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COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES IPEN/CNEN-SP CURSO INTRODUTÓRIO ESPECTROMETRIA DE FLUORESCÊNCIA DE RAIOS-X VERA LÚCIA RIBEIRO SALVADOR DEPARTAMENTO DE PROCESSOS ESPECIAIS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MET Al S ASM 543.426 C977t |C|89 *—._ -..u_.j. __ /»..«_..ir 99-4A

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COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR

INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES

IPEN/CNEN-SP

CURSO INTRODUTÓRIO

ESPECTROMETRIA DE FLUORESCÊNCIA

DE RAIOS-X

VERA LÚCIA RIBEIRO SALVADOR

DEPARTAMENTO DE PROCESSOS ESPECIAIS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MET Al S ASM

543.426 C977t

|C|89 * — . _ - . . u _ . j . __ / » . . « _ . . i r 9 9 - 4 A

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INTRODUÇÃO

Mas últimas duas décadas, a técnica de Espectrometria de

Fluorescéncia de Raios-X esta sendo utilizada, cada vez mais. em

laboratórios de analises químicas de rotina, para U M grande v».

riedade de am ter i ais.

Hoje. os espectrcmetros sXo total «ente automatizados e

controlados por computadores, podendo ser operados por técnicos

com treinamento mínimo, que geralmente sXo levados a realizarem os

seus trabalhos sem a minima supervisão.

Isto por um lado é muito bom. mas o analista sem ter o

mini*» de conhecimento dos princípios básicos sobre a técnica. nío

consegue saber o que foi realizado no intervalo entre colocar a

amostra para ser analisada no equipamento e a obtençSo do resulta,

do final. podendo ser levado a cometer muitos erros.

0 objetivo deste curso é mostrar os princípios teóricos e

experimentais básicos sobre a técnica de Espectrometria de Fluo.

rescéncia de raios-X. para que o analista possa obter os melhores

resultados no seu trabalho.

O texto apresentado é uma síntese das principais liters.

turas. cujos autores sXo muito conhecidos: E. P. Bertin. R. Jen.

kins. J. L. DeVries. R Müller, R. Tertian. F. Claisse e K. L.

Williams.

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I - NATDREZA DOS RAIOS-X 1

1 .1 - HISTÓRICO 1

1 . 2 - DEFINIÇÃO 3

I . 2. 1 - RADIAÇÃO 3

I . 2. 2 - DUALIDADE 3

I . 2. 3 - RAIOS-X 4

I . 3 - PROPRIEDADES DOS RAIOS-X 5

I . 4 - CLASSIFICAÇÃO DOS RAIOS-X. 6

I . 4. 1 - PROPRIEDADES CORPOSCOLARES 6

I . 4. 2 - PROPRIEDADES DE ONDAS 6

I . 5 - UNIDADES DE MEDIDAS DE RAIOS-X 7

I . 5 .1 - FREQÜENCIA.... 7

I. 5. 2 - COMPRIMENTO DE ONDA. 7

I. 5. 3 - ENERGIA. 8

I . 5. 4 - INTENSIDADE 3

I I - EMISSÃO DO ESPECTRO DE RAIOS-X. 10

XI. 1 - ESPECTRO CONTINUO 10

I I . 2 - ESPECTRO DE RAIOS-X CARACTERÍSTICO 12

I I . 2 .1 - CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS DOS ELEMENTOS

QUÍMICOS 13

II. 2. 2 - POTENCIAIS DE EXCITACAO 16

II. 2.3 - LINHAS CARACTERÍSTICAS E AS REGRAS DE

SELEÇÃO 17

I I . 2 . 4 - EXCITACAO DO ESPECTRO DE LINHAS CARAC.

TERISTICAS 25

I I I - PROPRIEDADES DOS RAIOS-X. 29

I I I . 1 - ABSORÇÃO 20

III. 1.1 - COEFICIENTE DA ABSORÇÃO LINEAR 29

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III. 1. 2 - DOEFICIENTE DE ABSORÇÃO DE MASSA 30

III. 1. 3 - BARREIRA DE ABSORÇÃO DE HASSA 31

III. 2 - ESPALHAMENTO 38

III. 2.1 - ESPALHAMEHTO COERENTE 38

III. 2. 2 - ESPALHAMEHTO IRCOEREHTE 39 III. 3 - EFEITO AOGER 41

III. 4 - REHDIMEHTO DE FLOORESCENCIA. 42

IV - ESPECTROMETRIA DE FLOORESCENCIA DE RAIOS-X 44

IV. 1 - DEFINIÇÃO 44

IV. 1.1 - MÉTODOS DE ESPECTROMETRIA DE FLOORES.

CEHCIA DE RAIOS-X. 44

IV. 1 . 1 . 1 - ESPECTROMETRIA DE FLOORESCENCIA DE

RAIOS-X COM DISPERSÃO DE COMPRIMENTO

DE ONDA 44

IV. 1 . 1 . 2 - ESPECTROMETRIA DE FLOORESCENCIA DE

RAIOS-X COM DISPERSÃO DE ENERGIA 44

IV. 1 . 1 . 3 - ESPECTROMETRIA DE FLOORESCENCIA DE

RAIOS-X NAO DISPERSIVA 45

IV. 1 . 1 . 4 - ESPECTROMETRIA DE FLOORESCENCIA DE

RAIOS-X COM REFLEXÃO TOTAL 45

IV. 2 - ESPECTROMETRO DE FLOORESCENCIA DE RAIOS-X 45

IV. 3 - ANALISES QUALITATIVA. SEMI QUANTITATIVA E QÜAN.

TITATIVA 48

V - EXCITACAO 49

V. 1 - TUBO DE RAIOS-X 49

V. 2 - EFEITOS DA CORRENTE. TENSÃO E ALVO NO TUBO DE

RAIOS-X 51

VI - CÂMARA DE AMOSTRA E COLIMADORES 64

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VI. 1 - CÂMARA DE AMOSTRA. 54

VI. 2 - COLIMADORES 54

VII - CRISTAL ANALISADOR 56

VII. 1 - DIFRACAO DE RAIOS-X POR CRISTAIS 56

VII. 1 .1 - LEI DE BRAGG 58

VII. 1.2- INDICES DE MILLER - < hkl > 59

VII. 2 - ESCOLHA DO CRISTAL AHALISADOR 63

VII. 3 - DISTINÇÃO ENTRE ESPECTROMETRIA DE FLUORESCENCIA

DE RAIOS-X E DIFRATOMETRIA DE RAIOS-X. 68 VIII - DETECÇÃO DE RAIOS-X. 69

VIII. 1 - DETECTOR PROPORCIONAL PREENCUDO COM 6AS 69

VIII. 2 - DETECTORES DE CINTILACAO 74

IX - PROCESSOS DE MEDIDA 77

IX. 1 - INSTRUMENTAÇÃO 77

IX. 1.1 - PRE AMPLIFICADOR 77

IX. 1. 2 - AMPLIPICADOR 77

IX. 1. 3 - ANALISADOR DE ALTORA DE PULSOS 78

IX. 1. 3.1 - CURVAS DE DISTRIBUIÇÃO DE

ALTORA DE PULSOS 78

X - EFEITOS DA MATRIZ 81

X. 1 - EFEITOS DE ABSORÇÃO - INTENSIFICAÇÃO 82

X, 2 - EFEITOS DO TAMANHO DAS PARTÍCULAS 85

X. 3 - EFEITOS DE HETEROGENEIDADE 85

X. 4 - EFEITOS MINERALOQICOS 85

X. 6 - EFEITOS DA NATUREZA DAS SUPERFICIES 66

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X. 8 - EFEITOS QUÍMICOS 86

XI - ANALISE QUALITATIVA E SEMI QUANTITATIVA. 87

XI. 1 - ANALISE QUALITATIVA. 87

XX. 2 - ANALISE SEMI QUANTITATIVA. 87

XII - MÉTODOS DE ANALISES QUANTITATIVAS 89

XII. 1 - ERROS EM ANALISES QUANTITATIVAS 89

XXI. 2 - CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS QUANTITATIVOS 83

XII. 2.1 - MÉTODO DE ADICAO 00 DILUIÇÃO DE PADRÃO 89

XII. 2. 2 - MÉTODO DE FILME FINO 98

XII. 2. 3 - MÉTODO DE DILUIÇÃO DA MATRIZ 98

XII. 2. 4 - MÉTODOS DE COMPARAÇÃO COM PADRÕES 3?

XII. 2. 5 - MÉTODO DO PADRÃO INTERKO 31

XII. 2. 6 - MÉTODO DE CORREÇÃO POR MEIO DE ESPA.

LHAMENTO COERENTE E INCOERENTE 91

XII. 2. 7 - MÉTODOS MATEMÁTICOS 31

A. 92

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1

I - NATUREZA DOS RAIOS-X

X.l - HISTÓRICO

B» 1895 Roentgen trabalhando COM descargas elétricas ••

«UM «Hpola da Crookes. constatou qua da regi*o do vidro onda inci.

dia» os raios catodicos (elétrons ) eeanava uaa carta radiaçZo.

qua provocava luminosidade an substancias fluorascantes. Davido *s

suas características a origan desconhecidas, chaaou-a de raios-X

(Figura 1.1 ).

I '• ~ ~ 1

FIGURA 1.1 - Experiência de Roentgen

Esta descoberta trouxe quatro grandes campos de pesqui.

sas:

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2

• radiografia Médica

- radiografia industrial

- difraçXo da raios-x

• aspactroaatria da fluorescéncia da raios-X.

A partir dasta acontacisanto. muitos fatos ocorreram na

seguinte ordem cronológica:

1896 - J. Par ri n «adiu a intansidada dós raios-X usando una

cavara de ionisaçXo da ar.

1909 - C. 6. Bar kl a aostrou as barreiras de absorçSo.

1911 - C G . Barkla aostrou as séries de linhas de eeiissSo. as

quais denominou K. L. M, H. etc. .

1912 - M. Von Laue. N. Friedrich e E. P. Rnipping mostraram a

difraçXo dos raios-X por cristais.

1913 - H. L. Bragg a N. H. Bragg fabricaram o espectrometro

Bragg da raios-X.

1913 - H. 6. J. Hoseley mostrou a relaçXo entre comprimento

da onda das linhas espectrais dos raios-X a o número

atômico.

1913 - H. D. Coolidge introduziu o filamento incandescente no

tubo de raios-X de alto vacuo.

1913 - J. Chadwick observou pela primeira vez o espectro de

raios-X característico obtido com partículas alfas.

1913-23 - M. Siegbahn elaborou um trabalho sobre as medidas de

comprimento de onda dos espectros de raios-X dos ele.

mentos químicos.

1922 - A. Haddinçr usou os espectros de raios-X para analise

química de minérios.

1923 - D. Coster e 6. Von Hevesy descobriram o Hf (primeiro

elemento químico identificado pelo espectro de

raios-X >.

1924 - tf. Boiler construiu um espectrc-metro utilizando colima.

