ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS DO TIPO INDEL COM O …€¦ · AGOSTO – 2016 . Universidade...

122
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS DIEGO MARQUES DA COSTA SANTOS ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS DO TIPO INDEL COM O RISCO DE CÂNCER COLORRETAL NA POPULAÇÃO DO RIO GRANDE DO NORTE. NATAL RIO GRANDE DO NORTE AGOSTO 2016

Transcript of ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS DO TIPO INDEL COM O …€¦ · AGOSTO – 2016 . Universidade...

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

DIEGO MARQUES DA COSTA SANTOS

ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS DO TIPO INDEL COM O

RISCO DE CÂNCER COLORRETAL NA POPULAÇÃO DO RIO

GRANDE DO NORTE.

NATAL – RIO GRANDE DO NORTE

AGOSTO – 2016

DIEGO MARQUES DA COSTA SANTOS

ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS DO TIPO INDEL COM O

RISCO DE CÂNCER COLORRETAL NA POPULAÇÃO DO RIO

GRANDE DO NORTE.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

em Ciências Farmacêutica da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte como parte dos requisitos para

obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêutica.

ORIENTADORA: PROFa DRa VIVIAN NOGUEIRA SILBIGER.

NATAL – RIO GRANDE DO NORTE

AGOSTO – 2016

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS

Santos, Diego Marques da Costa.

Associação dos polimorfismos do tipo INDEL com o risco de

Câncer Colorretal na população do Rio Grande do Norte / Diego Marques da Costa Santos. - Natal, 2016.

120f.: il.

Orientador: Profª. Drª. Vivian Nogueira Silbiger.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em

Ciências Farmacêuticas. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

1. Potencial biomarcardor de risco - Dissertação. 2. Câncer

colorretal - Dissertação. 3. INDEL - Dissertação. I. Silbiger,

Vivian Nogueira. II. Título.

RN/UF/BSCCS CDU 616.348-006

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES E FINANCIADORAS

Instituições Participantes:

1. Laboratório de Bioanálise e Biotecnologia Molecular – Departamento de Análises Clínicas

e Toxicológicas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte;

2. Laboratório de Genética Humana e Médica – Instituto de Ciências Biológicas,

Universidade do Pará;

3. Departamento de Cirurgia Oncológica – Liga Norte Riograndense Contra o Câncer, Natal,

Rio Grande do Norte;

4. Laboratório de Patologia e Citopatologia – Liga Norte Riograndense Contra o Câncer,

Natal, Rio Grande do Norte.

Instituições Financiadoras:

1. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq, Editais:

481652/2012-4; e 483031/2013-5) – apoio financeiro à pesquisa;

2. Rede de Pesquisa em Genômica Populacional Humana (Biocomputacional/CAPES, Edital

nº 051/2013) – bolsa concedida;

3. Rede de Pesquisa em Genômica Populacional Humana (CAPES-Proamazonia, Edital:

3288/2013) – apoio financeiro à pesquisa;

4. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (ICAAF/FAPESPA, Edital: 155/2014)

– apoio financeiro à pesquisa;

5. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte (FAPERN, Edital:

005/2011) – apoio financeiro à pesquisa.

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho para a minha

família, amigos, e a todos os indivíduos que

participaram deste estudo de forma direta ou

indireta, possibilitando a construção do

conhecimento na população brasileira. Dedico

também a todos os indivíduos que poderão se

beneficiar com este trabalho, pois eles são o

principal estímulo para o desenvolvimento da

pesquisa científica.

AGRADECIMENTOS

Este espaço é dedicado àqueles que, de alguma forma, contribuíram para que esta

dissertação fosse realizada. Não sendo viável nomeá‐los a todos, há, no entanto, alguns a

quem não posso deixar de manifestar o meu apreço e agradecimento sincero.

Inicialmente, eu agradeço à minha família. Sem o apoio deles para que eu seguisse os

meus sonhos; o suporte emocional para que eu não desistisse no meio deste processo; e o

companheirismo nos momentos de conquistas e frustação eu não teria conseguido finalizar

este projeto. Incluo nesta lista o Mateus (Teteu). Ele ainda nem nasceu, mas o titio sentiu o

apoio dele.

Ao exemplo de força e perseverança presente na minha família, a minha mãe e as

minhas avós. Guerreiras que conseguiram superar diversos obstáculos, mostrando que nunca

se deve abaixar a cabeça para um “não” que a vida dá.

Aos meus amigos, Madson Miguel, Letícia Costa, Rhadamés Menezes, Iaponira

Barbosa, Maria Isabel e as irmãs Lorenna e Layse Ferreira-Costa. Eles foram como uma parte

estendida da minha família, dando apoio e suportando as minhas chatices durante todos os

anos que nos conhecemos. E mesmo distante, devido a escolhas nas nossas vidas, eu sempre

senti que podia contar com eles para compartilhar os momentos tristes e felizes.

Ao meu namorado (Pierre Almeida), ouvinte atento de algumas dúvidas, inquietações,

desânimos e sucessos. Bem como pelo apoio, pela confiança, pela compreensão, pela

valorização, pelo amor e pela solidariedade. Sempre tão entusiasta do meu trabalho, dando

coragem para ultrapassar a culpa pelo tempo que a cada dia tirava.

Aos professores que deram todo o suporte e ensinamentos. A lista de professores se

estende aos que conheci durante o período que cursei a minha graduação em Farmácia

(UFRN) e a minha pós-graduação. Incluo nela aos professores que conheci durante o colégio.

Entretanto, eu delimitarei aos professores que abriram espaços para mim na pesquisa.

Ao Prof. Cícero Aragão (UFRN), que me ensinou a importância de ter procedimentos

padronizados dentro do laboratório.

À Profa. Janaina Crispim (UFRN), pois me mostrou o quão interessante é estudar o

câncer e da importância de se estudar o sistema imunológico.

À Profa. Vivian Silbiger e ao Prof. André Luchessi (UFRN), que me mostraram a

beleza que a biologia molecular traz para o entendimento das enfermidades e de como

podemos aplicar o conhecimento para melhorar o diagnóstico e prognóstico. Eles me

acolheram como aluno de iniciação científica em 2011, e desde então proporcionaram

diversos tipos de conselhos, conhecimentos e experiências.

À relação que tive com estes dois grandes professores, que são meus pais de pesquisa.

E por incrível que parece, eu até puxei algumas características deles, como por exemplo, a

inquietação; a vontade de compartilhar o que aprendeu de novo e o vício pelo trabalho.

Entretanto, apesar de ser uma relação longa, não foi cheia de flores. Assim como uma relação

de pais e filhos, tivemos nossos momentos de desentendimentos, mas no final, acabamos

entendendo o ponto de vista um do outro, e aprendemos mais um pouco.

À Profa. Ândrea Ribeiro-dos-Santos e ao Prof. Sidney Santos (UFPA), pois

concederam todo o apoio financeiro para o estudo e me acolheram no seu laboratório para

aprimorar meu conhecimento.

Aos profissionais da Liga Contra o Câncer, em particular ao Dr. Romualdo Correa, à

Dra. Aline Borges, à Dra. Fernanda Ito e ao Dr. Carlos Ramos, pelo suporte na seleção dos

pacientes.

Aos colegas do Laboratório de Bioanálise e Biotecnologia Molecular (LBBM/UFRN)

e do Laboratório Multiusuário (LabMult/UFRN), em particular ao pós-doutorando Raul

Bortolin. Graças a sua dedicação, paciência e conselhos, eu pude escrever este trabalho.

Eu não poderia deixar de mencionar as irmãs Lorenna e Layse Ferreira-Costa

(LBBM/UFRN), as alunas de iniciação científica que me acompanharam durante diversas

etapas. Juntos, trocamos conhecimentos, risadas, leseiras e frustrações. Quem mais, se não

elas duas, para me aturar? Até quando eu perguntava “Vamos trabalhar nos finais de semanas

e feriados para cumprir os prazos?”, elas estavam comigo.

Aos colegas do Mestrado em Ciência Farmacêutica 2014/2016, com quem vivi um

ambiente de verdadeira aprendizagem colaborativa.

Às pessoas que me acolheram na minha ida ao Pará, incluindo as pessoas do Laboratório de

Genética Humana e Médica (LGHM/UFPA), Núcleo de Pesquisa Oncológica (NPO/UFPA),

do grupo de oração chamado de “Nano” e as pessoas que conheci durante as disciplinas e fora

do ambiente universitário. O acolhimento que eles me forneceram foi essencial para conseguir

passar seis meses do meu mestrado longe da minha família (principalmente da minha

sobrinha, Princesa Sophia) e dos meus amigos.

Aos alunos de iniciação científica do LGHM, Rebbeca Laís, Lucas Cauê e Cíntia

Helena. Eles me aturaram mais do que qualquer outra pessoa na UFPA, trabalhando junto

comigo até no período de férias. Isso sem mencionar as risadas compartilhadas.

E por fim, mas não menos importante, a Deus. Pois Ele tornou tudo possível.

Agradeço a Deus por ter possibilitado que uma pessoa extremamente especial tenha entrado

na minha vida durante a graduação, mas que foi descansar junto d’Ele recentemente. O seu

nome é Ana Celly. Ela foi uma das pessoas que olhou para mim e disse: “Criatura, vá fazer

esse mestrado de uma vez! Segue o seu sonho.”. Por todas as pessoas que conheci. Pois cada

pessoa que entrou na minha vida, mesmo que não tenha permanecido, contribuiu de alguma

forma para eu ser quem eu sou. E sem sombra de dúvidas, eu irei carregar um pedaço de cada

uma das pessoas que cruzaram na minha vida para toda a eternidade. Também sou grato pelas

experiências que vivi e até mesmo pelas decepções que tive, pois estou aprendendo com todas

as experiências de vida.

“Tenho a impressão de ter sido uma criança

brincando à beira-mar, divertindo-me em

descobrir uma pedrinha mais lisa ou uma concha

mais bonita que as outras, enquanto o imenso

oceano da verdade continua misterioso diante de

meus olhos”.

(Isaac Newton)

RESUMO

O câncer colorretal (CCR) é um tipo de câncer que acomete a região do intestino grosso e

reto; sendo o terceiro câncer mais comum em homens e o segundo em mulheres no mundo. A

maior parte da susceptibilidade ao CCR é proveniente de variantes genéticas múltiplas, cada

uma com um efeito individual que, quando combinada, causa a diversidade de risco para o

desenvolvimento desse câncer. Dentre os tipos de mutações encontrados no genoma humano,

as inserções e deleções (INDEL) são a segunda classe mais comum; e o entendimento deste

tipo de mutação possui um potencial de impactar na expressão, na estrutura e até mesmo

função da proteína. Entretanto, sabe-se relativamente pouco sobre o impacto das INDEL no

risco de CCR, especialmente na população miscigenada do Brasil. Dessa forma o objetivo

deste trabalho é realizar um estudo do tipo caso-controle para determinar a associação de 16

INDEL com a susceptibilidade ao CCR na população do Rio Grande do Norte. Além disso,

foi também avaliado a distribuição relativa da ancestralidade entre o grupo caso e controle. Os

polimorfismos e os marcadores utilizado para a distribuição da ancestralidade foram

genotipados utilizando ABI PRISM 3130 e o GeneMapper ID v3.2. A análise estatística foi

realizada utilizando o R v 3.1. Em relação à ancestralidade genômica, foi observada diferença

significativa na distribuição da contribuição Africana entre os grupos. Em relação à análise de

associação entre o polimorfismo e o risco de desenvolver CCR, foi observado que o alelo D

do polimorfismo estudado no gene IL4, e o alelo I do polimorfismo do TYMS foram

associados com o aumento do risco de desenvolver CCR. No presente trabalho, também foi

avaliado o risco que a combinação genotípica do TYMS (rs151264360) e do IL4 (rs79071878)

aumenta consideravelmente o risco de ter CCR; e foi observado que se faz necessário a

presença de pelo menos 3 alelos de risco para conferir risco de ter CCR.

Palavras-chave: Potencial biomarcardor de risco; Câncer colorretal; INDEL.

ABSTRACT

Colorectal cancer (CRC) is a type of cancer that affects large intestine and rectum region, and

this is the third most common cancer worldwide in men and the second in women. The

genetic susceptibility to CRC comes from multiple genetic variants. Individually, these

genetic variants have modest effect. However, theses variants, when combined, cause a wide

range of risk. Among all mutations types found in the human genome, insertion-deletions

(INDEL) are the second most common class, which has a potential impact on the expression,

structure and protein function. However, there are a few studies about INDEL impact on CRC

risk. Thus the aim of this study is to evaluate the association of 16 INDEL with CRC

susceptibility in Rio Grande do Norte population. Furthermore, it was also evaluated the

relative ancestry distribution between case and control groups. Polymorphism and marker

used for ancestry distribution were genotyped using ABI PRISM 3130 and GeneMapper ID v

3.2. Statistical analysis was performed using the R v 3.1. Regarding the genetic ancestry, there

was significant difference in the distribution of the African contribution between groups.

Regarding the polymorphism association in CRC risk, it was observed that the D allele of IL4

and I allele of TYMS polymorphisms were associated with increased CRC risk. In this study,

it was also evaluated the combined effect of IL4 and TYMS polymorphism in CRC risk, and it

was observed that at least 3 allelic risks were necessary to confer CRC risk.

Keywords: Potential biomarkers of susceptibility; Colorectal cancer; INDEL.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1

1.1. ASPECTOS GERAIS ............................................................................................................. 1

1.2. EPIDEMIOLOGIA ................................................................................................................ 1

1.3. CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................................ 2

1.3.1. Anatomia do cólon e reto .......................................................................................... 2

1.3.2. Macroscopia do processo neoplásico ....................................................................... 3

1.3.3. Microscopia do câncer colorretal ............................................................................. 4

1.3.4. Tipo celular do câncer colorretal ............................................................................. 4

1.3.5. Grau de diferenciação das células tumorais............................................................. 5

1.3.6. Sistema de Estadiamento TNM do câncer colorretal ............................................... 6

1.4. FATORES DE RISCO ASSOCIADOS COM O CÂNCER COLORRETAL ......................................... 9

1.4.1. Tabagismo ................................................................................................................. 9

1.4.2. Etilismo...................................................................................................................... 9

1.4.3. Sedentarismo ........................................................................................................... 10

1.4.4. Sobrepeso ou obesidade .......................................................................................... 10

1.4.5. Hábitos Alimentares ................................................................................................ 11

1.4.6. Gênero ..................................................................................................................... 12

1.4.7. Idade ........................................................................................................................ 13

1.4.8. Histórico pessoal de pólipo e doença inflamatória no intestino ............................. 13

1.4.9. Histórico familiar de pólipos e câncer colorretal ................................................... 14

1.4.10. Contribuição étnica ............................................................................................... 15

1.5. GENES CANDIDATOS........................................................................................................ 16

1.5.1. UCP2 ....................................................................................................................... 17

1.5.2. ACE ......................................................................................................................... 17

1.5.3. CASP8 ..................................................................................................................... 18

1.5.4. XRCC1 ..................................................................................................................... 19

1.5.5. TYMS ....................................................................................................................... 19

1.5.6. SGSM3 ..................................................................................................................... 20

1.5.7. HLAG ...................................................................................................................... 20

1.5.8. IL1A ......................................................................................................................... 21

1.5.9. IL4 ........................................................................................................................... 22

1.5.10. NFKB1 ................................................................................................................... 23

1.5.11 MDM2 .................................................................................................................... 23

1.5.12. TP53 ...................................................................................................................... 24

1.5.13. CYP2E1 ................................................................................................................. 25

1.5.14. CYP19A1 ............................................................................................................... 25

1.5.15. UGT1A1 ................................................................................................................ 26

1.6. VARIAÇÕES GENÉTICAS DO TIPO INSERÇÃO-DELEÇÃO ..................................................... 26

2. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 30

2.1. OBJETIVO PRINCIPAL ....................................................................................................... 30

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................................. 30

3. METODOLOGIA............................................................................................................... 31

3.1. COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA ..................................................................................... 31

3.2. CASUÍSTICA .................................................................................................................... 31

3.3. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO............................................................................. 31

3.4. COLETAS DAS AMOSTRAS ................................................................................................ 31

3.5. EXTRAÇÃO DE DNA ....................................................................................................... 32

3.6. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO DNA EXTRAÍDO ............................................................ 32

3.7. VARIÁVEIS COLETADAS .................................................................................................. 32

3.8. GENOTIPAGEM DOS POLIMORFISMOS ............................................................................... 33

3.9. ANÁLISE DA ANCESTRALIDADE RELATIVA POR MARCADORES AUTOSSÔMICOS ............... 35

3.10. ANÁLISE ESTATÍSTICA ................................................................................................... 36

4. RESULTADOS ................................................................................................................... 37

4.1. CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS E CLÍNICAS .............................................................. 37

4.2. CONTRIBUIÇÃO DA ANCESTRALIDADE RELATIVA POR MARCADORES AUTOSSÔMICOS ..... 38

4.3. FREQUÊNCIA GENÉTICA E ALÉLICA ................................................................................. 40

4.4. ANÁLISE DE ASSOCIAÇÃO POLIMÓRFICA ......................................................................... 41

4.5. ANÁLISE COMBINADA DO GENÓTIPO DOS GENES IL4 E TYMS ......................................... 44

5. DISCUSSÃO ....................................................................................................................... 45

6. CONCLUSÃO..................................................................................................................... 52

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 53

ANEXO ...................................................................................................................................... I

ANEXO A – PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA ........................................................................... II

APÊNDICE .............................................................................................................................IV

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO ................................................................................................ V

APÊNDICE B – FICHA DE DADOS CLÍNICOS .......................................................................... VIII

APÊNDICE C – RESUMOS APRESENTADOS EM CONGRESSOS ................................................... IX

APÊNDICE D – MANUSCRITO DO ARTIGO PRODUZIDO DURANTE O MESTRADO ........................ X

1

1. INTRODUÇÃO

1.1. Aspectos gerais

O câncer é caracterizado como o crescimento celular descontrolado em relação a uma

célula normal, resultado do acúmulo de mutações genéticas; podendo ser iniciado em

qualquer órgão do corpo (ACS, 2016). No que se refere ao Câncer Colorretal (CCR), o órgão

acometido é o intestino grosso, no segmento do ceco até o reto.

Essa enfermidade é a terceira neoplasia mais prevalente no mundo e a quarta no Brasil

(FERLAY et al., 2015), podendo ter um bom prognóstico quando diagnosticado

precocemente. Contudo, a maior problemática deste tipo de tumor é o diagnóstico tardio, no

qual o paciente é diagnosticado em estágios mais avançado da doença, resultando no pior

prognóstico e, portanto, em uma menor sobrevida (MENEZES; OLIVEIRA; LUNDGREN,

2012).

Diversos fatores ambientais e genéticos estão fortemente associados com o processo

de carcinogênese (LIU et al., 2014; ZARIDZE, 2008). Estes fatores são amplos, variam de

acordo com o tipo de câncer, com a região geográfica (GOMEZ et al., 2015) e interagem

entre si. Entretanto, a susceptibilidade herdada é um componente importante de predisposição

do CCR, sendo atribuído um risco estimado de 12% a 35% (CZENE; LICHTENSTEIN;

HEMMINKI, 2002; LICHTENSTEIN et al., 2000; PETERS; BIEN; ZUBAIR, 2015).

Por se tratar de uma enfermidade com base genética, a susceptibilidade ao CCR, assim

como as outras neoplasias, tem sido influenciada pela frequência das mutações herdadas no

genoma, variando entre diferentes populações. Diante disso, torna-se importante analisar as

características genéticas da população de Natal para avaliar a susceptibilidade ao CCR, uma

vez que essa população tem influências de diversos grupos populacionais.

1.2. Epidemiologia

No mundo, estima-se a incidência de 1,4 milhões de pessoas diagnosticadas com CCR

em 2015 e a mortalidade de 750 mil (FERLAY et al., 2015). E estima-se para o ano de 2020,

um aumento de 13,6% na incidência e 8,5% na mortalidade (FERLAY et al., 2015).

O Brasil é o décimo país a ter o maior número de incidência de CCR no mundo

(FERLAY et al., 2015), com uma estimativa de 34 mil pessoas diagnosticadas durante o ano

de 2015 e mortalidade de 17 mil indivíduos (FERLAY et al., 2015). Além disso, estima-se

2

para o ano de 2020 um aumento de 28,6% na incidência e 29,7% mortalidade (FERLAY et

al., 2015).

Mundialmente, o CCR é o terceiro câncer mais prevalente entre o gênero masculino e

o segundo no gênero feminino (FERLAY et al., 2015). No Brasil a razão de incidência entre

mulheres e homens é de 1,2 (INCA, 2016), significando que o número de mulheres

acometidas por este processo neoplásico é 20% maior do que em homens.

1.3. Classificação

A classificação elucida as relações entre a clínica e o desenvolvimento patológico do

CCR, que é o ponto em que se inicia a investigação da causa, a evolução e o histórico natural

da doença (JASS, 2007). No câncer, a classificação tem sido tradicionalmente baseada na

morfologia microscópica e complementada através da imunofenotipagem, para os casos mais

complexos (JASS, 2007).

No CCR, a conduta clínica e as pesquisas têm prosseguido por muitas décadas no

conceito que esta enfermidade assumia uma condição homogênea no seu desenvolvimento,

sendo majoritariamente originado devido à progressão do adenoma (JASS, 2007). Contudo,

subtipos morfologicamente particulares têm sido reconhecidos e caracterizados por mostrarem

diferenças de acordo com o sítio anatômico (IACOPETTA, 2002).

1.3.1. Anatomia do cólon e reto

O cólon, também conhecido como intestino grosso, é anatomicamente dividido em

cinco regiões: o cólon direito (ceco e ascendente), o cólon médio (transverso), o cólon

esquerdo (descendente), o cólon sigmoide e o reto (Figura 01).

O CCR pode ser chamado câncer de cólon ou câncer retal, dependendo da região do

intestino grosso onde se origina. A diferença entre o câncer de cólon ou o retal está na

localização anatômica e na necessidade de um tratamento diferenciado entre eles. Entretanto,

como a biologia tumoral deles é a mesma, eles são muitas vezes agrupados como CCR.

3

Figura 01 – Representação ilustrativa do Intestino Grosso, região acometida pelo

Câncer Colorretal, e suas segmentações: C – Ceco; A – Cólon Ascendente; T – Cólon

Transverso; D – Cólon Descentente; S – Cólon Sigmóide; R – Reto. Fonte: Elaborado pelo

autor.

1.3.2. Macroscopia do processo neoplásico

A maioria dos CCR inicia-se com a formação de uma projeção do tecido no lúmen do

intestino grosso (pólipo), podendo passar por um processo de diferenciação para a formação

de uma massa cancerosa (Figura 02).

Figura 02 – Representação ilustrativa das etapas macroscópicas do processo de

carcinogênese do Câncer Colorretal. Fonte: Johns Hopkins Digestive Disorders Library.

Traduzido para o Português. Data de acesso: 14 de maio de 2016.

Os pólipos possuem um crescimento benigno, mas dependendo do tipo de pólipo o

processo de carcinogênese pode ser iniciado ou não. Os pólipos pré-cancerosos são compostos

principalmente por pólipo adenomatoso, séssil e displásico; e os pólipos não pré-cancerosos

são principalmente compostos por pólipos hiperplásicos e os inflamatórios. Contudo, apesar

dos pólipos não pré-cancerosos usualmente não se desenvolverem em câncer, os pólipos

maiores do que 1 cm tem um maior risco de tornar-se câncer (LIEBERMAN et al., 2012).

4

O pólipo adenomatoso dá origem ao tipo de lesão mais frequente no CCR que é o

adenocarcinoma (90% dos casos). Convencionalmente, o adenocarcinoma é caracterizado

com uma morfologia de característica glandular, que é a sua base histológica (FLEMING et

al., 2012).

1.3.3. Microscopia do câncer colorretal

O cólon é composto por várias camadas histológicas, que se inicia na mucosa e vai até

a serosa (Figura 03). A característica que define um adenocarcinoma no CCR é a invasão da

célula neoplásica através das camadas musculares da mucosa para a submucosa.

Figura 03 – Ilustração representativa das camadas histológicas do intestino grosso. Fonte: Comitê Americano de Câncer (AJCC).

As lesões com as características morfológicas do adenocarcinoma que estão

confinados ao epitélio ou invadem a lâmina, carecem de invasão da musculatura da mucosa

para a submucosa, apresentando praticamente nenhum risco de metástase (BOSMAN; WHO;

IARC, 2010).

1.3.4. Tipo celular do câncer colorretal

Os tipos histológicos de tumores cometidos no cólon e no reto são genericamente

classificados como tumor epitelial, não epitelial e os tumores secundários. Os tumores

epiteliais podem ser adenomas, neoplasia intraepitelial (displasia) associado com doença

inflamatória crônica, carcinomas, carcinoides, mistura de carcinoide-adenocarcinoma e outros

tipos.

Os adenocarcinomas representam cerca de 95% dos casos de CCR, que se iniciam em

células glandulares produtoras de muco do epitélio do colón e do reto a partir de pólipos

5

adenomatosos e possuem três variantes histológicas neste tipo de tumor: tubular, tubulo-

viloso e viloso.

Os adenomas tubulares representam entre 75% a 85% dos pólipos adenomatosos e têm

< 5% de chance de se diferenciar a um processo maligno. Os adenomas túbulo-viloso

representam 10% a 15% dos pólipos e, geralmente, 20% a 25% dos casos podem vir a

desenvolver um processo maligno. Os adenomas vilosos consistem 5% a 10% dos casos de

pólipos e cerca de 35% a 40% podem vir a se diferenciar em um processo maligno (AMERSI;

AGUSTIN; KO, 2005).

Os outros tipos celulares que são menos comuns, mas que também cometem a região

colorretal, são: tumor carcinóide, tumor no estroma gastrointestinal, linfomas e sarcomas. Os

tumores carcinóides iniciam-se a partir de células especializadas marcadas com hormônios no

intestino. Os tumores no estroma gastrointestinal têm como precursores as células

especializadas na parede do cólon, chamadas de células intersticiais de Cajal, e podem ser

encontradas em qualquer região topográfica do trato gastrointestinal, mas é usualmente

localizada no cólon.

Os linfomas são câncer das células do sistema imunológico que se originam

tipicamente nos nódulos linfonoidais, mas podem também iniciar no cólon, reto ou em outros

órgãos. Os sarcomas podem iniciar nos vasos sanguíneos, na camada muscular ou outros

tecidos de conexão com a parede do cólon e do reto (ACS, 2016).

1.3.5. Grau de diferenciação das células tumorais

Outro fator que pode afetar o tratamento e perspectiva do paciente com CCR é o grau

de diferenciação do câncer. No geral, a diferenciação histológica do CCR é bastante sugestiva

e existe um vasto sistema de diferenciação sugerido pela literatura. Entre os esquemas

sugeridos, o número de estratificações e os critérios adotados para distinguir são

significativamente variados. Em alguns sistemas, o grau de diferenciação é descrito como o

quão próximo uma célula cancerosa aparenta com uma célula normal do tecido, quando

observado por microscopia (GOLDSTEIN; HART, 1999).

Apesar da complexidade dos critérios de estratificação, o sistema mais adotado é

dividido em quatro graus de diferenciação (do inglês, four-tiered): G1 – Bem diferenciado;

G2 – Moderadamente diferenciado; G3 – Mau diferenciado; e G4 – Indiferenciado

(BOSMAN; WHO; IARC, 2010; COMPTON, 2003).

6

Por uma grande parte, o diagnóstico patológico entre o G3 e o G4 são relativamente

consistentes e associados com pouca variabilidade. Entretanto, a distinção entre G1 e G2 é

menos reprodutível. A subjetividade e imprecisão na classificação do grau de diferenciação é

resultado da heterogeneidade dos tumores (ACS, 2016; BOSMAN; WHO; IARC, 2010;

COMPTON, 2003).

Desta forma, o sistema de classificação que divide em dois graus de diferenciação (do

inglês, two-tiered) elimina esta dificuldade para tornar o diagnóstico mais consistente. Este

sistema é classificado como: Baixo grau – G1 e G2; e Alto grau – G3 e G4 (ACS, 2016;

BOSMAN; WHO; IARC, 2010; COMPTON, 2003).

O câncer com baixo grau de diferenciação tende a crescer e invadir mais lentamente

do que os cânceres com alto grau de diferenciação. Na maior parte das vezes, a perspectiva é

melhor para câncer com baixo grau do que para o de alto grau no mesmo estágio. Além disso,

o uso do grau de diferenciação ajuda a decidir se o paciente deve receber um tratamento

adjuvante com a quimioterapia depois da cirurgia (ACS, 2016).

1.3.6. Sistema de Estadiamento TNM do câncer colorretal

Em 1932, o patologista britânico Cuthber Dukes (1890 – 1977) estabeleceu o sistema

de classificação para o CCR e diversas modificações surgiram dele, como o proposto por

Astler e Coller em 1954. Entretanto, na prática clínica, esse tem sido amplamente substituído

por um sistema de estadiamento mais detalhado, a Classificação de Tumores Maligno por

TNM (do inglês, TNM Classification of Malignant Tumours), descrito pelo Comitê

Americano de Articulação no Câncer (AJCC, do inglês American Joint Committee on

Cancer).

O sistema TNM é baseado em 3 principais características: quão profundo o tumor

primário tem crescido para o interior da parede do intestino e se tem crescido para áreas

próximas (T); se o câncer tem invadido uma região linfonoidal próxima (N); e se o câncer tem

sofrido metástase para outro órgão do corpo (M). Ver tabela 1.

7

Tabela 1 – Definição das características do Sistema TNM estratificada, de acordo com a

sétima edição do AJCC.

Tumor primário (T)

Tx – Não teve acesso ao tumor primário

T0 – Sem evidências do tumor primário

Tis – Carcinoma in situ: intraepitelial ou invasão da lâmina própria

T1 – Tumor invade a submucosa

T2 – Tumor invade a muscular própria

T3 – Tumor invade através da muscular própria até o tecido pericolorretal

T4a – Tumor penetra até a superfície do peritônio visceral

T4b – Tumor está invadindo ou aderido diretamente a outro órgão ou estrutura

Linfonodos Regionais (N)

Nx – Não teve acesso a região linfonóidal

N0 – Sem evidências de metástase nos linfonodos regionais

N1 – Metástases em 1 a 3 linfonodos regionais

N1a – Metástase em 1 linfonodo regional

N1b – Metástase em 2 a 3 linfonodos regionais

N1c – Tumor depositado na subserosa, mesentério ou tecido pericólico não peritonizado ou

tecido perirretal sem metástase nos linfonodos regionais

N2 – Metástases em 4 ou mais linfonodos regionais

N2a – Metástases em 4 a 6 linfonodos regionais

N2b – Metástases em 7 ou mais linfonodos regionais

Metástase Distante (M)

M0 – Sem metástases distantes

M1 – Metástases distantes

M1a – Metástases confinado em 1 órgão ou sítio

M1b – Metástases em mais do que 1 órgão, sítio ou no peritônio.

O número ou letra depois do T, N e M fornece maiores detalhes sobre cada um destes

fatores. Ademais, este número remete ao estágio do câncer e quanto maior, mais avançado. A

categorização do TNM tem sido determinada usualmente após o procedimento cirúrgico, e

essa informação pode ser combinada por estádios (Tabela 2).

8

Tabela 2 – Classificação do estádio do câncer colorretal de acordo com a sétima edição

da AJCC.

Estádio T N M Dukes* MAC**

0 Tis N0 M0 – –

I T1 N0 M0 A A

T2 N0 M0 A B1

IIA T3 N0 M0 B B2

IIB T4a N0 M0 B B2

IIC T4b N0 M0 B B3

IIIA T1-T2 N1/N1c M0 C C1

T1 N2a M0 C C1

IIIB T3-T4a N1/N1c M0 C C2

T2-T3 N2a M0 C C1/C2

T1-T2 N2b M0 C C1

IIIC T4a N2a M0 C C2

T3-T4a N2b M0 C C2

T4b N1-N2 M0 C C3

IVA Qualquer T Qualquer N M1a – –

IVB Qualquer T Qualquer N M1b – –

Nota: cTNM é uma classificação clínica, pTNM é uma classificação patológica. O prefixo y-

é usado para os cânceres que são classificados após um pré-tratamento neoadjuvante (por

exemplo, ypTNM). Patientes que tem uma resposta patológica completa são ypT0N0cM0,

que pode ser similar ao Estágio 0 ou 1. O prefixo r- é usado para aqueles cânceres que tiveram

recidiva após um intervalo livre da doença (por exemplo, rTNM). * Sistema de Estadiamento

de Dukes. ** Sistema de Estadiamento de Dukes modificado por Astler-Coller.

