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Associação Brasileira de Otorrinolaringologia Associação Brasileira de Otorrinolaringologia ee

Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCFCirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCFAcademia Brasileira de Laringologia e Voz - Academia Brasileira de Laringologia e Voz - ABLV Associação Nacional de Medicina do ABLV Associação Nacional de Medicina do

Trabalho - ANAMTTrabalho - ANAMT

Comentários ao Relatório doComentários ao Relatório doConsenso Nacional sobre Voz ProfissionalConsenso Nacional sobre Voz Profissional

ABORL-CCF - Congresso Brasileiro 2004ABORL-CCF - Congresso Brasileiro 2004Fortaleza, CE, 16 de novembro de 2004Fortaleza, CE, 16 de novembro de 2004

Coordenador: Marcos SarvatCoordenador: Marcos [email protected]

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Consenso Nacional sobre Voz ProfissionalConsenso Nacional sobre Voz ProfissionalVoz e Trabalho: uma questão de saúde e direito do Voz e Trabalho: uma questão de saúde e direito do

trabalhadortrabalhador Rio de Janeiro RJ, 13 e 14 de agosto de 2004 Rio de Janeiro RJ, 13 e 14 de agosto de 2004

Centro de Convenções do Hotel GlóriaCentro de Convenções do Hotel Glória

Entidades promotorasEntidades promotorasAssociação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial -

ABORL-CCFABORL-CCF Comitês de Otorrinolaringologia Ocupacional e de Laringe e Voz Comitês de Otorrinolaringologia Ocupacional e de Laringe e Voz ProfissionalProfissional

Academia Brasileira de Laringologia e Voz - ABLVAcademia Brasileira de Laringologia e Voz - ABLVAssociação Nacional de Medicina do Trabalho - ANAMTAssociação Nacional de Medicina do Trabalho - ANAMT

Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro - CREMERJConselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro - CREMERJCâmaras Técnicas de Otorrinolaringologia, Medicina do Trabalho e Perícias MédicasCâmaras Técnicas de Otorrinolaringologia, Medicina do Trabalho e Perícias Médicas

Sociedade Médica do Estado do Rio de Janeiro - SOMERJSociedade Médica do Estado do Rio de Janeiro - SOMERJSociedade de Otorrinolaringologia do Estado do Rio de Janeiro - SORL-RJSociedade de Otorrinolaringologia do Estado do Rio de Janeiro - SORL-RJ

Associação Brasileira de Medicina do Trabalho - ABMT-RJAssociação Brasileira de Medicina do Trabalho - ABMT-RJInstituto Brasileiro dos Médicos Peritos Judiciais - IBRAMEPInstituto Brasileiro dos Médicos Peritos Judiciais - IBRAMEP

Sociedade Paulista de Medicina do Trabalho - SPMTSociedade Paulista de Medicina do Trabalho - SPMT

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e e todos os profissionais são importantestodos os profissionais são importantes

A abordagem deve ser multiprofissionalA abordagem deve ser multiprofissional,,

coordenada, integrada e hierarquizada,coordenada, integrada e hierarquizada,

e o trabalhador e/ou paciente mais ainda !e o trabalhador e/ou paciente mais ainda !

Voz e Trabalho Voz e Trabalho (vs. disfonia e perda de capacidade (vs. disfonia e perda de capacidade

laborativa)laborativa)

IMPORTANTE:IMPORTANTE:Disfonia como doença ocupacional Disfonia como doença ocupacional = NÃO= NÃO

Laringopatias relacionadas ao trabalho = Laringopatias relacionadas ao trabalho = SIMSIM

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ObjetivosObjetivos

O termo O termo "Consenso""Consenso" deve ser entendido como deve ser entendido como ““aplicação em comum do bom senso”aplicação em comum do bom senso”,,

que fundamentalmente inclui que fundamentalmente inclui conceitos, entendimentos, opiniões, hábitos e condutas conceitos, entendimentos, opiniões, hábitos e condutas

adotadas na prática da assistência médica, adotadas na prática da assistência médica, e estas não devem se ater ao extremo rigor que e estas não devem se ater ao extremo rigor que

caracteriza uma “evidência científica”, o que arriscaria caracteriza uma “evidência científica”, o que arriscaria paralisar ou impedir que sejam listadas, elaboradas e paralisar ou impedir que sejam listadas, elaboradas e

definidas normas, sugestões e orientações gerais, mais definidas normas, sugestões e orientações gerais, mais ou menos transitórias ou definitivas, e portanto ou menos transitórias ou definitivas, e portanto

passíveis de reformulação a todo e qualquer tempo, passíveis de reformulação a todo e qualquer tempo, conforme venha a determinar a Evolução da Ciência conforme venha a determinar a Evolução da Ciência

Médica.Médica.

Consenso Nacional sobre Voz ProfissionalConsenso Nacional sobre Voz Profissional

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Carta do RioCarta do Rio e seus e seus AnexosAnexos

ANEXO 1 – Das atribuições e competênciasANEXO 1 – Das atribuições e competências ANEXO 2 – Das necessidades dos profissionais da vozANEXO 2 – Das necessidades dos profissionais da voz ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicas ANEXO 4 – Das enfermidades e condições clínicasANEXO 4 – Das enfermidades e condições clínicas ANEXO 5 – Dos riscos ambientais, individuais e ANEXO 5 – Dos riscos ambientais, individuais e questionáriosquestionários ANEXO 6 – Dos levantamentos a respeito das ANEXO 6 – Dos levantamentos a respeito das laringopatiaslaringopatias ANEXO 7 – Do conjunto de elementos para relatóriosANEXO 7 – Do conjunto de elementos para relatórios ANEXO 8 – Da proposta de reformulação das normas ANEXO 8 – Da proposta de reformulação das normas técnicastécnicas ANEXO 9 – Da proposta legislativa federalANEXO 9 – Da proposta legislativa federal

Consenso Nacional sobre Voz ProfissionalConsenso Nacional sobre Voz Profissional

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Carta do RioCarta do Rio

As Entidades supracitadas, por seus representantes oficiais no 3º As Entidades supracitadas, por seus representantes oficiais no 3º Consenso Nacional sobre Voz Profissional, realizado nos dias 13 e Consenso Nacional sobre Voz Profissional, realizado nos dias 13 e 14 de agosto de 2004 na cidade do Rio de Janeiro, sob o lema Voz e 14 de agosto de 2004 na cidade do Rio de Janeiro, sob o lema Voz e Trabalho: uma questão de saúde e direito do trabalhador, Trabalho: uma questão de saúde e direito do trabalhador, considerandoconsiderando

1. Que as enfermidades relacionadas ao aparelho fonador, 1. Que as enfermidades relacionadas ao aparelho fonador, decorrentes ou prejudiciais ao trabalho têm importante impacto decorrentes ou prejudiciais ao trabalho têm importante impacto social, econômico, profissional e pessoal, representando social, econômico, profissional e pessoal, representando prejuízo prejuízo estimado superior a duzentos milhões de reaisestimado superior a duzentos milhões de reais ao ano*, em ao ano*, em nosso País;nosso País;

2. Que o 2. Que o emprego de pequena parte dessa quantia em medidas emprego de pequena parte dessa quantia em medidas educativas, preventivas e curativaseducativas, preventivas e curativas reduziria esse custo de reduziria esse custo de forma significativa;forma significativa;

Consenso Nacional sobre Voz ProfissionalConsenso Nacional sobre Voz Profissional

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Considerando...Considerando...

3.3. A necessidade de A necessidade de intervenção multidisciplinar e intervenção multidisciplinar e multiprofissionalmultiprofissional na preservação da saúde vocal da população, na preservação da saúde vocal da população, principalmente nos grupos onde o uso da voz tem direta relação principalmente nos grupos onde o uso da voz tem direta relação com seu desempenho e/ou aptidão ao trabalho;com seu desempenho e/ou aptidão ao trabalho;

4.4. A necessidade de A necessidade de normatização das condutas médicas técnico-normatização das condutas médicas técnico-científicascientíficas no diagnóstico e na terapêutica das laringopatias que no diagnóstico e na terapêutica das laringopatias que possam resultar, entre outros sinais e sintomas, em disfonias possam resultar, entre outros sinais e sintomas, em disfonias relacionadas ao trabalho;relacionadas ao trabalho;

5.5. A importância de A importância de estimular a formação técnica e definir as estimular a formação técnica e definir as respectivas competências dos profissionaisrespectivas competências dos profissionais diretamente diretamente atuantes na prevenção, diagnóstico, tratamento, capacitação e atuantes na prevenção, diagnóstico, tratamento, capacitação e aperfeiçoamento dos trabalhadores que usam e dependem da aperfeiçoamento dos trabalhadores que usam e dependem da voz; voz;

6.6. A necessidade dos profissionais legalmente aptos e qualificados A necessidade dos profissionais legalmente aptos e qualificados assumirem seu papel nas questões trabalhistas e de justiçaassumirem seu papel nas questões trabalhistas e de justiça, na , na condição de peritos e assistentes-técnicos;condição de peritos e assistentes-técnicos;

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Considerando...Considerando...

7.7. AA necessidade dos profissionais legalmente aptos e qualificados necessidade dos profissionais legalmente aptos e qualificados assumirem seu papel nas questõesassumirem seu papel nas questões trabalhistas e de justiça, na trabalhistas e de justiça, na condição de peritos e assistentes-técnicos;condição de peritos e assistentes-técnicos;

8.8. A necessidade de A necessidade de ampliar a equipe multiprofissionalampliar a equipe multiprofissional que avalia que avalia e atende o indivíduo que depende da voz para sua atividade e atende o indivíduo que depende da voz para sua atividade ocupacional e verifica seu ambiente e condições de trabalho, de ocupacional e verifica seu ambiente e condições de trabalho, de modo a ser composta idealmente por médicos do trabalho, modo a ser composta idealmente por médicos do trabalho, médicos otorrinolaringologistas, médicos peritos, médicos otorrinolaringologistas, médicos peritos, fonoaudiólogos, engenheiros de segurança (...);fonoaudiólogos, engenheiros de segurança (...);

9.9. A necessidade de A necessidade de sensibilizar governantessensibilizar governantes de todos os níveis, de todos os níveis, legisladores, administradores públicos e privados, empresários legisladores, administradores públicos e privados, empresários e os próprios trabalhadores, quanto às conseqüências do não e os próprios trabalhadores, quanto às conseqüências do não investimento em condições adequadas de trabalho para os investimento em condições adequadas de trabalho para os profissionais que utilizam a voz profissional, e no que tange, profissionais que utilizam a voz profissional, e no que tange, também, à importância de exames preventivos, educação, também, à importância de exames preventivos, educação, capacitação e aperfeiçoamento vocal e tratamento precoce de capacitação e aperfeiçoamento vocal e tratamento precoce de eventuais problemas,eventuais problemas,

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Carta do RioCarta do Rio

DECIDEM, CONCLUEM E RECOMENDAM:DECIDEM, CONCLUEM E RECOMENDAM:

1.1. Estabelecer Estabelecer definição de Voz Profissionaldefinição de Voz Profissional como sendo a forma como sendo a forma de comunicação oral utilizada por indivíduos que dela de comunicação oral utilizada por indivíduos que dela dependem para sua atividade ocupacional;dependem para sua atividade ocupacional;

2.2. Estabelecer Estabelecer definição de disfoniadefinição de disfonia como sendo toda e qualquer como sendo toda e qualquer dificuldade ou alteração na emissão natural da voz., dificuldade ou alteração na emissão natural da voz., caracterizando um distúrbio que limita a comunicação oral e caracterizando um distúrbio que limita a comunicação oral e pode repercutir de forma significativa no uso profissional da pode repercutir de forma significativa no uso profissional da voz; voz;

3.3. Estabelecer Estabelecer definição de Deficiente Vocaldefinição de Deficiente Vocal como sendo a pessoa como sendo a pessoa que apresenta incapacidade de desenvolver a função fonatória que apresenta incapacidade de desenvolver a função fonatória na comunicação verbal, em caráter permanente e irreversível;na comunicação verbal, em caráter permanente e irreversível;

4.4. Estabelecer Estabelecer definição de Laringopatiadefinição de Laringopatia como representando o como representando o quadro de sinais e sintomas (ou síndrome) resultante do quadro de sinais e sintomas (ou síndrome) resultante do conjunto de quaisquer alterações, disfunções e/ou enfermidades conjunto de quaisquer alterações, disfunções e/ou enfermidades laríngeas, do aparelho fonador ou de quaisquer outros sistemas laríngeas, do aparelho fonador ou de quaisquer outros sistemas orgânicos que possam repercutir na voz e na fala ou sejam orgânicos que possam repercutir na voz e na fala ou sejam causadas pelo mau uso ou abuso da voz;causadas pelo mau uso ou abuso da voz;

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Carta do RioCarta do Rio

DECIDEM, CONCLUEM E RECOMENDAM:DECIDEM, CONCLUEM E RECOMENDAM:

5.5. Estabelecer definição de Estabelecer definição de Laringopatia Relacionada ao TrabalhoLaringopatia Relacionada ao Trabalho como sendo o conjunto de sinais, sintomas, disfunções e como sendo o conjunto de sinais, sintomas, disfunções e enfermidades do aparelho fonador, que possam ter origem no enfermidades do aparelho fonador, que possam ter origem no uso inadequado da voz ou outra sobrecarga ao aparelho uso inadequado da voz ou outra sobrecarga ao aparelho fonador, em decorrência da atividade laborativa e/ou ambiente fonador, em decorrência da atividade laborativa e/ou ambiente de trabalho, ou refletir em sua função e nas condições de uso de trabalho, ou refletir em sua função e nas condições de uso da voz no trabalho, em termos de qualidade, estabilidade e da voz no trabalho, em termos de qualidade, estabilidade e resistência;resistência;

6.6. Estabelecer Estabelecer definição de portador de Laringopatia Relacionada definição de portador de Laringopatia Relacionada ao Trabalhoao Trabalho como sendo um trabalhador que, tendo seu como sendo um trabalhador que, tendo seu diagnóstico médico-ocupacional firmado, necessita ter acesso à diagnóstico médico-ocupacional firmado, necessita ter acesso à assistência médica e cuidados especiais, recebendo tratamento assistência médica e cuidados especiais, recebendo tratamento específico que vise o retorno ao pleno uso profissional da voz;específico que vise o retorno ao pleno uso profissional da voz;

7.7. Não utilizar a expressão “disfonia ocupacional” e propor sua Não utilizar a expressão “disfonia ocupacional” e propor sua exclusão como “doença ocupacional” ou “decorrente do exclusão como “doença ocupacional” ou “decorrente do trabalho”,trabalho”, por representar apenas um dos muitos sintomas que por representar apenas um dos muitos sintomas que podem compor uma síndrome de Laringopatia Relacionada ao podem compor uma síndrome de Laringopatia Relacionada ao Trabalho, devendo como tal ser considerada pelo médico em Trabalho, devendo como tal ser considerada pelo médico em sua elaboração diagnóstica e definição da conduta terapêutica, sua elaboração diagnóstica e definição da conduta terapêutica, médico-ocupacional ou médico-pericial;médico-ocupacional ou médico-pericial;

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Carta do RioCarta do Rio

DECIDEM, CONCLUEM E RECOMENDAM:DECIDEM, CONCLUEM E RECOMENDAM:

8.8. Assinalar que Assinalar que multicausalidade e concausalidademulticausalidade e concausalidade podem ocorrer podem ocorrer nas laringopatias em geral, reforçando que o ambiente de nas laringopatias em geral, reforçando que o ambiente de trabalho e o nexo causal devem ser investigados e que a trabalho e o nexo causal devem ser investigados e que a relação entre doença clínica e doença relacionada ao trabalho relação entre doença clínica e doença relacionada ao trabalho depende de avaliação médica multidisciplinar e depende de avaliação médica multidisciplinar e multiprofissional; multiprofissional;

9.9. Propor Propor mudanças conceituais nas relações de trabalhomudanças conceituais nas relações de trabalho com os com os indivíduos que utilizam a voz profissional, no sentido de serem indivíduos que utilizam a voz profissional, no sentido de serem submetidos a exames médicos ocupacionais específicos submetidos a exames médicos ocupacionais específicos (admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de (admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional) que atendam às necessidades de suas função e demissional) que atendam às necessidades de suas atividades, nas ações educativas e de prevenção, na adaptação atividades, nas ações educativas e de prevenção, na adaptação dos postos de trabalho e atividades de trabalho e para evitar dos postos de trabalho e atividades de trabalho e para evitar sobrecarga do aparelho fonador;sobrecarga do aparelho fonador;

10.10. Considerar que a legislação vigente sobre aptidão e inaptidão Considerar que a legislação vigente sobre aptidão e inaptidão vocal para o trabalho é ainda insuficiente e imprecisavocal para o trabalho é ainda insuficiente e imprecisa, em , em especial quanto ao setor público, confundindo conceitos tais especial quanto ao setor público, confundindo conceitos tais como voz, fala, aparelho fonador e palavra, devendo ser como voz, fala, aparelho fonador e palavra, devendo ser adequada ao nível atual de conhecimento sobre o tema adequada ao nível atual de conhecimento sobre o tema (Decreto 3.048/99, Quadro nº 3 do Anexo III); (Decreto 3.048/99, Quadro nº 3 do Anexo III);

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Carta do RioCarta do Rio

DECIDEM, CONCLUEM E RECOMENDAM:DECIDEM, CONCLUEM E RECOMENDAM:

11.11. Reforçar que Reforçar que uma pessoa pode apresentar “voz adaptada” ao uma pessoa pode apresentar “voz adaptada” ao uso habitual, independentemente de qualidades, conceitos ou uso habitual, independentemente de qualidades, conceitos ou julgamentos anatômicos ou estéticos,julgamentos anatômicos ou estéticos, e pode estar apta ao uso e pode estar apta ao uso profissional da voz, podendo, conforme o caso, estar indicada a profissional da voz, podendo, conforme o caso, estar indicada a análise de riscos, correção do ambiente e das condições de análise de riscos, correção do ambiente e das condições de trabalho; trabalho;

12.12. Alertar que o Alertar que o acesso ao atendimento médico, para a acesso ao atendimento médico, para a imprescindível investigação e conclusão diagnósticaimprescindível investigação e conclusão diagnóstica, e, , e, conforme o caso, às demais avaliações auxiliares e conforme o caso, às demais avaliações auxiliares e complementares, deve ser garantido a todos os indivíduos que complementares, deve ser garantido a todos os indivíduos que usam a voz profissionalmente;usam a voz profissionalmente;

13.13. Recomendar que seja Recomendar que seja considerada a periodicidade da realização considerada a periodicidade da realização dos exames médico-ocupacionais para os trabalhadoresdos exames médico-ocupacionais para os trabalhadores que que utilizam a voz profissional, explicitados em anexo, em especial utilizam a voz profissional, explicitados em anexo, em especial para aqueles que atuam em condições mais adversas;para aqueles que atuam em condições mais adversas;

14.14. Apontar a Apontar a incoerência do rigor da atual exigência de incoerência do rigor da atual exigência de “normalidade laríngea” em exames admissionais e o contraste “normalidade laríngea” em exames admissionais e o contraste com a conceituação de aptidão e exigências nos demais com a conceituação de aptidão e exigências nos demais exames médicosexames médicos ocupacionais ao longo da atividade laborativa; ocupacionais ao longo da atividade laborativa;

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Carta do RioCarta do Rio

DECIDEM, CONCLUEM E RECOMENDAM:DECIDEM, CONCLUEM E RECOMENDAM:

15.15. Recomendar que, a critério médico, Recomendar que, a critério médico, trabalhadores portadores trabalhadores portadores de laringopatias e/ou alterações vocais leves não sejam de laringopatias e/ou alterações vocais leves não sejam considerados, a priori, inaptos ao desempenho de cargosconsiderados, a priori, inaptos ao desempenho de cargos que que demandem uso da voz, devendo, quando possível, serem demandem uso da voz, devendo, quando possível, serem avaliados em ambiente de trabalho e/ou fora dele quanto a seu avaliados em ambiente de trabalho e/ou fora dele quanto a seu desempenho vocal e profissional; desempenho vocal e profissional;

16.16. Propor a Propor a ampliação dos serviços e programas de educaçãoampliação dos serviços e programas de educação, , tratamento, capacitação e aperfeiçoamento vocal, facilitando o tratamento, capacitação e aperfeiçoamento vocal, facilitando o acesso e estimulando a adesão dos indivíduos que utilizam voz acesso e estimulando a adesão dos indivíduos que utilizam voz profissional a estas iniciativas;profissional a estas iniciativas;

17.17. Intensificar a busca, o aperfeiçoamento e a aplicação de Intensificar a busca, o aperfeiçoamento e a aplicação de recursos em pesquisasrecursos em pesquisas que favoreçam a melhor compreensão que favoreçam a melhor compreensão das laringopatias relacionadas ao trabalho;das laringopatias relacionadas ao trabalho;

18.18. Enviar a presente Carta e os Anexos pertinentes, às entidades Enviar a presente Carta e os Anexos pertinentes, às entidades públicas e às representativas de empregadores e de públicas e às representativas de empregadores e de trabalhadorestrabalhadores que utilizam voz profissional, para que estejam que utilizam voz profissional, para que estejam informados e participem ativamente do levantamento e da informados e participem ativamente do levantamento e da solução dos problemas decorrentes da incapacidade ou solução dos problemas decorrentes da incapacidade ou afastamento por laringopatias relacionadas ao trabalho;afastamento por laringopatias relacionadas ao trabalho;

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Carta do RioCarta do Rio

DECIDEM, CONCLUEM E RECOMENDAM:DECIDEM, CONCLUEM E RECOMENDAM:

19.19. Solicitar ao Solicitar ao Ministério da Saúde a abertura da Lista das Doenças Ministério da Saúde a abertura da Lista das Doenças Relacionadas ao TrabalhoRelacionadas ao Trabalho para, com o apoio das Entidades para, com o apoio das Entidades promotoras do Consenso, incluir item específico referente às promotoras do Consenso, incluir item específico referente às Laringopatias Relacionadas ao Trabalho;Laringopatias Relacionadas ao Trabalho;

20.20. Estreitar contatos e colaboração com os diversos órgãos do Estreitar contatos e colaboração com os diversos órgãos do Poder Executivo, em especial do Ministério da Saúde, do Poder Executivo, em especial do Ministério da Saúde, do Trabalho e Emprego e da Previdência e Assistência SocialTrabalho e Emprego e da Previdência e Assistência Social, , responsáveis pela saúde do trabalhador, no sentido de que as responsáveis pela saúde do trabalhador, no sentido de que as deliberações deste fórum sejam consideradas na elaboração e deliberações deste fórum sejam consideradas na elaboração e reformulação de políticas, portarias e normas que favoreçam reformulação de políticas, portarias e normas que favoreçam uma efetiva redução da incidência das laringopatias uma efetiva redução da incidência das laringopatias relacionadas ao trabalho;relacionadas ao trabalho;

21.21. Propor em anexo, na forma de Propor em anexo, na forma de Legislação FederalLegislação Federal, a criação do , a criação do Programa Nacional de Saúde Vocal, de caráter preventivo, Programa Nacional de Saúde Vocal, de caráter preventivo, curativo e reabilitador;curativo e reabilitador;

22.22. Considerar como Considerar como sugestões de condutas médico-sugestões de condutas médico-administrativas, diretrizes e recomendações gerais o conteúdo administrativas, diretrizes e recomendações gerais o conteúdo dos diversos relatórios anexosdos diversos relatórios anexos, considerados permanentemente , considerados permanentemente sujeitos a serem reformulados ou atualizados pelo conjunto das sujeitos a serem reformulados ou atualizados pelo conjunto das entidades promotoras.entidades promotoras.

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Carta do Rio – e seus Carta do Rio – e seus AnexosAnexos

ANEXO 1 – Das atribuições e competênciasANEXO 1 – Das atribuições e competências ANEXO 2 – Das necessidades dos profissionais da vozANEXO 2 – Das necessidades dos profissionais da voz ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicas ANEXO 4 – Das enfermidades e condições clínicasANEXO 4 – Das enfermidades e condições clínicas ANEXO 5 – Dos riscos ambientais, individuais e ANEXO 5 – Dos riscos ambientais, individuais e questionáriosquestionários ANEXO 6 – Dos levantamentos a respeito das ANEXO 6 – Dos levantamentos a respeito das laringopatiaslaringopatias ANEXO 7 – Do conjunto de elementos para relatóriosANEXO 7 – Do conjunto de elementos para relatórios ANEXO 8 – Da proposta de reformulação das normas ANEXO 8 – Da proposta de reformulação das normas técnicastécnicas ANEXO 9 – Da proposta legislativa federalANEXO 9 – Da proposta legislativa federal

Consenso Nacional sobre Voz ProfissionalConsenso Nacional sobre Voz Profissional

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O O médicomédico que cuida da voz é o especialista em que cuida da voz é o especialista em OtorrinolaringologiaOtorrinolaringologia (ORL), e (ORL), e auxilia os médicos do trabalho e os médicos peritos nas questões técnicas, judiciais e auxilia os médicos do trabalho e os médicos peritos nas questões técnicas, judiciais e trabalhistas relacionadas ao aparelho fonador, digestório e respiratório alto e cervical trabalhistas relacionadas ao aparelho fonador, digestório e respiratório alto e cervical anterior. O médico ORL diagnostica e trata das enfermidades, doenças e disfunções das anterior. O médico ORL diagnostica e trata das enfermidades, doenças e disfunções das vias aerodigestivas superiores – garganta (faringe e laringe), nariz e ouvidos – que afetem vias aerodigestivas superiores – garganta (faringe e laringe), nariz e ouvidos – que afetem voz, deglutição, respiração alta, audição e equilíbrio; requisita e avalia exames, conclui e voz, deglutição, respiração alta, audição e equilíbrio; requisita e avalia exames, conclui e define diagnóstico e conduta, emite parecer, atesta, indica ou prescreve cuidados, define diagnóstico e conduta, emite parecer, atesta, indica ou prescreve cuidados, repouso, terapias, medicamentos e a realização de procedimentos ou cirurgias. repouso, terapias, medicamentos e a realização de procedimentos ou cirurgias.

Ao Ao médico do trabalhomédico do trabalho cabe analisar e interpretar os efeitos das condições de cabe analisar e interpretar os efeitos das condições de trabalho e do ambiente sobre a pessoa do trabalhador, caracterizar a aptidão para o trabalho e do ambiente sobre a pessoa do trabalhador, caracterizar a aptidão para o trabalho, o nexo causal e a incapacidade laborativa e dar solução aos problemas de trabalho, o nexo causal e a incapacidade laborativa e dar solução aos problemas de saúde/doença dos trabalhadores. saúde/doença dos trabalhadores.

Ao Ao médico peritomédico perito cabe formular laudo pericial mediante designação do juiz nas cabe formular laudo pericial mediante designação do juiz nas perícias judiciais e nas demandas administrativas do MPAS e MTE.perícias judiciais e nas demandas administrativas do MPAS e MTE.

Supremo Tribunal Federal, Representação 1.056-2 DF, julgada em 4/5/83Supremo Tribunal Federal, Representação 1.056-2 DF, julgada em 4/5/83

1. Das Atribuições e competências1. Das Atribuições e competências

Consenso Nacional sobre Voz ProfissionalConsenso Nacional sobre Voz Profissional

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AtençãoAtenção:: Lei alguma de profissão paramédica lhes dá (até hoje) o direito de Lei alguma de profissão paramédica lhes dá (até hoje) o direito de

concluir diagnóstico, requisitar exames, indicar terapêutica, prescrever concluir diagnóstico, requisitar exames, indicar terapêutica, prescrever medicamentos, realizar cirurgias, emitir atestado de saúde ou doença, medicamentos, realizar cirurgias, emitir atestado de saúde ou doença, dar prognóstico, internar, dar alta, definir capacidade e incapacidade, dar prognóstico, internar, dar alta, definir capacidade e incapacidade, aptidão e inaptidão, etc., etc.aptidão e inaptidão, etc., etc.

ExceçõesExceções::- diagnóstico- diagnóstico psicológico: psicológico: mas não existe “doença psicológica” – só psiquiátrica...mas não existe “doença psicológica” – só psiquiátrica...- nutricionistas avaliam estado nutricional: - nutricionistas avaliam estado nutricional: mas aproveitam para avaliar doenças...mas aproveitam para avaliar doenças...

1. Das Atribuições e competências1. Das Atribuições e competências

Consenso Nacional sobre Voz ProfissionalConsenso Nacional sobre Voz Profissional

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O fonoaudiólogoO fonoaudiólogo é o profissional de nível universitário que trabalha com a é o profissional de nível universitário que trabalha com a comunicação humana em vários aspectos, incluindo orientação preventiva, avaliação, comunicação humana em vários aspectos, incluindo orientação preventiva, avaliação, aperfeiçoamento e terapia reabilitadora da voz e da fala; quando legalmente aperfeiçoamento e terapia reabilitadora da voz e da fala; quando legalmente habilitado, obtém o título de especialista em voz no campo da Fonoaudiologia.habilitado, obtém o título de especialista em voz no campo da Fonoaudiologia.

A Lei 6965/81 define precisamente seus limites de atuaçãoA Lei 6965/81 define precisamente seus limites de atuação

O professor de Canto O professor de Canto ou instrutor de técnica vocal é o profissional que orienta ou instrutor de técnica vocal é o profissional que orienta e desenvolve a voz cantada, nos seus aspectos artísticos e técnicos. Ajuda pessoas de e desenvolve a voz cantada, nos seus aspectos artísticos e técnicos. Ajuda pessoas de todas as idades a desenvolverem de forma mais rápida e segura o seu potencial de todas as idades a desenvolverem de forma mais rápida e segura o seu potencial de voz, seja de forma individual ou coletiva (Canto Coral), no canto popular ou lírico, voz, seja de forma individual ou coletiva (Canto Coral), no canto popular ou lírico, buscando adequar o cantor às particularidades e exigências de cada gênero ou estilo buscando adequar o cantor às particularidades e exigências de cada gênero ou estilo musical.musical.

