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Ano XXIII • Nº 286 JANEIRO 2013 Director: Paulo Pimenta Preço 1.25 e (IVA incluido) SEDE: Rua da Oliveira, 1 – Aldeia Galega 2705-416 S. João das Lampas – SINTRA Telef. 21 961 85 94 – Fax. 21 961 85 80 Telem. 96 405 91 06 / 96 580 48 26 FILIAL 1: Rua Moínho de Fanares, 10 2725-394 Mem Martins – SINTRA Telef. 21 921 43 40 – Fax. 21 926 01 34 FILIAL 2: Rua Visconde d´Asseca, 25 – MUCIFAL Telef. 21 928 23 95/6 – Fax. 21 928 23 97 BREVEMENTE NA TERRUGEM São João das Lampas A F UNERÁRIA Quintino e Morais 25 Anos de serviço com Competência e Honestidade www.funerariaquintinoemorais.pt E-mail: [email protected] Funeral Social: 356,20e Funeral Económico: 676,00e ATENDIMENTO PERMANENTE: 808 201 500 XXIII ANOS Uma maneira diferente de informar Futebol de Mesa volta a renascer Misericórdia de Cascais dá posse a novos corpos sociais UNIÃO RECREATIVA DO DAFUNDO Junta de Freguesia de Barcarena comemora 177 anos CAMILO SALDOS até 20 de Fevereiro Secção de Senhora Tudo com 50% de desconto Secção de Homem Tudo desde 20% a 50% de desconto RUA JOSÉ JOAQUIM DE ALMEIDA 571-A 2776-650 CARCAVELOS • TEL.: 21 457 01 19 DIVERSOS ARTIGOS DE QUALIDADE À SUA ESCOLHA

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Ano XXIII • Nº 286 JANEIRO 2013

Director: Paulo Pimenta

Preço 1.25 e (IVA incluido)

SEDE: Rua da Oliveira, 1 – Aldeia Galega2705-416 S. João das Lampas – SINTRATelef. 21 961 85 94 – Fax. 21 961 85 80Telem. 96 405 91 06 / 96 580 48 26

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XXIII ANOS Uma maneira diferente de informar

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de Barcarena comemora

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25 Janeiro 2013 | O CORREIO DA LINHA 2

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Boas Festas

A Casa do Elétrico de Sintra – Vila Alda foi palco, no passado dia 6 de Janeiro, da entrega oficial dos troféus aos vencedores do XI Concurso de Artesanato, subordinado ao tema “O Natal”. Promovida em parceria pelo Grupo de Artistas de Vale de Eureka (GAVE), pela Câmara Municipal de Sintra (CMS) e pela Vila Alda, a inicia-tiva contou com um júri composto por figuras do concelho de Sintra: Marco Almeida, Vice-Presidente da CMS,

Paula Simões, Vereadora do Pelouro da Cultura da CMS, Rosária Santos, secre-tária do Executivo da Junta de Freguesia do Cacém e em representação do Presidente desse organismo, António Gouveia, diretor da Escola Secundária Gama de Barros, José Gavino, em re-presentação dos artesãos sintrenses, e Rui Santos, Presidente da Vila Alda. Entre os 136 trabalhos em exposição, estes jurados premiaram dez obras. Na categoria Associações e Instituições de

Ensino, a Escola Secundária Egas Moniz recebeu a segunda menção honrosa pelo trabalho “Presépio na Telha”, tendo fica-do ainda em terceiro lugar ex-aequo com o “Presépio instalado em concha e pedra do mar”, do Centro Paroquial da Caparica. Já o Centro de Educação para o Cidadão Deficiente de Mira Sintra conquistou o segundo prémio com a obra “Ouriços Presépio”, enquanto o primei-ro lugar foi arrebatado pelo trabalho “Os Minimeus”, da autoria da Escola Básica para o 1º Ciclo/ Jardim de Infância de Portela de Sintra. Na categoria Artesãos, os artistas premiados foram César Cruz pelo trabalho “Presépio” (segunda menção honrosa), Francisco Boleto pela obra “Presépio em Movimento” (primeira menção honrosa), Ercílio Natálio por “Belém-Hoje” (terceiro prémio), Nuno Justino pelo trabalho “Totem de Natal” (segundo prémio) e José Costa Duarte pela obra “Presépio” (primeiro pré-mio). Os jornais “O Correio da Linha” e “Jornal da Região” e a Rádio Clube de Sintra foram os órgãos de comunicação social que apoiaram o XI Concurso de Artesanato. Cada um dis-tinguiu um artesão diferente: “O Correio da Linha” premiou Maria Helena Brandão pelo tra-balho “Presépio Envidraçado”, o “Jornal da Região” galar-doou Nuno e Anabela Justino pela obra “Árvore de Natal” e a Rádio Clube de Sintra distin-guiu “Presépio”, de José Costa Duarte. Os visitantes da Casa do Elétrico também puderam escolher a sua obra favorita e decidiram distinguir o traba-lho “Presépio Envidraçado”, de Maria Helena Brandão, com o Prémio Vila Alda. Este ano,

mais uma vez, o concurso decidiu ul-trapassar as fronteiras físicas e foi pos-sível votar na Internet através da rede social Facebook. A vencedora desta vo-tação online foi Maria Cecília Lagareiro. No rescaldo da cerimónia, o Presidente da Vila Alda, Rui Santos, sublinhou a quantidade de trabalhos que estiveram em concurso: “De longe que esta foi a edi-ção que contou com mais obras inscritas. São trabalhos que têm uma enorme quali-dade, visto que resultam da sensibilidade de cidadãos de alma sintrense. Lanço já o desafio para que todos participem no pró-ximo Concurso de Artesanato e em todas as outras futuras edições deste evento”. Já o Presidente do GAVE, Vítor Amaro, considera que o sucesso deste concurso foi uma boa maneira de comemorar o oitavo aniversário do grupo: “Este even-to é um excelente exemplo da vitalidade e da grandeza da associação, para além de de-monstrar a simpatia que o GAVE tem jun-to dos artesãos. Felizmente que esse espírito tem-se sempre mantido ao longo da exis-tência deste grupo. De resto, desejo que o GAVE continue a sua atividade por muitos mais anos, dando oportunidade a todos de mostrarem o seu artesanato. Não posso dei-xar de agradecer a algumas entidades e per-sonalidades que nos têm apoiado e que in-clusive marcaram presença no nosso almoço de aniversário, que decorreu a 5 de janeiro, como a Câmara Municipal de Sintra, a padaria Caruço & Filhos, o diretor da Escola Secundária Gama de Barros, António Gouveia, o jornal “O Correio da Linha” e as óticas Dona Maria II, Avenida e Vistissom”. Marco Almeida, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Sintra, tam-bém elogiou o trabalho do GAVE: “Acima de tudo quero dizer «obrigado». É uma palavra que nos va-mos esquecendo de usar no dia-a-dia, mas que reflete muito bem aquilo que sinto especialmente em relação ao GAVE. Este grupo tem tido um papel extremamente importante na promoção da arte e da cultura no concelho de Sintra. Por essa razão, o GAVE está de parabéns e posso garantir que esta asso-ciação vai contar sempre com o apoio da autarquia”. Para Paula Simões, Vereadora do Pelouro da Cultura da CMS, o XI Concurso de Artesanato é mais uma prova do dinamismo ar-tístico de Sintra: “Nem sei como é que alguém, alguma vez, pôde duvidar do exce-lente estado da cultura neste concelho. Há sempre diversas

iniciativas e que se dirigem a todos os tipos de público. Por exemplo, antes de marcar presença nesta entrega de prémios, tive a oportunidade de participar no lançamento da obra poética do Dr. Miguel Barbosa, um munícipe que mantém bem viva a arte em Sintra. Por outro lado, nós sentimos que todos os cidadãos são interessados e aderem aos eventos, como aconteceu neste concur-so. Logo, até em termos culturais, Sintra é um município de destaque”.

l Texto: Igor garcIa pIresl Fotos: j.r.

GAVE entrega prémios do concurso de presépios

O CORREIO DA LINHA | 25 Janeiro 2013 3

Cascais reforça apoio a familiasFruto de uma parceria entre a Câmara Municipal de Cascais, a Junta de Freguesia do Estori l , o Centro Paroquial do Estoril e o Movimento Famílias SOS da Paróquia da fregue-sia, foi inaugurada, no passado dia 7 de janeiro, a Loja “Partilha – Espaço Solidário”, na Avenida Aida, no Estoril. A cerimónia contou com a presença do Dr. Carlos Carreiras, Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Dr. Miguel Pinto Luz, Vice-Presidente da autarquia, Frederico Almeida, verea-dor da Ação Social, Luciano Mourão, Presidente da Junta de Freguesia do Estoril, e do padre Ricardo Neves, presidente do Centro Paroquial do Estoril. Em complemento das respos-tas sociais atualmente existentes para as famílias fragilizadas, a loja será um espaço de partilha de diversos bens, colocando à disposição produtos ali-mentares não perecíveis, produtos de higiene e limpeza, bem como vestuá-rio e calçado. Localizado no número 613 do Edifício Estoril Garden, a loja irá ainda contemplar o espaço “Nós Ajudamos” que será vocacionado para a compilação e cruzamento de procura e oferta de emprego, assim como para o aconselhamento nas áreas jurídica e de emprego. Na cerimónia de inaugu-ração, o padre Ricardo Neves frisou que a “Partilha – Espaço Solidário” nasceu de uma “experiência tipicamen-

te cristã”: “Todos nós sabemos que os cristãos têm uma atenção permanente à realidade que os envolve e têm na sua genética uma vontade imensa de ajudar os outros naquilo que puderem. Por isso, este espaço é resultado da boa vontade de um conjunto de cristãos da nossa pa-róquia”. Luciano Mourão considera que o poder local deve estar junto dos cidadãos na atual conjuntura socioe-conómica: “É essencial que as juntas de freguesia apoiem as pessoas quando elas já não conseguem encontrar ajuda em mais lado nenhum. Como é óbvio, a Junta de Freguesia do Estoril está sempre de braços abertos para prestar assistência social a quem mais precisa, através de diversas parcerias, nomeadamente com a Câmara Municipal de Cascais e com o Centro Paroquial”. Para Carlos Carreiras, a “Partilha – Espaço Solidário” tem um significado especial: “Sinto-me mui-to orgulhoso por inaugurar um espaço que assegura a dignidade dos cidadãos mesmo em tempos mais conturbados. Ao garantirmos isso, é certo que vamos todos conseguir ultrapassar as dificuldades atu-ais. Por outro lado, a «Partilha – Espaço Solidário» é mais um reforço dos laços que unem a nossa comunidade. Afinal, o sentimento de integração é extremamente importante para que haja uma partilha de direitos, responsabilidades e obriga-ções. Com a inauguração desta sexta loja solidária no concelho, quero aproveitar

também para fazer um reconhecimento público às instituições da Igreja Católica, visto que uma boa parte destes espaços está associada a organizações direta ou indiretamente ligadas à Igreja. Sem esse apoio, seria completamente impossível dar conta deste tsunami social que se abateu sob o mundo ocidental e, mais propria-mente, sob o nosso país”. Quem quiser doar bens pode fazê-lo diretamente na loja, que dispõe de um pequeno arma-zém. A coordenação e dinamização da

“Partilha - Espaço Solidário” são da responsabilidade do movimento das Famílias SOS da Paróquia do Estoril e vai contar com o apoio da Câmara Municipal de Cascais e da Junta de Freguesia no que respeita às despesas de funcionamento da loja. Este espaço está aberto de segunda-feira a sábado, das 11 às 18 horas.

l Texto: Igor garcIa pIresl Fotos: j.r.

