de 1863, encontrava-se ainda em seu prin..:r-10 e a-meaado, de em princpio ficar. a no tomarse srias providncias, alertava um jornal da provncla (14)

    E enquanto no chegava a gua do cenear.umento>, os moradores de Macei iam se servindo d'bna das ca-cibas do Po, da Cambona e dos arredores do ca-nal da Ponta Grossa., dos rios Bebedouro e Ferno Vdho,

    (12) O PROGRESSISTA. Macei, 12 mar. 1868. p. 4. (lS) ALENCASTRE. Jos Martins Pereira de. Relat6rlo com

    que entregou a Presidncia da Provlncta das Alagnas no dia 10 de junho de 1867. . Macei, Tip. do Jornal Alagoa.-no, 1869, p. 14.

    (14) O PROGRESSISTA. Macei, 21 nov. 1866, p. 1.

    -16-

    ) srndo que de tdas estas guas a melhor a ~o t'tnl\.o Velho; seguese a do B~bedouro, tou1~ouraria da Provncia cm que chama os m~i;r~s~ados A lll'rtmatao do custeamento cos mesmos, c.; ... vmc.:o de

    mensal para cada um lampeo a quanL" ck }$500 IM. (17)

    Cada um dos mencionados lampees tkh:t a fra ct cdez velas de cra de seis em libra ( ... 1 com ~torr ld 1 de polegada de largura,.. ( ... )

  • Mas, convenhamos! j era um progresso. e gr.md co~parando-se com a epoca dos lampees ali ntnta
  • nhora do Livramenlo, ento modesta capela e fi:;.almen a de Nosso Senhor Bom Jesus dos Martrios.

    Vale contudo esclarecer que no era e~t::t frna magestoso templo dos nossos ruas, somente inaugura e~ ~O, ~e outubro de_ 1881. Era uma pequenu c~pel CUJO ~~1c10 da construao datava de 1836, erigida no me mo sitio onde se ergue a igreja atual, de onde e.n 11 maro de 1~66 saiu uma procisso, que petcLrreu ~as da capital, com um grande cro de an~o:, d m s1ca dos senhores caixeiros, uma guarda de hom a e n pequeno nmero de fiis. (20)

    . ~avia ainda u~ outro prdio digno de r~::;1stro, do ~n~co te~tro da cidade, - localizado na cni,> i11a d

    Rosar~o~ hOJe terreno baldio - pertencente Soci:>dad D~amat1ca P_articular Maeeioeme, o velho Tcutro ceroense, entao em obras, j existente no a. ~CJ de 183 conforme deixa transparecer o ofcio dirigido a 5 de mar o do ref:rido ~no1 ao negociante ingls Diogo l>u;:ne po; Francisco l>ias Cabral, Inspetor da Alfndega dt: Ma

    ce~, no qual m~nciona haver sido vendido por .Ju~ Hei (s1c) a Francisco Vieira. da Silva Lessa, o theatr i qu se acha colocado na rua do Rosrio desta v: :la.~. (21

    E pensar que a cidade j tivera tr'3s i_:,tro,.:;. n efervescncia dramtica em Macei! ( ... ) q1mndo tra balharam ao mesmo tempo - o Maceioense. :mne:rv e Aurora . . . (22)

    {20) O PROGRESSISTA . Macei, 12 mar. 1866 (21) REGISTRO do expediente da Alfndega de Macei 1827

    1841, apud. SANT'ANA, Moacir Medeiros de. Benedi Silva e sua 1>0ea. Macei, Ed. do A.P.A., 1966, p. 12 .

    {22) GALVO, Ollmpio Eusbio de Arroxelas. Mace:r e nmero 3 . Ulrio do Comrcio. Macei, 9 dez. 1861, p . S (sob as iniciais G.A.E.O., inverso das iniciais do no-me do autor.

    -20-

    Nos comentrios ~nteriormente aludido~, dv j~rnalllita da Crnica hebdomadria>, ao tratar _e1E rla ::.1tua-ct\o do teatro de Macei, le~brou a possib1h~:H'e ae s~ ujudar aquela sociedade particular, para ~" ... r a me nos uma distrao todos os meses para o pubhcc. - mas qual! Basta-nos as descomposturas jornalsti2as para roubar-nos 0 melhor tempo do nosso spleen~,

  • dores de e.laranjinhas> pelas ruas, ou que n:; expu. serem venda em casal!, pagaro a multa de cinoo mll r~ da cadeia. . . e o duplo nas relncld~nc~as .

    - ... .. :

    Mas o fato . que, a desi'>eito da proibio, continua-va-se a jogar, mesmo em desconhecidos, os limes de cra e as laranjinhas de que fala a centenria postura municipal.

    No dia 13 d~ fevereiro de 1866, houve quem criti-casse, nas colunas do Dirio das Alagou..~, o restabeleci-mento do entrudo, apesar de prnibido pelas autoridades, declarando qu~ no sbado, noite, sse harba.rlsmo fomava uma. atitude medonha.; Ilrincipalmente na. Dca. de Macei, ruas do Imperador, Pra.ia e do Saraiva. (25)

    Smente as festividades religiosas, como as procis-ses e as novenas no interior dos templos, seguidas dos leiles de prendas, abrilhantados com as msicas das fi-larmnicas, a queima de fogos de artifcios e outros di-vertimentos no pteo da igreja, reservado aos cham3dos festejos profanos, tiravam as recatadas e bem guarda-das sinhzinhas do aco::chgo dos lares, levando-as a misturarem-se com o povaru annimo da cidadezinha mais do que provincian:i . Sim, porque a nta ficava para os moleques! Era o pen.sarnento da poca.

    J ento existiam os famosos festejos extc:nos em louvor ao Senhor Bom Jesus dos Martrios, a Festa dos Martrios>, a mais concorrida dentre as festas de porta de igreja da capital, depois celebrizada em versos, pelo poeta conterrneo Virglio Guedes, (26) naquele

    (25) DttGUES J1'."IOR, Manuel. Um sculo de vida social>, ln Macei ----: Cem anos de vida. da capital. Macei, Oaso. Ramalho Editra 1989, p. 68.

    (26) GUEDES, Virgflio. A Fe:ota dos Marti,rios. Ma~c 6, ' Im. prensa Oficial, 193!, 23. p.

    - 22 ,f, '

    - ' u, ;_. -~ \l

    . I j dt) Nossa Scnhnra do Ro~:do, existente ;\ntiJ?a fotogra.ha da gre a. 'Himo plano r.s cm 1866. O velho lampeo que apucc.e ciuase cm n . l A' P A.)

    "nt1ruidade Jcl'ta loto (Da fototeca to . .quoda, atesta a 0 "

  • 'otografia do antigo farol dc.molitfo pouco depois de 149, cuja !>edra l unctamental fra lanada em ~ de dezembro de ~e que em 1866

    j guiava a-0s navegantes. (Da fototeca do A. P .A.)

  • no de 1866 iniciada com o novenrio no dia 19 de 1gsto .

    - .,

    De tais festejos fomos encontrar saborosa descri-~Cio por jornalista que escrevia em um dos peridicos mnccioenses.

    Depois de descrever a iluminao no pteo onde se 1 11 llzavam os festejos externos, iluminao que enchia de luz o vasto quadriltero, por onde se derramam on-dnR de harmonia de uma banda de msica, o nosso cronista alude s faccias do leiloeiro, o riso, a graa, 1 rachinada da molecagem a acotovelar-se, a assobiar, a pt'lclpitar-s.e em ondas paro. qualquer parte a que os uuh\ o seu chefe; o farfalhar das sdas que se roam; o rumorejar dos bales que se chocam; o cheiro dos per-rum,s que se aspiram; o chiste das pilhrias que se jo-nm; o ondular das cabeas que se atopetam; a alegria

    QUl' ~e divis::i. em milhares de semblantes; todo sse pouco dt tudo que se v nas grandes festas, inebria o corao

  • 4!:ia fabricante e afinador de pianos, e que avisava en contrar-sc em Macei, para os misteres da sua profis-so>, podendo ser procurado a qualquer hora na loja n. 42, do relojoeiro Albert-O Ascoff, (29) de nacionali-dade alem, que em junho seguinte associou-se com ou-tro colega de profisso, o francs Antnio Fabvre .

    .. .uo piano - mforma Manuel Digues Jnior - a influncia em Macei foi grande. Aprendia se em tdas as casas; mocinhas tocavam valsas romnticas, polcas sentimentais. le trouxe vida de Macei uma verda-deira revoluo . Sua entrada nas salas provincianas marcou uma pcca. E surgem ento os recitativos ao som da Dalila; as mas cantam rias ou mesmo val-sas acompanhadas pelo seu professor ou por algum pia-nista, arremata o historiador da nossa vida social. (30)

    Em 1866 no existiam os chamados fortes de So Joio e So Pedro, construdos no Govrno l\lek> e Pvoas, o primeiro dles cm a pedra fundamental lanada em 13 de maio de 1819.

    Em 3 :ie aezembro do citado ano de 1866 foram expostos arrematao pblica os diversos reparos das peas que se achavam no forte>, bem como , na poca ora deno-minado Liceu de Macei, ora Liceu Provincial, contava 17 anos, criado que fra em 5 de maio de 1849, e fun-cionava em um velho edifcio de taipa, no Largo da

    (29) (80)

    (81)

    O PROGRESSISTA. M-acei, 2 jan. 1866. p. 4. D~GUES JNIOR, Manuel. Um sculo de vida sozlai>, clt. p. 71. O PROGRESSISTA. Macei, 81 dez. 1866, p. 4

    -24-

    t bm alojadas a Biblioteca ~!ntriz, onde _se. achava~ ~ria Geral dos Estudos da l 'bli.ca. Prov1~Cial e a ns:.':sentemente se encontra ecli-Provincia, ~. 1ocal on1de. P. Fiscal do Tesouro Nacional. ficado o oredio da De egac1a

    - eis os lentes do Liceu nesse perodo: Dr. ..t!.f".UU s d 1 (Geografia) ; Padre Manoel Tomaz do Bomfim ~i;:n . 0 a. (Latim) . Dr. Possidnio de

    Amncio das ~ores 3.\;s . Dr Jo~ Alexandrino Dias Carvalho More.tra (Frances) : s (Portugus) r ) . J s FranctSCo oares d~ Moura. (Ing :s. B~l.. d Cunb.a (Geometria). (32) l' Dr. Jose Antruo iML'il. a . .