1. Das Atribuições e competências1. Das Atribuições e competências

Consenso Nacional sobre Voz ProfissionalConsenso Nacional sobre Voz Profissional

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Doenças Ocupacionais – atribuições médicasDoenças Ocupacionais – atribuições médicas

O que cada campo de atividadeO que cada campo de atividade analisa, investiga, define, determina e/ou informaanalisa, investiga, define, determina e/ou informa

Na ClínicaNa Clínica(por ex.,médico ORL)(por ex.,médico ORL)

No TrabalhoNo Trabalho(médico do Trabalho)(médico do Trabalho)

Na PrevidênciaNa Previdência(médico perito)(médico perito)

DiagnósticoDiagnóstico Nexo causalNexo causal Nexo técnicoNexo técnico

Grau de risco Grau de risco InformaInforma

Apto ou inaptoApto ou inaptoIncapacitação para a Incapacitação para a

função função temporária ou permanentetemporária ou permanente

------

Afastamento Afastamento temporário – até 15 temporário – até 15

diasdias

Aguarda alta clínicaAguarda alta clínica Auxílio doençaAuxílio doençaApós 15 diasApós 15 dias

Afastamento Afastamento definitivodefinitivo Informa Informa

estado clínicoestado clínico

ReadaptaçãoReadaptaçãoRecomenda troca de Recomenda troca de

funçãofunção

Reabilitação Reabilitação Setor da PrevidênciaSetor da Previdência

SeqüelasSeqüelasDescreve-as e instruiDescreve-as e instrui

EstabilidadeEstabilidadeGarantida se a doença Garantida se a doença

for de origem for de origem ocupacionalocupacional

Auxílio acidente Auxílio acidente Em havendo seqüelas por Em havendo seqüelas por

doença ocupacionaldoença ocupacional

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Carta do Rio e seus Carta do Rio e seus AnexosAnexos

ANEXO 1 – Das atribuições e competênciasANEXO 1 – Das atribuições e competências ANEXO 2 – ANEXO 2 – Das necessidades dos profissionais da Das necessidades dos profissionais da vozvoz ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicas ANEXO 4 – Das enfermidades e condições clínicasANEXO 4 – Das enfermidades e condições clínicas ANEXO 5 – Dos riscos ambientais, individuais e ANEXO 5 – Dos riscos ambientais, individuais e questionáriosquestionários ANEXO 6 – Dos levantamentos a respeito das ANEXO 6 – Dos levantamentos a respeito das laringopatiaslaringopatias ANEXO 7 – Do conjunto de elementos para relatóriosANEXO 7 – Do conjunto de elementos para relatórios ANEXO 8 – Da proposta de reformulação das normas ANEXO 8 – Da proposta de reformulação das normas técnicastécnicas ANEXO 9 – Da proposta legislativa federalANEXO 9 – Da proposta legislativa federal

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ANEXO 2 – Principais necessidades dos ANEXO 2 – Principais necessidades dos profissionais da voz - diferenciando voz cantada e profissionais da voz - diferenciando voz cantada e

faladafalada

Protocolo de Caracterização do profissional da Protocolo de Caracterização do profissional da vozvoz

Na relação entre os atributos vocais em sentido Na relação entre os atributos vocais em sentido amplo e atividade profissional é necessário levar amplo e atividade profissional é necessário levar

em consideração os parâmetros em consideração os parâmetros Demanda, Demanda, Requinte, Repercussão e Limitação.Requinte, Repercussão e Limitação.

DemandaDemanda – A demanda tem relação com o adequado – A demanda tem relação com o adequado emprego da voz e com as condições do ambiente e da emprego da voz e com as condições do ambiente e da organização do trabalho onde a voz é utilizada.organização do trabalho onde a voz é utilizada.O emprego da voz deve ser caracterizado pelo tempo e intensidade de uso O emprego da voz deve ser caracterizado pelo tempo e intensidade de uso vocal no desempenho da atividade profissional. As condições do ambiente de vocal no desempenho da atividade profissional. As condições do ambiente de trabalho devem ser caracterizadas pela situação de salubridade ambiental, trabalho devem ser caracterizadas pela situação de salubridade ambiental, meios de apoio à comunicação verbal disponibilizados e grau de solicitação meios de apoio à comunicação verbal disponibilizados e grau de solicitação proveniente da organização dos processos de trabalho.proveniente da organização dos processos de trabalho.

RequinteRequinte – O requinte se refere às necessidades de – O requinte se refere às necessidades de habilitação vocal e de controle sobre a voz necessárias habilitação vocal e de controle sobre a voz necessárias para desempenhar a atividade profissional.para desempenhar a atividade profissional.

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ANEXO 2 – Principais necessidades dos ANEXO 2 – Principais necessidades dos profissionais da voz - diferenciando voz cantada e profissionais da voz - diferenciando voz cantada e

faladafalada

Protocolo de Caracterização do profissional da Protocolo de Caracterização do profissional da vozvoz

Na relação entre os atributos vocais em sentido Na relação entre os atributos vocais em sentido amplo e atividade profissional é necessário levar amplo e atividade profissional é necessário levar

em consideração os parâmetros em consideração os parâmetros Demanda, Demanda, Requinte, Repercussão e Limitação.Requinte, Repercussão e Limitação.

RepercussãoRepercussão – Representa o papel da voz no sucesso e – Representa o papel da voz no sucesso e qualidade do desempenho profissional, determinando o qualidade do desempenho profissional, determinando o diferencial profissional do trabalhador. Significa o grau diferencial profissional do trabalhador. Significa o grau de impacto que a voz (ou sua alteração) poderia trazer de impacto que a voz (ou sua alteração) poderia trazer ao resultado da atividade profissional.ao resultado da atividade profissional.

LimitaçãoLimitação – Refere-se à relação entre a alteração da voz – Refere-se à relação entre a alteração da voz (ou da função do sistema fonatório) e as exigências do (ou da função do sistema fonatório) e as exigências do seu uso profissional. Representa diversos graus entre a seu uso profissional. Representa diversos graus entre a eufonia (uso da voz em sua plenitude) e a deficiência eufonia (uso da voz em sua plenitude) e a deficiência vocal (total incapacidade para o uso profissional da vocal (total incapacidade para o uso profissional da voz). voz).

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ANEXO 2 – ANEXO 2 – Principais necessidades dos profissionais Principais necessidades dos profissionais da voz - diferenciando voz cantada e faladada voz - diferenciando voz cantada e falada

Características da VOZ FALADA Características da VOZ FALADA e CANTADA em termos de: e CANTADA em termos de:

1. Respiração1. Respiração 2. Fonação2. Fonação 3. Ressonância e projeção de 3. Ressonância e projeção de vozvoz 4. Qualidade vocal4. Qualidade vocal 5. Articulação dos sons da 5. Articulação dos sons da falafala 6. Pausas6. Pausas 7. Velocidade e ritmo7. Velocidade e ritmo 8. Postura8. Postura

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ANEXO 2 – ANEXO 2 – Principais necessidades dos profissionais Principais necessidades dos profissionais da voz - diferenciando voz cantada e faladada voz - diferenciando voz cantada e falada

EXIGÊNCIAS e NECESSIDADES do paciente-usuário deEXIGÊNCIAS e NECESSIDADES do paciente-usuário deVOZ VOZ FALADAFALADA profissional: profissional:

1. Ter conhecimentos da fisiologia (mecanismos e 1. Ter conhecimentos da fisiologia (mecanismos e funções) da voz e cuidados com o aparelho fonador. funções) da voz e cuidados com o aparelho fonador. 2. Conscientização profissional.2. Conscientização profissional.3. Evitar abuso e mau uso vocal no trabalho e 3. Evitar abuso e mau uso vocal no trabalho e principalmente nas atividades extraprofissionais.principalmente nas atividades extraprofissionais.4. Atendimento médico e fonoaudiológico diferenciados 4. Atendimento médico e fonoaudiológico diferenciados considerando a voz como instrumento de trabalho.considerando a voz como instrumento de trabalho.5. Evitar condições adversas: ambiente refrigerado, 5. Evitar condições adversas: ambiente refrigerado, poeira, ácaro, mofo, acústica inadequada, competição poeira, ácaro, mofo, acústica inadequada, competição sonora, pressões psicológicas, falta de hidratação sonora, pressões psicológicas, falta de hidratação adequada. (...)adequada. (...)

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ANEXO 2 – ANEXO 2 – Principais necessidades dos profissionais Principais necessidades dos profissionais da voz - diferenciando voz cantada e faladada voz - diferenciando voz cantada e falada

EXIGÊNCIAS e NECESSIDADES do paciente-usuário deEXIGÊNCIAS e NECESSIDADES do paciente-usuário deVOZ VOZ CANTADACANTADA profissional profissional

1. Ter conhecimento da fisiologia da voz e cuidados 1. Ter conhecimento da fisiologia da voz e cuidados especiais para o canto.especiais para o canto.2. Musicalidade.2. Musicalidade.3. Percepção auditiva.3. Percepção auditiva.4. Afinação.4. Afinação.5. Extensão vocal.5. Extensão vocal.6. Conscientização profissional.6. Conscientização profissional.7. Coordenação pneumo-fono-articulatória. (...)7. Coordenação pneumo-fono-articulatória. (...)

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Carta do Rio e seus Carta do Rio e seus AnexosAnexos

ANEXO 1 – Das atribuições e competênciasANEXO 1 – Das atribuições e competências ANEXO 2 – Das necessidades dos profissionais da vozANEXO 2 – Das necessidades dos profissionais da voz ANEXO 3 – ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasDos conceitos e evidências científicas ANEXO 4 – Das enfermidades e condições clínicasANEXO 4 – Das enfermidades e condições clínicas ANEXO 5 – Dos riscos ambientais, individuais e ANEXO 5 – Dos riscos ambientais, individuais e questionáriosquestionários ANEXO 6 – Dos levantamentos a respeito das ANEXO 6 – Dos levantamentos a respeito das laringopatiaslaringopatias ANEXO 7 – Do conjunto de elementos para relatóriosANEXO 7 – Do conjunto de elementos para relatórios ANEXO 8 – Da proposta de reformulação das normas ANEXO 8 – Da proposta de reformulação das normas técnicastécnicas ANEXO 9 – Da proposta legislativa federalANEXO 9 – Da proposta legislativa federal

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ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicas

Considerações prévias sobre aConsiderações prévias sobre aMedicina Baseada em Evidências (MBE)Medicina Baseada em Evidências (MBE)

Nem sempre as condutas clínicas aparentemente adequadas Nem sempre as condutas clínicas aparentemente adequadas são de eficácia comprovada, e elas devem ser questionadas à são de eficácia comprovada, e elas devem ser questionadas à luz das melhores evidências disponíveis no momento, luz das melhores evidências disponíveis no momento, referendadas, de preferência, pela pesquisa clínica de referendadas, de preferência, pela pesquisa clínica de qualidade.qualidade.

Os fundamentos na MBE são basicamente a crítica ao Os fundamentos na MBE são basicamente a crítica ao conhecimento e a valorização do melhor disponível a ser conhecimento e a valorização do melhor disponível a ser oferecido ao paciente, segundo preceitos alicerçados em oferecido ao paciente, segundo preceitos alicerçados em pesquisas consistentes, de preferência pesquisas clínicas, pesquisas consistentes, de preferência pesquisas clínicas, sendo essas evidências graduadas pelo delineamento da sendo essas evidências graduadas pelo delineamento da pesquisa.pesquisa.

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ANEXO 3 – ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasDos conceitos e evidências científicas

Considerações prévias sobre aConsiderações prévias sobre aMedicina Baseada em Evidências (MBE)Medicina Baseada em Evidências (MBE)

Tipos de Evidência:Tipos de Evidência: Ia - meta-análise ou estudos controlados randomizados;Ia - meta-análise ou estudos controlados randomizados; Ib - pelo menos 1 estudo randomizado controlado;Ib - pelo menos 1 estudo randomizado controlado; IIa - estudo bem controlado sem randomização;IIa - estudo bem controlado sem randomização; IIb - um estudo bem desenhado quase experimental;IIb - um estudo bem desenhado quase experimental; III - estudo descritivos, tais como estudos comparativos, III - estudo descritivos, tais como estudos comparativos, estudos de correlação ou casos;estudos de correlação ou casos; IV - relatos de comitês, opinião ou experiência clínica IV - relatos de comitês, opinião ou experiência clínica de respeitadas autoridades = Consensode respeitadas autoridades = Consenso

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ANEXO 3 – ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasDos conceitos e evidências científicas

1. O que é voz1. O que é vozSob o ponto de vista fisiológico, a voz humana pode ser definida Sob o ponto de vista fisiológico, a voz humana pode ser definida como o som produzido pela passagem do ar pelas pregas vocais e como o som produzido pela passagem do ar pelas pregas vocais e modificado nas cavidades de ressonância e estruturas modificado nas cavidades de ressonância e estruturas articulatórias. articulatórias.

2. Sobre voz normal2. Sobre voz normalNão existe uma definição aceitável de voz normal, por falta de Não existe uma definição aceitável de voz normal, por falta de padrões ou limites definidos, e, portanto, o conceito mais correto é padrões ou limites definidos, e, portanto, o conceito mais correto é o de voz adaptada, ou seja, em que a pessoa (ou trabalhador) o de voz adaptada, ou seja, em que a pessoa (ou trabalhador) demonstra estabilidade e resistência ao uso específico, laborativo demonstra estabilidade e resistência ao uso específico, laborativo e/ou social, que habitualmente faz da voz.e/ou social, que habitualmente faz da voz.

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ANEXO 3 – ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasDos conceitos e evidências científicas

6. Conceito de disfonia. Graus de intensidade e limitação 6. Conceito de disfonia. Graus de intensidade e limitação vocalvocal

É o É o principal sintomaprincipal sintoma de distúrbio da comunicação oral, no qual a de distúrbio da comunicação oral, no qual a voz produzida não consegue, apresenta dificuldades ou limitações voz produzida não consegue, apresenta dificuldades ou limitações em cumprir seu papel básico de transmissão da mensagem verbal em cumprir seu papel básico de transmissão da mensagem verbal e emocional do indivíduo. e emocional do indivíduo.

Uma disfonia representa toda e qualquer dificuldade ou alteração Uma disfonia representa toda e qualquer dificuldade ou alteração na emissão natural da voz. Portanto, toda disfonia é uma limitação na emissão natural da voz. Portanto, toda disfonia é uma limitação vocal, podendo ser classificada em um dos quatro graus de vocal, podendo ser classificada em um dos quatro graus de intensidade: intensidade:

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ANEXO 3 – ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasDos conceitos e evidências científicas

6. Conceito de disfonia. Graus de intensidade e limitação 6. Conceito de disfonia. Graus de intensidade e limitação vocalvocal

Grau leveGrau leve - disfonia eventual ou quase imperceptível, e o - disfonia eventual ou quase imperceptível, e o trabalhador consegue desempenhar suas atividades vocais trabalhador consegue desempenhar suas atividades vocais habituais com mínima dificuldade, rara fadiga, e sem interrupções;habituais com mínima dificuldade, rara fadiga, e sem interrupções;

Grau moderadoGrau moderado - disfonia percebida continuamente, a voz é - disfonia percebida continuamente, a voz é audível, com oscilações, e o trabalhador consegue desempenhar audível, com oscilações, e o trabalhador consegue desempenhar suas atividades vocais habituais, com percepção (por si próprio e/ou suas atividades vocais habituais, com percepção (por si próprio e/ou por ouvintes) de esforço, falhas, fadiga eventual a freqüente e por ouvintes) de esforço, falhas, fadiga eventual a freqüente e necessidade de interrupções;necessidade de interrupções;

Grau intensoGrau intenso - disfonia constante, a voz torna-se pouco audível, e o - disfonia constante, a voz torna-se pouco audível, e o trabalhador não consegue desempenhar suas atividades, ou o faz trabalhador não consegue desempenhar suas atividades, ou o faz com grande esforço, intensa fadiga e com grandes interrupções.com grande esforço, intensa fadiga e com grandes interrupções.