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3

dores de lâminas paralelas.

1928 - R. Glocker e R. Schreiber estudara* a espectrometria de

de emissão secundaria de raios-X ( fluorescéncia ).

1928 - H. Geiçer e ti. (fuller desenvolveram um detector a gas

co* alto grau de confiança.

1938 - Hilger and Watts Lta. oferece» o primeiro espectrometro

de raios-X coserei ai desenhado por T. R. Laby.

1948 - H. Friedman e L. 8. Birks construi ran o protótipo do

primeiro equipamento comercial com tubo de raios-X.

1.2 - DEFINIÇÃO

1.2.1 - RADIAÇÃO

Energia na forma de ondas ou partículas, que propagam-se

desde sua origem através do espaço, em linhas retas divergentes

tpartículas carregadas podem ser defletidas de sua trajetória li_

near por campos elétricos e/ou magnéticos ).

1.2.2 - DUALIDADE

Toda radiaçâ*o mostra algumas propriedades que podem ser

explicadas em termos de fluxo de partículas e outras em termos de

fluxo de ondas. Entretanto, a maior parte da radiação apresenta

propriedades predominantemente de ondas ou de partículas.

Entre as radiações corpusculares estSo incluídas: alfa

C a ) , ou núcleo de hélio (He" ) . beta C (f ) ou elétron < e > . po­

sitrons (/?*)• neutrons < n > e raios cósmicos prim*rios.

A radiaçXo ondulada compõe o espectro eletromagnético

(Figura I. 2 ) . o qual é dividido em regi&es que se sobrep&em entre

si.

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PI GORA I. 2 - Esp«ctro flatroaaanétleo

I .2 .S - RAI08-X

^aios-X «So radiaçSas alatrosaanéticas d* coapriasnto do

onda IX > ontro t.l a 1«6 A (1 A s If» * ) . p.oducidas pala da_

saealaraçSo da alatrons da alta snargia a/ou transiçõas da ala.

trona nas órbitas sais intarnas dos atoaos.

A ragiSo aspaetral da intarassa na aspactroaatria da fluorascaneia da raios-X é da §.l A (OKo ) a 20 A (FKo ) ou 113 A (BaKa >.

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5

1.9 * r t O m O M K S DOS KAIOS-X

Os raios-X apresentan as seçuintes propriedades:

- propeoau-se cosi • velocidade da lux.

• propaoan-se se» transferencia de «assa.

- propeoau-se est linhas retas.

- na© slò afetados por canpos elétricos ou nagnéticos.

• sa© invisíveis e na© detectaveis pelos sentidos bananos.

- sofren absorção diferencial pela nateria fbase de nuitos netodos

de analise de absorção de raios-X ).

- sofren dispersa© pela nateria (base de nuitos netodos de analise

de dispersSò de raios-X >.

• sofren difraçto pelos cristais (base do uetodo de dispersão de

oonprinento de onda >.

- sofren reflexão, refração e polarixacXo.

- alteran propriedades elétricas de oases, líquidos e sólidos.

- ionisan oases (base de cAaara de ionixaçao, Geiger e detectores

proporcionais ).

- induce* a fotolise e outros efeitos qulnieos na nateria (fonte

de dificuldades •* an&lise de anostras líquidas ).

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6

- impressionam chapas fotográficas (registro fotográfico de espec.

tros de raios-X e dosimetria ).

- produzem luminescência visível e ultra violeta em certos tipos

d* materiais (base dos contadores de cintilaçSo ).

- matam, danificam e/ou causam mudanças genéticas em tecidos bio.

lógicos.

- interagindo com a matéria podem produzir fotoelétrons. elétrons

Auger e elétrons de Compton-recuo.

- produzem espectro com linhas características de raios-X quando

interagem com a matéria (base da espectrometria de fluorescéncia

de raios-X ).

1.4 - CLASSIFICAÇÃO DOS RAIOS-X

1.4.1 - PROPRIEDADES CORPUSCDLARES

- absorção fotoelétrica.

•spalhamento incoerente.

- ionizaçSo de gás.

- produção de cintilaçSo.

I. 4. 2 - PROPRIEDADES DE ONDAS

- velocidade.

- refloxSo.

- refraçSo.

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7

- difraçXo.

- polarização. - espalhamento coerente.

1 . 5 - UNIDADES DE MEDIDAS DE RAIOS-X

A espectrometria de fluorescéncia de raios-X relaciona

Quatro grandezas físicas para medir os raios-X:

- freqüência ( » ). - comprimento de onda ( X ). - energia dos fótons < E >. * intensidade dos fótons (I ).

1.5.1 - FREQÜÊNCIA

£ expressa em vibracSes por segundo (s1 ) ou em Hertzs (Hz ):

1 Hz = 1 s-1 (1.1)

I. 5. 2 - COMPRIMENTO DE ONDA

Pode ser jxpresso em centímetro, metro. Angstron eu nano. metro (a unidade Angstron é a mais utilizada ):

1 A s 0,1 nm = 10-* m s 10* cm (I. 2)

As relações entre as unidades de comprimento de onda e freqüência sSo:

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8

c Xtenrt = c» (1.3)

c X s » !§• A (1.4)

c v = Hz . s* (1.5)

.X(cm> -

onde c é a velocidade da luz.

No texto o símbolo X indica comprimento de onda em Angs. tron (A > . exceto quando outra unidade vier indicada.

1.5.3 - EMERGIA

A energia de um £óton de raios-X (E > em »rg é dada por:

h c E'»r«> = h V s ( I . 6)

X(cm>

onde h é a constante de Planck.

A energia pode ser expressa em */:

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9

h c E«»v> = (1.7)

X.CCM» m

onde h = 6.6 10-» era * s c = 3 10* cm * s-1

• = 4.8 10-» m

ou

C 6.6 le"*" ) ( 3 1§* ) 12 396 E»V) : = (I. 8)

( 4.8 10-° ) C 10-* ) ( 1/380 ) X

12 396 12.396 X <A> = X <A> = . (1.9)

E<*v> E<k*v>

1.5.4 - INTENSIDADE

A intensidade de um feixe de raios-X é definida, fisica. mente, em termos de energia por unidade de tempo < ergs/cmVs ). Na espectrometria de fluorescéncia de raios-X. a intensidade * defi. nida em termos de contagens por unidade de tempo, isto é número de fótons por unidade de área por unidade de tempo.

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It

II - EWSSAO DO ESPECTRO DE RAIOS-X

Os raios-X pode» ser produzidos. Mais comumente. por Meio

d* boMbardeamento dos Materiais COM electrons, raios gama ou mesmo

por raios-X produzidos por UM tubo de raios-X.

Dois tipos distintos de espectros de raios-X podem ser

observados:

• espectro continuo

• espectro de linhas características

XI. 1 - ESPECTRO CONTINUO

0 espectro continuo (Figura II. 1 > . também conhecido como

espectro geral, espectro branco, continuo e Bremsstralung. é ca_

racteristico por quatro aspecto:

FIGDRA II. 1 - Espectro Continuo

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11

- faixa continua da comprimento da onda (similar a lua branca).

- li alta brusco do lado da manor comprimento da onda:

12.4 *© = III. 1)

V

- intansidade maxima ocorra aproximadamente •»

X «MX 2 1.5 X© (II. 2)

- diminuição gradativa na intansidada para comprimentos da onda

maiores.

0 espectro continuo apareça quando elétrons da alta ener_

cia (velocidade ) sofrem desaceleração na mataria (dai vem o termo

am alemão Bremsstrahlung, que significa literalmente freamento da

radiaçSo ).

0 espectro continuo n3*o pode ser formado por excitaçXo

secundária, ou seja. por radiação fluorescente, portanto ala •

formado apenas pala radiação primaria, proveniente do tubo da

raios-X.

A distribuição de energia do espectro continuo * dada

pala relaçZo de Kramer*

1 1 1 1(50 íí i Z ( - ) (II.3)

Xo X X*

onda í é a corrente aplicada ao tubo da raios-X e Z é o número

atômico do material do anodo do tubo da raios-X.

0 comprimento da onda minimo CXo ) corresponda a energia

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12

maxima que os elétrons estSo submetidos ou sei» à voltaoem maxima

Que o tubo de raios-X está sendo operado.

O comprimento de onda máximo e obtido pela diferenciação da relação de Kramer:

dl/d\ = 6 <II.4>

II.2 - ESPECTRO DE LINHAS CARACTERÍSTICAS DE RAIOS-X

0 espectro de linhas características consiste de uma sé.

rie de comprimentos de onda discretos <linhas espectrais > carac.

terlsticos do elemento emitido (Figura II. 2 ).

ui

o CO

z Ul

X ( A )

FIGURA II. 2 - Espectro de Linhas Características

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13

Quando um fôton d« raios-X energético interage con um a_

tomo. muitos fenômenos podem ocorrer, Orna interação envolve a

transferência da eneraia do fóton para um elétron desse Átomo f ca_

mada K ou L ) . resultando na sua ejeçXo (Figura II. 3 ). Em curto

espaço de tempo as transições eletrônicas internas podem produzir

as radiaçSes fluorescentes.

Essas transições eletrônicas, obedecer, critérios de sele.

Ç*o de acordo com a teoria atômica quAntica.

II. 2.1 - CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS DOS ELEMENTOS QUÍMICOS

- Número quintico principal - n

indica a posição do nivel energético em relação ao núcleo atômi­

co. Eqüivale a caracterizar a distância media que o elétron ocu.

pa em relaçZo ao núcleo:

n = 1 ==> camada K

n = 2 ==> camada L

n = 3 ==> camada M

- Número quantico secundário ou azimutal - l

representa a forma da nuvem eletrônica e varia de 0 a (n - 1 )

n = 1 ==> 1 = 0 ==> s

n = 2 ==> 1 = 0 ==> s

1 = 1 ==> p

n = 3 ==> 1 = 0 ==> »

1 = 1 ==> p

1 = 2 ==> d

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KICOENT PHOTON

I k v><.; I ' .*•

PKOTOSLECTRGU C E r r - E - * <

/UGHPEUCTfiOfl t„ = •: K - v i - < if

I vV7i \ \ l •J

/

to o n to)

FIGURA II. 3 - Modalo da ExcitaçSo do Espactro da Linhas

Características da Raios-X

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15

- Número quântico maçrnético - ns

esta relacionado com a orientação da nuvem eletrônica no espaço

• varia de -1 ....... • 1.

n = 2 ==> 1 = 8 ==> m = 0

1 r 1 ==> m = 1

n = -1

- Número qu&ntico - Spin - s

representa o sentido do campo magnético do elétron, apresentan.

do os valores:

• s • 1/2 • s = - 1/2

- Número quântico interno - J

representa o momento angular to ta l :

J = 1 • s ( I I . 5)

fornecendo os níveis de transições em que os elétrons podem ser

transferidos (Tabela II. 1 ).