9

1.4. Fatores de risco associados com o câncer colorretal

Diferentes cânceres têm diferentes fatores de risco. No contexto geral, existem dois

tipos de fatores de risco, os comportamentais (estilo de vida) e os não comportamentais

(idade, gênero, histórico pessoal ou histórico familiar). Além disso, a interação gene-gene e

gene-fatores ambientais possuem uma influência significativa para a susceptibilidade do CCR.

1.4.1. Tabagismo

Estudos têm mostrado que o tabagismo aumenta o risco de adenomas colônicos e de

CCR (JACOBSON et al., 1994). O principal agente carcinogênico encontrado na fumaça do

cigarro são as aminas aromáticas, nitrosaminas, aminas heterocíclicas e hidrocarbonetos

aromáticos policíclicos (DURKO; MALECKA-PANAS, 2014). Essas substâncias são

metabolizadas pelo citocromo P450, podendo levar a mutações no DNA, principalmente nos

genes KRAS, BRAF e MYC (LEUFKENS et al., 2011).

As nitrosaminas têm a habilidade de ativar e ligar-se aos receptores nicotínicos de

acetilcolina, que resultam no aumento intracelular da concentração de espécies reativas de

oxigênio. O estresse oxidativo leva a ativação da via inflamatória do NFKB e COX-2 e

também promove a sinalização da cascata proliferativa pela via MAPK (YE et al., 2004).

Não existem dúvidas de que evitar o tabagismo diminui o risco de CCR e de outras

neoplasias, além também de prevenir o desenvolvimento de doenças (DURKO; MALECKA-

PANAS, 2014).

1.4.2. Etilismo

O risco de adenomas e CCR também estão associados com o consumo de bebida

alcoólica. Cho e colaboradores (2004) observaram que o consumo superior a 30 g/dia de

etanol resulta em um risco de 1,16 vezes de desenvolver CCR, enquanto que o consumo

superior a 45 g/dia de etanol aumenta o risco para 1,41 vezes. Em estudo in vitro, realizado

por Blasiak e colaboradores (2000), foi observado que os danos causados no DNA pelos

metabólitos do álcool aumentam com o aumento da dose.

Esses dados são explicados pelo metabolismo do álcool, o qual é baseado

principalmente na catálise e oxidação pelo álcool desidrogenase, catalase e citocromo P450,

resultando na formação do acetaldeído, que é um carcinógeno de primeira classe e é o

responsável por ocasionar dano no cromossomo (HAAS; YE; LÖHR, 2012).

10

Além disso, o consumo de álcool em longo prazo diminui a absorção de vitaminas do

complexo B (B1, B2,B12 e ácido fólico), o que causa o aumento da vulnerabilidade celular ao

estresse oxidativo (HAAS; YE; LÖHR, 2012). Esse aumento da concentração de espécies

reativas de oxigênio induz a cascata do NADPH oxidase, levando a ativação da via do

PI3K/AKT e do VEGF, que são responsáveis por promover a proliferação e metástase

(JACOBSON et al., 1994).

O álcool também inibe a expressão da enzima citocromo P450 2E1, que está envolvida

na síntese da vitamina A; e a baixa concentração desta vitamina resulta na diminuição da

expressão da proteína ativadora 1 - um fator de transcrição que controla a diferenciação e

proliferação celular (HAAS; YE; LÖHR, 2012). Pelos motivos expostos, recomenda-se uma

redução no consumo de bebidas alcoólicas, para reduzir o risco de desenvolvimento do CCR.

1.4.3. Sedentarismo

Muitas doenças crônicas, incluindo as cardiovasculares, pulmonares, doenças

musculoesqueléticas, diabetes tipo 2 e vários tipos de cânceres estão associados com uma

atividade física insuficiente (KUMOR et al., 2009). O mecanismo chave que explica sua

função no risco foca na diminuição da sensibilidade a insulina, no aumento da concentração

sérica de insulina, no aumento da massa corpórea e no aumento do volume do tecido adiposo,

o que leva a indução da inflamação crônica (HANDSCHIN; SPIEGELMAN, 2008). Outro

mecanismo está associado ao papel do hormônio leptina, produzido pelas células adiposas,

que induz a sinalização de vias proliferativas através da ativação das capases MAPK (Proteína

quinase ativada por mitogêno) e PI3K/AKT (Fosfoinositida 3-quinase).

A diretriz do Instituto Americano de Pesquisa em Câncer recomenda uma atividade de

60 minutos com uma intensidade moderada ou 30 minutos de atividades diárias de elevada

intensidade como medida preventiva (WISEMAN, 2008).

1.4.4. Sobrepeso ou obesidade

Muitos estudos têm indicado que o sobrepeso e a obesidade são fatores de risco para

diversos tipos de neoplasia (NAM et al., 2010; RENEHAN et al., 2008) e, segundo a Diretriz

Brasileira de Obesidade de 2016, esta classificação é feita utilizando o Índice de Massa

Corpórea (IMC). Indivíduos cujo IMC é ≥ 25 são classificados como sobrepesos e os que o

IMC é ≥ 30 são classificados como obesos. Além disso, avaliação combinada desse parâmetro

com a circunferência abdominal possibilita uma melhor análise antropométrica e identificar os

11

riscos nutricionais (BITES; OLIVEIRA; FORTES, 2012), sendo os indivíduos que possuem a

circunferência ≥ 94 cm (Homens) e ≥ 80 cm (Mulheres) têm uma elevada condensação de

gordura visceral.

O tecido adiposo é considerado como um órgão metabolicamente ativo, liberando

diversos hormônios e citocinas, estimulando as células T a promoverem uma inflamação

crônica de baixa-intensidade e também a resistência à insulina (GUTIERREZ; PUGLISI;

HASTY, 2009).

A secreção de hormônios produzidos pelo tecido adiposo, como leptina, adiponectina

e resistina, também contribuem para o desenvolvimento do quadro inflamatório e da

carcinogênese (BOOTH et al., 2002; KUMOR et al., 2009). Além disso, o aumento da

concentração sérica dos triglicerídeos em indivíduos obesos aumenta ainda mais a produção

destes hormônios, o que acentua o risco de carcinogênese (CHAVEZ; SUMMERS, 2010).

Apesar do mecanismo que aumenta a incidência de câncer em indivíduos obesos não

estar completamente esclarecido (DURKO; MALECKA-PANAS, 2014), sugere-se que a

redução da massa corpórea diminui a inflamação crônica, a intolerância à glicose, a

dislipidemia, podendo impactar da incidência do CCR.

1.4.5. Hábitos Alimentares

Os fatores alimentares, como dieta com predominância de carne vermelha, processada

e com baixa ingestão de fibras, vêm tendo um importante papel no aumento da incidência do

CCR registrados nos países (DERRY et al., 2013).

Uma dieta rica em carne vermelha também já foi associada com o aumento do risco de

desenvolver CCR (CHAN et al., 2011), isso pode ser explicado pelo aumento da ingestão de

ferro heme, o qual é encontrado em elevadas concentrações nas carnes vermelhas (DURKO;

MALECKA-PANAS, 2014). O ferro heme é degradado no intestino delgado por enzimas

heme oxidase 1, liberando o íon ferroso (ISHIKAWA et al., 2010).

O ferro promove a produção de espécies reativas de oxigênio, especialmente o

peróxido de hidrogênio, que induz mutações genéticas e a expressão de diversas citocinas (IL-

6, IL-8, TNFα, NF-κB), levando ao aumento da citotoxicidade e estimulação da resposta

inflamatória (KNÖBEL et al., 2007).

O modo de preparo da carne vermelha processada, especialmente frita ou grelhada em

elevadas temperaturas, também foi associado com o risco de CCR (DURKO; MALECKA-

PANAS, 2014), devido a degradação da creatinina muscular e de aminoácidos, resultando na

12

formação de numerosas aminas heterocíclicas carcinogênicas (MARTÍNEZ et al., 2007;

SUGIMURA et al., 2004).

Uma dieta rica em fibra consiste principalmente de vegetais, frutas e grãos. A presença

destes componentes em refeições contribui para diminuir o tempo de trânsito no trato

gastrointestinal, a diluição do conteúdo colônico e a melhoria da fermentação bacteriana, o

que leva ao aumento da produção de ácidos graxos de cadeia curta (acetato, propionato e

butirato) (SCHARLAU et al., 2009).

A fibra dietética também possui ação antiinflamatória, diminuindo a produção de IL-6,

TNF-alfa e COX-2, além de induzir a expressão do iNOS (KACZMARCZYK; MILLER;

FREUND, 2012; REDDY et al., 2000). Os ácidos graxos de cadeia curta interferem em várias

regulações do ciclo celular, proliferação e apoptose, tais como nos genes: beta-catenina; p53;

p21; Bax e caspase 3 (FEREGRINO-PÉREZ et al., 2008).

Uma dieta pobre em vitaminas do complexo B pode impactar no reparo e na metilação

do DNA, devido a sua função na síntese do DNA (POWERS, 2005). Tem sido evidenciado

que baixa concentrações séricas de folato podem aumentar a capacidade de invasão das

células cancerígenas através da ativação da via de sinalização Hedgehog Shh, por

hipometilação, e a estimulação da via do NFKB (WANG et al., 2012). Entretanto, essa

associação é apenas para a ingestão de ácido fólico na dieta natural e não para a sua

suplementação farmacológica (GIOVANNUCCI, 2002).

1.4.6. Gênero

A exposição ao estrogênio tem sido reconhecida como um fator de risco para o

desenvolvimento de diversos tipos de cânceres (CAVALIERI; ROGAN, 2014). O estrogênio

contém um anel benzeno na sua estrutura, o benzeno e os hidrocarbonetos aromáticos cíclicos

são eletrofílicos (CAVALIERI; ROGAN, 2010). Essa estrutura permite que eles reajam

covalentemente com grupos nucleofílicos do DNA, RNA e proteína (MILLER; MILLER,

1966, 1981a, 1981b).

Os estrogênios são metabolizados para uma ortoquinona eletrofílica que pode reagir

no DNA formando adutos na posição N-3 da adenina e N-7 da guanina (CAVALIERI;

ROGAN, 2010). Entretanto, a formação destes adutos na adenina e guanina desestabiliza a

ligação glicosil e subsequentemente há a depurinação do aduto, onde a desoxirribose é clivada

e forma o sítio apurínico (LI et al., 2004; SAEED; ROGAN; CAVALIERI, 2009; STACK et

al., 1996). Pelos motivos expostos, o mecanismo de inicialização do câncer pelo estrógeno

13

tem sido esclarecedor para a prevalência no gênero feminino para alguns tipos de cânceres

(CAVALIERI; ROGAN, 2014).

1.4.7. Idade

A exposição de agentes extrínsecos ou intrínsecos pode levar ao acúmulo de danos no

genoma. Estes danos podem possuir mutações pontuais, translocações, perda ou ganho de

cromossomos, encurtamento dos telômeros ou pela integração do material genético do vírus.

Para minimizar essas lesões, os organismos evoluíram uma complexa rede de mecanismo de

reparo do DNA que são coletivamente capazes de lidar com a maior parte do dano causado ao

DNA (LORD; ASHWORTH, 2012). O envelhecimento pode alterar as defesas antitumorais,

fazendo pessoas mais velhas serem as mais vulneráveis ao desenvolvimento de neoplasias

malignas (LÓPEZ-OTÍN et al., 2013; YANCIK; RIES, 1994).

1.4.8. Histórico pessoal de pólipo e doença inflamatória no intestino

Os indivíduos que possuem histórico pessoal de pólipos adenomatosos, principalmente

os grandes ou se teve um grande número de pólipos, além dos que já foram diagnosticados

com CCR, mesmo que tenham removido completamente o tumor, possuem um alto risco de

desenvolver CCR. As chances disso acontecer são maiores se o indivíduo for diagnosticado

com CCR quando mais jovem (ACS, 2016).

As doenças inflamatórias no intestino são um fator de risco bem conhecido para o

desenvolvimento de displasia e carcinoma. A principal hipótese é a liberação de fatores de

crescimento e citocinas que modulam o meio inflamatório no tecido tumoral (MAGER et al.,

2016).

Em síntese, destacam-se duas principais vias inflamatórias que são funcionalmente

diferentes: a via inflamatória que conduz a atividade antitumoral para inibir o

desenvolvimento do tumor (MLECNIK et al., 2014; REISSFELDER et al., 2015); e um

conjunto de citocinas que desencadeiam um processo inflamatório crônico, favorecendo a

carcinogênese (GRIVENNIKOV et al., 2012), Figura 04.

14

Figura 04 – Conjuntos de citocinas envolvidas no processo de carcinogênese.

Citocinas expressas no tumor e/ou estroma celular com propriedades antitumoral, pró-tumoral

ou ambas as atividades. Fonte: Mager e colaboradores (2016).

As lesões displásicas, nos pacientes com doença inflamatória crônica, podem ser

planas (ou seja, endoscopicamente invisíveis) ou ter projeções para o lúmem (FLEMING et

al., 2012). Além disso, as lesões proeminentes são de difícil ou impossível distinção dos

adenomas esporádicos (FLEMING et al., 2012). O equilíbrio entre estas duas vias

inflamatórias dentro do estroma tumoral determina o curso do desenvolvimento de CCR e são

alvos de estudos para o diagnóstico e abordagens terapêuticas (MAGER et al., 2016).

1.4.9. Histórico familiar de pólipos e câncer colorretal

O CCR é tradicionalmente dividido em casos esporádicos e familiar, onde 20 – 25%

dos casos de CCR são diagnosticados como familiar (DE LA CHAPELLE, 2004). O câncer,

por ter um componente hereditário, é causado por mutações em células germinativas, as quais

são herdadas geneticamente, contribuindo para a iniciação do processo de carcinogênese

(JOHNS; HOULSTON, 2001). Esse risco torna-se maior se o familiar foi diagnosticado

quando com uma idade inferior a 45 anos, ou se mais de um parente de primeiro grau foi

acometido pela enfermidade (ACS, 2016; WHIFFIN; HOULSTON, 2014).

As primeiras evidências da transmissão Mendeliana no CCR foram reportadas em

estudos realizados com grandes famílias (WHIFFIN; HOULSTON, 2014); e mostraram que

15

mutações de alta penetrância conferem a predisposição ao CCR, principalmente para a

Síndrome de Lynch (genes MLH1, MSH2, MSH6 e PMS2), a Síndrome de Polipose Juvenil

(genes SMAD4 e BMPR1A), a Síndrome Peutz-Jeghers (gene STK11) e na Polipose

Adenomatosa Familiar (gene APC) (BOSMAN; WHO; IARC, 2010; WHIFFIN;

HOULSTON, 2014). Entretanto, essas condições representam menos do que 5% de todos os

casos de CCR (PETERS; BIEN; ZUBAIR, 2015).

A susceptibilidade herdada para o CCR, após a exclusão dos genes de alto risco

conhecidos, sugere que a maior parte desta susceptibilidade provavelmente seja poligênica

com a codominância de variantes genéticas múltiplas, cada uma com um efeito individual

modesto que, quando combinadas, causa uma diversidade de risco na população (WHIFFIN;

HOULSTON, 2014).

A identificação de mais mutações, tanto de baixa quanto de alta penetrância,

contribuem significativamente para o entendimento do processo molecular que ocorre no

câncer, o que facilita as estratégias de prevenção, diagnóstico e o desenvolvimento de alvos

terapêuticos (DE LA CHAPELLE, 2004).

1.4.10. Contribuição étnica

Outro fator relatado como associado com o risco de desenvolver o CCR são os grupos

étnicos populacionais, no qual foi evidenciado através da diferença incidência de CCR na

população afro-americana em relação aos outros grupos étnicos nos EUA (ACS, 2016). A

causa desta diferença epidemiológica não está totalmente esclarecida, e estudos vêm focando

o fator socioeconômico como a principal causa (GUINDALINI et al., 2015; RICHARDS;

REKER, 2002). Entretanto, alguns outros estudos sugerem que isto possa não ser totalmente

verdade (IOANNOU; CHAPKO; DOMINITZ, 2003; SWAN et al., 2003). Um crescente

número de evidências vem dando suporte aos fatores biológicos como um importante papel

nesta discrepância (KUPFER; BURKE, 2014), destacando-se a diferença na susceptibilidade

genética (KUPFER et al., 2010, 2014) entre estes grupos populacionais.

O trabalho de Sameer e colaboradores (2011), os quais realizaram um estudo do tipo

caso-controle na população de Kashmir, região noroeste do Sul da Ásia, associaram o

polimorfismo no CYP2E1 com o risco de desenvolver o CCR (86 casos e 160 controles).

Contudo, Silva e colaboradores (2012) realizaram o mesmo modelo de estudo na população

do estado de São Paulo e não encontraram diferença significativa na frequência do genótipo

entre o grupo caso-controle (131 casos e 206 controles). Essa divergência demonstra o

16

impacto que diversos polimorfismos possuem em diferentes populações étnicas, por

apresentarem frequências e influências genéticas diferentes (CHONG et al., 2014).

Essa teoria é reforçada com os estudos realizados por Cassiano et al. (2015) e Amador

et al. (2016), no qual avaliaram a influência que a ancestralidade genômica tem sobre a

distribuição dos polimorfismos na população miscigenada, mostrando a importância de

investigar a frequência das variantes polimórficas em diferentes regiões da população

brasileira.

1.5. Genes candidatos

Os genes listados na Figura 5 apresentam potencial atividade em vias que contribuem

para o processo de carcinogênese, sendo importante investigar as suas variações genéticas

com o risco de desenvolver o câncer, na resposta ao tratamento e até mesmo no prognóstico,

para melhor entender o processo de patogênese do CCR.

Figura 5 – Potenciais genes que influenciam nas 10 características do câncer (do inglês,

Hallmarkers of cancer). 1 – Sustentável sinalização proliferativa; 2 – Evasão da sinalização

para a supressão tumoral; 3 – Evasão da destruição pelo sistema imune; 4 – Potencial

replicativo ilimitado; 5 – Promoção de processo inflamatório; 6 – Invasão e metástase celular;

7 – Indução da angiogênese; 8 – Instabilidade genômica; 9 – Resistência a sinalização da

apoptose; e 10 – Desregulação energética na célula. Fonte: Hanahan e Weinberg (2011).

Imagem adaptada pelo autor.

17

1.5.1. UCP2

O gene da Proteína Desacoplada a Mitocôndria do tipo 2 (UCP2) [HGNC: 12518,

Entrez Gene: 7351, Ensembl: ENSG00000175567, OMIM: 601693, UniProtKB: P55851] está

localizado na região genômica 11q13.4. As UCP são membros de uma grande família de

proteínas carreadoras de ânions da mitocôndria, facilitando a transferência de ânions tanto do

interior da mitocôndria para o exterior quanto o inverso.

Funcionalmente, este gene vem sendo associado com doenças relacionadas à

obesidade (DE OLIVEIRA et al., 2016; PHEIFFER et al., 2016) e doenças cardiovasculares

(RUBATTU et al., 2015). Ele também está associado no processo de resposta ao estímulo à

hormônios como a insulina (GIRALT; VILLARROYA, 2016; NESSA; RAHMAN;

HUSSAIN, 2016), a hipóxia (VARELA; SCHWARTZ; HORVATH, 2016) e superóxido.

Além disso, o aumento na expressão do UCP2 está associado com diferentes tipos de câncer

(DALLA POZZA et al., 2012; LEE et al., 2005; QIAO et al., 2015), assim como o CCR em

humanos (DERDÁK et al., 2006).

Kuai e Zhang (2010) observaram que o aumento da expressão do UCP2 pode

influenciar na agressividade do tumor e na metástase. Isto se deve ao mecanismo adaptativo

para reduzir a geração de espécie reativa de oxigênio (DERDAK; GARCIA; BAFFY, 2009),

protegendo a célula cancerosa da via apoptótica (FÜLÖP et al., 2006). Em estudo realizado

por Hu e colaboradores (2013) concluiu que mutação na região promotora (rs659366, C/T),

quando associado com o consumo de carne vermelha, pode contribuir para o risco de CCR.

1.5.2. ACE

O gene da Enzima Conversora de Angiotensina do Tipo I (ACE) [HGNC: 2707,

Entrez Gene: 1636, Ensembl: ENSG00000159640, OMIM: 106180, UniProtKB: P12821] está

localizado na região genômica 17q23.3. A sua proteína encontra-se localizada nos lissosomos,

nos endossomos, na membrana plasmática e no espaço extracelular.

A ACE é uma enzima que está envolvida na catálise da conversão da angiotensina I na

sua forma fisiologicamente ativa, angiotensina II, tendo um papel importante no sistema

renina-angiotensina. Este gene está relacionado com a patogênese de diversos cânceres, como

o de pulmão (NACAK et al., 2010), mama (HAIMAN et al., 2003), próstata (YIGIT et al.,

2007), gástrico (SUGIMOTO et al., 2006) e o oral (VAIRAKTARIS et al., 2007). Além

disso, a expressão deste gene pode afetar a proliferação celular do tumor, a migração,

angiogênese e a metástase (RÖCKEN et al., 2005). Estudos epidemiológicos realizados por

18

Vairaktaris e colaboradores (2007) corroboram com estes achados, indicando que a inibição

do ACE pode diminuir o risco do câncer.

Zhou e Lin (2015) realizou um estudo do tipo de meta-análise que avaliou a

susceptibilidade do polimorfismo do tipo inserção e deleção (INDEL) no íntron 16 deste gene

(rs4646994, 247 pb sequência Alu) na população da Grécia, da Alemanha e da China.

Contudo, esse polimorfismo não foi associado com o risco de CCR e sugeriram que mais

estudos devem ser realizados em outros grupos populacionais para confirmar os achados,

além de avaliar a interação entre gene-gene e gene-fatores ambientais.

1.5.3. CASP8

O gene da Caspase 8 (CASP8) [HGNC: 1509, Entrez Gene: 841, Ensembl:

ENSG00000064012, OMIM: 601763, UniProtKB: Q14790] está localizado na região

genômica 2q33.1. A sua proteína encontra-se localizada no citoplasma, no interior do núcleo e

da mitocôndria. A CASP8 é membro da família de protease de cisteina e ácido aspártico e está

envolvida no processo de morte celular induzida por Fas e outros estímulos apoptótico.

Funcionalmente, diversas doenças, como o câncer, estão associadas com este gene. A

INDEL de 6 pb na região promotora (rs3834129) impossibilita a ligação com uma proteína

estimuladora e reduz a expressão da CASP8, resultando na diminuição da reatividade dos

linfócitos T a apoptose, após a estimulação por células cancerosas (SUN et al., 2007). Por

isso, é biologicamente razoável supor uma relação de potencial entre este polimorfismo e o

câncer (PENG et al., 2014).

Peng et al. (2014) realizou um estudo do tipo meta-análise na população da Grécia, da

China e do Reino Unido, em que avaliou a associação do INDEL rs3834129 com a

susceptibilidade ao CCR. Eles observaram que a deleção nesta região pode ter um papel

protetor na susceptibilidade da população asiática.

No entanto, os resultados deste estudo são inconsistentes com o que foi reportado no

estudo do tipo caso-controle por Theodoropoulos e colaboradores (2011), na Grécia (402

casos e 480 controle), e por Pittman e colaboradores (2008), no Reino Unido (4016 casos e

3749 controles). Esses resultados sugerem que este polimorfismo, quando combinado com

fatores dietéticos, pode estar associado com o desenvolvimento de CRC (WU et al., 2013).

19

1.5.4. XRCC1

O gene da Proteína de Reparo de Complemento Cruzado do Tipo 1 (XRCC1) [HGNC:

12828, Entrez Gene: 7515, Ensembl: ENSG00000073050, OMIM: 194360, UniProtKB:

P18887] está localizado na região genômica 19q13.2. A sua proteína encontra-se localizada

no interior do núcleo.

O XRCC1 está envolvido na eficiência do reparo do DNA quebrado em fita simples

pela exposição dos íons de radiação e agentes alquilantes. Essa proteína interage com a DNA

ligase III, polimerase beta e outras polimerase para participar no processo de reparo. Sua

ativação ocorre durante o processo de meiose e de recombinação nas células germinativas.

Em células de mamíferos, quatro diferentes mecanismos de reparo do DNA têm sido

identificados: reparo por excisão de bases, reparo por excisão de nucleotídeos, reparo de

incompatibilidade (do inglês, mismatch) e reparo para reversão de danos/rupturas na fita dupla

(CHRISTMANN et al., 2003; YU et al., 1999). Todas estas vias são estritamente reguladas

para a manutenção da integridade do genoma e modular a capacidade do reparo na resposta ao

dano no DNA (NACCARATI et al., 2007).

Mutações neste gene podem prejudicar na eficiência da atividade de reparo do DNA

(SIEWCHAISAKUL et al., 2016), resultando no aumento da instabilidade genética (DE

BOER, 2002) e no aumento da susceptibilidade ao CCR quando associado com fatores

ambientais (HUANG et al., 2015).

1.5.5. TYMS

O gene Timidilato Sintase (TYMS) [HGNC: 12441, Entrez Gene: 7298, Ensembl:

ENSG00000176890, OMIM: 188350 e UniProtKB: P04818] está localizado na região

genômica 18p11.32. A sua proteína encontra-se localizada em toda a célula, concentrando-se

no núcleo e na mitocôndria. Esta enzima tem um papel chave no metabolismo do ácido fólico

e catalisa o metabolismo do desoxiuridina à timina, usando o 5,10-metilenotetrahidrofolato

como cofator. Esta função mantém o monofosfato de timidina-5-prime (dTMP) numa

concentração crítica para a replicação e reparo do DNA (ZHOU et al., 2012).

O aumento da expressão do TYMS induz a transformação de células a um fenótipo

maligno, em cultura in vitro (RAHMAN et al., 2004). Além disso, polimorfismos funcionais

neste gene pode afetar a resposta do paciente a monoterapia com Fluoracil (CASTILLO-

FERNÁNDEZ et al., 2010).

20

Zhou e colaboradores (2012) realizou uma revisão sistemática para avaliar a

associação entre dois polimorfismos no TYMS com o risco de ter câncer (rs151264360 e

rs183205964). Eles observaram que 2 Repetição de 28 bp (VNTR, rs183205964) na região 5'-

UTR possa estar associada com o aumento do risco de câncer gastresofágico na população

asiática, e pode promover um efeito protetor contra o CCR na população caucasiana. Eles

também observaram que a inserção de 6 pb (rs151264360) na região 3'-UTR pode estar

associada com a susceptibilidade no câncer de mama nos Asiáticos (ZHOU et al., 2012).

Na meta-análise realizada por Wang e colaboradores (2014) destes mesmos

polimorfismos na susceptibilidade ao CCR, foi evidenciado que, no geral, estas variações

polimórficas não tinham associação com o CCR. Entretanto, quando estratificado por grupos

étnicos, foi encontrado associação apenas para o rs183205964 na população caucasiana

(WANG et al., 2014c).

1.5.6. SGSM3

O gene da Pequena Proteína G Moduladora de Sinalização do Tipo 3 (SGSM3)

[HGNC: 25228, Entrez Gene: 27352, Ensembl: ENSG00000100359, OMIM: 610440,

UniProtKB: Q96HU1] está localizado na região genômica 22q13.1. A sua proteína encontra-

se localizada no citoplasma celular.

O SGSM3 está envolvido na atividade GTPase e tem o papel de suprimir o

crescimento celular mediado por NF2 (Merlin), componente chave da via de sinalização da

Hippo. A via de sinalização Hippo está envolvida em restringir a proliferação celular e

promover a apoptose.

Como muitos cânceres são marcados pela divisão celular não controlada, esta via de

sinalização tornou-se cada vez mais importante no estudo do câncer (HALDER; JOHNSON,

2011; HARVEY; TAPON, 2007; PAN, 2010). Todavia, até o presente momento, este gene foi

associado com o câncer hepático (WANG et al., 2014b) e o de mama

(NOURASHRAFEDDIN et al., 2015; TAN; ZHANG; SUN, 2016), não há estudos de

associação com o CCR.

1.5.7. HLAG

O gene do Complexo de Histocompatibilidade Marjoritária de Classe I do Tipo G

(HLAG) [HGNC: 4964, Entrez Gene: 3135, Ensembl: ENSG00000204632, OMIM: 142871,

21

UniProtKB: P17693] está localizado na região genômica 6p22.1. A sua proteína encontra-se

localizada no endossomo, no aparelho de golgi e no retículo endoplasmático.

O HLAG, assim como os outros HLA de classe I, é um heterodímero que contém uma

cadeia pesada e uma cadeia leve (microglobulina beta-2). A cadeia pesada está ancorada na

membrana plasmática.

Nove alterações situadas em regiões que afetam a degradação, a estabilidade e o

splicing do mRNA (HVIID et al., 2003; LARSEN; HVIID, 2009); e três destas variantes

genéticas estão associados com a regulação transcricional e pós-transcricional do HLAG

(CASTELLI et al., 2014; PORTO et al., 2015). Em particular, a INDEL de 14 pb na posição

+2960 (rs371194629) influencia na estabilidade do mRNA e é a mais estudada (GARZIERA

et al., 2015). A deleção de 14 pb promove uma maior estabilidade no mRNA, causando uma

maior expressão da proteína (HVIID et al., 2003).

Sugere-se que as células tumorais podem escapar ao reconhecimento do sistema

imunológico pela expressão do gene HLAG, o que explica o porquê que a expressão desta

molécula está associada com um mau prognóstico do paciente com CCR (GARZIERA;

TOFFOLI, 2014; GARZIERA et al., 2015; GUO et al., 2015; YE et al., 2007; ZEESTRATEN

et al., 2014) e têm sido reportado que polimorfismos neste gene também podem afetar na

susceptibilidade ao câncer hepático, de mama, de tireoide, dentre outros (DIAS et al., 2015).

Entretanto, ainda não há estudos no contexto do CCR (DIAS et al., 2015).

1.5.8. IL1A

O gene da Interleucina 1 Alfa (IL1A) [HGNC: 5991, Entrez Gene: 3552, Ensembl:

ENSG00000115008, OMIM: 147760, UniProtKB: P01583] está localizado na região

genômica 2q14.1. A sua proteína localiza-se no citoplasma e no espaço extracelular.

A IL1A é uma citocina pleiotropica envolvida em várias respostas imunes, no

processo inflamatório e na hematopoese. Essa citocina é produzida pelos monócitos e

macrófagos, sendo liberada durante uma resposta à injúria celular e então induzindo a

apoptose. Além disso, a inflamação crônica causada pelo aumento da expressão do IL1A pode

induzir a divisão celular, aumentando a possibilidade de erros na replicação, de um reparo

ineficaz no DNA e uma subsequente mutação no genoma (GAO et al., 2009; TRABERT et

al., 2014).

Estudos têm mostrado que polimorfismos na região 3'-UTR pode alterar a regulação

pós-transcricional deste gene, influenciando no risco de desenvolver câncer (CHIN et al.,

22

2008; GAO et al., 2009; JAZDZEWSKI et al., 2008; LANDI et al., 2008, 2011; LI et al.,

2013). Diversos grupos vêm investigando a relação entre o INDEL de 4 pb na região 3'-UTR

(rs3783553) no câncer hepático (DU et al., 2014; WANG et al., 2014a), no câncer

nasofaríngea (YANG et al., 2011), no câncer gástrico (ZENG; LI; LI, 2014), no câncer

tireoidiano papilífero (GAO et al., 2014), no câncer cervical (PU et al., 2014), no câncer

epitélio ovariano (ZHANG et al., 2014) e CCR (YAN et al., 2015).

Yang e colaboradores (2015) foi o primeiro estudo que avaliou o efeito do INDEL de

4 pb na região 3'-UTR (rs3783553) no CCR. Eles realizaram um estudo do tipo caso-controle

(339 casos e 313 controles) em descendentes da população Han Chinesa. Entretanto, não

observaram diferença significativa entre o grupo caso e controle, enquanto que os outros

estudos que fizeram a associação do mesmo polimorfismo em outros cânceres observaram

que o homozigoto para inserção possui menos risco de desenvolver câncer. Estes achados

sugerem que o efeito do rs3783553 pode variar de acordo com o tipo de câncer (YAN et al.,

2015) e grupo étnico.

1.5.9. IL4

O gene da Interleucina 4 (IL4) [HGNC: 6014, Entrez Gene: 3565, Ensembl:

ENSG00000113520, OMIM: 147780, UniProtKB: P05112] está localizado na região

genômica 5q31.1. A sua proteína encontra-se localizada no espaço extracelular.