Grau extremo ou afoniaGrau extremo ou afonia – é a “quase ausência” ou “total ausência” – é a “quase ausência” ou “total ausência” de voz, a voz torna-se inaudível, exigindo escrita ou mímica para de voz, a voz torna-se inaudível, exigindo escrita ou mímica para que a pessoa se faça entender e o trabalhador não consegue que a pessoa se faça entender e o trabalhador não consegue desempenhar suas atividades. desempenhar suas atividades.

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ANEXO 3 – ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasDos conceitos e evidências científicas

7. Tipos de disfonias 7. Tipos de disfonias Funcionais Funcionais (ou primárias): quando o uso da voz é a causa da (ou primárias): quando o uso da voz é a causa da disfonia; disfonia; - Comportamentais: uso incorreto da voz- Comportamentais: uso incorreto da voz uso abusivo da vozuso abusivo da voz psicogênicaspsicogênicas - Inadaptações: funcionais- Inadaptações: funcionais orgânicasorgânicas

Orgânico-funcionais:Orgânico-funcionais: quando o uso da voz gera lesões nas quando o uso da voz gera lesões nas estruturas envolvidas na produção vocal;estruturas envolvidas na produção vocal;

OrgânicasOrgânicas (ou secundárias): quando a voz apenas reflete uma (ou secundárias): quando a voz apenas reflete uma alteração cuja causa independe da produção vocalalteração cuja causa independe da produção vocal

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ANEXO 3 – ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasDos conceitos e evidências científicas

8. Laringopatia 8. Laringopatia Representa o quadro de sinais e sintomas (ou síndrome) resultado Representa o quadro de sinais e sintomas (ou síndrome) resultado do conjunto de quaisquer alterações, disfunções e/ou enfermidades do conjunto de quaisquer alterações, disfunções e/ou enfermidades laríngeas, do aparelho fonador ou de quaisquer outros sistemas laríngeas, do aparelho fonador ou de quaisquer outros sistemas orgânicos que possam repercutir na voz e/ou na fala, ou sejam orgânicos que possam repercutir na voz e/ou na fala, ou sejam causadas pelo mau uso ou abuso da voz.causadas pelo mau uso ou abuso da voz.

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ANEXO 3 – ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasDos conceitos e evidências científicas

10. Laringopatia Relacionada ao Trabalho.10. Laringopatia Relacionada ao Trabalho.

Caracteriza-se como sendo o conjunto de sinais, sintomas, Caracteriza-se como sendo o conjunto de sinais, sintomas, disfunções e enfermidades do aparelho fonador, que possam ter disfunções e enfermidades do aparelho fonador, que possam ter origem no uso inadequado da voz, relacionadas ao tipo de atividade origem no uso inadequado da voz, relacionadas ao tipo de atividade e/ou na exposição ambiental, ou refletir em sua função e nas e/ou na exposição ambiental, ou refletir em sua função e nas condições de uso da voz no trabalho, em termos de qualidade, condições de uso da voz no trabalho, em termos de qualidade, estabilidade e resistência, sem prejuízo de considerar-se que estabilidade e resistência, sem prejuízo de considerar-se que enfermidades de diversos outros sistemas orgânicos podem enfermidades de diversos outros sistemas orgânicos podem repercutir no aparelho fonador.repercutir no aparelho fonador.

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ANEXO 3 – ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasDos conceitos e evidências científicas

Os principais sinais e sintomas das laringopatias sãoOs principais sinais e sintomas das laringopatias são (ou podem ser decorrentes de):(ou podem ser decorrentes de):

- Sensação ou observação de esforço fonatório;- Sensação ou observação de esforço fonatório;- Alterações pulmonares e estridor respiratório (ruído inspiratório - Alterações pulmonares e estridor respiratório (ruído inspiratório e/ou expiratório);e/ou expiratório);- Dificuldade respiratória (perda de fôlego em repouso ou associada - Dificuldade respiratória (perda de fôlego em repouso ou associada a esforços e/ou à fala);a esforços e/ou à fala);- Alterações nasossinusais (por ex. obstrução nasal);- Alterações nasossinusais (por ex. obstrução nasal);- Distúrbios ressonantais ou articulatórios (voz nasalada, abafada, - Distúrbios ressonantais ou articulatórios (voz nasalada, abafada, fala enrolada); fala enrolada); - Pigarro (necessidade de limpar a garganta, sensação de muco ou - Pigarro (necessidade de limpar a garganta, sensação de muco ou algo preso);algo preso);- Tosse (freqüente, diurna ou noturna);- Tosse (freqüente, diurna ou noturna);- Azia, plenitude ou eructação (intolerância ou sensibilidade a - Azia, plenitude ou eructação (intolerância ou sensibilidade a determinados alimentos, hábitos ou posturas); determinados alimentos, hábitos ou posturas);

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Cont.Cont.

- Odinofagia (dor e/ou ardência faríngea ou cervical, á deglutição ou - Odinofagia (dor e/ou ardência faríngea ou cervical, á deglutição ou espontânea);espontânea);- Disfagia (dificuldade ou incômodo para engolir);- Disfagia (dificuldade ou incômodo para engolir);- Disfonia (rouquidão, aspereza ou soprosidade na voz);- Disfonia (rouquidão, aspereza ou soprosidade na voz);- Fadiga vocal (ou cansaço precoce);- Fadiga vocal (ou cansaço precoce);- Oscilação vocal e episódios de afonia (falhas ou perda de voz);- Oscilação vocal e episódios de afonia (falhas ou perda de voz);- Mudanças de registro (voz tornou-se mais grave ou aguda do que - Mudanças de registro (voz tornou-se mais grave ou aguda do que antes);antes);- Limitações de extensão (redução de alcance de graves e/ou - Limitações de extensão (redução de alcance de graves e/ou agudos);agudos);- Alterações, desconforto ou dor no pescoço.- Alterações, desconforto ou dor no pescoço.

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ANEXO 3 – ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasDos conceitos e evidências científicas

11.11. Conceituação de normalidade, adaptação, aptidão e Conceituação de normalidade, adaptação, aptidão e alteração vocal.alteração vocal.

Frisa que o termo “disfonia ocupacional” é inadequado e deve ser Frisa que o termo “disfonia ocupacional” é inadequado e deve ser abolidoabolido

pois se refere a um pois se refere a um mero sintomamero sintoma, um dos diversos que , um dos diversos que caracterizam ascaracterizam as

laringopatias.laringopatias.

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ANEXO 3 – ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasDos conceitos e evidências científicas

12. Deficiente vocal. 12. Deficiente vocal. Define-se como Define-se como deficiente vocaldeficiente vocal a pessoa que apresenta a pessoa que apresenta

incapacidade deincapacidade dedesenvolver a função fonatória (inclui voz, fala e linguagem) nadesenvolver a função fonatória (inclui voz, fala e linguagem) nacomunicação verbal, em caráter permanente e irreversível. comunicação verbal, em caráter permanente e irreversível.

Por conseguinte, Por conseguinte, Deficiência VocalDeficiência Vocal é a incapacidade de desenvolver é a incapacidade de desenvolver aa

função fonatória na comunicação verbal, que acomete uma pessoa função fonatória na comunicação verbal, que acomete uma pessoa emem

caráter permanente e irreversível.caráter permanente e irreversível.

13. Abuso vocal e mau uso da voz. 13. Abuso vocal e mau uso da voz. São São comportamentos vocais negativoscomportamentos vocais negativos. . Abuso vocalAbuso vocal é quando o uso da voz ultrapassa os limites saudáveis, é quando o uso da voz ultrapassa os limites saudáveis,

mesmomesmocom a utilização de uma boa técnica vocal. com a utilização de uma boa técnica vocal. Mau uso vocalMau uso vocal é caracterizado por desvios de padrões corretos da é caracterizado por desvios de padrões corretos da

emissão. emissão. Ambos podem levar ao surgimento súbito ou gradual de sinais e/ou Ambos podem levar ao surgimento súbito ou gradual de sinais e/ou

sintomas esintomas ede efeitos danosos ao aparelho fonador. de efeitos danosos ao aparelho fonador.

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ANEXO 3 – ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasDos conceitos e evidências científicas

15. Recomendações para a avaliação do trabalhador com uso de voz 15. Recomendações para a avaliação do trabalhador com uso de voz profissional.profissional.

Todos os profissionais da voz, quando submetidos a exames médico-Todos os profissionais da voz, quando submetidos a exames médico-ocupacionais devem, a critério médico, ser encaminhados à ocupacionais devem, a critério médico, ser encaminhados à consulta otorrinolaringológica, podendo ser solicitados outros consulta otorrinolaringológica, podendo ser solicitados outros exames e avaliações complementares, conforme as necessidades exames e avaliações complementares, conforme as necessidades de cada caso. de cada caso.

Os médicos peritos que atuem em causas que envolvam pacientes Os médicos peritos que atuem em causas que envolvam pacientes disfônicos ou com laringopatias, devem se basear em relatório e disfônicos ou com laringopatias, devem se basear em relatório e parecer médico (otorrinolaringológico e outros) e avaliação de parecer médico (otorrinolaringológico e outros) e avaliação de fonoaudiólogos e demais profissionais comprovadamente fonoaudiólogos e demais profissionais comprovadamente experientes em voz profissional.experientes em voz profissional.

Consenso Nacional sobre Voz ProfissionalConsenso Nacional sobre Voz Profissional

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ANEXO 3 – ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasDos conceitos e evidências científicas

16. Considerações sobre Medicina (Laringologia) Psicossomática e 16. Considerações sobre Medicina (Laringologia) Psicossomática e Efeito Placebo. Ansiedade e Transtorno Ansioso. Sintomas:Efeito Placebo. Ansiedade e Transtorno Ansioso. Sintomas:

1. tremores ou sensação de fraqueza 1. tremores ou sensação de fraqueza 2. tensão ou dor muscular 2. tensão ou dor muscular 3. inquietação 3. inquietação 4. fadiga fácil 4. fadiga fácil 5. falta de ar ou sensação de fôlego 5. falta de ar ou sensação de fôlego

curto curto 6. palpitações 6. palpitações 7. sudorese, mãos frias e úmidas 7. sudorese, mãos frias e úmidas 8. boca seca 8. boca seca 9. vertigens e tonturas 9. vertigens e tonturas 10. náuseas e diarréia 10. náuseas e diarréia 11. rubor ou calafrios 11. rubor ou calafrios 12. polaciúria (aumento de número de 12. polaciúria (aumento de número de

micções) micções) 13. bolo na garganta 13. bolo na garganta 14. impaciência 14. impaciência 15. resposta exagerada à surpresa 15. resposta exagerada à surpresa 16. dificuldade de concentração / 16. dificuldade de concentração /

memorizaçãomemorização17. dificuldade em conciliar e manter o 17. dificuldade em conciliar e manter o

sono sono 18. irritabilidade 18. irritabilidade

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ANEXO 3 – ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasDos conceitos e evidências científicas

16. Considerações sobre Medicina (Laringologia) Psicossomática e 16. Considerações sobre Medicina (Laringologia) Psicossomática e Efeito Placebo. Ansiedade e Transtorno Ansioso. Efeito Placebo. Ansiedade e Transtorno Ansioso.

Expressões psico-laringo-somáticas:Expressões psico-laringo-somáticas:

isso ficou preso na minha gargantaisso ficou preso na minha gargantaminha voz ficou presa, travadaminha voz ficou presa, travadasenti um bolosenti um boloessa não desceuessa não desceuaquilo ficou entaladoaquilo ficou entaladoainda estou engasgado com issoainda estou engasgado com issonão consegui engolir essanão consegui engolir essaaquilo ficou atravessado na minha aquilo ficou atravessado na minha

gargantagargantavão ter que me engolirvão ter que me engolirengoli o desaforoengoli o desaforoengoli em seco engoli em seco estou na maior secura por issoestou na maior secura por issosenti o coração na garganta ou na bocasenti o coração na garganta ou na bocafiquei sem voz /sem ar/mudo com tal fiquei sem voz /sem ar/mudo com tal

cenacenavomitei de ódio/raivavomitei de ódio/raivaainda estou digerindo / ruminando esse ainda estou digerindo / ruminando esse

fatofatofiquei com um nó / um aperto na fiquei com um nó / um aperto na

gargantagargantafiquei angustiadofiquei angustiadoestou no maior apertoestou no maior apertoestou por aqui com essa situaçãoestou por aqui com essa situaçãoestou afogado de serviçoestou afogado de serviçodesafoguei-me logodesafoguei-me logoestou no maior sufocoestou no maior sufocoestou amargurado”estou amargurado”

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ANEXO 3 – ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasDos conceitos e evidências científicas

17. Evidências científicas reconhecidas17. Evidências científicas reconhecidas

A automedicação de uma forma geral está absolutamente contra-A automedicação de uma forma geral está absolutamente contra-indicada, sendo importante o conhecimento de eventuais indicada, sendo importante o conhecimento de eventuais produtos, fitoterápicos ou remédios que estejam em uso, pois produtos, fitoterápicos ou remédios que estejam em uso, pois podem apresentar ação sinérgica e/ou adversa com podem apresentar ação sinérgica e/ou adversa com medicamentos prescritos pelo medico.medicamentos prescritos pelo medico.