PSP de Carnaxide entrega cabazes de Natal Inserido no âmbito do projeto de apoio social de proximidade, as Equipas de Policiamento e Escola Segura do Modelo Integrado de Policiamento de Proximidade da 83.ª Esquadra da Policia de Segurança Pública (PSP) de Carnaxide reuniu bens alimentícios em parceria com entidades educativas da freguesia com fim a apoiar dez famí-lias sinalizadas pelas referenciadas pe-

[email protected]

Uma Maneira Diferente de Informar

Deseja um Feliz2013

las Equipas de Proximidade e Apoio à Vítima do MIPP e a uma instituição de Carnaxide. Ao jornal Correio da Linha um dos responsáveis pela ação referiu que a adesão à mesma superou todas as expectativas. “Foram recolhidos perto de 720 bens alimentícios entre cereais, leite, conservas, etc. e as famílias abrangidas fica-ram bastante gratas pela oferta. A iniciativa «Aqueles que têm pouco mais podem ajudar

os que quase nada têm» teve como principal objetivo a sensibilização das famílias que ainda têm alguma de-safogo socioeconómico para a entreajuda na comunida-de onde estão inseridos”, disse o subcomissário da 83.ª Esquadra da PSP de Carnaxide. Na cerimó-nia de entrega dos caba-zes estiveram presentes as famílias beneficiárias, as entidades parceiras da ação e as crianças en-volvidas que foram as protagonistas da entrega dos bens alimentares. A par desta ação de-correu uma exposição de postais de natal sob o tema “Natal em Segurança” produzidos pelas crianças das esco-las de 1.º ciclo e jardins-de-infância no Centro Comercial Alegro a par-tir de material reutiliza-do e reciclado.

SMAS de Sintra vai acabar com 250 fossas seticasChegando cada vez mais perto das ne-cessidades das pessoas, no dia 10 de de-zembro, o Conselho de Administração dos SMAS-SINTRA aprovou a segunda fase da empreitada referente à rede de drenagem de águas residuais domésti-cas no Mucifal, na Freguesia de Colares. Com um valor de 515 983,26 euros (mais IVA) e um prazo de execução de 360 dias, esta obra executará o prolongamen-to da rede de drenagem de águas residu-ais domésticas das zonas periféricas do

Mucifal (abrangendo a R. da Botelha, R. Branca Flor, R. da Peregrinação, R. das Folhas Soltas, R. dos Canaviais, entre ou-tras) com ligação à rede existente, bem como da rede de drenagem de águas pluviais de alguns arruamentos na po-voação, que têm tido frequentemente problemas de escoamento. Está prevista a construção de aproximadamente 250 ramais domiciliários, eliminando-se, deste modo, muitas fossas séticas exis-tentes nessa zona.

O mal de muita gente não é a falta de ideias mas um excesso de confiança nas poucas que têm

(Noél Clarasó)

Boutique

Queijas

As lojas Teresa Silveira desejam um bom 2013

25 Janeiro 2013 | O CORREIO DA LINHA �

modalidade mais desenvolvida lá. Aprendi e evolui imenso”, comentou. O desejo de competir fora de por-tas é comum à maioria dos jogadores portugueses porque há países, como Inglaterra, Espanha, Itália e Grécia, onde o subbuteo é levado muito a sé-

rio. “Há jogadores que vêm apenas por diversão, mas há outros que procuram um nível competitivo, mais exigente, e que por isso jogam em clubes estrangeiros”, expli-cou Miguel Castro. É o caso de Ricardo Pavão, um engenheiro informático de 28 anos, apaixonado pelo futebol de mesa há cerca de dez anos. Em 2008 de-cidiu experimentar a jogar num clube italiano, na Lazio de Roma. “Estive lá duas épocas. Iamos à sexta-feira e regressá-vamos ao domingo. É um bocado cansativo mas, como se costuma dizer, quem corre por gosto não cansa. Às vezes era preciso tirar um dia de férias mas deu sempre para con-ciliar e foi uma experiência muito positiva”, contou. “Entretanto transferi-me para um clube espanhol, em Madrid. Este ano vol-tei para um clube português, que pertence ao Grupo Recreativo e Drámatico de Tires, para tentar ajudar a relançar a modalidade aqui em Portugal”. Para quem gosta da modalidade, Itália é o melhor sítio para se jogar. “Jogamos em pavilhões cheios de pessoas, várias mesas, há apoios e patro-cínios, há toda uma máquina em torno da modalidade… é o auge da subbuteo”, ex-plicou.Ainda assim, Ricardo Pavão diz que as condições para a prática da modalidade em Portugal, estão a melhorar. “No clu-

O “velhinho” subbuteo, que apaixonou gerações de jovens portugueses nas décadas de 70 e 80, está a ganhar nova vida na União Recreativa do Dafundo. O futebol de mesa, nome oficial da moda-lidade, foi destronado, no decorrer dos anos 90, pelas consolas e pelos jogos eletrónicos mas voltou a animar o pa-vilhão há cerca de um ano e meio, atra-vés de um clube criado por José Freitas. O jornal O Correio da Linha assistiu a uma jornada do Campeonato Nacional Absoluto para perceber o que encanta os praticantes desta modalidade.

Na União Recreativa do Dafundo pratica-se futebol de mesa

oito jogadores, quatro mesas, quatro árbitros e muita concentração. Foi as-sim o dia de sábado, 12 de Janeiro, no primeiro andar do edifício que alber-ga a União Recreativa do Dafundo, onde decorreu mais uma jornada do Campeonato Nacional Absoluto de Futebol de Mesa, conhecido por sub-buteo. Esta modalidade, nascida em Inglaterra em 1947, consiste num au-têntico jogo de futebol, disputado numa mesa, com onze bonecos de cada lado que são comandados pelas mãos de cada jogador, numa disputa de um contra um. “A ideia de Peter Adolph, in-ventor do jogo, era precisamente fazer uma réplica do futebol. Entretanto, foram feitos alguns ajustes para tornar o jogo mais real e mais dinâmico mas, no fundo, o objecti-vo é o mesmo: marcar mais golos do que o adversário”, explicou ao jornal Miguel Castro, da Associação Portuguesa de Subbuteo. De facto, tal como no futebol, há penalties, livres, foras de jogo, lança-mentos pela linha lateral e pontapés de canto. “O jogo tem muitas regras mas elas estão assentes nalguns princípios básicos que é possível dominar com alguma rapidez … e a lógica é a mais popular do Mundo - o futebol”, acrescentou Miguel Castro.

O futebol de mesa é, ao mesmo tempo, um jogo de estratégia, como o xadrez, e de emoções, como o futebol. Calma, paciência e muito trei-no fazem a receita do sucesso.A Associação Portu-guesa de Subbuteo tem sede em Campolide e foi criada em 1993 com o objetivo de não deixar cair em esque-cimento aquele que foi o passatempo de milhares de jovens em Portugal. “Conseguimos manter alguma organi-zação, trazer antigos praticantes de volta à modalidade e dinamizar um pouco as pesso-as, no sentido de fazer reavivar o subbuteo”, sublinhou Miguel Castro. “Temos entre 80 a 100 filiados que vão participando nas provas que vão ocorrendo ao longo do ano”, acrescentou. São várias as competições e torneios ao dispor de um jogador de subbuteo. Há torneios internos, dos clubes, há tor-neios interclubes, a Taça de Portugal, que pode ser disputada a nível indivi-dual ou por clubes e existe também a Liga APS, com uma fase regional e uma fase final. “Temos ainda os Open, em que qualquer associado pode participar. É o ide-al para quem está a começar porque no sor-

teio pode apanhar jogadores muito bons ou mais fracos e é com essa competição que se vai evoluindo”, explicou Miguel Castro.Quanto mais cedo se começa mais ex-periência se vai acumulando. É essa a

perspectiva de Carolina Villarigues, jogadora do clube sediado em Sassoeiros. A campeã nacional feminina tem 15 anos mas conheceu o subbuteo com 12, através de uma pri-meira experiência na escola que frequenta. Mesmo assim, diz que devia ter começado an-tes. Lamenta também o facto de haver poucas praticantes do sexo fe-minino. “Em Portugal só há quatro ou cinco rapari-gas a praticar”, explicou.

Acontece o mesmo a nível mundial. É um jogo predominantemente mascu-lino apesar de as mulheres, segundo Carolina, não terem nenhuma desvan-tagem em relação aos rapazes. “É um jogo mais psicológico do que físico. Não é preciso ter grandes qualidades físicas para jogar subbuteo”, sublinhou, em entre-vista ao jornal O Correio da Linha. Carolina Villarigues acredita que, com a divulgação da modalidade, vão chegar mais mulheres à competição. “Quando digo aos meus colegas que jogo subbuteo, normalmente não sabem o que é. Não co-nhecem”, lamenta.Ricardo José, tal como Carolina, per-tence à geração das consolas e dos jo-

gos electrónicos, que acabam por tirar protagonismo a modalidades como o subbuteo. Tem 13 anos e pratica fu-tebol de mesa há cerca de dois anos e meio. Na sua faixa etária, há entre dez a quinze praticantes. Ricardo pertence ao clube da União Recreativa do Dafundo, onde treina se-manalmente, às quartas-fei-ras. A dedicação já lhe trouxe alguns prémios. Em 2012, foi campeão nacional e o objecti-vo para este ano é participar no Campeonato do Mundo. “Para ser apurado é preciso ocu-par uma das duas primeiras po-sições no Campeonato Nacional. Já estive classificado no ano passado mas não deu para ir”, lamentou. “Já tive uma experi-ência em Espanha, em Madrid, num torneio internacional e gostava de continuar. É uma

A origem do subbuteoO futebol de mesa, conhecido como subbuteo, foi inventa-do por Peter Adolph, um in-glês nascido em 1916 e mor-reu em Gibraltar em 1994. Inicialmente, o jogo chamava-se hobby, nome inspirado por uma espécie de falcão pequeno. Quando Adolph quis registar a patente, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial conside-rou o nome demasiado vago e foi nessa altura que Adolph se lembrou de subbuteo, o nome latino para o falcão hobby. Em Inglaterra, o jogo foi um autên-tico sucesso logo nos anos 50. A “febre” do subbuteo chegou a Portugal no final da década de 60.

José Carlos Freitas

Um arbito atento às Jogadas

Carolina, Jose Freitas e Ricardo

Nuno Noronha e José Freitas

O CORREIO DA LINHA | 25 Janeiro 2013 5

be de Tires temos uma sala para nós, com quatro mesas sempre montadas, o que nos permite treinar sempre que quisermos, além dos treinos fixos que são à quarta e à sex-ta-feira em regime pós-laboral”, explicou. “Neste momento, eu quero ficar no clube porque acho o projeto muito interessante. Já estivemos em Sevilha, agora em Março vamos à Bélgica… é também uma forma de ajudar a que a modalidade se afirme mais em Portugal”, revelou.O convívio e a disputa com praticantes de outros países motiva os portugueses e reforça algumas das suas qualidades. “Nós, portugueses, jogamos de maneira bem diferente em relação a um italiano ou de um

alemão por exemplo. Tem muito a ver com a forma de pensar e com a forma de abordar o jogo”, explicou Miguel Castro. “Como há uma interação constante com o adversário, a criatividade pode ser importante e os lati-nos são mais criativos do que os nórdicos. Por outro lado, eles são menos emotivos do que nós e por isso erram menos”.O Open Internacional de Tires, mar-cado para o final do mês de Janeiro, pretende precisamente mostrar que