    . 1866 unicamente exlStlam De carter particular, e~ , io Nossa. Senhora dois educandrios ei:i Mace10, ar~ol~cninas fundado a

    da. Conceio, excl~~~~me~~~i~do pela Prof essra Afra 7 a.~ setembro de d : lecionado o portugus, fran-Pe "eira Branco, on e eia . . S"o Domina-os desti-

    o Colcgto ... ~ , cs, geografia e mu~1ca, e 5 a 'sto de 1863 e diri-

    . os criado em e ago nado a merunh ' . d Professor Domingos Bento da Moe-gido pelo con e.c1 0 d li 0 portugus latim, fran-da e Silva, lec1onan o-se a ' ' cs, ingls e msica , .

    ht de 1866 ssc ltimo educandar10 c~-A 5 de ?"' 0 u 39 aniversrio, com lada1-

    nll'morou festivamente o se uza Frnncisc1;> Peixoto Duar-nha cantada ~los padres CSo ta , asslS tida por inmeras

    ln, Jnnwm da os 1 al te e a.e.:> ..,_. , ntrc elas o Presidente, em outoridades da Provincia, e . dadc Aps o ato reli-

    . "ssoas de nossa soc1e < cl

  • Escolo.s publicas de primeiras letra dentro do pe-rmetro urbano da cidade, funcionavam seis, sendo trs para o sexo masculino e as trs restantes para o femi-nino .

    Os meninos estuciavam com Camilo Lel-es Pereira da. Oasta, na ma do Livramento, que tinha 189 alunos matriculados na sua escola, ou com lU:mocl Joaquim de Mora.es, na rua Augusta, com uma matrcula de 159 alu-nos, ou ento com SHvesfre Antn'.1:> dos Sanfos Jnior, no Largo dos Martrios, que lecionava a 69 meninos.

    J as meninas frequentavam a escola da profcss-ra '.l'crezi Marla cb O:>sta Espinoza, na rua da Boa Vista, cujas sa,Jas de aula eram frequentadas por 68 alunas; a de Jooof2, Pereira Bastos, na rua do Macena, com 67 nlu-no.s matriculadas, ou finalmente a de Rit~ 1.-eopoldina de Mesquita Soa:.-cs, onde se achavam m:itriculadas 58 alu-nas. (34)

    Como seria o mobilirio de urna desso.s escolas pri-mrias?

    Em um antir:o Rclat6rio do Insoetor dos Estudos da Provncia o Dr. Tomaz do Bamfhn Espnciola, (35) fomos encontrar, dcvidzmente rclacion:.idos, todo:; cos objetos que devem compor a moblia de uma escola p-plica de primeiras l~trGS:.>:

    (34) MAPA geral .

    Circulavam na cidade quatro jornais de vult, ~ li . d Ala oas Jornal de Macei, O Progressis ' gi ~~~ca!':u de ~~oas, alm de outros de menor porte.

    (36) O mais ant!go ento em circulao era o Elrio

    cb&it Alagoas, surgido e~ 1 _de ~a~o de 1858, e nosso primeiro jornal de pubhcaao diana. (30) Para os informes a respeito do assunto aqui t~a.tado, ser.

    vimo-nos de livro de nossa autoria., ainda indito: A 1Jn. sculo nn.sf!OOo. (Prmio cidade de prensa. nmceloense no -

    Macei - 1959) .

    -Zl-

  • ;1'ertencente ao cnego Ant . publicado ininterruptamente d ~ mo Jose da Costa, foi pressa na Tipografia Comer . : :1te 35 anos, e era im-talada na rua do Comrci c1 e Mo_raes & Costa, ins-mente mudada para Tipo'ir::n 6~ razao. social posterior-Costa, depois que a ul a omerc1al de A. J . da scios da firma delaq pa: sacerdote, . ~ dos primitivos

    , sou a proprietrio exclusivo. De 1860, 1 de junho . .

    de Macei, substituto d'O ; o apar_eci:rien~ do Jornal rado. empo, orgao liberal mode

    Ao surgir o Partido Pro que o prprio Partido Liber l ~res~1st~. nada mais do ~ue. pudesse, acima dos anti a, mais hberal, mais forte, mstltuies monrquicas (~~~ to~nar-se o baluarte das ~ou-se rgo oficial daqu~le . ornai de Macei tor-1mpresso na Tipografia p pa~do, passando ento a ser ta

    37 rogress1sta na rua d B .

    , n. , tendo sido substit 'd ' a oa Vis pelo Partido Liberal. ur o, em setembro de 1867,

    O Mercantil das Ala oas se publicaram no decorre~ d outro dos peridicos que de setembro de 1863 e 1866, apareceu no dia 2 le tambm surgiu ~a c~~ 0 n?me de Mercantil e com publicac--~o de um jornal ~v1~~1a_; a. tentativa inicial da

    . e1ao mdependente . ~ra impresso s segundas

    na Tipografia Imparcial AI ' qu~s e sextas-feiras adquirida no Rio de J ~goana, CUJa maquinaria fr~ Ca.stro Aze aneiro, por Boave tur J '

    e vedo, seu proprietr n a ose de 10. Em julho de 1865 ue para O Mercantil das Ai alterou a sua denominao

    uma clusula do contrato ~:i:~admudana imi:osta por o com o governo pro-

    (87) DIJDGUES, .:Joaquim 0 . . Rev. lnt!I~. Arch. e~ ~~e1ro dirio em Alagoas:..

    gr. ,,.oano. Macei, v . .XII, 1927.

    -28-

    llll, a 8 do citado ms e ano, para a publicao do 111\1 txpediente.

    P'..ste jornal, que se retirou da circulao ainda no aludldo ano de 1866, possuiu o primeiro prelo mecnieo Provncia, do conhecido fabricante Alanzet, importa-.. da Europa pelo seu dono.

    Aparecido em novembro de 1865, O Progressista era Wo do partido de idntico nome, e se publicava di fiamente, sob a direo de Joaquim Jos Vieira da. Fon-

    Impresso na Tipografia Progressista, na rua da Boa Vlata, n. 37, pertencente ao proprietrio dste es-tabelecimento, o Bacharel Flix da Costa Moraes, era redlgldo pelo Dr. Mariano ;Joaquim da Silva.

    Dissolvido o Partido Progressista em julho de 1868, o jornal alterou a sua denominao para Unio Liberal, 1 25 de agsto daquele ano .

    Dentre os peridicos de menor porte, que circula-ram no ano de 1866, destacamos O Bpede, cujo primeiro n(amc>ro data de 2 de setembro do mencionado ano.

    Dizendo-se crtico e joco-srio, era impresso na Ti-pografia Popular, de A. G. da R. Algarro - Antnio Qrldano da Boob& Algarrio - instalada na rua do Li-vramento, n. 12, de onde saiu apenas durante os cinco domingos de setembro de 1866.

    Pertencia ao proprietrio daquele estabelecimento tipogrfico, que acumulava igualmente as funes de re-dator.

    Custava a sua assinatura mensal a quantia de 500 rols, cpaga adiantadamente>, e a flha avulsa, 120 ris, tendo sido o primeiro rgo da imprensa alagoana a uti llzar a xilogravura.

    I' -29-

  • Ao alto da primeira pgina do seu exemplar n 5, do ano I, de 30 de setembro de 1866, com o qual retirou se da arena jornalstica, por cima do titulo, estampava um busto de homem, com a cabea de burro, entre duas charges:. polticas, em versoos, endereadas, ao Dr. Ma ri.ano Joaquim da Silva, redator-chefe de O Progressista, que transcrevemos como amostra da violncia do jorna-lismo poltico da paca .

    Dai-me passagem, senhores, Que eu sou rapaz AFAMADO, Embora por desabrido Me tenham vis faladores, Eu tenho imensos primores De envolta com safadezas, E por tamanhas proezas Sigo Crte em comisso Para1 l na exposio Praticar mil GENTILEZAS:.

    No serve nem para carga Por ser um burro safado, Infame, vil, desbriado QUEM TEM A CARA TO l

  • Existenie em 1866, o "Palacete Baro de Jaragu", em cuja ala direita. a.chase instalado o .Arquiv0 Pblico dE' Alagoas, serviu de pao imperial quando da visita de D. Pedro li a

    !\'lacei, em 1859. Era ste, sem nenhuma modificao, o aspecto dste logradouro no citado ano de 1866 (Da fotot.eca do A P. A. )

  • VelJJO aspecto da I'taa D , Pedro ll, destacandoS

  • Em um dles, Amrico Netto Finniano de Mo~. lo fundador e um dos Presidentes da ASSOCIAO MERCIAL DE MACEI, avisava ao pblico a fuga,

    5 l'tendo recompensa pela captui'a, do seu escravo ndo, de 18 a 20 anos, mulato e bonita figura, sa-o ler e escrever. (38) Visando reduzir ao mnimo a fuga dos escravos,

    \'n-se de vrios artcios. Um dles era o t~e olhcr, s -9 horas da_ poite, anunciado pelo sino da trlz de Nossa, Senhora. dos Pra.zeros.

    E, todo o escravo que fssc encontrado aps aquele .-iu", semescritoe seu senhor datado do mesmo diA., 1'0 qual declare o fim a que vai, ser recolhido priso e '1Ultndo o se;ibo:r_em 3$000; e caso recuse pagar sofrer 90 aoites o escravo e ser slto. Era o que estipulava p~r.grafo 4 do titulo 79 das Posturas Municipais em \110r ..