O IL4 é uma proeminente citocina antiinflamatória da resposta Th2 do sistema imune;

e a expressão desta citocina está aumentada nos eventos iniciais do desenvolvimento do CCR,

incluindo pólipos hiperplásicos, adenomas e adenomas serrilhados (MARSZAŁEK et al.,

2012).

O efeito que o IL4 pode estar favorecendo a proliferação celular do CCR foi

confirmado através da exposição de diversas linhagens celulares desta neoplasia em elevadas

concentrações de IL4, e, ao inibir a atividade do IL4 através de anticorpos, a proliferação

celular é inibida (KOLLER et al., 2010). Acredita-se que isso possa servir como mecanismo

de escape da resposta imune, a fim de promover a progressão do tumor (VOLONTÉ et al.,

2014).

A repetição de 70 pb (rs79071878) no íntron 3 pode influenciar na produção de sua

respectiva citocina, e tem sido associado com o câncer gástrico (BHAYAL et al., 2015) e

outras doenças inflamatórias (ANOVAZZI et al., 2010; CABANTOUS et al., 2009).

23

Entretanto, este é o primeiro estudo que indica uma associação entre o polimorfismo

rs79071878 e o risco de desenvolver CCR.

1.5.10. NFKB1

O gene Fator Nuclear Kappa B (NFKB1) [HGNC: 7794, Entrez Gene: 4790, Ensembl:

ENSG00000109320, OMIM: 164011, UniProtKB: P19838] está localizado no 4q24 e sua

proteína concentra-se no interior do núcleo, mas também pode ser encontrado no citoplasma

celular.

O NFKB é um regulador transcricional que é ativado por vários estímulos intra e

extracelulares, como as citocinas, radicais oxidantes livres, irradiação por ultravioleta e

produtos de bactérias e vírus. Quando ativado, o NFKB1 se transloca do citoplasma para o

núcleo e interage a sítios κB do DNA para regular a transcrição de genes relacionados com a

proliferação celular, diferenciação e apoptose (CERHAN et al., 2008; CHEN et al., 1999).

A ativação inapropriada do NFKB1 tem sido associada com diversas doenças

inflamatórias e resistência a sinais de apoptose (HUANG et al., 2005), enquanto que sua

persistente inibição pode levar ao desenvolvimento de células imunes inapropriadas ou no

atraso do desenvolvimento celular.

A deleção de 4 pb na região promotora do gene NFKB1 (rs28362491) foi associada

com a diminuição da transcrição do gene e com o aumento do risco de CCR entre a população

da Suécia (KARBAN et al., 2004) e da Malásia (MOHD SUZAIRI et al., 2013), mas não na

população Chinesa (LEWANDER et al., 2007).

Andersen e colaboradores (2010) avaliaram o efeito desta INDEL no risco de CCR e

investigaram a possível interação com o estilo de vida da população da Dinamarca (378 casos

e 756 controles). Nesse estudo, os pesquisadores observaram que indivíduos que são

portadores desta variante alélica, quando expostos a carne vermelha e processada, eram mais

susceptíveis ao CCR do que homozigotos para a inserção (ANDERSEN et al., 2010).

Entretanto, Kopp et al. (2015) não encontraram fortes associações na interação deste

polimorfismo com a dieta e o estilo de vida (915 casos e 1719 controles).

1.5.11 MDM2

O Gene da Oncoproteína MDM2 (MDM2) [HGNC: 6973, Entrez Gene: 4193,

Ensembl: ENSG00000135679, OMIM: 164785, UniProtKB: Q00987] está localizado na

24

região genômica 12q15. A sua proteína encontra-se concentrada, principalmente, no interior

do núcleo, podendo ser localizada no citoplasma celular.

O MDM2 é uma fosfoproteína nuclear que liga e inibe a ativação da proteína TP53,

como parte de um feedback negativo autoregulatório (HONDA; TANAKA; YASUDA, 1997;

JONES et al., 1995; LÉVEILLARD et al., 1998). O aumento da expressão do MDM2 pode

resultar em uma inativação excessiva da proteína TP53, diminuindo a função de suprimir o

tumor, afetando o ciclo celular e a apoptose (BROOKS; GU, 2006), além de estar fortemente

associado com o risco de CCR (BI et al., 2016).

Polimorfismos na região promotora (rs2279744, G/T) impacta significativamente

sobre o processo de carcinogênese, através da atenuação da função da p53 em estudos de

modelo animal (POST et al., 2010) e em humanos (BOND et al., 2004).

Além disso, a deleção de 40 pb na região promotora (rs3730485, INDEL) tem sido

associada com uma diminuição da transcrição do MDM2 em linhagens celulares (LALONDE

et al., 2012); e desequilíbrio de ligação desta INDEL é maior do que do rs2279744 (HU et al.,

2006). Alguns pequenos estudos tem avaliado o potencial efeito desta deleção com a

susceptibilidade ao câncer e foi reportado que esta mutação pode estar associada com o

aumento do risco de CCR (GANSMO et al., 2016), bem como de outros tipos de cânceres,

incluindo o hepático (DONG et al., 2012), de pulmão (HU et al., 2006), mama (MA et al.,

2006), ovário (KANG et al., 2009) e esôfago (MA et al., 2012) na população chinesa.

1.5.12. TP53

O gene da Supressor de Tumor p53 (TP53) [HGNC: 11998, Entrez Gene: 7157,

Ensembl: ENSG00000141510, OMIM: 191170, UniProtKB: P04637] está localizado na

região genômica 17q13.1. A sua proteína encontra-se localizada no citoplasma, no interior do

núcleo e na mitocôndria.

A TP53 responde a diversos estresses celulares para regular genes alvos que induzem

o ciclo celular, a apoptose, a senescência, o reparo do DNA e a mudanças do metabolismo

celular (MCLURE; TAKAGI; KASTAN, 2004; RILEY et al., 2008). A expressão da TP53 se

encontra aumentada em diversas linhas celulares transformadas, em relação a células normais,

o que leva a acreditar que está envolvido no processo de diferenciação celular e de

malignidade no câncer (BROSH; ROTTER, 2009; SUN et al., 2016).

Aproximadamente 100 variantes genéticas têm sido identificados na TP53 (listadas no

http://p53.iarc.fr) (GARRITANO et al., 2010), muitas das quais mostram uma variação na

25

frequência de acordo com a população e região geográfica. Existe evidência que rs17878362

pode influenciar a expressão da TP53 (GEMIGNANI et al., 2004) e no splicing alternativo do

mRNA deste gene (MARCEL et al., 2011).

O polimorfismo intrônico mais comum neste gene é a INDEL de 16 pb no intron 3

(rs17878362) (STACEY et al., 2011), tendo sido associado com o risco de desenvolver CCR

(GEMIGNANI et al., 2004; PERFUMO et al., 2006) e o câncer de mama (COSTA et al.,

2008; WANG-GOHRKE et al., 2002). Contudo, seus efeitos na susceptibilidade ao câncer

aparentam ser inconsistentes entre os estudos (HU et al., 2010a; LU et al., 2011; STACEY et

al., 2011; WHIBLEY; PHAROAH; HOLLSTEIN, 2009).

1.5.13. CYP2E1

O gene do Citocromo P450, Subfamília II E1 (CYP2E1) [HGNC: 2631, Entrez Gene:

1571, Ensembl: ENSG00000130649, OMIM: 124040, UniProtKB: P05181] está localizado

na região genômica 10q26.3. A sua proteína encontra-se localizada no retículo

endoplasmático. O CYP2E1 é uma monoxigenase que catalisa muitas reações envolvidas no

metabolismo de fármacos e síntese de colesterol, esteroides e N-nitrosaminas.

Polimorfismos que comprometem a atividade deste gene têm sido associados com o

processo de carcinogênese do CCR, principalmente quando ocorre próximo a região

promotora 5’-UTR (JIANG et al., 2013; NEAFSEY et al., 2009; POHL; SCINICARIELLO,

2011), especialmente a inserção de 96 pb (JIANG et al., 2013; QIAN et al., 2013). Porém, um

estudo do tipo caso-controle realizado no Brasil (131 casos e 206 controles) não observou

associação entre o INDEL de 96 pb com o aumento no risco de CCR (SILVA et al., 2012).

1.5.14. CYP19A1

O gene da Citocromo P450, Subfamília XIXA1 (CYP19A1) [HGNC: 2594, Entrez

Gene: 1588, Ensembl: ENSG00000137869, OMIM: 107910, UniProtKB: P11511] está

localizado na região genômica 15q21.2. A sua proteína encontra-se localizada no retículo

endoplasmático. A aromatase (CYP19A1) é uma monoxigenase que catalisa muitas reações

envolvidas no metabolismo de fármacos e síntese de colesterol e outros lipídeos. Além disso,

é a principal enzima na metabolização do estrogênio a estradiol (SATO et al., 2012), um dos

fatores que pode estar associado ao processo de carcinogênese (CHETRITE et al., 2000).

Mutações neste gene afetam a atividade da aromatase, o que pode refletir no

metabolismo do estradiol e, consequentemente, vem sendo associado com o processo de

26

carcinogênese (CHETRITE et al., 2000; SATO et al., 2012) e na sobrevida do paciente

(SLATTERY et al., 2011). Lin e colaboradores (2010) observaram, no estudo do tipo caso-

controle (158 casos e 563 controle), que um polimorfismo no CYP19A1 está associado com o

risco de CCR.

1.5.15. UGT1A1

O gene UDP Glucuronosiltransferase 1A1 (UGT1A1) [HGNC: 12530, Entrez Gene:

54658, Ensembl: ENSG00000241635, OMIM: 191740, UniProtKB: P22309] está localizado

na região genômica 2q37.1. A sua proteína encontra-se localizada no retículo endoplasmático.

O UGT1A1 é uma glucuronidase que transforma pequenas moléculas de lipídeos, como o

estrogênio, aminas heterocíclicas e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, em metabólitos

mais hidrossolúveis.

A presença de alguns polimorfismos neste gene já foi associada com o risco de

desenvolver CCR (TANG et al., 2005; VAN DER LOGT et al., 2004), sugerindo que

alterações genéticas no UGT1A1 podem modificar o metabolismo de alguns compostos

carcinogênicos (GIRARD et al., 2008). Além disso, alteração na expressão deste gene pode

levar a citoxicidade severa induzida pela fluoropirimidina (OTA et al., 2009), como o

fluorouracil (5-FU).

1.6. Variações genéticas do tipo inserção-deleção

O genoma humano contém um grande número de variações genéticas (IONITA-LAZA

et al., 2009; LANDER et al., 2001), como as inserções/deleções de um ou mais nucleotídeos

(INDEL), a variação no número de cópias (CNV, do inglês Copy-Number Variation) que

pode envolver uma sequência de DNA e polimorfismos em um único nucleotídeo (SNP, do

inglês Single Nucleotide Polymorphism), que é a substituição de um nucleotídeo na sequência

do DNA.

Os SNPs são as variações genéticas mais comuns e em estudos genéticos, podem ser

usados tanto como marcador genético quanto como fator genético funcional, além de afetar a

função do gene ou a expressão (SAVAS; LIU, 2009). Entretanto, estes SNPs não

necessariamente afetam as funções biológicas do organismo (SAVAS; LIU, 2009).

A segunda classe de variações genéticas mais comuns no genoma humano são as

INDELs, que resultam na alteração da sequência dos aminoácidos (do inglês, frameshit), e

quando presentes na região codificante, podem afetar a função da proteína e/ou a sua estrutura

27

(KHURANA et al., 2016; LIU et al., 2016). A presença desta variação genética pode também

impactar na regulação do gene, quando presente na região não-codificante (KHURANA et al.,

2016) (Tabela 3). Além disso, até o presente momento, um quarto de todas as doenças

Mendelianas estão associadas com INDELs (STENSON et al., 2003). Entretanto, sabemos

relativamente pouco sobre o impacto do INDEL sobre a biologia humana e na doença

(MILLS et al., 2011), especialmente na população miscigenada do Brasil. Assim, o

entendimento das INDELs é importante para determinar o perfil genético das variações

genômicas (MILLS et al., 2011) e detecção de mutações (BALL et al., 2005; IENGAR,

2012).

28

Tabela 3 – Potencial efeito biológico de mutações em diferentes regiões do gene.

Localização

genética Potencial efeito biológico

Biologia por trás do efeito da

mutação

Região Promotora Altera a expressão do gene Altera a regulação do gene, como o

sítio de ligação do fator de

transcrição

5'-UTR Altera a expressão do gene e a

tradução proteica

Altera a regulação do gene, como a

estrutura cap

3'-UTR Altera a expressão do gene e a

estabilidade do mRNA

Altera a regulação do gene, como

modificar sítios de ligação dos

microRNAs

Exón codificante Altera a função da proteína e a

estrutura

Altera a sequência de aminoácidos

da proteína

Altera a estabilidade do mRNA e

a função da proteína

Altera a sequência do mRNA

Altera a sequência da região

codificante e a sequência de

aminoácidos da proteína

Sítio de splice Altera o splice do mRNA, a

estabilidade o mRNA e a função

da proteína

Altera a sequência do sítio de splice

consenso

Fonte: SAVAS e LIU (2009)

Tendo em vista que poucos estudos avaliam o efeito das INDELs no risco de CCR na

população miscigenada, bem como a população Brasileira, faz-se importante avaliar se as

mutações listadas na Tabela 4 afetam no risco de CCR. Isso poderá ser útil no diagnóstico na

prática clínica, possibilitando um melhor prognóstico aos pacientes.

29

Tabela 4 – Lista das inserções-deleções analisadas no presente estudo e o local no gene

em que ela ocorre.

Gene dbSNP ID Variação pb Região

ACE rs4646994 289 Intron 16

CASP8 rs3834129 6 Promotora

SGSM3 rs56228771 4 3'-UTR

CYP2E1 - 96 Flanqueada a 5'-UTR

CYP19A1 rs11575899 3 Intron 4

HLAG rs371194629 14 3'-UTR

IL1A rs3783553 4 3'-UTR

IL4 rs79071878 70 Intron 3

MDM2 rs3730485 40 Promotora

NFKB1 rs28362491 4 Promotora

TP53 rs17878362 16 Intron 3

TP53 rs17880560 6 Flanqueada a 3'-UTR

TYMS rs151264360 6 3'-UTR

UCP2 - 45 3'-UTR

UGT1A1 rs8175347 2 3'-UTR

XRCC1 rs3213239 4 Flanqueada a 5'-UTR

dbSNP ID = Código de registro da variação genotípica; pb = Pares de base.

30

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo principal

Determinar a associação de 16 INDEL, em genes envolvidos no processo de

carcinogênese, com o risco de desenvolver CCR na população do Rio Grande do Norte

(Região Nordeste do Brasil).

2.2. Objetivos específicos

Determinar a frequência alélica e genotípica dos polimorfismos investigados no

grupo caso e controle;

Estimar o perfil de ancestralidade dos indivíduos investigados por um painel

previamente desenvolvido com marcadores autossômicos;

Estimar o risco da variação alélica no diagnóstico de câncer colorretal.

31

3. METODOLOGIA

3.1. Comitê de Ética em Pesquisa

O presente projeto seguiu as diretrizes regulamentadas da pesquisa envolvendo seres

humanos que constam na resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 196/96 e nº340/04 e

foi executado após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Liga Norte-Riograndense

Contra o Câncer (CEP-LIGA), Anexo A.

Os indivíduos selecionados foram informados sobre o protocolo de estudo e somente

participaram aqueles que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e

responderam a um questionário (Apêndice A). As informações clínicas dos participantes do

grupo caso foram obtidas através do preenchimento de uma ficha (Apêndice B), através de

consultas ao prontuário.

3.2. Casuística

O presente estudo é do tipo caso-controle. Os participantes do grupo caso (n = 140)

foram diagnosticados com CCR e tratados na Liga Norte Riograndense Contra o Câncer (Rio

Grande do Norte - Natal). Eles foram recrutados entre os anos de 2012 e 2014. O grupo

controle (n = 140) é composto por doadores de sangue do serviço de hemoterapia (Hemovida,

Rio Grande do Norte - Natal) que não tiveram diagnóstico de câncer prévio. Eles foram

recrutados no ano de 2014.

3.3. Critérios de inclusão e exclusão

O grupo caso do estudo foi composto por indivíduos de ambos os sexos, com a idade

superior a 18 anos, com diagnóstico de CCR confirmado por biópsia. Foi excluído do estudo

indivíduos com diagnóstico prévio de qualquer outro tipo de neoplasia confirmado por

biópsia.

O grupo controle foi constituído por doadores de sangue que se autodeclararam livre

de câncer prévio, de ambos os sexos e idade acima de 18 anos. Foram excluídos do estudo

indivíduos que possuíam qualquer histórico pessoal de neoplasia.

3.4. Coletas das amostras

De todos os indivíduos selecionados para o estudo, foi coletado amostras de sangue

periférico (5 mL), utilizando sistema de coleta a vácuo em tubo com EDTA (1mg/mL de

32

sangue). As amostras obtidas do grupo caso foram coletadas no ambulatório da Liga Norte-

Riograndense Contra o Câncer e as amostras obtidas do grupo controle foram coletadas de

doadores de sangue do Hemovida.

3.5. Extração de DNA

A partir do sangue total conservado em EDTA, foi realizado o isolamento do material

genético utilizando o conjunto de reagente de extração de DNA QIAamp DNA Blood

(Qiagen), seguindo as orientações do fabricante. O processo de extração do DNA foi realizado

no Laboratório de Biologia Molecular (LABIOMOL) do Departamento de Análises Clínicas e

Toxicológicas, Faculdade de Farmácia - UFRN.

3.6. Avaliação da qualidade do DNA extraído

A quantificação do DNA obtido foi determinada por meio do fluorímetro Qubit® 2.0

Fluorometer (Invitrogen, Carlsbad, EUA), a fim de se avaliar a concentração de ácidos

nucleicos não degradados.

A avaliação do grau de pureza foi feita através da relação 260/280 e 260/230, obtidos

por meio da absorbância do material genético (260 nm), da absorbância das proteínas (280

nm) e dos eventuais resíduos de solventes orgânicos que podem interferir na amplificação do

material genético (230 nm). Esses valores foram obtidos pelo equipamento NanoVue Plus™

UV/Visible Spectrophotometer (GE Healthcare Limited, Little Chalfont, UK).

A integridade do DNA foi avaliada através da análise de eletroforese em gel de

agarose a 0,8%, a 100 volts, 60 mA, no período de 20 minutos. O revelador utilizado foi o

GelRed™ Nucleic Acid Gel Stain, 10,000X in DMSO (Biotium Inc., Hayward, CA). A

análise da qualidade foi realizada no Laboratório de Biologia Molecular (LABIOMOL) do

Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, Faculdade de Farmácia - UFRN.

3.7. Variáveis coletadas

As variáveis coletadas com a finalidade de descrição da amostra foram as abaixo

indicadas.

a) Variáveis demográficas e clínicas:

- Idade: agrupada em duas categorias (maior que 45 anos e menor ou igual a 45 anos).

Obtido com base na idade que o indivíduo possuía na data do diagnóstico.

- Gênero: masculino ou feminino.

33

- Etilismo: eventualmente, frequentemente ou nunca. Obtido por autodeclaração em

questionário.

- Tabagismo: atualmente, parou ou nunca. Obtido por autodeclaração em questionário.

- Atividade física: sim ou não. Obtido por autodeclaração em questionário.

- Localização do tumor: cólon ou retossigmóide. Definida pela descrição dos exames

de colonoscopia e anatomopatológico presente no prontuário médico. Considera-se reto o

segmento até 12 cm da margem anal.

- Recidivas: sim ou não. Definida pela descrição dos exames de colonoscopia e

anatomopatológico presente no prontuário médico. Considera-se recidiva como o

reaparecimento do tumor confirmado por métodos de diagnóstico por imagem, sendo local ou

não.

- Óbito: sim ou não. Definida pela descrição presente no prontuário médico.

b) Variáveis anatomopatológicas:

- Estadiamento TNM: utilizou-se a classificação TNM com base nos dados obtidos dos

laudos anatomopatológicos arquivados nos prontuários médicos. A classificação foi feita de

acordo com a última edição do TNM, proposta pelo American Joint Committe on Cancer

(AJCC). Para fins de análise estatística, optamos por agrupar cada componente que compõe o

Estadiamento TNM em duas categorias. T: T1-T2, T2-T3 e Tx; N: N0, N1-N2 e Nx; M: M0,

M1. O estádio do tumor foi agrupado em quatro categorias: Estádio I; Estádio II; Estádio III e

Estádio IV.

- Grau de diferenciação: utilizou-se a classificação padronizada no Departamento de

Anatomia Patológica da Liga Norte-Riograndense Câncer, que segue a classificação

preconizada por Broders (1925), adaptada para 4 categorias. Grau 1 - Bem diferenciado; Grau

2 - Moderadamente diferenciado, Grau 3 - Pouco diferenciado; Grau 4 - Indiferenciada. Para

fins de análise estatística, optamos por agrupar os graus 1,2 e 3,4 em duas categorias. Essa

variável foi obtida a partir da descrição dos laudos anatomopatológicos arquivados nos

prontuários médicos.

3.8. Genotipagem dos polimorfismos

A genotipagem das amostras foi realizada utilizando a técnica de PCR Multiplex para

amplificar os 16 marcadores (Tabela 5) investigados simultaneamente.

34

Tabela 5 – Lista dos polimorfismos analisados neste estudo, o seu dbSNP, conjunto de

iniciadores e tamanho do produto de PCR formado.

Gene [Var. pb] dbSNP Sequência dos iniciadores (5'...3') Tam. do prod.

ACE [289] rs4646994 F – ATCCTGTAAGCCACTGCTGGA 94–382 pb

R – GGCGAAACCACATAAAAGTGA

CASP8 [6] rs3834129 F – CTCTTCAATGCTTCCTTGAGGT 249–255 pb

R– TGCATGCCAGGAGCTAAGTAT

SGSM3 [4] rs56228771 F – CTAGTAGGCTCCTGGCCTCTTT 117–121 pb

R– CAGAACCTTGGACCTGAATAC

CYP2E1 [96] - F– GTCCCAATACAGTCACCTCTTT 397–493 pb

R– GGCTTTTATTTGTTTTGCATCTG

CYP19A1 [3] rs11575899 F– TGCATGAGAAAGGCATCATATT 122–125 pb

R– AGGCACATTCATAGACAAAAA

HLAG [14] rs371194629 F– TGTTTAAAGTGTCACCCCTCAC 192–206 pb

R – CAGTTCAGCATGAGGAAGAGG

IL1A [4] rs3783553 F – TGGTCCAAGTTGTGCTTATCC 230–234 pb

R – ACAGTGGTCTCATGGTTGTCA

IL4 [70] rs79071878 F – GGGTCAGTCTGGCTACTGTGT 217–287 pb

R – AAATCTGTTCACCTCAACTGC

MDM2 [40] rs3730485 F – GGAAGTTTCCTTTCTGGTAGGC 192–232 pb

R – TTTGATGCGGTCTCATAAATTG

NFKB1 [4] rs28362491 F – ATGGACCGCATGACTCTATCA 366–370 pb

R – GGCTCTGGCATCCTAGCAG

TP53 [16] rs17878362 F – GGGACTGACTTTCTGCTCTTGT 148–164 pb

R– GGACTGTAGATGGGTGAAAAG

TP53 [6] rs17880560 F – TCCATTCATAACTCAGGAACCA 135–141 pb

R – TTAAATCCCGTAATCCTTGGTG

TYMS [6] rs151264360*/

rs16430

F– TCCAAACCAGAATACAGCACA 213–219 pb

R– TCAAATCTGAGGGAGCTGAGT

UCP2 [45] - F – CCCACACTGTCAAATGTCAACT 119–164 pb

R – CCATGCTTTCCTTTTCTTCCT

UGT1A1 [2] rs8175347 F – CTCTGAAAGTGAACTCCCTGCT 135–137 pb

R – AGAGGTTCGCCCTCTCCTAT

XRCC1 [4] rs3213239 F– AACCAGAATCCAAAAGTGACC 243–247 pb

R– GGGAAGAGAGAGAAGGAGAG

dbSNP = Registro da variação genética; Var. pb = Número de pares de bases que varia entre o

genótipo da inserção ou deleção. Tam. do Prod. = Tamanho do produto de amplificação; F =

Forward; R = Reverse; * = Registro atualizado da Inserção-Deleção, de acordo com o 1000

Genome.

A amplificação foi realizada no termocilador ABI Verity (Life Technologies, Foster

City, CA, USA). O assay de genotipagem da PCR utilizado foi o QIAGEN Multiplex-PCR kit

(QIAGEN), de acordo com a instrução do fabricante. As amostras foram incubadas a 95ºC

35

por 15 min, seguidos por 35 ciclos de 94ºC por 45 s, 60ºC por 90 s e 72ºC por 1 min, com a

extensão final de 70ºC por 30 min.

A análise do fragmento do produto da PCR foi realizada utilizando a técnica de

eletroforese por capilaridade, 1,0 μL do produto da PCR foi adicionado a 8,5 μL de

formamida altamente deionizada (HI-DI Formamide, Life Technologies) e 0,5 μL de

GeneScan 500 LIZ size standard (Life Technologies). Os fragmentos do DNA foram

separados utilizando o analisador genético ABI PRISM 3130 (Life Technologies) e analisado

utilizando o GeneMapper ID v.3.2 software (Life Technologies).

3.9. Análise da ancestralidade relativa por marcadores autossômicos

A ancestralidade relativa por marcadores autossômicos foi realizada de acordo com o

método descrito por Santos e colaboradores (2010), utilizando 48 marcadores autossômicos

informativo da ancestralidade (AIM, do inglês Ancestry Informative Markers) padronizados e

validados.

Os marcadores foram selecionados empregando duas principais características:

diferença significante na frequência alélica entre a população Africana, Europeia e/ou

Ameríndia (≥ 40%); e localizados em diferentes cromossomos; ou em regiões físicas

distantes, quando no mesmo cromossomo (SANTOS et al., 2010).

A estimação da ancestralidade parental das amostras foi realizada considerando três

populações parentais que foi avaliada por Santos e colaboradores (2010): Africana (da

Angola, República de Moçambique, República Democrática do Congo, República dos

Camerões e a Costa do Marfim), Europeia (principalmente Portugueses) e Nativos

Americanos (indivíduos de tribo indígenas da região Amazônica do Brasil).

A reação da PCR foi realizada utilizando o sistema multiplex, cada uma das reações

contém 16 pares de iniciadores fluorescentes. O produto de amplificação foi analisado por

eletroforese, utilizando o sequenciador automático ABI Prism 3130 sequencer e o

GeneMapper ID v.3.2 software. A sequência dos iniciadores, as condições de ciclagem da

PCR e as condições da eletroforese por capilaridade foi descrito por Santos e colaboradores

(2010). A proporção individual dos ancestrais genéticos foi estimada utilizando o

STRUCTURE v.2.3.3 software, assumindo a população Europeia, Africana e Ameríndia

como as ancestrais.

36

3.10. Análise estatística

Todas as análises estatísticas e gráficas foram realizadas utilizando o R package

v.3.1.2 (R DEVELOPMENT CORE TEAM, 2015). A comparação entre os participantes do

grupo caso e controle em relação às variáveis categóricas foram testadas utilizando o teste de

Qui-quadrado. As comparações feitas com variáveis contínuas foram realizadas utilizando o

teste não paramétrico de Mann-Whitney.

A análise de regressão logística foi realizada utilizando o SNPassoc package v.1.9-2,

para estimar a forma de associação entre cada variação genética e o CCR. O modelo genético

adotado para a análise foi o Modelo Aditivo, pois permite verificar a relação entre o alelo e o

risco de ter CCR, sem considerar nenhum tipo de dominância ou recessividade. Todos os

testes estatísticos foram baseados na probabilidade bicaudal e o valor de p considerado

significante foi 0,05.

37

4. RESULTADOS

4.1. Características demográficas e clínicas

O presente estudo contou com a participação de 140 indivíduos diagnosticados com

CCR e 140 indivíduos sem câncer. A tabela 6 mostra as características demográficas dos

participantes deste estudo. Os resultados mostraram uma diferença significativa entre os

grupos caso e controle em termos de idade, gênero, etilismo e tabagismo.

Tabela 6 – Características demográficas dos participantes.

Característica Total n = 280 Casos n = 140 Controles n = 140 Valor de p

Idade (anos) 48 (21–93) 59 (23–93) 37 (21–81) < 0,001

< 45 136 (48,7) 23 (16,5) 113 (80,7)

≥ 45 144 (51,3) 116 (83,5) 27 (19,3)

Gênero

< 0,001

Masculino 172 (61,6) 62 (44,6) 110 (78,6)

Feminino 108 (38,4) 78 (55,4) 30 (21,4)

Etilismo

< 0,001

Nunca 180 (65,1) 118 (85,5) 62 (44,9)

Consome/Consumiu 96 (34,9) 20 (14,5) 76 (55,1)

Eventualmente 56 (20,4) 11 (8,0) 45 (32,6)

Frequentemente 40 (14,5) 9 (6,5) 31 (22,5)

Tabagismo

< 0,001

Nunca 182 (65,4) 68 (48,9) 114 (82,0)

Consome/Consumiu 96 (24,6) 71 (48,1) 25 (18,0)

Parou 66 (23,8) 55 (39,6) 11 (7,9)

Ainda consome 30 (10,8) 16 (11,5) 14 (10,1)

Os dados categóricos estão representados por número absoluto de indivíduos (porcentagem) e

foi analisado pelo Teste de Qui-quadrado. Os dados contínuos estão representados por media

(mínimo – máximo) e foi analisado pelo Teste de Mann-Whitney. Valores de p considerados

significativos estão destacados em negritos. Idade = Idade no diagnóstico.

As características clínicas dos pacientes com CCR são listadas na Tabela 7. O sítio do

tumor em que houve uma maior prevalência no diagnóstico foi na região retossigmóide

(82,1%). Utilizando o sistema de classificação TNM, observou-se predominância de tumor no

Estádio III (29,3%).

38

Tabela 7 – Características clínicas dos pacientes com câncer colorretal no momento do

diagnóstico e o tempo de acompanhamento.

Característica Casos n = 140

Localização do Tumor

Cólon 25 (17,9)

Retossigmóide 115 (82,1)

Grau de diferenciamento

G1, G2 130 (92,9)

G3, G4 10 (7,1)

Profundidade do tumor (T)

T1, T2 1 (0,7)

T3, T4 114 (81,4)

Tx 25 (17,9)

Comprometimento dos linfonodos (N)

N0 72 (51,4)

N1, N2 42 (30,0)

Nx 26 (18,6)

Metástase em órgão distante (M)

M0 106 (75,7)

M1 11 (7,9)

Mx 23 (16,4)

Estadiamento

I 28 (20,0)

II 38 (27,1)

III 41 (29,3)

IV 11 (7,9)

Desconhecido 22 (15,7)

Ano do diagnóstico 2012 (1996–2014)

Acompanhamento desde o diagnóstico (anos) 3 (1–19)

Recidivas, Sim 40 (28,6)

Tempo em que a recidiva foi diagnosticada após o diagnóstico (anos) 2 (1 – 8)

Óbito, Sim 18 (12,86)

Tempo em que o paciente foi a óbito após o diagnóstico (anos) 4 (1 – 19)

Os dados categóricos estão representados por número absolutos (porcentagem), e os dados

contínuos estão representados por mediana (mínimo – máximo). A classificação dos tumors

foi realizada seguindo o sistema de classificação do American Joint Committee on Cancer

(AJCC).

4.2. Contribuição da ancestralidade relativa por marcadores autossômicos

Em relação à ancestralidade relativa, foi observada diferença significativa na

distribuição da contribuição Africana entre os grupos (valor de p = 0,049), Tabela 8. Na

Figura 6, observa-se a diferença na contribuição Africana entre o grupo caso-controle.

39

Entretanto, ao ser realizado uma análise de regressão logística multinominal, não foi

encontrada diferença entre os grupos estudados (Tabela 9).

Tabela 8 – Distribuição da contribuição da ancestralidade relativa entre os grupos casos

e controles.

Contribuição (%) Total n = 280 Casos n = 140 Controles n = 140 Valor de P

Européia 65,3 (13,3–92,4) 64,2 (23,6–92,4) 66,4 (13,3–92,3) 0,243

Ameríndia 16,2 (2,1–55,9) 16,0 (2,1–55,9) 16,3 (2,5–49,8) 0,645

Africana 18,5 (2,8–66,0) 19,8 (2,8–61,1) 17,3 (3,0–66,0) 0,049

Os dados contínuos estão representados por media (mínimo – máximo) e foi analisado pelo

Teste de Mann-Whitney. Valores de p considerados significativos estão destacados em

negritos.