A) Em termos de conduta profilática para a saúde vocal, indica-se:A) Em termos de conduta profilática para a saúde vocal, indica-se:

1. Seguir avaliações e cuidados clínicos gerais regulares;1. Seguir avaliações e cuidados clínicos gerais regulares;2. Identificar e respeitar predisposições, sensibilidades, alergias e 2. Identificar e respeitar predisposições, sensibilidades, alergias e

limites individuais; limites individuais; 3. Alternar atividade e repouso de forma adequada; priorizar sono 3. Alternar atividade e repouso de forma adequada; priorizar sono

regular e satisfatório; regular e satisfatório; 4. Alimentação regular, evitando jejum prolongado ou abusos 4. Alimentação regular, evitando jejum prolongado ou abusos

alimentares, em especial antes de dormir;alimentares, em especial antes de dormir;5. Evitar excesso de tensão, stress e estado crônico de ansiedade; 5. Evitar excesso de tensão, stress e estado crônico de ansiedade;

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6.6. Evitar abuso de bebidas alcoólicas, tranqüilizantes e/ou Evitar abuso de bebidas alcoólicas, tranqüilizantes e/ou estimulantes;estimulantes;

7.7. Prevenir e tratar do refluxo, evitando alimentos ácidos, Prevenir e tratar do refluxo, evitando alimentos ácidos, gordurosos que causem azia ou má digestão;gordurosos que causem azia ou má digestão;

8.8. Não forçar a voz, evitando gritar ou cochichar; manter o volume Não forçar a voz, evitando gritar ou cochichar; manter o volume normal da voz e articular bem as palavras; normal da voz e articular bem as palavras;

9.9. Evitar o uso intensivo da voz em ambientes ruidosos, que geram Evitar o uso intensivo da voz em ambientes ruidosos, que geram competição sonora (...); competição sonora (...);

10.10. Evitar durante o uso profissional da voz ar seco, úmido, vento, Evitar durante o uso profissional da voz ar seco, úmido, vento, frio, calor, mofo, poeira, odores, vapores, substâncias voláteis ou frio, calor, mofo, poeira, odores, vapores, substâncias voláteis ou quaisquer agentes de poluição que podem exigir maior esforço quaisquer agentes de poluição que podem exigir maior esforço muscular e/ou respiratório na emissão vocal e/ou afetar a muscular e/ou respiratório na emissão vocal e/ou afetar a integridade mucoepitelial das vias aerodigestivas superiores (...);integridade mucoepitelial das vias aerodigestivas superiores (...);

11.11. Buscar sempre o conforto ao cantar, sem esforço na garganta; Buscar sempre o conforto ao cantar, sem esforço na garganta; 12.12. Não fumar nem utilizar drogas como maconha, cocaína e demais Não fumar nem utilizar drogas como maconha, cocaína e demais

psicotrópicos ilegais;psicotrópicos ilegais;13.13. Evitar obesidade e manter atividade física aeróbica regular;Evitar obesidade e manter atividade física aeróbica regular;14.14. Manter-se hidratado; Manter-se hidratado; 15.15. Seguir técnicas de treinamento, aquecimento e desaquecimento Seguir técnicas de treinamento, aquecimento e desaquecimento

vocais;vocais;16.16. Participar de Programas de esclarecimento das funções e Participar de Programas de esclarecimento das funções e

disfunções vocaisdisfunções vocais

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Existem, conforme o diagnóstico, evidências científicas comprobatórias Existem, conforme o diagnóstico, evidências científicas comprobatórias dos dos benefícios causados por:benefícios causados por:

a. Repouso vocal absoluto ou relativo;a. Repouso vocal absoluto ou relativo;b. Antiinflamatórios; c. Antibióticos; d. Antifúngicos;b. Antiinflamatórios; c. Antibióticos; d. Antifúngicos;e. Analgésicos; f. Corticosteróides; g. Descongestionantes;e. Analgésicos; f. Corticosteróides; g. Descongestionantes;h. Mucolíticos; i. Inalações e nebulizações; h. Mucolíticos; i. Inalações e nebulizações; j. Bloqueadores de bomba de próton; k. Antiácidos;j. Bloqueadores de bomba de próton; k. Antiácidos;l. Prócinéticos; m. Cuidados posturais e dietéticos;l. Prócinéticos; m. Cuidados posturais e dietéticos;n. Toxina botulínica;n. Toxina botulínica;o. Cirurgias tais como adenotonsilectomias, rinosseptoplastias, o. Cirurgias tais como adenotonsilectomias, rinosseptoplastias,

turbinectomias, faringopalatoplastias, microcirurgias da laringe, turbinectomias, faringopalatoplastias, microcirurgias da laringe, tiroplastias, laringectomias, laringotraqueoplastias;tiroplastias, laringectomias, laringotraqueoplastias;

p. Radioterapia e quimioterapia anti-neoplásica;p. Radioterapia e quimioterapia anti-neoplásica;q. Orientação vocal preventiva, instrução sobre técnica vocal, q. Orientação vocal preventiva, instrução sobre técnica vocal,

fonoterapia e emprego de recursos de amplificação sonora.fonoterapia e emprego de recursos de amplificação sonora.

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Existem evidências científicas comprobatórias dos Existem evidências científicas comprobatórias dos malefícios malefícios causados porcausados por::

a. Abuso vocal;a. Abuso vocal;b. Fumo (tabagismo);b. Fumo (tabagismo);c. Abuso de álcool (etilismo-alcoolismo);c. Abuso de álcool (etilismo-alcoolismo);d. Refluxo laringo-faríngeo;d. Refluxo laringo-faríngeo;e. Efeitos colaterais de vários medicamentos (por ex., uso prolongado e. Efeitos colaterais de vários medicamentos (por ex., uso prolongado

de corticosteróides inalatórios) e substâncias de uso popular.de corticosteróides inalatórios) e substâncias de uso popular.f. Exposição a produtos químicos e irritantes das vias aéreas.f. Exposição a produtos químicos e irritantes das vias aéreas.

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Quanto às evidências científicas Quanto às evidências científicas comprobatóriascomprobatórias dos benefícios ou dos benefícios ou malefícios causados por:malefícios causados por:

a.a. balas mentoladasbalas mentoladas – Não há estudos científicos a respeito. – Não há estudos científicos a respeito. b.b. cristais de gengibrecristais de gengibre – Não há trabalhos relacionando sua ação nos – Não há trabalhos relacionando sua ação nos

problemas da laringe ou da voz. problemas da laringe ou da voz. c.c. mastigar cravomastigar cravo – Não há estudos científicos a respeito. – Não há estudos científicos a respeito.d.d. gargarejos com vinagregargarejos com vinagre e similares – Não há trabalhos e similares – Não há trabalhos

relacionando sua ação nos problemas da laringe ou da voz. relacionando sua ação nos problemas da laringe ou da voz. e.e. própolis e melprópolis e mel – Não há trabalhos relacionando sua ação nos – Não há trabalhos relacionando sua ação nos

problemas da laringe ou da voz. Não há evidência científica problemas da laringe ou da voz. Não há evidência científica mostrando a sua efetividade clínica nas vias aero-digestivas mostrando a sua efetividade clínica nas vias aero-digestivas superiores. superiores.

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Quanto às evidências científicas Quanto às evidências científicas comprobatóriascomprobatórias dos benefícios ou dos benefícios ou malefícios causados por:malefícios causados por:

f.f. romã romã – Não há trabalhos relacionando sua ação nos problemas da – Não há trabalhos relacionando sua ação nos problemas da laringe ou da voz. Pode ter ação antimicrobiana e antifúngica.laringe ou da voz. Pode ter ação antimicrobiana e antifúngica.

g.g. leite e derivadosleite e derivados – Não há trabalhos relacionando sua ação na – Não há trabalhos relacionando sua ação na laringe ou na voz. laringe ou na voz.

h. h. maçã maçã – Não há trabalhos relacionando sua ação nos problemas da – Não há trabalhos relacionando sua ação nos problemas da laringe ou da voz. Tem ação adstringente e daria fluidez ao muco laringe ou da voz. Tem ação adstringente e daria fluidez ao muco faringo-laríngeo.faringo-laríngeo.

i.i. cafeínacafeína – Acredita-se que a cafeína possa ter uma ação diurética, – Acredita-se que a cafeína possa ter uma ação diurética, comprometendo a qualidade da voz por interferir na lubrificação comprometendo a qualidade da voz por interferir na lubrificação das pregas vocais. das pregas vocais.

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18. Estimativa de período médio de evolução, tratamento, redução ou 18. Estimativa de período médio de evolução, tratamento, redução ou afastamento de uso profissional da voz afastamento de uso profissional da voz

Alerta: Trata-se de mera referência de graduaçãoAlerta: Trata-se de mera referência de graduação

a.a. Laringites virais agudas leves – 1 a 5 dias; Laringites virais agudas leves – 1 a 5 dias; b.b. Laringites virais agudas moderadas – 5 a 10 dias; Laringites virais agudas moderadas – 5 a 10 dias; c.c. Laringites bacterianas agudas leves – 5 a 10 dias;Laringites bacterianas agudas leves – 5 a 10 dias; d.d. Laringites bacterianas agudas moderadas – 10 a 20 dias;Laringites bacterianas agudas moderadas – 10 a 20 dias; e.e. Hematoma de prega vocal – 10 a 20 dias;Hematoma de prega vocal – 10 a 20 dias; f.f. Nódulos, pólipos e cistos vocais pequenos – 30 a 45 dias;Nódulos, pólipos e cistos vocais pequenos – 30 a 45 dias; g.g.Nódulos, pólipos e cistos vocais moderados – 45 a 90 dias;Nódulos, pólipos e cistos vocais moderados – 45 a 90 dias; h.h.Paralisias e lesões maiores ou processos mais intensos – indefinidoParalisias e lesões maiores ou processos mais intensos – indefinido

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19. Definição de uso intenso da voz19. Definição de uso intenso da voz

Trata-se do uso da voz de forma mais contínua e intensa, comum na Trata-se do uso da voz de forma mais contínua e intensa, comum na atividade de professores, vendedores ambulantes, operadores de atividade de professores, vendedores ambulantes, operadores de tele-atendimento, telefonistas, cantores e locutores, entre outros, tele-atendimento, telefonistas, cantores e locutores, entre outros, em período superior a 6 (seis) horas ao diaem período superior a 6 (seis) horas ao dia, ou, mesmo em , ou, mesmo em tempo inferior, em ambientes ou situações mais exigentes, seja tempo inferior, em ambientes ou situações mais exigentes, seja por exposição a ruído, como em salas de aula sem isolamento por exposição a ruído, como em salas de aula sem isolamento acústico e em vias públicas que gerem competição sonora e/ou sob acústico e em vias públicas que gerem competição sonora e/ou sob exposição a fatores ambientais como ar seco, úmido, vento, frio, exposição a fatores ambientais como ar seco, úmido, vento, frio, calor, poeira, mofo, odores, vapores, substâncias voláteis ou calor, poeira, mofo, odores, vapores, substâncias voláteis ou quaisquer agentes de poluição que possam exigir maior esforço quaisquer agentes de poluição que possam exigir maior esforço muscular e/ou respiratório na emissão vocal e/ou afetar a muscular e/ou respiratório na emissão vocal e/ou afetar a integridade mucoepitelial das vias aero-digestivas superiores. integridade mucoepitelial das vias aero-digestivas superiores.

20.20. Multicausalidade e concausalidadeMulticausalidade e concausalidade

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21. Classificação de risco clínico de desenvolvimento de laringopatia21. Classificação de risco clínico de desenvolvimento de laringopatia

Alerta: O “objetivo-padrão” em termos de controle de ocorrência de acidentes de trabalho Alerta: O “objetivo-padrão” em termos de controle de ocorrência de acidentes de trabalho e seqüelas por exposição a fatores químicos e riscos ambientais é atingir-se RISCO e seqüelas por exposição a fatores químicos e riscos ambientais é atingir-se RISCO ZERO. Entretanto, em se tratando de laringopatias relacionadas ao trabalho, inexiste ZERO. Entretanto, em se tratando de laringopatias relacionadas ao trabalho, inexiste a possibilidade de risco zero e é considerada inviável a implantação de um controle a possibilidade de risco zero e é considerada inviável a implantação de um controle médico-ocupacional preventivo “perfeito”, que detecte todas as alterações e torne médico-ocupacional preventivo “perfeito”, que detecte todas as alterações e torne desnecessários eventuais tratamentos, licenças ou afastamentos. desnecessários eventuais tratamentos, licenças ou afastamentos.

1. Risco inerente1. Risco inerente (risco “menor” de desenvolver laringopatia) - ex: (risco “menor” de desenvolver laringopatia) - ex: profissionais liberais;profissionais liberais;

2. Baixo risco2. Baixo risco (maior probabilidade) - ex: professores em meio (maior probabilidade) - ex: professores em meio expediente, em adequadas condições ambientais;expediente, em adequadas condições ambientais;

3. Risco moderado3. Risco moderado - ex: professores em tempo integral e/ou - ex: professores em tempo integral e/ou inadequadas condições ambientais;inadequadas condições ambientais;

4. Alto risco4. Alto risco - ex: profissionais que exercem atividades que envolvem - ex: profissionais que exercem atividades que envolvem constante abuso, gritos ou uso da voz em ambiente constante abuso, gritos ou uso da voz em ambiente excessivamente ruidoso e/ou poluído. excessivamente ruidoso e/ou poluído.

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22. Tipos básicos de profissionais da voz comumente submetidos a uso 22. Tipos básicos de profissionais da voz comumente submetidos a uso intensivo da voz (intensivo da voz (risco clínico moderado e altorisco clínico moderado e alto):):

a.a. Uso intenso, Uso intenso, constante e prolongado, sem grande exigência de constante e prolongado, sem grande exigência de qualidade - professores, advogados, políticos, operadores de tele-qualidade - professores, advogados, políticos, operadores de tele-atendimento, atendentes, telefonistas, comerciários, alguns atendimento, atendentes, telefonistas, comerciários, alguns profissionais liberais;profissionais liberais;

b.b. Uso intenso, Uso intenso, não constante nem prolongado, com grande exigência não constante nem prolongado, com grande exigência de qualidade - cantores, professores de canto, regentes de corais, de qualidade - cantores, professores de canto, regentes de corais, atores, locutores, alguns profissionais liberais;atores, locutores, alguns profissionais liberais;

c.c. Uso em múltiplas funções Uso em múltiplas funções combinadas ou eventuais, amadores combinadas ou eventuais, amadores sem preparo - cantores que são professores, profissionais liberais sem preparo - cantores que são professores, profissionais liberais que são cantores, uso de voz falada e cantada, uso social intenso que são cantores, uso de voz falada e cantada, uso social intenso de voz (falada), etc. de voz (falada), etc.

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25. Conceituação de gravidade das intercorrências clínicas:25. Conceituação de gravidade das intercorrências clínicas:

Leves – Leves – que tenham exigido tratamento e/ou afastamento de até 10 que tenham exigido tratamento e/ou afastamento de até 10 (dez) dias;(dez) dias;

Moderadas – Moderadas – que tenham gerado tratamento e/ou afastamento de 10 que tenham gerado tratamento e/ou afastamento de 10 (dez) a 30 (trinta) dias;(dez) a 30 (trinta) dias;

Intensas – Intensas – que tenham gerado tratamento e/ou afastamento superior a que tenham gerado tratamento e/ou afastamento superior a 30 (trinta) dias ou cirurgia;30 (trinta) dias ou cirurgia;

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26. Critérios gerais de acompanhamento e alta:26. Critérios gerais de acompanhamento e alta:

Os trabalhadores que utilizam a voz profissionalmente, após Os trabalhadores que utilizam a voz profissionalmente, após intercorrências consideradas levesintercorrências consideradas leves, devem ser avaliados e , devem ser avaliados e acompanhados por médico otorrinolaringologista de forma regular, acompanhados por médico otorrinolaringologista de forma regular, por por período mínimo de 3 (três) meses.período mínimo de 3 (três) meses.

Os trabalhadores de risco clínico baixo ou moderado, Os trabalhadores de risco clínico baixo ou moderado, após após intercorrências consideradas moderadas ou intensasintercorrências consideradas moderadas ou intensas, devem ser , devem ser avaliados e acompanhados por médico otorrinolaringologista de avaliados e acompanhados por médico otorrinolaringologista de forma regular, forma regular, por período mínimo de 6 (seis) mesespor período mínimo de 6 (seis) meses..

Os trabalhadores de Os trabalhadores de risco clínico alto, após intercorrências risco clínico alto, após intercorrências consideradas moderadas ou intensas,consideradas moderadas ou intensas, devem ser avaliados e devem ser avaliados e acompanhados por médico otorrinolaringologista de forma regular, acompanhados por médico otorrinolaringologista de forma regular, ao menos trimestral ou semestralmente, ao menos trimestral ou semestralmente, por período mínimo de 12 por período mínimo de 12 (doze) meses(doze) meses..