Portugal existe e colocá-lo no mapa dos circuitos dos praticantes de subbu-teo. No mesmo sentido, e para dar um novo fôlego à modalidade, José Freitas criou um clube de subbuteo na União Recreativa do Dafundo, há cerca de um ano e meio. “Encontrei aqui o espaço ideal, que felizmente nos foi cedido”, contou ao

jornal O Correio da Linha. Depois das dificuldades iniciais, levantadas pelo desconhecimento da modalidade, os in-teressados foram aparecendo, atraídos pelo espaço, que reune excelentes con-dições, e pelo ambiente do clube. “Neste momento temos sete elementos, incluindo um campeão nacional sub-15 e vencedor da Taça de Portugal sub-15, o Ricardo José. Temos também três veteranos, dois sénio-res e dois sub-15”, enumerou. Para José Freitas, o que falta é divulgação e co-nhecimento. “Aqui no Dafundo queremos chamar as pessoas, fazê-las perceber que há muitas crianças que, em vez de estarem fe-chadas em casa a jogar consola, podem estar

aqui a praticar uma modalidade de forma mais saudável, menos virtual, mais real, num ambiente excelente. Como nós costu-mamos dizer, aqui não se joga para o bone-co, joga-se com o boneco”, brincou. Para pertencer ao clube só é preciso vontade. “Aparecer, experimentar, mesmo que nun-ca se tenha jogado subbuteo”, sublinhou José Freitas. “Os treinos são semanais, às quartas-feiras e, por vezes, duas vezes por semana, quando há torneios”, acrescen-

tou. Para Miguel Castro, da Associação Portuguesa de Subbuteo, o caminho para a divulgação da mo-dalidade é precisamen-te a criação de clubes, como aconteceu com a iniciativa de José Freitas. Actualmente, há apenas quatro clubes com activi-dade regular: um no Porto e três em Lisboa. É um ce-nário difícil de contrariar quando o sol português afasta muita gente de ac-tividades praticadas em pavilhões mas principal-

mente quando não existem apoios nem patrocínios de marcas ou empresas e as colectividades estão com dificuldades financeiras. Por isso, estas actividades dependem muito da boa vontade das pessoas. “Felizmente não é uma modalida-de cara”, considera Miguel Castro. “Uma mesa que dura muitos anos, bem equipada,

custa no máximo cem euros. As equipas po-dem custar entre dez e cinquenta euros. E é um material que dura muito tempo. Não é uma actividade cara quando pensamos que um par de patins, de iniciação, custa cerca de 150 euros”.A Associação Portuguesa de Subbuteo está disponível para ajudar qualquer simpatizante da modalidade que pre-tenda criar um clube mas, para Miguel Castro, a comunidade escolar também pode ter um papel importante nes-te campo. “A Escola Egas Moniz, em Massamá, incluiu o futebol de mesa no progra-ma do Desporto Escolar e por isso muitos dos jovens que actualmente praticam sub-buteo vêm de lá, depois de experimentarem os torneiros internos na escola”, exem-plificou. A vertente peda-gógica do subbuteo não deve, para Miguel Castro, ser menosprezada. “O sub-buteo é um desafio para os jovens desta geração porque

Calendário das próximas competições de subbuteo:

Janeiro:26 e 27 - Open Internacional de Lisboa (GRD Tires)

Fevereiro:17/02 - Open Nacional do 20º Aniversário da APS (CF Sassoeiros)

Março:09/03 - Open Internacional B de Massamá (Escola Egas Moniz)

24/03 - Campeonatos Nacionais Absolutos - Fase Final (OFD)

são miúdos que não estão habituados a li-dar com o fracasso. Enquanto que, à frente de uma consola, é possível desligar o jogo quando este não está a correr bem, aqui as coisas têm de ser levadas até ao fim, inde-pendentemente do resultado. Lidar com a frustração é por vezes complicado e o sub-buteo pode ajudá-los nesse campo”, expli-cou.

l Texto: DIana DuarTe MaTIasl Fotos: j.r. e j.F.

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25 Janeiro 2013 | O CORREIO DA LINHA �

Tomada de posse dos novos corpos sociais da Misericórdia de Cascais

Realizou-se no passado dia 3 de janeiro, na Igreja da Misericórdia de Cascais, a tomada de posse dos novos corpos sociais da Santa Casa da Misericórdia do concelho para o triénio 2013/2015. O presidente da Câmara Municipal de Cascais, Dr. Carlos Carreiras, o vice-presidente da autarquia, Dr. Miguel Pinto Luz, o Secretário de Estado da

Segurança Social, Marco António Costa, o Presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, o comendador Joaquim Baraona, a deputada Teresa Caeiro, o Dr. Mário Assis Ferreira e o ator Ricardo Carriço foram algumas das personalidades que estiveram pre-sentes na cerimónia. Neste novo tri-énio, preside à Assembleia-Geral da Santa Casa Armando Acácio Gomes Leandro, secundado pelos vogais José Manuel dos Santos Encarnação, Alberto Maia e Costa e Miguel Luís Correia (suplentes: Jorge Manuel Lorenzo de Oliveira e Maia e José

Manuel Nunes de Carvalho). Continua como provedora Isabel Miguens de Almeida Bouças, sendo membros da mesa administrativa os Irmãos Adelino Borges Martins de Albuquerque, Pedro Domingos de Souza e Holstein Campilho, além de José Luís Silva Pimentel de Carvalho, João Cândido Campos de Sousa Teixeira, José Manuel

Martins, Manuel Ferreira de Andrade, Carlos Alberto Queiroz Ferreira do Nascimento e José Lués Lopes Baptista, o último designado pela Irmandade do Santíssimo Sacramento (suplen-tes: Fernando Adão da Fonseca, Maria Manuela da Silva Filipe e Maria Estrela Graça Campinos Poças). Ao Conselho Fiscal preside Alberto José dos Santos Ramalheira, secundado por António Dias Sequeira e Horácio de Almeida Bacelar de Brito (suplentes: Eduardo Martins, Ana Isabel Barosa Saragga Horta e Costa e Mário Orlando Gomes dos Santos). Durante a tomada de posse, a Provedora Isabel Miguens de Almeida Bouças relembrou a História secular da Santa Casa, mas sempre de olhos pos-tos no presente e no futuro: “Desde 1551 que a Misericórdia tem ajudado de forma exemplar os que mais precisam de assistên-cia social no nosso concelho. Apesar de já ter tantas provas dadas, esta instituição é cada vez mais necessária, devido aos tempos de crise económica e moral que estamos a atravessar. É por essa razão que diariamen-te, por exemplo, ajudamos mais de quatro mil famílias, prestamos assistência a cerca de duas mil crianças e jovens em catorze

estabelecimentos de Cascais, auxiliamos 340 adultos deficientes e mais de mil ido-sos através de lares, de centros de convívio e do apoio domiciliário, além de desenvol-vermos um trabalho especializado nas áre-as das dependências e da prevenção das mesmas através da Fundação Portuguesa para o Estudo, Prevenção e Tratamento da Toxicodependência. De futuro, julgo que esta instituição deve ter como objetivos a consolidação do trabalho em curso, a qua-lificação das áreas consideradas socialmente mais frágeis com o recurso a uma melhor formação e a continuação da bem-sucedida parceria com a autarquia, entre outros”. O presidente da Assembleia-Geral, Armando Acácio Gomes Leandro, enu-merou os valores-base da instituição: “Fico muito orgulhoso por fazer parte de uma fundação que se rege por princípios tão nobres e estimulantes, como o respeito pela dignidade humana, a salvaguarda do bem comum e a solidariedade social. É um privilégio fazer parte de uma equipa dotada de um sentido cívico exemplar e de uma ex-trema dedicação a todas as pessoas que são acompanhadas pela Misericórdia”. Essa humanidade tão característica da Santa Casa foi igualmente destacada pelo presidente do Conselho Fiscal, Alberto José dos Santos Ramalheira: “Estamos perante uma instituição cujos colaborado-res se comprometem a responsabilizar-se pelo bem-estar físico, psicológico e espiri-tual de outras pessoas que porventura nem sequer conhecem, mas que precisam imenso dos serviços que a Santa Casa presta jun-to da comunidade de Cascais. Ao Conselho Fiscal, cuja presidência foi-me confiada, compete velar pelo bom cumprimento dos estatutos, acompanhando e aconselhando a mesa administrativa na sua função exe-cutiva de bem gerir o património material e humano de que dispomos. Trata-se de uma atividade criadora e de permanente transformação da angústia e da escassez de recursos em confiança e em esperança”. O secretário de Estado da Segurança Social, Marco António Costa, elogiou o papel da Santa Casa, que é um exce-lente exemplo dos “feitos extraordinários do povo português até em tempos mais con-turbados”: “A Misericórdia de Cascais é o tipo de fundação de que mais precisamos atualmente. Nós necessitamos de organi-zações que apostem na economia social. Esta economia não nos abandona quando as dificuldades nos batem à porta, buscan-do lucro independentemente da localidade, cidade, país ou continente. Esta economia pensa nas soluções para os problemas e dá-nos mais quando nós mais precisamos. É por isso que a economia social continuará sempre a ser defendida e salvaguardada pelo

O CORREIO DA LINHA | 25 Janeiro 2013 �

Governo”. O trabalho da Santa Casa, e da Provedora em particular, também foi reconhecido pelo Presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos: “Quero prestar uma ho-menagem não só à obra que a instituição tem desenvolvido já há tanto tempo, mas também à coragem, à determinação e à for-ça de vontade que acompanha todos aqueles que colaboram com a Santa Casa. Realço em especial a gentileza da Provedora des-ta instituição. A amiga Isabel Miguens de Almeida Bouças gosta de cultivar os afetos e, na minha opinião, é essa a principal fun-ção das Misericórdias”. Já o Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Dr. Carlos Carreiras, frisou a relevância desta instituição no contexto atual: “A Santa Casa é a segunda instituição mais antiga do concelho e tem sido sobretudo, ao

Comandos da Amadora tem avenida e praça

“Mama Sume” (Aqui estamos prontos para o sacrifício). Foi com este grito de comando que dezenas de atuais e anti-gos membros dos Comandos se congratularam com o des-cerramento da Placa Topo-nímica com o nome Avenida Regimento de Comandos, na freguesia da Venteira (junto ao ex-cinema Lido), que de-correu dia 18 de dezembro.Nesta iniciativa, que contou com a presença do Secretário de Estado Adjunto e da De-fesa Nacional, Paulo Braga Lino, estiveram ainda onze delegações da Associação de Comandos, de norte a sul do país.A atribuição, pela Câmara Municipal da Amadora, da designação de Regimento de Coman-dos a uma avenida e a uma praça do Município, justifica-se pela celebração do 50.º aniversário do Regimento de Comandos e pelo reconhecimento da importância do Regimento de Coman-dos para a Amadora, cidade que foi durante vários anos o campo de forma-ção desta tropa de elite.No decurso da cerimónia, na Unidade de Apoio da Área Militar Amadora-Sintra, o Secretário de Estado Adjun-to e da Defesa Nacional, Paulo Braga Lino salientou a importância desta ação, que valoriza a ligação do Regi-mento dos Comandos com os cidadãos e com a cidade da Amadora. “É a ma-nifestação coletiva do apreço que o Muni-cípio tem por esta unidade militar”, frisou o governante.

Joaquim Moreira Raposo, presidente da Câmara Municipal da Amadora, que minutos antes tinha recebido, em nome da Autarquia, a Medalha da Associação de Comandos pela mão do Presidente da Direção Nacional da Associação de Comandos, José Ângelo Lobo do Amaral, destacou o papel dos Comandos e de Jaime Neves no 25 de Novembro de 1975. Esta cerimónia “é um ato simbólico e uma homenagem a todos os Comandos que serviram com audácia Portugal”, enalte-ceu o edil.José Ângelo Lobo do Amaral, dirigin-do-se ao Presidente da Câmara Muni-cipal da Amadora agradeceu-lhe “ter querido guardar a memória do nosso Regi-mento de Comados”. “Os Comandos não o esquecerão”, sublinhou.

Coral de Queluz tem novo maestroNo passado dia 2 de dezembro realizou-se, na Igreja de Queluz, o último concer-to do Grupo Coral de Queluz (GCQ), com a mestria de Pedro Teixeira. O maestro, que esteve à frente da direção artística do GCQ ao longo de 12 anos, deixa muitas saudades entre os cora-listas, mas vai partir para abraçar um novo desafio profissional. Clara Ramos, da Direção do Grupo, descreve as emo-ções desse último espetáculo coman-dado por Pedro Teixeira: “Os coralistas estavam «de lágrima ao canto do olho» e a Igreja estava cheia, não apenas com o nosso muito público habitual, mas também com familiares, amigos e antigos coralistas. Todos queriam assistir ao nosso Concerto de Natal, o último de Pedro Teixeira com o Grupo Coral de Queluz. O concerto cor-reu muito bem, dadas as circunstâncias. As maiores emoções vieram ao de cima com as

palavras dirigidas ao maestro Pedro, pri-meiro por Fátima Salvaterra, Presidente da Direção do GCQ, e depois pelo Presidente da Junta de Freguesia de Queluz, António Barbosa de Oliveira, e pelo representante da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição. Quer a Junta quer a Paróquia ofereceram ao Pedro lembranças e o Grupo atribuiu-lhe, muito justamente, um Diploma de Mérito”. Entretanto, o Grupo Coral já tem novo maestro, Pedro Daniel Miguel, e uma agenda repleta de concertos para 2013, alguns dos quais terão o apoio financeiro da Junta de Freguesia de Queluz. Aliás, o primeiro espetáculo com direção artística de Pedro Daniel Miguel decorreu no passado dia 13 de janeiro, às 17 horas, no Palácio Nacional de Queluz. Além de ser um concerto de Ano Novo, este evento celebrou o 46º aniversário do Grupo.

longo de quase cinco séculos, a maior fonte de humanidade em Cascais. Desde o primei-ro momento que todos os Provedores que passaram por esta Misericórdia encararam a cidadania como uma missão, que também é seguida atualmente pelos voluntários que colaboram não só na Santa Casa, mas tam-bém em todas as instituições sociais do con-celho. Num mundo marcado pelas lentes do economicismo, onde por vezes os valores da bondade e de amor ao próximo parecem estar fora de moda, impõe-se sublinhar o exemplo destes homens e mulheres para quem a solidariedade não tem um preço ou uma utilidade. São homens e mulheres para quem estas ações têm apenas um valor, uma finalidade, um sentido moral”.

l Texto: Igor garcIa pIresl Fotos: j.r.