Figura 6 – Gráfico de densidade e de boxplot das três populações parentais

contribuintes no perfil genético da população Brasileira (Europeia, Ameríndia e

Africana), estratificado em grupos caso e controle. O gráfico foi gerado utilizando a função

qplot do pacote ggplot2, no R.

40

Tabela 9 – Distribuição da contribuição da ancestralidade relativa entre os grupos casos

e controles estratificados a cada 10%.

Contribuição

(%)

Total

n = 280

Caso

n = 140

Controle

n = 140 OR [IC 95%] Valor de p

Europeia

95–80 50 (17,9) 21 (15,1) 29 (20,7) 1,0 [Referência]

80–70 70 (25,1) 33 (23,7) 37 (26,4) 1,23 [0,59–2,56] 0,577

70–60 67 (24,0) 38 (27,3) 29 (20,7) 1,81 [0,86–3,80] 0,117

60–50 47 (16,8) 22 (15,8) 25 (17,9) 1,21 [0,54–2,71] 0,634

50–40 26 (9,3) 14 (10,1) 12 (8,6) 1,61 [0,62–4,18] 0,327

40–30 11 (3,9) 6 (4,3) 5 (3,6) 1,66 [0,45–6,16] 0,451

30–20 7 (2,5) 5 (3,6) 2 (1,4) - -

20–10 1 (0,4) - 1 (0,7) - -

Ameríndia

02–10 90 (32,3) 45 (32,4) 45 (32,1) 1,0 [Referência]

10–20 113 (40,5) 60 (43,2) 53 (38,0) 1,13 [0,65–1,97] 0,661

20–30 47 (16,8) 18 (12,9) 29 (20,7) 0,62 [0,30–1,27] 0,193

30–40 21 (7,5) 11 (7,9) 10 (7,1) 1,10 [0,42–2,85] 0,844

40–50 7 (2,5) 4 (2,9) 3 (2,1) - -

50–60 1 (0,4) 1 (0,7) - - -

Africana

02–10 81 (29,0) 36 (25,9) 45 (32,1) 1,0 [Referência]

10–20 89 (31,9) 41 (29,5) 48 (34,3) 1,07 [0,58–1,95] 0,832

20–30 66 (23,7) 38 (27,3) 28 (20,0) 1,70 [0,88–3,27] 0,114

30–40 28 (10,0) 15 (10,8) 13 (9,3) 1,44 [0,61–3,42] 0,405

40–50 8 (2,9) 5 (3,6) 3 (2,1) 2,08 [0,47–9,31] 0,337

50–60 5 (1,8) 3 (2,2) 2 (1,4) - -

60–70 2 (0,7) 1 (0,7) 1 (0,7) - -

Os dados contínuos estão representados por número absoluto (porcentagem) e analisadas pelo

Teste de Qui-quadrado. Valores de p considerados significativos estão destacados em

negritos. OR [IC 95%] = Regressão Logística com o intervalo de confiança de 95%.

4.3. Frequência genética e alélica

A frequência genotípica e alélica do grupo caso e controle estão listados na Tabela 10.

A frequência genotípica e alélica do polimorfismo no gene IL4 foram significativamente

diferentes entre os grupos caso e controle, quando comparado a prevalência de duas e três

repetições de 70 pb no intro 3 (valor de p = 0,01 para ambas análises). Além disso, indivíduos

do grupo caso apresentaram uma maior frequência de duas repetições de 70 pb do que o grupo

controle.

41

A análise da frequência genotípica e alélica feita nos polimorfismos nos genes ACE

[rs4646994], CASP8 [rs3834129], SGSM3 [rs56228771], CYP19A1 [rs11575899], CYP2E1

[INDEL, 96 pb], HLAG [rs371194629], IL1A [rs3783553], MDM2 [rs3730485], NFKB1

[rs28362491], TP53 [rs17878362 e rs17880560], TYMS [rs151264360], UCP2 [INDEL, 45

pb], UGT1A1 [rs8175347] e XRCC1 [rs3213239] não foram diferentemente significativos

entre os grupos casos e controles.

4.4. Análise de associação polimórfica

Todas as análises de associação polimórfica foram realizadas pela análise de regressão

logística para o modelo aditivo (Tabela 10). O alelo D do polimorfismo estudado no gene IL4,

e o alelo I do polimorfismo no gene TYMS, foram associados com o aumento do risco de

desenvolver CCR (valor de p = 0,001 e p = 0,0165, respectivamente).

A análise feita nos polimorfismos nos genes ACE [rs4646994], CASP8 [rs3834129],

SGSM3 [rs56228771], CYP19A1 [rs11575899], CYP2E1 [INDEL, 96 pb], HLAG

[rs371194629], IL1A [rs3783553], MDM2 [rs3730485], NFKB1 [rs28362491], TP53

[rs17878362 e rs17880560], UCP2 [INDEL, 45 pb], UGT1A1 [rs8175347] e XRCC1

[rs3213239] não foram diferentemente significativos entre os grupos casos e controles.

42

Tabela 10 – Frequência genotípica e alélica do grupo caso e controle em porcentagem e a análise da regressão logística para o modelo

aditivo.

Gene dbSNP

Caso/Controle (n = 140/140)

Frequência Genotípica Frequência Alélica OR [IC 95%]

f Valor de p

II ID DD Valor de p I D Valor de p

ACE rs4646994 21,0/14,3 49,3/54,3 29,7/31,4 0,335 45,7/41,4 54,3/58,6 0,315 1,62 [0,91–2,91]d 0,0985

CASP8 rs3834129 34,5/30,0 46,0/46,4 19,4/23,6 0,605 57,6/53,2 42,4/46,8 0,302 1,22 [0,72–2,07]e 0,4554

SGSM3 rs56228771 7,2/3,6 30,2/36,4 62,6/60,0 0,274 22,3/21,8 77,7/78,2 0,883 0,91 [0,47–1,75]d 0,7802

CYP19A1 rs11575899 35,8/37,9 49,6/50,0 14,6/12,1 0,82 60,3/62,9 39,7/37,1 0,83 1,16 [0,64–2,10]e 0,6345

CYP2E1 - 0,7/0,7 17,3/12,9 82,0/86,4 0,588 9,4/7,1 90,6/92,6 0,342 1,99 [0,80–4,99]d 0,1397

HLAG rs371194629 14,7/13,6 43,4/50,0 41,9/36,4 0,538 36,4/38,6 63,6/61,4 0,597 1,14 [0,65–1,96]e 0,6618

IL1A rs3783553 46,0/52,1 38,8/37,9 15,1/10,0 0,368 65,5/71,1 34,5/28,9 0,154 1,42 [0,83–2,45]e 0,1982

IL4 rs79071878 48,9/60,0 40,3/37,1 10,8/2,9 0,017 69,1/78,6 30,9/21,4 0,01 2,79 [1,48–5,26]e 0,001

MDM2 rs3730485 50,4/50,7 43,2/37,1 6,5/12,1 0,219 71,9/69,3 28,1/30,7 0,49 1,37 [0,76–2,47]e 0,3001

NFKB1 rs28362491 38,1/40,7 46,0/42,1 15,8/17,1 0,806 61,2/61,8 38,8/38,2 0,877 1,30 [0,75–2,25]e 0,3483

TP53 rs17878362 3,6/1,4 27,3/32,1 69,1/66,4 0,383 17,3/17,5 82,7/82,5 0,941 1,13 [0,53–2,42]d 0,747

TP53 rs17880560 7,2/7,1 39,6/32,9 53,2/60,0 0,489 27,0/23,6 73,0/76,4 0,857 1,79 [0,98–3,24]d 0,0552

TYMS rs151264360 46,0/42,9 43,9/42,1 10,1/15,0 0,459 68,0/63,9 32,0/36,1 0,311 2,04 [1,11–3,85]d 0,0165

UCP2 - 6,6/9,3 35,3/44,3 58,1/46,4 0,149 24,3/31,4 75,7/68,6 0,06 0,63 [0,33–1,19]d 0,1471

UGT1A1 rs8175347 11,5/10,8 44,6/46,0 43,9/43,2 0,785 33,8/33,8 66,2/66,2 1 0,69 [0,38–1,23]d 0,2043

XRCC1 rs3213239 41,7/42,9 47,5/45,0 10,8/12,1 0,894 65,5/65,4 34,5/34,6 0,978 0,94 [0,53–1,68]e 0,8403

Os dados estão representados como a porcentagem dos pacientes do grupo caso/ porcentagem dos pacientes do grupo controle. O Teste de Qui-

quadrado foi o utilizado. Valores de p considerados significativos estão destacados em negritos. dbSNP = Registro da variação genética; OR [IC

95%] = Regressão Logística com o intervalo de confiança de 95%; d = Modelo utilizado para a análise da regressão logística foi o D vs. I;

e =

Modelo utilizado para a análise da regressão logística foi o I vs. D; f = Ajustado pela idade, gênero, etilismo, tabagismo e distribuição da

ancestralidade.

44

4.5. Análise combinada do genótipo dos genes IL4 e TYMS

A frequência do genótipo combinado do TYMS (rs151264360) e IL4 (rs79071878)

entre os grupos caso-controle foram representados na Tabela 11, sendo ainda realizada uma

regressão logística para observar o efeito da combinação do genótipo no risco de ter CCR

(Tabela 12). As variáveis de ajustes foram idade, gênero, o perfil de ancestralidade e o estilo

de vida (tabagismo e etilismo). Na regressão logística, foi associado que a presença de pelo

menos 3 alelos de risco (valor de p = 0,002) aumenta o risco de desenvolver CCR.

Tabela 11 – Frequência do genótipo combinando dos genes TYMS (rs151264360) e IL4

(rs79071878) nos grupos caso e controle.

Genótipo Combinado Caso Controle

IL4 TYMS (n = 140) (n = 140)

I/I D/D 8 (5,8) 13 (9,3)

I/I D/I* 31 (22,3) 37 (26,4)

I/I I/I* 29 (20,9) 34 (24,3)

D/I* D/D 4 (2,9) 8 (5,7)

D/I* D/I* 22 (15,8) 21 (15,0)

D/I* I/I* 30 (21,6) 23 (16,4)

D/D* D/D 2 (1,4) 0 (0,0)

D/D* D/I* 8 (5,8) 1 (0,7)

D/D* I/I* 5 (3,6) 3 (2,1)

Os dados categóricos estão representados por número absoluto de indivíduos (porcentagem);

* = Presença do Alelo de Risco.

Tabela 12 – Frequência aditiva do alelo de risco no grupo caso e controle para o

genótipo combinado dos genes TYMS (rs151264360) e IL4 (rs79071878) e a análise de

regressão logística.

Variante alélica* Caso Controle OR [IC 95%] Valor de p

0 alelo 8 (5,8) 13 (9,3) 1 [Referência]

1 alelo 35 (25,2) 45 (32,1) 2,24 [0,46 - 10,81] 0,447

2 alelo 53 (38,1) 55 (39,3) 3,42 [0,72 - 16,15] 0,292

3 alelo 38 (27,3) 24 (17,1) 13,81 [2,65 - 72,09] 0,002

4 alelo 5 (3,6) 3 (2,1) 25,81 [2,20 - 303,52] 0,039

Ajustado pela idade, gênero, etilismo, tabagismo e distribuição da ancestralidade. Valores de

p considerados significativos estão destacados em negritos. OR [IC 95%] = Regressão

Logística com o intervalo de confiança de 95%. * = A presença aditiva do alelo de risco para

a variante polimórfica do gene TYMS (rs151264360) e IL4 (rs79071878).

45

5. DISCUSSÃO

A diferença na incidência e sobrevivência do CCR varia de acordo com o grupo étnico

(ROBBINS; SIEGEL; JEMAL, 2012; SONEJI et al., 2010), especialmente na população

Americana afrodescendente, que tem a maior incidência de CCR e a menor razão de

sobrevivência em 5 anos, quando comparado com outros grupos étnicos (ROBBINS;

SIEGEL; JEMAL, 2012; SONEJI et al., 2010), apesar das estratégias de prevenção, de

diagnóstico precoce e de tratamento (ATKIN et al., 2010; DOUBENI et al., 2013; MANDEL

et al., 1993; NISHIHARA et al., 2013; SCHOEN et al., 2012; U.S. PREVENTIVE

SERVICES TASK FORCE, 2008).

No presente estudo, foi avaliado a associação de 16 INDEL (ACE, CASP8, SGSM3,

CYP19A1, CYP2E1, HLAG, IL1A, MDM2, NFKB1, TP53 [16 e 6 bp], TYMS, UCP2, XRCC1,

IL4 e UGT1A1) no risco de desenvolver o CCR na população Brasileira. Este é o primeiro

trabalho que busca identificar a associação dos polimorfismos do tipo INDEL nestes genes

com o risco de ter CCR em uma população miscigenada.

O INDEL no íntron 3 do gene IL4 (rs79071878) e na região 3’-UTR do gene TYMS

(rs151264360) foram associados com o risco de CCR. Além disso, foi observado que

individualmente estas INDEL conferem um risco moderado ao CCR, mas quando combinados

o risco de desenvolver o CCR aumenta consideravelmente. Estes achados são importantes por

corroborarem com outros estudos descritos na literatura.

A contribuição ancestral também foi avaliada entre o grupo caso e controle da

população estudada, sendo o primeiro estudo a realizar este tipo de avaliação em pacientes

com CCR na população miscigenada. Foi observado que há diferença significativa na

contribuição ancestral Africana entre o grupo caso e controle, sendo tal descoberta consistente

com outros estudos que tem sugerido que Americanos afrodescendentes possuem uma maior

prevalência de CCR, quando comparado com outros pacientes (CORLEY et al., 2013;

LIEBERMAN et al., 2008; WU; LONGSTRETH; NGOR, 2014). Além disso, a diferença de

prevalência vai além da diferença socioeconômica, podendo estar associada com aspecto

biológico e genético (KUPFER et al., 2010). Entretanto, ao se estratificar a contribuição

Africana entre os grupos a cada 10%, essa diferença foi perdida e mais estudos devem ser

realizados para confirmar os achados.

O trabalho mostrou também que a população estudada possui uma elevada

contribuição da população Europeia, bem como outros estudos que exploram a contribuição

relativa da ancestralidade em diferentes estados do país, utilizando marcadores no genoma

46

autossômico (MOURA et al., 2015), embora exista algumas variações na estimativa, como

mostrado por: Santos e colaboradores (2015) (Africana = 50%; Europeia = 43%; e Ameríndia

= 7%, no estado da Bahia), Pinto e colaboradores (2015) (Europeia = 46,1%; Americana =

30,3%; e Africana = 23,6%, no estado do Pará), e Carvalho e colaboradores (2015) (Europeia

= 50,5%; Ameríndia = 29,4%; e Africana = 20,4%, no estado do Pará).

Carvalho e colaboradores (2015) observou também que o perfil de ancestralidade pode

influenciar na susceptibilidade ao câncer. Além disso, Cassiano e colaboradores (2015)

demonstrou a influência que a ancestralidade tem sobre a distribuição dos polimorfismos.

Variações na atividade da citocina IL-4 têm sido associadas com a proliferação

celular, podendo afetar na transdução dos sinais nas vias relacionadas ao câncer (BHAYAL et

al., 2015). Neste trabalho, foi avaliado o INDEL de 70 pb no íntron 3 do gene IL4

(rs79071878). Esta variação gênica pode influenciar na produção de sua respectiva citocina, e

tem sido associado com o câncer gástrico (BHAYAL et al., 2015) e outras doenças

inflamatórias (ANOVAZZI et al., 2010; CABANTOUS et al., 2009). Entretanto, este é o

primeiro estudo que indica uma associação entre o polimorfismo rs79071878 e o risco de

desenvolver CCR.

O aumento na produção da IL-4 pode resultar no escape das células tumorais à

vigilância imunológica devido à diminuição da resposta imune celular. A resposta imune

celular pode ser inibida pela diminuição da expressão de citocinas relacionadas ao perfil Th1

e por diminuir qualitativamente e quantitativamente a resposta das células T CD8+, no

microambiente tumoral (BHAYAL et al., 2015; GAUR et al., 2014; NAKASHIMA et al.,

2002).

Nakashima e colaboradores (2002) e Amador e colaboradores (2016) observaram que

a frequência dos alelos desta INDEL, é diferente entre as populações. Nakashima e

colaboradores (2002) observaram também que há uma maior frequência do alelo I em

caucasianos e do alelo D em asiáticos (NAKASHIMA et al., 2002). Enquanto que Amador e

colaboradores (2016) observaram que o alelo I é mais frequente na população Europeia e o

alelo D na população Ameríndia e na Africana.

Esses resultados sugerem que a alta frequência do alelo I na população analisada neste

estudo pode ter relação com a elevada contribuição da população Europeia e que a diferença

genotípica entre o grupo caso-controle. Ademais, esta diferença pode ter sido influenciada

pela contribuição genética da população Africana, corroborando com a importância de se

realizar mais estudos na população miscigenada.

47

A análise de regressão logística indicou que o alelo D foi associado com o risco de

desenvolver CCR (I vs. D; OR = 2,79; IC 95% = 1,48–5,26), confirmando os dados

reportados por Canbantous e colaboradores (2009) e Nakashima e colaboradores (2002).

Nakashima e colaboradores (2002) observaram uma diferença significativa na

produção do IL-4 entre os genótipos e a proporção de células Th. Além disso, analisaram que

o alelo D pode levar ao aumento da expressão desta citocina, sendo confirmados por

Canbantous e colaboradores (2009).

O gene TYMS atua essencialmente na biossíntese da timina e a sua expressão é

requerida no processo de replicação e reparo do DNA (BURDELSKI et al., 2015). A inserção

de 6 pb na região 3’-UTR pode influenciar significativamente a expressão do gene

(MANDOLA et al., 2004). Estudos indicam que este gene está associado com câncer de

mama (GUAN et al., 2015), gástrico (SHEN et al., 2014), colorretal (GALLEGOS-

ARREOLA et al., 2008; ZHOU et al., 2012) e outros tipos de neoplasias malignas (SHAW et

al., 2013; ZHOU et al., 2012).

No presente estudo, não foi observado diferença significativa quando avaliado a

frequência alélica e genotípica entre os grupos caso e controle. Entretanto, na população

examinada há uma maior prevalência do alelo I. Estes resultados confirmam os achados

reportados por Gallegos-Arreola e colaboradores (2008), que comparou 253 pacientes com

CRC e 200 controles livres de câncer, no México.

A análise de regressão logística do polimorfismo no gene TYMS (rs151264360)

indicou que ao alelo I foi associado com o aumento do risco de CCR (D vs. I; OR = 2,04, IC

95% = 1,11–3,85; valor de p = 0,0165), consistente com os resultados de Mandola e

colaboradores (2004) e Rahman e colaboradores (2004).

Mandola e colaboradores (2004) observaram que essa variação polimórfica pode

aumentar a estabilidade do mRNA do gene e a expressão da proteína. Além disso, Rahman e

colaboradores (2004) ressaltaram que o aumento da expressão do gene TYMS pode induzir a

transformação de células de mamíferos em células com fenótipo maligno.

No presente trabalho, também foi avaliado o risco que a combinação genotípica dos

genes TYMS (rs151264360) e IL4 (rs79071878) no risco de ter CCR, além de ter sido

observado que se faz necessário a presença de pelo menos 3 alelos de risco para conferir risco

de ter CCR (OR = 13,81; IC 95% = 2,65–72,09; valor de p = 0,002) e que o risco aumenta

com a presença de 4 alelos (OR = 25,81; IC 95% = 2,20–303,52; valor de p = 0,039). Além

48

disso, nenhum estudo fez tipo de associação, o que abre um leque de possibilidades de

análises para validar o achado.

O presente estudo foi o primeiro a avaliar o efeito do INDEL no gene ACE

(rs4646994) na população Brasileira, e ao fazer a análise de frequência genotípica e alélica,

não encontrou diferença significativa. Este resultado corrobora com os achados observados

por Nikiteas e colaboradores (2007) (92 casos e 102 controles, na Grécia), Toma e

colaboradores (2009) (108 casos e 150 controles, Roménia) e Liu e colaboradores (2011) (241

casos e 299 controles, China). Entretanto, Röcken e colaboradores (2007) notaram que há

diferença na expressão do ACE nos pacientes com CCR e que este polimorfismo pode estar

associado a diferenças específicas entre o gênero (141 casos e 189 controles, Alemanha).

A deleção de 6 pb na região promotora da CASP8 (rs3834129) diminui

significantemente a sua expressão, afetando a atividade anti-tumoral dos linfócitos T

(PARDINI et al., 2014). Essa variação genética já foi associada com o CCR na população

Chinesa (930 casos e 890 controles), apesar de ter baixa penetrância (SUN et al., 2007).

Entretanto, assim como no presente estudo, outros estudos de associação realizados na

população Han Chinesa (305 caos e 342 controles) (XIAO et al., 2013), do Reino Unido

(4016 casos e 3749 controles) (PITTMAN et al., 2008) e no Consorcio EPICOLON entre

centros localizados na Espanha, Itália, EUA, Inglaterra, República Checa e Holanda (6733

casos e 7576 controles) (PARDINI et al., 2014) não observaram associação entre o rs3834129

e a susceptibilidade ao CCR. Essa discrepância entre os resultados pode estar relacionada com

a diferença específica da população, não só na variação gênica, mas também na interação

gene-fatores ambientais.

A inserção de 4 bp na região 3'-UTR do SGSM3 (rs56228771) pode afetar a regulação

pós-transcricional deste gene, influenciando na sua expressão (WANG et al., 2014b). Este

INDEL já foi associado com o efeito protetor contra a susceptibilidade de ter câncer hepático

na população Chinesa (502 casos e 513 controles) (WANG et al., 2014b). Contudo, não há

estudos sobre o efeito desta INDEL no CCR, sendo necessário mais estudo para validar os

achados obtidos neste trabalho.

Baseado na importância biológica, a inserção de 96 pb na região flaqueada a 5'-UTR

(alelo I) tem sido associado com o risco de CCR por aumentar (QIAN et al., 2013) o nível de

transcrição e da atividade da CYP2E1 (HAYASHI; WATANABE; KAWAJIRI, 1991). Essa

hipótese tem sido confirmada por diversos estudos realizados em diferentes populações

(JIANG et al., 2013; LE MARCHAND et al., 2002; MORITA et al., 2008, 2009; QIAN et

49

al., 2013; SAMEER et al., 2011). Além do mais, assim como no presente estudo, no trabalho

realizado por Silva e colaboradores (2012) não observaram diferença significativa na

frequência genotípica e alélica da variação gênica da CYP2E1 entre o grupo caso e controle

(131 casos e 206 controles, São Paulo - Brasil).

A deleção de 3 pb no íntron 4 da CYP19A1 (rs11575899) está associado com o

aumento da produção do estrogênio (CZAJKA-ORANIEC; SIMPSON, 2010) e com a

susceptibilidade ao câncer de próstata (HUANG et al., 2007), de mama (DUNNING et al.,

2004; KIM et al., 2009), melanoma (ESCOBAR et al., 2016) e leucemia linfoblastica aguda

(CARVALHO et al., 2015). Embora a atividade da CYP19A1 possa influenciar no CCR, este

trabalho foi o primeiro que avaliou a associação entre esta INDEL (rs11575899) com o risco

de CCR. Além disso, não foi possível observar associação desta deleção com o risco de CCR

na população Brasileira. Dessa forma, mais estudos devem ser conduzidos para confirmar os

achados.

A INDEL de 2 pb na região promotora (rs8175347) tem sido associado com uma

menor atividade da UGT1A1, quando comparado com 6 repetições (DEMING et al., 2008).

Entretanto, esta alteração vem sendo associada com efeitos tóxicos relacionados ao tratamento

com fluorouracil (5-FU) e irinotecan (DUFFY, 2015; KIM et al., 2015; LI et al., 2016;

SUENAGA et al., 2015), sendo este o primeiro estudo do tipo caso-controle que avalia o risco

que esta INDEL tem no desenvolvimento do CCR. Apesar de não ter sido encontrado

associação neste trabalho, novos estudos podem ser feitos para consolidar os resultados.

A INDEL de 45 pb na região 3'-UTR do gene UCP2 pode afetar a estabilidade do

mRNA (ESTERBAUER et al., 2001; LIU et al., 2012); o tempo de meia-vida do mRNA

expresso em indivíduos com a inserção de 45 pb é menor dos que tem a deleção

(ESTERBAUER et al., 2001). Entretanto, não há estudos relacionando este polimorfismo

com o câncer, precisando ser confirmado com outros trabalhos.

A INDEL de 14 pb na região 3'-UTR (rs371194629) do HLAG pode influenciar na

estabilidade do mRNA onde a presença da inserção está associada com a instabilidade do

mRNA e menor produção da proteína (CHEN et al., 2008; ROUSSEAU et al., 2003).

Entretanto, não há estudos relacionando este polimorfismo com o CCR, e mais estudos devem

ser conduzidos para confirmar os achados.

A inserção de 4 pb na região 3'-UTR do gene IL1A (rs3783553) foi associado com o

aumento da transcrição deste gene in vitro e in vivo (GAO et al., 2009). Diversos estudos

vêm evidenciando que o genótipo homozigoto para a inserção (alelo I) diminui o risco para

50

diversos tipos de câncers (GAO et al., 2009; HUANG et al., 2016; WANG et al., 2016;

YANG et al., 2011; YU et al., 2016; ZHANG et al., 2016). Entretanto, assim como no

presente estudo, Yan e colaboradores (2015) não observaram associação desta variação

polimórfica com o CCR (142 casos e 124 controles, população Han Chinesa). Ademais,

Amador e colaboradores (2016) mostraram que a frequência do rs3783553 varia entre a

população Ameríndia, a Africana e a Europeia, sendo o alelo I mais frequente na população

Africana e Europeia, o que explica a elevada frequência do alelo I na população estudada no

presente trabalho e reforça o efeito da ancestralidade na população miscigenada. Embora não

se tenha encontrado associação com o CCR, são necessárias mais pesquisas para confirmar os

achados, especialmente em diferentes grupos étnicos.

A presença da inserção de 16 pb no íntron 3 no gene TP53 (rs17878362) pode reduzir

a concentração basal da expressão deste gene (GEMIGNANI et al., 2004); e o INDEL de 6 pb

na região 3'-UTR (rs17880560) afeta a estabilidade do mRNA do TP53, por interferir a

regulação pós-transcricional. O rs17878362 tem sido associado com a susceptibilidade de

desenvolver diversos tipos de câncer (HU et al., 2010b; SAGNE et al., 2013;

VYMETALKOVA et al., 2015), inclusive para o CCR (GEMIGNANI et al., 2004;

POLAKOVA et al., 2009). No entanto, não há outros estudos de associação entre rs17880560

com a susceptibilidade ao CCR e apesar de não ter sido encontrado associação neste trabalho,

mais estudos devem ser conduzidos para confirmar os achados. Além disso, Sagne e

colaboradores (2014) observaram que a presença da variação alélica rs17878362 e

rs17880560, em homozigose, aumenta a susceptibilidade ao câncer e que a magnitude do

efeito é maior em indivíduos na fase infantil ou adolescente do que na fase adulta.

A deleção de 40 pb (alelo D) na região promotora do MDM2 (rs3730485) tem sido

reportada por aumentar da susceptibilidade ao câncer (DONG et al., 2012; HASHEMI et al.,

2014). Gansmo e colaboradores (2016) observaram que a variante polimórfica rs3730485 tem

associação com o CCR (1532 casos e 3746 controles, população da Noruega), divergindo dos

achados encontrados no presente estudo. Assim, se fazem necessárias mais pesquisas para

confirmar a associação deste INDEL com a susceptibilidade ao CCR, especialmente em

diferentes grupos étnicos.

A INDEL de 4 pb na região flanqueada a 5'-UTR (rs3213239) pode afetar a expressão

do XRCC1. Indivíduos homozigotos para a deleção de 4 pb foram associados com o risco de

desenvolver Leucemia de células B (CARVALHO et al., 2015). Entretanto, não há estudos

prévios de associação deste INDEL com o CCR. Apesar de não ter sido observado associação

51

entre a variante rs3213239 com a susceptibilidade de ter CCR, mais estudos devem ser

conduzidos para confirmar os resultados.

A INDEL de 4 pb na região promotora (rs28362491) no gene NFKB1 (ZHOU et al.,

2010) pode impactar na ligação da proteína nuclear, levando a redução da atividade

promotora (KARBAN et al., 2004) e está associada com o risco de ter câncer (WANG et al.,

2011; YANG et al., 2014), assim como no CCR (ANDERSEN et al., 2010; MOHD SUZAIRI

et al., 2013). Entretanto, a associação entre rs28362491 e o CCR têm sido divergente em

alguns estudos (KOPP et al., 2015), sugerindo que o efeito que este polimorfismo tem na

susceptibilidade ao câncer pode variar entre grupos étnicos e tipos específicos de câncer

(YANG et al., 2014). Ademais, Amador e colaboradores (2016) mostraram que a frequência

do rs28362491 varia entre a população Ameríndia, a Africana e a Europeia, sendo o alelo D

mais frequente na população Ameríndia e Africana, o que explica a elevada frequência do

alelo I na população estudada no presente trabalho e reforça o efeito da ancestralidade na

população miscigenada. Apesar de não ter sido observado associação entre a variante

rs3213239 com a susceptibilidade de ter CCR neste trabalho, mais estudos devem ser

conduzidos para confirmar os achados.

52

6. CONCLUSÃO

No presente estudo, foi observado que os polimorfismos nos genes IL4 (rs79071878) e

TYMS (rs151264360) estão associados com o aumento do risco de desenvolver CCR. Além

disso, foi observado que individualmente estas INDEL conferem um risco moderado ao CCR,

mas quando combinados o risco de desenvolver o CCR aumenta consideravelmente.

53

REFERÊNCIAS

ACS, A. C. S. Detailed Guide: Colon and Rectum Cancer. Disponível em:

<www.cancer.org/Cancer/ColonandRectumCancer/DetailedGuide/index.>. Acesso em: 25

jun. 2016.

AMADOR, M. A. T. et al. Distribution of allelic and genotypic frequencies of IL1A, IL4,

NFKB1 and PAR1 variants in Native American, African, European and Brazilian populations.

BMC research notes, v. 9, p. 101, 2016.

AMERSI, F.; AGUSTIN, M.; KO, C. Y. Colorectal cancer: epidemiology, risk factors, and

health services. Clinics in colon and rectal surgery, v. 18, n. 3, p. 133–40, ago. 2005.

ANDERSEN, V. et al. Polymorphisms in NFkB, PXR, LXR and risk of colorectal cancer in a

prospective study of Danes. BMC cancer, v. 10, p. 484, 2010.

ANOVAZZI, G. et al. Polymorphisms and haplotypes in the interleukin-4 gene are associated

with chronic periodontitis in a Brazilian population. Journal of periodontology, v. 81, n. 3,

p. 392–402, mar. 2010.

ATKIN, W. S. et al. Once-only flexible sigmoidoscopy screening in prevention of colorectal

cancer: a multicentre randomised controlled trial. Lancet, v. 375, n. 9726, p. 1624–33, 8 maio

2010.

BALL, E. V et al. Microdeletions and microinsertions causing human genetic disease:

common mechanisms of mutagenesis and the role of local DNA sequence complexity.

Human mutation, v. 26, n. 3, p. 205–13, set. 2005.

BHAYAL, A. C. et al. Significant Association of Interleukin4 Intron 3 VNTR Polymorphism

with Susceptibility to Gastric Cancer in a South Indian Population from Telangana. PloS one,

v. 10, n. 9, p. e0138442, 2015.

BI, H. et al. Copy number variation of E3 ubiquitin ligase genes in peripheral blood leukocyte

and colorectal cancer. Scientific reports, v. 6, p. 29869, 2016.

BITES, A. P. DE J.; OLIVEIRA, T. R.; FORTES, R. C. Anthropometric profile of patients

with colorectal cancer. Journal of the Health Sciences Institute, v. 30, n. 4, p. 382–386,

2012.

BLASIAK, J. et al. In vitro genotoxicity of ethanol and acetaldehyde in human lymphocytes

and the gastrointestinal tract mucosa cells. Toxicology in vitro, v. 14, n. 4, p. 287–95, ago.

2000.

BOND, G. L. et al. A single nucleotide polymorphism in the MDM2 promoter attenuates the

p53 tumor suppressor pathway and accelerates tumor formation in humans. Cell, v. 119, n. 5,

p. 591–602, 24 nov. 2004.