    F.xcetuava-se, no caso, apenas quanto dafa do a-Wldo escrito, esravo ou escravos cujos senhores mo-

    rem fopa da cidade e seus subrbios>, conforme cons-' tnmbm do aviso da Secretaria de Polcia da Pro-

    ncho pblico da poca, Numa. Pompilio Pa.s.Ws, estam-,ado no aludido peridico a 16 de novembro daquele ano etc 1866.

    o PROGRESSISTA. Macei, 2 jan. 1866, p .. -31-

  • LEILAO de

    um escravo

    Sbado 17 do conente

    Numa Pompilio Passos, competentemente rizado, vender em leilo no mulato Pedro, que foi do padre Wanderley, tem anos de idade, sadio e muito habilidoso, coz'nha um grande jantar em que haja assados, mass dces, engoma perfeitamente bem, boleeiro, peiro, o que aprendeu em Pernambuco, onde es alguns anos, e finalmente trabalha de pedreiro e 'tor.

    No ms de fevereiro dsse ano de 1866, Jos cisco da Silva Braga, farmacutico formado pela Es la de Medicina da Bahia, estabeleceu-se com uma bo na rua do Comrcio, no prdio de n. 214; junto ~ l do sr. Eugnio, segundo curiosamente registra o anncio estampado em jornal de Macei. (39)

    Silva Braga, contudo, no se achava s no mercad J existia a Pharmcia 'llnperial de outro frmacutt' formado naquela mesma faculdade baiana - Clau Falco Dias, em cujo esabelecimento, localizaqo na do Comrcio, n. 55, podiam ser encontrados rnedicarne tos franceses e americanos, alm de -colares elec magnticos contra os males da dentio e os seus p parados Extrato de Leite Virginal'> e o

  • . Eram sete, ao que parece, os mdicos aqui es c1dos naquele afastado ano de 1866: Dr. Joo Dias Cabral, o futuro scio fundador e Secretrl ptuo do Instituto Arqueolgico e Geogrfico Ala fundado a 2 de dezembro de 1869, formado pela dade de Medicina da Bahia desde o ano de 1856 e

    ' a estudos histricos; Dr. Jos tAntnro Bahia da formado igualmente pela mesma Faculdade e len Geometria do antigo Liceu Alagoano; Francisco J Pereira da ~fofa, mdico da Enfermaria Militar da pa de Linha; Dr. Policarpo Jos de Souza Dr. T do Bomfim ,Espndola, na poca tambm Presiden Cmara Municipal de Macei, Inspetor da Sade P e Provedoria do Prto, Inspetor Geral dos Estud Provncia e lente de Geografia do Liceu conhecido .da primeira geografia publicada em Afagoas, por goano - a Geografia fsica. poltica, hist-Orica e trativa. da Provncia das Alagoas, impressa em Ma no ano de 1860; Dr. Roberto Calheiros de Meto. fo na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em dez~mbro de 1848, deputado geral por Alagoas na

    ... legislatura (1857 a 1860), deputado provincial nas e 15a. legislaturas, coITespondentes ao perodo 1850-1 e 1864-1865, Vice-Presidente da Provncia em exe11 da Presidncia por inmeras vezes. dentro do per compreendido entre 1854 e 1865 e Inspetor da Alfnd

    - de Macei, a partir de 1866,

  • O ~ta que acabava de be sortunento de dentes e m ~ece r um completo ra chwnbar os mesmos assas de d1v~rsas finalidades pa-habilltado a exercer a' :ro: este_Ja competentemente colocando dentes por m . d o acuna mencionada j de presso de ar a todose100" e colchetes, j por ~eio

    ed. .1.erece seu rum

    m 1ante paga razovel pod d muto prestimo curado a qualquer hora , d ~n o ser para tal fim pro-RO-CABELEREIRO . o dia e~ s~a loja de BARBEI-, a rua Comerc10, n. 49

    O dentista ciste annci do seu colega Jos An 1 t o er~ uma verso meJhorada oito anos antes em 18~~ e o, emigrado do Recife, que h ta cidade, na 'rua do A ~~contrava-se estabelecido nes-

  • Jarugu Trapiche da Barra no dia 27 do mc.~mo ano.

    E antes, - de se perguntar - como se locomovia mos maceioenses? Em cavalos ou em carrua~ meThor, emca1~os, como ento chamavam s viatUI puxadas por sscs animais, como os da emprsa> d major Manoel Ma.rtins de Miranda, que anunciava e maro de 1859 encontrar-se com os seus carros cm con dies de atender s pessoas que dles se quizesse utilizar, ( ... ) procurando-os a qualquer hora que s ro prontamente servidos. ( 49)

    Anncio assinado por W. Gnch, comunicava n par tida para as Mangabeiras, em dezembro de 1860, dos veculos Porguesso e ~fa.chambomba, (sic) sem dvid< para os que iam passar ali os festejos nutullnos.

    0.s billletes de passagem custo 400 ris a dinhcir vivo bolindo no escritrio da estao m ladeira do AJ .. garve (rua do Imperador, nas alturas da Catedr

  • J-:m 1866 era {:str o Quartel da Trnpa d-. Linha Atu:dn'ent1-, com modifka.t.s em .;n~ Jinhas .i111uitt"ti111!ca~ .. uo mcMuo pr:.tfa eu~or:tra ~e aquartelateca \!o A P. A )

  • Prdio do Hospital de So Vicente na primeira dcada do sculo atual. Era ste um dos poucos edifcios de vulto ex.istentes em .:\lacei no ano de 1866. (Da fototeca do A.P .A )

  • ,

    A 2 de abril de 1865 o citado Flix Bezerra publicou m A viso aos Assinantes do Omnibus e ao pblico des-1 n cidade { ... ) que tinha

  • A 22 de dezembro, O proprietrio do OMNIBUS> avisava que, a pedido de vrias pessoas, faria seguir na-quele dia s 3 horas da tarde, o OMNIBUS-BEBEDOU-RO para o FERNO VELHO levando nesta ocasio os

    passage~os que tm de ficar no Bebedouro, cobrando a quantia de Cr$ 3$000 por pessoa, da capital para Fer-no Velho e 2$000 para Bebedouro. (55)

    Para se aquilatar o quanto era caro o preo das passagens para Bebedouro, - 2$000 - ou sejam dois cruzeiros na moeda atual - basta-se cotej-lo com 0 cobrado no mesmo ano para o percurso Macei-J aragu que era de 320 ris. '

    que para aqule aprazvel stio apenas se transpor-tavam os abastados, que nle iam passar os fins de sema-na, ou a galharda-rapaziada, amiga de gozar ps perfu-mes e encantos naturais da bela povoao do Bebedouro conforme adiantava liricamente em anncio d,e ags.t~ de 1870, o sr. Manoel Cabral Bo.rges, proprietriO de um estabelecimento de carros de aluguel, entq"o nico dste gnero nesta capital, no qual comtmicava- ;tam-bm a diminuio do aluguel de um carr p..1:ra. ~uma at quatro pessoas, destinado quele arrabalde pr.>a insignificante quantia de 100$000 por ms, pagos Pcilan-tadamente. (56) : ' .

    ' - ' . ..

    * * * ' . ; .~

    ...

    Com um tiro de canho postado no alto do oiteiro do farol, o comrcio de lVIaMi .tomJ.va conhecimento, em 1866, da chegada dos vapres no ancoradouro de Jq~ ragu.

    (55) O PROGRESSISTA. Macei, 22 dez. 1806, p. 4. (56) DIARIO DAS ALAGOAS. Mii.cei6, 29 ag. 1870, p. 3 ..

    -40-

    .: ...

    Anos depois, no dia 19 de maro de 1877, contudo, tiro de pea foi substitudo por uma inovao - o

    li\gl'afo tico . Acostumada de longo tempo a populao da capital

    a ter conhecimento da chegada dos vapres neste prto filo meio at hoje empreg~do, muito tem :_stranhado o 9'(>vo sistema adotado e diversas reclamaoes nos tem

    o dirigidas no sentido de representarmos a V. Exa. ntm a extino dos tiros de pea dados no alto do rol para assinalarem a entrada dos vapres, oficiava Prlsidncia da Provncia, em 8 de maro daquele ano

    1877, a ASSOCIAO COMERCIAL DE MACEi. Cl'f)

    Achando justas as reclamaes que nos tem sido ltn11, - prosseguia o ofcio citado - resolvemos rog_ar v:, Excia. que se digne pedir ao Govrno Imperial fltlHfao de to justo reclamo, uma vez que a popu-Ao por l~, tanto se interessa. As autoridades imperiais, contudo, no atenderam

    t1tdlclo, tanto que j em pleno regime republicano, em J continuava aqule servio a funcionar, no morro

    'h1l, porm com outra denominao: telgrafo se-rko. (58)

    i'm nmero de ~eram as e!!}PrsGs nacionais de suao. costeira cujos navios, em 186 , fazlam esca-

    no prto de J aragu: a Companhia Brasileira de_ Pa-tr.11 1t Vapor, Companltla, Bahia.na de Navega~ao e 1,,.nhla Pernambucana de Navega~o.

    1856-1877 (Correspondncia rec~bida). M11'r,o 13, Est. 2, do APA.

    t Al~MANAK do Estado das Alagoas. Macei. Tip. do Gu. ~blag~ 1891, p. 157.

    -41-'

  • Atravs. dos . jornais da poca pode-se acompanhar quase que dia-a-dia a chegada dos vapres ao nosso pr-t?, os seus .nomes, nacionalidade, emprsa a que perten-

    c1~m e, mais da vezes, at a tonelagem e 0 nmero de tripulantes: Tocantins, de 750 toneladas e 50 tripulantes Cruzeiro (b Sul, de 1.100 toneladas; Paran e Guam; todos pertencei;tes Companhia Brasileira de Paquetes a Vapor; Para1ba, de 104 toneladas e 20 tripulantes Mamanguape e Pcrsinunga, da Companhia Pernambuca~ na de Navegao; Valria de Sanimbu, Cotinguiba e San-! Cruz, da Com12anhia Bahiana de Navegao, todos eles a vapor. E nao s dos vapres, mas de outras em-barcae~ n8:_cionais, bem assim das estrangeiras, como a barca inglesa Izabell!t Raidley, de 336 toneladas e 13 tripulantes; Sateliti. gale.ra. igualmente inglsa, de 1. 006 toneladas e 20 tripulantes; Emlia, escuna portugusa de 108 toneladas e 8 tripulantes; l~tiaso; 1ugre tamb~ portugus, _?e 216 toneladas e 10 tripulantes; Kepler,

    bba.rca alema dde 449 toneladas f! 11 tripulantes; Mary, '1gue sueco e 280 toneladas e 11. triplantes Newton va~or ingls de 698 toneladas e 35 trinulAIJt@s, entr~

    muitas outras embarcaes .dos mais variados/ tipos e tamanhos. . . :;.. .