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Carta do Rio e seus Carta do Rio e seus AnexosAnexos

ANEXO 1 – Das atribuições e competênciasANEXO 1 – Das atribuições e competências ANEXO 2 – Das necessidades dos profissionais da vozANEXO 2 – Das necessidades dos profissionais da voz ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicas ANEXO 4 – ANEXO 4 – Das enfermidades e condições clínicasDas enfermidades e condições clínicas ANEXO 5 – Dos riscos ambientais, individuais e ANEXO 5 – Dos riscos ambientais, individuais e questionáriosquestionários ANEXO 6 – Dos levantamentos a respeito das ANEXO 6 – Dos levantamentos a respeito das laringopatiaslaringopatias ANEXO 7 – Do conjunto de elementos para relatóriosANEXO 7 – Do conjunto de elementos para relatórios ANEXO 8 – Da proposta de reformulação das normas ANEXO 8 – Da proposta de reformulação das normas técnicastécnicas ANEXO 9 – Da proposta legislativa federalANEXO 9 – Da proposta legislativa federal

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A - ENFERMIDADES ORGÂNICASA - ENFERMIDADES ORGÂNICAS I – ENFERMIDADES LARÍNGEAS:I – ENFERMIDADES LARÍNGEAS:

I-1 - Inflamatórias:I-1 - Inflamatórias: 1 - Nódulo vocal (ou lesões nodulares, ditas ”reacionais”);1 - Nódulo vocal (ou lesões nodulares, ditas ”reacionais”); 2 - Pólipo; 3 - Cisto de retenção; 4 - Pseudocisto; 2 - Pólipo; 3 - Cisto de retenção; 4 - Pseudocisto; 5 - Edema de Reinke 6 - Granuloma de contato (ou posterior); 5 - Edema de Reinke 6 - Granuloma de contato (ou posterior); 7 - Cordite inespecífica; 8 - Leucoplasias;7 - Cordite inespecífica; 8 - Leucoplasias; 9 - Espessamento ou formação nodular;9 - Espessamento ou formação nodular; 10 - Escara (cicatriz ou fibrose); 11 - Hemorragia subepitelial;10 - Escara (cicatriz ou fibrose); 11 - Hemorragia subepitelial; 12 - Laringite posterior (hiperemia, edema ou redundância de mucosa de área 12 - Laringite posterior (hiperemia, edema ou redundância de mucosa de área posterior – posterior – aritenoidea, inter-aritenoidea e/ou cricoidea);aritenoidea, inter-aritenoidea e/ou cricoidea); 12 - Laringite crônica difusa ou localizada;12 - Laringite crônica difusa ou localizada; 13 - Laringite aguda infecciosa; 14 - Eversão de ventrículo (abaulamento, 13 - Laringite aguda infecciosa; 14 - Eversão de ventrículo (abaulamento, cisto);cisto); 15 - Outras.15 - Outras.

I-2 – Manifestações ORL de refluxo gastroesofágicoI-2 – Manifestações ORL de refluxo gastroesofágicoI-3 - Alterações estruturais mínimas (AEM)I-3 - Alterações estruturais mínimas (AEM)I-4 - Doenças tumorais, granulomatosas e não-granulomatosasI-4 - Doenças tumorais, granulomatosas e não-granulomatosasI -5 - Paresias e paralisias laríngeas periféricas I -5 - Paresias e paralisias laríngeas periféricas I-6 - Outras enfermidades laríngeasI-6 - Outras enfermidades laríngeas

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II - OUTRAS DOENÇAS OTORRINOLARINGOLÓGICAS:II - OUTRAS DOENÇAS OTORRINOLARINGOLÓGICAS:

1 - Infecções das vias aerodigestivas superiores;1 - Infecções das vias aerodigestivas superiores; 2 - Tumores das vias aerodigestivas superiores;2 - Tumores das vias aerodigestivas superiores; 3 - Alterações estruturais das fossas nasais ou do cavum (desvios de 3 - Alterações estruturais das fossas nasais ou do cavum (desvios de septo, imperfuração coanal, hipertrofia de adenóides);septo, imperfuração coanal, hipertrofia de adenóides); 4 - Anormalidades do esfíncter velo-faríngeo (fissura submucosa, 4 - Anormalidades do esfíncter velo-faríngeo (fissura submucosa, fissura palatina); fissura palatina); 5 - Hipertrofia de tonsilas palatinas (amígdalas);5 - Hipertrofia de tonsilas palatinas (amígdalas); 6 - Rinossinusites agudas;6 - Rinossinusites agudas; 7 - Rinossinusites crônicas;7 - Rinossinusites crônicas; 8 - Perdas auditivas: a) temporárias; b) permanentes. 8 - Perdas auditivas: a) temporárias; b) permanentes. 9 - outras9 - outras

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III - DOENÇAS DE OUTROS SISTEMAS:III - DOENÇAS DE OUTROS SISTEMAS: 1 - Sistema endócrino (pp alterações de hormônios tireoideanos e 1 - Sistema endócrino (pp alterações de hormônios tireoideanos e sexuais); sexuais); 2 - Do colágeno (reumáticas, como artrite reumatóide, lupus 2 - Do colágeno (reumáticas, como artrite reumatóide, lupus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjöegren, etc);eritematoso sistêmico, síndrome de Sjöegren, etc); 3 - Do sistema imunológico (auto-imunes e por deficiências);3 - Do sistema imunológico (auto-imunes e por deficiências); 4 - Atópicas (alergias);4 - Atópicas (alergias); 5 - Do sistema cardiovascular (como hipertensão arterial, cor 5 - Do sistema cardiovascular (como hipertensão arterial, cor pulmonale, malformações vasculares e alterações cardíacas que pulmonale, malformações vasculares e alterações cardíacas que comprometam a função respiratória e/ou diretamente os nervos comprometam a função respiratória e/ou diretamente os nervos laríngeos);laríngeos); 6 - Do aparelho respiratório (como enfisema pulmonar, bronquite 6 - Do aparelho respiratório (como enfisema pulmonar, bronquite crônica, bronquiectasias, paralisia do nervo frênico);crônica, bronquiectasias, paralisia do nervo frênico); 7 - Digestórias (como refluxo laringo-faríngeo);7 - Digestórias (como refluxo laringo-faríngeo); 8 – Neurológicas:8 – Neurológicas: a) Distonias focais laríngeas (disfonia espasmódica ou espástica);a) Distonias focais laríngeas (disfonia espasmódica ou espástica); b) Paralisias supra e/ou pseudobulbares;b) Paralisias supra e/ou pseudobulbares; c) Disfonia atáxica; d) Tremor essencial (e outros tremores);c) Disfonia atáxica; d) Tremor essencial (e outros tremores); e) Miastenia grave; f) Esclerose múltipla;e) Miastenia grave; f) Esclerose múltipla; g) Doença de Parkinson; h) Outras.g) Doença de Parkinson; h) Outras.9 - Doenças psiquiátricas e distúrbios psíquicos de uma forma geral;9 - Doenças psiquiátricas e distúrbios psíquicos de uma forma geral;10 - Simulação;10 - Simulação;11 - Dependências de: a) Álcool; b) Drogas; c) Tabaco; d) Outras.11 - Dependências de: a) Álcool; b) Drogas; c) Tabaco; d) Outras.

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B - DISTÚRBIOS OU CONDIÇÕES FUNCIONAISB - DISTÚRBIOS OU CONDIÇÕES FUNCIONAIS

1. Fadiga geral ou sistêmica;1. Fadiga geral ou sistêmica; 2. Síndrome da tensão-músculo-esquelética;2. Síndrome da tensão-músculo-esquelética; 3. Puberfonia (inclui os distúrbios da muda vocal);3. Puberfonia (inclui os distúrbios da muda vocal); 4. Presbifonia (inclui distúrbios idiopáticos relacionados ao4. Presbifonia (inclui distúrbios idiopáticos relacionados ao envelhecimento, arqueamentos de bordas livres de envelhecimento, arqueamentos de bordas livres de pregas vocaispregas vocais e síndromes atróficas, inespecíficas ou localizadas);e síndromes atróficas, inespecíficas ou localizadas); 5. Inadaptações vocais; 5. Inadaptações vocais; 6. Disfonias psicogênicas 6. Disfonias psicogênicas 7. Movimento paradoxal de pregas vocais7. Movimento paradoxal de pregas vocais 8. Mau uso e/ou abuso vocal, por:8. Mau uso e/ou abuso vocal, por: a) Tensão aumentada; b) Ataque brusco;a) Tensão aumentada; b) Ataque brusco; c) Posição de laringe elevada; d) Constrição ântero-c) Posição de laringe elevada; d) Constrição ântero-posterior;posterior; e) Constrição medial; f) Tom de fala inapropriado;e) Constrição medial; f) Tom de fala inapropriado; g) Fonação vestibular; h) Uso excessivo da voz;g) Fonação vestibular; h) Uso excessivo da voz; i) Intensidade abusiva (falar alto ou gritar em excesso) i) Intensidade abusiva (falar alto ou gritar em excesso) j) Emissão persistente em tom basal (“vocal fry”);j) Emissão persistente em tom basal (“vocal fry”); k) Falta de variabilidade de freqüência (monotonal);k) Falta de variabilidade de freqüência (monotonal); 9. Outras9. Outras

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Carta do Rio e seus Carta do Rio e seus AnexosAnexos

ANEXO 1 – Das atribuições e competênciasANEXO 1 – Das atribuições e competências ANEXO 2 – Das necessidades dos profissionais da vozANEXO 2 – Das necessidades dos profissionais da voz ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicas ANEXO 4 – Das enfermidades e condições clínicasANEXO 4 – Das enfermidades e condições clínicas ANEXO 5 – ANEXO 5 – Dos riscos ambientais, individuais e Dos riscos ambientais, individuais e questionáriosquestionários ANEXO 6 – Dos levantamentos a respeito das laringopatiasANEXO 6 – Dos levantamentos a respeito das laringopatias ANEXO 7 – Do conjunto de elementos para relatóriosANEXO 7 – Do conjunto de elementos para relatórios ANEXO 8 – Da proposta de reformulação das normas ANEXO 8 – Da proposta de reformulação das normas técnicastécnicas ANEXO 9 – Da proposta legislativa federalANEXO 9 – Da proposta legislativa federal

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1. Riscos ambientais e condições em postos de trabalho, que 1. Riscos ambientais e condições em postos de trabalho, que podempodem interferir na produção vocal. interferir na produção vocal. Agentes:Agentes:

Químicos Químicos – inalação de poeiras, fumos, névoas, gases, substâncias – inalação de poeiras, fumos, névoas, gases, substâncias voláteis, compostas ou produtos químicos em geral;voláteis, compostas ou produtos químicos em geral;

BiológicosBiológicos – exposição a vírus, bactérias, fungos e bacilos; – exposição a vírus, bactérias, fungos e bacilos;

ErgonômicosErgonômicos – tempo de uso vocal diário, período de uso (noturno – tempo de uso vocal diário, período de uso (noturno e diurno) e múltiplos períodos, uso contínuo, uso repetitivo, e diurno) e múltiplos períodos, uso contínuo, uso repetitivo, intensidade de uso, esforço físico no desempenho funcional, intensidade de uso, esforço físico no desempenho funcional, levantamento e transporte manual de peso, exigência postural, levantamento e transporte manual de peso, exigência postural, controle de produtividade, imposição de ritmos de trabalho, controle de produtividade, imposição de ritmos de trabalho, exposição a situações causadoras de estresse;exposição a situações causadoras de estresse;

FísicosFísicos – condições de acústica, temperatura, umidade, – condições de acústica, temperatura, umidade, movimento do ar (ventilação) e pressão no posto de trabalho.movimento do ar (ventilação) e pressão no posto de trabalho.

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2. Condições e hábitos pessoais de risco para a atividade vocal2. Condições e hábitos pessoais de risco para a atividade vocal

a. a. Ser portador de enfermidadesSer portador de enfermidades que repercutam de forma que repercutam de forma moderada ou intensa no aparelho fonador;moderada ou intensa no aparelho fonador;b. b. Não seguir avaliaçõesNão seguir avaliações e cuidados clínicos gerais regulares; e cuidados clínicos gerais regulares;c. c. Não ser capaz de identificarNão ser capaz de identificar e respeitar predisposições, e respeitar predisposições, sensibilidades, alergias e limites individuais; sensibilidades, alergias e limites individuais; d. Não alternar atividade e repouso de forma adequada; não obter d. Não alternar atividade e repouso de forma adequada; não obter sono regular e satisfatório, sofrer de fadiga ou estafa; sono regular e satisfatório, sofrer de fadiga ou estafa; e. e. Não seguir alimentação regularNão seguir alimentação regular, sofrer jejum prolongado ou , sofrer jejum prolongado ou abusos alimentares, em especial antes de dormir;abusos alimentares, em especial antes de dormir;f. f. Sofrer excesso de tensãoSofrer excesso de tensão, estresse e estado crônico de , estresse e estado crônico de ansiedade; ansiedade; g. g. Abusar de bebidas alcoólicasAbusar de bebidas alcoólicas, tranqüilizantes e/ou estimulantes;, tranqüilizantes e/ou estimulantes;h. h. Não prevenir e/ou tratar do refluxoNão prevenir e/ou tratar do refluxo, evitando alimentos ácidos, , evitando alimentos ácidos, gordurosos que causem azia ou má digestão;gordurosos que causem azia ou má digestão;i. i. Forçar a vozForçar a voz, gritar ou cochichar; não manter o volume normal da , gritar ou cochichar; não manter o volume normal da voz e não articular bem as palavras; voz e não articular bem as palavras;

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2. Condições e hábitos pessoais de risco para a atividade vocal 2. Condições e hábitos pessoais de risco para a atividade vocal (cont.)(cont.)

j. j. Usar a voz de forma intensivaUsar a voz de forma intensiva em ambientes ruidosos, que em ambientes ruidosos, que geram competição sonora e/ou sob exposição a fatores geram competição sonora e/ou sob exposição a fatores ambientais.ambientais.k. k. Não estar conscienteNão estar consciente da necessidade de buscar sempre o da necessidade de buscar sempre o conforto ao cantar, sem esforço na garganta; conforto ao cantar, sem esforço na garganta; l. l. Fumar ou utilizar drogasFumar ou utilizar drogas como maconha, cocaína e demais como maconha, cocaína e demais psicotrópicos ilegais;psicotrópicos ilegais;m. m. Estar obesoEstar obeso e/ou não manter atividade física aeróbica regular; e/ou não manter atividade física aeróbica regular;n. n. Não atentar para a hidrataçãoNão atentar para a hidratação, representada pela ingestão de , representada pela ingestão de 1,5 a 3 litros de líquidos;1,5 a 3 litros de líquidos;o. o. Não seguir técnicas de treinamentoNão seguir técnicas de treinamento, aquecimento e , aquecimento e desaquecimento vocais.desaquecimento vocais.