BOOTH, F. W. et al. Waging war on physical inactivity: using modern molecular ammunition

against an ancient enemy. Journal of applied physiology, v. 93, n. 1, p. 3–30, jul. 2002.

BOSMAN, F. T.; WHO, W. H. O.; IARC, I. A. FOR R. ON C. WHO classification of

tumours of the digestive system / edited by Fred T. Bosman ... [et al.]. 4a ed. ed. [s.l.]

Lyon : IARC Press, 2010., 2010.

BROOKS, C. L.; GU, W. p53 ubiquitination: Mdm2 and beyond. Molecular cell, v. 21, n. 3,

p. 307–15, 3 fev. 2006.

54

BROSH, R.; ROTTER, V. When mutants gain new powers: news from the mutant p53 field.

Nature reviews. Cancer, v. 9, n. 10, p. 701–13, out. 2009.

BURDELSKI, C. et al. Overexpression of thymidylate synthase (TYMS) is associated with

aggressive tumor features and early PSA recurrence in prostate cancer. Oncotarget, v. 6, n.

10, p. 8377–87, 10 abr. 2015.

CABANTOUS, S. et al. Genetic evidence for the aggravation of Plasmodium falciparum

malaria by interleukin 4. The Journal of infectious diseases, v. 200, n. 10, p. 1530–9, 15

nov. 2009.

CARVALHO, D. C. et al. Amerindian genetic ancestry and INDEL polymorphisms

associated with susceptibility of childhood B-cell Leukemia in an admixed population from

the Brazilian Amazon. Leukemia research, v. 39, n. 11, p. 1239–1245, 20 ago. 2015.

CASSIANO, G. C. et al. Impact of population admixture on the distribution of immune

response co-stimulatory genes polymorphisms in a Brazilian population. Human

immunology, v. 76, n. 11, p. 836–42, nov. 2015.

CASTELLI, E. C. et al. Transcriptional and posttranscriptional regulations of the HLA-G

gene. Journal of immunology research, v. 2014, p. 734068, 2014.

CASTILLO-FERNÁNDEZ, O. et al. Methylenetetrahydrofolate reductase polymorphism

(677 C>T) predicts long time to progression in metastatic colon cancer treated with 5-

fluorouracil and folinic acid. Archives of medical research, v. 41, n. 6, p. 430–5, ago. 2010.

CAVALIERI, E. L.; ROGAN, E. G. Depurinating estrogen-DNA adducts in the etiology and

prevention of breast and other human cancers. Future oncology, v. 6, n. 1, p. 75–91, jan.

2010.

CAVALIERI, E.; ROGAN, E. The molecular etiology and prevention of estrogen-initiated

cancers: Ockham’s Razor: Pluralitas non est ponenda sine necessitate. Plurality should not be

posited without necessity. Molecular Aspects of Medicine, v. 36, n. 1, p. 1–55, 2014.

CERHAN, J. R. et al. Genetic variation in tumor necrosis factor and the nuclear factor-

kappaB canonical pathway and risk of non-Hodgkin’s lymphoma. Cancer epidemiology,

biomarkers & prevention, v. 17, n. 11, p. 3161–9, nov. 2008.

CHAN, D. S. M. et al. Red and processed meat and colorectal cancer incidence: meta-analysis

of prospective studies. PloS one, v. 6, n. 6, p. e20456, 2011.

CHAVEZ, J. A.; SUMMERS, S. A. Lipid oversupply, selective insulin resistance, and

lipotoxicity: molecular mechanisms. Biochimica et biophysica acta, v. 1801, n. 3, p. 252–65,

mar. 2010.

CHEN, F. et al. New insights into the role of nuclear factor-kappaB, a ubiquitous transcription

factor in the initiation of diseases. Clinical chemistry, v. 45, n. 1, p. 7–17, jan. 1999.

CHEN, X.-Y. et al. The 14 bp deletion polymorphisms in HLA-G gene play an important role

in the expression of soluble HLA-G in plasma. Tissue antigens, v. 72, n. 4, p. 335–41, out.

2008.

CHETRITE, G. S. et al. Comparison of estrogen concentrations, estrone sulfatase and

aromatase activities in normal, and in cancerous, human breast tissues. The Journal of

steroid biochemistry and molecular biology, v. 72, n. 1-2, p. 23–7, 2000.

55

CHIN, L. J. et al. A SNP in a let-7 microRNA complementary site in the KRAS 3’

untranslated region increases non-small cell lung cancer risk. Cancer research, v. 68, n. 20,

p. 8535–40, 15 out. 2008.

CHO, E. et al. Alcohol intake and colorectal cancer: a pooled analysis of 8 cohort studies.

Annals of internal medicine, v. 140, n. 8, p. 603–13, 20 abr. 2004.

CHONG, E. T. J. et al. RsaI but not DraI polymorphism in CYP2E1 gene increases the risk of

gastrointestinal cancer in Malaysians: a case-control study. BMJ open, v. 4, n. 1, p. e004109,

2014.

CHRISTMANN, M. et al. Mechanisms of human DNA repair: an update. Toxicology, v. 193,

n. 1-2, p. 3–34, 15 nov. 2003.

COMPTON, C. C. Colorectal carcinoma: diagnostic, prognostic, and molecular features.

Modern pathology, v. 16, n. 4, p. 376–88, abr. 2003.

CORLEY, D. A. et al. Variation of adenoma prevalence by age, sex, race, and colon location

in a large population: implications for screening and quality programs. Clinical

gastroenterology and hepatology, v. 11, n. 2, p. 172–80, fev. 2013.

COSTA, S. et al. Importance of TP53 codon 72 and intron 3 duplication 16bp polymorphisms

in prediction of susceptibility on breast cancer. BMC cancer, v. 8, p. 32, 2008.

CZAJKA-ORANIEC, I.; SIMPSON, E. R. Aromatase research and its clinical significance.

Endokrynologia Polska, v. 61, n. 1, p. 126–34, 2010.

CZENE, K.; LICHTENSTEIN, P.; HEMMINKI, K. Environmental and heritable causes of

cancer among 9.6 million individuals in the Swedish Family-Cancer Database. International

journal of cancer., v. 99, n. 2, p. 260–6, 10 maio 2002.

DALLA POZZA, E. et al. Role of mitochondrial uncoupling protein 2 in cancer cell

resistance to gemcitabine. Biochimica et biophysica acta, v. 1823, n. 10, p. 1856–63, out.

2012.

DE BOER, J. G. Polymorphisms in DNA repair and environmental interactions. Mutation

research, v. 509, n. 1-2, p. 201–10, 30 nov. 2002.

DE LA CHAPELLE, A. Genetic predisposition to colorectal cancer. Nature reviews.

Cancer, v. 4, n. 10, p. 769–80, out. 2004.

DE OLIVEIRA, B. A. P. et al. UCP2 and PLIN1 Expression Affects the Resting Metabolic

Rate and Weight Loss on Obese Patients. Obesity surgery, 4 jul. 2016.

DEMING, S. L. et al. UGT1A1 genetic polymorphisms, endogenous estrogen exposure, soy

food intake, and endometrial cancer risk. Cancer Epidemiology Biomarkers and

Prevention, v. 17, n. 3, p. 563–570, 2008.

DERDÁK, Z. et al. Enhanced colon tumor induction in uncoupling protein-2 deficient mice is

associated with NF-kappaB activation and oxidative stress. Carcinogenesis, v. 27, n. 5, p.

956–61, maio 2006.

DERDAK, Z.; GARCIA, T. A.; BAFFY, G. Detection of uncoupling protein-2 (UCP2) as a

mitochondrial modulator of apoptosis. Methods in molecular biology, v. 559, p. 205–17,

2009.

DERRY, M. M. et al. Identifying molecular targets of lifestyle modifications in colon cancer

56

prevention. Frontiers in oncology, v. 3, p. 119, 2013.

DIAS, F. C. et al. The Role of HLA-G Molecule and HLA-G Gene Polymorphisms in

Tumors, Viral Hepatitis, and Parasitic Diseases. Frontiers in immunology, v. 6, p. 9, 2015.

DONG, D. et al. A 40-bp insertion/deletion polymorphism in the constitutive promoter of

MDM2 confers risk for hepatocellular carcinoma in a Chinese population. Gene, v. 497, n. 1,

p. 66–70, 2012.

DOUBENI, C. A. et al. Screening colonoscopy and risk for incident late-stage colorectal

cancer diagnosis in average-risk adults: a nested case-control study. Annals of internal

medicine, v. 158, n. 5 Pt 1, p. 312–20, 5 mar. 2013.

DU, Y. et al. Association of miRNA-122-binding site polymorphism at the interleukin-1 α

gene and its interaction with hepatitis B virus mutations with hepatocellular carcinoma risk.

Frontiers of medicine, v. 8, n. 2, p. 217–26, jun. 2014.

DUFFY, M. J. Personalized treatment for patients with colorectal cancer: role of biomarkers.

Biomarkers in medicine, v. 9, n. 4, p. 337–47, 2015.

DUNNING, A. M. et al. Polymorphisms associated with circulating sex hormone levels in

postmenopausal women. Journal of the National Cancer Institute, v. 96, n. 12, p. 936–45,

16 jun. 2004.

DURKO, L.; MALECKA-PANAS, E. Lifestyle Modifications and Colorectal Cancer.

Current colorectal cancer reports, v. 10, p. 45–54, 2014.

ESCOBAR, G. F. et al. Polymorphisms in CYP19A1 and NFKB1 genes are associated with

cutaneous melanoma risk in southern Brazilian patients. Melanoma research, v. 26, n. 4, p.

348–53, ago. 2016.

ESTERBAUER, H. et al. A common polymorphism in the promoter of UCP2 is associated

with decreased risk of obesity in middle-aged humans. Nature genetics, v. 28, n. 2, p. 178–

83, jun. 2001.

FEREGRINO-PÉREZ, A. A. et al. Composition and chemopreventive effect of

polysaccharides from common beans (Phaseolus vulgaris L.) on azoxymethane-induced colon

cancer. Journal of agricultural and food chemistry, v. 56, n. 18, p. 8737–44, 24 set. 2008.

FERLAY, J. et al. Cancer Incidence and Mortality Worldwide: IARC CancerBase No.

11. Disponível em: <http//globocan.iarc.fr/>. Acesso em: 2 dez. 2015.

FLEMING, M. et al. Colorectal carcinoma: Pathologic aspects. Journal of gastrointestinal

oncology, v. 3, n. 3, p. 153–73, set. 2012.

FÜLÖP, P. et al. Lack of UCP2 reduces Fas-mediated liver injury in ob/ob mice and reveals

importance of cell-specific UCP2 expression. Hepatology, v. 44, n. 3, p. 592–601, set. 2006.

GALLEGOS-ARREOLA, M. P. et al. [Frequency of TS1494del6 polymorphism in colorectal

patients from west of Mexico]. n n l n , v. 60, n. 1, p. 21–30, 2008.

GANSMO, L. B. et al. Associations between the MDM2 promoter P1 polymorphism del1518

(rs3730485) and incidence of cancer of the breast, lung, colon and prostate. Oncotarget, 12

abr. 2016.

GAO, L. et al. Association between a functional insertion/deletion polymorphism in IL1A

gene and risk of papillary thyroid carcinoma. Tumour b olo y : h journ l of h

57

International Society for Oncodevelopmental Biology and Medicine, v. 35, n. 4, p. 3861–

5, abr. 2014.

GAO, Y. et al. An insertion/deletion polymorphism at miRNA-122-binding site in the

interleukin-1alpha 3’ untranslated region confers risk for hepatocellular carcinoma.

Carcinogenesis, v. 30, n. 12, p. 2064–9, dez. 2009.

GARRITANO, S. et al. Detailed haplotype analysis at the TP53 locus in p.R337H mutation

carriers in the population of Southern Brazil: evidence for a founder effect. Human

mutation, v. 31, n. 2, p. 143–50, fev. 2010.

GARZIERA, M. et al. HLA-G 3’UTR Polymorphisms Impact the Prognosis of Stage II-III

CRC Patients in Fluoropyrimidine-Based Treatment. PloS one, v. 10, n. 12, p. e0144000,

2015.

GARZIERA, M.; TOFFOLI, G. Inhibition of host immune response in colorectal cancer:

human leukocyte antigen-G and beyond. World journal of gastroenterology, v. 20, n. 14, p.

3778–94, 14 abr. 2014.

GAUR, P. et al. Inter-relation of Th1, Th2, Th17 and Treg cytokines in oral cancer patients

and their clinical significance. Human immunology, v. 75, n. 4, p. 330–7, abr. 2014.

GEMIGNANI, F. et al. A TP53 polymorphism is associated with increased risk of colorectal

cancer and with reduced levels of TP53 mRNA. Oncogene, v. 23, n. 10, p. 1954–6, 11 mar.

2004.

GIOVANNUCCI, E. Epidemiologic studies of folate and colorectal neoplasia: a review. The

Journal of nutrition, v. 132, n. 8 Suppl, p. 2350S–2355S, ago. 2002.

GIRALT, M.; VILLARROYA, F. Mitochondrial Uncoupling and the Regulation of Glucose

Homeostasis. Current diabetes reviews, 17 fev. 2016.

GIRARD, H. et al. UGT1A1 and UGT1A9 functional variants, meat intake, and colon cancer,

among Caucasians and African-Americans. Mutation research, v. 644, n. 1-2, p. 56–63, 26

set. 2008.

GOLDSTEIN, N. S.; HART, J. Histologic features associated with lymph node metastasis in

stage T1 and superficial T2 rectal adenocarcinomas in abdominoperineal resection specimens.

Identifying a subset of patients for whom treatment with adjuvant therapy or completion

abdominoperine. American journal of clinical pathology, v. 111, n. 1, p. 51–8, jan. 1999.

GOMEZ, S. L. et al. The impact of neighborhood social and built environment factors across

the cancer continuum: Current research, methodological considerations, and future directions.

Cancer, v. 121, n. 14, p. 2314–30, 15 jul. 2015.

GRIVENNIKOV, S. I. et al. Adenoma-linked barrier defects and microbial products drive IL-

23/IL-17-mediated tumour growth. Nature, v. 491, n. 7423, p. 254–8, 8 nov. 2012.

GUAN, X. et al. Genetic variant rs16430 6bp > 0bp at the microRNA-binding site in TYMS

and risk of sporadic breast cancer risk in non-Hispanic white women aged ≤ 55 years.

Molecular carcinogenesis, v. 54, n. 4, p. 281–90, abr. 2015.

GUINDALINI, R. S. C. et al. Mutation spectrum and risk of colorectal cancer in African

American families with Lynch syndrome. Gastroenterology, v. 149, n. 6, p. 1446–53, nov.

2015.

58

GUO, Z.-Y. et al. Predictive value of HLA-G and HLA-E in the prognosis of colorectal

cancer patients. Cellular immunology, v. 293, n. 1, p. 10–6, jan. 2015.

GUTIERREZ, D. A.; PUGLISI, M. J.; HASTY, A. H. Impact of increased adipose tissue

mass on inflammation, insulin resistance, and dyslipidemia. Current diabetes reports, v. 9,

n. 1, p. 26–32, fev. 2009.

HAAS, S. L.; YE, W.; LÖHR, J.-M. Alcohol consumption and digestive tract cancer.

Current opinion in clinical nutrition and metabolic care, v. 15, n. 5, p. 457–67, set. 2012.

HAIMAN, C. A. et al. Genetic variation in angiotensin I-converting enzyme (ACE) and breast

cancer risk: the multiethnic cohort. Cancer research, v. 63, n. 20, p. 6984–7, 15 out. 2003.

HALDER, G.; JOHNSON, R. L. Hippo signaling: growth control and beyond. Development,

v. 138, n. 1, p. 9–22, jan. 2011.

HANAHAN, D.; WEINBERG, R. A. Hallmarks of cancer: the next generation. Cell, v. 144,

n. 5, p. 646–74, mar. 2011.

HANDSCHIN, C.; SPIEGELMAN, B. M. The role of exercise and PGC1alpha in

inflammation and chronic disease. Nature, v. 454, n. 7203, p. 463–9, 24 jul. 2008.

HARVEY, K.; TAPON, N. The Salvador-Warts-Hippo pathway - an emerging tumour-

suppressor network. Nature reviews. Cancer, v. 7, n. 3, p. 182–91, mar. 2007.

HASHEMI, M. et al. A 40-bp insertion/deletion polymorphism of Murine Double Minute2

(MDM2) increased the risk of breast cancer in Zahedan, Southeast Iran. Iranian biomedical

journal, v. 18, n. 4, p. 245–9, 2014.

HAYASHI, S.; WATANABE, J.; KAWAJIRI, K. Genetic polymorphisms in the 5’-flanking

region change transcriptional regulation of the human cytochrome P450IIE1 gene. Journal of

biochemistry, v. 110, n. 4, p. 559–65, out. 1991.

HONDA, R.; TANAKA, H.; YASUDA, H. Oncoprotein MDM2 is a ubiquitin ligase E3 for

tumor suppressor p53. FEBS letters, v. 420, n. 1, p. 25–7, 22 dez. 1997.

HU, X. et al. Gene Polymorphisms of ADIPOQ +45T>G, UCP2 -866G>A, and FABP2

Ala54Thr on the Risk of Colorectal Cancer: A Matched Case-Control Study. PloS one, v. 8,

n. 6, p. e67275, 2013.

HU, Z. et al. Genetic variants in the MDM2 promoter and lung cancer risk in a Chinese

population. International journal of cancer, v. 118, n. 5, p. 1275–8, 1 mar. 2006.

HU, Z. et al. Intron 3 16 bp duplication polymorphism of TP53 contributes to cancer

susceptibility: a meta-analysis. Carcinogenesis, v. 31, n. 4, p. 643–7, abr. 2010a.

HU, Z. et al. Three common TP53 polymorphisms in susceptibility to breast cancer, evidence

from meta-analysis. Breast cancer research and treatment, v. 120, n. 3, p. 705–14, abr.

2010b.

HUANG, B. et al. Toll-like receptors on tumor cells facilitate evasion of immune

surveillance. Cancer research, v. 65, n. 12, p. 5009–14, 15 jun. 2005.

HUANG, X. et al. A functional insertion/deletion polymorphism in the IL1A gene is

associated with decreased risk of breast cancer. G n n mol ul r r r h : GM , v.

15, n. 1, 2016.

59

HUANG, Y. Y. et al. Genetic polymorphisms in XRCC1 genes and colorectal cancer

susceptibility. World journal of surgical oncology, v. 13, p. 244, 2015.

HUANG, Y.-C. et al. CYP19 TCT tri-nucleotide Del/Del genotype is a susceptibility marker

for prostate cancer in a Taiwanese population. Urology, v. 69, n. 5, p. 996–1000, maio 2007.

HVIID, T. V. F. et al. HLA-G allelic variants are associated with differences in the HLA-G

mRNA isoform profile and HLA-G mRNA levels. Immunogenetics, v. 55, n. 2, p. 63–79,

maio 2003.

IACOPETTA, B. Are there two sides to colorectal cancer? International journal of cancer,

v. 101, n. 5, p. 403–8, 10 out. 2002.

IENGAR, P. An analysis of substitution, deletion and insertion mutations in cancer genes.

Nucleic Acids Research, v. 40, n. 14, p. 6401–6413, 2012.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA).

Estimativa de Incidências de Câncer no Brasil para o ano de 2016. Disponível em:

<http://www.inca.gov.br/estimativa/2016/estimativa-2016-v11.pdf>. Acesso em: 12 maio.

2016.

IOANNOU, G. N.; CHAPKO, M. K.; DOMINITZ, J. A. Predictors of colorectal cancer

screening participation in the United States. The American journal of gastroenterology, v.

98, n. 9, p. 2082–91, set. 2003.

IONITA-LAZA, I. et al. Genetic association analysis of copy-number variation (CNV) in

human disease pathogenesis. Genomics, v. 93, n. 1, p. 22–6, jan. 2009.

ISHIKAWA, S. et al. Heme induces DNA damage and hyperproliferation of colonic epithelial

cells via hydrogen peroxide produced by heme oxygenase: a possible mechanism of heme-

induced colon cancer. Molecular nutrition & food research, v. 54, n. 8, p. 1182–91, ago.

2010.

JACOBSON, J. S. et al. Cigarette smoking and other behavioral risk factors for recurrence of

colorectal adenomatous polyps (New York City, NY, USA). Cancer causes & control, v. 5,

n. 3, p. 215–20, maio 1994.

JASS, J. R. Classification of colorectal cancer based on correlation of clinical, morphological

and molecular features. Histopathology, v. 50, n. 1, p. 113–30, jan. 2007.

JAZDZEWSKI, K. et al. Common SNP in pre-miR-146a decreases mature miR expression

and predisposes to papillary thyroid carcinoma. Proceedings of the National Academy of

Sciences of the United States of America, v. 105, n. 20, p. 7269–7274, 2008.

JIANG, O. et al. CYP2E1 polymorphisms and colorectal cancer risk: a HuGE systematic

review and meta-analysis. Tumour biology, v. 34, n. 2, p. 1215–24, 2013.

JOHNS, L. E.; HOULSTON, R. S. A systematic review and meta-analysis of familial

colorectal cancer risk. The American journal of gastroenterology, v. 96, n. 10, p. 2992–

3003, out. 2001.

JONES, S. N. et al. Rescue of embryonic lethality in Mdm2-deficient mice by absence of p53.

Nature, v. 378, n. 6553, p. 206–8, 9 nov. 1995.

KACZMARCZYK, M. M.; MILLER, M. J.; FREUND, G. G. The health benefits of dietary

fiber: beyond the usual suspects of type 2 diabetes mellitus, cardiovascular disease and colon

60

cancer. Metabolism, v. 61, n. 8, p. 1058–66, ago. 2012.

KANG, S. et al. Association of p73 and MDM2 polymorphisms with the risk of epithelial

ovarian cancer in Chinese women. International journ l of yn olo l n r : off l

journal of the International Gynecological Cancer Society, v. 19, n. 4, p. 572–7, maio

2009.

KARBAN, A. S. et al. Functional annotation of a novel NFKB1 promoter polymorphism that

increases risk for ulcerative colitis. Human molecular genetics, v. 13, n. 1, p. 35–45, 1 jan.

2004.

KHURANA, E. et al. Role of non-coding sequence variants in cancer. Nature reviews.

Genetics, v. 17, n. 2, p. 93–108, fev. 2016.

KIM, J. Y. et al. The association between genetic polymorphisms in CYP19 and breast cancer

risk in Korean women. Oncology reports, v. 22, n. 3, p. 487–92, set. 2009.

KIM, K.-P. et al. A phase I study of UGT1A1 *28/*6 genotype-directed dosing of irinotecan

(CPT-11) in Korean patients with metastatic colorectal cancer receiving FOLFIRI. Oncology,

v. 88, n. 3, p. 164–72, 2015.

KNÖBEL, Y. et al. Ferric iron is genotoxic in non-transformed and preneoplastic human

colon cells. Food and chemical toxicology, v. 45, n. 5, p. 804–11, maio 2007.

KOLLER, F. L. et al. Epithelial interleukin-4 receptor expression promotes colon tumor

growth. Carcinogenesis, v. 31, n. 6, p. 1010–7, jun. 2010.

KOPP, T. I. et al. Polymorphisms in NFKB1 and TLR4 and interaction with dietary and life

style factors in relation to colorectal cancer in a Danish prospective case-cohort study. PloS

one, v. 10, n. 2, p. e0116394, 2015.

KUAI, X.-Y.; JI, Z.-Y.; ZHANG, H.-J. Mitochondrial uncoupling protein 2 expression in

colon cancer and its clinical significance. World journal of gastroenterology, v. 16, n. 45, p.

5773–8, 7 dez. 2010.

KUMOR, A. et al. Serum leptin, adiponectin, and resistin concentration in colorectal adenoma

and carcinoma (CC) patients. International journal of colorectal disease, v. 24, n. 3, p.

275–81, mar. 2009.

KUPFER, S. S. et al. Genetic heterogeneity in colorectal cancer associations between African

and European americans. Gastroenterology, v. 139, n. 5, p. 1677–85, 1685.e1–8, nov. 2010.

KUPFER, S. S. et al. Shared and independent colorectal cancer risk alleles in TGFβ-related

genes in African and European Americans. Carcinogenesis, v. 35, n. 9, p. 2025–30, set. 2014.

KUPFER, S. S.; BURKE, C. A. Colorectal cancer screening and the “menu of options”.

Gastrointestinal endoscopy, v. 80, n. 5, p. 862–4, nov. 2014.

LALONDE, M.-E. et al. Identification of functional DNA variants in the constitutive

promoter region of MDM2. Human genomics, v. 6, p. 15, 2012.

LANDER, E. S. et al. Initial sequencing and analysis of the human genome. Nature, v. 409,

n. 6822, p. 860–921, 15 fev. 2001.

LANDI, D. et al. Polymorphisms within micro-RNA-binding sites and risk of sporadic

colorectal cancer. Carcinogenesis, v. 29, n. 3, p. 579–84, mar. 2008.

61

LANDI, D. et al. Polymorphisms affecting micro-RNA regulation and associated with the risk

of dietary-related cancers: a review from the literature and new evidence for a functional role

of rs17281995 (CD86) and rs1051690 (INSR), previously associated with colorectal canc.

Mutation research, v. 717, n. 1-2, p. 109–15, 1 dez. 2011.

LARSEN, M. H.; HVIID, T. V. F. Human leukocyte antigen-G polymorphism in relation to

expression, function, and disease. Human immunology, v. 70, n. 12, p. 1026–34, dez. 2009.

LE MARCHAND, L. et al. Red meat intake, CYP2E1 genetic polymorphisms, and colorectal

cancer risk. C n r p m olo y, b om rk r & pr n on : publ on of h

American Association for Cancer Research, cosponsored by the American Society of

Preventive Oncology, v. 11, n. 10 Pt 1, p. 1019–24, out. 2002.

LEE, K.-U. et al. Effects of recombinant adenovirus-mediated uncoupling protein 2

overexpression on endothelial function and apoptosis. Circulation research, v. 96, n. 11, p.

1200–7, 10 jun. 2005.

LEUFKENS, A. M. et al. Cigarette smoking and colorectal cancer risk in the European

Prospective Investigation into Cancer and Nutrition study. Clinical gastroenterology and

hepatology, v. 9, n. 2, p. 137–44, fev. 2011.

LÉVEILLARD, T. et al. MDM2 expression during mouse embryogenesis and the requirement

of p53. Mechanisms of development, v. 74, n. 1-2, p. 189–93, jun. 1998.

LEWANDER, A. et al. Polymorphism in the promoter region of the NFKB1 gene increases

the risk of sporadic colorectal cancer in Swedish but not in Chinese populations.

Scandinavian journal of gastroenterology, v. 42, n. 11, p. 1332–8, nov. 2007.

LI, G.-Y. et al. DPYD*2A/*5A/*9A and UGT1A1*6/*28 polymorphisms in Chinese

colorectal cancer patients. Journal of cancer research and therapeutics, v. 12, n. 2, p. 782–

6, 2016.

LI, K.-M. et al. Metabolism and DNA binding studies of 4-hydroxyestradiol and estradiol-

3,4-quinone in vitro and in female ACI rat mammary gland in vivo. Carcinogenesis, v. 25, n.

2, p. 289–97, fev. 2004.

LI, Z.-H. et al. A let-7 binding site polymorphism rs712 in the KRAS 3’ UTR is associated

with an increased risk of gastric cancer. Tumour b olo y : h journ l of h In rn on l

Society for Oncodevelopmental Biology and Medicine, v. 34, n. 5, p. 3159–63, out. 2013.

LICHTENSTEIN, P. et al. Environmental and heritable factors in the causation of cancer--

analyses of cohorts of twins from Sweden, Denmark, and Finland. The New England

journal of medicine, v. 343, n. 2, p. 78–85, 13 jul. 2000.

LIEBERMAN, D. A. et al. Prevalence of colon polyps detected by colonoscopy screening in

asymptomatic black and white patients. JAMA, v. 300, n. 12, p. 1417–22, 24 set. 2008.

LIEBERMAN, D. A. et al. Guidelines for colonoscopy surveillance after screening and

polypectomy: a consensus update by the US Multi-Society Task Force on Colorectal Cancer.

Gastroenterology, v. 143, n. 3, p. 844–57, set. 2012.

LIN, J. et al. Genetic variation in sex-steroid receptors and synthesizing enzymes and

colorectal cancer risk in women. C n r u & on rol : CCC, v. 21, n. 6, p. 897–908,

jun. 2010.

LIU, B. et al. Mechanisms of mutagenesis: DNA replication in the presence of DNA damage.

62

Mutation Research/Reviews in Mutation Research, v. 768, p. 53–67, abr. 2016.

LIU, J. et al. NOD2 polymorphisms associated with cancer risk: a meta-analysis. PloS one, v.

9, n. 2, p. e89340, 2014.

LIU, S.-Y. et al. The association between ACE polymorphism and risk of colorectal cancer in

a Chinese population. Clinical biochemistry, v. 44, n. 14-15, p. 1223–6, out. 2011.

LIU, X. et al. A 45-bp insertion/deletion polymorphism in uncoupling protein 2 is not

associated with obesity in a Chinese population. Biochemical genetics, v. 50, n. 9-10, p. 784–

96, out. 2012.

LÓPEZ-OTÍN, C. et al. The hallmarks of aging. Cell, v. 153, n. 6, p. 1194–217, 6 jun. 2013.

LORD, C. J.; ASHWORTH, A. The DNA damage response and cancer therapy. Nature, v.

481, n. 7381, p. 287–94, 19 jan. 2012.

LU, P.-H. et al. Need for clarification of data in a recent meta-analysis about TP53 codon 72

polymorphism and cancer susceptibility. Carcinogenesis, v. 32, n. 3, p. 443; author reply

444, mar. 2011.

MA, H. et al. Polymorphisms in the MDM2 promoter and risk of breast cancer: a case-control

analysis in a Chinese population. Cancer letters, v. 240, n. 2, p. 261–7, 28 ago. 2006.

MA, J. et al. Association of genetic polymorphisms in MDM2, PTEN and P53 with risk of

esophageal squamous cell carcinoma. Journal of human genetics, v. 57, n. 4, p. 261–4, abr.

2012.

MAGER, L. F. et al. Cytokine-Induced Modulation of Colorectal Cancer. Frontiers in

oncology, v. 6, p. 96, 2016.

MANDEL, J. S. et al. Reducing mortality from colorectal cancer by screening for fecal occult

blood. Minnesota Colon Cancer Control Study. The New England journal of medicine, v.

328, n. 19, p. 1365–71, 13 maio 1993.

MANDOLA, M. V et al. A 6 bp polymorphism in the thymidylate synthase gene causes

message instability and is associated with decreased intratumoral TS mRNA levels.

Pharmacogenetics, v. 14, n. 5, p. 319–27, maio 2004.

MARCEL, V. et al. Biological functions of p53 isoforms through evolution: lessons from

animal and cellular models. Cell death and differentiation, v. 18, n. 12, p. 1815–24, dez.

2011.

MARSZAŁEK, A. et al. Impact of COX-2, IL-1β, TNF-α, IL-4 and IL-10 on the process of

carcinogenesis in the large bowel. Polish journal of pathology, v. 63, n. 4, p. 221–7, dez.

2012.

MARTÍNEZ, M. E. et al. Meat intake, preparation methods, mutagens and colorectal

adenoma recurrence. Carcinogenesis, v. 28, n. 9, p. 2019–27, set. 2007.

MCLURE, K. G.; TAKAGI, M.; KASTAN, M. B. NAD+ modulates p53 DNA binding

specificity and function. Molecular and cellular biology, v. 24, n. 22, p. 9958–67, nov. 2004.

MENEZES, C. P. DE; OLIVEIRA, T. L. DE; LUNDGREN, P. U. Pesquisa de Sangue Oculto

nas fezes – PSO : uma triagem alternativa na determinação das neoplasias colorretais. Revista

Brasileira de Farmácia, v. 93, n. 1, p. 48–53, 2012.

63

MILLER, E. C.; MILLER, J. A. Mechanisms of chemical carcinogenesis: nature of proximate

carcinogens and interactions with macromolecules. Pharmacological reviews, v. 18, n. 1, p.

805–38, mar. 1966.

MILLER, E. C.; MILLER, J. A. Mechanisms of chemical carcinogenesis. Cancer, v. 47, n. 5

Suppl, p. 1055–64, 1 mar. 1981a.

MILLER, E. C.; MILLER, J. A. Searches for ultimate chemical carcinogens and their

reactions with cellular macromolecules. Cancer, v. 47, n. 10, p. 2327–45, 15 maio 1981b.