    Todavia, atravs dos Mapas sbre a . n~~;e(Yao desta Provncia, com referncia ao ano . de 1866t re-metidos pelo Capito do Prto, Joo Manuel )le l'foraes e Vale Presidncia da Provncia, capeados do . fcio de 30 de abril de 1867, (59) possvel saber no s a nacionalidade das embarcaes, como o dia da entrada e o da sada do prto, tipo de embarcao,,. procelncia, destino, tonelagem e equipagem, com a indicao do n-mero de tripulantes livres e escravos: .

    (59) CAPITANIA DO PR'l'O. 1866-1871 (Cor~espondncia re-bida) Mao 20, Est. 9, APA.

    -42-

    So extrados daqules Mapas os informes concer-n

  • Feito o contacto atravs daquele comerciante, nossa Associao Comercia] enviou sugestes ao Co lheiria Francisco Carvalho Soares Brando, Presidente Provncia, remetendo inclusive uma minuta de contra a ser celebrado, como de fato foi, entre a Provncia a Real Mala, capeado do ofcio de 6 de maio de 187 (60)

    Tornou-se, assim, possvel, aos nossos comerciant importarem as mercadorias que necessitassem da Eu pa, sem ser atravs de outras praas do Imprio, e se o pagamento de onerosas comisses. .._ E os preos das mercadorias na poca, daquel

    velhos e saudosos tempos?

    Acompanhemos, atravs dos pitorescos anncios e tampados em peridicos do passado, os preos vigent naquele longnquo ano de 1866.

    Em janeiro dsse ano, o negociante Mf!,noot Te xeira. Pinto anunciava a venda em seu estat>elecimen localizado na rua da Boa Vista, n. 5, de- um nomple sortimento de novos gneros: batatas muito novas a i ris a libra; frascos de amendoas coberts 2$200; p sas 600 ris a libra; figos 240 ris a libra; vilahos~ tla gueira, superior, 600 ris, 560 e 500 ris a garrafa, ca nadas por ajuste . .. > (61)

    Francino T2wares da. Costa, que viria a instalar do' anos depois, em 1868, a nossa primeira livraria, -Livraria Francino - vendia em seu estabelecimento c mercial, na rua do Comrcio, n. 108, ao lado de f a zen das e quinquilharias, entre outros o Dicionrio de med cina. domstica e popular, de Langgaard; os Elemcn

    (60) ASSOCIAES. 18781885 (Correspondncia Mao 14, Est. 2, do AP A.

    (61) O PROGRESSISTA. Macei, 2 jan. 1866, p. 4.

    -44-

    rithmetica, de Bizout e os MetoO:os completos para erol~o e flauta, de Devienne e Carcassi. (62) - ~- p dro

  • PAUTA SEMANAL - . "'" t~;;!tf.~ ';"'~ . r~,,:...:v:~~~

    dos preos dos gneros nacionais sujeitos a direitos de exportao na semana de 19 de janeiro a 6 do mesmo ano

    Aguardente de cana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . canada Dita de dita ou cachaa ............... . Algodo em caroo ou descaroado imper. !lrroba

    feitamente .. ' , ........ . ............. Dito em rama ou em l . . .... ,. ....... . Arroz em casca ....................... . Dito descascado ou pilado .............. . .car branco .... .. ................. . Oito refinado ......................... . Dito mascavo ou mascavado ... : ........ . Caf bom ............................. . Dito torrado ................... ., .. : ... . Carne sca (xarque) .......... ., ..... ~. Cra em velas ............. . .......... :.1 Ch .................. . .. : .. Charutos sltos ............... , ......... . Ditos encaixados ................. . .... . Cigarros de palha ................ ... ". Ditos de papel ....................... i

    "

    "

    libra arroba libra

    "

    Ccos de comer ........................ . cento Couros de boi ......................... libra Ditos salgados ............ . ............ 'm Esteiras para frro ou estivas . de navios .. Esteiras de periperi .................... Farinha de mandioca ................ . Feijo de qualquer qualidade .......... Fumo e milha, bom .................. . 1'enha em achas ................... : .. . Mel ou melao ........................ .

    \lilh~ ..................... . ........... ")leo de mamona ou ricino

    46

    cento uma .arroba

    cento libra arroba lib_ra

  • ~

    D'.::rio O.as Alagcc.~ .l.l' 7 de setemlno de 1865, um ano antes da instalao da ASSOCL.\. AO CO.Mf.ltClAI, DE l\1ACEl0, data. em que ste dirio ainda circulava.

    (Da hemeroteca do A.P.A.)

  • 1 do dito puro . . . . . . . . . . . . . . .... ftlu de cabra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . uma &,lltas de carneiro . ..................... . f61vora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . libra "p .... ....................... ... .. .. . .. bo comum ou de lavagem ......... . .. , comum ou de cozinha . . . . . . . . . . . . . . . '3.lquelre .. b em velas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . libra loln. da terra ......... ... ..... .. .. .... . r1bACO em p . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . arroba faploca ............................... . Unhas de boi ... . ............. ... . ... . '1'1111clnho ou banha salgada ou em snlmora cento

    S50'l S400 sioo

    1$GOO 1$200

    SlOO S600 S400 $400

    !OSOOJ 9$000

    10$000 1$280

    Alf.ndega. de Alagoas, 80 de dezembto de 1866. O Ins ~or - Jos Antnio de Ma.galhes Basto~.

    Dos gneros constantes da Pauta transcrita, apenas o mel ou melao e as unhas de boi aparecem com os pre-ces majorados na Pauta Semanal> atinente ao perodo dl' 2;? a 29 de de7.embro de 1866, j que ali foram cota-dos a $140 ris a libra e 2$000 o cento, respectivame~tc Quanto quedas de p1eo, as maiores acorreram com o algod~o em caroo; algodo em rama ou em l e com t> acar branco, cotados em dezembro de 1866, respec-tivamente a 3$000, 12$500 e 2$100 a arroba.

    Joo de Almeida Monteiro, mais de uma vez inte-irante 'da Diretoria da nossa .Alssociao Comercial, ulm de Agente da Companhia. Bahiana. de Na,rcga.o, Ma proprietrio de uma refinaria e torrefao, na qual l'm maro d 1866 vendia, conforme anncio estampado eim jornal da te1Ta, acar refinado branco a 4$800 ris a arroba e o mascavo a 3$800; e caf moldo a 12$000 a arroba.

    -47-

  • peas) l guarda.loua, consolos, bancas, mesa donda, canap, cadelra.$ simples e de brao, bros, mangas, espelhos, l cortinado, alm de tea de mesa.

    As 11 boraa do dia.

    Falamos at agora em preos de mercadorias. salrios dos trabalhadores naquele ano de 1866?

    Um documento coevo, ofcio dirigido Presid da Provri.cia em 19 de dezembro do mencionado pela CiDlal'a Municipal de M.aeei, veio permitir fi mos a par dos salrios dos trabalhadores da poca,

    clusive do trabalhador rural, e no s tambm do o rrJo comum, como igualmente do especializado.

    Naquela correspondncia a nossa Cmara Mu pai teve o ensejo de informar que o salrio dos ope rios que se empregam nas obras pblicas e partlcul regula de um a quatro mil ris, e os dos serventes e balhadores que se empregam nas mesmas obras e agricultura regula de 800 a 1$200 ris>, por sem (71)

    (71)

  • . ANTECEDENTES

    Ao iniciar-se 1866, ano da fundao da ASSOCl.Ar l) COMERCIAL DE MACEI:, a ento Provncia das lu~oas era presidl.cla pelo Dr. Esperidio Eli de Bar-

    t'imentel, nomeado a 8 de julho do ano anterior, e ui chegado a 29 do mesmo ms, para tomar posse do 11:0 d(ns dias aps .

    O Imprio do Brasil h um ano e trs meses acha-1&-sc eo.golfado na Guerra do Paraguai, e as suas armas ~aviam colhido os triunfos de Riachuelo, Paissandu e ruguaiana.

    A grande repblica americana do norte lutava ainda m grandes dificuldades para a reorganizao dos es-

    tAdOs sulistas, cujos exrcitos haviam sido batidos numa l't.'hida guerra civil de quatro anos - a Guerra ja Se-resso.

    Mais em decorrncia desta guerra civil, na dcada dt 1859 a 1869 no s o comrcio de Macei como o de toda Provncia das Alagoas, que gravitavam principal-mente em trno do acar e do algodo, teve um gran-de desenvolvimento, mais acentuado de 1862 a 1868, jus-1 tlmehte no perodo daquela guerra e nos primeiro

  • res inglses, trazendo -em consequencia a elevao preo do produto e o aumento do seu plantio .

    E tal desenvolvimento poderia ter sido maior, estivesse a Provncia encravada entre os dois cent comerciais que a comprimiam - Pernambuco e Bahia e no viesse tambm a se ressentir com a falta de b os na lavoura, agravada pela Gu~rra do Paraguai, pa cujos campos de batalha contribuiu a pequenina .! co povoada Alagoas, em vrias administl"aes, a p tir da presidncia do Dr. Jo1> Batista Gonalves Cam com quase 4. 000 homens.