25 Janeiro 2013 | O CORREIO DA LINHA �

Victor Alves Presidente da JF Barcarena

O Correio da Linha (C.L.) - Ao lon-go destes anos, o que mudou em Barcarena?Vitor Alves (F.A.) - Mudou sobretudo, uma coisa que me parece extremamen-te importante, que é a mentalidade das pessoas. Quando aqui cheguei existia um bairrismo exacerbado. Cada um pensava que era mais importante que o outro. Refiro-me às cinco localidades, qual delas a mais importante na ópti-ca dos seus moradores. Hoje em dia, isso acabou por se esbater e acabamos por pensar todos como um todo. Esta mudança foi visível com a malfadada reorganização administrativa, em que as pessoas se preocuparam, no seu con-junto, com a possibilidade de sermos agregados a outra freguesia. C.L. - E qual foi o papel da Junta de Freguesia nesta mudança de mentali-dades?

“Em Barcarena houveuma mudança de mentalidades”

O presidente da Junta de Freguesia de Barcarena, Vitor Alves, vê com bons olhos o facto da reorganização admi-nistrativa deixar de parte a hipótese da fusão desta freguesia com Porto Salvo. Em entrevista ao jornal O Correio da Linha, o autarca não tem dúvidas que a extinção de Barcarena, enquanto fre-guesia, não faria sentido por se tratar de um território com 177 anos história, que serão assinalados no próximo dia 2 de Fevereiro. Há 12 anos à frente dos destinos de Barcarena, e autarca há 16, Vitor Alves sublinha também que este foi um tempo de mudança para a fre-guesia em termos de mentalidades mas também ao nível da qualidade de vida dos moradores, motivada pela melho-ria das acessibilidades e pela constru-ção de novas infraestruturas, sendo de destacar o novo crematório, com aber-tura prevista para 30 de Março.

F.A. - A Junta de Freguesia teve um papel determinante nesta mudança de mentalidade. Foi um papel de persis-tência. Fizemos questão de levar esta mensagem de união às pessoas, dizer-lhes que Barcarena não é mais ou me-nos importante do que outra localidade da freguesia. E água mole em pedra dura, tanto bate até que fura, não é?C.L. - Falando de infraestruturas, tam-bém foram anos de mudança…F.A. - Sim, sem dúvida. Foram criadas algumas infraestruturas muito impor-tantes. Infelizmente, não foram todas aquelas que nos gostaríamos que tives-sem sido criadas. Foram construídos novos polidesportivos, novas acessibi-lidades, novas zonas verdes. O parque escolar foi melhorado substancialmen-te. Antigas reivindicações, que faziam parte do rol das necessidades sentidas pelos residentes, hoje são uma realida-de. Refiro-me por exemplo à Capela de São Sebastião, ao Chafariz do Largo de Barcarena, ao Lavadouro de Queluz de Baixo… são todo um conjunto de exi-gências dos moradores às quais nós conseguimos responder. C.L. - E quais são, neste momento, as maiores carências ao nível de infraes-truturas?F.A. - Lamentavelmente, ainda há al-gumas. Ainda não conseguimos, ape-sar de já termos o espaço disponível para o efeito, avançar com as obras do Centro de Saúde em Tercena, porque o actual não corresponde minimamente às necessidades da população. Também não conseguimos ainda avançar com a construção de uma escola C+S que abranja toda a freguesia. E esta escola irá colmatar uma outra falha da fregue-sia, a nosso ver muito importante, que é a inexistência de um polidesportivo co-berto, um pavilhão gimnodesportivo.C.L. - Porque é que essas obras não pu-deram avançar?F.A. - Não avançaram, para já, porque estamos dependentes do Ministério da Saúde, no caso do centro de saúde e

do Ministério da Educação, no caso da escola. Quer um quer outro organismo entendem que estes pedidos não estão na primeira linha das necessidades da freguesia.C.L. - Apesar destas carências, tem sido possível fixar população na fre-guesia?F.A. - Sim. Esta freguesia tem notado um crescimento paulatino e as ligações previstas, em especial o interface que vai ligar Barcarena, Queluz de Baixo e Tercena, vão permitir que se esbatam definitivamente os limites entre loca-lidades. Passaremos a ser apenas uma entidade, apesar de já o sermos em termos de mentalidade. E isso também ajuda a fixar pessoas e a trazer gente nova.C.L. - Em que fase está o cre-matório de Barcarena?F.A. - O crematório será, tudo aponta, inaugurado no dia 30 de Março. É importante que se saiba que é um projecto que foi levado a cabo exclusivamente por esta Junta de Freguesia. Falo do lançamento do con-curso público, da escolha da empresa responsável pela empreitada, do consórcio que vai liderar o projecto durante 25 anos, que é a construtora Tomás de Oliveira… todos estes complexos processos fo-ram da nossa inteira respon-sabilidade. Não houve qual-quer participação da Câmara Municipal a não ser na aprova-ção dos projectos e na cedência do terreno para a construção. Estamos a falar de um investi-mento de um milhão de euros e o próprio Tribunal de Contas já nos deu os parabéns e não nos apontou uma única falha. Da nossa parte, a única despesa que te-mos é com o acompanhamento e a fis-calização da obra, a que nos obriga a lei. Acabámos por ser tão bem sucedidos que a cidade de Faro já nos pediu apoio em termos de know-how. Quiseram sa-ber como lançámos o concurso, como é que avançámos para a construção. Nós, apesar de não termos tido quem nos ajudasse, cedemos todas as informa-ções mais necessárias para o avanço do projecto daquela cidade.C.L. - Trata-se de um projecto que trás mais-valias à freguesia?F.A. - Naturalmente. Não se trata de uma PPP (parceria público-privada) mas, por cada cremação, sobra uma percentagem que terá uma receita para a freguesia. Aliás, não seria compreen-sível de outra maneira.C.L. - Não há muitas respostas no país em termos de equipamentos deste ca-riz…F.A. - Pois não. Para ter uma ideia, te-mos pessoas desta freguesia que vão ser cremadas em Alcochete, outras em Ferreira do Alentejo…. porque não há capacidade de resposta dos crematórios existentes. Por isso, vamos receber cor-pos do país inteiro, até porque na área metropolitana de Lisboa não há um único crematório com as condições e a capacidade deste. C.L. - É portanto um equipamento que vai suprir as necessidades da região?

F.A. - Sem dúvida. Esta nossa iniciativa acabou por inibir a Amadora e Queluz de avançarem para a construção de um crematório porque não faz senti-do haver um equipamento com estas características e serem construídos ou-tros por perto. Estamos a falar de um investimento de grande envergadura mas que faz todo o sentido porque se trata de um equipamento que vai de encontro aos anseios da população. A Junta de Freguesia de Barcarena já teve de compartimentar o cemitério apenas a eleitores e residentes da nossa fregue-sia porque não era já possível receber tanta gente. Se formos analisar os cemi-

térios existentes no concelho de Oeiras, Carnaxide esgotou a sua capacidade, mesmo uma parte construída há pouco tempo. O cemitério de Oeiras também esgotou e não tem por onde se estender. A única freguesia com meios já existen-tes e com capacidade para alagamento é Barcarena e foi por isso que lançámos este desafio à Camara Municipal de Oeiras. C.L. - Como estão as acessibilidades da freguesia de Barcarena?F.A. - Em termos de acessibilidades, a Junta de Freguesia teve uma interven-ção preponderante ao reivindicar algu-mas alterações ao trânsito que fizeram toda a diferença na qualidade de vida da população. Falo especialmente da lo-calidade de Tercena, que por força dos nossos vizinhos, residentes em Sintra, vivia diariamente entupida, perturban-do e muito as rotinas diárias da popu-lação. Hoje, convido qualquer pessoa a passar por Tercena em qualquer perío-do do dia e a verificar que a situação foi plenamente resolvida.C.L. - Mas o que é que motivava tanto trânsito no interior de Tercena?F.A. - O grande problema era que todo o trânsito oriundo de São Marcos de-sembocava na Fábrica da Pólvora, se-guindo, desde aí, para Tercena, para acesso ao IC19. O que fizemos foi pe-dir que se fizesse um sentido único, descendente, e se proibisse o sentido

l Texto: DIana DuarTe MaTIasl Fotos: j.r. e j.F.B

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ascendente. Não foi fácil mostrar à di-visão de trânsito da Câmara Municipal de Oeiras que tínhamos razão… demo-rou uns anos. Mas, de facto, somos nós que vivemos aqui e por isso sabemos, melhor que ninguém, quais são os prin-cipais problemas de trânsito e como so-luciona-los. Hoje, as pessoas que vêm de São Marcos e queiram apanhar o IC19 através desta freguesia têm de vir a Barcarena e a Queluz de Baixo, que é uma volta enorme, o que acaba por ini-bir os condutores.C.L. - Sente que este tipo de interven-ções são dificuldades pelo facto de,

pertencendo ao concelho de Oeiras, es-tar na zona limítrofe com o de Sintra?F.A. - Eu diria que este problema do trânsito tem duas vertentes. Essa é sem dúvida uma delas. Foram cometi-dos muitos disparates no concelho de Sintra. Do meu ponto de vista, o que foi feito naquele concelho foi um crime. Trata-se de uma malha urbana muito densa mas com poucas ou nenhumas infraestruturas capazes de responder a esse fluxo de pessoas. Há estradas que são as mesmas há quarenta anos, como é o caso de Massamá… e a população cresceu entre noventa a cem por cento nessa zona. A questão é que não foram criadas as condições necessárias para que essa população vá e regresse dos seus empregos de uma forma sustenta-da. Por isso, diria que o que nos rodeia é, sem dúvida, um grande problema. Um outro problema é a dificuldade que sentimos em sensibilizar a divisão de trânsito da Câmara Municipal de Oeiras. Naturalmente, não é a trabalhar num gabinete em Oeiras que se tem a verdadeira noção das dificuldades que os residentes de Barcarena sen-tem no dia-a-dia. Ou se acompanha o que se passa ou então é preciso procu-rar, junto dos eleitos locais, indicações que permitam resolver estes pequenos problemas… que às vezes não passam disso mesmo e que podem ter grandes soluções. É um trabalho de proximida-de que deve ser realizado pela Junta de Freguesia e que não pode ser feito pela Câmara Municipal.C.L. - Actualmente, no seu papel de autarca, sente a crise? Há mais gente a pedir ajuda à Junta de Freguesia?F.A. - Olhe, para ser sincero, em tantos anos que levo como autarca, porque no fundo já dediquei um terço da minha vida à freguesia, nunca mas nunca assisti ao cenário a que hoje assisto. E não estou a ir por dramatismos. Repare que eu te-nho 60 anos de idade, fiz a Guerra Colonial, assisti ao grande êxito que foi a emigração,

apanhei depois a chegada das popula-ções que residiam nas antigas colónias portuguesas, em que foram dadas prio-ridades de emprego a essas pessoas em detrimento daqueles que cá estavam e, depois, passei pela revolução de 25 de Abril de 1974. Ou seja, já atravessei, como criança, jovem, homem e pai, al-gumas das fases mais conturbadas do país, em alturas extremamente difíceis. E como eu, toda uma geração de portu-gueses. Mas, mesmo assim, nunca espe-rei ver a juventude do meu país ter de começar a sair, novamente, de Portugal, à procura de emprego fora de portas e