Exemplos detalhados dos números qu&nticos dos elétrons

nas camadas K e L s3o mostrados nas Tabela II. 2 e Tabela II. 3 res.

pecti vãmente.

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16

II. 2. 2 - POTENCIAIS DE EXCITAÇAO

Para que um elétron seja retirado de uma camada eletráni.

ca. o fóton incidente deve ter energia maior ou igual à que liga

esse elétron ao núcleo.

Na Tabela II. 4 encontram-se as energias mínimas de exci.

taçXo para os elétrons das camadas K e L.

TABELA II. 1 - Níveis de Transições Eletrônicas

Nível de Transição 1 J

K

4 Ln L i n Mi « i i Mm "iv Mv

NI «II NIII NIV Nv

NVI NVII

0 0 1 .

1 0 1 1 2 2 0 1

1 2 2 3 3

1/2 1/2 1/2

3/2 1/2 1/2

3/2 3/2 5/2 1/2 1/2

3/2 3/2 5/2 5/2

7/2

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17

TABELA II. 2 - Distribuição dos Elétrons na Camada K

n i l 1 6 0 m 0 0 s +1/2 -1/2

símbolo Is Is

TABELA II. 3 - Distribuição dos Elétrons na Camada L

n 1 m s

símbolo

2

0

0

•1/2 2 s

2

0

0

-1/2 2 s

2

1

-1

+1/2 2p

2

1

- 1

-1/2 2p

2

1

0

+1/2 2p

2

1

0

-1/2 2p

2

1

1

+1/2 2p

2

1

1

-1/2 2p

II.2.3 - LINHAS CARACTERÍSTICAS E AS REGRAS DE SELEÇÃO

Para que uma transição eletrônica ocorra, dando origem a uma linha caracter!atica. * necessário que seiam obedecidas as três regras de seleção

An * 0 Al = ± 1 AJ = ± 1 ou 0 (II. 6)

As transiçSes previstas por essas regras podem ser obser.

vadas na Figura II. 4.

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18

TABELA II. 4 - Enorçias H Í U Í M S d* ExitaçSo para os Elétrons das

Casadas K • L

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FIGURA II. 4 - Transiçtfes tl*trdnicas qvw Rftqras d« S«l«çXo

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Page 26: ASTM Al - repositorio.ipen.br

20

Por convenção, as várias séries do espectro de raios-X

possuem as seguintes notaçSes:

- as linhas s£o escritas com letras maiúsculas indicando o nível

final da transição envolvida. Por exemplo: espectro K correspon.

de a transições de elétrons que terminam na camada K.

- as letras maiúsculas sSo seguidas de letras gregas minúsculas,

subescritas e seguidas de números. Por exemplo: Kcti.

Essa notaçSo. embora muito utilizada. nSo dá idéia clara

da transição envolvida, existindo outras que deveriam ser utiliza.

das. como podem ser observadas na Tabela II. 5.

TABELA II. 5 -NotaçSo das Linhas Características para o Espectro K

Linha NotaçSo Empírica NotaçSo Quàntica

2p(3/2)-ls

2p(l/2)-ls

3p( 3/2) -ls

Cada linha característica pode ser representada pela di_

ferença entre as energias de ligação inicial e final dos níveis

envolvidos na transição, portanto para a linha Kcu temos:

K

K

K

K-L

K-L

K-M

III

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III

E(Ka» ) = AE = E(K ) - E<LTTT > (II. 6)

Page 27: ASTM Al - repositorio.ipen.br

21

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12.4

E(K > - E Í L J J J > (II. 7)

Nas Figuras II. 5 a 7 sSo mostrados os espectro K de li.

nhas características para o Sn, Cu, Ca.

FIGURA II.5- Espectro de Linhas Características para o Sn

Page 28: ASTM Al - repositorio.ipen.br

22

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FIGURA II. 6 - Espectro de linhas características para o Cu

No espectro do Sn observa-se uma maior diferença entre as

linhas K«i e K02. que no espectro do Cu, isto devido a diferes*?a

e L nr Esta diferença diminui com a de energia das camadas L**

diminuição do número at6mico.

No espectro do Ca, esta diferença é tXo pequena que nSo

se observa diferença entre essas linhas, mas observa-se as linhas

satélites Koo/cu. que se tornam mais pronunciadas a medida que di.

minui o número atômico.

Page 29: ASTM Al - repositorio.ipen.br

23

FIGURA II. 7 - Espectro de Linhas Características para o Ca

Na Figura II. 8 temos o espectro K para o AI, onde pode-se

observar um aumento das linhas satélites, além da diferença apre.

sentada pela linha K-. para o Al e Al2<>3, devido a transição ele.

trônica estar envolvida com a camada de Valencia (Figura II. 9 ).

Page 30: ASTM Al - repositorio.ipen.br

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FIGURA II. 8 - Espectro de Linhas Características para o Al

0 espectro L para o Au e o espectro H para o H encontram-

nas Figuras 11.10 e 11, respectivamente.

Page 31: ASTM Al - repositorio.ipen.br

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PI GORA II. 9 - Espectro K^ para o Al e AlgOg

II. 2.4 - EXCITAÇAO DO ESPECTRO DE LINHAS CARACTERÍSTICAS

O espectro de linhas características pode ter a sua exci. taçSo por meio de :

Page 32: ASTM Al - repositorio.ipen.br

26

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FIGURA II. 19 - Espactro da Linhas Características L para o Au

Page 33: ASTM Al - repositorio.ipen.br

27

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FIGURA II.11 - Espaetro da linhas característica» M para o W

Page 34: ASTM Al - repositorio.ipen.br

28

- bombardeamento por elétrons, protons, deutérios. partículas alfa

• lons pesados.

- IrradiaçSo por raios-X primários obtidos por meios de tubos de

raios-X.

- irradiaçSo por alfa. beta. gama ou raios-X emitidos por isétopos

radioativos.

- irradiação por raios-X secundários de um radioisctopo.

- auto excitaçSo por r&dioisôtopos adicionados ou gerados na amos.

tra.

Page 35: ASTM Al - repositorio.ipen.br

29

III - PROPRIEDADES DOS RAIOS-X

III.l - ABSORÇÃO

Quando um feixe de raios-X passa através da Matéria sofre

uma atenuação, ou redução ns intensidade, como conseouéncia de uma

série complexa de interações com os átomos.

0 efeito de absorção é muito significativo nas analises

por fluorescéncia de raios-X. uma vez que é uma função da composi.

çSo. necessitando sempre de correções.

III.1.1 - COEFICIENTE DE ABSORÇÃO LINEAR

Considerando-se uma camada, de espessura bem fina dx. de

um material absorvedor (Figura III.1 > e supondo que a intensidade

I de um feixe monocromático de raios-X é. reduzida de dl quando

passa através de dx. temos:

dl = - p Io dx (III.l)

onde **x é uma constante de proporcionalidade chamada de coeficien.

te de absorção linear.

Fazendo-se a integração para a espessura x, temos:

I = Io exp (- H x ) (III-2)

ou

In (Io / I ) ^ - (III-3)

x

Page 36: ASTM Al - repositorio.ipen.br

cu^a unidade de medida é absorção por unidade de espessura.

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FIGURA III.1 - Absorção de Raios-X

III. 1. 2 - COEFICIENTE DE ABSORÇÃO DE MASSA

A absorção também depende da densidade do material absor.

vedor • tem como unidade de madida: massa / unidade de área

Page 37: ASTM Al - repositorio.ipen.br

31

I = Io exp t- (p / p ) p x 1 CIII-4)

onde ( v / p) * o coeficiente de absorção de massa.

0 coeficiente de absorção de massa é o mais usado porque

é una propriedade de cada substância, independente do seu estado

de agregação física. Ele é uma função somente do comprimento de

onda e do número atômico.

No texto a seguir o símbolo v indicara o coeficiente de

absorção de massa em cm2/g.

Na Tabela III. 1 são mostrados os valores do coeficiente

de absorção de massa para os elementos químicos em funçSo do

comprimento de onda.

Para uma mistura constituída por n elementos temos:

fj <\ ) z E (ei MV > (III. 5)

onde c é a concentração dos elementos químicos.

III. 1. 3 - BARBEIRA DE ABSORÇÃO - ABSORÇÃO EDGE

As curvas de absorção de massa para vários elementos es.

tão mostradas na Figura III. 2. Observa-se que a variação da absor.

ção de massa com o comprimento de onda não * continua, apresentan.

do abruptas descontinuidades. chamadas barreiras de absorção.

Barreira de absorção «? definida como o comprimento de on.

da máximo ou energia minima que pode rotirar um elétron de um dado

nível de um átomo. Cada elemento tem tantas barreiras de absorção,

quantos são seus potenciais de excitação.

Os valores dos comprimentos de onda das barreiras de ab_

torção K, L i H para alguns elementos químicos estão relacionados

na Tabela III. 2.

As barreiras de absorção são bases de excitação secunda.

Page 38: ASTM Al - repositorio.ipen.br

TABELA III . 1 - Ccwficiontas do AbsorçSo d* Massa • • Função do CoMorivento d* Onda

Page 39: ASTM Al - repositorio.ipen.br

33

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Page 40: ASTM Al - repositorio.ipen.br

continuação

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21.7 22.5 23.3 24.2 25.0 25.1 26.6 27.5

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Page 41: ASTM Al - repositorio.ipen.br

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Page 42: ASTM Al - repositorio.ipen.br

36

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FIGÜBA III. 2 - Curvas de AbsorçSo de Massa

Page 43: ASTM Al - repositorio.ipen.br

TABELA III . 2 - Barreiras de AbsorçSo

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Page 44: ASTM Al - repositorio.ipen.br

38

ria das linhas do espectro de raios-x:

- para \ > ZKab* os fótons nXo tem energia suficiente para expul_

sar ZK elétrons, assim nenhuma linha ZK aparece.

- quando  diminui, os fótons ficam mais energéticos e M/P dirni.

nui. isto é, o absorvedor torna-se mais transparente.

- para X = ZKab* os fótons tem exatamente a energia requerida para

expulsar os elétrons ZK. a absorção aumenta abruptamente e as

linhas ZK aparecem

- para >•• << ZKab* os fótons tem uma energia muito maior que a ne_

cessaria para expulsar elétrons ZK. mas tSo energéticos que po_

dem penetrar no absorvedor a tal profundidade, que a radiação

ZK n3o pode emergir.

III. 2 - ESPALHAMENTO

III. 2.1 - ESPALHAMENTO COERENTE

0 espalhamento coerente, também conhecido como n3o modi.

ficado, elástico ou de Rayleigh tem o fóton de raios-X defletido

eem perda de energia, isto é. sem aumentar o comprimento de onda.

Na dispersão coerente, os raios-X incidentes induzem os

elétrons, na matéria irradiada, a oscilarem na mesma freqüência

dos raios-X. Os elétrons oscilando, emitem raios-X em todas as

direções, novamente em uma mesma freqüência (Figura III.3 ).

