Atendente e Auxiliar de Farmácia e Drogaria – Manual Profissionalizante

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Autores:LEONARDO DE SOUZA SILVAJÚLIA MARTINS ULHÔA

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  • ATENDENTE e AUXILIAR DE

    FARMCIA E DROGARIA

    Manual profissionalizante

    LEONARDO DE SOUZA SILVA

    JLIA MARTINS ULHA

    Molecular cursos e capacitao

    Goinia GO

    2015

  • Editora chefe

    LAURA ANDRADE DA SILVA SOUZA

    Conselho editorial

    CATARINA JOS DE LIMA SANTOS

    JOO PAULO RODRIGUES DE MORAIS

    LUCAS COUTINHO MOURA

    MARIA JOS DO NASCIMENTO

    Capa e figura da capa

    LEONARDO DE SOUZA SIVLA

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    (Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Souza Silva, Leonardo; Ulha, Jlia Martins

    Atendente e auxiliar de farmcia e drogaria - manual

    profissionalizante / Leonardo de Souza Silva e Jlia Martins

    Ulha Goinia: Molecular cursos e capacitao, 2015.

    Bibliografia.

    ISBN 978-85-69103-00-4

    1.farmcia 2.drogaria 3.atendimento 4.profissionalizao

    CDD 615

  • PALAVRAS DO AUTOR

    A rea farmacutica uma das que mais crescem e contribuem para o

    fortalecimento da economia brasileira. Os profissionais que no exercem o papel de

    responsvel tcnico, porm desempenham papel importante na farmcia e drogaria,

    precisam adquirir conhecimento tcnico, terico e cientfico.

    Situaes antiticas, polticas internas em drogarias e a banalizao do uso de

    medicamentos so quadros que necessitam de mudanas. importante que todos os

    profissionais da rea farmacutica aplique nos coraes a vontade de exercer um papel

    de educador em sade. Tendo essa motivao em primeiro lugar, estaremos como

    conseqncia, alcanando xito financeiro nas atividades farmacuticas.

    Esse manual foi criado com o intuito de capacit-lo e atender a demanda de

    mo-de-obra qualificada que o mercado exige. Lembre-se que diferencial um

    fundamento no mbito profissional!

    LEONARDO DE SOUZA SILVA

    Farmacutico com habilitao em Anlises

    Clnicas pela Universidade Federal de Mato

    Grosso (UFMT), Especialista em Farmacologia

    Clnica pela Universidade Federal de Gois

    (UFG) e Mestre em Imunologia e Parasitologia

    bsicas e aplicadas pela Universidade Federal

    de Mato Grosso (UFMT). Professor assistente

    pela Faculdade Cambury-Goinia.

    Informaes sobre a autora

    JLIA MARTINS ULHA

    Farmacutica generalista pela Universidade Federal de Gois. Especialista em

    Farmacologia Clnica e Interaes Medicamentosas pela Universidade Paulista-

    Goinia/GO. Atualmente Mestranda em Cincias Farmacuticas pela Universidade

    Federal de Gois.

  • Sumrio

    TICA E PRINCPIOS DO ATENDIMENTO EM FARMCIA E DROGARIA ...................... 6

    A TICA NO ATENDIMENTO .............................................................................................. 6

    PRINCPIOS DO ATENDIMENTO ........................................................................................ 7

    NOES DE LEGISLAO FARMACUTICA .................................................................... 11

    TARJAS E RTULOS ........................................................................................................... 11

    RECURSOS HUMANOS ....................................................................................................... 14

    COMERCIALIZAO E DISPENSAO DE PRODUTOS .............................................. 14

    NOES BSICAS DEANATOMIA HUMANA .................................................................... 17

    ESTUDOS DE SISTEMAS .................................................................................................... 17

    SISTEMA NERVOSO ........................................................................................................ 17

    SISTEMA ENDCRINO ................................................................................................... 17

    SISTEMA CARDIOVASCULAR ...................................................................................... 17

    SISTEMA RESPIRATRIO .............................................................................................. 18

    SISTEMA DIGESTRIO ................................................................................................... 18

    SISTEMA URINRIO ....................................................................................................... 18

    SISTEMA IMUNOLGICO e LINFTICO ..................................................................... 18

    SISTEMA REPRODUTOR ................................................................................................ 18

    SISTEMA MUSCULAR..................................................................................................... 19

    SISTEMA ESQUELTICO ................................................................................................ 19

    FARMACOLOGIA BSICA ..................................................................................................... 19

    TERMINOLOGIA FARMACOLGICA .............................................................................. 20

    FARMACOCINTICA .......................................................................................................... 21

    FARMACODINMICA ......................................................................................................... 21

  • ESTUDO DAS CLASSES DE MEDICAMENTOS ............................................................................ 22

    Medicamentos usados sobre o sistema cardiovascular ........................................................ 22

    Medicamentos usados sobre o sistema digestrio ............................................................... 25

    Medicamentos usados sobre o sistema respiratrio ............................................................ 27

    Medicamentos usados sobre o sistema nervoso .................................................................. 28

    Anti-inflamatrios ............................................................................................................... 29

    Antihistamnicos ou Antialrgicos ...................................................................................... 30

    Antimicrobianos ou antibacterianos (antibiticos) .......................................................... 30

    Antifngicos ........................................................................................................................ 31

    Antivirais ............................................................................................................................. 32

    Antiparasitrios ................................................................................................................... 32

    ORGANIZAO E FUNCIONAMENTO DE FARMCIA E DROGARIA .......................... 33

    LAYOUT ................................................................................................................................ 33

    CAIXA .................................................................................................................................... 35

    LIMPEZA ............................................................................................................................... 35

    DISPOSIO DOS MEDICAMENTOS E OTUROS PRODUTOS FARMACUTICOS .. 36

    RECEBIMENTO DE MEDICAMENTOS ............................................................................. 36

    FARMACOTCNICA ................................................................................................................ 38

    FORMA FARMACUTICA .................................................................................................. 38

    FORMAS FARMACUTICAS E VIAS DE ADMINISTRAO ....................................... 41

    FRMULA FARMACUTICA ............................................................................................. 42

    COMO ADMINISTRAR MEDICAMENTOS ....................................................................... 42

    DISPENSAO DE MEDICAMENTOS CONTROLADOS ................................................... 44

    BIBLIOGRAFIA UTILIZADA .................................................................................................. 49

  • 6

    TICA E PRINCPIOS DO ATENDIMENTO EM

    FARMCIA E DROGARIA

    O atendente/auxiliar de farmcia ou drogaria o elo entre a empresa e o

    consumidor. a linha de frente da empresa, ou seja, quem tem mais contato direto

    com os consumidores, podendo fideliz-los por um atendimento pautado em bons

    princpios e tica, ou no.