    No tocante ao comrcio de Macei existia um f tor prejudicial ao seu completo desenvolvimento: -concorrncia que lhe movia a florescente vila do Pilar - /ocalizada em. ponto central, em comunicao com mar atravs das lagoas e canais da regio - aond chegavam mercadorias vindas de Pernambuco, no su jeitas ali tributao imposta na capital, dando Juga a que o comrcio. de Macei, notadamente o reta~hista, fssc paradoxalmente menos movimentado do que o da-quela vila, para onde convergiam os negociantes d principais pontos comerciais da Provncia, a comear pelos de Macei, seguindo-se os de Penedo, Camal'agibe e So Miguel dos Campos, para ali suprirem-se de mer-cadorias mais ~m conta.

    Clamava principalmente o comeriante maceioense, contra a cobrana do impsto sbre bebidas alcolicas, apenas exigido na capital.

    O nosso comrcio igualmente se achavu a braos com o problema da inexistncia de estradas de forro e de boas estradas de rodagem para escoar os produtos da Provncia, haja vista a grande quantidade de algodo que saa dos nossos centros de produo diretamente para Pernambuco, j que os agricultores alagoano.:J atin-giam com mais facilidade e menos despe3a a capital

    -54-

    .,,,i crdito e o Wco , ~ro est.abelecunento c:'MEllCIAL - ste

    Do nosso P 1866 - a CllXA A-.. 1ro de 1856. . msiente em ._ .. de 2'2 de ........ aqw. --a-1uvo, ela- )

    Estatuto, o v- U ...... o. do A.P.A. (Da bib o..,-

  • Anncio comercial de 1866, - O progressista, 3 fev. 1866 - por onde se v que o colllrcio de confec

    es no do!I nossos dias (})& bemeroteca --- do A..P .A.) ___.--

  • ,

    mbucana, servida por ferrovia, do que o ancora-ra de Jaragu, aonde chegavam os produtos onera-

    t>elas despesas resultantes das viagens atra\.S de 1,les veredas, pomposamente denominadas esnadas.

    A carncia de estradas de rodagem, entretanto, cau-ra da dificuldade de ligao dos centros pr >duto-nos portos de embarque do litoral, no era apenas

    orrente dos minguados recursos financeiros da Pro-ncla. A descontinuidade administrativa, oriund" das rvitantes substituies dos nossos administradores, tra-

    como funesta conseqncia, a paralisao, pelo Che-do Poder Executivo substituto, dos servios de cons-

    truo de estradas por ventura iniciados pelo anterior, ,.,. em seguida atacar em outros pontos, dando ensejo 1 ll' perder o que com sacrifcio j fra comeado.

    de se acrescer ainda o fato de que a administra-GAo ~elas (de estradas e outras obras pblicas) nesta .provncia tem servido de meio de esbanjar dinhebo pe-la influncias locais,., declarava a C.mara. Municipal de ,....i, em oficio de 19 de dezembro de 1866, erviado tm resposta a uma Circular da Presidncia, datada de :I:\ d~ agsto do citado ano, (1) por onde se comprova que o mal antigo; a corrupo no dos dias atuais.

    Quanto indstria, destacava-se pelo vulto de em-11rt.'Cndimento. a fbrica de tecidos da Companhia Unio ercan~ que comeara a fazer funcionar os sem. tea-rt~ em 1864, com uma produo de 3. 592 peas ue pa-nos grossos, de algodo, aumentada para 4. 773 peas,

    rro ano de 1866. A referida Companhia fr fundada em Macei em

    :\ 1 de janeiro de 1857, por Jlls Antnio de Mendona,

    1 1 l cA.?vtARAS MUNI CIP AIS. 1865-1866 l correspondncia re cebl.do.) Mao 2S, Est. J.8, do Arquivo P(lblico de A'agoas.

    -55-

  • Baro de J aragu, com o capital fixo de cento e cin-quenta contos - cento e cinquenta mil cruzeiros em moe-da atual - dividido em 50 aes de Cr$ 3:000$000 ris.

    Com o incio do funcionamento da fbrica, na loca-lidade de Ferno Velho, inaugurou-se a indstria txtil em Alagoas.

    Foi ela igualmente o ~rimeiro estabelecimento in-dustrial alagoano de vulto, pois na poca, afora os en-genhos de acar, eXistlam apenas, disseminadas pela Provncia, as chamadas fbricas de pilar arroz, a va-por; as de extrao de leo de mamona e alambiques de destilar aguardente, do qual o mais afamado era o do ca.pito Macrlo da Costa Moraes, situado na Bca da Caixa, ilhota da lagoa Manguaba.

    Podiam ser ainda encontrados, espalhados pelo ter-ritrio alagoano, pequenos fabricas caseiros que, dada a insignificncia da produo, no justificam maiores in-formaes a respeito. o caso da quase primitiva in-dstria das classes mais pobres de fiar e tecer algodo para panos grosseiros, da qual nos fala Jos ALexanch'i-no Dias de Moura - de torcer os filamentos do tucurri para linhas e rdes de pescar, de fazer azeite de carra~ pato (mamona) e dos frutos dos coqueiros e palmeir.:is.. de fazer farinha de mandioca, d2 araruta, etc.> (2)

    ' Estabelecimentos de crdito na. poca apena.; cxis:. tia um - a C2.ixa Comercial, instalada em Macei em

    (2) MOURA, Jos Alexandrino Di'as de. Apont'lmentos sbre diversos assuntos geogrfico-administrativos da Provncia das Alagoas, in Reta.:rio lido perante a Assemb'la Le-gislativa da Provincia das Alagoas... em 16 de maio de 1869 pelo Presidente da mc;.ma o Exmo. Sr. Dr. Jos Bento da Cunha Figueiredo Jnior. Macei, Tip. Comercial de A. J. da Costa, 1869.

    -56-

    . Econmica da. com o nome d~ ~~finalidade. cfa-

    \ro de 185~,, tendo como prmc1~a meios fceis de t~ de ~ia.ce1~ classes da soc1edad~omrcio lci~o~ e \ltnr a tdas itais reunidos ~m d e previden-

    mular seus cap r do trabalho, a ordem seus Eshtutos bltu-las ao ~~tava do artigo lal9 ~a em 27 de ja-

    ' conforme tsemblia Geral re rza rovados em . h 0 de 1856 . ( 3) . a.d de l\lacei foi o pri-~ da. c1d e tendo co-Carixa. Econonn~ rio de Alagoas, nstala-lro estabelecimentolQ b~~~unho do ano de sua u

    d Perar em '' ~11 o a o . ho o (4) 807 de 18 de JUn

    . erial de n. 2 - d esmo estabe-Por Decreto i~P a a conversao ~ m .1xa. Comer-

    ... 1861 foi autor1zad denominar-se-a Ca Banco "'' ' outro que tro nome -t'lmento em . funcion:mdo com ou ""' ainda hoJe

    n, Mercantil S/ A. osta dos srs. A~trQ Diretoria era comp de Abneida Em 1866 a ~a(Diretor-Gar~nte)' ~:::. Joaquim ~

    lk&r:l-0 de Jara~ da. Costa. J.>ere1~ C~ . Prado, FraJ\Cl~MonteiN, ~lnoe l\lanoel do Na.sclmJenn~\lll Duarte Gm-1,unha. )lerre es, "~de e itanoe o-1 " . de Anw-aiu 10 Ferreira. bt1'dos

    - lucros 0 l\tt.raes . do aludido ano, o~ l' descon o re .. Cidade de Macei,

    Econmi.: a da. . ei.ro de 1856. TUTOS da Caixa. d 27 de )an 131 Es'f A Assemblia. Geral e S.

    apro\a.dos em . 1 do Tempo, 1856, P a' da. cidi!de de T'p Libera . comerei G Macei, l . Direo da Caixa em Assembleia e

    l \l RELATRIO da s seus acionistas . A

  • Doca t estatut PI al de 500()()() 252 os, apen . $000 :700$000 (d as havia sid consignado -tos cruzeil' uzeentos . o realizada ento em

    os). (5) e cmquenta e d~ qu~ntia de Era

    4

    oIS mil cio ind. es~e, em linhas e setecen.

    ustri ger ASSOCIA a e agricult ais, o estad O COMERCIALura, quando do do nosso r:>m DE aparec. r-MACEi. ime1. to da

    RELATRIO ... em As da Direo CI semblia da Caixa Al)ES . 1856-18 Geral de 15 d . Comercial ap 77, ct e Janeiro d re-.-entado

    e 1857 ASSO.

    -58-

    As 12 horas do dia 22 de julho de 1866, na sede da Soci"1aA1e ])r"1ntica l'~ -1 .. -. no prdio

    do Teatro MaceioeJlSO na antiga rua do RosriO, desta cidade, atual Joo pessoa, reuniu-se cgrande nmero de .1iomerc1antes convidados pelo negociante JOSE JOAQUIM DE oLJVEIRA para o fim de tratar-se da criao de uma AssQCiaO Comercial nesta provncia, tendo por sede

    .esta Capital~. (1) Exf)OSto o fim da reunio ce sendo por todos apro vada a idia iniciada, - consignou a ata da referida

    reunio - tratou-se de promover a assinatura de todos os presentes que a ela aderirall\ os quais ac!atnaralD para p,.esldente provlsriO da mesma AssOCiac;o ao mes mo Jos J-olm de ()lh'elra, para Secr

  • Achava-se o acar, ento relegado a um ~~~~~~~antado pelo algodo', que atravessav:c a No pois de se estranhar d

    aiantes exportadores de algod~ogr~~ ~u~~~er~o~e a ?res. da ASSOCIAO COMERCIAIL DE MACE :ss~m e que, dentre os seus 28 scios fundadores ape m~~~r erpa:iiaemxport~dores ~aquele produto agrc~la.