Page 45: ASTM Al - repositorio.ipen.br

39

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FIGURA III. 3 - Espalhamento Coerente

III. 2. 2 - ESPALHAMENTO INCOERENTE

0 espalhamento incoerente, também conhecido como modifi.

cedo. inelastico ou Compton tem o fóton de raios-X dcfletido com

perda de energia e aumento no comprimento de onda.

0 mecanismo do espalhamento incoerente é mostrado na

Figura III.4. 0 foton de raios-X incidente colide com um elétron

fracamente ligado em um orbital externo de um átomo. Esse elétron

com o impacto, deixa o átomo levando uma parte da energia do £ó_

ton, • a parte restante é defletida com a correspondente perda ou

com um aumento de comprimento de onda.

0 choque segue as leis de conservação de energia, tendo o

elétron direçio e velocidade previstas e os raios-X a mudança do

oomprimento de onda:

Page 46: ASTM Al - repositorio.ipen.br

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PIGORA III.4 - Esoalhamento Incoerente

AK = 0.0243 (1 - cos £ > (III. 6)

onde # * o Angulo de espalhanento (Figura III . 5 )

FIGURA I I I . 5 - Angulo do BspalKamento Incoerente

Page 47: ASTM Al - repositorio.ipen.br

41

O A>* é independente do comprimento de onda dos raios-X e

do número atômico do material.

Tanto as linhas do espectro continuo do material alvo do

tubo de raios-X como as do espectro de linhas características da

amostra podem sofrer espalhamento.

0 espalhamento incoerente é muitas vezes indesejável. por

complicar o espectro e causar interferências espectrais, mas em

muitos casos ele é muito utilizado para corrigir o efeito matriz

de absorção - intensificação.

XXX.3 - EFEITO AUGER

Num átomo, alternativamente à emissão de raios-X. a ener.

cia pode ser libertada como um elétron, esse processo é conhecido

como conversão interna ou efeito Auger e é característico para ca_

da elemento químico.

Podemos supor que a transição de um elétron do nível L

para o K resulte na produção de um fóton Ka na forma usual. Entre,

tanto neste caso. o fóton não deixa o átomo de origem, mas é ab_

sorvido pelo próprio átomo com conseqüente expulsão de um elétron

L ou M. Nesse processo, o átomo passa por uma dupla ionização.

tendo dois buracos, um deles criado pelo processo inicial e o ou.

tro pelo processo Auger ( Figura III. 6 >.

0 efeito Auger ocorre mais comumente em átomos de baixo

número atômico, devido aos elétrons serem mais fracamente ligados

• os fótons característicos mais facilmente absorvidos.

0 efeito é mais marcante para a série L que para a K pela

mesma razão e pode também ocorrer com a excitação primária, sendo

mais pronunciado quanto maior a excitação.

Esse efeito produz as linhas satélites das linhas

Page 48: ASTM Al - repositorio.ipen.br

42

CLCCIWO*

* • PHOTON

PHOTO ELECTNOM

FIGURA III. 6 - Efeito Aucrer

•spectrals. tendo comprimento de onda levemente diferente daquele

originado da mesma transição eletrônica em um átomo unicamente

ionizado.

III. 4 - RENDIMENTO DE FLUORESCENCIA

Rendimento de Fluorescéncia < W. ) é a relacSo entre o nú.

mero de fótons K emitidos (nK ) e o número de vacâncias K produzi,

das (HK ) . portanto é uma conseqüência do efeito Auger.

£ ( nK ) t

NK

nKcu + nKoa + nK/fc +

NK ( I I I . 7)

Page 49: ASTM Al - repositorio.ipen.br

43

O rendimento de fluorescência varia com o número atônico.

pode ser observado na Figura III. 7.

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FI60RA III.7 - Variação do Rendimento de Fluorescén.

cia para as Séries K e L

Page 50: ASTM Al - repositorio.ipen.br

44

IV - ESPECTROhCTRIA DE FLUORESCENCIA DE RAIOS-X

IV. 1 - DEFINIÇÃO

Espectrometria de fluoresçència de raios-x envolve um

arupo de métodos instrumentais nXo destrutivos de análises qui mi_

cas qualitativa e quantitativa para elementos químicos baseados na

medida de comprimento de onda ou energia e intensidade de suas li_

nhas espectrais de emissSo secundária.

IV. 1.1 - MÉTODOS DE ESPECTROMETRIA DE FLUORESCENCIA DE RAIOS-X

Existem vários métodos instrumentais de análises químicas

que utilizam a espectrometria de fluoresçència de raios-x. entre

os mais utilizados encontram-se:

IV. 1.1.1 - Espectrometria de Fluoresçència de Raios-X com Disper.

sSo de Comprimento de Onda

As linhas espectrais de raios-x secundários de todos os

elementos presentes na amostra s3o excitadas simultaneamente, e

ent3o separadas na base de seus comprimentos de onda antes da de_

tecçSo.

IV. 1.1. 2 - Espectrometria de fluoresçència de raios-X com Disper.

sab de Energia

Page 51: ASTM Al - repositorio.ipen.br

45

As linhas espectrais de raios-X secundários de todos os

•lamentos presentes na amostra s3o excitadas e detectadas

simultaneamente e os pulsos resultantes s3o separados eletrônica,

mente com base nas energias dos fótons de raios-X emitidos.

IV. 1.1. 3 - Espectrometria de Fluorescència de Raios-X N3o Disper.

siva

As linhas espectrais de raios-X secundários dos elementos

presentes na amostra podem ser excitadas separadamente ou simulta,

neamente. sendo separadas por outros meios sem ser comprimento de

onda ou energia:

- excitaçSo seletiva

- filtração seletiva

- detecção seletiva

IV. 1.1. 4 - Espectrometria de Fluorescéncia de Raios-X com ReflexZo

Total

As linhas espectrais de raios-x secundários dos elementos

presentes na amostra s£o excitadas e detectadas simultaneamente

(semelhante com a de dispersão de energia ) . sendo utilizada para

amostras na forma de filme fino e para baixos teores (ng ou pg ).

Nesta publicação vamos discutir exclusivamente o método

de fluorescéncia de raios-x com dispersão de comprimento de onda.

IV.2 - ESPECTROMETRO DE FLUORESCÉNCIA DE RAIOS-X

Page 52: ASTM Al - repositorio.ipen.br

faff» <St oito

tensas

cristo i 'cnchsotfer

X V ? ? > V - -ee;imr.iF*r

| ÍCfttP if';

J ^ l

1 omplific. i «nsNtcaor J f • oHuro f 1 -

| |gç pulco» | |

; l i mtf- .r &

"Sccltr "

J irApressorft]

^ r^çUf rcdoJ

FIGURA IV. 1 - EsfwctrôMtro d* Fluor«sc*ncia d« Raiot-X

Page 53: ASTM Al - repositorio.ipen.br

47

Ha Figura IV. 1 oncontra-so un osquona d* uai ospaetronatro

do fluorosconcia da raios-X.

No tubo da raios-X o produzido o faixa da raios-X prin*.

rio ova irradia a auostra contida aoa conpartinonto quo poda ostar

aai atnosfora do ar. gas Ia oa vacuo, para a produção da radiação

sacondarin.

â radiação sacundaria assin oxcitada conto» unitos con.

prinontos do onda a * onitida on todas as dirocSos. Para di rocio,

nà-la no cristal analisador s*o utilisndos colinodoras.

O cristal analisador difrata assos raios-X secundários

sogundo a loi do Braga:

X s 2d son * f IV. 1)

ondo d o a distancia intorplanar do cristal analisador a * o angu.

Io do difração, fasando con qua cada conprinonto do onda saia nu_

na diroçXo difaronto.

O dotoctor absorva cada conprinonto do onda dif ratado p».

Io cristal analisador o quo passou por un sogundo colinador. con.

vortondo-o an un pulso do corronto olotrica quo ton a anplitudo

proporcional a onorgia ineidonto do foton do raios-x.

O pro-auplificador o o anplifieador anplifican ossos pul.

sos linoamanto. isto o. son ai tarar suas anplitudas relativas.

O solotor do altura do pulsos deixa passar todos os pul.

sos qua ton una faixa da anplituda pr*-fixada, isto o. correspoa.

donto a una nodia pr*-fixada da onoroia do foton.

O nedidor do taxa (ratonator > fornoco a razSo dos pulsos

quo von do solotor do altura do pulsos nan rogistrador nunérico ou

nun registrador do carta.

O contador "senior" conta ossos pulsos digitaluente.

0 teuporixador -tiner* dotomina ou nado o tonoo do con.

toga» do contador "scalar".

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48

IV. 3 - ANALISES QUALITATIVA, SEMI QUANTITATIVA E QUANTITATIVA

Nas análises qualitativas, o espectrômetro identifica por

meio da linhas características os elementos presentes na amostra.

Nas análises semi quantitativas e quantitativas s£o de_

terminadas as concentraçSes dos elementos presentes na amostra por

meio de curvas de calibraçSo onde s3o inter-relacionadas a medida

das intensidades das linhas características de padrões com a sua

espectiva concentração.

Page 55: ASTM Al - repositorio.ipen.br

49

V-EXCITACAO

A primeira fase instrumental de uma análise por espectro,

metria de fluorescéncia de raios-X é a excitaçSo das linhas carac.

teristicas dos elementos a serem analisados, devendo ser selecio.

nado adequadamente o tubo de raios-X e a sua potência para obter-

se uma boa eficiência.

V.l - TUBO DE RAIOS-X

0 tubo de raios-X gera um feixe de raios-X primários que

irá excitar os elétrons dos elementos presentes na amostra, produ.

zindo assim, a emissão das radiações características desses ele.

mentes

Na Figura V. 1 é mostrado esquematicamente um tubo de

raios-X comercial, onde observa-se um filamento de tungsténio (ca.

todo ) onde aplica-se uma corrente para a produção dos elétrons

que sío acelerados por uma diferença de potencial em direção a um

alvo C anodo ) , onde são freados e a energia cinética transforma-

se. na sua maior parte, em calor e. somente uma pequena fração, em

raios-X. .

Esta radiação é emitida em todas as direções e. somente

uma parte emerge pela Janela do tubo de raios-X para atingir a

amostra. Esta Janela geralmente é de berílio e muito fina. para

possibilitar uma alta transmissão dos raios-X.

0 anodo consiste de um fino disco de metal soldado em um

•spssso bloco de cobre. 0 metal que constitui esse anodo fornece o

nome ao tubo de raios-X. Os metais alvos mais utilizados comerei,

aimente s2o: Cr. Cu, Ho, Ag, N, Pt, Au e Rh, sendo que para cada

elemento a ser analisado deve-se utilizar o mais conveniente.

Page 56: ASTM Al - repositorio.ipen.br

50

FIGURA V. 1 - TOBO DE RAIOS-X

A Janela do tubo de raios-X pode estar localizada late_

raimente ou na parte final do mesmo, tendo utilização dependendo

do projeto Inicial do espectrômetro.

