Assumindo dimensão interacional da linguage1

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ASSUMINDO DIMENSÃO INTERACIONAL DA LINGUAGEM Assumo a concepção interacionista, funcional e discursiva da língua Teoria e prática são complementares O conhecimento teórico no que diz respeito à linguagem refere-se também à questão de como a língua funciona (uso interativo e funcional da língua como caminho mais promissor Duas tendências na percepção dos fatos da linguagem: 1 conjunto abstrato de signos e regras, descontextualizados 2 língua enquanto atuação social, interação verbal entre interlocutores, vinculadom portanto a condições concretas. O aluno como sujeito da aprendizagem na interação com o objeto de aprendizagem, além de uma relação conteudística, acumulativa e estática. 2.1 EXPLORANDO A ESCRITA > Escrita como interação entre duas ou mais pessoas > Ter o que dizer: ampliar nossa cabeça de ideias, informações e sensações, alargar horizontes de percepção > Não há escrita sem leitor, sem referência para se decidir sobre o que vai ser escrito. > A escrita tem um propósito funcional qualquer. Não é eficaz a escrita de palavras ou frases soltas, sem propósito. > Como não existe fala uniforme, também não existe escrita uniforme, mecânica, inexpressiva. > Particularidades da escrita: a recepção é adiada. Possibilidade de rever e recompor o seu texto. A importância da pontuação e dos conectivos Suas etapas: 1 planejamento (pg. 55) 2 operação (garantir sentido, coerência e relevância) 3 revisão e rescrita (análise do escrito A realidade escolar: falta de esforço,a improvisação e a pressa dos estudantes, aliadas à falta de oportunidade para que planejem e revejam seus textos As regras gramaticais, ortográficas não garante uma escrita adequada e relevante.

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ASSUMINDO DIMENSÃO INTERACIONAL DA LINGUAGEM

Assumo a concepção interacionista, funcional e discursiva da língua

Teoria e prática são complementares O conhecimento teórico no que diz respeito à linguagem refere-se também à questão

de como a língua funciona (uso interativo e funcional da língua como caminho mais promissor

Duas tendências na percepção dos fatos da linguagem: 1 conjunto abstrato de signos e regras, descontextualizados 2 língua enquanto atuação social, interação verbal entre interlocutores, vinculadom

portanto a condições concretas. O aluno como sujeito da aprendizagem na interação com o objeto de aprendizagem,

além de uma relação conteudística, acumulativa e estática.

2.1 EXPLORANDO A ESCRITA> Escrita como interação entre duas ou mais pessoas> Ter o que dizer: ampliar nossa cabeça de ideias, informações e sensações, alargar horizontes de percepção> Não há escrita sem leitor, sem referência para se decidir sobre o que vai ser escrito. > A escrita tem um propósito funcional qualquer. Não é eficaz a escrita de palavras ou frases soltas, sem propósito.> Como não existe fala uniforme, também não existe escrita uniforme, mecânica, inexpressiva.> Particularidades da escrita: a recepção é adiada. Possibilidade de rever e recompor o seu texto. A importância da pontuação e dos conectivosSuas etapas: 1 planejamento (pg. 55)2 operação (garantir sentido, coerência e relevância)3 revisão e rescrita (análise do escritoA realidade escolar: falta de esforço,a improvisação e a pressa dos estudantes, aliadas à falta de oportunidade para que planejem e revejam seus textosAs regras gramaticais, ortográficas não garante uma escrita adequada e relevante.

IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS- Textos com autoria dos alunos,- Escrita funcionalmente diversificada- Escrita contextualmente adequada- Escrita metodologicamente ajustada

2.2 EXPLORANDO A LEITURALeitura como acesso ao conhecimento produzido, como prazer estético e como acesso às especificidades da escritaExplorar no texto o que vai além dos elementos gramaticaisA leitura depende também do contexto extralingüístico de sua produção e circulação. O dito e o não dito.

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O sentido está no texto e no leitor

IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS:-Leitura de textos autênticos (onde há clara função comunicativa)-Interdependência entre as atividades de escrever e as atividades de ler ecompreender- Uma leitura motivada: por que ler determinado texto e como fazê-lo bem- Uma leitura do todo: descoberta do eixo de sustentação do texto. Ideia central- Leitura crítica: a linguagem como forma de influenciar pessoas- Capacitar o aluno para a desmontagem do texto (reconstrução do texto)- Leitura diversificada - Leitura por pura curtição- Leitura para além das palavras expressas no texto: intertextualidade- Leitura não desvinculada do sentido: atenção à pontuação, conectivos, pronúncia

2.3 EXPLORANDO A GRAMÁTICA> Nomenclatura gramatical e classificação X regras de uso da língua em textos> O que são e o que não são regras de gramática ( pg. 86). Elas nos indicam como “usar”, como combinar as unidades da língua: “Adianta pouco saber que o sujeito de determinada frase é indeterminado” “adianta saber que efeitos práticos se consegue com isso”As línguas variam e por isso a gramática não traz as “únicas regras certas”. Situações de uso. Adequado/inadequadoRegras gramaticais no texto e não em frases soltas

IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS:- Gramática funcional e contextualizada, interessante e libertadora, além das norma norma padrão como a única possibilidade ou certeza.

2.4. EXPLORANDO A ORALIDADE- Sua dimensão também interacional- Fala e escrita são dependentes de seus contextos de uso

IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS- Oralidade direcionada para a coerência global (tema, unidade temática)- Oralidade é também articulação, também sujeita aos princípios da textualidade- Atividades de passar do oral par o escrito ( ambas não se opõem entre si)- Saber adequar-se às condições de interação: saber falar e saber ouvir, argumentar, narrar- Reconhecer a importância da entonação, das pausas e outros recursos para o sentido do texto.- Valorização das manifestações culturais e iterárias da oralidade