    . a e negociar com le po -~~r;: assinado ~ Contrato de Inspeo' do ~I;od~~~ - de 22 de Julho de 1866, justamente do dia da f

    daao d_aquela Associao, por intermdio do q 1 gamos aquele raciocnio. (2) ua

    . Bem merecem ser aqui consi nados scios fundadores . da ASSOCIAf.o CO~~R~~~ MACEI_?, dos quais apenas os ltimos oito ao que ~~~J0~efc1~v~ c~m. algodo: Jos J,~quim de da. M . trg1~~ Teixeira de Araj:>, Joo de AI de A o~tell'O, Antruo Ferreira Prado, Antnio Teixe xeira. ~~~ G~~~~ ':!!~ Wucherer, Jos 1A ntnk> a, Fra . ' p ncisco Soares, Joo J'ps da. G

    nc1SCO ll'eS Carneiro Flix P . d !i3~:ic~ ~y~doJ 1't:tta, jos~ ~an~r~iist!, 8.:n Jos de Farias ~ a.cl mFto J?se N~es ~itb, Domin

    . , oe errema Gwmaraes Jo An ruo de Mendona (Baro de Jar!lD"n) Ma ' I Cse da. Bocha Jni vai . . """'... ' nae asem Rocha Silv or, . eno Jos da Graa, Fortuna.to noel de Va~=ncJS~ _de Vasconcelos Mendon~a. tniq) Pereira. Les:-~:1.j~ Rodolfo Finck, Joo A Manool Martins d Mi e r. (3)

    Foi despendida, na limpeza e decorao da sede so-ai, inclusive com a aquisio do mobilirio, livros e

    outros objetos indispensveis, a importncia de 1:576$590 b1, incluindo-se 156$000 ris gastos com a Carta de

    Ubcrdade da pardinha Benvinda, . ( 4)

    Dezesseis dias depois da realizao daquela primei-n.unio, a 7 de setembro de 1866 ocorreu a instala-

    solene da ASSOCIAO COMERCIAL DE MACEi. A sua Diretoria provisria j havia tambm toma-

    do outras providncias de carter administrativo, entre lll11 o envio dos estatutos sociais a Pernambuco, ao Tri-

    RELATRIO da Assoclao Comercial de Macei, apre sentado pela Diretoria Provisria, no dia 7 de setembro de 1866. O PROGRESSISTA. Macei, 12 set. 1866, p. 1.2. RELATORIO, cit. nota S.

    -61-

  • bunal do Comrcio, mandando-o depois de registrado, bir
  • A ZJ&,o Pessoa, defronte o pledio
  • 1

    ..

    Ne:sle l'tli[cio, demolido ~ll\ 19\4. t1tncionou a .\SSOCJAAO COMERCIAL DE MACEJO, :mo:.; aps a sua ronda!o Locnl'1t1clo ontt~ lw 1e H' acl\,~ o "Ponto Central", 11a esquina da .roa do Comrcio rorn u s.-nauor MtnJona, foi a residncia oficial de !\ielo e Pvoas, nos

    so udmeiro 1:0,crnantl', dl' 1819 a llt!l (Da fototeca do A.P .A )

  • _,

    1\ntgo a

  • Meus senhores, no posso, nem comporta & oca-sio, di&ertar-vos sbre a utilidade e vantagem do comrcio. Vs, melhor do que eu, .sabei.'! que ixw le o imprio das cincias dilata suas ballzas, ram1. ficam-se as artes, trocam.l:le os conhecimentos hum.a. nos, e os gnios mais ilustres, dectacados por di~ tncias imensas, acham entre si um ponto de eon tacto. Tiro e Babilnia, o Egito e a Grcia, o Bnt-sil e a Nova Zelndia, os pa!ses que nos ficam maie prximoi;i, e os que nos so mais longnquos, sadam se, cumprimentam-se, e mutuamente i;e aux:iltam. O comrcio faz, pois, do Universo, uma familia de a-migos.

    Sob outra face, os Estados assentam e repou~m sbre a base do comrcio, nesse manancial perene de prosperidade pblica : julga-se um povo por aquilo que !e pode.

    Modesto, cavalheiresco; Jos Joaquim de Of-ein . reparte a glria do seu ato magnnimo - o de libertar uma escrava do cativeiro, 22 anos antes da Lei Aurea -

    com todos os seus companheiros .Atribui tambm a in teno dles a todos os seus associados, alguns, talvez, at bons escravistas, o que, naqueles tempos, era co-mum, desde que o negro, constitufdo como objeto de pro. priedade privada para a serventia dos que o adquiram a pso de ouro, como o boi e o cavalo, nem sempre me recia a estima e os cuidados que se dispensava a stes: (7)

    Eu e meus_ co.mpanl1eiros membros da Dire~oria provisria que hoje finaliza seu mandato, - prosee-gUia o Presidente - torna ndo-nos intrpretes do!! vossos sentimentos, quizemos dar mais uma prova

    ( 7). BERNARDES Jtl'NIOR, tr. cit.

    - 63

  • :- ...

    ''

    .r

    .' H '

    . ....

    ...... '

    .. . , ..

    de que a Associa9-0 C-Omcrclal de l'\tacel6 comea tir'lclno selando-o com um alo de raridade, o liberdade.

    Eis, meus senhores, o objeto sbre quem lhdistintamente nos.."38 -atenes. A inocel'lte Be da, menor de 10 meses de idade, deve sua liberdn Associao Comercial de 1\laec; ! O sol que dardeja brilhante esclarece o arrebatamento de vlt!ma das garras da escravido!

    No nos ordenastes sse ato; mas penetr em vossos coraes, e reconhecemos que tal era sa louvvel intenso. Fique portanto assinalada bertura de nossa Associao no dia 7 de setembr 1866 com um ato de benemerncia, a fim de qu geraes vindouras possam abenoar, apreciando benefcios desta Associao a seus auto1es.

    : Adiante, em seu discurso, o fundador da ASSO .. O COMERCIAL DE MACEi traveste-se no sol

    rizador das classes laboriosas para as conquistas su res, conclamando, em gestos de eloquncia, - o a vos uns {los outros, a frase bendita que divinisaria e

    se j no fra divino antes de pronunci-la. Atntai, senhores, na magnificncia destas

    vras>: (8)

    ':.

    Haja a maior unio entre ns, lrmanenionos pensamento de nosso comrco, que teremos a glrl ver os frutos de nossa abastana transporem m~ior abundncia os mares, e serem levados s gies mais afastadas.

    Devemo.s empregar todos os esforos para qu intrig, o enrdo ou a desconfiana n.o quebre unio que deve reinar entre ns. Haja

    ( 8) BERNARDES JONIOR, tr. cit.

    -64-

    quo esta Assoc:ao produzir O!( bciief'.cios que dela s devem esperar: nem !'emp:-e no principio ee co-lhem flres .

    Registrados se acham, aqui, os conceitos do inspi-rador da entidade centenria, ainda atuais, como se viu, a despeito do passar de um sculo. ' :.,!; Uma das primeiras providncias - se no a pri-meira - tomada pela ento recentemente fundada ASSO CIAO COMERCIAL DE MACEi, com a finalidade de salvaguardar os intersses dos comerciantes maceioen ses, foi a reclamao - cujo original, a exemplo de tan-tos outros documeentos dessa velha entidade, fomos en-contrar no Arquivo Pblio!> de Alagoas - dirigida ao ento Presidente da nossa Provncia, Jos Martins Pe-reira de Alencastre, em forma de requerimento, contra

    ~ prtica que seguem as Mesas de Rendas Provinciais de S. Miguel e de Penedo de cobrarem direitos de ex-portao dos gneros nacionais que saem para esta pra

    a, cuja prtica traz grandes desvantagens e prejuzos ao comrcio, razo que fundamenta a presente redama-o>. (9)

    *

    Baldado o intento do Govrno da Pro\'ncia, atravs da inspeo pblica do algodo, no sentido de evitar fraudes nos embarques do produto, de pr fim falsifi-cao que foi ao ponto de se encontrar pedras, barro, sa-cos de areia e outros materiais em fardos de algodo, chegando a baixar em 5$000 - quantia de vulto na po ca - a cotao daquela mercadoria em relao a Per nambuco, a 22 de julho de 1866 um grupo de quarenta e trs negociantes exportadores, todos estabelecidos em

    ( 9~ ASSOCIAES. 18561877, ma~o cit.

    -65-

  • . Macei, firmaram um convnio para a inspeo pa lar' de todo o algodo que tivesse de ser adquirido

    signatrios do aludido convnio. A restaurao da antiga Inspeo de Algodo,

    partio pblica ento extinta, chegara a ser preco da pelo Vice-Presidente da Provncia das Alagoas, exerccio da Presidncia, o Dr. Galdino Augusto da tividade e Silva, em Fala de 4 de maio de 1866, em de do depreciamento, em que est o nosso algod o modo pouco escrupuloso de muitos vendedores e pradores o tem levado a um grau considervel de bio a ponto de infelizmente presenciarmos quase t os dias apreenses em sacas, a pssima qualidade

    quais atribui-se falta de tal repartio; nico re ou meio capaz de restabelecer no mercado estrange fama que outrora merecia sse gnero de mercad desta Provncia. (10)

    Seis anos aps, - ento j havamos perdido o cado ingls de algodo - em reunio realizada na SOCIAO COMERCIAL DE MACEI no dia 1 outubro de 1872, a Junta de Direo e alguns s da entidade, num total de doze entraram em desac com a maioria dos presentes, quando da escolha de mais eficazes para sustarem os motivos das . repe reclamaes dirigidas por comerciantes do mercado ropeu; principalmente em virtude de avaria e quebra pso em fardos de algodo.

    No se chegando a um acrdo, a referida J de Direo demitiu-se e, juntamente com . outros ciantes exportadores que pelo mesmo motvo ha

    (10) NATIVIDADE E SILVA, Dr. Galdino Augusto da. . dlrigida Assemblia Legisla'tva das Alagoas ...

    Ylce-Presidente da Provncia ... Macei, Tip. do Bel. da Costa Moraes, 1866, p. 3.

    -66-

    retirado dos quadros sociais daquela Associao, fir-11u'dlll um outro convnio p..trticwar, em ~8 de outu-

    bro de UH.:::?, (llJ para a iru~ao do algodo, que fun-ionou ate Janeiro de 18't;:s.