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3. Questionário de Auto-avaliação da Saúde Vocal 3. Questionário de Auto-avaliação da Saúde Vocal (específico para professores)(específico para professores)

Conceitos adotados pelo Consenso Nacional sobre Voz Conceitos adotados pelo Consenso Nacional sobre Voz Profissional: Profissional:

1.1. A adoção da auto-avaliação como parte integrante dos exames A adoção da auto-avaliação como parte integrante dos exames médicos ocupacionais no acompanhamento e controle da saúde médicos ocupacionais no acompanhamento e controle da saúde dos profissionaisdos profissionais

2.2. Os vários modelos de questionários apresentados podem ser Os vários modelos de questionários apresentados podem ser unidos num só, completo, que pode atender aos diversos níveis unidos num só, completo, que pode atender aos diversos níveis de atendimentode atendimento

3.3. O atendimento de primeiro nível deve ter características de O atendimento de primeiro nível deve ter características de triagem: curto, rápido, barato e eficiente. triagem: curto, rápido, barato e eficiente.

4.4. A auto-avaliação deve ser preservada em prontuário médico;A auto-avaliação deve ser preservada em prontuário médico;6.6. A auto-avaliação deve preceder qualquer outro procedimento A auto-avaliação deve preceder qualquer outro procedimento

clínico (invasivo ou não) que vise a avaliação do aparelho clínico (invasivo ou não) que vise a avaliação do aparelho fonador.fonador.

Seis partes:Seis partes: IDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃO ORGANIZAÇÃO DO TRABALHOORGANIZAÇÃO DO TRABALHO AMBIENTE DE TRABALHOAMBIENTE DE TRABALHO SINTOMAS CLÍNICOSSINTOMAS CLÍNICOS HÁBITOS E ESTILO / QUALIDADE DE VIDAHÁBITOS E ESTILO / QUALIDADE DE VIDA REAVALIAÇÃOREAVALIAÇÃO

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Carta do Rio e seus Carta do Rio e seus AnexosAnexos

ANEXO 1 – Das atribuições e competênciasANEXO 1 – Das atribuições e competências ANEXO 2 – Das necessidades dos profissionais da vozANEXO 2 – Das necessidades dos profissionais da voz ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicas ANEXO 4 – Das enfermidades e condições clínicasANEXO 4 – Das enfermidades e condições clínicas ANEXO 5 – Dos riscos ambientais, individuais e ANEXO 5 – Dos riscos ambientais, individuais e questionáriosquestionários ANEXO 6 – ANEXO 6 – Dos levantamentos a respeito das Dos levantamentos a respeito das laringopatiaslaringopatias ANEXO 7 – Do conjunto de elementos para relatóriosANEXO 7 – Do conjunto de elementos para relatórios ANEXO 8 – Da proposta de reformulação das normas ANEXO 8 – Da proposta de reformulação das normas técnicastécnicas ANEXO 9 – Da proposta legislativa federalANEXO 9 – Da proposta legislativa federal

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São propostos três questionários que se completam: São propostos três questionários que se completam:

1. Auto-avaliação1. Auto-avaliação – – colhido pelos Serviços Especializados em colhido pelos Serviços Especializados em Medicina do Trabalho – SESMT junto aos trabalhadores, desde que Medicina do Trabalho – SESMT junto aos trabalhadores, desde que se enquadrem como indivíduos que utilizam a voz profissionalse enquadrem como indivíduos que utilizam a voz profissional..

2. Ótica do órgão empregador2. Ótica do órgão empregador (público ou privado) – listando a (público ou privado) – listando a incidência, características e particularidades dos problemas incidência, características e particularidades dos problemas relacionados às laringopatias;relacionados às laringopatias;

3. Demandas colhidas pelos órgãos de classe3. Demandas colhidas pelos órgãos de classe (Sindicato, por (Sindicato, por ex.) – listando as queixas dos profissionais. ex.) – listando as queixas dos profissionais.

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Carta do Rio e seus Carta do Rio e seus AnexosAnexos

ANEXO 1 – Das atribuições e competênciasANEXO 1 – Das atribuições e competências ANEXO 2 – Das necessidades dos profissionais da vozANEXO 2 – Das necessidades dos profissionais da voz ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicas ANEXO 4 – Das enfermidades e condições clínicasANEXO 4 – Das enfermidades e condições clínicas ANEXO 5 – Dos riscos ambientais, individuais e ANEXO 5 – Dos riscos ambientais, individuais e questionáriosquestionários ANEXO 6 – Dos levantamentos a respeito das ANEXO 6 – Dos levantamentos a respeito das laringopatiaslaringopatias ANEXO 7 – ANEXO 7 – Do conjunto de elementos para Do conjunto de elementos para relatóriosrelatórios ANEXO 8 – Da proposta de reformulação das normas ANEXO 8 – Da proposta de reformulação das normas técnicastécnicas ANEXO 9 – Da proposta legislativa federalANEXO 9 – Da proposta legislativa federal

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AVALIAÇÃO OTORRINOLARINGOLÓGICAAVALIAÇÃO OTORRINOLARINGOLÓGICA

Considerações gerais:Considerações gerais: A laringoscopia indiretaA laringoscopia indireta (com uso do espelho de Garcia) pode ser (com uso do espelho de Garcia) pode ser suficiente para conclusão médica, compondo a “Avaliação médica suficiente para conclusão médica, compondo a “Avaliação médica otorrinolaringológica”, ou “Avaliação ORL”, formalizada através de otorrinolaringológica”, ou “Avaliação ORL”, formalizada através de “Relatório”. “Relatório”.

Outros examesOutros exames, a critério médico, tais como exames de , a critério médico, tais como exames de videolaringoscopia, videolaringoestroboscopia e eletromiografia videolaringoscopia, videolaringoestroboscopia e eletromiografia laríngea podem compor a avaliação otorrinolaringológica e, laríngea podem compor a avaliação otorrinolaringológica e, portanto, não devem ser solicitados nem executados como portanto, não devem ser solicitados nem executados como representando a “Avaliação ORL completa”, em si. representando a “Avaliação ORL completa”, em si.

Recomenda-se que Recomenda-se que a expressão “Laudo” seja reservadaa expressão “Laudo” seja reservada para para “Laudos periciais” e o termo “Parecer” represente atendimento a “Laudos periciais” e o termo “Parecer” represente atendimento a questionamentos específicos, de apoio a um relatório ou laudo.questionamentos específicos, de apoio a um relatório ou laudo.

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AVALIAÇÃO OTORRINOLARINGOLÓGICAAVALIAÇÃO OTORRINOLARINGOLÓGICA

Considerações gerais:Considerações gerais: Esses procedimentos Esses procedimentos podem completar a Avaliação ORLpodem completar a Avaliação ORL e, em e, em determinados casos, repercutir na forma de melhor determinados casos, repercutir na forma de melhor observação, definição e segurança diagnóstica – e daí, ao observação, definição e segurança diagnóstica – e daí, ao menos em tese, numa mais precisa e eficaz indicação menos em tese, numa mais precisa e eficaz indicação terapêutica.terapêutica.

Entretanto, este Consenso alerta que Entretanto, este Consenso alerta que não há como pretender não há como pretender fixar um Protocolo de Atendimento, padronizar condutas fixar um Protocolo de Atendimento, padronizar condutas clínicas ou pior, tentar tornar obrigatório o emprego de clínicas ou pior, tentar tornar obrigatório o emprego de determinada técnica ou instrumentaisdeterminada técnica ou instrumentais específicos de auxílio específicos de auxílio ao diagnóstico, alguns de custo relativamente alto, por todos ao diagnóstico, alguns de custo relativamente alto, por todos os profissionais, para todos os pacientes, em todas as regiões os profissionais, para todos os pacientes, em todas as regiões e situações, desprezando a e situações, desprezando a realidade econômicarealidade econômica de de trabalhadores, empresas, clínicas e serviços médicos e (em trabalhadores, empresas, clínicas e serviços médicos e (em especial) do próprio Estado, que não podem arcar com os especial) do próprio Estado, que não podem arcar com os custos da implantação rotineira de uma “avaliação ideal”, hoje custos da implantação rotineira de uma “avaliação ideal”, hoje viável apenas em alguns raros centros de excelência, clínicos viável apenas em alguns raros centros de excelência, clínicos ou acadêmicos, públicos ou privados, em nosso País.ou acadêmicos, públicos ou privados, em nosso País.

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AVALIAÇÃO OTORRINOLARINGOLÓGICAAVALIAÇÃO OTORRINOLARINGOLÓGICA

Considerações gerais:Considerações gerais: Assim, por causa de tal condição e realidade assistencial, há Assim, por causa de tal condição e realidade assistencial, há que se considerar “que se considerar “níveis de avaliação e relatóriosníveis de avaliação e relatórios”, conforme ”, conforme exposto abaixo, e ressaltar que procedimentos como exposto abaixo, e ressaltar que procedimentos como videolaringoscopia e videolaringoestroboscopia representam videolaringoscopia e videolaringoestroboscopia representam “somente” uma forma mais próxima do ideal de observação“somente” uma forma mais próxima do ideal de observação. . Por determinação legal, os prontuários clínicos e respectivos Por determinação legal, os prontuários clínicos e respectivos relatórios devem ser mantidos por no relatórios devem ser mantidos por no mínimo 5 (cinco) anosmínimo 5 (cinco) anos, , sob guarda do profissional ou clínica que os realizou (ou que sob guarda do profissional ou clínica que os realizou (ou que tenha sido remunerado para tal). Os arquivos de exames tenha sido remunerado para tal). Os arquivos de exames médico-ocupacionais, sob guarda de médicos do trabalho e/ou médico-ocupacionais, sob guarda de médicos do trabalho e/ou de serviços ou empresas que executem PCMSO devem ser de serviços ou empresas que executem PCMSO devem ser mantidos por no mantidos por no mínimo 20 (vinte) anosmínimo 20 (vinte) anos..

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AVALIAÇÃO OTORRINOLARINGOLÓGICAAVALIAÇÃO OTORRINOLARINGOLÓGICA

Considerações gerais:Considerações gerais: Deve-se, de uma forma geral, Deve-se, de uma forma geral, anotar a época de início dos anotar a época de início dos sintomassintomas vocais (e relacionados às laringopatias), detectar os vocais (e relacionados às laringopatias), detectar os prováveis fatores de risco envolvidos de origem laboral e prováveis fatores de risco envolvidos de origem laboral e extra-laboral, determinar ou supor a Evolução Clínica, associar extra-laboral, determinar ou supor a Evolução Clínica, associar a significância estatística da prevalência dos sinais e sintomas a significância estatística da prevalência dos sinais e sintomas observados em grupos de trabalhadores submetidos as observados em grupos de trabalhadores submetidos as mesmas condições laborativas e comparar o Exame ORL mesmas condições laborativas e comparar o Exame ORL prévio à admissão ao atual ou posterior.prévio à admissão ao atual ou posterior.

Frise-se que:Frise-se que: É o médico otorrinolaringologista quem determina patologia / doença / É o médico otorrinolaringologista quem determina patologia / doença / tratamento;tratamento; É o médico do trabalho quem determina aptidão ou inaptidão – e o nexo É o médico do trabalho quem determina aptidão ou inaptidão – e o nexo causal;causal; E é o médico perito quem determina se há relação de nexo técnico. E é o médico perito quem determina se há relação de nexo técnico.

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AVALIAÇÃO OTORRINOLARINGOLÓGICAAVALIAÇÃO OTORRINOLARINGOLÓGICA

Considerações gerais:Considerações gerais: A Avaliação ORL pode ser considerada adequada, A Avaliação ORL pode ser considerada adequada, satisfatória e suficiente e, portanto, realizada em 3 satisfatória e suficiente e, portanto, realizada em 3 níveis de complexidade:níveis de complexidade:

a) a) complexidade menorcomplexidade menor (laringoscopia indireta); (laringoscopia indireta);b) b) complexidade intermediáriacomplexidade intermediária (inclui óticas rígidas ou (inclui óticas rígidas ou flexíveis e/ou videolaringoscopia);flexíveis e/ou videolaringoscopia);c) c) complexidade maiorcomplexidade maior (inclui videolaringoestroboscopia e/ou (inclui videolaringoestroboscopia e/ou demais métodos, como eletromiografia laríngea)demais métodos, como eletromiografia laríngea)

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AVALIAÇÃO OTORRINOLARINGOLÓGICAAVALIAÇÃO OTORRINOLARINGOLÓGICA

Apresenta um Apresenta um modelo de relatório extremamente minuciosomodelo de relatório extremamente minucioso, , que serve somente de “base de dados” para compor os que serve somente de “base de dados” para compor os relatórios empregados na prática clínica. Portanto, conforme o relatórios empregados na prática clínica. Portanto, conforme o “nível de complexidade da Avaliação ORL” considerado “nível de complexidade da Avaliação ORL” considerado possível ou necessário, essas informações poderão ser mais possível ou necessário, essas informações poderão ser mais ou menos resumidas, simplificadas e/ou excluídas em parte ou ou menos resumidas, simplificadas e/ou excluídas em parte ou no todo. no todo.

No sentido de colaboração para No sentido de colaboração para conclusão pericialconclusão pericial, em , em especial em casos mais difíceis ou que gerem dúvidas, a especial em casos mais difíceis ou que gerem dúvidas, a realização de videolaringoestroboscopia pode ser considerada, realização de videolaringoestroboscopia pode ser considerada, a critério médico, a critério médico, necessária ou mesmo imprescindívelnecessária ou mesmo imprescindível, por , por permitir a detecção e o registro de detalhes como fendas permitir a detecção e o registro de detalhes como fendas glóticas fonatórias ou alterações estruturais mínimas que glóticas fonatórias ou alterações estruturais mínimas que possam repercutir na voz, comprometendo sua qualidade ou possam repercutir na voz, comprometendo sua qualidade ou resistência.resistência.

Em geral, são aceitas duas fórmulas estruturais básicas de Em geral, são aceitas duas fórmulas estruturais básicas de apresentação: apresentação: textualtextual (descritiva e cursiva, com conceitos e (descritiva e cursiva, com conceitos e frases) ou frases) ou esquemáticaesquemática (com marcações em itens pré- (com marcações em itens pré-definidos).definidos).

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Avaliação ORLAvaliação ORLRelatório apresentado contendo:Relatório apresentado contendo:

Anamnese com históricoAnamnese com histórico; ; Exame físico ORLExame físico ORL e geral; e geral; Conclusão com diagnóstico (hipótese)Conclusão com diagnóstico (hipótese) etiológico e nosológico;etiológico e nosológico; Conduta Conduta indicada (exames, indicada (exames, tratamentos, encaminhamentos);tratamentos, encaminhamentos); Tradução e explicação detalhada;Tradução e explicação detalhada; Prescrição e orientação claras;Prescrição e orientação claras; Prognóstico Prognóstico definido definido (ou não);(ou não); Retorno previsto.Retorno previsto.

Não se deve solicitar ou se limitar a fazer umaNão se deve solicitar ou se limitar a fazer uma “VIDEOLARINGOSCOPIA” !“VIDEOLARINGOSCOPIA” !