    Por isso, agir corretamente, respeitando os direitos de cada um, ser educado e prestativo

    uma forma de executar bem a funo de um cuidador de sade (que o atendente

    tambm o ), alm de ser bom financeiramente para a empresa, pois pode promover a

    fidelizao dos clientes.

    A TICA NO ATENDIMENTO

    Quando o cliente entra na farmcia ou drogaria, ele est querendo solucionar um

    problema, um desejo ou uma necessidade. Quanto mais o vendedor se empenhar em

    encontrar uma soluo para esses anseios do cliente, mais tico ele ser. Isto ,

    atualmente, o vendedor que prospera com tica no se interessa somente em vender

    (quanto mais melhor) empurrando mercadoria nos clientes, pensando somente no

    valor final daquela compra; o bom vendedor presta ajuda genuna para que o cliente

    encontre os produtos e servios certos para atender suas necessidades. Isso promove um

    clima de confiana e de relacionamento com o cliente sendo a venda uma consequncia

    do processo.

    Devemos orientar o paciente atravs da real funo dos medicamentos, sem fazer

    propagandas enganosas ou abusivas da boa f do usurio. A honestidade com o cliente

    importante para que se estabelea confiana entre vocs.

    O atendente deve estar atento e somente comercializar produtos que tm

    credibilidade no mercado e registro na ANVISA (Agncia Nacional de Vigilncia

  • 7

    Sanitria), o que atesta que o produto seguro e tem eficcia. No correto com o

    consumidor vender produtos que no tem o controle de qualidade exigido, uma vez que

    o produto pode at prejudicar a sade do mesmo.

    No caso de dvidas quanto prescrio mdica, importante entrar em contato com

    o profissional prescritor quando necessrio, para garantir a segurana e a eficcia do uso

    do medicamento, fundamentando-se no uso racional de medicamentos.

    Outra postura importante para o atendente manter o sigilo profissional. Por meio

    da receita podemos descobrir o diagnstico da doena do paciente. Como muitas

    doenas ainda so vistas com discriminao pela sociedade, o paciente pode se sentir

    constrangido. importante que ajamos com naturalidade e sejamos discretos para que a

    pessoa no se sinta pior. O mesmo deve ocorrer em inmeras outras situaes como a

    venda de contraceptivos, absorventes, preservativos e outros medicamentos que expe a

    vida pessoal e moral do consumidor. Respeitando essas situaes voc estar

    valorizando antes de tudo sua profisso.

    PRINCPIOS DO ATENDIMENTO

    importante que o atendente de farmcias e drogarias encare sua profisso com

    seriedade e profissionalismo. Sua funo de dupla responsabilidade por vender

    medicamentos, substncias que podem prejudicar a sade do consumidor se no forem

    comercializadas corretamente.

    Alm disso, o consumidor de produtos farmacuticos, na maioria das vezes

    obrigado a comprar; no compra por vaidade, prazer ou ambio, compra com a

    expectativa de ser curado de algum mal que o aflinge. Se estiver doente pode estar mais

    sensvel e se sentindo frgil merecendo uma ateno especial. Por isso, o ideal que os

    atendentes gostem e queiram bem s pessoas.

    O cliente espera que voc seja competente para orient-lo sobre o produto que est

    comprando, por isso, fundamental que voc tenha conhecimento sobre os produtos e

    saiba dar explicaes sobre seu uso, benefcios e caractersticas para que se estabelea

    uma relao de confiana e credibilidade. Assim, importante que voc sempre

    atualize e aprimore seus conhecimentos: conhecer produtos novos, distinguir a diferena

    entre tarjas, acompanhar as mudanas da legislao farmacutica.

  • 8

    Nesse trabalho de conquistar a confiana do cliente tambm de fundamental

    importncia proporcionar o que foi prometido com segurana e preciso. Por isso

    devemos falar dos efeitos reais que conhecemos do produto. Se prometermos algo irreal,

    com o uso, o cliente saber que foi enganado e poder perder a confiana em voc

    definitivamente. O relacionamento de vocs no termina no fechamento da venda,

    apenas inicia.

    O bom atendimento ao cliente fundamental para toda empresa que queira

    prosperar, uma vez que so os clientes que mantm as empresas. J parou para pensar

    nisso? Quem pagar seu salrio e despesas da empresa so seus clientes! Quanto mais

    clientes mais voc e a empresa podem crescer. O sucesso no varejo est em conquistar e

    manter os clientes todos os dias.

    O cliente o foco; quando bem tratado se senti bem atendido e volta outras vezes,

    alm de indicar o servio de que gostou, atraindo mais clientes.

    Para isso necessrio no s atender a necessidade imediata do cliente, mas estar

    sempre disponvel quando solicitado para orient-lo e inform-lo no que for possvel,

    conquistando assim sua simpatia.

    Para estabelecer um dilogo claro e direto, para que voc e o cliente se

    entendam, faz-se necessrio uma boa comunicao pautada no saber falar, saber calar e

    saber ouvir.

    Na farmcia e drogaria o bom relacionamento com os clientes, alm de trazer

    retorno para a empresa, pode trazer para o atendente desenvolvimento profissional e

    social, por meio do aprimoramento tcnico e das relaes interpessoais.

    Devemos ficar atentos com nossa comunicao no-verbal, o tom de voz que

    usamos, a expresso facial, aparncia e postura. Usar palavras adequadas como por

    favor, posso ajud-lo, grato. Quando nos atentamos a esses fatores podemos evitar que

    os clientes se irritem.

    Quando o cliente fica nervoso por qualquer que seja o motivo, o atendente deve

    usar o bom senso e atend-lo o mais prontamente possvel. Manter a calma e ser gentil

    mesmo em momentos adversos so princpios importantes de serem seguidos, at

    mesmo para se desvencilhar de um cliente que gosta de ateno e quer ficar

    conversando no balco. Caso isso ocorra e o cliente esteja atrapalhando seu trabalho,

    pea com educao para que ele espere at que voc atenda os outros clientes.

  • 9

    Mantenha a pacincia e coloque o cliente em primeiro lugar, afinal seu trabalho

    gira todo em torno dele e para ele.

    Normalmente, a primeira pessoa que o cliente entra em contato nesses

    estabelecimentos o atendente, s vezes, a nica pessoa. Assim, alm de se atender

    bem, importante que o atendente esteja com uma boa apresentao pessoal: usar

    uniforme limpo e de cor clara; atentar para o aspecto das mos e unhas, no s pela

    esttica, mas principalmente pela higiene que se deve ter ao manusear medicamentos.

    As mos dos atendentes esto no foco de ateno dos clientes todo tempo, portanto,

    cuide delas!

    H alguns princpios que facilitam a venda e o bom atendimento. Normalmente

    esperamos do atendente cortesia, exclusividade, comprometimento, competncia,

    soluo rpida e integridade.