Alguns requisitos básicos são exigidos para uma boa e£i_

ci+ncia de um tubo de raios-X:

- produçSo suficiente de fótons para a faixa de comprimento de on.

da requerida.

- alta estabilidade.

- capacidade de trabalho com potência razoavelmente alta.

- nSo possuir linha do seu espectro característico que interfira

nas linhas dos elementos que estío sendo determinados.

Page 57: ASTM Al - repositorio.ipen.br

51

V.2 - EFEITOS DA CORRENTE, TENSÃO E ALVO NO TUBO DE RAIOS-X

A intensidade do espectro continuo do tubo de raios-X

aumenta proporcionalmente com a corrente (i ) aplicada, com o nú_

mero atômico (Z > do anodo e com o quadrado da tensão (V )

aplicada (Figura V. 2 >.

A intensidade integrada do espectro continuo, produzido

pelo tubo de raios-X. pode ser expressa pela relação de Beatty:

00

I = / I (X > d>- = 1.4 10"* i Z Va (V. 1) o

O aumento da corrente aplicada ao filamento do tubo de

raios-X faz com cue a intensidade do seu espectro continuo sumen.

te proporcionalmente, isto porque o número de elétrons cue chegam

ao anodo vindo do filamento ( catodo > e proporcional è corrente.

0 aumento da tensão aplicada ao tubo de raios-X para a

aceleração dos elétrons, faz com que o comprimento de onda nunimo

do seu espectro continuo ('-o ) e consequentemente o comprimento de

onda máximo (A.WKK } . seiam deslocados progressivamente para com.

primentos de onda menores. uma vez que os elétrons sofrem maior

aceleração e conseauentemente. possuem altas velocidades, sofrendo

maior desaceleração ao chocarem-se com o alvo.

A escolha da corrente é um oroblema menor que a escolha

da tensão, porque a corrente afeta a intensidade fluorescente e a

radiação de fundo linearmente, enquanto que a tensão afeta as duas

diferentemente.

Ótimas corrente e tensSo s2o atingidas quando a relação

entre a intensidade da radiaçSo característica (P ) e a intensi.

dada da radiação de fundo (Bg ) tiverem um valor máximo.

Page 58: ASTM Al - repositorio.ipen.br

52

>-5> z u »-z u >

w c

kV, 2 CONSTANT I c e mA

mA, 2 CONSTANT I c (kV)?

kV, mA CONSTANT l o t Z

7 \92-U

0.5 I 1.5 WAVELENGTH X,l

FI6DRA V. 2 - Efeitos de Número Atômico ( Z > do Material

Alvo. da Corrente (i ) e da Tensão (V ) no

Espectro Continuo do Tubo de Raios-X.

Page 59: ASTM Al - repositorio.ipen.br

S3

If = MAxiMo (V. 2)

I»9

Page 60: ASTM Al - repositorio.ipen.br

54

VI-CÂMARADE AMOSTRAECOLIMADORES

VI. 1 - CÂMARA DE AMOSTRA

Os espectrômetros pode» utilizar ar. vacuo ou gás hélio

na câmara de amostra.

Para comprimentos da onda menores que 1 A ( BrRa. MRaLo>

) * indiferente a utilização de qualquer um dos três. Para compri.

mantos de onda entre 1 a 6 A (aaPKa. *°ZrLo». 7*PtMa ) e indife.

rente a utilizaçXo de vacuo ou hélio.

Geralmente ar e suficiente para comprimentos de onda me.

nores que 2.5 A ("ttRa. ''prLeu ) ou para os elementos maiores

constituintes ate 4 A ( ""KKO. ^CdLai. ""UH» >.

Hélio e- utilizado para comprimentos de onda menores que 6

A. ou para os elementos maiores constituintes até 18 A ( FKot ).

Vacuo é recomendado para comprimentos de onda maiores que

6 A.

As amostras liquides podem evaporar e as na forma de pó

podem esparramar-se no interior da câmara, auando se utiliza vA_

cuo. sendo mais recomendável a utilização de hélio.

VI.2 - COLIHADORES

Colimadores sSo utilizados para manter o feixe emergente

paralelo e bloquear os raios-X divergentes, fornecendo maior pre.

cisão ao Angulo formado entre a radiação que emerge da amostra e o

cristal analisador, ou entre a radiação que emerge do cristal ana.

Page 61: ASTM Al - repositorio.ipen.br

55

Usador • o detector.

Os colimadores consistem de uma série de 1Aminas (de ni_

quel ou molibdènio ) paralelas, muito finas e igualmente espaça,

das. Sua resolução angular é uma função do comprimento das placas

CL > e do espaçamento (L ) . sendo a divergência angular dada por:

W^ 2 = tan"* í S/L ) < VI. 1>

Os colimadores mais finos <menor espaçamento ) fornecem

u* espectro de linhas características com melhor resolução, apesar

de provocarem uma diminuição na intensidade fluorescente, portan.

to. a sua escolha é uma questão de conveniência entre uma alta re.

solução e baixa intensidade, ou baixa resolução e alta intensida.

de.

A escolha dos colimadores vai depender da regi2o do es_

pectro a ser objeto da analise. Para regiões de comprimentos de

onda maiores que 3 Ã. geralmente, utiliza-se um colimador mais

grosso, visto que nesta região os problemas provocados pela baixa

intensidade são mais críticos que os de uma boa resolução.

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VII- CRISTAL ANALISADOR

A secunda fase de U M análise espectrométrica de flúores,

céncia de raios-X • a dispersão dos raios-X secundários emitidos

pela amostra no cris-tal analisador. para permitir o isolamento e

a medida das linhas analíticas individuais.

VII. 1 - DIFKACAO DE RAIOS-X POR CRISTAIS

A difraçSo de raios-X pelos cristais resulta de um oro.

cesso no qual os raios-X s3o dispersos pelos elétrons dos átomos

sem mudança de comorimento de onda. Para que este fenômeno ocorra

é necessário que algumas condições geométricas sejam satisfeitas,

ou que a lei de Bragg seia obedecida.

A difraçSo resultante de um cristal, compreendendo posi.

çSes e intensidades das linhas de difração, é uma propriedade fí_

sica fundamental da substancia, servindo n*o só A identificação

como também ao estudo de sua estrutura.

Um elétron de um Átomo, influenciado pelos raios-X. e ex_

citado, tornando-se uma fonte de ondas eletromagnéticas de mesma

freqüência e mesmo comprimento de onda que os raios-X incidentes.

As ondas dispersas pelos diversos elétrons do Átomo combinam-se.

dal podendo-se dizer que o Átomo difrata a radiação X.

A intensidade da disoersSo é dependente do numero de elé_

trons do Átomo, mas como os elétrons sSo distribuídos em todo o

seu volume, e n3o em um ponto, a intensidade varia com a direção.

A Figura VII. 1 mostre um feixe de raios-X incidente so.

bre um plano de Átomos regularmente distribuídos ou espaçados. Ca.

Page 63: ASTM Al - repositorio.ipen.br

CRISTAL SURFACE

rufClDCXT WAVE FRONT (FRCM SPECIMCM)

OIFFRACTEO WAVE FRONT

«TO OCT COLLIMATOR • DETECTOR)

FIGURA VII. 1 - DifraçSo por Cristais

d» Átomo dispersa a radiação X produzindo um novo conjunto de

das esféricas que se combinam e cuja resultante tem a direção

tangente comum ás ondas. A combinação coerente dessas ondas

persas • chamada de difraçao.

Page 64: ASTM Al - repositorio.ipen.br

58

VII. 1.1- LEI DE BRAGG

Considerando-se dois (ou mais ) planos (Figura VII. 2 > as

condições para a difração em fase depende do caminho percorrido

pelo feixe incidente.

TO DEEPER CRYSTAL PLASES

nX*2d sn0

FIGURA VII. 2 - DifraçSo por C r i s t a i s . Lei de Bragg, Origem das Ordens de DifraçSo

Page 65: ASTM Al - repositorio.ipen.br

59

CBD r CB • BD = 2 AB sen * = 2d sen a (VII.l)

ou

nX = 2d sen õ (VII. 2)

onde n é a ordem de difraçSo.

6 é o ângulo de Bragg e

d é a distancia interplanar

VII. 1. 2 - INDICES DE MILLER - ( hkl >

Cristal é um sólido no qual os átomos ou moléculas es.

tSo rigorosamente agrupados em planos num modelo tridimensional.

obedecendo uma periodicidade.

Cela unitária é a unidade fundamental do cristal. ou a

menor porção do mesmo que pode existir. Portanto um cristal é for.

mado pela repetição da cela unitária em todas as direções.

A Figura VII. 3 mostra como a cela unitária pode ser repe_

tida para a formação da rede cristalina, e como esta pode ser cor.

tada por muitos conjuntos de planos paralelos.

A cela unitária e caracterizada pelos parâmetros «*. © e c

que indicam os comprimentos dos seus lados nos eixos tridimencio.

nais ( x. y B z ) e pelos respectivos ângulos «. ft e T (Figura

VII. 4 > . que permitem a classificação dos cristais em sete siste.

mas cristalinos ( Figura.VII. 5 ).

Os índices de Miller constituem um sistema de notação que

permite a identificação de todos os conjuntos de planos cristali.

nos. Para que esses indices sejam encontrados, devem ser seguidas

as seguintes etapas:

- encontrar os valores das interseções do plano nos três eixos.

Page 66: ASTM Al - repositorio.ipen.br

60

FIGURA VII. 3 - Rede Cristalina

PI GORA VII. 4 - Cala unitária • aau» Paramatroa da Rada

Page 67: ASTM Al - repositorio.ipen.br

61

PI GUSA ¥11. 5 - 8i«teaas Cristalinos

Caso o plano seja paralelo ao eixo, o valor * infinito (• ).

• encontrar o valor reciproco das interseções. 0 valor reciproco

do infinito * saro.

- caso o valor reciproco saia fracionário, asta devera sar trans.

tornado an número inteiro paio danosdnador coeu*.

Na Figura ¥11. 6 teaos a representação da vários planos

eristaloaráficos a na Tabela ¥11.1 os respectivos indicas de

Millar.

Page 68: ASTM Al - repositorio.ipen.br

62

*ZM L JS _t

ri*iTi? i -b

FI60RA VII. 6 - Planos Cristalográficos

Os planos n( hkl > sSo distintos na cristalografia, mas

para a espectrometria de fluorescôncia de raios-X os planos desig.

nados por (hkl > ou n( hkl ) s£o iguais.