nunca pensei termos que, enquanto autar-cas, angariar fundos e meios para distri-buir pela população, como se distribuía no meu tempo de menino, que era, no fundo, a sopa dos pobres.C.L. - E esse é um trabalho que a Junta de Freguesia está a fazer actualmente?F.A. - Sim, num tra-balho conjunto com a paróquia. Nunca, até agora, tinha sido ne-cessário preocupar-

nos com esta realidade, mas este ano, pela altura do Natal, entregámos de-zenas de cabazes. E, mesmo não tendo em conta a pobreza envergonhada que existe, e que nós sabemos que existe, a procura que temos no Banco Alimentar em Queluz de Baixo e na Loja Social que temos em Tercena é enorme… nunca pensei regressar a estes tempos. Eram famílias que tinham uma vida regular antes desta crise e que agora vêm bater à porta da Junta de Freguesia a pedir ajuda. Desde ajuda para a renda da casa, para a água, luz e outras contas es-senciais, como ajuda para alimentação. Há pessoas que tinham dois veículos e hoje não têm nenhum. Atenção, não re-duziram para um… simplesmente não têm nenhum. Desfizeram-se de todos os anéis e, se calhar, alguns começaram já a cortar os dedos para não cederem a tentações.C.L. - Nota-se a quebra do rendimento das famílias no comércio da freguesia? Há mais desemprego?F.A. - Nota-se e de que maneira. Temos imenso comércio, em especial na res-tauração, a encerrar portas. É raro o dia em que não tenhamos conhecimento de mais um estabelecimento comercial que vai encerrar. Qualquer pessoa passa pe-las pastelarias e pelos restaurantes vê que estes estão completamente vazios. Falo de casas com passado que, há bem pouco tempo, talvez dois anos atrás, eram um cartaz…C.L. - Qual é o futuro de Barcarena na recente reorganização administrativa?F.A. - Barcarena vai ficar conforme o anseio manifestado pela população, pelo Executivo e pelas forças políti-cas. Vamos manter-nos como estamos,

abrangendo as cinco localidades, como até aqui. Sabemos que as coisas não correram tão bem como alguns autarcas desejariam, para as suas fregue-sias. Estou solidário com eles. Por exem-plo, Queijas, entre a hipótese de ficar com Barcarena ou com Carnaxide, preferiria ficar com Barcarena mas tal não aconteceu. Tudo isto não depen-deu das freguesias. Houve alguém que de-cidiu por nós. C.L. - Nalgum momen-to deste processo temeu que Barcarena fosse anexada a alguma freguesia?F.A. - Sim, chegou a passar-me pela ca-beça. Havia duas propostas da Unidade Técnica: uma era Barcarena continuar sozinha e a outra seria a agregação de Barcarena e Porto Salvo. No fundo, isso seria juntar numa mesma freguesia, uma que tem 17 anos e outra que, este ano, comemora já 177 anos de história. Há em Barcarena todo um passado his-tórico que temos e que não é transmissí-vel. Qual é o passado histórico de Porto Salvo? Poderão ser invocados outro tipo de argumentos mas é preciso ter respeito pela História porque a História não se apaga com uma borracha. É uma memória colectiva que perdura no tem-po. Já para não dizer que Porto Salvo veio buscar a Barcarena parte do nosso território para criar a freguesia. Talaíde, por exemplo, fazia parte de Barcarena. Reunir tudo isto, agora, não faria sen-tido.C.L. - Barcarena tem actualmente quantos eleitores?F.A. - Barcarena tem cerca de 10500 elei-tores mas perto de vinte mil morado-res. É um público-alvo suficientemente grande para uma junta de freguesia po-der actuar convenientemente, até por-que, é preciso sublinhar, temos cinco localidades dispersas, cada qual com as suas características. Imagine o que se-ria uma pessoa residente em Queluz de Baixo ter de se deslocar a Porto Salvo para resolver um problema… com as dificuldades que existem hoje em trans-portes. Claro que há internet, hoje em dia, mas dê essa alternativa a uma pes-soa de 60, 70, 80 anos… pessoas que ainda encaram a Junta de Freguesia como o seu parceiro mais próximo para lhe resolver os problemas. Aqui todos nos conhecemos. As pessoas conhecem o presidente da Junta, conhecem os ele-mentos do Executivo, porque andamos na rua todos os dias. Há uma proximi-dade, no dia-a-dia, que reforça os laços da comunidade, o que é extremamente importante.C.L. - Estando garantida a permanên-cia da freguesia tal como é, quais são os desafios para os próximos anos?F.A. - Bom, nos próximos anos eu pre-sumo que os desafios vão ser maiores porque as competências das freguesias vão aumentar substancialmente. Isso vai traduzir-se num maior esvaziamen-to das competências que actualmente são da Câmara Municipal. Espero, de facto, que o caminho seja este. Por ve-zes olha-se para a delegação de compe-tências como sendo uma esmola dada pela Câmara. Acho isto um autêntico disparate e, nos meus mandados, sem-pre tenho tentado que esta transfe-rência de competências seja cada vez mais real. Posso dizer que acabei por ultrapassar as expectativas porque há coisas que fazemos, hoje em dia, que a Câmara Municipal tem grandes dificul-

dades em concretizar por falta de meios humanos. Por outro lado, há coisas em que se perde demasiado tempo com pa-receres técnicos que não são necessários em muitos casos. E a Junta de Freguesia tem mais noção da realidade, conse-gue concretizar projectos com menos dinheiro, menos recursos e em menos tempo. Por isso quero acreditar que o próximo mandato traga mais compe-tências, mais exigências mas também mais autonomia às juntas de freguesia. Digo que quero acreditar porque, já se sabe, ao longo destes últimos anos pro-meteu-se muita coisa que não se está a cumprir… mas tenho fé que esta trans-ferência de responsabilidades vai ser uma realidade.C.L. - Num contexto de tantos desafios, os eleitores de Barcarena podem con-tar com uma recandidatura nas próxi-mas eleições autárquicas?F.A. - É uma grande possibilidade mas neste momento sou apenas candidato a candidato. C.L. - Como assim?F.A. - Ainda não fui convidado oficial-mente e por isso sou apenas um candi-dato a candidato. Se me convidarem, e dependendo dos termos em que me convidarem, poderei estar disponível. Há uma coisa que eu sempre exigi e que continuarei a reivindicar: total li-berdade na escolha das pessoas que me acompanham neste trabalho. Não que-ro imposições dessa natureza. Aliás, nunca trabalhei de outra maneira a não ser essa. Nessas condições, e com com-promissos assumidos por quem se can-didata também ao cargo de presidente da Câmara Municipal de Oeiras, serei naturalmente candidato.C.L. - E, em caso de vitória, quais serão as suas principais prioridades?F.A. - Não quer que abra já o jogo, pois não? Ainda é cedo para avançar com ideias concretas mas o que foi dito para trás já abre algumas indicações sobre as minhas principais preocupações.C.L. - Como vão ser as comemorações do 177º aniversário da freguesia, mar-cadas para dia 2 de Fevereiro?F.A. - O programa vai espelhar a situ-ação do país. Seria muito mal interpre-tado, presumo eu, que, enquanto anda-mos a apelar à angariação de alimentos para distribuição, fizéssemos uma festa faustosa. Parece-me francamente que seria um erro. Por esse motivo, obvia-mente que vamos assinalar o aniversá-rio mas de forma modesta. Haverá uma sessão solene, em que estarão presentes as forças vivas da freguesia e do con-celho, no dia 2 de Fevereiro, no audi-tório de Tercena. Teremos um porto de honra, seguido dos discursos habituais. Também haverá, como faz parte da tradição, uma corrida de carrinhos de rolamentos. São custos mínimos. Tenho esperança que os 180 anos possam ser comemorados com uma festa diferente, a festa que Barcarena merece.

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Escola profissional aposta na conservação do património

Em 1989, quando foi criada a possibi-lidade da existência de escolas profis-sionais privadas, a Câmara Municipal de Sintra, a propósito da candidatura da vila a Património da Humanidade, entendeu que seria útil criar uma esco-la vocacionada para a área de restauro e conservação do património. Foi assim que nasceu a Escola Profissional de Recuperação do Património de Sintra, de onde saem técnicos de nível inter-médio, habilitados e sensibilizados para as exigências dos trabalhos de reabili-tação e conservação do Património. A escola, reconhecida pelo Ministério da Educação, funciona em Odrinhas, São João das Lampas, e dá aos seus alunos uma equivalência ao 12º ano ao mesmo tempo que os encaminha para o mer-cado de trabalho. O jornal O Correio da Linha visitou as salas de aula, o estúdio de fotografia, o laboratório de química e física e as oficinas vocacionadas para as várias áreas como azulejaria, estu-ques, metais, entre outros, e entrevis-tou Ana Sofia Bettencourt, directora da Escola, para saber mais sobre os cursos ali ministrados.

O Correio da Linha (C.L.) - Qual é o grande propósito da Escola Profissional de Recuperação do Património de Sintra?Ana Sofia Bettencourt (A.S.B.) - O nosso grande objectivo é criar quadros intermédios na área de restauro e con-servação do património, que era uma

carência enorme que o país tinha. Ainda hoje, a este nível de ensino, só existem duas escolas a nível nacional – a de Sintra e uma no Porto. C.L. - Que cursos funcionam na Escola actualmente?A.S.B. - O Ministério da Educação autoriza-nos a ministrar seis cursos. Neste momento temos apenas três em funcionamento: ao de Assistente de Conservação e Restauro, juntaram-se o de Técnico de Fotografia e o de Técnico de Design Interiores/Exteriores. No curso de con-servação e restauro, os alunos ficam a saber trabalhar em

seis áreas: azulejaria, cantarias, madei-ras, pintura mural, estuques e metais. Com o curso de design, na variante interiores/exteriores, a ideia é criar téc-nicos capazes de recuperar património público, dando-lhe outras valências mas sempre respeitando aquilo que era a sua história. O curso de fotografia sur-giu com a noção de que a fotografia de Património é algo muito complexo, cujo processo exige um técnico devidamente habilitado. Não temos mais cursos por-que a escola não tem dimensão para ter mais alunos que são, actualmente, 172. E, na verdade, nós não queremos que ela cresça para além disto porque temos uma relação directa com cada aluno. É uma escola pequena em que conhece-mos o percurso dos alunos a fundo. C.L. – Qual é a duração destes cursos?A.S.B. - São cursos de três anos, sen-do que no final deste percurso os alu-nos apresentam uma prova de aptidão profissional. São destinados a alunos que vêm do ensino regular, terminam o nono ano e procuram depois cursos mais práticos mas que não os limitem nos caminhos que podem seguir, por-que poderão sempre apostar, depois, num curso superior. Estes alunos são admitidos depois de uma prova de se-leção que inclui testes psicotécnicos e uma entrevista, de onde saem com no-ção do perfil de cada curso e das possi-bilidades que têm em termos de saídas profissionais. Os alunos admitidos pa-gam apenas a inscrição. As propinas fi-

cam a cargo do Ministério da Educação, como no ensino público regular, e os materiais são fornecidos pela Escola.C.L. - São cursos exigentes do ponto de vista prático?A.S.B. - Sim. Para ter uma ideia, eles têm de ter uma frequência mínima de 95% das aulas práticas sob pena de reprova-rem. Mas, por outro lado, também têm as mesmas disciplinas que o ensino regular, claro que com cargas horárias diferentes, mas têm.C.L. - Sendo uma Escola que proporcio-na uma equivalência ao 12º ano, é possível seguir estudos poste-riormente?A.S.B. - Sim, claro. Os nossos cursos não li-mitam os alunos. No Instituto Politécnico de Tomar é possível seguir esta área ao nível do en-sino superior e foi tam-bém criado, recente-mente, na Universidade Nova de Lisboa, um curso de conservação e restauro na área da investigação. Em am-bas as entidades temos alunos que estiveram na nossa escola. Ainda assim, nada os obriga a seguir estudos, até por-que o nosso grande ob-jectivo é criar quadros intermédios aptos a intervir em Património classificado.C.L. - No passado já ti-veram outros cursos a funcionar?A.S.B. - Com o evoluir da escola já ten-támos uma grande variedade de cursos, sempre ligados ao património. Criámos em tempos, por exemplo, um curso de técnico de jardinagem. Este técnico de jardinagem não era um jardineiro mas sim um técnico especializado para in-tervir em jardins históricos. Entretanto, esse curso foi deixando de ter alunos. Criámos entretanto um curso de mu-