    Ser corts fazer com que o cliente se sinta bem-vindo e respeitado. Atitudes

    como sorrir, agradecer, pedir educadamente (por favor); dar preferncia para atender

    idosos, gestantes e deficientes; referir-se ao cliente como senhor/senhora; ser gentil com

    todos; acompanhar o cliente at o setor desejado; eliminar frases negativas, como pois

    no; despedir do cliente, fazem com que o cliente se sinta bem e goste do atendimento,

    ficando mais aberto para o que voc e a empresa tem para dizer e oferecer.

    Quando oferecemos exclusividade aos clientes, demonstrando ateno e cuidado

    individual, ele tende a querer retribuir comprando o que voc oferece. As pessoas

    gostam de serem tratadas com exclusividade, por isso, chame-as pelo nome; seja

    prestativo; busque superar as expectativas do cliente; olhe-o nos olhos e mantenha-se

    atento e interessado ao que ele diz e expressa, buscando prestar um atendimento

    humanizado; se chegar outro cliente pea que ele espere at que voc termine de atender

    o primeiro; aps o atendimento pergunte ao cliente se ele ficou satisfeito sempre que

    possvel.

    O comprometimento com o cliente diz respeito vontade genuna de querer

    auxili-lo. Para isso deve-se sempre fornecer o que foi prometido com exatido. Essa

    atitude transmite confiana e respeito profissional. Se voc est comprometido, as

    pessoas acreditam que podem contar com voc. Alm de fazer diferena em sua vida,

    seu comprometimento pode causar mudanas positivas na vida de outras pessoas. Por

    isso, resolva o problema do cliente mesmo que no seja sua responsabilidade; auxilie

    tanto os clientes quanto os colegas de trabalho; tenha iniciativa de sugerir melhorias e

  • 10

    colocar ideias em aes; atenda os clientes com entusiasmo e vontade de ajud-los;

    quando tiver que passar o cliente de um setor para outro, sempre explique antes pra

    pessoa do setor seguinte o problema do cliente.

    A competncia se reflete no conhecimento demonstrado e na habilidade em

    transmitir confiana e credibilidade, o que possibilita a realizao de vendas adicionais.

    Devemos ser capaz de atender o cliente em qualquer solicitao ou, se precisar, saber

    com quem obter ajuda. Em seu tempo livre leia catlogos, manuais, bulas, revistas da

    rea; use a linguagem do cliente; demonstre a ele que voc tem domnio sobre o que

    est falando, transmitindo-lhe segurana e confiana; seja pr-ativo oferecendo aos

    clientes alternativas para a soluo de seus problemas.

    Os clientes esperam solues rpidas. Por isso devemos ter disposio para

    ajudar de imediato, aproveitando o impulso da compra. A competncia operacional da

    empresa e do atendente determinada pela velocidade do atendimento. Demonstre ao

    cliente que o tempo dele valioso tambm para voc; para resolver o problema, oua o

    que ele est dizendo com ateno, sem interromp-lo com concluses precipitadas;

    envolva o cliente na soluo do problema; diga ao cliente o motivo da demora se ele

    tiver que aguardar; se a soluo depender de outras pessoas, certifique-se que elas daro

    retorno ao cliente assumindo a responsabilidade.

    A integridade baseada na honestidade, tica e sinceridade, o que deixa claro

    para os clientes que eles podem contar com voc, criando assim condies para fideliz-

    los. Voc deixa claro para as pessoas que elas podem confiar em voc. No esconda

    informaes vitais para os clientes; s prometa o que poder ser cumprido; no fale mal

    de sua empresa ou colegas de trabalho, principalmente na frente de clientes; seja leal s

    pessoas; d explicaes honestas e abertamente; se errar assuma, no fique arrumando

    justificativas.

  • 11

    NOES DE LEGISLAO FARMACUTICA

    Existem algumas Leis que as farmcias e drogarias devem cumprir para estarem

    regularizadas. Citarei aqui algumas delas para que voc tenha conhecimento. Falaremos

    tambm dos tipos de tarjas que tem nos medicamentos e os diferentes tipos de receita.

    TARJAS E RTULOS

    Os rtulos das embalagens dos medicamentos podem apresentar:

    Tarja vermelha simples - Medicamentos, produtos dietticos e correlatos que s

    podem ser vendidos sob prescrio mdica devem apresentar no rtulo de sua

    embalagem uma tarja vermelha em toda a sua extenso, do tero mdio do rtulo e

    com largura no inferior a um tero da largura total, contendo os dizeres: VENDA

    SOB PRESCRIO MDICA.

    Tarja vermelha controlada - Medicamentos sujeitos a controle especial, que s

    podem ser comercializados sob prescrio mdica, devem ter no rtulo de sua

    embalagem uma tarja vermelha em toda a sua extenso contendo os dizeres:

    VENDA SOB PRESCRIO MDICA COM RETENO DE RECEITA.

    Tarja preta - Medicamentos que contenham substncias entorpecentes, ou que

    determinem dependncia fsica ou psquica; deve ter no rtulo de sua embalagem

    uma tarja preta em toda a sua extenso com os dizeres: VENDA SOB

    PRESCRIO MDICA. O ABUSO DESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR

    DEPENDNCIA.

    Tarja amarela - A tarja amarela, destinada a medicamentos genricos, deve

    apresentar os seguintes dizeres: MEDICAMENTO GENRICO DE ACORDO

    COM A LEI 9787/99, alm de uma grande letra G para facilitar sua identificao.

  • 12

    Nenhuma tarja Para medicamentos que no apresentam as restries acima.

    Medicamentos Manipulados:

    O rtulo de medicamento manipulado deve apresentar:

    1. Nome do paciente e do mdico prescritor.

    2. Nmero de registro, data de manipulao e validade.

    3. Frmula discriminada com os nomes dos frmacos ativos segundo a D.C.B. com

    respectivas dosagens.

    4. Quantidade da unidade posolgica solicitada.

    5. Posologia, a maneira de tomar o produto.

    6. Nome, endereo, CGC e farmacutico responsvel pela farmcia.

    7. Apresentao especfica do produto como, soluo, loo, cpsulas creme,

    pomada, entre outros.

    H casos em que necessrio colocar informaes complementares, como: Agite

    Antes de Usar ou Conserve em Geladeira; Mantenha ao abrigo da luz, calor e

    umidade; Mantenha fora do alcance de crianas; no faa uso concomitante de

    outro medicamento sem a orientao mdica; no desaparecendo os sintomas ou

    ocorrendo reaes colaterais, informe o seu mdico.

    A Portaria n. 344 de 12 de maio de 1998 aprova o Regulamento Tcnico

    sobre substncias e medicamentos sujeitos a controle especial.

    Os medicamentos e substncias sujeitos a controle especial precisam de uma

    notificao de receita ou receiturio de controle especial para serem

    dispensados. Esse documento padronizado notifica que o medicamento foi prescrito

    e por meio dele que se pode controlar o comrcio dessas substncias no pas. A

    notificao de receita ser retida pela farmcia ou drogaria e tem validade de 30

    dias, s podendo ser aviada dentro desse prazo, contado da data prescrita pelo

    profissional habilitado.