MILLS, R. E. et al. Natural genetic variation caused by small insertions and deletions in the

human genome. Genome research, v. 21, n. 6, p. 830–9, jun. 2011.

MLECNIK, B. et al. Functional network pipeline reveals genetic determinants associated with

in situ lymphocyte proliferation and survival of cancer patients. Science translational

medicine, v. 6, n. 228, p. 228ra37, 19 mar. 2014.

MOHD SUZAIRI, M. S. I. et al. The functional -94 insertion/deletion ATTG polymorphism

in the promoter region of NFKB1 gene increases the risk of sporadic colorectal cancer.

Cancer Epidemiology, v. 37, n. 5, p. 634–638, out. 2013.

MORITA, M. et al. Genetic polymorphisms of CYP2E1 and risk of colorectal adenomas in

the Self Defense Forces Health Study. C n r p m olo y, b om rk r & pr n on :

publication of the American Association for Cancer Research, cosponsored by the

American Society of Preventive Oncology, v. 17, n. 7, p. 1800–7, jul. 2008.

MORITA, M. et al. Genetic polymorphisms of CYP2E1 and risk of colorectal cancer: the

Fukuoka Colorectal Cancer Study. C n r p m olo y, b om rk r & pr n on :

publication of the American Association for Cancer Research, cosponsored by the

American Society of Preventive Oncology, v. 18, n. 1, p. 235–41, jan. 2009.

MOURA, R. R. DE et al. Meta-analysis of Brazilian genetic admixture and comparison with

other Latin America countries. American journal of human biology, v. 27, n. 5, p. 674–80,

2015.

NACAK, M. et al. Association of angiotensin converting enzyme gene insertion/deletion

polymorphism with lung cancer in Turkey. Cancer genetics and cytogenetics, v. 198, n. 1, p.

22–6, 1 abr. 2010.

NACCARATI, A. et al. Sporadic colorectal cancer and individual susceptibility: a review of

the association studies investigating the role of DNA repair genetic polymorphisms.

Mutation research, v. 635, n. 2-3, p. 118–45, 2007.

NAKASHIMA, H. et al. Association between IL-4 genotype and IL-4 production in the

Japanese population. Genes and immunity, v. 3, n. 2, p. 107–9, abr. 2002.

NAM, S. Y. et al. Abdominal visceral adipose tissue predicts risk of colorectal adenoma in

both sexes. Clinical gastroenterology and hepatology, v. 8, n. 5, p. 443–50.e1–2, maio

2010.

NEAFSEY, P. et al. Genetic polymorphism in CYP2E1: Population distribution of CYP2E1

activity. Journal of toxicology and environmental health. Part B, Critical reviews, v. 12,

n. 5-6, p. 362–88, 2009.

NESSA, A.; RAHMAN, S. A.; HUSSAIN, K. Hyperinsulinemic Hypoglycemia - The

Molecular Mechanisms. Frontiers in endocrinology, v. 7, p. 29, 2016.

64

NIKITEAS, N. et al. No association with risk for colorectal cancer of the insertion/deletion

polymorphism which affects levels of angiotensin-converting enzyme. In vivo (Athens,

Greece), v. 21, n. 6, p. 1065–8, 2007.

NISHIHARA, R. et al. Long-term colorectal-cancer incidence and mortality after lower

endoscopy. The New England journal of medicine, v. 369, n. 12, p. 1095–105, 19 set. 2013.

NOURASHRAFEDDIN, S. et al. The Evaluation of WBP2NL-Related Genes Expression in

Breast Cancer. P holo y on olo y r r h : PO , v. 21, n. 2, p. 293–300, abr. 2015.

OTA, S. et al. Immunohistochemical expression of BCRP and ERCC1 in biopsy specimen

predicts survival in advanced non-small-cell lung cancer treated with cisplatin-based

chemotherapy. Lung cancer (Amsterdam, Netherlands), v. 64, n. 1, p. 98–104, abr. 2009.

PAN, D. The hippo signaling pathway in development and cancer. Developmental cell, v. 19,

n. 4, p. 491–505, 19 out. 2010.

PARDINI, B. et al. Association between CASP8 -652 6N del polymorphism (rs3834129) and

colorectal cancer risk: results from a multi-centric study. PloS one, v. 9, n. 1, p. e85538,

2014.

PENG, Q. et al. CASP8 -652 6N del polymorphism contributes to colorectal cancer

susceptibility: evidence from a meta-analysis. PloS one, v. 9, n. 2, p. e87925, 2014.

PERFUMO, C. et al. Increased risk of colorectal adenomas in Italian subjects carrying the p53

PIN3 A2-Pro72 haplotype. Digestion, v. 74, n. 3-4, p. 228–35, 2006.

PETERS, U.; BIEN, S.; ZUBAIR, N. Genetic architecture of colorectal cancer. Gut, v. 64, n.

10, p. 1623–36, out. 2015.

PHEIFFER, C. et al. Expression of UCP2 in Wistar rats varies according to age and the

severity of obesity. Journal of physiology and biochemistry, v. 72, n. 1, p. 25–32, mar.

2016.

PINTO, P. et al. Influence of Genetic Ancestry on INDEL Markers of NFKβ1, CASP8,

PAR1, IL4 and CYP19A1 Genes in Leprosy Patients. PLoS neglected tropical diseases, v. 9,

n. 9, p. e0004050, set. 2015.

PITTMAN, A. M. et al. CASP8 variants D302H and -652 6N ins/del do not influence the risk

of colorectal cancer in the United Kingdom population. British journal of cancer, v. 98, n. 8,

p. 1434–6, 22 abr. 2008.

POHL, H. R.; SCINICARIELLO, F. The impact of CYP2E1 genetic variability on risk

assessment of VOC mixtures. Regulatory toxicology and pharmacology, v. 59, n. 3, p. 364–

74, abr. 2011.

POLAKOVA, V. et al. Genotype and haplotype analysis of cell cycle genes in sporadic

colorectal cancer in the Czech Republic. Human mutation, v. 30, n. 4, p. 661–8, abr. 2009.

PORTO, I. O. P. et al. MicroRNAs targeting the immunomodulatory HLA-G gene: a new

survey searching for microRNAs with potential to regulate HLA-G. Molecular immunology,

v. 65, n. 2, p. 230–41, jun. 2015.

POST, S. M. et al. A high-frequency regulatory polymorphism in the p53 pathway accelerates

tumor development. Cancer cell, v. 18, n. 3, p. 220–30, 14 set. 2010.

POWERS, H. J. Interaction among folate, riboflavin, genotype, and cancer, with reference to

65

colorectal and cervical cancer. The Journal of nutrition, v. 135, n. 12 Suppl, p. 2960S–

2966S, dez. 2005.

PU, Y. et al. Association of an insertion/deletion polymorphism in IL1A 3’-UTR with risk for

cervical carcinoma in Chinese Han Women. Human immunology, v. 75, n. 8, p. 740–4, ago.

2014.

QIAN, J. et al. CYP2E1 T7632A and 9-bp insertion polymorphisms and colorectal cancer

risk: a meta-analysis based on 4,592 cases and 5,918 controls. Tumour b olo y : h journ l

of the International Society for Oncodevelopmental Biology and Medicine, v. 34, n. 4, p.

2225–31, ago. 2013.

QIAO, C. et al. UCP2-related mitochondrial pathway participates in oroxylin A-induced

apoptosis in human colon cancer cells. Journal of cellular physiology, v. 230, n. 5, p. 1054–

63, maio 2015.

R DEVELOPMENT CORE TEAM. R: A language and environment for statistical

computing.R Foundation for Statistical Computing.Vienna, Austria, 2015. Disponível em:

<http://www.r-project.org/>

RAHMAN, L. et al. Thymidylate synthase as an oncogene: A novel role for an essential DNA

synthesis enzyme. Cancer Cell, v. 5, n. April, p. 341–351, 2004.

REDDY, B. S. et al. Preventive potential of wheat bran fractions against experimental colon

carcinogenesis: implications for human colon cancer prevention. Cancer research, v. 60, n.

17, p. 4792–7, 1 set. 2000.

REISSFELDER, C. et al. Tumor-specific cytotoxic T lymphocyte activity determines

colorectal cancer patient prognosis. The Journal of clinical investigation, v. 125, n. 2, p.

739–51, fev. 2015.

RENEHAN, A. G. et al. Body-mass index and incidence of cancer: a systematic review and

meta-analysis of prospective observational studies. Lancet, v. 371, n. 9612, p. 569–78, 16

fev. 2008.

RICHARDS, R. J.; REKER, D. M. Racial differences in use of colonoscopy, sigmoidoscopy,

and barium enema in Medicare beneficiaries. Digestive diseases and sciences, v. 47, n. 12, p.

2715–9, dez. 2002.

RILEY, T. et al. Transcriptional control of human p53-regulated genes. Nature reviews.

Molecular cell biology, v. 9, n. 5, p. 402–12, maio 2008.

ROBBINS, A. S.; SIEGEL, R. L.; JEMAL, A. Racial disparities in stage-specific colorectal

cancer mortality rates from 1985 to 2008. Journal of clinical oncology, v. 30, n. 4, p. 401–5,

1 fev. 2012.

RÖCKEN, C. et al. The number of lymph node metastases in gastric cancer correlates with

the angiotensin I-converting enzyme gene insertion/deletion polymorphism. Clinical cancer

research, v. 11, n. 7, p. 2526–30, 1 abr. 2005.

RÖCKEN, C. et al. The gene polymorphism of the angiotensin I-converting enzyme

correlates with tumor size and patient survival in colorectal cancer patients. Neoplasia (New

York, N.Y.), v. 9, n. 9, p. 716–22, set. 2007.

ROUSSEAU, P. et al. The 14 bp deletion-insertion polymorphism in the 3’ UT region of the

HLA-G gene influences HLA-G mRNA stability. Human immunology, v. 64, n. 11, p.

66

1005–10, nov. 2003.

RUBATTU, S. et al. Differential modulation of AMPK/PPARα/UCP2 axis in relation to

hypertension and aging in the brain, kidneys and heart of two closely related spontaneously

hypertensive rat strains. Oncotarget, v. 6, n. 22, p. 18800–18, 7 ago. 2015.

SAEED, M.; ROGAN, E.; CAVALIERI, E. Mechanism of metabolic activation and DNA

adduct formation by the human carcinogen diethylstilbestrol: the defining link to natural

estrogens. International journal of cancer, v. 124, n. 6, p. 1276–84, 15 mar. 2009.

SAGNE, C. et al. A meta-analysis of cancer risk associated with the TP53 intron 3 duplication

polymorphism (rs17878362): geographic and tumor-specific effects. Cell death & disease, v.

4, n. 2, p. e492, 2013.

SAGNE, C. et al. Age at cancer onset in germline TP53 mutation carriers: Association with

polymorphisms in predicted G-quadruplex structures. Carcinogenesis, v. 35, n. 4, p. 807–

815, 2014.

SAMEER, A. S. et al. Role of CYP2E1 genotypes in susceptibility to colorectal cancer in the

Kashmiri population. Human genomics, v. 5, n. 6, p. 530–7, out. 2011.

SANTOS, H. C. et al. A minimum set of ancestry informative markers for determining

admixture proportions in a mixed American population: the Brazilian set. European journal

of human genetics, n. July, p. 1–7, 23 set. 2015.

SANTOS, N. P. C. et al. Assessing individual interethnic admixture and population

substructure using a 48-insertion-deletion (INSEL) ancestry-informative marker (AIM) panel.

Human mutation, v. 31, n. 2, p. 184–90, fev. 2010.

SATO, R. et al. Aromatase in Colon Carcinoma. Anticancer Research, v. 3076, n. 2012, p.

3069–3075, 2012.

SAVAS, S.; LIU, G. Studying genetic variations in cancer prognosis (and risk): a primer for

clinicians. The oncologist, v. 14, n. 7, p. 657–66, jul. 2009.

SCHARLAU, D. et al. Mechanisms of primary cancer prevention by butyrate and other

products formed during gut flora-mediated fermentation of dietary fibre. Mutation

Research/Reviews in Mutation Research, v. 682, n. 1, p. 39–53, jul. 2009.

SCHOEN, R. E. et al. Colorectal-cancer incidence and mortality with screening flexible

sigmoidoscopy. The New England journal of medicine, v. 366, n. 25, p. 2345–57, 21 jun.

2012.

SHAW, G. M. et al. Thymidylate synthase polymorphisms and risks of human orofacial

clefts. Birth defects research. Part A, Clinical and molecular teratology, v. 97, n. 2, p. 95–

100, fev. 2013.

SHEN, R. et al. Genetic polymorphisms in the microRNA binding-sites of the thymidylate

synthase gene predict risk and survival in gastric cancer. Molecular carcinogenesis, v. 888,

n. January, p. 1–9, 2014.

SIEWCHAISAKUL, P. et al. Lack of Association between an XRCC1 Gene Polymorphism

and Colorectal Cancer Survival in Thailand. Asian Pacific journal of cancer prevention, v.

17, n. 4, p. 2055–60, 2016.

SILVA, T. et al. CYP2E1 RsaI and 96-bp insertion genetic polymorphisms associated with

67

risk for colorectal cancer. Genetics and molecular research, v. 11, n. 3, p. 3138–3145, 2012.

SLATTERY, M. L. et al. Variation in the CYP19A1 gene and risk of colon and rectal cancer.

C n r u & on rol : CCC, v. 22, n. 7, p. 955–63, jul. 2011.

SONEJI, S. et al. Racial disparities in stage-specific colorectal cancer mortality: 1960-2005.

American journal of public health, v. 100, n. 10, p. 1912–6, out. 2010.

STACEY, S. N. et al. A germline variant in the TP53 polyadenylation signal confers cancer

susceptibility. Nature genetics, v. 43, n. 11, p. 1098–103, nov. 2011.

STACK, D. E. et al. Molecular characteristics of catechol estrogen quinones in reactions with

deoxyribonucleosides. Chemical research in toxicology, v. 9, n. 5, p. 851–9, 1996.

STENSON, P. D. et al. Human Gene Mutation Database (HGMD): 2003 update. Human

mutation, v. 21, n. 6, p. 577–81, jun. 2003.

SUENAGA, M. et al. A phase I/II study of biweekly capecitabine and irinotecan plus

bevacizumab as second-line chemotherapy in patients with metastatic colorectal cancer. Drug

design, development and therapy, v. 9, p. 1653–62, 2015.

SUGIMOTO, M. et al. Influences of chymase and angiotensin I-converting enzyme gene

polymorphisms on gastric cancer risks in Japan. Cancer epidemiology, biomarkers &

prevention, v. 15, n. 10, p. 1929–34, out. 2006.

SUGIMURA, T. et al. Heterocyclic amines: Mutagens/carcinogens produced during cooking

of meat and fish. Cancer science, v. 95, n. 4, p. 290–9, abr. 2004.

SUN, T. et al. A six-nucleotide insertion-deletion polymorphism in the CASP8 promoter is

associated with susceptibility to multiple cancers. Nature genetics, v. 39, n. 5, p. 605–13,

maio 2007.

SUN, Y. et al. A novel TP53 pathway influences the HGS-mediated exosome formation in

colorectal cancer. Scientific reports, v. 6, p. 28083, 2016.

SWAN, J. et al. Progress in cancer screening practices in the United States: results from the

2000 National Health Interview Survey. Cancer, v. 97, n. 6, p. 1528–40, 15 mar. 2003.

TAN, T.; ZHANG, K.; SUN, W. C. Genetic variants of ESR1 and SGSM3 are associated with

the susceptibility of breast cancer in the Chinese population. Breast cancer (Tokyo, Japan),

18 jul. 2016.

TANG, K.-S. et al. Link between colorectal cancer and polymorphisms in the uridine-

diphosphoglucuronosyltransferase 1A7 and 1A1 genes. World journal of gastroenterology,

v. 11, n. 21, p. 3250–4, 7 jun. 2005.

THEODOROPOULOS, G. E. et al. Polymorphisms of caspase 8 and caspase 9 gene and

colorectal cancer susceptibility and prognosis. International journal of colorectal disease,

v. 26, n. 9, p. 1113–8, set. 2011.

TOMA, M. et al. Lack of association between ACE ID polymorphism and colorectal cancer in

Romanian patients. Chirurgia, v. 104, n. 5, p. 553–6, 2009.

TRABERT, B. et al. Pre-diagnostic serum levels of inflammation markers and risk of ovarian

cancer in the prostate, lung, colorectal and ovarian cancer (PLCO) screening trial.

Gynecologic oncology, v. 135, n. 2, p. 297–304, nov. 2014.

68

U.S. PREVENTIVE SERVICES TASK FORCE. Screening for colorectal cancer: U.S.

Preventive Services Task Force recommendation statement. Annals of internal medicine, v.

149, n. 9, p. 627–37, 4 nov. 2008.

VAIRAKTARIS, E. et al. Association of angiotensin-converting enzyme gene

insertion/deletion polymorphism with increased risk for oral cancer. Acta oncologica, v. 46,

n. 8, p. 1097–102, 2007.

VAN DER LOGT, E. M. J. et al. Genetic polymorphisms in UDP-glucuronosyltransferases

and glutathione S-transferases and colorectal cancer risk. Carcinogenesis, v. 25, n. 12, p.

2407–15, dez. 2004.

VARELA, L.; SCHWARTZ, M. L.; HORVATH, T. L. Mitochondria controlled by UCP2

determine hypoxia-induced synaptic remodeling in the cortex and hippocampus.

Neurobiology of disease, v. 90, p. 68–74, jun. 2016.

VOLONTÉ, A. et al. Cancer-initiating cells from colorectal cancer patients escape from T

cell-mediated immunosurveillance in vitro through membrane-bound IL-4. Journal of

immunology, v. 192, n. 1, p. 523–32, 1 jan. 2014.

VYMETALKOVA, V. et al. Genotype and Haplotype Analyses of TP53 Gene in Breast

Cancer Patients: Association with Risk and Clinical Outcomes. PloS one, v. 10, n. 7, p.

e0134463, 2015.

WANG, B. S. et al. Functional polymorphisms in microRNAs and susceptibility to liver

cancer: a meta-analysis and meta-regression. G n n mol ul r r r h : GM , v.

13, n. 3, p. 5426–40, 2014a.

WANG, C. et al. Association between an insertion/deletion polymorphism within 3’UTR of

SGSM3 and risk of hepatocellular carcinoma. Tumour b olo y : h journ l of h

International Society for Oncodevelopmental Biology and Medicine, v. 35, n. 1, p. 295–

301, jan. 2014b.

WANG, C. et al. A functional variant at miRNA-122 binding site in IL-1a 3’ UTR predicts

risk of recurrence in patients with oropharyngeal cancer. Oncotarget, 21 abr. 2016.

WANG, J. et al. Thymidylate synthase genetic polymorphisms and colorectal cancer risk: a

meta-analysis. Clinics and research in hepatology and gastroenterology, v. 38, n. 4, p.

481–90, set. 2014c.

WANG, T.-P. et al. Folate deprivation enhances invasiveness of human colon cancer cells

mediated by activation of sonic hedgehog signaling through promoter hypomethylation and

cross action with transcription nuclear factor-kappa B pathway. Carcinogenesis, v. 33, n. 6,

p. 1158–68, jun. 2012.

WANG, X. et al. Updated meta-analysis of NFkappaB1 -94ins/Delattg promoter

polymorphism and cancer risk based on 19 case-control studies. Asian Pacific journal of

n r pr n on : APJCP, v. 12, n. 10, p. 2479–84, 2011.

WANG-GOHRKE, S. et al. Intron 3 16 bp duplication polymorphism of p53 is associated

with an increased risk for breast cancer by the age of 50 years. Pharmacogenetics, v. 12, n. 3,

p. 269–72, abr. 2002.

WHIBLEY, C.; PHAROAH, P. D. P.; HOLLSTEIN, M. p53 polymorphisms: cancer

implications. Nature reviews. Cancer, v. 9, n. 2, p. 95–107, fev. 2009.

69

WHIFFIN, N.; HOULSTON, R. S. Architecture of inherited susceptibility to colorectal

cancer: a voyage of discovery. Genes, v. 5, n. 2, p. 270–84, 2014.

WISEMAN, M. The second World Cancer Research Fund/American Institute for Cancer

Research expert report. Food, nutrition, physical activity, and the prevention of cancer: a

global perspective. The Proceedings of the Nutrition Society, v. 67, n. 3, p. 253–6, ago.

2008.

WU, B. U.; LONGSTRETH, G. F.; NGOR, E. W. Screening colonoscopy versus

sigmoidoscopy: implications of a negative examination for cancer prevention and racial

disparities in average-risk patients. Gastrointestinal endoscopy, v. 80, n. 5, p. 852–61.e1–2,

nov. 2014.

WU, Z. et al. Association between main Caspase gene polymorphisms and the susceptibility

and prognosis of colorectal cancer. Medical oncology (Northwood, London, England), v.

30, n. 3, p. 565, 2013.

XIAO, M.-S. et al. Genetic polymorphisms of the CASP8 gene promoter may not be

associated with colorectal cancer in Han Chinese from southwest China. PloS one, v. 8, n. 7,

p. e67577, 2013.

YAN, H. et al. Lack of association between an insertion/deletion polymorphism in IL1A and

risk of colorectal cancer. G n n mol ul r r r h : GM , v. 14, n. 3, p. 8490–5,

2015.

YANCIK, R.; RIES, L. A. Cancer in older persons. Magnitude of the problem--how do we

apply what we know? Cancer, v. 74, n. 7 Suppl, p. 1995–2003, 1 out. 1994.

YANG, X. et al. Association between NFKB1 -94ins/del ATTG Promoter Polymorphism and

Cancer Susceptibility: An Updated Meta-Analysis. International journal of genomics, v.

2014, p. 612972, 2014.

YANG, Z.-H. et al. Association of IL-1 polymorphisms and IL-1 serum levels with

susceptibility to nasopharyngeal carcinoma. Molecular carcinogenesis, v. 50, n. 3, p. 208–

14, mar. 2011.

YE, S.-R. et al. Human leukocyte antigen G expression: as a significant prognostic indicator

for patients with colorectal cancer. Modern pathology, v. 20, n. 3, p. 375–83, mar. 2007.

YE, Y. N. et al. The modulating role of nuclear factor-kappaB in the action of alpha7-

nicotinic acetylcholine receptor and cross-talk between 5-lipoxygenase and cyclooxygenase-2

in colon cancer growth induced by 4-(N-methyl-N-nitrosamino)-1-(3-pyridyl)-1-butanone.

The Journal of pharmacology and experimental therapeutics, v. 311, n. 1, p. 123–30, out.

2004.

YIGIT, B. et al. Effects of ACE I/D polymorphism on prostate cancer risk, tumor grade and

metastatis. Anticancer research, v. 27, n. 2, p. 933–6, 2007.

YU, X. et al. Insertion/deletion polymorphism in IL1A 3’-UTR is associated with

susceptibility to endometrial cancer in Chinese Han women. The journal of obstetrics and

gynaecology research, v. 42, n. 8, p. 983–9, ago. 2016.

YU, Z. et al. Human DNA repair systems: an overview. Environmental and molecular

mutagenesis, v. 33, n. 1, p. 3–20, 1999.

ZARIDZE, D. G. Molecular epidemiology of cancer. Biochemistry, v. 73, n. 5, p. 532–42,

70

maio 2008.

ZEESTRATEN, E. C. M. et al. Combined analysis of HLA class I, HLA-E and HLA-G

predicts prognosis in colon cancer patients. British journal of cancer, v. 110, n. 2, p. 459–

68, 21 jan. 2014.

ZENG, X.-F.; LI, J.; LI, S.-B. A functional polymorphism in IL-1A gene is associated with a

reduced risk of gastric cancer. Tumour b olo y : h journ l of h In rn on l So y

for Oncodevelopmental Biology and Medicine, v. 35, n. 1, p. 265–8, jan. 2014.

ZHANG, J. et al. An insertion/deletion polymorphism in the interleukin-1A 3’untranslated

region confers risk for gastric cancer. C n r b om rk r  : on A of D m rk r ,

v. 16, n. 3, p. 359–65, 30 mar. 2016.

ZHANG, Z. et al. A polymorphism at miRNA-122-binding site in the IL-1α 3’UTR is

associated with risk of epithelial ovarian cancer. Familial cancer, v. 13, n. 4, p. 595–601,

dez. 2014.

ZHOU, B. et al. Relationship between NFKB1 -94 insertion/deletion ATTG polymorphism

and susceptibility of cervical squamous cell carcinoma risk. Ann l of on olo y : off l

journal of the European Society for Medical Oncology / ESMO, v. 21, n. 3, p. 506–11,

mar. 2010.

ZHOU, J.-Y. et al. The association between two polymorphisms in the TS gene and risk of

cancer: a systematic review and pooled analysis. International journal of cancer., v. 131, n.

9, p. 2103–16, 1 nov. 2012.

ZHOU, X.; LIN, C. Survivin and angiotensin-converting enzyme polymorphisms with risk of

colorectal cancer: a systematic review and meta-analysis. World journal of surgical

oncology, v. 13, p. 27, 2015.

I

ANEXO

II

Anexo A – Parecer do Comitê de Ética

III

IV

APÊNDICE

V

Apêndice A – Questionário

Questionário

Nº:____

Projeto de Pesquisa: TODOS CONTRA O CÂNCER COLORRETAL - BUSCA PELO

DIAGNÓSTICO PRECOCE

Pesquisadora Responsável: ____________________________________________________

Data inclusão: _____ / _____ / _____

I PARTE: Identificação do Sujeito da Pesquisa

II PARTE: Parâmetros Socio-econômico

01. Nacionalidade (País): _______________________ (Brasileiro, italiano, espanhol , português, francês, etc)

02. Naturalidade (Cidade): _________________________

03. Raça/Cor:

( )BRANCA ( )NEGRA ( )PARDO ( )AMARELA ( )INDÍGENA ( )MESTIÇO

04. Qual Profissão exerce atualmente?

____________________________________________________________________

III PARTE: Parâmetros Clínicos pessoais e familiar 01. Apresenta alguma(s) destas Doenças?

( ) OBESIDADE Tratado? Sim ( ) Não ( ) ( ) DIABETES Tratado? Sim ( ) Não ( ) ( ) HIPERTENSÃO Tratado? Sim ( ) Não ( ) ( ) DISLIPIDEMIA Tratado? Sim ( ) Não ( ) ( ) HIPERTIREOIDISMO Tratado? Sim ( ) Não ( ) ( ) HIPOTIREOIDISMO Tratado? Sim ( ) Não ( ) ( ) DOENÇA ENAL Qual? ____________________________ ( ) DOENÇA HEPÁTICA Qual? ____________________________ ( ) DOENÇA PULMONAR Qual? ____________________________ ( ) DOENÇA INFLAMATÓRIA CRÔNICA Qual? ____________________________ ( ) INFECÇÃO Qual? ____________________________ ( ) CÂNCER Qual? ____________________________ ( ) ANEMIA Qual? ____________________________ ( ) VIROSE Qual? ____________________________ ( ) ALERGIA Qual? ____________________________ ( ) PARASITOSE Qual? ____________________________ ( ) ALTERAÇÃO DAS FEZES Qual? ____________________________ ( ) SANGUE NO PAPEL HIGIÊNICO Qual frequência?___________________ ( ) PROBLEMA DE PRISÃO DE VENTRE ( ) DIARRÉIA CONSTANTE Qual frequência?___________________ ( ) PERÍODO MENSTRUAL ( ) NÃO APRESENTA NENHUMA DOENÇA OU DESCONHECE

Nome do voluntário: Sexo: M F

Prontuário LNRCC: Data de nascimento: / /

Endereço: Nº: Bl: apto:

Bairro: Cidade: CEP:

Telefone: e-mail:

VI

02. Tem História Familiar de alguma(s) destas Doenças? ( ) OBESIDADE ( ) DIABETES Quem? ___________________________ ( ) HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Quem? ___________________________

( ) DISLIPIDEMIA (Aumento de colesterol, triglicerídeos ou redução de HDL)

Quem? ___________________________

( ) HIPER ou HIPOTIREOIDISMO Quem? ___________________________ ( ) FALECIDO POR CÂNCER Quem? ___________________________ ( ) OUTRAS Qual? ____________________________ ( ) NÃO APRESENTA HISTÓRIA FAMILIAR DE NENHUMA DOENÇA OU DESCONHECE

03. Faz uso de algum medicamento? SIM( ) NÃO( ) (Se SIM) Qual(is)? __________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 04. Tem prisão de ventre/ dificuldade de evacuar? SIM( ) NÃO( ) Que frequencia? _______________________________________________________________________________________ 05. Tem cólicas abdominais? SIM( ) NÃO( ) Que frequencia? _______________________________________________________________________________________ 06.Já observou sangue nas fezes? SIM( ) NÃO( ) Que frequência? _______________________________________________________________________________________ 07. Notou alguma mudança no aspecto das suas fezes ? SIM( ) NÃO( ) Qual e que frequência? _________________________________________________________________________________ 08. Já realizou o exame de colonoscopia? SIM( ) NÃO( ) (Se SIM) Por quê? _________________________________________________________________________ Quantas vezes?_____________________________________________________________________________ IV PARTE: Parâmetros Físicos e Alimentares 01. Costuma praticar algum tipo de exercício? SIM( ) NÃO( ) (Se SIM) Qual (is)? _____________________________________________________________________________________ Com que frequência? ( )TODOS OS DIAS ( ) DE 3 A x POR SEMANA ( ) MENOS DE TRÊS x / SEMANA Duração do exercício: ( ) 30 MINUTOS ( ) 1 HORA ( ) MAIS DE 1 HORA 02. Exame Físico a) Pressão Arterial:____x___mmHg b) Peso:______Kg c) Altura:_______metros 03. Faz uso de bebida alcoólica? ( ) TODOS OS DIAS ( )2 A 3x POR SEMANA ( )1x POR SEMANA ( )RARÍSSIMAS VEZES ( )NÃO

VII

04. Fuma? SIM( ) NÃO( ) PAROU DE FUMAR( ) (Se SIM) Quantos cigarros por dia?___________________ Há quanto tempo fuma?_______________________ Idade que começou a fumar? __________________ (Se PAROU DE FUMAR) Parou á quanto tempo?___________________ 05. Você se considera uma pessoa: ( )CALMA ( )ESTRESSADA/IRRITADA ( )POUCO ANCIOSA/NERVOSA ( )MUITO ANCIOSA/NERVOSA

VIII

Apêndice B – Ficha de dados clínicos

CÂNCER COLORRETAL – FICHA DE DADOS CLÍNICOS

ID: Data de nascimento: ____/____/____ Prontuário:

Nome completo: Sexo:

Idade do diagnóstico: Data da cirurgia: ____/____/____ Data do laudo: ____/____/____

Localização:

( ) Ceco ( ) Ascendente ( ) Transverso ( ) Descendente ( ) Sigmóide ( ) Reto

Classificação histológica (OMS):

Tumor epitelial

1. ( ) Adenoma

a. ( ) Tubular b. ( ) Viloso c. ( ) Tubuloviloso d. ( ) Serrado

2. ( ) Neoplasia intraepitelial (Displasia)

a. ( ) Glandular de baixo grau b. ( ) Glandular de alto grau

3. ( ) Carcinoma

a. ( ) Adenocarcinoma b. ( ) Adecocarcinoma

muscinoso

c. ( ) Carcinoma de

célula em anel-Signet

d. ( ) Carcinoma de

pequenas células

e. ( ) Carcinoma de

célula escamosa

f. ( ) Carcinoma

adenoescamoso

g. ( ) Carcinoma

medular

h. ( ) Carcinoma

indiferenciado

i. ( ) Outros:

Grau de diferenciação:

( ) Bem ( ) Moderado ( ) Pobre ( ) Indiferenciado

Estadiamento: _____ T _____ N _____ M

Se houver presença de mestástase, especificar:

( ) Local ( ) Distante __________________________

Outro tumor primário: ( ) Não ( ) Sim

Local / Idade: ___________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________

IX

Apêndice C – Resumos apresentados em congressos

RESUMOS APRESENTADOS EM CONGRESSOS

SANTOS, DMC; COSTA, LRF; COSTA, LLF; OLIVEIRA, KM; PINTO, PDC; RIBEIRO-

DOS-SANTOS, AKC; SANTOS, SEB; SILBIGER, VN; LUCHESSI, AD. Ancestry

distribution effect on allelic frequency of NFKB1 (rs28362491) in Brazilian population. In:

45ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular, 2016,

Natal/RN.