    Posteriormente, reconhecendo que tal estado de coi~ traria, como de fato trouxe, srias dlf1cuidades e

    svantagens ao comrcio, reuni.rdmse por mtuo acr->, . ficana.o como dantes, e mais aperfeioada, uma ni-

    mspeao daquele produto, pernutmdo assim que vol-asse o mesmo a ser melhor cotado nos mercados da uropa,. a par com o mesmo produto ormndo das demais 11>v111c1as do imptr. e acuna do provemente dos Es-dos Unidos.

    O m~smo, infelizmente, no acontecia com o acar, 1J.t quahdade era const.mtemente objeto de reclamaes H mercados consumidores, prmc1p.:1.1mente contra a es-111tosa quebra de pe;o cu.it:uladu entre 15 a 25%.

    Visando acabar com as citadas reclamaes e o tse.g_ente desprestgio do acar de Alagoas no m~r-

    L(jjo mternac1onul, e que a A~:::sOCIAO COMERCIAL l~ MACEi, a exemplo do que j fizera com o algodo 10~ _em ~872 uma Inspeo do Acar, providnci~ lll' . nao foi. bem compreendida, levantando-se contra ela manha gnta que o mencionado rgo de classe resol-u extinguir tal servio.

    As vantagens a se-em colhidas com o estabeleci-Pnto d': nova_ medida transp..treceram logo nos dias ini-

    1 ~l~ da msf)'2ao1 ta_nto que os primeiros acares que 1~1 am ao mercado mspec1onados, se no foram como 1ria de desejar, no foram mel ensacado. (12)

    JJ!.P..IO DAS ALAGOAS. Macei, 30 out. 1872. p. 1. RELA TRIO de 5 de maro de 1873, diligido pela As sociaLo Comercial de Macei '' p . e. i

  • Os fatos revelados no presente histrico, a respeit dos primeiros anos de funcionamento da ASSOCIAO COMERCIAL DE MACEI ratificam plenamente a nos-

    ~ firmativa, exarada na Nota IntJ:odutrla de que a his tria daquela Associao a prpria histria do a.ca e do algodo em Alagoas, qual est intimamente vin-culada.

    -68-

    . ... '..;.:.' ,"';.: : :.' ... .. ''!.. 4 . ~

    ... . ._

    . .. . ..

    ' ...... ,,

    DffiETORIAS DE 186G a 1966

    ..

    - . rrsidente lc c-Pre::;idente tretrio soureiro

    111sidcnte lc ~-Pre::;idente eretrio

    l'soureiro

    1 csidoznte Ice-Presidente cretrio

    1866/67

    Jos Joaquim de Oliveira Fortunato da Rocha Silva

    . .. . ~ 4

    ' .. ;' ' 1"' , .:,

    Jo3 Virginio Teixeira de Arajo Francisco de Vasconcelos Me.ndq.q~a .. :

    1867/68

    Manoel de Vasconcelos C. Rodolfo Finck

    '' ..

    Antnio Teixeira de Aguiar. Jo:;; Gonalves Guimares .

    1868/69

    . .:

    . ~ . ; ..

    ,:: ... , .. ~ .

    ... .. ;.

    Gustavo Guilherme Wucherer.. :. ' Manoel Jos Batista

    ... ~ . : :~ ( Cndido Venncio dos Santos Joo de Almeida Monteiro

    ' 1869/70

    Amrlco Netto Firmiano de Moraes . W. W. Robilhard :"" Jos de Arajo Rangel . ,. :"~ . ." Jos Virgnio Teixeira de Arajo

  • Presidente Vfce.-Presidentc Secretrio Tesoureiro

    Presidente Vice-Presidente Secretrio Tusourelro

    Presidente Vice-Presidente Secretrio 'l'esouretro

    1870/71

    Peter Borstelmann Joo de Almeida Monteiro Joo de Almeida Monteiro Filho Jos Virgnio Teixeira de Arajo

    1871/72

    Manoel de Vasconccllos Vicente Alves de Aguiar Joo de Almeida Monteiro Filho Jos Virgnio Teixeira de Arajo

    1872/ 73

    Tibrcio Alves de Carvalho Llewelyn Jones Manoel Jos Alves Tosta Jos Virgnio Teixeira de Arajo

    Obs. : Esta Diretoria funcionou de 22 de agsto a 4 d novembro de 1872, quando renunciou, sendo elei ta a seguinte:

    P1-esicl-~nte Secretrio Tesoureiro

    Amrico Netto Firmiano de Moraes Jos Joaquim Tavares da Costa Vicente Alves de Aguiar

    Obs. : Renuncinndo stes dirigentes, em maro de 18 foram substitudos pelos que seguem:

    Presidente Secretrio Tesour-eiro

    Joaquim da Cunha Meireles Justino Jos de Souza e Silva Manoel Alves de Aguiar

    -70-

    Presidente Vice-Presidente Secretrio Tesoure ire

    Presidente Vice-Presidente Secretrio Tesoureiro

    Presidente Vice-Presidente Secretrio Tesoureiro

    1873/ 74

    Manoel de Vasconcelos. Joo de Almeida Monte.iro . Joo de Almeida Montell'O Filho Justino Esteves Alves

    1874/ 75

    Jos Virgnio Teixeira de A:raj~ Manoel Joaquim Duarte Gurmaraes Manoel Jos Alves Tost~ Bwto Joaquim de Medeiros

    1875/76 Jos Virgnlo Teixeira d: Arajo Flix de Moracs Brandao Cndido Venncio dos Santos Francisco Ferreira de .Amdrade

    1876/ 77

    Obs . : Reeleita a Direto: ia anterior

    1877/ 78

    Presidente Vice-Presidente Secretrio Tesoureiro

    Presid.ente Vice-Presidente Secretrlo Tesoureiro

    Antnio Teixeira de Aguiar Antnio Ulisses de Carvalho Manoel Ramalho Justino Esteves Alves

    1878/79

    Jos Antnio de Almeida Guimares Manoel Casemiro da Rocha Joo Eugnio Machado ~e Lacerda Henrique da Cunha Rodrigues

    -71-

  • Presidente Vice-Presidente Secretrio Tesoureiro

    Presidente Vice-Presidente Secretrio Tesoureiro

    Presidente Vice-Presidente Secretrio Tesoureiro

    Presidente Secret1fo Tesoure.iro

    Presidente G('crctrio 'l'c:;oureiro

    Prcs.idcntc Sc>cretrlo Tesoureiro

    1879/80

    M~:ioel Antnio Guimares Fcl.L"( de Moraes Brando Gmdo Martins Duarte Francisco Pedro de Almeida

    1880/81

    lVIanoel de Vasconcelos Teodoro Braash Manoel Jos Alves Tosta Manoel Ramalho

    1881/82

    m;:ioel de Amorim Leo F:Iix. de Moraes Bandeira Cndido Venncio dos Santo~ Manoel Jos de Arajo !>

    1882/ 83

    J~::;,.Virgnio Teixeira de Arajo s~~na.tc~o Venncio dos Santos J. wurc10 Correia de Arajo

    1883/ 84

    Jos.6 Virgnio Teixeira de Arajo ,J uho de Assis Carvalho Justino Esteves Alves

    1884/85 l'-~a:1 ocl. de Vasconcelos ~ullo de Assis Carvalho Just~no Esteves Alves -72-

    l 'residente Secretrio Tesoureiro

    1 >residente Secretrio Tesoureiro

    Presid~ntc Vice-Presidente Secretrio Tesoureiro

    Presidente Vice-Presidente Sccretlio Tesoureiro

    Presidente Vice-Presidente Secretrio Tesoureiro

    1885/ 86

    Jos Virgnia Teixeira de Arajo Cndido Venncio dos Santos Tibrcio Correia de Arajo

    1886/87

    Manoel Antnio Guimares Jlio de Assis Carvalho Janurio Lopes da Siiva

    1887/88

    Jos Virgnia Teixeira de Arajo Carl Kansing Vicente Venncio Justino Esteves Alves

    1888/ 89 AIIDrico Netto Firmiano de Moraes Edward Martin Lcgne Janurio Lopes da Silva Justino Esteves Alves

    1889/90

    Jos Virgnio Teixeira de Arajo Manoel Ramalho Guldo Martins Duarte Janurio Lopes da Silva

    -73-

  • Presidente Vice-Presidente Secretrio Tesoureiro

    Presidente Vice-Presidente Secretrio Tesoureiro

    Presidente Vice-Presidente Secretrio Tesoureiro

    Presidente Secretrio Tesoureiro

    Presidente Vice-Presidente Secretrio Tesoureiro

    1890/ 91

    Ma~oel Ramalho Jo~ Teixeira Machado G~1?0 ~artins Duarte Tiburc10 Correia de Ar .. auJo

    1891/92

    Jos Virg' Tib. . imo Teixeira de Arajo N

    urc1.? Alves de Carvalho apoleao Goulart

    Olmpio ter

    1892/ 93

    Tibr:io Alves de Carvalho J oaqmm Jos de~ . Libera to Mitch ll auJO Lima Rocha Do

    . e mmgos Jos de Farias

    1895/ 96

    Jos Alves de Agui Joaq~im Incio Lo~eiro Dommgos Jos de Farias

    1896/97

    Tibrcio Alves de C Pedro de A1m a arvalho L.b e1 a ~ ~ra~o Mtchell T1burc10 Correia de Arajo -74-

    1900/ 01

    Presidente Jos Virgnio Teixeira de Arajo Vice-Presidente Henrique F. Von Sohsten Secretrio Serafim de Albuquerque Silva Costa Tesoureiro Tibrcio Correia de Arajo

    l~ :..'~- ..t. "- 1905/06 :~

    Presidente Comendador Teixeira Basto Vice-Presidente Secretrio Luiz Lavenere Tesoureiro

    1915/16

    Presidente Pedro de Almeida Vice-Presidente Francisco de Assis Vasconcelos Secretrio Arsnio Fortes

    Tesoureiro Antnio de Bessa -

    1916/17

    Presidente Pedro de Almeida Vice-Presidente Francisco de Assis Vasconcelos Secretrio Serafim de Albuquerque Silva Costa Tesoureiro Manoel Afonso Viana