    A cada trs meses devem ser realizados balanos relatando as entradas, sadas e

    perdas de cada uma dessas substncias. Alm do relatrio trimestral, deve-se

    apresentar tambm o relatrio anual. Falaremos mais dessa portaria no captulo

    referente dispensao de controlados.

    A Resoluo da Diretoria Colegiada (RDC) n 44, de 17 de agosto de 2009

    uma das principais legislaes farmacuticas. Esta resoluo estabelece os

  • 13

    critrios e condies mnimas para o cumprimento das Boas Prticas

    Farmacuticas para o controle sanitrio do funcionamento, da dispensao e da

    comercializao de produtos e da prestao de servios farmacuticos em

    farmcias e drogarias.

    Para fins desta Resoluo, entende-se por Boas Prticas Farmacuticas o conjunto

    de tcnicas e medidas que visam assegurar a manuteno da qualidade e segurana

    dos produtos disponibilizados e dos servios prestados em farmcias e drogarias,

    com o fim de contribuir para uso racional desses produtos e a melhoria da qualidade

    de vida dos usurios.

    Alguns dos critrios e condies mais importantes citarei aqui, a RDC na ntegra

    pode ser encontrada na internet no site da ANVISA:

    O estabelecimento deve manter a Licena ou Alvar Sanitrio e a Certido

    de Regularidade Tcnica afixados em local visvel ao pblico.

    As farmcias e as drogarias devem ter, obrigatoriamente, a assistncia de

    farmacutico responsvel tcnico ou de seu substituto, durante todo o horrio

    de funcionamento do estabelecimento.

    Os materiais de limpeza e germicidas em estoque devem estar regularizados

    junto Anvisa e serem armazenados em rea ou local especificamente

    designado e identificado.

    O sanitrio deve dispor de toalha de uso individual e descartvel, sabonete

    lquido, lixeira com pedal e tampa. O local deve permanecer em boas

    condies de higiene e limpeza.

    O ambiente destinado aos servios farmacuticos dispor de toalha de uso

    individual e descartvel, sabonete lquido, gel bactericida e lixeira com pedal

    e tampa.

    O conjunto de materiais para primeiros-socorros deve estar identificado e de

    fcil acesso nesse ambiente.

    O procedimento de limpeza do espao para a prestao de servios

    farmacuticos deve ser registrado e realizado diariamente no incio e ao

    trmino do horrio de funcionamento. Aps a prestao de cada servio deve

    ser verificada a necessidade de realizar novo procedimento de limpeza.

  • 14

    RECURSOS HUMANOS

    Os funcionrios devem permanecer identificados e com uniformes limpos e

    em boas condies de uso.

    O uniforme ou a identificao usada pelo farmacutico deve distingui-lo dos

    demais funcionrios de modo a facilitar sua identificao pelos usurios da

    farmcia ou drogaria.

    Para assegurar a proteo do funcionrio, do usurio e do produto contra

    contaminao ou danos sade, os funcionrios envolvidos na prestao de

    servios farmacuticos devem usar equipamentos de proteo individual

    (EPIs).

    Os tcnicos auxiliares devem realizar as atividades que no so privativas de

    farmacutico respeitando os Procedimentos Operacionais Padro (POPs) do

    estabelecimento e o limite de atribuies e competncias estabelecidas pela

    legislao vigente, sob superviso do farmacutico responsvel tcnico ou

    do farmacutico substituto.

    Todos os funcionrios devem ser capacitados quanto ao cumprimento da

    legislao sanitria vigente e aplicvel s farmcias e drogarias, bem como

    dos Procedimentos Operacionais Padro (POPs) do estabelecimento.

    Deve ser fornecido treinamento inicial e contnuo quanto ao uso e descarte

    de EPIs, de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resduos de Servios

    de Sade PGRSS, conforme legislao especfica.

    Nos treinamentos, os funcionrios devem ser instrudos sobre procedimentos

    a serem adotados em caso de acidente e episdios envolvendo riscos sade

    dos funcionrios ou dos usurios das farmcias e drogarias.

    COMERCIALIZAO E DISPENSAO DE PRODUTOS

    Somente podem ser adquiridos produtos regularizados junto Anvisa,

    conforme legislao vigente.

    O nome, o nmero do lote e o fabricante dos produtos adquiridos devem

    estar discriminados na nota fiscal de compra e serem conferidos no momento

    do recebimento.

  • 15

    No momento do recebimento dever ser verificado o bom estado de

    conservao, a legibilidade do nmero de lote e prazo de validade a fim

    de evitar a exposio dos usurios a produtos falsificados, corrompidos,

    adulterados, alterados ou imprprios para o uso.

    Caso haja suspeita de que os produtos sujeitos s normas de vigilncia

    sanitria tenham sido falsificados, corrompidos, adulterados, alterados ou

    imprprios para o uso, estes devem ser imediatamente separados dos demais

    produtos, em ambiente seguro e diverso da rea de dispensao, devendo

    a sua identificao indicar claramente que no se destinam ao uso ou

    comercializao.

    O ambiente destinado ao armazenamento deve ser mantido limpo,

    protegido da ao direta da luz solar, umidade e calor, de modo a preservar a

    identidade e integridade qumica, fsica e microbiolgica, garantindo a

    qualidade e segurana dos mesmos.

    Para aqueles produtos que exigem armazenamento em temperatura abaixo da

    temperatura ambiente, deve a temperatura do local ser medida e registrada

    diariamente.

    Os produtos devem ser armazenados em gavetas, prateleiras ou suporte

    equivalente, afastados do piso, parede e teto, a fim de permitir sua fcil

    limpeza e inspeo.

    O estabelecimento que realizar dispensao de medicamentos sujeitos a

    controle especial deve dispor de sistema segregado (armrio resistente ou

    sala prpria) com chave para o seu armazenamento, sob a guarda do

    farmacutico.

    A poltica da empresa em relao aos produtos com o prazo de validade

    prximo ao vencimento deve estar clara a todos os funcionrios e descrita no

    Manual de Boas Prticas Farmacuticas do estabelecimento.

    Os medicamentos devero permanecer em rea de circulao restrita aos

    funcionrios, no sendo permitida sua exposio direta ao alcance dos

    usurios do estabelecimento, a no ser os medicamentos isentos de

    prescrio relacionados pela ANVISA que podero permanecer ao alcance

    dos usurios para obteno por meio de auto-servio no estabelecimento.

  • 16

    Os medicamentos sujeitos prescrio somente podem ser dispensados

    mediante apresentao da respectiva receita.

    O prescritor deve ser contatado para esclarecer eventuais problemas ou

    dvidas detectadas no momento da avaliao da receita.

    No podem ser dispensados medicamentos cujas receitas estiverem ilegveis

    ou que possam induzir a erro ou confuso.