Par& o sistema hexagonal, sSo utilizados os indices de

Miller-Bravais. que sSo representados por:

Ihkil )

onde i s -<h + k >

Page 69: ASTM Al - repositorio.ipen.br

63

TABELA VII. 1 - índices de Miller dos Planos da Figura VII. 6

Planos interseções recíprocos índices de

<a. b. c > (l/a. l/b. l/c ) Miller ( hkl >

A B

C

D

E

F

6

H

I

J

K

L

M

1

1/2 ao

00

1

1 /3

1

1 /2

4 / 5

1/4

1/4

1

1 /2

00

CD

00

00

1

1

1

1

2 / 3

1 /2

1 /2

- 1

- 1 / 2

00

ao

1

1/2 00

00

1

1

1

00

1/2

1

1/2

1 2

0

0

1

3

1

2

5/4

5/4

4

4

1

2

0 0

0

0

1

1

1

1

3 / 2 6 /4

2

2

-1

- 2

0 0

1

2

0

0

1

1

1 4/4

0

2

2

2

(100 (200

(001

(002

(110

(310

(111

(211

(564

(420

(422

(111

(222

VII.2 - ESCOLHA DO CRISTAL ANALISADOR

0 cristal analisador executa a mesma função oue um pris.

ma em um espectrômetro de fluorescéncia de raios-X. dispersando

•spacialmente o feixe de raios-X policromático proveniente da

amostra. Fazendo com que cada linha espectral dirija-se numa dire_

ç3o diferente.

Os cristais analisadores tem por funçSo básica difratar.

Page 70: ASTM Al - repositorio.ipen.br

64

segundo a lei de Bragg, os raios-X que serão objetos de análise.

Eles podem ser Dlanos. fazendo uso de colimadores. ou curvos.

Na Tabela VII. 2 encontra-se uma relação dos principais

cristais analisadores utilizados nos esoectrometros comerciais.

De acordo com a lei de Braga, um cristal não dispõe de

condiçSes para difratar qualquer radiação de comprimento de onda

excedendo a 2d (2& - 180'). Contudo, na pratica, por motivos de

natureza estritamente mecânica, o limite superior atingido para 2&

esta ao redor de 146 . Sendo que a intensidade da radiação diminui

muito a partir de 120 . Por outro lado. o arranio geométrico tam..

bem é um fator limitante para a regi3o de baixos ângulos. visto

que o cristal dispSe-se quase que paralelamente ao plano do coli_

mador e. consequentemente . intercepta apenas parte da radiação

incidente. Um valor para 2$ de 10 é utilizado na prática como

limite inferior.

A escolha de um cristal analisador baseia-se principal,

mente na sua eficiência de reflexão. Isto é obtido a partir de uma

superfície perfeita e sem fraturas para evitar distorções. Em

determinados casos, pode-se desejar a utilização de um cristal do.

tado de maior poder de dispersão, em lugar de reflexão mais inten.

sa. para obterem-se melhores condições de resolução do espectro.

Desta forma, para aumentar-se a dispersão (isto é, uma maior sepa.

ração das linhas > pode-se utilizar o cristal LiF( 220 > em lugar

do L1F ( 200 ) . como no caso da análise de terras raras e na deter,

minação de pequenas quantidades de V na presensa de grandes quan.

tidades de Ti.

A composição química do cristal constitui um outro para.

metro a ser levado em consideração na ocasião de sua seleção. Como

resultado da excitação secundária (fluorescéncia ). pode ocorrer

um aumento da radiação de fundo, que irá interferir na radiação

medida. Assim, por exemplo o cristal ADP não deve ser usado para a

determinação de P, pois pode-se ter um aumento da radiação de fun.

do. causada pela fluorescéncia da linha PK«x

Page 71: ASTM Al - repositorio.ipen.br

65

TABELA VII. 2 - Principais Cristais Analisadores

Cristal (hkl > 2d ( A ) Faixa de A usada <A )

LiF(200 ) (200 ) 4.028 0.351 - 3.84

Fluoreto de Litio

LÍFC220) (220 ) 2.848 0,248 - 2.72

Fluoreto de LItio

Ge (111 ) 6.532 0.569 - 6,23

German!o

PET (002 ) 8.742 0.762 - 8.3*

Pentaeritritol

EDDT (020 > 8.808 0.7e8 - 8.40

Etileno diamino

d-tartarato

ADP (101 ) 10.640 0.927 - 10.15

Diidrogeno fosfa.

to de amdnio

TAP (1010 ) 25.9 6,4 - 24,0

Hidrogeno ftalato

de talio

KAP (1010 > 26,632 4,5 - 25,4

Hidrogeno ftalato

de potássio

Page 72: ASTM Al - repositorio.ipen.br

66

Para um determinado comprimento de onda. a escolha do

cristal é realizada com base na sua distância interplanar (2d > .

sugerindo-se sempre o uso da primeira ordem de reflexão por ser a

mais intensa. Contudo, muitas vezes ocorrem interferências

motivadas pelo aparecimento de ordens altas de reflexão,

atribuídas, por sua vez. a um outro elemento presente na fase. Se

esse elemento aparecer em grande concentração, os efeitos dessa

interferência serão demasiadamente nocivos, mesmo adimitida sua

redução com o auxilio de um discriminador de energia. Nessas con_

dieões. é altamente recomendável o emprego de cristais em que as

reflexões de segunda ordem apresentem-se muito fracas, ou mesmo

ausentes, caso, por exemplo, dos cristais de Si e Ge.

0 número de cristais analisadores disponíveis comercial,

mente é muito grande, dando ao analista amplas condições para a

cobertura completa do espectro.

0 LiF é o de maior utilização, principalmente na faixa de

comprimento de onda de 0.5 a 3,0 A, proporcionando a melhor combi.

naç2o em termos de intensidade e dispersão.

0 KAP e RAP (ou RbAP ) * mais recentemente o TAP são bons

cristais para comprimentos de onda maiores cue 6 A.

Para a região de comprimento de onda médios, as melhores

opções são PET e ADP, o primeiro é muito frágil e deteriora-se com

o tempo, além de ser extremamente sensível Às variações de ternpe.

ratura (Figura VII. 7 ) . com reflexos diretos na intensidade da re_

flexão.

Na Figura VII. 8 encontram-se as faixas de comprimentos de

onda mais utilizadas para os principais cristais analisadores.

Em resumo, um bom cristal analisador deveria apresentar

as seguintes características:

- faixa de comprimento de onda apropriada para as linhas analíti.

eas a serem medidas.

Page 73: ASTM Al - repositorio.ipen.br

O O E l I r • > | l l l l ^ l l i |

aos

oo«

j . 003

002

OOl - O U M T Z - «ICHI - T O M Z

67

FIGURA VII. 7 - Curvas de coeficientes de expansão lineares da

temperatura para os cristais analisadores

CRYSTALS

W A V E L £ S 5 T H », XOi

i_ I

i :

JT0«17.CUA«T; f2023J.Lirí220l IL>F.'200>

NOCI &t J

l i JJ0UÉa~2't3") i. i»£T.£OCT

: .- LJ4-P » :3/B3JV

V—5

02 0.3 040.5 0? riiimifiiMii'rcf iiliiiifnii

3 4 5 5 7 8 510 20

AT. NO. OF K« UNES Z 93 DO 70 60 50 45 40 36 30 25 2C 15 !0

• * — ' - - ' ' • •

AT. NO. OT La LINES Z 90 80 70 60 50 43 4 0 35 3C

FIGURA VII. 6 - Faixas de \ Usadas pelos Cristais Analisadores

Page 74: ASTM Al - repositorio.ipen.br

68

- alta intensidade.

- alta resoluçSo. alta dispersão a pico dlfratado com largura as.

traita.

- alta razSo pico - radiação da fundo.

• ausência da elementos lntarfarantas.

- baixo coeficiente da expançSo termica.

- alta estabilidade ea ar ou em condições anbientais normais.

- alta estabilidade sob prolongada exposição aos raios-X.

• boa resistência mecânica.

- viabilidade na qualidade e tamanho adequado.

VII.3 - DISTINÇÃO ENTRE ESPECTRCMETRIA DE FLUORESCENCIA DE RAIOS-X

E D1FRAT0METRIA DE RAIOS-X

Considerando-se a lei de Bragg as diferenças básicas sSo:

nX = 2d * sen *

Cspectrometria: calculado conhecido medido

Difratometria : conhecido calculado medido

Page 75: ASTM Al - repositorio.ipen.br

69

VIII - DETECÇÃO DE RAIOS-X

A funçSo básica dos detectores * converter a energia dos

fõtons de raios-X absorvidos em pulses elétricos, com amplitude

proporcional á energia dos fótons.

Os detectores mais utilizados sSo:

proporcional preenchido com gás.

de cintilaçào.

semicondutor de estado sólido.

VIII. 1 - DETECTOR PROPORCIONAL PREENCHIDO COM GAS

Os detectores de raios-X preenchidos com gás (Figura

VIII.1 ) consistem, essencialmente de uma caixa metálica cilin.

drica. que funciona como um catodo. tendo no seu eixo radial um

fio metálico ( anodo ) esticado.

0 seu interior ê preenchido com gás ou mistura gasosa.

normalmente com pressSo entre 0.5 e 1 atm. Teoricamente qualquer

gas poderia ser utilizado, mas alguns apresentam melhores resulta,

dos. Gases eletronegativos. como o oxigênio. s3o evitados, uma vez

que a operaçSo do detector depende da formação e migração de ei*.

trons. e as moléculas de gás eletronegativas tendem a unir os elé.

trone . o que inibe a migração e resulta numa perda de sinal.

Os gases inertes s3o preferidos porque fornecem um sinal

mais adequado e necessitam de potenciais menores. al*m de nSo pro.

Page 76: ASTM Al - repositorio.ipen.br

X-MTS-

FIGURA VTIT. I - Esquema d* um detector prooorcion*!

Dreenchido com gis

vocerem corrosão no fio metálico.

0 oás mais utilizado é o aroonio que juntamente com o gás

metano (que tem como funçXo terminar a descarga e diminuir a ra_

diaçXo ultravioleta ) . formam a mistura *P-10fc (90* de Ar e 10X de

metano ) . que possui uma maior utilização.

Os raios-X entram no detector através de uma Janela que

deve ser muito fina e nSo absorvedora. para permitir a passagem

completa do feixe de raios-X incidente, mas tamb*m. deve t«r es­

pessura suficiente para evitar o vazamento do gas.

Os detectores podem apresentar Janela lateral ou final,

podendo ser selada ou n*o. permitindo assim, um fluxo de gas. o

que permite aos detectores diferentes aplicações.

Page 77: ASTM Al - repositorio.ipen.br

71

Os detectores de Janela selada sSo fechados permanente.

•ente. apôs o preenchimento con gás. A Janela desse tipo de detec.

tor è usualmente feita de Be e de aproximadamente 190 ~m de espes.

sura. 0 Be (Z = 3 ) é um baixo absorvedor de raios-X. e essa es_

pessura. permite a transmissão de comprimentos de onda menores que

4 A.

Para comprimentos de onda maiores, e necessário a utili.

çSo de Janelas mais finas o que provoca um vazamento do gas. S3fa

utilizados. enta*o. os detectores de fluxo de gás com Janelas de

Mrlar ( ftalato de polietileno > de espessura de 6~m. qu» oermitem

a transmitáncia de raios-X de comprimento de onda menores que 7 A.