SANTOS, DMC; COSTA, LRF; COSTA, LLF; CORREA, RS; BORGES, AMP; ITO, FR;

RAMOS, CCO; RIBEIRO-DO-SANTOS, AKC; SANTOS, SEB; BORTOLIN, RH;

LUCHESSI, AD; SILBIGER, VN. Association of IL4 (rs79071878) and TYMS (rs51264360)

polymorphism with colorectal câncer (CRC) risk in Brazilian populations. In: 45ª Reunião

Anual da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular, 2016, Natal/RN.

ARAÚJO, JNG; SANTOS, ICC; SANTOS, DMC; GENRE, J; TRINDADE, RL; RAMOS,

CCO; SILBIGER, VN; LUCHESSI, AD. Genetic markers of predisposition to thyroid

câncer: a pilot study in Rio Grande do Norte. In: 45ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira

de Bioquímica e Biologia Molecular, 2016, Natal/RN.

SANTOS, DMC; COSTA, LRF; COSTA, LLF; PINTO, PDC; LUCHESSI, AD; SANTOS,

SEB; RIBEIRO-DOS-SANTOS, AKC; SILBIGER, VN. Evaluation combined of IL4 and

TYMs genes in CRC risk. In: XXVIII Congresso Brasileiro de Genética Médica/ I Congresso

Latino Americano de Genética Humana/ II Congresso Brasileiro de Enfermagem em Genética

e Genômica, 2016, Belém do Pará/PA. Anais do XXVIII Congresso Brasileiro de Genética

Médica, Oncogenética, 2016.

X

Apêndice D – Manuscrito do artigo produzido durante o mestrado 1

Manuscript Type: Research Article 2

Reference: IEEE 3

Association of IL4 (rs79071878) and TYMS (rs51264360) Polymorphisms with 4

Colorectal Cancer (CRC) Risk in Brazilian Population: a Case-Control Study 5

6

Diego Marques1,2,5

, Layse Raynara Ferreira Costa1,2

, Lorenna Larissa Ferreira Costa1,2

, 7

Romualdo da Silva Correa3, Aline Maciel Pinheiro Borges

3, Fernanda Ribeiro Ito

3, 8

Carlos Cesar de Oliveira Ramos4, Raul Hernandes Bortolin

2, André Ducati Luchessi

1,2, 9

Andrea Kely Campos Ribeiro dos Santos5, Sidney Emanuel Batista dos Santos

5, Vivian 10

Nogueira Silbiger1,2*

11

1Laboratório de Bioanálise e Biotecnologia Molecular, Universidade Federal do Rio 12

Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brazil; 2Departamento de Análises 13

Clínicas e Toxicológicas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio 14

Grande do Norte, Brazil; 3Departamento de Cirurgia Oncológica, Liga Norte 15

Riograndense Contra o Câncer, Natal, Rio Grande do Norte, Brazil; 4

Laboratorio de 16

Patologia e Citopatologia, Liga Norte Riograndense Contra o Câncer, Natal, Rio Grande 17

do Norte, Brazil; 5Laboratório de Genética Humana e Médica, Universidade Federal do 18

Pará, Belém, Pará, Brazil. 19

* Corresponding to: Vivian Nogueira Silbiger, Professor, Departamento de Análises 20

Clínicas e Toxicológicas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio 21

Grande do Norte, Brazil. Av. General Gustavo Cordeiro de Faria S/N, Petrópolis, 22

59012-570 - Natal - RN, Brazil. [email protected]. Telephone: +55 84 3342 23

9807, Fax: +55 84 3342 9833. 24

25

XI

ABSTRACT 26

BACKGROUND: Colorectal cancer (CRC) is the third most common cancer in men 27

and the second in women, worldwide. Among several mutations that may occur in the 28

human DNA, the influence of Insertion-Deletions (INDEL) on cancer risk. Few studies 29

have been developed in admixed population, such as Brazil. The understanding about 30

INDEL are important for profiling genetic variations within genomes because they may 31

cause human diseases, including CRC, by modifying coding region or mRNA stability. 32

The aim of this study was to perform a case-control study to determine the association 33

between CRC risk and 14 INDEL and 2 Variable Number Tandem Repeat (VNTR) 34

polymorphisms in genes involved in apoptosis signaling (CASP8 [rs3834129]), 35

GTPase-activating (SGSM3 [rs56228771]), steroids metabolism (CYP2E1 [96 bp], 36

CYP19A1 [rs28892005], and UGT1A1 [rs8175347]), immune system (HLAG 37

[rs371194629], IL1A [rs3783553], IL4 [rs79071878], and NFKB1 [rs28362491]), 38

MDM2-P53 pathway (MDM2 [rs3730485] and TP53 [rs17878362 and rs17880560]), 39

DNA replication and repair (TYMS [rs151264360] and XRCC1 [rs3213239]) and 40

angiogenesis (UCP2 [45 bp] and ACE [rs4646994]) in a population from Rio Grande do 41

Norte state (Northeast Region of Brazil). Moreover, it was also evaluated the autosomal 42

ancestry distribution between cases and controls, considering that the Brazilian 43

population is genetically influenced by many ethnic groups. METHODS: The research 44

participants were chosen based on a case-control study design, of which 140 individuals 45

were patients with CRC and 140 were cancer-free individuals from Rio Grande do 46

Norte state, Brazil. The polymorphisms and ancestry distribution were typed by 47

Multiplex-PCR using the ABI PRISM 3130 and analyzed with GeneMapper ID v3.2. 48

Statistical analysis was performed using R v3.1. RESULTS: The studied groups had 49

homogeneous ancestry distribution. Moreover, logistic regression analysis showed that 50

XII

polymorphism variations in IL4 (p-value=0.001) and TYMS (p-value=0.0165) genes 51

were associated with increased CRC risk. CONCLUSION: In summary, in this case-52

control study, we showed that IL4 (rs79071878) and TYMS (rs151264360) were 53

associated with increase in CRC risk. This is the first study about the relation of these 54

polymorphisms with CRC in Brazilian population and it demonstrated to be a promising 55

research field. In addition, further population-based association studies should be 56

performed in other admixed groups to increase the knowledge about CRC 57

carcinogenesis. 58

Key words: Admixed population; Potential biomarker; Colorectal cancer; 59

Insertion-deletion polymorphism; INDEL; Variable Number Tandem polymorphism; 60

VNTR; Risk association 61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

XIII

76

BACKGROUND 77

According to GLOBOCAN [1], colorectal cancer (CRC) is the third most 78

common cancer type in men and the second in women, worldwide. It is estimated that, 79

in 2015, more than 1.4 million new cases of CRC were diagnosed and there were 750 80

thousand cases of death due to this type of cancer. In addition, an increase of 13.6% in 81

the number of patients diagnosed with CRC and an increase of 8.5% in the number of 82

death cases from CRC are expected for 2020 [1]. 83

In the regional context, GLOBOCAN [1] also estimated that, in 2015, more than 84

34 thousand new patients with CRC were diagnosed in Brazil and about 17 thousand 85

patients with CRC will die. In addition, these predictions are estimated to increase by 86

28.6% and 29.7%, respectively, in 2020 [1]. 87

The interaction between environment and genetic factors is strongly associated 88

with carcinogenesis [2], [3]. These factors are wide and vary according to the cancer 89

geographic regions [4]. However, the inherited susceptibility is a major component of 90

CRC predisposition, with an estimated 12–35% risk attributed to genetic factors [5]–[7]. 91

Among several mutations that may occur in the human DNA such as 92

substitution, insertion, and deletion [8]. The second most abundant form of genetic 93

variation in humans, after Single Nucleotide Polymorphisms (SNPs), are the Insertion-94

Deletions (INDEL) [9]. 95

The understanding about INDEL are important for profiling genetic variations 96

within genomes [10], [11] because they may alter human traits and cause human 97

diseases [9], [12], including CRC [13], by modifying the coding region [9], [12] or 98

mRNA stability [14]. 99

XIV

Some pathways have been involved with carcinogenesis process, like as 100

apoptosis signaling [15], GTPase-activating [16], steroids metabolism [17], [18], 101

immune system [19], MDM2-P53 pathway [20], DNA replication and repair [21] and 102

angiogenesis [22]. 103

Among genes involved in these pathways, recent studies have described the 104

effect of mutant allele in ACE [23], CASP8 [24], SGSM3 [25], CYP19A1 [24], CYP2E1 105

[26], HLAG [27], IL1A [28], IL4 [29], MDM2 [30], NFKB1 [31], TP53 [32], TYMS [33], 106

UCP2 [34], UGT1A1 [35], and XRCC1 [36] polymorphisms with the risk of cancer 107

development. 108

Furthermore, allele frequency varies among different populations [37], and few 109

studies have been developed in admixed populations, such as Brazil. In addition, 110

ancestry distribution in an admixed population may influence cancer development 111

susceptibility [24], [38] and impact on the polymorphism distribution [39]. 112

Thus, the aim of this study was to perform a case-control study to determine the 113

association between CRC risk and 16 polymorphisms (14 INDEL and 2 Variable 114

Number Tandem Repeat (VNTR)) in genes involved in apoptosis signaling (CASP8), 115

GTPase-activating (SGSM3), steroids metabolism (CYP2E1, CYP19A1, and UGT1A1), 116

immune system (HLAG, IL1A, IL4, and NFKB1), MDM2-P53 pathway (MDM2 and 117

TP53), DNA replication and repair (TYMS and XRCC1) and angiogenesis (UCP2 and 118

ACE) in a population from Rio Grande do Norte state (in the Northeast Region of 119

Brazil). Moreover, the autosomal ancestry distribution between cases and controls was 120

also evaluated, considering that the Brazilian population is genetically influenced by 121

many ethnic groups. 122

123

124

XV

METHODS 125

Ethics statement 126

The protocol used in this study was approved by the Committee for Research 127

Ethics of Liga Norte Riograndense Contra o Câncer (Rio Grande do Norte, Brazil). All 128

participants signed informed written consent prior to providing a blood sample. 129

130

131

Cases and controls 132

The research participants were chosen based on a case-control study design. The 133

patients in the case group (n = 140) were diagnosed with CRC as primary cancer and 134

treated in Liga Norte Riograndense Contra o Câncer (Rio Grande do Norte state, 135

Brazil). They were recruited between 2012 and 2014. The control subjects were blood 136

donors who self-declared being cancer-free (n = 140) from the hemotherapy service 137

(Hemovida, Rio Grande do Norte, Brazil) and were recruited in 2014. 138

Peripheral blood samples and questionnaire answers were collected from all 139

subjects. Clinicopathological data from the patients with CRC were obtained by 140

consulting the patients’ clinical charts. 141

142

DNA extraction and quantification 143

Genomic DNA was extracted by using a DNA extraction commercial kit, 144

QIAamp DNA Blood Mini Kit (Qiagen, Hilden, Germany), and quantified with Qubit® 145

2.0 Fluorometer (Invitrogen, Carlsbad, CA, USA). 146

147

Polymorphism analysis 148

XVI

Multiplex polymerase chain reaction (PCR) was used to simultaneously amplify 149

the 16 investigated markers, as shown in Table 1. 150

The amplification was performed on an ABI Verity thermocycler (Life 151

Technologies, Foster City, CA, USA). The PCR based genotyping assay used a 152

QIAGEN Multiplex-PCR kit (QIAGEN) according to the manufacturer’s instructions. 153

The samples were incubated at 95C for 15 min, followed by 35 cycles at 94C for 45 s, 154

60C for 90 s, and 72C for 1 min, with a final extension at 70C for 30 min. For 155

fragment analysis using capillary electrophoresis, 1.0 μL of PCR product was added to 156

8.5 μL of HI-DI deionized formamide (Life Technologies) and 0.5 μL of GeneScan 500 157

LIZ pattern size standard (Life Technologies). DNA fragments were separated by using 158

the ABI PRISM 3130 genetic analyzer (Life Technologies) and analyzed by using the 159

GeneMapper ID v.3.2 software (Life Technologies). 160

161

Analysis of genetic ancestry 162

Ancestry analysis was performed according to the method described by Santos et 163

al. [40] using 48 autosomal ancestry informative markers (AIMs). Three multiplex real 164

time-PCR reactions of 16 markers were performed and the amplicons were analyzed by 165

electrophoresis using the ABI Prism 3130 sequencer and GeneMapper ID v.3.2 166

software. The individual proportions of European, African, and Amerindian genetic 167

ancestries were estimated using STRUCTURE v.2.3.3 software, assuming three parental 168

populations (European, African, and Amerindian). 169

170

Statistical analysis 171

All statistical analysis and plotting were performed with the R package v.3.1.2 172

[41]. The comparisons between case and control participants in relation to the 173

XVII

categorical variables were tested in pairs by Chi-squared test. For the comparison of 174

ancestry index among the samples and age at diagnosis, we used Mann-Whitney test. 175

Logistic regression analyses were, performed by SNPassoc package v.1.9-2, carried out 176

to estimate additive model ORs and their 95% CIs were used to determine the 177

association strength between each genetic variation and CRC risk. All statistical tests 178

were based on a two-tailed probability and p-value < 0.05 was considered significant. 179

180

181

RESULTS 182

Demographic and clinical characteristics 183

We analyzed 140 subjects with CRC and 140 cancer-free individuals. Table 2 184

shows the demographic features of the groups. The case group was mainly composed of 185

females, while the control group had a higher proportion of males. The results showed a 186

statistically significant difference between the case and control groups in term of age at 187

diagnosis, gender and tobacco consumption. Regarding genomic ancestry, significance 188

was observed regarding African subjects (p-value = 0.049), Table 3. However, when 189

performed an analysis of multinomial logistic regression, there was no difference 190

between groups. 191

The clinical characteristics of the patients with CRC are listed in Table 4. The 192

first diagnosed prevalence was cancer in the rectosigmoid site (82.1%). Using the 193

guidelines of The American Joint Committee on Cancer (AJCC) staging system to 194

classify clinical and pathologic staging, the predominance of stage III (29.3%) is shown. 195

Additionally, they were followed-up for up to 18 years (median: 3 years). 196

197

Distribution of genotypes associated with susceptibility to CRC 198

XVIII

Genotypic and allelic frequencies of the subjects are presented in the Table 5. 199

Genotypic frequency (p-value = 0.01) and allelic frequency (p-value = 0.01) of IL4 gene 200

polymorphism were significantly different between cases and controls when comparing 201

the prevalence of two (D) and three (I) tandem repeats of 70 bp in intron 3. Patients with 202

CRC presented higher frequency of two tandem repeats than the controls. 203

All analyses of polymorphism association were performed by logistic regression 204

analyses to the additive model (Table 5). The adjusted variables were age at diagnosis, 205

gender, alcohol consumption, tobacco consumption and ancestry distribution. Allele D 206

of the studied polymorphism in the IL4 gene was associated with an increased risk of 207

CRC development (p-value = 0.001). The allele insertion in the TYMS gene was also 208

associated with increased risk of developing CRC (p-value = 0.0165). 209

No statistical significance was detected when polymorphisms in ACE, CASP8, 210

CYP2E1, SGSM3, CYP19A1, HLAG, IL1A, MDM2 NFKB1, TP53 [16 and 6 bp], UCP2, 211

UGT1A1, and XRCC1 genes were analyzed using single and multiple logistic 212

regression. 213

214

DISCUSSION 215

Despite effective strategies for prevention, early detection, and treatment, [42]–216

[47] there continue to differences in CRC incidence and survival by ethnicity [48], [49]. 217

Specifically, African Americans have higher CRC incidence and lower 5-years survival 218

rates than other ethnic groups [48], [49]. 219

In the present study, we evaluated the association between 14 INDEL (ACE, 220

CASP8, SGSM3, CYP19A1, CYP2E1, HLAG, IL1A, MDM2, NFKB1, TP53 [16 and 6 221

bp], TYMS, UCP2, and XRCC1) and 2 VNTR (IL4 and UGT1A1) and the risk of 222

developing CRC in a Brazilian population. To the best of our knowledge, this is the first 223

XIX

study attempting to identify the association of these INDEL and VNTR polymorphisms 224

with CRC in this admixed population. 225

We observed that the VNTR polymorphisms in intron 3 of the IL4 gene 226

(rs79071878) and INDEL in the 3-untranslated region (UTR) of TYMS gene 227

(rs151264360) were associated with an increased risk of CRC. This is especially 228

important because it corroborates with other studies performed in different populations. 229

This study also evaluated the ancestry contribution of all subjects. Our results 230

showed that the cases and controls were significance different in relation to African 231

ancestry contribution. This finding is consistent with others studies have also suggested 232

that African Americans patients may have a higher prevalence of CRC compared with 233

others patients [50]–[52], and may have genetic association [53]. However, when 234

stratifying the African contribution between the groups every 10%, this difference was 235

lost; and more studies should be conducted to confirm the findings. 236

Studies exploring the relative contribution of ancestry in Brazilian populations 237

through autosomal genomics also showed higher European contribution across all 238

regions of the country [54], despite some variations in their estimations, as shown by 239

Santos et al. [55] (African = 50%, European = 43%, and Amerindian = 7% in Bahia 240

state), Pinto et al. [56] (European = 46.1%, American = 30.3%, and African = 23.6% in 241

Pará state), and Carvalho et al. [24] (European = 50.5%, American = 29.4%, and 242

African = 20.4% in Pará state). 243

In addition, Carvalho et al. [24] observed that ancestry distribution may 244

influence the susceptibility to cancer development and Cassiano et al. [39] 245

demonstrated that ancestry distribution impact on the distribution of gene 246

polymorphisms. 247

XX

Variations in the IL-4 activity or in the IL-4 receptor due to mutations have been 248

associated with cell proliferation and might affect signal transduction pathways in 249

cancer [29]. We evaluated the VNTR of two and three tandem repeats of 70 bp in intron 250

3 of the IL4 gene (rs79071878), a variation that may influence the production of this 251

cytokine, and has been associated with gastric cancer [29] and other immunologic 252

diseases [57], [58]. However, this is the first study indicating an association between 253

this IL4 polymorphism and the risk of developing CRC. 254

Furthermore, higher IL-4 production may result in the escape of tumor cells 255

from immune surveillance due to diminished cell-mediated immune response. The cell-256

mediated immune response may be inhibited by downregulating the expression of Th1 257

cytokines and by decreasing the quantity and quality of the CD8+ T-cell response in the 258

tumor microenvironment [29], [59], [60]. 259

We showed a high frequency of the VNTR three tandem repeat allele in patients 260

with CRC (I = 0.69, I/I = 0.49, and I/D = 0.40) and controls (I = 0.79, I/I = 0.60, and I/D 261

= 0.37). Nakashima et al. [59] showed that allele and genotype frequency of this VNTR 262

in Japanese and Caucasian populations were strikingly different. 263

Moreover, allele D was more prevalent in Japanese (D = 0.67, D/D = 0.45, and 264

I/D = 0.45, 216 participants) than in Caucasian subjects (D = 0.09, D/D = 0, and I/D = 265

0.18, 246 participants) [59]. These results suggest that the higher frequency of allele I in 266

our population may be related to the high Caucasian contribution, confirmed by Amador 267

et al [61]. 268

The logistic regression analysis indicated that the D allele was associated with 269

the risk of developing CRC (I vs. D, OR = 2.79, 95% CI = 1.48–5.26) and are consistent 270

with the data reported by Canbantous et al. [58] and Nakashima et al. [59]. 271

XXI

Nakashima et al. [59] observed significant differences among genotypes in the 272

IL-4 producing proportion of peripheral Th cells using an intracellular cytokine 273

detection assay and that the D allele may lead to IL-4 overexpression. These results 274

were confirmed by Canbantous et al. [58]. 275

The TYMS gene plays an essential role in the biosynthesis of the DNA-276

component thymidylate (dTTP) and is required for DNA replication and repair [62]. 277

The insertion of 6 bp in the 3-UTR of TYMS primary transcript (rs151264360) may 278

significantly influence gene expression as shown by using a luciferase assay [14]. 279

Studies indicate that it is associated with breast [63], gastric [64], colorectal [65], [66], 280

and other types of cancer [65], [67]. 281

In our study, no statistical significance was observed when analyzing the 282

prevalence of allele (p-value = 0.311) and genotype (p-value = 0.459) polymorphisms 283

between the cases and controls. However, insertion polymorphism was more prevalent 284

in cases (I = 0.68, I/I = 0.46, and D/I = 0.44) and controls (I = 0.64, I/I = 0.43, and D/I = 285

0.42). These results were according with the findings reported by Gallegos-Arreola et 286

al. [66], who compared 253 patients with CRC and 200 controls from Mexico. 287

The logistic regression indicated that insertion of 6bp was associated with 288

increased CRC risk development (D vs. I, OR = 2.04, 95% CI = 1.11–3.85, p-value = 289

0.0165), consistent with Mandola et al. [14] and Rahman et al. [68] in vitro results. 290

Mandola et al. [14] demonstrated that this polymorphism insertion may increase 291

TYMS mRNA stability and TYMS protein expression. Moreover, Rahman et al. [68] 292

showed that TYMS overexpression may induce the transformation of mammalian cells 293

into a malignant phenotype. 294

295

CONCLUSIONS 296

XXII

In summary, in this case-control study, we showed that polymorphisms in IL4 297

(rs79071878) and TYMS (rs151264360) genes were associated with increase in CRC 298

risk. This is the first study about these polymorphisms with CRC in the Brazilian 299

population and demonstrated to be a promising research field. 300

301

DATA AVAILABILITY 302

Data are available upon request to the corresponding author. 303

304

DECLARATIONS 305

Abbreviations: 306

CRC - Colorectal Cancer; SNPs - Single Nucleotide Polymorphisms; INDEL - 307

Insertion-Deletions; ACE - Angiotensin I Converting Enzyme; CASP8 - Caspase 8, 308

Apoptosis-Related Cysteine Peptidase; SGSM3 - Small G Protein Signaling Modulator 309

3; CYP19A1 - Cytochrome P450, Family 19, Subfamily A, Polypeptide 1; CYP2E1 - 310

Cytochrome P450, Family 2, Subfamily E, Polypeptide 1; HLAG - Major 311

Histocompatibility Complex, Class I, G; IL1A - Interleukin 1, Alpha; IL4 - Interleukin 312

4; MDM2 - MDM2 Proto-Oncogene, E3 Ubiquitin Protein Ligase; NFKB1 - Nuclear 313

factor of Kappa Light Polypeptide Gene Enhancer in B-Cells 1; TP53 - Tumor Protein 314

P53; TYMS - Thymidylate Synthetase; UCP2 - Uncouplin Protein 2 (Mitochondrial, 315

Proton Carrier); UGT1A1 - UDP Glucuronosyltransferase 1 Family, Polypeptide A1; 316

XRCC1 - X-Ray Repair Complementing Defective Repair in Chinese Hamster Cells 1; 317

VNTR - Variable Number Tandem Repeat; II - Insertion Homozygous Genotype; ID - 318

Heterozygous Genotype; DD - Deletion Homozygous Genotype; OR - Odds Ratio; 95% 319

CI - Confidence Interval 320

321

XXIII

Competing interests: 322

The authors declare that they have no competing interests. 323

324

Author contributions: 325

AKCRS, SEBS, ADL, and VNS conceived of the study, and participated in its 326

design and coordination. DM, LRFC and LLFC carried out the experiments. DM, 327

SEBS, RSC, AMPB, FRI, CCOR and VNS performed the statistical analysis. VNS, 328

ADL, RHB SEBS and AKCRS contributed reagents/materials/analysis tools. DM, VNS 329

e RHB helped to draft the manuscript. All authors read and approved the final 330

manuscript. 331

332

Acknowledgments: 333

We thank all participants who allowed us to carry out this study. We are also 334

grateful to the students and technicians from LGHM/UFPA/PA and LBBM-335

LABMULT/UFRN/RN. DM, LLFC, and RHB were recipients of fellowships from 336

CAPES, and LRFC was the recipient of a fellowship from CNPq during this study. 337

338

Funding: 339

VNS received financial support by CNPq (protocol 483031/2013-5), and 340

FAPERN (protocol 005/2011). AKCRS received financial support by CAPES (protocol 341

051/2013) and FAPESPA (protocol 155/2014). The funders had no role in study design, 342

data collection and analysis, decision to publish, or preparation of the manuscript. 343

References 344

[1] J. Ferlay, I. Soerjomataram, M. Ervik, R. Dikshit, S. Eser, Mathers, M. Rebelo, 345

D. Parkin, D. Forman, and F. Bray, “Cancer Incidence and Mortality Worldwide: 346

IARC CancerBase No. 11,” GLOBOCAN 2012 v1.0, 2015. [Online]. Available: 347

XXIV

http//globocan.iarc.fr/. [Accessed: 02-Dec-2015]. 348

[2] D. G. Zaridze, “Molecular epidemiology of cancer.,” Biochemistry, vol. 73, no. 5, 349

pp. 532–42, May 2008. 350

[3] J. Liu, C. He, Q. Xu, C. Xing, and Y. Yuan, “NOD2 polymorphisms associated 351

with cancer risk: a meta-analysis.,” PLoS One, vol. 9, no. 2, p. e89340, 2014. 352

[4] S. L. Gomez, S. Shariff-Marco, M. DeRouen, T. H. M. Keegan, I. H. Yen, M. 353

Mujahid, W. A. Satariano, and S. L. Glaser, “The impact of neighborhood social 354

and built environment factors across the cancer continuum: Current research, 355

methodological considerations, and future directions.,” Cancer, vol. 121, no. 14, 356

pp. 2314–30, Jul. 2015. 357

[5] U. Peters, S. Bien, and N. Zubair, “Genetic architecture of colorectal cancer.,” 358

Gut, vol. 64, no. 10, pp. 1623–36, Oct. 2015. 359

[6] P. Lichtenstein, N. V Holm, P. K. Verkasalo, A. Iliadou, J. Kaprio, M. 360

Koskenvuo, E. Pukkala, A. Skytthe, and K. Hemminki, “Environmental and 361

heritable factors in the causation of cancer--analyses of cohorts of twins from 362

Sweden, Denmark, and Finland.,” N. Engl. J. Med., vol. 343, no. 2, pp. 78–85, 363

Jul. 2000. 364

[7] K. Czene, P. Lichtenstein, and K. Hemminki, “Environmental and heritable 365

causes of cancer among 9.6 million individuals in the Swedish Family-Cancer 366

Database.,” Int. J. cancer., vol. 99, no. 2, pp. 260–6, May 2002. 367

[8] P. Iengar, “An analysis of substitution, deletion and insertion mutations in cancer 368

genes,” Nucleic Acids Res., vol. 40, no. 14, pp. 6401–6413, 2012. 369

[9] J. M. Mullaney, R. E. Mills, W. S. Pittard, and S. E. Devine, “Small insertions 370

and deletions (INDELs) in human genomes.,” Hum. Mol. Genet., vol. 19, no. R2, 371

pp. R131–6, Oct. 2010. 372

[10] R. E. Mills, W. S. Pittard, J. M. Mullaney, U. Farooq, T. H. Creasy, A. A. 373

Mahurkar, D. M. Kemeza, D. S. Strassler, C. P. Ponting, C. Webber, and S. E. 374

Devine, “Natural genetic variation caused by small insertions and deletions in the 375

human genome.,” Genome Res., vol. 21, no. 6, pp. 830–9, Jun. 2011. 376

[11] C. Boschiero, A. A. Gheyas, H. K. Ralph, L. Eory, B. Paton, R. Kuo, J. Fulton, 377

R. Preisinger, P. Kaiser, and D. W. Burt, “Detection and characterization of small 378

insertion and deletion genetic variants in modern layer chicken genomes.,” BMC 379

Genomics, vol. 16, p. 562, 2015. 380

[12] A. M. Veerappa, S. Vishweswaraiah, K. Lingaiah, N. M. Murthy, R. V Suresh, 381

XXV

K. Belur, N. B. Ramachandra, Tejaswini, N. B. Patel, and P. K. S. Gowda, 382

“Insertion-deletions burden in copy number polymorphisms of the Tibetan 383

population.,” Indian J. Hum. Genet., vol. 20, no. 2, pp. 166–74, Apr. 2014. 384

[13] X. Gao, S. Zhang, and Z. Zhu, “Genetic variation of ErbB4 confers risk of 385

colorectal cancer in a Chinese Han population.,” Cancer Biomark., vol. 14, no. 6, 386

pp. 435–9, 2014. 387

[14] M. V Mandola, J. Stoehlmacher, W. Zhang, S. Groshen, M. C. Yu, S. Iqbal, H.-J. 388

Lenz, and R. D. Ladner, “A 6 bp polymorphism in the thymidylate synthase gene 389

causes message instability and is associated with decreased intratumoral TS 390

mRNA levels.,” Pharmacogenetics, vol. 14, no. 5, pp. 319–27, May 2004. 391

[15] N. Mustapha, A. Pinon, Y. Limami, A. Simon, K. Ghedira, T. Hennebelle, and L. 392

Chekir-Ghedira, “Crataegus azarolus Leaves Induce Antiproliferative Activity, 393

Cell Cycle Arrest, and Apoptosis in Human HT-29 and HCT-116 Colorectal 394

Cancer Cells.,” J. Cell. Biochem., vol. 117, no. 5, pp. 1262–72, May 2016. 395

[16] C. Wang, H. Zhao, X. Zhao, J. Wan, D. Wang, W. Bi, X. Jiang, and Y. Gao, 396

“Association between an insertion/deletion polymorphism within 3’UTR of 397

SGSM3 and risk of hepatocellular carcinoma.,” Tumour Biol., vol. 35, no. 1, pp. 398

295–301, Jan. 2014. 399

[17] P. Pallante, S. Battista, G. M. Pierantoni, and A. Fusco, “Deregulation of 400

microRNA expression in thyroid neoplasias.,” Nat. Rev. Endocrinol., vol. 10, no. 401

2, pp. 88–101, Feb. 2014. 402

[18] M. Konstandi, J. Cheng, and F. J. Gonzalez, “Sex steroid hormones regulate 403

constitutive expression of Cyp2e1 in female mouse liver,” AJP Endocrinol. 404

Metab., vol. 304, no. 10, pp. E1118–E1128, May 2013. 405

[19] K. V. Bankaitis and B. Fingleton, “Targeting IL4/IL4R for the treatment of 406

epithelial cancer metastasis.,” Clin. Exp. Metastasis, vol. 32, no. 8, pp. 847–56, 407

Dec. 2015. 408

[20] M. Sasaki, K. Kawahara, M. Nishio, K. Mimori, R. Kogo, K. Hamada, B. Itoh, J. 409

Wang, Y. Komatsu, Y. R. Yang, H. Hikasa, Y. Horie, T. Yamashita, T. Kamijo, 410

Y. Zhang, Y. Zhu, C. Prives, T. Nakano, T. W. Mak, T. Sasaki, T. Maehama, M. 411

Mori, and A. Suzuki, “Regulation of the MDM2-P53 pathway and tumor growth 412

by PICT1 via nucleolar RPL11.,” Nat. Med., vol. 17, no. 8, pp. 944–51, Aug. 413

2011. 414

[21] A. Koumarianou, I. Tzeveleki, D. Mekras, A. G. Eleftheraki, M. Bobos, R. Wirtz, 415

XXVI

E. Fountzilas, C. Valavanis, I. Xanthakis, K. T. Kalogeras, G. Basdanis, G. 416

Pentheroudakis, V. Kotoula, and G. Fountzilas, “Prognostic Markers in Early-417

stage Colorectal Cancer : Significance of TYMS mRNA Expression,” Anticancer 418

Res., vol. 34, pp. 4949–4962, 2014. 419

[22] M.-J. Xu, P. Song, N. Shirwany, B. Liang, J. Xing, B. Viollet, X. Wang, Y. Zhu, 420

and M.-H. Zou, “Impaired expression of uncoupling protein 2 causes defective 421

postischemic angiogenesis in mice deficient in AMP-activated protein kinase α 422

subunits.,” Arterioscler. Thromb. Vasc. Biol., vol. 31, no. 8, pp. 1757–65, Aug. 423

2011. 424

[23] G. Ye, Y. Qin, X. Lu, X. Xu, S. Xu, C. Wu, X. Wang, S. Wang, and D. Pan, “The 425

association of renin-angiotensin system genes with the progression of 426

hepatocellular carcinoma.,” Biochem. Biophys. Res. Commun., vol. 459, no. 1, 427

pp. 18–23, Mar. 2015. 428

[24] D. C. Carvalho, A. V Wanderley, M. A. T. T. Amador, M. R. Fernandes, G. C. 429

Cavalcante, K. B. C. C. C. C. Pantoja, F. A. R. R. Mello, P. P. de Assumpção, A. 430