    No momento da dispensao dos medicamentos deve ser feita a inspeo

    visual para verificar, no mnimo, a identificao do medicamento, o prazo de

    validade e a integridade da embalagem.

    O usurio deve ser alertado quando for dispensado produto com prazo de

    validade prximo ao seu vencimento.

    vedado dispensar medicamentos cuja posologia para o tratamento no

    possa ser concluda no prazo de validade.

  • 17

    NOES BSICAS DEANATOMIA HUMANA

    Iniciaremos nesse tpico o estudo de anatomia e fisiologia humana. O objetivo que

    voc adquira conhecimento e panorama geral sobre os sistemas que o organismo

    humano possui, bem como os respectivos funcionamentos desses sistemas.

    ESTUDOS DE SISTEMAS

    SISTEMA NERVOSO

    Funo: controlar e coordenar as funes de todos os sistemas e rgos do corpo

    humano. constitudo por Encfalo, medula espinhal e nervos. Sua unidade

    funcional celular so os neurnios e as clulas da glia.

    SISTEMA ENDCRINO

    Funo: regula as atividades do corpo produzindo e liberando, atravs de

    glndulas, substncias mediadoras dessas atividades: os hormnios. Dentre as

    glndulas que constituem esse sistema existem a hipfise, tireoide, paratireoide,

    pncreas, adrenais e as gnadas (testculos e ovrios dependendo do sexo).

    SISTEMA CARDIOVASCULAR

    Funes:

    - Distribuir nutrientes e oxignio para as clulas do corpo.

    - Transportar CO2, vindo das clulas, que ser eliminado atravs dos pulmes.

    - Coletar excrees metablicas e celulares.

    - Entregar excrees nos rgos excretores, como os rins.

    - Transportar hormnios.

    - Desempenhar um papel importante no sistema imunolgico na defesa contra

    infeces.

    O corao, sangue e vasos sanguneas so os componentes do sistema

    cardiovascular.

  • 18

    SISTEMA RESPIRATRIO

    Funo: propicia a troca de gases atravs da captao de oxignio (O2) e

    eliminao de dixido de carbono (CO2). Nesse sistema observamos a presena

    de cavidade nasal, faringe, laringe, traqueia, brnquios, pulmes, bronquolos e

    alvolos. A troca gasosa feita a nvel de alvolos.

    SISTEMA DIGESTRIO

    Funo: metabolizar alimentos ingeridos, absoro de nutrientes provenientes da

    digesto alimentar e eliminao de resduos provenientes do metabolismo.

    Aqui esto presentes a cavidade bucal, lngua, dentes, faringe, esfago,

    estmago, intestino delgado, intestino grosso, fgado e pncreas.

    SISTEMA URINRIO

    Funo: formao e eliminao da urina.

    As estruturas que formam o sistema urinrio so os rins, ureteres, bexiga e

    uretra.

    SISTEMA IMUNOLGICO e LINFTICO

    Funo:

    - remoo dos fluidos em excesso dos tecidos corporais;

    - absoro dos cidos graxos e transporte subsequente da gordura para o sistema

    circulatrio;

    - produo de clulas imunes (como linfcitos, moncitos e clulas produtoras

    de anticorpos conhecidas como plasmcitos).

    SISTEMA REPRODUTOR

    Funo: produo de hormnios e clulas gamticas.

  • 19

    SISTEMA MUSCULAR

    Funo: principal funo propiciar movimentos ao corpo e tambm funes

    secundrias como motilidade e funcionamento de rgos.

    Existem 3 tipos de msculos quanto ao tipo da fibra muscular: msculo estriado

    esqueltico (que formam os msculos esquelticos), msculo estriado cardaco

    (presente no corao) e msculo liso (presente em vsceras e vasos sanguneos).

    SISTEMA ESQUELTICO

    Funo: esse sistema d suporte a tecidos adjacentes, tecidos moles e protege

    rgos vitais. Auxilia tambm no movimento ao fornecer insero dos msculos

    esquelticos. Promove a produo de clulas sanguneas e fornece rea de

    armazenamento para sais minerais. Ao todo um indivduo adulto possui 206

    ossos em mdia.

    FARMACOLOGIA BSICA

    Por definio, farmacologia a cincia que estuda as interaes e

    transformaes que certas substncias qumicas realizam no organismo. Essas

    substncias qumicas so chamadas de frmacos ou drogas e a administrao delas no

    corpo busca a obteno de um efeito teraputico. A histria dessa cincia inicia-se desde

    a antiguidade quando o homem primitivo dispunha do uso de plantas medicinais como

    tecnologia teraputica. J na era moderna tivemos o avano dessa rea com

    pesquisadores e cientistas renomados.

    Especificamente, em torno de 1880, um qumico alemo chamado Flix

    Hoffmann tido como o cientista que isolou um composto a partir da casca do salgueiro

  • 20

    (Salix Alba). Esse composto era a salicilina. Submetendo a salicilina a reaes qumicas

    ele conseguiu produzir o to conhecido cido acetilsaliclico. Veja que a farmacologia

    se desenvolveu a partir dos estudos com produtos naturais, de origem vegetal, animal e

    at mineral. Por exemplo, o carbonato de clcio utilizado para tratamento de

    osteoporose um sal obtido de ostras. O bicarbonato de sdio, presente em alguns

    medicamentos usados para tratar azia e m digesto, um sal de origem mineral.

    O estudo da farmacologia divido em duas partes: farmacocintica e

    farmacodinmica. Antes de estudar essas etapas, vale a pena entendermos o a

    definio de alguns termos em farmacologia.

    TERMINOLOGIA FARMACOLGICA

    Frmaco: (do grego pharmakn) substncia qumica conhecida e de estrutura

    qumica estabelecida capaz de desencadear um efeito farmacolgico.

    Droga: qualquer substncia qumica que altere os processo fisiolgicos ou

    bioqumicos e estados patolgicos do organismo.

    Medicamento: produto tecnicamente elaborado ou obtido, com finalidade

    curativa, paliativa, preventiva (profiltica) e diagnstica. Ele constitudo por

    princpio ativo e excipientes/veculos.

    Princpio ativo: a substncia quimicamente ativa, presente na composio do

    medicamento, que ter como finalidade a ao esperado do medicamento.

    Excipientes ou veculos: so substncias presentes no medicamento que

    completam sua massa ou volume. Os excipientes so substncias slidas e os

    veculos so substncias lquidas. Na formulao medicamentosa podem atuar

    como aglutinante, desintegrante, conservante, aromatizantes, flavorizantes, etc.

  • 21

    FARMACOCINTICA

    O estudo da farmacocintica leva em conta o trajeto que o frmaco realiza no

    organismo humano. Aqui o objetivo entender como o frmaco transporta-se pelo

    corpo desde sua entrada at sua eliminao.