Para comprimentos de onda maiores s3o utilizadas Janelas

de Krlar de espessura de 1 ^m oue requerem muito cuidado e manu.

tençXo constante com troca freqüente.

0 problema do vazamento de gás pela Janela é resolvido

pela passagem de um fluxo de g^s constante. Esse tiDO de detector

fornece bons resultados para radiações de baixa energia, mas ne.

cessitam de cuidados especiais para prevenir a contaminação com

oxigênio, vapor de água. partículas etc. . que podem provocar uma

diminuição na eficiência do mesmo.

0 principio básico do detector preenchido a gás • a io.

nizaçãfo do gás pelos fótons de raios-X incidentes. Ho caso dos de.

tectores preenchidos com arganio temos:

Ar • hu • Ar* • e" < VIII. 1>

A energia requerida para esse processo * de aproximada.

mente 30 eV e e significativamente maior que o primeiro potencial

de ionizacSo (15.8 eV ) . devido a perda de energia dos fotons de

raios-X em colisões que nSo provocam ionizacòes.

Na Figura VIII. 2 podemos observar com detalhes os proces.

•os que podem ocorrer no interior de um detector preenchido com

gás.

Page 78: ASTM Al - repositorio.ipen.br

DETECTOR CAS VOLUME PULSE DETECTO» OUTPUT FROM HEMXT PROCESS AT LEFT

• • • • • • * 4 > * « • • • * • ' > • * • • « * •

M •S-'t ft PHOTOELECTRON

~ " '• • 'S^f&ki. PHÕÍOEUCTIIOII

—O

« t .

EArK«

« «

« C .

TOTAL DETECTOR

OUTPUT

PULSE HBWMT, V

71 (SURA VITI. 2 - Processos qua Podam Ocorrer no Interior dos

Deteetores Preenchidos com Gás.

Page 79: ASTM Al - repositorio.ipen.br

73

A - TransmiçSo:

0 fóton de raios-X pode passar através do gás sem ser ab_

sorvido totalmente ou substancialmente, e ser absorvido pela pare.

de do detector ou emergir através de sua ianela do fundo. Esse

processo ê mais freqüente para raios-X de pequenos comprimentos de

onda e menor coeficiente de absorção do gás do detector.

B - ProduçSo de Pares de ions:

0 fóton de raios-X pode ionizar o gás do detector ao lon_

go de seu caminho para produzir pares dos ions Ar . e . Na verda.

de os pares de ions n5o s3o uniformimente distribuídos ao longo do

caminho do fóton. ma? a distribuição torna-se mais densa a medida

cue o fóton progressivamente perde energia. A alture do pulso de

saída ê proporcional a energia do fóton. Se somente este processo

ocorresse no detector, a saída consistiria de uma distribuição de

altura de pulsos símoles (pico ) proDorcional á energia do fóton.

Deve ser lembrado que no processo de produção de pares de

ions, se o fóton tiver comprimento de onda menor que o da barreira

de absorção K do Ar. ele pode sofrer absorção fotoelétrica no âto_

mo de Ar. Droduzindo as radiações ArF. e ArK,,. que podem sofrer

um dos três processos a seguir:

C - Excitaçao das linhas características do Ar seguido por fótons

ArK0 de escape:

Neste processo temos como resultante um pico de escape,

cuja energia é proporcional a diferença entre a energia do fóton

incidente e a de ArK^.

D - Excitaçao das linhas características do Ar seguido por absor.

ç*b do fóton ArK :

0 fóton ArK oode consumir sua energia oroduzindo pares

de ions Ar . • . Na extensão que isto ocorre, os picos de escape

sab evitados. Como resultante temos o mesmo pico da situaçlo B.

Page 80: ASTM Al - repositorio.ipen.br

74

E - Excitaç&o das linhas características do Ar seguidas por efeito

Auger:

0 fõton de raios-X ArK pode sofrer absorção dentro do Oi

atoa» de sua or loan t efeito Auger > COM emissXo de um elétron

Auaer. que consoee eais energia produzindo pares de ions. Coso

resultado teremos dois picos, uai normal a ua da escape.

VIII. 2 - DETECTOKES DE CDfTILACAO

As características essenciais de ua detector de cintila.

ç*c sSo mostradas na Figura VIII. 3. 0 detector consiste de UB

cristal de cintilaçSo ( iodeto de «ódio dooado con tilio ) fixado

no invólucro de um foto tubo multiplicador < fetooultiplicador ).

Cada fõton de raios-X incidente é convertido em futons de

lus vi si rei que •£> para o foto catodo e este emite fotoelêtrons

que iniciam o processo de fotomultiplicaçlo nos dinodos (eletrodos

emissivos secundários ) . que emitem 2 a 4 elétrons secundários

para cada elétron incidente.

0 potencial aplicado ao fotomultiplicador * de 6C0 a 1003

V.

0 fóton de raios-X quando incide no cristal de cintila.

cio. pode sofrer processos análogos aos que ocorrem nos detectores

preenchidos a gas. tende-se como resultados os mesmos tipos de pi.

eos.

Ha Figura VIII. 4 tem-se uma comparação dos principais de.

tectores utilizados nos espectr^raetros de fluorescéncia de

raios-X.

Na Figura VIII. 5 tem-se um grafico que mostra a eficién.

cia para os principais detectores.

Page 81: ASTM Al - repositorio.ipen.br

FIGUBA T i l l . 3 - ESOU»M do Detector do C in t i l a?3o

KrR

• 1 .» 1 i ' M M I M U V I — l i 1

wi ' £ i i í i i I ' i ' i ' i ' p n — >

MPtflQM'. «r-Ol* n jMIMOr IX90-XI

•MCLCRCVM », I

«C M B f l T M L l M S I

l l l l I I I I T ^ dwdlMi l l l lk

w.wtor L«u»tst

FIOÜRA f i l l . 4 - I f i e i é n e i a dos dotoctoro»

Page 82: ASTM Al - repositorio.ipen.br

OETECTORS L.J-

I J IKr PROP

L_.

J JNe! (Tl) SCINT'LLATION I IXc PROP

Ar-CH4 FLOW PROP

WAVELENGTH 1, X O.I J L

0.2 0.3 04 0.5 07 • ' ' ' • ' ' •

3 4 5 6 7 6 9 1 0 20 -1-J....I—i—i...I....I....I....I... i . . . . i . . . ) — ; . . . . i . . . i . i . . I . ,

20 15 10 AT. NO. OF g« LINES Z 90 80 70 60 50 45 40 35 30 25 i — i . . i — • — i . - . . I — i — i . . . . t . . . . i - . . , l . . i , i ,

AT. NO. OF Lo LINES Z 90 60 70 60 50 45 40 35 30 J FIGURA VIII. 5 E f i c i ê n c i a dos d e t e c t o r e s para a s l i n h a s K e L

Page 83: ASTM Al - repositorio.ipen.br

77

IX - PROCESSOS DE MEDIDA

XX.1 - INSTRUMENTAÇÃO

Os detectores de raios-X usados nos espectrómetros de

fluorescéncia de raios>X tem como *aída uma série de pulsos de

corrente elétrica, sendo que os mesmos apresentam amplitude pro.

porcional à energia do fóton.

Os componentes eletrônicos de salda de leitura contam es.

tes pulsos, devendo ter um tempo de resposta muito rápido.

Como componentes de medida temos:

- o próprio detector

• o pré amplificador

- o amplificador

*» seletor de altura de pulsos

- ratemeter ( medidor de taxa de contagens >

• scaler (registrador de contagens )

• timer (medidor de tempo )

IX 1.1 - PRE AMPLIFICADOR

0 pré amplificador é uma parte integrante do detector, e

usualmente consiste de um ou dois estágios de amplificaçSo linear.

1X1.-2 - AMPLIFICADOR

A funçSo básica do amplificador é ampliar linearmente a

Page 84: ASTM Al - repositorio.ipen.br

78

amplitude dos pulsos de saida do pré amplificador para potenciais

bastante altos, para que o analisador de altura de pulses, medidor

de contagens, registrador de contagens e temporisador possam

atuar.

IX. 1. 3 - ANALISADOR DE ALTURA DE PULSOS

Após serem amolifiçados linearmente, os pulsos s3o en.

viados ao analisador de altura de pulsos. onde num discriminador

passam tolos os pulsos que tem altura maior que um mínimo pré

ajustado e rejeita todos os pulsos mais baixos.

Para o medidor e registrador de contagens só passarão os

pulsos que possui rem altura maior que este nível mínimo pré ajus_

tado. e altura menor que um segundo nível também pré ajustado,

rejeitando assim, todos os pulsos que tiverem altura maior ou me_

nor que esta janela.

0 nível de menor energia é conhecido como linha de base

(baseline > e o maior como abertura de Janela ( channel window >.

0 analisador de altura de pulsos, quando devidamente uti_

Usado, melhora sensivelmente as condições analíticas, prooorcio.

nando praticamente a eliminação da radiação de fundo, causada pe_

los raios-X espalhados• aumenta a razXo sinal/radiação de fundo.

diminui o limite de detecção• elimina as radiações de ordens mais

altas.

IX. 1. 3.1 - CURVAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTURA DE PULSOS

Na Figura IX. 1 tem-se três distribuições de altura de

pulsos, contendo fótons de alta. média e baixa energia. Na janela

posicionada nesta figura, o pico 8 é passado para o medidor de

Page 85: ASTM Al - repositorio.ipen.br

79

puise KICHT. v

FIGURA IX. 1 - DistribuiçSo das Curvas de Altura de Pulsos

contagens, tendo-se a exclusão de A • C.

Na Figura IX. 2 tem-se as curvas de distribuição de altura

de pulsos para o Si e Fe. A quarta ordem da radiação FeK^ sobre,

põe-se ligeiramente a do SiK^.

Na parte A tem-se uma distribuição diferencial, na B a

distribuição dos pulsos amplificados e na C uma distribuição

integral.

Page 86: ASTM Al - repositorio.ipen.br

OrFEnCNTUL *KO CU*VC

MNXft •KMOLV

<OOr MTE6UL »!HLD CUMVC

I !*

23 MSELWC

?I3URA IX. 2 - Curvas de Distribuição de Altura de Pulsos para

para as Radiações do Fe e do Si

Page 87: ASTM Al - repositorio.ipen.br

X - EFEITOS DA MATRIZ

81

0 efeito da matriz oode ser provocado por uma interação

elementar na amostra ou mesmo por efeitos fisicos. causando um

erro residual sistemático nas medidas das intensidades fluorescen.

tes.

Os efeitos que predominam nas medidas das intensidades

devido ÀS interações elementares sío:

- Absorção - primaria e secundaria

- Intensificação

A grandeza desses efeitos dependem ' dos coeficientes de

absorção de m?ssa dos componentes da matriz. Para minimizar os

mesmos pode-se recorrer aos métodos de correções ma tem-a* iras ou

de seoaraçSes químicas.