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Carta do Rio e seus Carta do Rio e seus AnexosAnexos

ANEXO 1 – Das atribuições e competênciasANEXO 1 – Das atribuições e competências ANEXO 2 – Das necessidades dos profissionais da vozANEXO 2 – Das necessidades dos profissionais da voz ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicas ANEXO 4 – Das enfermidades e condições clínicasANEXO 4 – Das enfermidades e condições clínicas ANEXO 5 – Dos riscos ambientais, individuais e ANEXO 5 – Dos riscos ambientais, individuais e questionáriosquestionários ANEXO 6 – Dos levantamentos a respeito das ANEXO 6 – Dos levantamentos a respeito das laringopatiaslaringopatias ANEXO 7 – Do conjunto de elementos para relatóriosANEXO 7 – Do conjunto de elementos para relatórios ANEXO 8 – ANEXO 8 – Da proposta de reformulação das Da proposta de reformulação das normas técnicasnormas técnicas ANEXO 9 – Da proposta legislativa federalANEXO 9 – Da proposta legislativa federal

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O Consenso indica queO Consenso indica que as laringopatias devam ser incluídas as laringopatias devam ser incluídas de forma específica na Lista de Doenças Relacionadas ao de forma específica na Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho, mesmo considerando que a voz está sujeita a Trabalho, mesmo considerando que a voz está sujeita a apresentar alterações não relacionadas ao trabalho e apresentar alterações não relacionadas ao trabalho e possivelmente relacionadas ao trabalho, estas de forma direta possivelmente relacionadas ao trabalho, estas de forma direta ou indiretaou indireta::

Alterações vocais não relacionadas ao trabalho:Alterações vocais não relacionadas ao trabalho:

São as decorrentes de tabagismo, etilismo, refluxo, São as decorrentes de tabagismo, etilismo, refluxo, neuropatias, miodistrofias e miopatias, inflamações neuropatias, miodistrofias e miopatias, inflamações específicas e inespecíficas, abuso vocal, mau uso da voz, específicas e inespecíficas, abuso vocal, mau uso da voz, presbifonia, entre outras.presbifonia, entre outras. Exemplos: edema de Reinke, alguns polipos, paralisias, Exemplos: edema de Reinke, alguns polipos, paralisias, tumorações, leucoplasias, sulcos vocais.tumorações, leucoplasias, sulcos vocais.

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Carta do Rio e seus Carta do Rio e seus AnexosAnexos

Alterações vocais possivelmente relacionadas ao Alterações vocais possivelmente relacionadas ao trabalho:trabalho:

De forma direta:De forma direta: Por condições ambientais:Por condições ambientais: - Competição sonora;- Competição sonora; - Baixa temperatura;- Baixa temperatura; - Baixa umidade do ar; - Baixa umidade do ar; - Poeira, vapores, etc.- Poeira, vapores, etc. Ex.: Laringites crônicas, crônicas agudizadas e de repetição.Ex.: Laringites crônicas, crônicas agudizadas e de repetição.

Por condições idiossincráticas: Por condições idiossincráticas: - Abuso vocal (exigência acima do limite - Abuso vocal (exigência acima do limite pessoal);pessoal); - Mau uso da voz (exigência além das - Mau uso da voz (exigência além das possibilidades vocais pessoais, implicando uso inadequado, possibilidades vocais pessoais, implicando uso inadequado, com falhas na emissão da voz, por falta de treinamento vocal com falhas na emissão da voz, por falta de treinamento vocal adequado).adequado).

De forma indireta:De forma indireta: Agravamento de condições pessoais de mau uso e de Agravamento de condições pessoais de mau uso e de abuso, pré-existentes ao início da atividade, por: abuso, pré-existentes ao início da atividade, por: - Falta de treinamento vocal;- Falta de treinamento vocal; - Stress patológico;- Stress patológico; - Insatisfação com o trabalho.- Insatisfação com o trabalho.

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N.R.-7 – criar Anexo II:N.R.-7 – criar Anexo II:Um dos objetivos do Consenso Nacional sobre Voz Um dos objetivos do Consenso Nacional sobre Voz Profissional é obter o reconhecimento oficial de que as Profissional é obter o reconhecimento oficial de que as laringopatias e doenças oriundas do uso profissional da laringopatias e doenças oriundas do uso profissional da voz sejam consideradas ou assemelhadas a uma voz sejam consideradas ou assemelhadas a uma doença ocupacional. doença ocupacional.

Meta: estabelecer diretrizes e parâmetros mínimos para Meta: estabelecer diretrizes e parâmetros mínimos para avaliação, controle, prevenção e acompanhamento da voz avaliação, controle, prevenção e acompanhamento da voz profissional, através de exames médicos gerais e profissional, através de exames médicos gerais e otorrinolaringológicos, complementares, fonoaudiológicos e de otorrinolaringológicos, complementares, fonoaudiológicos e de canto, de referência e seqüenciais;canto, de referência e seqüenciais;

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Procedimentos na avaliação médica: Procedimentos na avaliação médica: (por clínico ou otorrinolaringologista, conforme o caso)(por clínico ou otorrinolaringologista, conforme o caso) a. Anamnese clínico-ocupacional, detalhando aspectos da a. Anamnese clínico-ocupacional, detalhando aspectos da voz;voz; b. Exame otorrinolaringológico geral;b. Exame otorrinolaringológico geral; c. Exames laringoscópicos;c. Exames laringoscópicos; d. Exames complementares a critério médico; d. Exames complementares a critério médico; e. Avaliação por outros profissionais médicos ou não-e. Avaliação por outros profissionais médicos ou não-médicos.médicos.

Procedimentos na avaliação da voz:Procedimentos na avaliação da voz: (por fonoaudiólogo e/ou professor de Canto, conforme o (por fonoaudiólogo e/ou professor de Canto, conforme o caso)caso) a. Histórico e anamnese da voza. Histórico e anamnese da voz b. Avaliação funcional da voz faladab. Avaliação funcional da voz falada c. Avaliação da técnica de cantoc. Avaliação da técnica de canto

Sugestões de N.R.-7 – criar Anexo II:Sugestões de N.R.-7 – criar Anexo II:

Consenso Nacional sobre Voz ProfissionalConsenso Nacional sobre Voz Profissional

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Todos os trabalhadores expostos a riscosTodos os trabalhadores expostos a riscos ou situações de ou situações de trabalho que impliquem no desencadeamento ou trabalho que impliquem no desencadeamento ou agravamento de alterações vocais devem ser submetidos a agravamento de alterações vocais devem ser submetidos a avaliação otorrinolaringológica e de aspectos específicos de avaliação otorrinolaringológica e de aspectos específicos de sua voz (falada e/ou cantada) no momento de:sua voz (falada e/ou cantada) no momento de: a. admissão;a. admissão; b. periodicamente;b. periodicamente; c. mudança de função;c. mudança de função; d. retorno ao trabalho;d. retorno ao trabalho; e. demissão.e. demissão.

3. PRINCÍPIOS E PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA AVALIAÇÃO 3. PRINCÍPIOS E PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA AVALIAÇÃO DE PROFISSIONAL DA VOZDE PROFISSIONAL DA VOZ

4. PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DO PROFISSIONAL DA VOZ 4. PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DO PROFISSIONAL DA VOZ CANTADACANTADA

5. CONDUTAS PREVENTIVAS5. CONDUTAS PREVENTIVAS

Sugestões de N.R.-7 – Criar Anexo II:Sugestões de N.R.-7 – Criar Anexo II:

Consenso Nacional sobre Voz ProfissionalConsenso Nacional sobre Voz Profissional

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Carta do Rio e seus Carta do Rio e seus AnexosAnexos

ANEXO 1 – Das atribuições e competênciasANEXO 1 – Das atribuições e competências ANEXO 2 – Das necessidades dos profissionais da vozANEXO 2 – Das necessidades dos profissionais da voz ANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicasANEXO 3 – Dos conceitos e evidências científicas ANEXO 4 – Das enfermidades e condições clínicasANEXO 4 – Das enfermidades e condições clínicas ANEXO 5 – Dos riscos ambientais, individuais e ANEXO 5 – Dos riscos ambientais, individuais e questionáriosquestionários ANEXO 6 – Dos levantamentos a respeito das ANEXO 6 – Dos levantamentos a respeito das laringopatiaslaringopatias ANEXO 7 – Do conjunto de elementos para relatóriosANEXO 7 – Do conjunto de elementos para relatórios ANEXO 8 – Da proposta de reformulação das normas ANEXO 8 – Da proposta de reformulação das normas técnicastécnicas ANEXO 9 – ANEXO 9 – Da proposta legislativa federalDa proposta legislativa federal

Consenso Nacional sobre Voz ProfissionalConsenso Nacional sobre Voz Profissional

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““Lei da Voz”Lei da Voz”

Dispõe sobre a criação do Programa Nacional de Saúde Vocal Dispõe sobre a criação do Programa Nacional de Saúde Vocal e dá outras providências”e dá outras providências”

Art. 1ºArt. 1º – Fica instituído o Programa Nacional de Saúde Vocal – Fica instituído o Programa Nacional de Saúde Vocal que deverá ser adotado por todos os setores que empreguem que deverá ser adotado por todos os setores que empreguem profissionais da voz.profissionais da voz.

Art. 2ºArt. 2º – O Programa Nacional de Saúde Vocal abrangerá: – O Programa Nacional de Saúde Vocal abrangerá: I – Programa de prevenção I – Programa de prevenção II – Programa de capacitaçãoII – Programa de capacitação III – Programa de proteção III – Programa de proteção IV – Programa de diagnóstico precoce e de recuperaçãoIV – Programa de diagnóstico precoce e de recuperação V – Programa de reabilitação V – Programa de reabilitação

Consenso Nacional sobre Voz ProfissionalConsenso Nacional sobre Voz Profissional

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““Lei da Voz”Lei da Voz”

Art. 3º – Art. 3º – Caberá ao Ministério da Educação e ao Ministério da Caberá ao Ministério da Educação e ao Ministério da Saúde a formulação de diretrizes para viabilizar a plena Saúde a formulação de diretrizes para viabilizar a plena execução do Programa Nacional de Saúde Vocal.execução do Programa Nacional de Saúde Vocal.

Art. 4º – Art. 4º – O Programa Nacional de Saúde Vocal terá O Programa Nacional de Saúde Vocal terá caráter caráter preventivo, curativo e reabilitadorpreventivo, curativo e reabilitador. Quando detectada alguma . Quando detectada alguma laringopatia, será garantido ao profissional da voz o pleno laringopatia, será garantido ao profissional da voz o pleno acesso ao diagnóstico e tratamento médico e à reabilitação acesso ao diagnóstico e tratamento médico e à reabilitação julgada necessária e indicada pela equipe de diagnóstico, e à julgada necessária e indicada pela equipe de diagnóstico, e à intervenção preventiva e corretiva sobre o ambiente de intervenção preventiva e corretiva sobre o ambiente de trabalho, se considerado insalubre.trabalho, se considerado insalubre.

Art. 5º – Será considerado acidente do trabalhoArt. 5º – Será considerado acidente do trabalho o caso de o caso de profissional da voz que tenha comprovado por meio de laudo profissional da voz que tenha comprovado por meio de laudo médico pericial especializado oficial, uma relação de médico pericial especializado oficial, uma relação de causalidade entre sua atividade e o desenvolvimento de causalidade entre sua atividade e o desenvolvimento de enfermidade que afete a qualidade e/ou a resistência de sua enfermidade que afete a qualidade e/ou a resistência de sua voz, na forma de uma laringopatia de forma transitória, voz, na forma de uma laringopatia de forma transitória, permanente e ou irrecuperável. permanente e ou irrecuperável.

Art. 6º – Art. 6º – Fica instituído o dia 16 de abril como Fica instituído o dia 16 de abril como Dia Nacional da Dia Nacional da VozVoz, devendo ser priorizada, em especial nessa data, , devendo ser priorizada, em especial nessa data, campanha que estimule a prevenção e o diagnóstico precoce campanha que estimule a prevenção e o diagnóstico precoce (...)(...)

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Necessidades gerais ORLNecessidades gerais ORLpara apoio à Perícia Médica dos disfônicospara apoio à Perícia Médica dos disfônicos

Atualização da Lista de enfermidadesAtualização da Lista de enfermidades Uniformização de conceitos e denominaçõesUniformização de conceitos e denominações Padronização da Metodologia de AvaliaçãoPadronização da Metodologia de Avaliação Avaliação pelo mesmo profissionalAvaliação pelo mesmo profissional Comparação seqüencial de imagensComparação seqüencial de imagens Respeito à recomendação de afastamento Respeito à recomendação de afastamento Redução parcial da carga horária (tudo ou nada?)Redução parcial da carga horária (tudo ou nada?) Fixação de prazos de recuperaçãoFixação de prazos de recuperação Incentivo à cirurgiaIncentivo à cirurgia (questões ético-legais?)(questões ético-legais?)

Laringe e voz profissionalLaringe e voz profissional

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Estruturação de serviços clínico-cirúrgicos de ORL; Estruturação de serviços clínico-cirúrgicos de ORL; Perícia e intervenção no ambiente de trabalho (ex: Perícia e intervenção no ambiente de trabalho (ex: CIEPS);CIEPS); Disponibilidade de Psicoterapia;Disponibilidade de Psicoterapia; Disponibilidade de Fonoterapia;Disponibilidade de Fonoterapia; Disponibilidade de Assistência social; Disponibilidade de Assistência social; Educação preventiva e continuada / periódica Educação preventiva e continuada / periódica

Campanha Nacional da VozCampanha Nacional da Voz16 de abril de 2005 16 de abril de 2005

Necessidades gerais ORLNecessidades gerais ORLpara apoio à Perícia Médica dos disfônicospara apoio à Perícia Médica dos disfônicos

Laringe e voz profissionalLaringe e voz profissional

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Laringe e voz profissionalLaringe e voz profissional

Algumas questões:Algumas questões:

1.1. Quais e quantos são os profissionais com lesão e sem Quais e quantos são os profissionais com lesão e sem disfonia?disfonia?

2.2. Há diferença em relação à população em geral?Há diferença em relação à população em geral?

3.3. Existem lesões que não impedem (ou até ajudam) o uso Existem lesões que não impedem (ou até ajudam) o uso profissional da voz? Quantos e quais – em que percentual?profissional da voz? Quantos e quais – em que percentual?

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4. Quais e quantos tem disfonia sem lesão – disfuncional?4. Quais e quantos tem disfonia sem lesão – disfuncional?

5. Quais são as lesões de fato incapacitantes?5. Quais são as lesões de fato incapacitantes?

6. Há benefício em afastamento parcial?6. Há benefício em afastamento parcial?

7. Há benefício em exame periódico?7. Há benefício em exame periódico? E outras E outras

mais...mais...

Outras questões:Outras questões:

Laringe e voz profissionalLaringe e voz profissional

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Estamos juntos tentando definir melhor o papel do médicoEstamos juntos tentando definir melhor o papel do médico(do trabalho, do médico perito e/ou otorrino(do trabalho, do médico perito e/ou otorrinolaringologistalaringologista ) )

nas nas Laringopatias Relacionadas ao TrabalhoLaringopatias Relacionadas ao Trabalho

Consenso Nacional sobreConsenso Nacional sobreVoz Profissional – 2001-4Voz Profissional – 2001-4

Voz e TrabalhoVoz e Trabalho

E continuemos a enfrentar E continuemos a enfrentar (com objetividade) (com objetividade) as questões difíceis como sendo fáceis as questões difíceis como sendo fáceis (com (com

coragem)coragem)e as fáceis como sendo difíceis e as fáceis como sendo difíceis (com (com

seriedade)seriedade)Relatório completo e maiores Relatório completo e maiores

informações:informações:www.sborl.org.br ou ou www.ablv.com.br