seografia porque detectámos uma falta muito grande de técnicos intermédios vo-cacionados para essa área. Infelizmente, não teve sucesso junto dos jovens. Conciliar a oferta do mercado de trabalho com a motivação e procura dos jovens nem sempre é fácil mas tentamos sempre conse-guir um equilíbrio. C.L. - Mas nota um interesse crescente neste tipo de oferta educativa?A.S.B. - Sim. Tem havido cada vez mais procura por parte dos alunos, de todo o país. Temos uma dificuldade, que é o facto de não estamos inseri-dos num meio urbano, o que dá a sensação de ser difícil o acesso, ainda que tenhamos autocarros aqui à porta desde e para a estação de comboios de Sintra. Por outro lado, esse facto acaba por ter um pon-to positivo que é descansar os pais dado que os alunos,

quando vêm para aqui, vêm mesmo estudar porque não têm qualquer outro meio de distração.C.L. - Do seu ponto de vista, qual é o papel do ensino profissional numa al-tura em que há tanto desemprego?A.S.B. - Eu sempre disse que uma das

formas que há para despertar os jovens para os estudos é aproximar a escola do mercado e das empresas para que eles possam perceber desde cedo para que áreas se sentem vocacionados. E um bom ensino profissional faz essa ligação e por isso é de apostar. O que não implica limitar os caminhos que o aluno possa, eventualmente, seguir no futuro porque, no fundo, a aprendiza-gem é feita ao longo da vida.C.L. - E há uma boa ligação desta Escola ao mercado de trabalho?A.S.B. - Sim. Nós temos ligações a mui-tas empresas com alguma dimensão. E os alunos que de facto são bons não costumam ter dificuldades de inser-ção no mercado de trabalho. Os nossos mestres são todos técnicos habilitados e bons nas suas áreas, e portanto a rede funciona.C.L. - A Escola tem professores no quadro?A.S.B. - Não, nós não temos professores de quadro porque todos os anos temos de nos candidatar para a oferta forma-tiva que pretendemos para a escola e todos os anos é aberto um concurso por parte do Ministério da Educação para que assim seja. Por exemplo, no ano passado, a Câmara Municipal de Sintra assumiu o financiamento de um curso porque o Ministério não deu financia-mento. Ou seja, temos sempre esta li-mitação, não sabemos como nos vamos gerir a cada ano lectivo. Apesar disso temos um quadro profissional estável, em termos de professores. Alguns estão cá connosco há 25 anos.

O CORREIO DA LINHA | 25 Janeiro 2013 11

C.L. - A Escola tem também oferta para a comunidade em geral…A.S.B. - Sim. Temos os chamados Cursos Livres, com a duração de 20 horas, ge-ralmente feitos aos sábados. São cursos de restauro de mobiliário, que tem tido imenso sucesso, restauro de peças em faiança, manufactura de azulejos, en-tre outros. Estes cursos têm em vista a sensibilização para a importância da conservação do património, que é um compromisso que assumimos com a Câmara Municipal de Sintra. Estes cur-sos estão abertos a toda a gente. C.L. - É importante aproximar a comu-nidade da Escola e do seu propósito de conservação do Património?A.S.B. - Sim, sem dúvida. É também por isso que estamos a ultimar uma exposição para o Centro Cultural Olga

Cadaval que vai estar patente ao longo de todo o mês de Dezembro. Nesta ex-posição vão marcar presença trabalhos dos três cursos para que as pessoas per-cebam como é que eles se interligam.

l Texto: DIana DuarTe MaTIasl Fotos: j.r.

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A Casa da Cultura de Mira Sintra tem patente ate ao dia 10 de Fevereiro, uma esposição de pintura de Alonso Fernandes e Francisco Feliz.A inauguração no dia 19 de Janeiro foi antecedida por diversos momentos musicais que contou com a presença de Joaquim Leite, Paula Simoes, Maria João Raposo, Filipe Santos e muitos ar-tistas da GAVE entre centenas de pes-soas que enchiam o auditorio. No inicio Alonso Fernandes e Francisco Felix ofereceram dois quadros cada, a duas instituições, Centro Social Paroquial de Belas (Apoio a idosos) e à Conferencia Vicentina da Paroquia de Belas (Apoio a carenciados) em seguida cantou-se o fado com José Timoteo gui-tarra e Amadeu de Sousa viola e sob as suas notas musicais actuaram Susana Mesquita, José Rocha, Joaquim Correia, Eugenia Mesquita, João Quintens e da poetisa Felizmina Costa.O pintor Alonso Fernandes tambem mostrou que tem voz para o fado ao entoar dois fados Amar, Amar Perdidamente de Flor Bela Espanca, e uma moda alentejana, Nossa Senhora do Carmo em conjunto com o coro alen-tejano e com Maria Eugenia Mesquita e para finalizar esta apre-sentação, o grupo Coral Alentejano “Os Populares do Cacém” que entoaram diver-sos canticos alentejanos.Alonso Fernandes tem exp-ostos 39 quadros e Fransisco Feliz expõe 36 quadros conterrâneos, oriundos de Moura, onde se conhecem desde os bancos da escola. Seguiram percursos diferen-tes profissionalmente mas o destino viria a juntá-los novamente, agora que estão ambos aposentados. Para preencher os tempos livres estes dois artistas plásticos, autodidatas, têm em comum uma enorme paixão: a pin-tura.Alonso Fernandes utiliza como técnica, óleo sobre tela pintada com espátula, onde procura representar as mais belas e marcantes paisagens de Sintra e Alentejo, mas também do mar, pelo fascinio que nutre pela sua admirável imensidão. A sua obra es-pelha um cunho muito pes-soal, impregnado de poesia, sensibilidade e dedicação, de quem na pintura encontrou um caminho que percorre a vida, sente na pintura a sua plena realização, e apesar

de ter desempenhado outra profissão, actualmente a ela dedica todo o seu tempo com a entrega e paixão que a Arte requer e exige. Sente e diz: “Pintar é uma forma de me sentir vivo”.Francisco Félix tem sobretudo como tema pedaços do seu Alentejo e da sua terra. O estilo de pintura a óleo e acrí-lico, é marcadamente realista, simples e sem artifícios. Traduz desta forma uma visão quase fotográfica das paisagens urbanas e cores dos campos do Alentejo onde combina tons claros e vivos, reve-lando um caráter de profunda e refina-da sensibilidade.

Pintura na Casa da Cultura

Habitágua desafiajovens de Oeiras

A Habitágua, empresa especializada na prestação de serviços associados às redes de água e saneamento, lan-ça um desafio aos alunos das escolas secundárias do concelho de Oeiras. O projeto, intitulado Eco-Empreendedor Jovem, é uma iniciativa que visa pro-mover uma cultura de racionalização do consumo de água nas escolas e na população do Concelho.A missão do projeto, dirigido aos alu-nos dos 12 aos 20 anos, consiste em contribuir para aumentar a educação, divulgação e literacia deste público jo-vem, motivando-o para o respeito do valor da água e para a problemática da sua escassez. O concurso pretende enraizar os valores da preservação am-biental, ao mesmo tempo que incentiva o espírito empreendedor, dando aos

jovens a oportunidade de desenvolver um projeto inovador que os afetará di-retamente.Através de um pequeno vídeo, os par-ticipantes irão apresentar uma ideia de negócio com o objetivo de dar origem ao aparecimento de um novo produto, serviço, ou método que reduza o consu-mo de água na indústria, nos organis-mos públicos, ou nos domicílios, com o intuito de implementar o projeto no Concelho de Oeiras. Os vencedores do concurso serão reve-lados no dia 5 de Junho, dia Mundial do Ambiente.Paralelamente ao concurso será adota-do, pelas escolas participantes, um pro-grama de racionalização e monitoriza-ção do consumo de água, apresentado pela equipa da Habitágua.

25 Janeiro 2013 | O CORREIO DA LINHA 12

Oeiras aprovou orçamentoOrçamento do Município de Oeiras para 2013 é de 137.185.587€, traduzin-do uma redução de cerca de 12,05% relativamente a 2012 (155.987.354€). No entanto, este corte é feito com sentido de justiça e equidade social, aproximando-o da real capacidade de execução, contrariamente à práti-ca recente do Estado que quando cor-ta gera miséria e empobrece a classe média. Em Oeiras, poder-se-ia ter optado por aplicar cegamente a taxa máxima de IMI, o que aumentaria a receita municipal mas contribuiria igualmente para aumentar as difi-culdades com que vivem muitas fa-mílias. O Município de Oeiras fixou a taxa do IMI em 0,8% para prédios rústicos, em 0,7% para os prédios urbanos e em 0,350% para os pré-dios urbanos avaliados nos termos do CIMI, para o próximo ano. Esta redução do IMI para 0.35% para os prédios urbanos avaliados traduz-se numa muito significativa poupança para as famílias do concelho.Tal situa-ção não significa, no entanto, que sejam descuradas as questões sociais. Este é um orçamento de combate em prol da estabilidade social e pela manutenção do padrão de qualidade de vida míni-mo a que todos têm direito, como se comprova pela dotação prevista para as funções sociais (57.646.781€), muito acima do executado nesta área em 2012 (43.234.093€).Neste sentido, e num contexto de forte contenção orçamental, Oeiras mantém a aposta em programas sociais funda-mentais como a comparticipação nas despesas com medicamentos (350.000€), o Cartão 65+, o serviço Oeiras Está Lá ou a Teleassistência; e aumenta a dota-ção em rúbricas tão importantes como o Fundo de Emergência Social, de 200.000€, em 2012, para 500.000€, em 2013 (um aumento de 150%) e no sub-sídio para livros e material escolar, de 51.000€, em 2012, para 280.000,00€, em 2013 (um aumento de 549%).Importa ainda referir que, no orça-mento de 2013, o apoio social escolar (transportes, refeições escolares, bol-sas de estudo para o ensino superior e subsídios para livros e material escolar) representa 77% do orçamento previsto para a área da Educação (em 2011 re-presentava 55%).Ainda que este seja um orçamento de combate em prol da estabilidade social da comunidade, tal não significa que se tenha abdicado de realizar os inves-timentos necessários. serão feitos den-tro do quadro de contração económica atual.Deste modo, para o início, de Maio, da construção de um equipamento tão im-portante como o novo Centro de Saúde de Algés, responsabilidade da adminis-tração central que a camara vai assumir, e a inauguração da Casa dos Corações, um projeto que consiste na adaptação de um fogo de habitação para funcio-namento de uma casa de transição para acolhimento de pessoas sem-abrigo.Paralelamente, em 2013 serão inaugura-dos três novos equipamentos de apoio aos seniores: dois de iniciativa munici-pal (os Centros Geriátricos de Laveiras e Porto Salvo) e um de iniciativa priva-da, construído em terreno cedido pelo Município (o Lar da Fundação Belchior Carneiro, em Barcarena).Em 2012, comparativamente a 2011, acentuaram-se os efeitos da crise eco-nómico-financeira, nomeadamente ao nível das receitas municipais, no que se refere aos impostos diretos. São disso exemplos a coleta da derrama (quebra

de 13,15%, ou seja menos 2.117.030€) e do IMT - Imposto Municipal Sobre Transações (quebra de 27,79%, ou seja menos 4.161.559€).Neste quadro de austeridade, importa também salientar que nas perspetivas financeiras para 2013 prevêem-se ain-da as transferências que o Município terá de realizar para a Administração Central, referentes à retenção de 1,5% para a ADSE, a efetuar aos trabalhado-res do município bem como a cativação na fonte para o Serviço Nacional de Saúde (481.411€ em 2012).Note-se ainda que, no que diz respei-to à participação do Município nos Impostos do Estado, para 2013 foram-nos retirados por completo o Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF) e o Fundo Social Municipal (FSM), tal como em 2012, situação que apenas se verifica em Oeiras e em outros dois concelhos.