    1917/18

    Obs. ; Reeleita a Diretoria anterior

    1918/19

    Obs . : Reeleita a Diretoria anterior

    -75-

  • 1919/20 Obs. : Reeleita a Diretoria anterior

    1920/21

    Obs. : Reeleita a Diretoria anterior

    Presidente Vice-Presidente Secretrio Tesoureiro

    Presidente Vice-Presidente Secretrio Tesoureiro

    Presidente Vice-President.t: Secretrio Tesoureiro

    1921/22

    Francisco Polito Alvaro Peixoto Dr. Homero Galvo Carl William Broad

    1922/23

    Francisco Polito Alvaro Peixoto Dr. Homero Galvo Antonio Florncio Jnior

    1923/ 24

    Francisco Polito Alvaro Peixoto Dr. Homero Galvo Manoel Afonso Vianna

    1924/25 Obs. : Reeleita a Diretoria am.erior

    - 76-

    Presidente Vice-Presidente Secretrio Tesoureiro

    Presidente Vice-Presidente Secretrio Tesoureiro

    1925/ 26

    Alvaro Peixoto Serafim Costa Dr. Homero Galvo Manoel Afonso Vianna

    1926/ 27 Dr. Homero Galvo Serafim C('sta Demcrito Gracindo Manoel Afonso Vianna

    1927/28 Obs. : Reeleita a Diretoria anterior

    Presidente . Vice-Presidente Secretrio

    Tesoureiro

    1928/29

    Dr. Homero Galvo Serafim Costa Ezequiel Pereira Manoel Afonso Vianna

    1929/ 30 Obs . : Reeleita a Diretoria anterior

    1930/ 31

    Obs. : Reeleita a Diretoria anterior

    Presidente Vice-Presidente Secretrio Tesoureiro

    1931/32

    Pedro Marinho Filho Trcio Wanderley Jos Goulart Fontes Manoel Afonso Vianna

    -77-

  • Presidente Vice-Presidente Secretrio Tesoureir

    1932/ 33

    Dr. Antonio de Melo Mac Trcio Wanderley Dr. Joo Azevedo Filho Manoel Afonso Vianna

    1933/ 34

    Obs . : Reeleita a Diretoria anterior

    1934/36 Obs. : Reeleita a Diretoria anterior.

    O artigo 28 dos novos Estatutos, acresce ra um binio o perodo eletivo da Diretoria.

    1936/38 Obs . : Reeleita a Diretoria anterior

    1938/ 40

    Obs. : Reeleita a Diretoria anterior Renunciando o Presidente e o Vice-Presidente, 28 de abril de 1941 foram eleitos, para Presid Luiz Calheiros e Vice-Presidente, Jos Dion Sobrinho . No tendo o primeiro comparecido nio, ocupou o cargo, de acrdo com os Estatutos; sr. Jos Dionsio Sobrinho.

    Presidente Vice-Presidente Secretrio Tesoureiro

    1940/42 Jos Dionsio Sobrinho Vago Dr. Joo Azevedo Filho Manoel Afonso Vianna

    -78-

    idente -Presidente

    retrio ureiro

    Presidente Vire-Presidente llfcretrio Tesoureiro

    1942/ 44

    Jos Dionsio Sobrinho _ Mrio Dubeux Leo

    Dr Homero Galvo = Luiz Carlos Braga Neto

    1944/ 46

    Manoel Dubeux Le1~ . Georges Bento Coe 0 Dr Joo Azevedo Filho

    ~al Coelho Normande 1946/48

    Ob . Reeleita a Diretoria anterior s .. 1948/ 50

    Obs". : Reeleita a Diretoria anterior 1950/ 52

    Ob . . Reeleita a Diretoria anterior s .. 1952/ 54

    l ta a Diretoria anterior Obs.: Ree e1 1954/56

    Obs. : Reeleita a Diretoria anterior

    1956/58

    Obs . : Reeleita a Diretoria anterior

    -79-

  • 1958/ 60

    Obs. : Reeleita a Diretoria anterior

    .... ' :

    Presidente Vice-Presidente Secretrio Tesoureiro

    : ~

    1960/62

    Carlos Brda Filho Dr. Pompeu de Miranda Sa Dr. J air Galvo Freire Lauro Guedes Nogueira

    1962/64

    Obs. : Reeleita a Diretoria antetjor.

    Presidente 1' Vice-Presidente -29 Vice-Presidente -39 Vice-Presidente -4 Vice-Presidente -1 ~ Secretrio

    2~ Secretrio 39 Secretrio 19 Tesoureiro 29 Tesoureiro 39 Tesoureiro

    1964/66

    Carlos Brda Filho Luiz Renato de Paiva Lima Jlio Normande Georges Bento Coelho Mrio Raul Leo Jair Galvo Freire Joo Azevedo Filho Jarbas Omena Lauro Guedes Nogueiera Amaury de Medeiros Lages Ralpho Dionsio Bernardes

    Obs. : falta de informes, deixamos de consignar, poder ser verificado, a constituio de al Diretorias.

    -80-

    NOTAS & FATOS

  • VriOS foram os prdios ocupados pela ASS(lCL'- il.O coMERC\L DE JdACEl durante os seus cem unos de existncia . .,,,: .. Ms sediar-se por alguns anos na casa do negocian \e Flil< J?ereirl> da SUva, para onde fra em 1866, a re-ferida associac;o estve tambm Instalada no sobrado pertencente a outro scio fundador, o comerciante v ... lrio Jos
  • Com uma colher de pecfreiro, de ourn, especialmente mandada fazer pelos dirigentes daquela as.sociao de classe, o Governador Fernandes Lima deps sbre a pe-dra fundamental do prdio a ser construdo, a primeira poro de argamassa.

    Durante a cerimnia, em que discursaram o Dr. }'ernandes J,,ima e o sr. Franci

  • O terreno onde foi const.ruda a sede da nossa &ciaio Comercial t>ertencera ao Dr. Levino Ma.de Afftro Peixoto e Francisco de ~4.morim Leo . A p dste ltimo, um dos scios da firma Leo Irmos, tou ~iao a importncia de 23 :000$000.

    A construo ~o nvo edifcio social ficou n cargo da firma ll'raaclsco Lopes de A.~sis Silva & C.ia., do Rio de Janeiro, a mesma que edificou o Palcio Tiradentes, vencedora ' do' concurso de prqjetos institudo pela aludida ASSOcia~o.

    l'Wri, a ao tempo da inva,;o mour:sca; a 1mp era a de C)ue estAvarnos num nenso salo de Udores. onde u p1~prias paredes, pela suave li4&de de reflexos era de porcelana a mais fina.

    As despesas com a sua edificao, contratada ini-tjaJmente por 500:000$000 ris, atingiram a quantia de 891:091$310 rs. (2)

    O mobilirio da nova sede custou a importncia de 110:520$800 rs., tendo sido adquirido no Rio de Janeeiro, na e... AJerni, de Schadlich, Obert & Co.

    Na decor-aiio do Prdio foi gasta a quantia de ..... . 4:330$00() rs . servi0 que foi executado velo pintor con-ten-neo Jos Paulino Llns .

    li) ATA da ae$..'llo da A ssemblia Geral Ordinria da Asso. c :a&o Comercial de Macei, de 14 de ags.to de 1924, ti. 4f, do Lhiro dt1 atas das s-esses de Assemblia CeraJ da A.aeoeiaio Comercial de l\[~cei. (Trmo de abel'tum ele o A!et. 1921).

    -86-

  • ..

    O BOLETIM DA ASSOCIAO CO)IERCIAL

    Os jornais maceioenses, que sempre acolhiam em suas colunas todo e qualquer noticirio a respeito da hssociao Comercial, no ano de 1921, em face da falta de espao decorrente do grande volume de matria po ltica daqueles conturbados dias, passaram a sacrificar o noticirio oriundo da aludida entidade de classe .

    At a publicao das resenhas das sesses da Jun-ta de Direo tem sido prejudicada por mais de uma vez, a despeito da remessa das mesmas s redaes resultar de insistentes pedidos dos respectivos diretores dos jor-nais>, conforme esclareceu em ata o Presidente Fran cisco Palito . (1}

    Empenhada como se achava aquela Associac.o, em divulgar leis e regulamentos do govrno federal de in-tersse para o nosso comrcio, sua Presidncia opinou pela contratao de um dos rgos da imp1-ensa local para inserir em suas colunas o expediente da entidade ou pela publicao de um boletim, por intermdio de uma das tipografias desta capital .

    11) ATA da 27a. sesso ordinl'ia. (1921) apud Relat6rio d$ Junta ele Direo (da Associao Comercial de Macei), 1.-presentado Assemblia Ge1'lll realizada no dia 15 de ags to de 1922. Macei, Ca:;a. Ramo.lho EdHra, 1922, p. 819.820.

  • _Subm~ti?: a idia. votao. o sr. Jos Lages, na ~cssao ~rdinaria ar;ter1ormente mencionada, opinou pela

    impres~o do ~oletun, sob a alegao de que os jornais desta cid_a~e nao se achavam em condies de conceder o . necessar1.o e~p~~ exigido para a divulgao do expe-

    ~1ente ? mst1~u.1ao, al_?Il_1 .de cada um dles possuir 0 seu ?redo pohtico-part1dano que influi na preferncia

    ou ma vonta_?e pela divulgao de certas quest-2s trata-das nas sessoes da Associao, tendo os presentes con-

    cor~ado com ~ ponto de vista defendido por aqule as-soc.iado,. ou sc)a,. o da P"?~licao do boletim, cujo pri-meiro i:umero sam das of1cmas da Cas'.'I. Ramalho, no dia 10 de. JU!1ho de 19~2, com a denominao de Boletim da. Ass1:>eiaao Comercial de Macei.

    ?cpois a.e .d?is anos de circulao deixou le de ser p~bhcado, r~m1ciando a sua publicao no ano de 1950 circulando ainda hoje . '

    -88-

    A Bl.SA DE VALORES

    A Blsa Oficial de Valores de Alagoas foi criada pelo Decreto

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