    A farmacocintica est estruturada em 4 etapas:

    - ABSORO: trajeto que o frmaco realiza aps ter sido colocado em contato

    com o organismo. O destino final da absoro a corrente sangunea, aps ter

    atravessado as membranas biolgicas.

    - DISTRIBUIO: caminho que o frmaco faz, estando na corrente sangunea, em

    direo s clulas, tecidos e rgos-alvo.

    - METABOLISMO ou BIOTRANSFORMAO: conjunto de reaes qumicas

    efetuadas no fgado por meio de um sistema enzimtico (CYP 450). Em termos gerais o

    metabolismo age de maneira a transformar a presente molcula e/ou estrutura qumica

    do frmaco em outra estrutura qumica.

    - ELIMINAO: processo de retirada do frmaco do organismo, aps ter sido

    metabolizado. A eliminao realizada por meio da urina, fezes, suor, lgrimas, saliva

    e leite.

    FARMACODINMICA

    A farmacodinmica a outra parte da farmacologia. Nela estudamos como um

    frmaco realiza seu efeito. Nessa etapa estudaremos mecanismo de ao, receptores

    biolgicos e efeitos que os frmacos realizam no corpo.

  • 22

    ESTUDO DAS CLASSES DE MEDICAMENTOS

    Aps aprendizado bsico, porm fundamental sobre farmacologia humana,

    estudaremos algumas classes de medicamentos. Essa parte contempla os diferentes tipos

    de medicamentos existentes e seus principais usos. A justificativa desse estudo

    habilitar voc, futuro ou estabelecido profissional da rea farmacutica, a entender e

    saber diferenciar os principais medicamentos, e assim prestar uma orientao de

    excelncia ao usurio de medicamentos.

    Vamos dividir esse tpico de acordo com o sistema que se aplica cada classe. Ou

    seja, veremos os medicamentos que atuam sobre o sistema cardiovascular, digestrio,

    respiratrio e sistema nervoso. Depois veremos por efeito principal como: os

    antialrgicos, anti-inflamatrios, antimicrobianos (conhecidos como antibiticos),

    antifngicos, antivirais e antiparasitrios (anti-helmntico e anti-protozorio).

    Medicamentos usados sobre o sistema cardiovascular

    Entre os medicamentos a serem listados, suas aes sero sobre o corao, vasos

    sanguneos e sangue. Lembre-se que muito desses medicamentos de uso

    cardiovascular so usados em doenas crnicas, e assim o paciente ter que

    utiliz-los por toda a vida. Portanto a adeso desse paciente ao medicamento

    associado a eficcia e segurana do tratamento alcanam o sucesso do

    tratamento.

    - Glicosdeos digitlicos: so chamados de cardiotnicos, pois sua ao sobre o

    msculo cardaco. Esses medicamentos aumentam a contratilidade do corao.

    Exemplos:

    * Deslanosdeo

    * Digoxina

    *Metildigoxina

  • 23

    - Medicamentos inotrpicos: possuem a mesma ao dos digitlicos. Contudo o

    mdico prescreve esses medicamentos ao paciente que no tiveram resposta com

    o uso de digitlicos.

    * Dobutamina

    * Dopamina

    * Ibopamina

    * Milrinona

    - Antiarrtmicos: utilizados nos quadro de arritmias. Atua controlando a

    frequncia do estmulo cardaco.

    * Quinidina

    * Propranolol

    * Amiodarona

    * Procainamida

    - Antihipertensivos: atuam sobre o corao ou vasos sanguneos com o objetivo

    de normalizar a presso arterial. Dentre os tipos de antihipertensivos existe

    classes: diurticos, simpatolticos, vasodilatadores, bloqueadores dos canais de

    clcio, inibidores de enzima conversora de angiotensina, antagonistas do

    receptor de angiotensina 2.

    Diurticos: agem principalmente sobre a funo renal providenciando o

    aumento da diurese.

    * Hidroclorotiazida

    * Clortalidona

    * Furosemida

    * Amilorida

    * Espironolactona

  • 24

    Simpatolticos: esse nome dado para essa classe devido ao tipo de ao que

    eles realizam. Simpatoltico significa alguma substncia capaz de atuar sobre o

    sistema nervoso autnomo.

    * Metildopa

    * Clonidina

    * Propranolol

    * Metoprolol

    * Prazosina

    * Carvedilol

    Vasodilatadores: atuam sobre os vasos sanguneos diminuindo a constrio

    vascular.

    * Hidralazina

    * Nitroprussiato

    Bloqueadores dos canais de clcio:

    * Verapamil

    * Diltiazem

    * Nifedipina

    * Anlodipina

    Inibidores de enzima conversora de angiotensina (IECA):

    * Captopril

    * Enalapril

    * Lisinopril

    * Ramipril

    Antagonistas do receptor de angiotensina 2 (ARA 2):

    * Losartana

    * Candesartana

    * Irbesartana

    * Valsartana

  • 25

    - Vasodilatadores coronarianos: atuam sobre as coronrias (vasos sanguneos

    que irrigam o corao). Esses medicamentos so usados na preveno de crises

    anginosas ou infartos.

    * Isossorbida

    * Propatilnitrato

    * Pindolol

    - Anticoagulantes: atuam sobre o processo de coagulao do sangue, sendo

    usados como preveno de tromboses.

    * Heparina

    * Varfarina

    * cido Acetilsaliclico

    Medicamentos usados sobre o sistema digestrio

    - Anticidos: neutralizam o cido clordrico produzido no estmago.

    * Hidrxido de alumnio

    * Hidrxido de magnsio

    * Bicarbonato de sdio

    Esses princpios ativos podem estar associados entre si. Em algumas frmulas

    possvel encontramos um antifistico associado (dimeticona ou simeticona).

    - Antiulcerosos: muito utilizados em tratamento de gastrites e lceras gstrica ou

    duodenais.

    Antagonistas dos receptores H2

    * Cimetidina

    * Ranitidina

    * Famotidina

  • 26

    Inibidores da bomba de prtons

    * Omeprazol

    * Lansoprazol

    * Pantoprazol

    - Antiemticos: usados para inibir o reflexo do vmito e para tratamento de

    refluxo gastroesofgico.

    * Bromoprida

    * Metoclopramida

    * Domperidona

    - Antifisticos: modificam a tenso superficial de bolhas de ar contidas no trato

    gastrintestinal. Exemplos: Dimeticona / Simeticona

    - Antiespasmdicos ou espasmolticos: reduzem o tnus e a motilidade visceral,

    melhorando o quadro de clicas.

    * Atropina

    * Escopolamina

    * Homatropina

    - Laxantes:

    * Bisacodil

    * Docusato de sdio

    * Cscara Sagrada fitoterpico

    * Sene fitoterpico

  • 27

    - Antidiarricos:

    * Loperamida

    * Racecadotrila

    Medicamentos usados sobre o sistema respiratrio

    - Descongestionantes nasais: produz vasoconstrio na mucosa nasal

    * nafazolina

    * cloreto de sdio

    * oximetazolina

    - Antitussgenos: inibem ou suprimem o reflexo de tosse.