Também assim se explica a tendência para a sustentabilidade da economia do concelho e das finanças do Município, num contexto de muito reduzida de-pendência das receitas do Estado.Quanto à dívida a médio-longo prazo, saliente-se que no final de 2005 era de 36.295.662€ e, no final de 2012, era de 33.267.713€, montante onde se inclui já o recurso ao crédito nos últimos quatro anos, no valor de 14.586.132€. Contrariamente à Administração Central, o Município de Oeiras tem vindo a pagar dívida e não a aumen-tá-la. Refira-se que Oeiras manteve um “invejável” limite de endividamento no valor de 104.596.768€, de acordo com a Lei das Finanças Locais, estando, no entanto, impossibilitados da sua utili-zação pelas alterações impostas pelo Orçamento de Estado de 2012, que a condiciona ao limite de 5.265.714€.Apesar do panorama nacional atual, em Oeiras aposta-se no futuro. São várias as medidas que visam dar um novo alento ao desenvolvimento eco-nómico do concelho a longo prazo. A Câmara Municipal continua apostada em captar investimento externo, com vista à criação de riqueza e de novos empregos, sendo que a estabilidade so-cial será sempre o foco do modelo de desenvolvimento do Concelho.Em Oeiras sabe-se o que é a solidarie-dade e constroi-se a coesão social todos os dias. A camera apoia os que mais precisam, protegendo os mais vulnerá-veis e continua a apostar num modelo de desenvolvimento sustentável. Este orçamento permite que o concelho este-ja prevenido para os efeitos da crise e se encontre preparado para a ultrapassar.

Paco de Artes realiza exposição coletiva

Vai a Paço de Artes – Associação dos Artistas Plásticos de Paço de Arcos, acti-var um projecto de Ateliers de Desenho e Pintura, que funcionará no espaço da sua sede, na Rua José Pedro Silva, 14-A, em Paço de Arcos, e que se pretende que inicie a sua actividade durante este mês de Janeiro, encontrando-se algu-mas inscrições já efectuadas.Os Ateliers serão supervisio-nados por um professor devi-damente qualificado, poden-do os interessados utilizar o espaço também em regime de utilização livre, isto é, sem a presença do professor.Os Ateliers serão extensivos a outras vertentes das Artes Plásticas, nomeadamente à Fotografia, à Escultura, etc., assim como às Artes Decorativas.Toda a informação sobre o funcionamento, horário e cus-tos dos Ateliers, pode ser ob-tida através do Telf. 21 441 80 39 (voice mail) ou do E-mail: paç[email protected]

EXPOSIÇÃO COLECTIVA 2012A Paço de Artes - Associação de Artistas Plásticos de Paço de Arcos, vai realizar este ano mais uma vez a sua Exposição Anual Colectiva, refe-rente ao ano de 2012, nas vertentes de Pintura, Escultura e Fotografia, certa-

me que vai contar com a participação dos associados.Nesta manifestação artística vão estar expostos cerca de 50 trabalhos, fruto da criatividade de diferentes sensibi-lidades numa mistura de cores e esti-los, que merece bem ser apreciada.A Exposição Colectiva 2012 terá lugar no Salão Paço de Artes, Sala Elisiário

Carvalho, localizado na sede da de Artes, em Paço de Arcos, e terá inau-guração no próximo dia 26 de Janeiro pelas 17.00 horas.Estará patente ao público, além do dia da inauguração, nos dias 27 de Janeiro e 2 e 3 de Fevereiro, das 16.00 às 19.00 horas.

Alcabideche celebra aniversárioAo longo do mês de janeiro, a Junta de Freguesia de Alcabideche, atual-mente liderada por Fernando Teixeira Lopes, comemorou o seu 172º aniversá-rio com um conjunto de atividades cul-turais, das quais se destacam, por exem-plo, o cantar das janeiras no Cascais Shopping no dia 6 e uma exposição patente de 12 a 22 de janeiro, também neste centro, onde a história de Alcabideche foi apresenta-da em imagens. Já no passado dia 13, decorreu o 12º Corta Mato de Alcoitão. Organizada pelo Núcleo de Atletismo de Alcabideche e pelo Grupo Musical e Desportivo 1º de Julho de Alcoitão, com apoio da Junta de Freguesia de Alcabideche, da Câmara Municipal de Cascais e do comércio local, esta prova esteve aberta a centenas de atletas de ambos os sexos, federados ou não, em representação de clubes, coletividades e grupos informais ou a título individual.

A 19 de janeiro, teve lugar, no Auditório da Junta de Freguesia de Alcabideche, a Gala Musical de Aniversário, que contou com a colaboração (e talento) dos alunos da Escola de Música Michel Giacometti. Finalmente, no dia do ani-versário, a 22 de janeiro, os 172 anos da localidade foram celebrados com uma Missa Solene na Igreja Matriz de Alcabideche, que assinalou igualmen-te o dia do Patrono da Freguesia, São Vicente. À noite, decorreu uma sessão solene na Galeria Espaço Montepio.

O CORREIO DA LINHA | 25 Janeiro 2013 13

A Junta de Freguesia de Barcarena vai assinalar o 177º aniver-sário no próximo dia 2 de Fevereiro, com uma sessão solene no auditório de Tercena, em que estarão presentes as forças vivas da freguesia e do concelho. Também no dia 2 de Fevereiro vai ter lugar o 8º Grande Prémio “Esferacar”, uma prova carrinhos de rolamentos, estando a concentração marcada para as 9h00, nas traseiras do Quartel dos Bombeiros Voluntários. A prova terá início às 10h00. Os interessados devem inscrever-se na sede da Junta de Freguesia de Barcarena ou no Grupo Recreativo e Desportivo “Os Fixes” ,os organizadores preten-dem fazer reviver uma prática comum entre os jovens de antigamente e proporcionar aos parti-cipantes uma actividade desportiva que tem, ao mesmo tempo, vertentes competitivas, recreativas, sociais e culturais.

APESPAN organiza concursoA Associação de Pais e Encarregados de Educação da escola secundaria Padre Alberto Neto de Queluz, vai realizar um concurso de fotografia, subordinada ao tema “ a água e os seus estados” podem participar os alunos da escola e os seus familiares, as fotos tanto podem ser entregues

em papel ou enviadas pelo email [email protected] no formato de A4 e a data final da entrega é até ao dia 28 de Fevereiro.A escolha das fotografias vencedo-ras, será efetuada por um júri de 7 pessoas de diversas classes profissio-nais da freguesia de Queluz , existe

igualmente 7 vencedores que irão receber vales de cheques brinde, no valor do 1º prémio 50 euros - 2º prémio 40 euros - 3º lugar 30 euros e 4º 5º 6º e 7º prémio de 20 euros.Este é o 2º concurso de foto-grafia que a APESPAN realiza, fazendo com que os alunos tenham criatividade e estejam envolvidos em atividades re-creativas.A Associação de Pais da ESPAN tem no site www.apes-pan.com o regulamento para ser consultado, sobre este con-curso e outras noticias sobre o que a associação está a criar no inicio de mais um anoIgualmente a APESPAN entre-gou recentemente, na direção da escola 7 papeleiras para se-rem colocados, no espaço, jun-to ao bar para assim os alunos terem mais recipientes para poderem colocar os papeis e outros objetos .

Edificio dos SMASna Brandoa remodelado

No passado dia 7 de Janeiro, foi as-sinado o auto de consignação da em-preitada de “Construção dos Arranjos Exteriores do edifício dos SMAS”, na Brandoa, no Concelho da Amadora – 1.ª e 2.ª Fases. Esta empreitada objetiva o desenvol-vimento de um projeto de arranjos ex-teriores, de forma a operacionalizar e harmonizar todo o espaço envolvente do edifício dos serviços técnicos dos SMAS da Brandoa e das quatro célu-las que constituem uma reserva de água de 9 000 m3 para abastecimento à população da Amadora. Os trabalhos da empreitada consis-tem na construção de um parque de estacionamento com dois pisos, con-finante com o edifício dos serviços técnicos existente, de novos acessos a todo o recinto e da construção de novos espaços oficinais, nomeada-

mente uma ferramentaria e espaços de armazenamento de materiais. De referir, que o acesso ao público pas-sará a ser efetuado através de um elevador com vista panorâmica so-bre a Brandoa e parte da cidade de Lisboa. A empreitada também compreende a remodelação de todo o piso -1 do edifício dos serviços técnicos, com a construção de um novo refeitório, de um espaço de Arquivo Técnico e de balneários, para os funcionários. Estiveram presentes, a administração dos SMAS, o Diretor Delegado, os responsáveis pelo Departamento de Infraestruturas e Apoio Técnico, bem como a Divisão de Infraestruturas e Fiscalização e Manutenção, repre-sentantes da entidade fiscalizadora “LEMO” e o adjudicatário da emprei-tada “Construtora Udra, Lda.”.

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O Forno Crematório e o Centro Funerário de Barcarena serão inaugurados, tudo indica, no próximo dia 30 de Março. Trata-se do primeiro forno crematório do concelho de Oeiras, disponível para servir a população de todo o país. A obra, cujo custo total rondou um milhão de euros. O novo Complexo Funerário, um projecto feito de raiz, inclui um edifício de cerca de 580 m2 do qual farão parte uma capela e uma sala de despedida a antecederem o forno crematório propriamente dito, além uma sala de tanatopraxia (preservação do corpo) uma sala de velório, instalações sanitárias e sala de arrumações. No espaço exterior haverá dois jardins, um dos quais poderá ser usado para quem quiser deixar ali mesmo as cinzas do falecido, e um parque de estacionamento. A Junta de Freguesia de Barcarena acredita que, pela sua “qualidade e modernidade”, este crematório será uma “referência neste género de oferta”.

BARCARENA ACAUTELA O FUTURO

Crematório de Barcarena inaugurado dia 30 de Março

Junta de Freguesia de Barcarena

comemora 177º aniversário

25 Janeiro 2013 | O CORREIO DA LINHA 1�

Queluz aposta na requalificação

jornal menSal de actualidadeadministração, redacção e Publicidade: rua Prof. mota Pinto, loja 4 2780-275 oeiras • tel. 21 443 00 95/6 • tlm. 91 326 35 67 www.ocorreiodalinha.pt • [email protected]

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Ficha Técnica

Sempre preocupada com a manutenção das zonas verdes em Queluz, a Junta de Freguesia realizou recentemente uma obra de requalificação no talude em frente à rotunda Praça de Dom Pedro IV. Nesta zona foram plantadas três árvores e cem agapantos. Foram também colo-cados seis suportes em madeira, de for-ma a fazer um muro que possa suster a terra, sem interferir na paisagem. Muito perto deste local, na Rua Pedro Andrade de Caminha e num sítio onde na época da chuva a água fica retida, a Junta está neste momento a levantar o passeio, a colocar mais uma caixa de escoamento e a alterar o sentido do fluxo da água. A Câmara Municipal de Sintra irá depois alcatroar e dar uma pequena inclinação para ajudar a água a fluir para o local correto. Com esta obra ainda foi pos-sível acrescentar mais dois lugares de estacionamento nesta rua. Nas últimas semanas outros melhoramentos têm sido realizados na freguesia. No Parque Urbano Felício Loureiro, foram pintados 108 bancos de jardim e substituídas 160 ripas. Na rotunda, junto à entrada do parque, também já existe uma placa com

o nome da mesma: Dona Maria Isabel de Bragança - Rainha de Espanha e Infanta de Portugal. Em 2013, estão previstas mais três obras de requalificação de pas-seios a realizar pela Junta de Freguesia. Tudo sempre a pensar na melhoria da qualidade de vida dos queluzenses. Neste novo ano, a localidade será tam-bém o cenário de várias iniciativas cul-turais, dirigidas a todos os públicos. Por exemplo, no passado dia 4 de janeiro, a Unique, Associação de Ensino Sénior de Queluz, esteve na sede da Junta de Freguesia para “Cantar as Janeiras”, como for-ma de assinalar o Dia de Reis. Ainda na área da música, em 2013, a Junta vai continuar a organizar as “Tardes Dançantes” na sede dos Bombeiros Voluntários de Queluz. Reserve o último sábado de cada mês para “aba-nar o esqueleto” ao som dos artistas José Manuel (26 de janeiro), Domingos (23 de fevereiro), Carla

Carapeto (30 de março), Onda Nova (27 de abril), Bruno Ribeiro (25 de maio), Luís António (29 de ju-nho), Duo Latinos (27 de julho), Ricky Carreira (28 de se-tembro), Fátima Dias (26 de outu-bro) e Duo Musical (30 de novembro).