S. Khayat, Â. Ribeiro-Dos-Santos, S. Santos, and N. P. C. C. Dos Santos, 431

“Amerindian genetic ancestry and INDEL polymorphisms associated with 432

susceptibility of childhood B-cell Leukemia in an admixed population from the 433

Brazilian Amazon.,” Leuk. Res., vol. 39, no. 11, pp. 1239–1245, Aug. 2015. 434

[25] H. Yang, T. Sasaki, S. Minoshima, and N. Shimizu, “Identification of three novel 435

proteins (SGSM1, 2, 3) which modulate small G protein (RAP and RAB)-436

mediated signaling pathway.,” Genomics, vol. 90, no. 2, pp. 249–60, Aug. 2007. 437

[26] E. T. J. Chong, C. C. Lee, K. H. Chua, J. A. Chuah, and P.-C. Lee, “RsaI but not 438

DraI polymorphism in CYP2E1 gene increases the risk of gastrointestinal cancer 439

in Malaysians: a case-control study.,” BMJ Open, vol. 4, no. 1, p. e004109, 2014. 440

[27] N. Aptsiauri, T. Cabrera, R. Mendez, A. Garcia-Lora, F. Ruiz-Cabello, and F. 441

Garrido, “Role of altered expression of HLA class I molecules in cancer 442

progression.,” Adv. Exp. Med. Biol., vol. 601, pp. 123–31, 2007. 443

[28] H. Sousa, L. Mesquita, J. Ribeiro, R. Catarino, E. Breda, and R. Medeiros, 444

“Polymorphisms in host immune response associated genes and risk of 445

nasopharyngeal carcinoma development in Portugal.,” Immunobiology, Sep. 446

2015. 447

[29] A. C. Bhayal, D. Krishnaveni, K. P. R. Rao, A. R. Kumar, A. Jyothy, P. Nallari, 448

and A. Venkateshwari, “Significant Association of Interleukin4 Intron 3 VNTR 449

XXVII

Polymorphism with Susceptibility to Gastric Cancer in a South Indian Population 450

from Telangana.,” PLoS One, vol. 10, no. 9, p. e0138442, 2015. 451

[30] M. Wade, Y.-C. Li, and G. M. Wahl, “MDM2, MDMX and p53 in oncogenesis 452

and cancer therapy.,” Nat. Rev. Cancer, vol. 13, no. 2, pp. 83–96, Feb. 2013. 453

[31] L. P. Chen, P. S. Cai, and H. B. Liang, “Association of the genetic 454

polymorphisms of NFKB1 with susceptibility to ovarian cancer.,” Genet. Mol. 455

Res., vol. 14, no. 3, pp. 8273–82, 2015. 456

[32] L. Djansugurova, G. Zhunussova, E. Khussainova, O. Iksan, G. Afonin, D. 457

Kaidarova, and M. I. Parker, “Association of DCC, MLH1, GSTT1, GSTM1, and 458

TP53 gene polymorphisms with colorectal cancer in Kazakhstan.,” Tumour Biol., 459

vol. 36, no. 1, pp. 279–89, Jan. 2015. 460

[33] J. da Silva Nogueira, F. A. de Lima Marson, and C. Sílvia Bertuzzo, 461

“Thymidylate synthase gene (TYMS) polymorphisms in sporadic and hereditary 462

breast cancer.,” BMC Res. Notes, vol. 5, p. 676, 2012. 463

[34] P. Esteves, C. Pecqueur, C. Ransy, C. Esnous, V. Lenoir, F. Bouillaud, A.-L. 464

Bulteau, A. Lombès, C. Prip-Buus, D. Ricquier, and M.-C. Alves-Guerra, 465

“Mitochondrial retrograde signaling mediated by UCP2 inhibits cancer cell 466

proliferation and tumorigenesis.,” Cancer Res., vol. 74, no. 14, pp. 3971–82, Jul. 467

2014. 468

[35] S. C. Williamson, R. Mitter, A. C. Hepburn, L. Wilson, A. Mantilla, H. Y. 469

Leung, C. N. Robson, and R. Heer, “Characterisations of human prostate stem 470

cells reveal deficiency in class I UGT enzymes as a novel mechanism for 471

castration-resistant prostate cancer.,” Br. J. Cancer, vol. 109, no. 4, pp. 950–6, 472

Aug. 2013. 473

[36] R. Sultana, T. Abdel-Fatah, R. Abbotts, C. Hawkes, N. Albarakati, C. Seedhouse, 474

G. Ball, S. Chan, E. A. Rakha, I. O. Ellis, and S. Madhusudan, “Targeting 475

XRCC1 deficiency in breast cancer for personalized therapy.,” Cancer Res., vol. 476

73, no. 5, pp. 1621–34, Mar. 2013. 477

[37] Z. Hu, X. Li, X. Qu, Y. He, B. Z. Ring, E. Song, and L. Su, “Intron 3 16 bp 478

duplication polymorphism of TP53 contributes to cancer susceptibility: a meta-479

analysis.,” Carcinogenesis, vol. 31, no. 4, pp. 643–7, Apr. 2010. 480

[38] G. Hernandez-Suarez, M. C. Sanabria, M. Serrano, O. F. Herran, J. Perez, J. L. 481

Plata, J. Zabaleta, and A. Tenesa, “Genetic ancestry is associated with colorectal 482

adenomas and adenocarcinomas in Latino populations.,” Eur. J. Hum. Genet., 483

XXVIII

vol. 22, no. 10, pp. 1208–16, Oct. 2014. 484

[39] G. C. Cassiano, E. J. M. Santos, M. H. T. Maia, A. da Cruz Furini, L. M. Storti-485

Melo, F. M. B. Tomaz, P. C. A. Trindade, M. P. Capobianco, M. A. T. Amador, 486

G. M. R. Viana, M. M. Póvoa, S. E. B. Santos, R. L. D. Machado, A. da C. 487

Furini, L. M. Storti-Melo, F. M. B. Tomaz, P. C. A. Trindade, M. P. Capobianco, 488

M. A. T. Amador, G. M. R. Viana, M. M. Póvoa, S. E. B. Santos, R. L. D. 489

Machado, A. da Cruz Furini, L. M. Storti-Melo, F. M. B. Tomaz, P. C. A. 490

Trindade, M. P. Capobianco, M. A. T. Amador, G. M. R. Viana, M. M. Póvoa, S. 491

E. B. Santos, R. L. D. Machado, A. da C. Furini, L. M. Storti-Melo, F. M. B. 492

Tomaz, P. C. A. Trindade, M. P. Capobianco, M. A. T. Amador, G. M. R. Viana, 493

M. M. Póvoa, S. E. B. Santos, R. L. D. Machado, A. da Cruz Furini, L. M. Storti-494

Melo, F. M. B. Tomaz, P. C. A. Trindade, M. P. Capobianco, M. A. T. Amador, 495

G. M. R. Viana, M. M. Póvoa, S. E. B. Santos, R. L. D. Machado, A. da C. 496

Furini, L. M. Storti-Melo, F. M. B. Tomaz, P. C. A. Trindade, M. P. Capobianco, 497

M. A. T. Amador, G. M. R. Viana, M. M. Póvoa, S. E. B. Santos, and R. L. D. 498

Machado, “Impact of population admixture on the distribution of immune 499

response co-stimulatory genes polymorphisms in a Brazilian population.,” Hum. 500

Immunol., vol. 76, no. 11, pp. 836–42, Nov. 2015. 501

[40] N. P. C. Santos, E. M. Ribeiro-Rodrigues, A. K. C. Ribeiro-Dos-Santos, R. 502

Pereira, L. Gusmão, A. Amorim, J. F. Guerreiro, M. A. Zago, C. Matte, M. H. 503

Hutz, and S. E. B. Santos, “Assessing individual interethnic admixture and 504

population substructure using a 48-insertion-deletion (INSEL) ancestry-505

informative marker (AIM) panel.,” Hum. Mutat., vol. 31, no. 2, pp. 184–90, Feb. 506

2010. 507

[41] R Development Core Team, “R: A language and environment for statistical 508

computing.,” R Foundation for Statistical Computing. Vienna, Austria, 2015. 509

[42] R. E. Schoen, P. F. Pinsky, J. L. Weissfeld, L. A. Yokochi, T. Church, A. O. 510

Laiyemo, R. Bresalier, G. L. Andriole, S. S. Buys, E. D. Crawford, M. N. Fouad, 511

C. Isaacs, C. C. Johnson, D. J. Reding, B. O’Brien, D. M. Carrick, P. Wright, T. 512

L. Riley, M. P. Purdue, G. Izmirlian, B. S. Kramer, A. B. Miller, J. K. Gohagan, 513

P. C. Prorok, C. D. Berg, and PLCO Project Team, “Colorectal-cancer incidence 514

and mortality with screening flexible sigmoidoscopy.,” N. Engl. J. Med., vol. 515

366, no. 25, pp. 2345–57, Jun. 2012. 516

[43] J. S. Mandel, J. H. Bond, T. R. Church, D. C. Snover, G. M. Bradley, L. M. 517

XXIX

Schuman, and F. Ederer, “Reducing mortality from colorectal cancer by 518

screening for fecal occult blood. Minnesota Colon Cancer Control Study.,” N. 519

Engl. J. Med., vol. 328, no. 19, pp. 1365–71, May 1993. 520

[44] R. Nishihara, K. Wu, P. Lochhead, T. Morikawa, X. Liao, Z. R. Qian, K. 521

Inamura, S. A. Kim, A. Kuchiba, M. Yamauchi, Y. Imamura, W. C. Willett, B. 522

A. Rosner, C. S. Fuchs, E. Giovannucci, S. Ogino, and A. T. Chan, “Long-term 523

colorectal-cancer incidence and mortality after lower endoscopy.,” N. Engl. J. 524

Med., vol. 369, no. 12, pp. 1095–105, Sep. 2013. 525

[45] U.S. Preventive Services Task Force, “Screening for colorectal cancer: U.S. 526

Preventive Services Task Force recommendation statement.,” Ann. Intern. Med., 527

vol. 149, no. 9, pp. 627–37, Nov. 2008. 528

[46] C. A. Doubeni, S. Weinmann, K. Adams, A. Kamineni, D. S. M. Buist, A. S. 529

Ash, C. M. Rutter, V. P. Doria-Rose, D. A. Corley, R. T. Greenlee, J. Chubak, A. 530

Williams, A. R. Kroll-Desrosiers, E. Johnson, J. Webster, K. Richert-Boe, T. R. 531

Levin, R. H. Fletcher, and N. S. Weiss, “Screening colonoscopy and risk for 532

incident late-stage colorectal cancer diagnosis in average-risk adults: a nested 533

case-control study.,” Ann. Intern. Med., vol. 158, no. 5 Pt 1, pp. 312–20, Mar. 534

2013. 535

[47] W. S. Atkin, R. Edwards, I. Kralj-Hans, K. Wooldrage, A. R. Hart, J. M. A. 536

Northover, D. M. Parkin, J. Wardle, S. W. Duffy, J. Cuzick, and UK Flexible 537

Sigmoidoscopy Trial Investigators, “Once-only flexible sigmoidoscopy screening 538

in prevention of colorectal cancer: a multicentre randomised controlled trial.,” 539

Lancet, vol. 375, no. 9726, pp. 1624–33, May 2010. 540

[48] S. Soneji, S. S. Iyer, K. Armstrong, and D. A. Asch, “Racial disparities in stage-541

specific colorectal cancer mortality: 1960-2005.,” Am. J. Public Health, vol. 100, 542

no. 10, pp. 1912–6, Oct. 2010. 543

[49] A. S. Robbins, R. L. Siegel, and A. Jemal, “Racial disparities in stage-specific 544

colorectal cancer mortality rates from 1985 to 2008.,” J. Clin. Oncol., vol. 30, no. 545

4, pp. 401–5, Feb. 2012. 546

[50] B. U. Wu, G. F. Longstreth, and E. W. Ngor, “Screening colonoscopy versus 547

sigmoidoscopy: implications of a negative examination for cancer prevention and 548

racial disparities in average-risk patients.,” Gastrointest. Endosc., vol. 80, no. 5, 549

pp. 852–61.e1–2, Nov. 2014. 550

[51] D. A. Corley, C. D. Jensen, A. R. Marks, W. K. Zhao, J. de Boer, T. R. Levin, C. 551

XXX

Doubeni, B. H. Fireman, and C. P. Quesenberry, “Variation of adenoma 552

prevalence by age, sex, race, and colon location in a large population: 553

implications for screening and quality programs.,” Clin. Gastroenterol. Hepatol., 554

vol. 11, no. 2, pp. 172–80, Feb. 2013. 555

[52] D. A. Lieberman, J. L. Holub, M. D. Moravec, G. M. Eisen, D. Peters, and C. D. 556

Morris, “Prevalence of colon polyps detected by colonoscopy screening in 557

asymptomatic black and white patients.,” JAMA, vol. 300, no. 12, pp. 1417–22, 558

Sep. 2008. 559

[53] S. S. Kupfer, J. R. Anderson, S. Hooker, A. Skol, R. A. Kittles, T. O. Keku, R. S. 560

Sandler, and N. A. Ellis, “Genetic heterogeneity in colorectal cancer associations 561

between African and European americans.,” Gastroenterology, vol. 139, no. 5, 562

pp. 1677–85, 1685.e1–8, Nov. 2010. 563

[54] R. R. de Moura, A. V. C. Coelho, V. de Q. Balbino, S. Crovella, L. A. C. 564

Brandão, R. Rodrigues de Moura, A. V. C. Coelho, V. de Queiroz Balbino, S. 565

Crovella, L. A. C. Brandão, R. R. de Moura, A. V. C. Coelho, V. de Q. Balbino, 566

S. Crovella, and L. A. C. Brandão, “Meta-analysis of Brazilian genetic admixture 567

and comparison with other Latin America countries.,” Am. J. Hum. Biol., vol. 27, 568

no. 5, pp. 674–80, 2015. 569

[55] H. C. Santos, A. V. R. Horimoto, E. Tarazona-Santos, F. Rodrigues-soares, M. L. 570

Barreto, B. L. Horta, M. F. Lima-Costa, M. H. Gouveia, M. Machado, T. M. 571

Silva, J. M. Sanches, N. Esteban, W. C. S. Magalhaes, M. R. Rodrigues, F. S. G. 572

Kehdy, A. C. Pereira, M. F. L.- Costa, M. H. Gouveia, M. Machado, T. M. Silva, 573

J. M. Sanches, N. Esteban, W. C. S. Magalhaes, M. R. Rodrigues, F. S. G. 574

Kehdy, A. C. Pereira, T. Brazilian, and E. Project, “A minimum set of ancestry 575

informative markers for determining admixture proportions in a mixed American 576

population: the Brazilian set.,” Eur. J. Hum. Genet., no. July, pp. 1–7, Sep. 2015. 577

[56] P. Pinto, C. Salgado, N. P. C. Santos, S. Santos, and Â. Ribeiro-Dos-Santos, 578

“Influence of Genetic Ancestry on INDEL Markers of NFKβ1, CASP8, PAR1, 579

IL4 and CYP19A1 Genes in Leprosy Patients.,” PLoS Negl. Trop. Dis., vol. 9, 580

no. 9, p. e0004050, Sep. 2015. 581

[57] G. Anovazzi, Y. J. Kim, A. C. Viana, K. M. C. Curtis, S. R. P. Orrico, J. A. 582

Cirelli, and R. M. Scarel-Caminaga, “Polymorphisms and haplotypes in the 583

interleukin-4 gene are associated with chronic periodontitis in a Brazilian 584

population.,” J. Periodontol., vol. 81, no. 3, pp. 392–402, Mar. 2010. 585

XXXI

[58] S. Cabantous, B. Poudiougou, A. A. Oumar, A. Traore, A. Barry, J. Vitte, P. 586

Bongrand, S. Marquet, O. Doumbo, and A. J. Dessein, “Genetic evidence for the 587

aggravation of Plasmodium falciparum malaria by interleukin 4.,” J. Infect. Dis., 588

vol. 200, no. 10, pp. 1530–9, Nov. 2009. 589

[59] H. Nakashima, K. Miyake, Y. Inoue, S. Shimizu, M. Akahoshi, Y. Tanaka, T. 590

Otsuka, and M. Harada, “Association between IL-4 genotype and IL-4 591

production in the Japanese population.,” Genes Immun., vol. 3, no. 2, pp. 107–9, 592

Apr. 2002. 593

[60] P. Gaur, A. K. Singh, N. K. Shukla, and S. N. Das, “Inter-relation of Th1, Th2, 594

Th17 and Treg cytokines in oral cancer patients and their clinical significance.,” 595

Hum. Immunol., vol. 75, no. 4, pp. 330–7, Apr. 2014. 596

[61] M. A. T. Amador, G. C. Cavalcante, N. P. C. Santos, L. Gusmão, J. F. Guerreiro, 597

Â. Ribeiro-dos-Santos, and S. Santos, “Distribution of allelic and genotypic 598

frequencies of IL1A, IL4, NFKB1 and PAR1 variants in Native American, 599

African, European and Brazilian populations.,” BMC Res. Notes, vol. 9, p. 101, 600

2016. 601

[62] C. Burdelski, C. Strauss, M. C. Tsourlakis, M. Kluth, C. Hube-Magg, N. Melling, 602

P. Lebok, S. Minner, C. Koop, M. Graefen, H. Heinzer, C. Wittmer, T. Krech, G. 603

Sauter, W. Wilczak, R. Simon, T. Schlomm, and S. Steurer, “Overexpression of 604

thymidylate synthase (TYMS) is associated with aggressive tumor features and 605

early PSA recurrence in prostate cancer.,” Oncotarget, vol. 6, no. 10, pp. 8377–606

87, Apr. 2015. 607

[63] X. Guan, H. Liu, J. Ju, Y. Li, P. Li, L.-E. Wang, A. M. Brewster, T. A. Buchholz, 608

B. K. Arun, Q. Wei, and Z. Liu, “Genetic variant rs16430 6bp > 0bp at the 609

microRNA-binding site in TYMS and risk of sporadic breast cancer risk in non-610

Hispanic white women aged ≤ 55 years.,” Mol. Carcinog., vol. 54, no. 4, pp. 611

281–90, Apr. 2015. 612

[64] R. Shen, H. Liu, J. Wen, Z. Liu, L.-E. Wang, Q. Wang, D. Tan, J. a Ajani, and Q. 613

Wei, “Genetic polymorphisms in the microRNA binding-sites of the thymidylate 614

synthase gene predict risk and survival in gastric cancer.,” Mol. Carcinog., vol. 615

888, no. January, pp. 1–9, 2014. 616

[65] J.-Y. Zhou, R. Shi, H.-L. Yu, Y. Zeng, W.-L. Zheng, and W.-L. Ma, “The 617

association between two polymorphisms in the TS gene and risk of cancer: a 618

systematic review and pooled analysis.,” Int. J. cancer., vol. 131, no. 9, pp. 619

XXXII

2103–16, Nov. 2012. 620

[66] M. P. Gallegos-Arreola, V. Peralta-Leal, G. Morgan-Villela, and A. M. Puebla-621

Pérez, “[Frequency of TS1494del6 polymorphism in colorectal patients from 622

west of Mexico].,” ev. nvesti . cl nica, vol. 60, no. 1, pp. 21–30, 2008. 623

[67] G. M. Shaw, W. Yang, S. Perloff, N. M. Shaw, S. L. Carmichael, H. Zhu, and E. 624

J. Lammer, “Thymidylate synthase polymorphisms and risks of human orofacial 625

clefts.,” Birth Defects Res. A. Clin. Mol. Teratol., vol. 97, no. 2, pp. 95–100, Feb. 626

2013. 627

[68] L. Rahman, D. Voeller, M. Rahman, S. Lipkowitz, C. Allegra, J. C. Barrett, F. J. 628

Kaye, and M. Zajac-Kaye, “Thymidylate synthase as an oncogene: A novel role 629

for an essential DNA synthesis enzyme,” Cancer Cell, vol. 5, no. April, pp. 341–630

351, 2004. 631

33

Table 1. List of polymorphisms analyzed in this study and its dbSNP, primers 632

sequence, and amplicon length. 633

Gene [variation bp] dbSNP Primers sequence (5'...3') Amplicon

length

ACE [318 bp] rs4646994 F – ATCCTGTAAGCCACTGCTGGA 94–382 bp

R – GGCGAAACCACATAAAAGTGA

CASP8 [6 bp] rs3834129 F – CTCTTCAATGCTTCCTTGAGGT 249–255 bp

R– TGCATGCCAGGAGCTAAGTAT

SGSM3 [4 bp] rs56228771 F – CTAGTAGGCTCCTGGCCTCTTT 117–121 bp

R– CAGAACCTTGGACCTGAATAC

CYP2E1 [96 bp] - F– GTCCCAATACAGTCACCTCTTT 397–493 bp

R– GGCTTTTATTTGTTTTGCATCTG

CYP19A1 [3 bp] rs28892005 F– TGCATGAGAAAGGCATCATATT 122–125 bp

R– AGGCACATTCATAGACAAAAA

HLAG [14 p] rs371194629 F– TGTTTAAAGTGTCACCCCTCAC 192–206 bp

R – CAGTTCAGCATGAGGAAGAGG

IL1A [4 bp] rs3783553 F – TGGTCCAAGTTGTGCTTATCC 230–234 bp

R – ACAGTGGTCTCATGGTTGTCA

IL4 [70 bp]

a, b rs79071878 F – GGGTCAGTCTGGCTACTGTGT 217–287 bp

R – AAATCTGTTCACCTCAACTGC

MDM2 [40 bp] rs3730485 F – GGAAGTTTCCTTTCTGGTAGGC 192–232 bp

R – TTTGATGCGGTCTCATAAATTG

NFKB1 [4 bp] rs28362491 F – ATGGACCGCATGACTCTATCA 366–370 bp

R – GGCTCTGGCATCCTAGCAG

TP53 [16 bp] rs17878362 F – GGGACTGACTTTCTGCTCTTGT 148–164 bp

R– GGACTGTAGATGGGTGAAAAG

TP53 [6 bp] rs17880560 F – TCCATTCATAACTCAGGAACCA 135–141 bp

R – TTAAATCCCGTAATCCTTGGTG

TYMS [6 bp] rs151264360 F– TCCAAACCAGAATACAGCACA 213–219 bp

R– TCAAATCTGAGGGAGCTGAGT

UCP2 [45 bp] - F – CCCACACTGTCAAATGTCAACT 119–164 bp

R – CCATGCTTTCCTTTTCTTCCT

UGT1A1 [2 bp]

a, c rs8175347 F – CTCTGAAAGTGAACTCCCTGCT 135–137 bp

R – AGAGGTTCGCCCTCTCCTAT

XRCC1 [4 bp] rs3213239 F– AACCAGAATCCAAAAGTGACC 243–247 bp

R– GGGAAGAGAGAGAAGGAGAG

dbSNP = Register of genetic variation; bp = Base pairs; F = Forward; R = Reverse;

a = 634

Variable Number Tandem Repeat (VNTR); b = Two and Three Tandem Repeat of 70 635

bp; c = Six and Seven Tandem Repeat of 2 bp. 636

637

638 639

34

Table 2. Participant demographic and clinical characteristics and their 640

stratification by case and control groups. 641

Characteristic Total n = 280 Cases n = 140 Controls n = 140 p-value

Age (years) 48 (21–93) 59 (23–93) 37 (21–81) < 0.001

< 45 136 (48.7) 23 (16.5) 113 (80.7)

≥ 45 144 (51.3) 116 (83.5) 27 (19.3)

Gender

< 0.001

Male 172 (61.6) 62 (44.6) 110 (78.6)

Female 108 (38.4) 78 (55.4) 30 (21.4)

Alcohol cons.

< 0.001

Never 180 (65.1) 118 (85.5) 62 (44.9)

Already 96 (34.9) 20 (14.5) 76 (55.1)

Eventually 56 (20.4) 11 (8.0) 45 (32.6)

Frequently 40 (14.5) 9 (6.5) 31 (22.5)

Tobacco cons.

< 0.001

Never 182 (65.4) 68 (48.9) 114 (82.0)

Already 96 (24.6) 71 (48.1) 25 (18.0)

Former 66 (23.8) 55 (39.6) 11 (7.9)

Current 30 (10.8) 16 (11.5) 14 (10.1)

642 Categorized data are presented by absolute numbers of individuals (percentage) and 643 analyzed by chi-square test. Continuous data are presented by mean (min–max) and 644

analyzed by Mann-Whitney test. Significant p-values are shown in bold. Age = Age at 645 diagnosis; Alcohol cons. = Alcohol consumption; Tobacco cons. = Tobacco 646

consumption. 647

35

Table 3. Genetic ancestry distribution between case and control groups. 648

Genetic

ancestry (%)

Total

n = 280

Cases

n = 140

Controls

n = 140 OR [95% CI] p-value

European 65.3 (13.3–92.4) 64.2 (23.6–92.4) 66.4 (13.3–92.3)

0.243

95–80 50 (17.9) 21 (15.1) 29 (20.7) 1.0 [Reference]

80–70 70 (25.1) 33 (23.7) 37 (26.4) 1.23 [0.59–2.56] 0.577

70–60 67 (24.0) 38 (27.3) 29 (20.7) 1.81 [0.86–3.80] 0.117

60–50 47 (16.8) 22 (15.8) 25 (17.9) 1.21 [0.54–2.71] 0.634

50–40 26 (9.3) 14 (10.1) 12 (8.6) 1.61 [0.62–4.18] 0.327

40–30 11 (3.9) 6 (4.3) 5 (3.6) 1.66 [0.45–6.16] 0.451

30–20 7 (2.5) 5 (3.6) 2 (1.4) 3.45 [0.61–19.54] 0.161

20–10 1 (0.4) - 1 (0.7) -

Amerindian 16.2 (2.1–55.9) 16.0 (2.1–55.9) 16.3 (2.5–49.8)

0.645

02–10 90 (32.3) 45 (32.4) 45 (32.1) 1.0 [Reference]

10–20 113 (40.5) 60 (43.2) 53 (37.9) 1.13 [0.65–1.97] 0.661

20–30 47 (16.8) 18 (12.9) 29 (20.7) 0.62 [0.30–1.27] 0.193

30–40 21 (7.5) 11 (7.9) 10 (7.1) 1.10 [0.42–2.85] 0.844

40–50 7 (2.5) 4 (2.9) 2 (2.1) 2.00 [0.35–11.47] 0.437

50–60 1 (0.4) 1 (0.7) - -

African 18.6 (2.8–66.0) 19.8 (2.8–61.1) 17.3 (3.0–66.0)

0.049

02–10 81 (29.0) 36 (25.9) 45 (32.1) 1.0 [Reference]

10–20 89 (31.9) 41 (29.5) 48 (34.3) 1.07 [0.58–1.95] 0.832

20–30 66 (23.7) 38 (27.3) 28 (20.0) 1.70 [0.88–3.27] 0.114

30–40 28 (10.0) 15 (10.8) 13 (9.3) 1.44 [0.61–3.42] 0.405

40–50 8 (2.9) 5 (3.6) 3 (2.1) 2.08 [0.47–9.31] 0.337

50–60 5 (1.8) 3 (2.2) 2 (1.4) 1.87 [0.30–11.83] 0.504

60–70 2 (0.7) 1 (0.7) 1 (0.7) 1.25 [0.07–20.68] 0.876

Categorized data are presented by absolute numbers of individuals (percentage) and 649

analyzed by chi-square test. Continuous data are presented by mean (min–max) and 650 analyzed by Mann-Whitney test. Significant p-values are shown in bold. 651

652 653

654 655

36

Table 4. Clinical characteristics of patients with CRC at diagnosis and follow-up. 656

Characteristics Cases n = 140

Tumor localization

Colon 25 (17.9)

Rectosigmoid 115 (82.1)

Tumor grade

G1, G2 130 (92.9)

G3, G4 10 (7.1)

Depth of invasion

T1, T2 1 (0.7)

T3, T4 114 (81.4)

Tx 25 (17.9)

Lymph node involvement

N0 72 (51.4)

N1, N2 42 (30.0)

Nx 26 (18.6)

Distant metastasis

M0 106 (75.7)

M1 11 (7.9)

Mx 23 (16.4)

AJCC stage

Stage I 28 (20.0)

Stage II 38 (27.1)

Stage III 41 (29.3)

Stage IV 11 (7.9)

Unknown 22 (15.7)

Year of diagnostic 2012 (1997–2014)

Follow-up since diagnosis (years) 3 (1–18)

Relapse, Yes 40 (28.6)

Relapse since diagnosis (years) 2 (1 – 8)

Death, Yes 8 (5.7)

Death since diagnosis (years) 4 (2 – 4)

Categorized data are presented by absolute numbers (percentage) and continuous data 657

are presented as median (min–max). Tumors were classified according to the guidelines 658 of the American Joint Committee on Cancer (AJCC) staging system. 659

660 661 662

663

I

Table 5. Genotype and allele frequency in percentage of patients with CRC and controls.

Gene dbSNP

Caso/Controle (n = 140/140)

Genotype frequency Allele frequency OR [95% CI]

f p-value

II ID DD p-value I D p-value

ACE rs4646994 21.0/14.3 49.3/54.3 29.7/31.4 0.335

45.7/41.4 54.3/58.6 0.315

1.62 [0.91–2.91]d 0.0985

CASP8 rs3834129 34.5/30.0 46.0/46.4 19.4/23.6 0.605

57.6/53.2 42.4/46.8 0.302

1.22 [0.72–2.07]e 0.4554

SGSM3 rs56228771 7.2/3.6 30.2/36.4 62.6/60.0 0.274

22.3/21.8 77.7/78.2 0.883

0.91 [0.47–1.75]d 0.7802

CYP19A1 rs11575899 35.8/37.9 49.6/50.0 14.6/12.1 0.82

60.3/62.9 39.7/37.1 0.83

1.16 [0.64–2.10]e 0.6345

CYP2E1 - 0.7/0.7 17.3/12.9 82.0/86.4 0.588

9.4/7.1 90.6/92.6 0.342

1.99 [0.80–4.99]d 0.1397

HLAG rs371194629 14.7/13.6 43.4/50.0 41.9/36.4 0.538

36.4/38.6 63.6/61.4 0.597

1.14 [0.65–1.96]e 0.6618

IL1A rs3783553 46.0/52.1 38.8/37.9 15.1/10.0 0.368

65.5/71.1 34.5/28.9 0.154

1.42 [0.83–2.45]e 0.1982

IL4a, b

rs79071878 48.9/60.0 40.3/37.1 10.8/2.9 0.017

69.1/78.6 30.9/21.4 0.01

2.79 [1.48–5.26]e 0.001

MDM2 rs3730485 50.4/50.7 43.2/37.1 6.5/12.1 0.219

71.9/69.3 28.1/30.7 0.49

1.37 [0.76–2.47]e 0.3001

NFKB1 rs28362491 38.1/40.7 46.0/42.1 15.8/17.1 0.806

61.2/61.8 38.8/38.2 0.877

1.30 [0.75–2.25]e 0.3483

TP53 rs17878362 3.6/1.4 27.3/32.1 69.1/66.4 0.383

17.3/17.5 82.7/82.5 0.941

1.13 [0.53–2.42]d 0.747

TP53 rs17880560 7.2/7.1 39.6/32.9 53.2/60.0 0.489

27.0/23.6 73.0/76.4 0.857

1.79 [0.98–3.24]d 0.0552

TYMS rs151264360 46.0/42.9 43.9/42.1 10.1/15.0 0.459

68.0/63.9 32.0/36.1 0.311

2.04 [1.11–3.85]d 0.0165

UCP2 - 6.6/9.3 35.3/44.3 58.1/46.4 0.149

24.3/31.4 75.7/68.6 0.06

0.63 [0.33–1.19]d 0.1471

UGT1A1a, c

rs8175347 11.5/10.8 44.6/46.0 43.9/43.2 0.785

33.8/33.8 66.2/66.2 1

0.69 [0.38–1.23]d 0.2043

XRCC1 rs3213239 41.7/42.9 47.5/45.0 10.8/12.1 0.894 65.5/65.4 34.5/34.6 0.978 0.94 [0.53–1.68]e 0.8403

Data are presented as the percentage of patients with CRC/percentage of controls. Chi-square test. Significant p-values are shown in bold. dbSNP

= Register of genetic variation on NCBI database; bp = Base pairs of DNA sequence; a = Variable Number Tandem Repeat (VNTR);

b = Two (D)

and Three (I) Tandem Repeat of 70 bp; c = Six (D) and Seven (I) Tandem Repeat of 2 bp;

d = D vs. I;

e = I vs. D;

f = Adjusted by age, gender,

alcohol consumption, tobacco consumption and ancestry distribution.