    * Clobutinol

    * Dextrometorfano

    * Dropropizina

    * Levodropropizina

    - Expectorante e mucolticos: favorecem a eliminao de secreo e muco;

    fluidifica o muco possibilitando melhor eliminao.

    * Iodeto de potssio

    * Guafenesina

    * Acetilcistena

    * Carbocistena

    * Bromexina

    * Ambroxol

    - Broncodilatadores: agem sobre a musculatura lisa dos bronquolos.

    * Efedrina

    * Epinefrina

    * Aminofilina

    * Bamifilina

    * Teofilina

    * Terbutalina

  • 28

    * Brometo de ipratrprio

    * Salbutamol

    * Fenoterol

    Medicamentos usados sobre o sistema nervoso

    - Anestsicos: agem inibindo o impulso nervoso.

    * Tiopental

    * Propofol

    * Cetamina

    * Lidocana

    - Sedativos: depresso do sistema nervoso central causando sonolncia, sono,

    inconscincia, coma.

    * Diazepam

    * Clonazepam

    * Midazolam

    * Bromazepam

    * Cloxazolam

    * Nitrazepam

    * Alprazolam

    - Antidepressivos:

    * Amitriptilina

    * Clomipramina

    * Imipramina

    * Nortriptilina

    * Fluoxetina

    * Sertralina

  • 29

    - Antieplticos:

    * Carbamazepina

    * Fenitona

    * Valproato / cido valprico

    * Fenobarbital

    - Antiparkinsonianos

    * Amantadina

    * Biperideno

    * Levodopa

    Anti-inflamatrios

    - Analgsicos: Paracetamol, Dipirona sdica, cido Acetilsaliclico.

    - No esteroides:

    * Diclofenaco sdico

    * Diclofenaco potssico

    * Etodolaco

    * Cetorolaco

    * Nimesulida

    * Ibuprofeno

    * Naproxeno

    * Cetoprofeno

    * Piroxicam

    * Meloxicam

    * Tenoxicam

  • 30

    - Esteroidais (Glicocorticides ou Corticosterides)

    * Dexametasona

    * Betametasona

    * Prednisolona

    * Fluticasona

    * Budesonida

    * Mometasona

    Antihistamnicos ou Antialrgicos

    * Dexclorfeniramina

    * Clemastina

    * Cetirizina

    * Loratadina

    * Desloratadina

    Antimicrobianos ou antibacterianos (antibiticos)

    - Penicilinas

    * Amoxicilina

    * Ampicilina

    * Benzilpenicilina benzatina

    * Fenoximetilpenicilina

    - Cefalosporina

    1 gerao: Cefadroxila, Cefalotina

    2 gerao: Cefaclor e Cefuroxima

    3 gerao: Cefotaxima, Ceftriaxona

    4 gerao: Cefepima

  • 31

    - Aminoglicosdeos: Amicacina, Gentamicina, Neomicina

    - Anfenicis: Cloranfenicol

    - Lincosamidas: Clindamicina, Lincomicina

    - Macroldeos: eritromicina, azitromicina, roxitromicina

    - Tetraciclinas: oxitetraciclina, doxiciclina

    - Rifampicinas: rifamicina

    - Sulfas: Sulfametoxazol, sulfadiazina

    - Quinolonas: ciprofloxacino, Norfloxacino

    Antifngicos

    Amplamente utilizados para tratamento de micoses dermatolgicos, superficiais

    e sistmicas, como pitirase versicolor (pano branco), candidase oral,

    dermatofitose (freiras), tinea corporis (impinge) entre outras:

    * Cetoconazol,

    * Miconazol,

    * Clotrimazol,

    * Terbinafina,

    * Fluconazol,

    * Itraconazol,

    * Ciclopirox Olamina,

    * Tioconazol,

    * Nistatina.

  • 32

    Antivirais

    So medicamentos utilizados na profilaxia (preveno) ou tratamento de doenas

    causados por vrus.

    * Aciclovir,

    * Estavudina,

    * Lamivudina,

    * Penciclovir,

    * Zidovudina,

    * Saquinavir,

    * Ganciclovir.

    Antiparasitrios

    - Antiprotozorios;

    * Benznidazol, Metronidazol, Furazolidona, Cloroquina, Pirimetamina,

    Tinidazol, Secnidazol

    - Anti-helmnticos

    * Mebendazol, Albendazol, Praziquantel, Tiabendazol, Levamisol, Pamoato de

    pirvneo.

    Quero lembr-lo, caro leitor e estudante, de que listamos apenas algumas classes

    medicamentosas, pois existem mais de 1000 princpios ativos disponibilizados

    comercialmente no Brasil. O motivo principal familiariz-lo com certos tipos de

    nomes. Vale a pena voc fazer um exerccio muito importante que associar o nome da

    substncia ativa sua respectiva especialidade farmacutica. Para isso necessrio voc

    dispor de um guia de remdios ou dicionrio de especialidades farmacuticas.

  • 33

    ORGANIZAO E FUNCIONAMENTO DE FARMCIA E

    DROGARIA

    A farmcia deve estar localizada em local apropriado, ser bem ventilada e

    iluminada, sem umidade. Deve ter um bom espao para a circulao das pessoas e estar

    sempre limpa e em bom estado de conservao (pisos e paredes com bom aspecto). A

    limpeza previne o aparecimento de insetos, ratos e outros animais, alm de ficar mais

    acolhedora para o cliente. As pessoas querem se sentir bem e confortveis nos

    ambientes.

    O aspecto geral da farmcia no que diz respeito sua organizao e arrumao

    (disposio de mobilirio e produtos, melhor aproveitamento dos espaos) recebe o

    nome de Layout.

    LAYOUT

    O cuidado com o Layout de uma empresa visa principalmente promover o

    conforto aos clientes e agilidade nas compras, podendo ser usado como estratgia

    eficiente para alavancar vendas.

    As gndolas no podem ser uma "barreira" aos clientes, impedindo sua passagem e

    desestimulando as compras. A passagem entre elas deve ser fluida e organizada.

    Para estabelecer o padro de layout ideal preciso conhecer o fluxo dos clientes

    (forma como eles se movimentam pelas gndolas e os locais mais visitados por eles).

    Os itens mais procurados e cobiados devero estar mais distantes da entrada, fazendo

    com que o cliente percorra toda a loja visualizando outros produtos que possam lhe

    interessar. O mesmo vale para a balana de pesagem, que deve ser posicionada

    centralmente na loja.

    Observe o fluxo dos corredores e inicie a exposio com itens mais lucrativos,

    deixando para o final os que so geradores de fluxo para a seo. Os lanamentos

    devem ficar em local de destaque isto indica ao consumidor que a loja se preocupa em

    atend-lo, dinmica e atualizada.