A entrada é livre. No dia 15 de Dezembro, foi inaugurada na sede da Junta de Freguesia de Queluz, uma galeria de foto-grafia sobre o tema “Antigos Presidentes da Junta de Queluz”. Nos últimos meses o Sr. Joaquim Alvares Campino, um an-tigo membro da Assembleia de Freguesia, realizou um trabalho de pesquisa para reunir infor-mação necessária para esta iniciativa, assim como contactar os familiares para que estivesse presentes neste dia, viú-vas, filhos e netos ficaram emocionados

ao verem as fotografias dos Presidentes, pois muitos já faleceram. Estas foto-grafias ficam expostas de forma per-manente e pretendem homenagear o trabalho desenvolvido pelos antigos presidentes da freguesia de Queluz.

Faleceu2/4/19353/1/2013

À Familia enlutada o

“O Corrreio da Linha”envia sentidascondolências

Diversas atividades culturais e arranjos viarios e paisagisticos

são o lema daJunta de Freguesia de Queluz,

mas apesar dos arranjos continuam os “abusos”

A História da Expansão Portuguesa foi pautada por batalhas épicas, pelo do-mínio dos oceanos pelas nossas naus e pela conquista de novos continentes, mas há sempre um reverso da medalha que fica por contar. A história dos nau-frágios e da luta contra o mar, um ad-versário intempestivo e imprevisível. Desde os primeiros séculos da naciona-lidade com os navios das esquadras de D. Fuas Roupinho (1180), da conquista de Faro (1249) e de Manuel Pessanha (1337), à esquadra de Pedro Álvares Cabral, em 1500; passando pelos sécu-los XVI e XVII, onde, graças ao aumen-to do comércio originado pela Carreia

da Índia, se deu não só a maioria como também as mais dramáticas tragédias marítimas portuguesas, com referência entre tantos outros, aos desastres das naus Águia e Garça, em 1559, ou dos navios da esquadra de D. Manuel de Meneses, em 1627, terminando nos dias de hoje, em 1991, com o naufrágio do pesqueiro Bolama. Uma recolha exaus-tiva de 60 naufrágios, provocados por acidentes, batalhas navais ou por falha humana, muitos deles ocorridos na trai-çoeira barra do Tejo, outros em locais por todo o mundo onde os portugueses andaram, destroços que continuam por descobrir e fascinam os caçadores de

tesouros que ainda sonham com as ri-quezas que as naus portuguesas trans-portavam.José António Rodrigues Pereira nas-ceu em Lisboa em 7 de Junho de 1948, entrou para a Escola Naval em 1 de Setembro de 1966, sendo promovido a capitão-de-mar-e-guerra em 27 de Julho de 1999. Autor de Grandes Batalhas Navais Portuguesas, publicado por A Esfera dos Livros.

A NOSSA ESCOLHA CULTURAL

O CORREIO DA LINHA | 25 Janeiro 2013 15

As lesões desportivas são comuns para os praticantes de actividades desportivas, sejam elas de ginásio ou de ar livre, agravadas pelo frio nos meses de inverno. Muitas destas lesões tor-nam-se dores crónicas e desconforto permanente, mesmo por vezes depois de inúmeras sessões de fisioterapia.A medicina chinesa possui respostas para a maioria destas situações. As lesões des-portivas representam em regra bloqueios energéticos, sejam devido a estagnação de sangue por ruptura dos tecidos em conse-quência de um trauma directo, ou devido a ruptura de tecidos por esforço, contusões, etc.Dentro do arsenal terapêutico que a medi-cina chinesa contém para tratamento das lesões desportivas, não é apenas a acu-puntura o método a que se pode recorrer. Também a massagem TuiNa, terapia manu-al específica que consiste na manipulação das zonas afectadas e actua ainda sobre os canais energéticos próximos da lesão, assim como alguns equipamentos que têm sido desenvolvidos pela investigação médica nesta área, contribuem para que se consi-gam, por vezes, respostas relativamente rá-pidas quando comparadas com os proces-sos fisiátricos convencionais.A técnica consiste em repor em circulação o fluxo energético no local do trauma, e por consequência também o sangue, estimulan-do a regeneração dos tecidos e reposição das funções músculo-esqueléticas.Para além das lesões extensas que atingem os tecidos musculares, as articulações são especialmente sujeitas a lesões por esforço ou simplesmente por desgaste. A partir dos trinta anos, decresce rapidamente a pro-dução de colagénio e de produção de gli-cosaminoglicanos (proteína que fixa água no tecido cartilaginoso, base da sua regene-ração). Aqui é essencial manter a fisiologia energética em bom funcionamento, a fim de potenciar a nutrição celular e evitar blo-queios.O efeito das terapias da medicina chinesa na recuperação das articulações é notável. Muitos estudos comprovam o benefício destas terapias na recuperação do funciona-mento articular e sobretudo na recuperação das articulações no período pós-operató-rio.Cabe ainda lembrar o conselho da sensatez: os esforços físicos devem ser progressivos e deve ter-se em atenção o estilo de vida e a alimentação de cada um, Muitas pesso-as com uma forma de vida sedentária não hesitam em lançar-se em grandes esforços físicos sem a devida preparação e sem te-rem em conta que a estrutura muscular e óssea requer tempo de adaptação. Também o consumo de álcool e o abuso de fast food (mesmo com aparência de alimentação sau-dável), e horas de sono perdidas sem que o corpo reponha os níveis de descanso neces-sários, representam obstáculos à prática de exercício físico de forma correcta, o que se vem a reflectir em lesões e traumas físicos. A adopção de um estilo de vida saudável passa por todos estes aspectos. Consulte o seu terapeuta de medicina chinesa que, devidamente habilitado, pode orientar as mudanças necessárias para que o exercício físico seja um prazer e não fonte de preo-cupações.

Terapeuta - Licenciado*

Cascais tem novoespaço gastronómicoSituado mesmo no centro de Cascais, na Avenida do Ultramar 7, nº 109, existe um novo espaço que traz o melhor da gastronomia italiana para o concelho, a Lambrettazzurra Pizzeria. Para começar, o chefe de cozinha Humberto Tadeu, reconhecido master espe-cializado na preparação de pizzas, explica como sur-giu a ideia de criar este restaurante: “Desde sempre que me interesso por pizza. Sou apaixonado por esse prato e até conto com um certificado da Associazione Verace Pizza Napoletana, uma instituição oficial que promove a verdadeira tradição da pizza de Nápoles por todo o mundo. Logo, quis desenvolver este ne-gócio para divulgar essa cozinha tradicional em Portugal, garantindo que quem vier à Pizzeria irá sempre degustar a genuína pizza napolitana”. Sendo assim, este prato é o rei do menu da Lambrettazzurra e tem sido muito bem recebido pelos cascalenses: “Acredito que o sucesso das nossas pizzas deve-se ao fato de serem um prato muito ligeiro, que não tem demasiados ingredientes, nem enche muito a barri-ga, para além de permitir uma calma degustação, e posterior identificação, de todos os sabores. Por outro lado, os nossos ingredientes são frescos e a maioria provém da Itália. Por exemplo, os queijos, salames e presuntos chegam desse país e são acompanhados pelos famosos tomates San Marzano, cultivados à volta do Vesúvio, e pelas tradicionais farinhas dos antigos moinhos da cidade de Nápoles”. No entan-to, como é óbvio, os sabores portugueses não estão fora do menu deste restaurante: “As pizzas também incluem bons ingredientes de Portugal, como os oré-gãos ou os manjericões… São produtos perfumados, frescos, primorosos e que dão um toque especial a cada refeição. Além disso, também tenho liberdade para usar outros alimentos tradicionais portugueses,

como o chouriço alentejano”. Aliás, os ingredientes do nosso país são os protagonistas de um prato saboro-so, original e perfeito para uma sobremesa de “pedir e chorar por mais”, a pizza doce: “Nessa pizza, utili-zamos muitos frutos de Portugal. É o caso do tomate-cereja, dos morangos, das framboesas, do mirtilo, do gengibre… É uma criação da minha autoria e que tem feito muito sucesso na Pizzeria. Inclusive há clientes que até já pedem a pizza doce como prato principal!”. O Lambrettazzurra serve ainda uma deliciosa pizza vegetariana, que inclui alimentos frescos, como berin-gela, courgette, cogumelos, coentros, hortelã e ceboli-nhos, para além de muitos outros produtos sempre à escolha do cliente. Os preços das pizzas variam entre os sete e os quinze euros. Contudo, os leitores que quiserem conhecer outras maravilhas da gastronomia italiana já podem reservar uma mesa. Além da ver-dadeira pizza napolitana, é possível degustar outros pratos tão conhecidos da Itália como o Spaghetti ou a Lasagne. As bebidas também têm raízes nesse país mediterrânico: “A Itália é igualmente uma região mui-tíssimo rica em vinhos e isso não podia ser de todo ignorado pela Pizzeria. Portanto, os nossos clientes podem acompanhar o prato principal com um copo de Chianti, de Montepulciano ou de Piedirosso. Há também genuínos licores italianos, como o Amaretto e o Limoncello”. A Pizzeria Lambrettazzurra tem servi-ço de take away e está aberta de segunda-feira a sába-do, das 11 às 23 horas, e aos domingos e feriados, das 13 às 21 horas. Para mais informações, basta ligar para o número de telefone +351 218 029 365 ou consultar o Facebook oficial da Pizzeria. “O Correio da Linha” deseja-lhe um Buon Appetito!

Papa recebe o TIOTive a enorme honra de ser convidado para participar no Encontro Europeu de Artistas no Vaticano e tive o supremo privilégio de ter recebido os cumprimentos pessoais de Sua Santidade o Papa Bento XVI no pas-sado dia 1 de Dezembro num encontro em audiência privada aos artistas da Europa e atribuo a este mo-mento da minha vida, uma ímpar elevação interior e espiritual revestida de uma carga emocional que ja-mais conseguirei transmitir por palavras.Com a humildade que deve caracterizar os Homens de bem, curvo-me perante a memória deste inesque-cível momento envolto numa áurea de Fé, Felicidade, Alegria e Vida.O peso e a carga de uma corrente de energia abso-lutamente divina, onde cada um dos cerca de 10.000 presentes são um pontífice (leia-se ponte entre Deus e o Homem), percorreu o meu corpo num imenso e demorado arrepio deixando uma marca de enorme qualidade no meu espírito.A imensidão Espiritual e Humana que é o Papa Bento XVI, mistura-se numa figura que merece todo o nosso respeito, admiração e carinho, sendo seguramente um exemplo a seguir.Este evento teve a particularidade de juntar artistas, sobretudo de circo, teatro e música mas mais do que isso, este momento tornou-me mais próximo de algu-ma coisa. Acredito que mais próximo da Vida estou e que tenho, agora, a responsabilidade maior de querer ser ainda melhor… para os outros!Estiveram reunidas as pessoas e as condições para po-der afirmar com convicção que ali, naquele dia, àquela

hora se deu um Milagre (leia-se coisa maravilhosa).Não posso deixar de render a minha singela mas mais do que justa homenagem ao Padre Delmar Barreiros que nos acompanhou nesta peregrinação como um Mestre e tal como o traço seguro de um Arquitecto, guiou-nos sabiamente pelo caminho da Verdade, da Luz e da Vida. E quando a mestria se aplica com subli-me excelência, os discípulos são para toda a vida.Obrigado a todos que me proporcionaram este enorme momento que só vivendo se entende na sua plenitude.

Humildemente,

Carlos d’ Almeida RibeiroDirector, actor e encenador

do Teatro independente de Oeiras

NóS e A MeDICINA ChINeSATraumatismos no desporto

Mário Lameiras*

25 Janeiro 2013 | O CORREIO DA LINHA 1