Os efeitos fisicos cue também interferem nas intensidades

fluorescentes sSo:

- tamanho de partícula

- heterogeneidade

- mineralcgico

- natureza da superfície

- estado químico

Isto evidência que a preparação das amostras <? um fator

muito importante na técnica de fluorescéncia de raios-X. uma vez

que tratando-se de uma técnica comparativa, as amostras e padrões

devem comoortar-se identicamente em relação ao espectrometro.

apresentando reprodutibilidade nas medidas.

Page 88: ASTM Al - repositorio.ipen.br

32

X.l - EFEITOS DE ABSORÇÃO - INTENSIFICAÇÃO

D*fine-se matris CO«K> O conjunto de todos os elementos

que fazem parta de U M «nostra, excetuando-se o elemento oue se

vai determinar.

Os efeitos de absorção - intensificação aoarecera dos se_

guintes fenômenos:

- absorção de raios-X primários: a matris pode ter um coeficiente

de absorção de massa maior ou menor que o elemento a ser anali.

sado. oodendo absorver ou transmitir os raios-X primários que

possuem comorimentos de onda que podem excitar a linha analítica

mais eficientemente, isto e. aqueles mais próximos do lado dos

comprimentos de onda menores que o da barreira de absorção do

elemento a ser analisado.

- absorção de raios-x secundários: a matriz pode ter um coeficien.

te de absorção de massa maior ou menor que o elemento a ser ana_

Usado, podendo absorver ou transmitir esse comprimento de onda.

*»• intensificação: os elementos da matriz emitem suas próprias li.

nhas características, cujos comprimentos de onda podem ser mano.

res que o da barreira de absorção do elemento analisado, podendo

com isso ajudar na sua excitação.

Na Figura X. 1 pode-se observar uma série de curvas de ca.

libração ilustrando os efeitos de absorção-intensificação:

- curva A: matriz neutra onde ( v/p > M " (n/p > A < onde M é a ma.

triz e A o elemento analisado >. Os raios-X primários atingem a

•mostra e a radiação secundaria emerge da amostra com a mesma

atenuação na matriz quanto no elemento puro. Portanto a intensi.

dade I. aumenta proporcional a concentração C.. a curva é linear

Page 89: ASTM Al - repositorio.ipen.br

83

FIGURA X I - Efeito* d* Absorção- Inten«ific9ç3o

• o efeito de absorção e muito peoueno.

- curvas B e 8': matriz leve onde < j-/p >tf < <p/p > A. Os raios-X

primários sofrem menor atenuação para alcançar os átomos de ele.

mento A. e a radiação fluorescente ao emergir da amostra sofre

menor atenuação que no elemento puro. Portanto I. aumenta a uma

raz?o maior do que C. e a curva apresenta um efeito de absorção

positivo.

- curvas C e C : matriz pesada onde (p/p )H > (/u/p > A. Os raios-

X primários sofrem maior atenuação no percurso at* alcançar os

átomos do elemento A e a radiação fluorescente também sefre

maior atenuação ao emergir da matri2 cue no elemento puro.

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*4

•1» Figura X. 2 pode» ser observados os efeitos de absorção

• intensificação secundários.

FIGURA X. 2 - Efeitos de AbsorçSo e IntensificaçXo Secundários

Page 91: ASTM Al - repositorio.ipen.br

85

X.2 - EFEITOS DO TAMANHO DAS PARTÍCULAS

A intensidade da linha fluorescente poda ser afatada paio

taaanho a distribuição das partículas da uai pó. pastilha ou solido

policristalino. mesmo qua a composição seja uniforaa.

Ea DOB co» tamanho das parti cuias nac- uniformes, podem

ocorrar segregações. Esta fator poda sar Minimizado pala moagem da

aaostra. reduzindo-se drasticaaanta o tamanho das par-ti cuias. A

litaratura nostra qua a intansidada da radiação- emergente aumenta

rapidananta coa a diminuição do taaanho das partículas até atinai,

ran 325 aash. ponto an qua as emissões tandaa a estabilizar-se.

Esse afeito auaanta coa o auannto do comprimento da onda.

X.3 - EFEITOS DE HETEROffENEIDADE

Essa efeito também poda interferir na intensidade fluo.

rascante. principalmente quando se tea comprimentos de onda muito

diferentes.

X.4 - EFEITOS WMERALOGICOS

As variações na mineralogia a na natureza física das

aaostras sio os agentes responsáveis por uma série de erros agru.

pados sob a denominação genérica de efeitos mineralcgicos.

Um mesmo elemento ouimico pode estar associado a duas ou

mais fases mineraiógicas distintas, diferindo, no entanto, das

existentes nos padrões empregados.

Page 92: ASTM Al - repositorio.ipen.br

86

X.5 - EFEITOS DA NATUREZA DAS SUPERFÍCIES

A intensidade fluorescent* è afetada nSo soMnt* pela as.

pensa da superfície final, nas taabãa pala orientação das aarcas

de oolisento ou lixaaento. ea relaçSo a direção dos feixes de

raios-X pri avario e secundário.

A ruoosidade da superfície pode obstruir a chegada dos

raios-X primários e a partida dos raios-X secundários. Esse efeito

• aais intenso para comprimentos de onda Maiores.

X.6 - EFEITOS QUÍMICOS

Ssse efeito a aais intenso para os elementos aais levas,

uaa ves que possuea um núaero de elétrons reduzido, e algumas ve_

zes os elétrons envolvidos nas transições eletrônicas estão

envolvidos nas ligações quinicas.

Page 93: ASTM Al - repositorio.ipen.br

87

XI - ANALISE QUALITATIVA E SEMI QUANTITATIVA

XI. 1 - ANALISE QUALITATIVA

Ha análise qualitativa, o objetivo * a identificação dos

elementos Dresentes na amostra.

0 espectro de raios-X * relativamente simples na sua in.

terpretaçào. nas ê necessário a utilização de um boat senso. Ha

identificação da linha K de ua determinado elemento, deve-se ve_

rificar também a linha X- e observar a relaçSo das intensidade»,

os interferentes. as radiações de ordens superiores, e também a

série L (caso possa ocorrer ).

A analise é rápida, não destrutiva e aplicada para Maio.

res e Menores constituintes e "traços.

Os instrusentos comerciais Mais recentes deter ei na« os

elementos a partir do B. tendo U M diminuição de sensibilidade

para os elementos de número atômico menores que o P.

Para a obtençSo do espectro da amostra, deve-se s*lecio_

nar todos os parâmetros instrumentais para que todos os elementos

sejam excitados.

Apôs o registro do espectro de raios-X da amostra, os

picos de cada elemento s£o identificados com o auxilio de tabelas.

XX. 2 - ANALISE SENT QUANTITATIVA

Pode-se obter bons resultado» para as análises semi quan.

titativas. onde sío comparadas as intensidades para linhas simila.

res que sofrem os mesmos efeitos e por meio de relações ma tema ti _

eas as concentrações podem ser determinadas.

Para a determinação de elementos com séries de emissão

diferentes (por exemplo K e L ) . devem ser introduzidas correções

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38

qu* envolva» os fator** «!• ntndimnto d* fluor«sc«*ncia * fatores

d* •xcit*ç*o.

Apôs «ssas corra?8as. por s*io d* ras£*s d* intensidade»,

pode—se determinar as concentrações dos eleeentes presentes na

Mostra.

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t

89

XII - MÉTODOS DE ANALISES QUANTITATIVAS

Para a realização das analises quantitativas. deve ser

selecionado o melhor método, isto o. deve ser escolhido o que me_

lhor corrige os efeitos de absorção e intensificação e interferon,

cias esDectrais.

XII. 1 - ERROS EM ANALISES OUANTITATIVAS

^ As principais fontes de erros em an-ilises quantitativas

sSo:

- erros do operador

- erros de amostragem

- erros na preparação de amostra

- erros instrumentais

- erros estatísticos

- erros provenientes de interferências espectrais

- erros provenientes do efeito matriz

XII. 2 - CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS QUANTITATIVOS

XII. 2.1 - MÉTODO DE ADTCAO Oü DILUIÇÃO DE PADRÃO

I 0 principio do método é a adição alterada do elemento a

ser determinado na mesma amostra ou a diluição do padrão na pro.

* pria matriz.

Esse método nSo necessita de uma serie de padrões, e n£o

Page 96: ASTM Al - repositorio.ipen.br

90

necessita de correção do efeito matriz

A limitação é oue 50 pode ser aplicado -a amostras aue

possibilitam adições.

XII. 2. 2 - MÉTODO DE FILME FINO

Para as amostras na forma de filme fino ( camada fina )

praticamente n3o são observados os efeitos de absorção e intensi.

ficação.

As amostras podem ser preparadas na forma de filmes

evaporados ou espalhados, utilizando como suporte filme Mylar. pa_

pel de filtro, material filtrante (filtro Millipore e Kuclepore >

ou membrana trocadora de ions, material laminado ou camadas de

corrosão.

711. 2. 3 - MÉTODOS DE DILUIÇÃO DA MATRIZ

A matriz é diluída a tal ponto que o efeito da matriz *

determinado pelo diluente.

A matriz pode ser diluída em grande quantidade de mate.

rial aglutinante (ácido bórico ou celulose >. Pode-se utilizar m*.

todos de solução ou de fusão.

XII.2. 4 - MÉTODOS DE COMPARAÇÃO COM PADRÕES

As intensidades fluorescentes são comparadas com padrões

possuindo a mesma faixa de concentração, forma e composição.

Para a determinação das concentrações podem ser utiliza,

dos os métodos que utilizam curvas de calih.*ções:

Page 97: ASTM Al - repositorio.ipen.br

91

- método de padrão simol*s

- método de padrão duplo - método da razão binaria

- método de correção da radiação de fundo

XII. 2.5 - MÉTODO DO PADRÃO INTERNO

A calibração é realizada Dor meio da adição quantitativa,

nas amostras, de um elemento que tenha as mesmas características

de absorção e intensificação e excitação do elemento a ser anali_

sado.

A função de calibração envolve a razão da intensidade da

radiação fluorescente do elemento em questão e do padrão interno.

XII.2.6 - MÉTODO DE CORREÇÃO POR MEIO DE ESPALHAMENTO COERENTE E

INCOERENTE

0 efeito da matriz de absorção ou intensificação pode ser

corrigido por meio de curvas de calibração. onde são inter- rela.

cionadas a razão "intensidade de pico / intensidade coerente ou

incoerente" com a concentração.

XII.2.7 - MÉTODOS MATEMÁTICOS

Os efeitos de absorção - intensificação são corrigidos

matematicamente pela utilização de:

- métodos de parâmetros fundamentais

- métodos de coeficientes inter-elementares.

Page 98: ASTM Al - repositorio.ipen.br

BIBLIOGRAFIA

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ANALYSIS. New York. Plenum. 1970.

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7. TERTIAN. R. AND CLAISSE. P. PRINCIPLES OF QUANTITATIVE X-RAY

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