  • 34

    O produto deve estar disposto de forma adequada e atrativa, que respeite a

    hierarquia de valores do mesmo, aliado a uma boa iluminao e organizao.

    comprovado que produtos bem iluminados vendem mais.

    Deve-se ter cuidado com a poluio visual, portanto o excesso de displays de

    fornecedores deve ser evitado, assim como excesso de produtos numa mesma prateleira

    e adesivos, caixas...

    Produtos literalmente na porta tendem a no ter uma boa venda, pois em geral

    no so percebidos pelos clientes. necessrio disponibilizar um espao para que o

    cliente entre e perceba o ambiente, esse espao chamado de Zona de Descompresso.

    O preo do produto deve ser encontrado com facilidade. Isso pode ser

    determinante para venda no se concretizar. muito chato ter que perguntar para

    um vendedor o preo de tudo!

    Nunca deixe faltar produtos nas prateleiras. Isso far voc perder vendas. Verificao

    constante!

    O ideal dispor os produtos verticalmente e arranjados de forma sequencial:

    Colocar os produtos iguais, um acima do outro;

    Produtos para mesma finalidade, de marcas diferentes, em sequencia.

    Obs.: Assim, agrupam-se categorias relacionadas, aquelas que se complementam

    ou se substituem, para oferecer uma soluo ao cliente.

    Produtos de tamanhos ou embalagens diferentes:

    quanto menor, mais acima deve ficar.

    quanto maior as vendas, mais frentes o produto deve ter na gndola.

    produtos sazonais devem ter mais frentes (valorizar a exposio).

    Faixa de ouro: a faixa na altura dos olhos onde o cliente faz pouco esforo

    para ver e pegar o produto - tende a vender mais.

    Os produtos de maior valor agregado e maior margem devero ser posicionados

    na altura dos olhos e nas prateleiras superiores, para aumentar a chance de

    compra. Por sua vez, os produtos de maior giro e menor margem devero ficar

    nas prateleiras inferiores, conforme mostrado na figura abaixo:

  • 35

    Excelentes pontos de vendas:

    pontas de gndolas ou cabeceiras de gndola;

    ilhas promocionais.

    Obs.: Os produtos expostos nestas reas so melhores visualizados e geralmente

    incentivam a compra por impulso, mesmo que no estejam com grandes

    descontos.

    CAIXA

    O check-out (caixa) deve ser posicionado na frente da loja e expor alguns

    produtos de baixo valor.

    Explorar a rea dos caixas com: balas especiais base de mel ou hortel, gomas

    de mascar branqueadoras, preservativos, lminas de barbear, pastilhas para

    garganta, manteiga de cacau.

    O momento de cio do cliente precisa ser bem trabalhado para minimizar a

    sensao de espera e gerar vendas.

    LIMPEZA

    A limpeza, alm de demonstrar aspecto de organizao, uma norma de

    segurana, que deve ser rigorosamente seguida;

    Produtos sujos e parecendo velhos geralmente so deixados de lado pelos

    clientes at seu prazo de validade vencer;

    Estes produtos acabam obrigando o lojista a fazer promoes para minimizar o

    prejuzo.

    Controle dos prazos de validade: credibilidade e confiana do cliente.

  • 36

    DISPOSIO DOS MEDICAMENTOS E OTUROS PRODUTOS

    FARMACUTICOS

    Os medicamentos devem ser dispostos em estantes e armazenados sobre

    estrados, evitando que umedeam e fiquem diretamente em contato com o piso o que

    pode facilitar alguma contaminao.

    Os medicamentos injetveis devem ser separados dos de administrao por via

    oral e dos de uso tpico. A seguir, classific-los por ordem alfabtica da esquerda para a

    direita.

    Dispor os medicamentos de acordo com a validade, isto , os que vencem

    primeiro devem ser dispostos na frente, para que sejam dispensados em primeiro lugar.

    Ao recebimento de nova remessa de medicamentos sempre verificar a validade dos

    mesmos com relao aos que esto nas prateleiras.

    A geladeira para armazenar medicamentos termolbeis deve ser utilizada

    exclusivamente com essa finalidade, nunca para guardar alimentos e bebidas. Deve-se

    mant-la limpa e arrumada; controlar e anotar a temperatura (com termmetro de

    mxima e mnima) pelo menos duas vezes ao dia. Abrir a geladeira o mnimo possvel;

    ATENO: Quando armazenar insulina na geladeira no a deixar na prateleira prxima

    ao congelador, pois poder congelar, perdendo a atividade. A insulina pode ser

    armazenada fora da geladeira.

    RECEBIMENTO DE MEDICAMENTOS

    Conferir com o pedido original, a descrio da nota fiscal e os volumes

    efetivamente entregues. Preferencialmente, abrir os volumes na rea de recebimento,

    ainda na presena do fornecedor ou transportadora.

    Realizam-se nessa etapa duas atividades fundamentais de conferncia do

    medicamento solicitado com o recebido, que envolve a checagem de especificaes

    administrativas:

    Documentao fiscal - os medicamentos s devero ser recebidos

    acompanhados de documentao fiscal (nota fiscal);

  • 37

    Quantidade - a quantidade recebida deve estar em conformidade com a

    quantidade solicitada.

    Especificaes tcnicas:

    Especificaes dos produtos - os medicamentos devem ser entregues em

    conformidade com a solicitao: forma farmacutica, concentrao,

    apresentao e condies de conservao e inviolabilidade.

    Registro sanitrio do produto - os medicamentos recebidos devem apresentar

    nas embalagens o nmero do registro no MS. Os medicamentos s podem ser

    comercializados se estiverem registrados no Ministrio da Sade.

    Embalagem - os medicamentos devero estar nas embalagens originais,

    devidamente identificadas e sem apresentar sinais de violao, aderncia ao

    produto, umidade e inadequao em relao ao contedo.

    Nmero do lote - combinao distinta de nmeros e/ou letras que identifica

    determinado lote em seu rtulo, registros e certificados de anlises. O nmero do

    lote do medicamento recebido dever ser o mesmo constante na Nota Fiscal.

    Validade - data limite de vida til do medicamento expressa na embalagem e

    produto. Deve ser compatvel com o perodo mdio de estocagem do produto.

    Os medicamentos termolbeis, isto , os que podem sofrer alteraes por ao de

    temperatura, devem ter prioridade na conferncia e no armazenamento. Toda nota que

    contenha medicamento controlado deve ser tirada uma cpia e armazenada. Todas as

    notas do ms devem ser encaminhadas para o contador ou setor financeiro da empresa.

    A no conformidade (discordncia) entre o discriminado no documento enviado em

    relao aos produtos entregues/recebidos deve ser registrada em formulrio prprio,

    anexado ao documento original e encaminhando para providncias.

    Anotaes e observaes devem ser feitas parte do documento original, que no

    pode ser rasurado. Em caso de avaria, os representantes ou fornecedores devem ser

    contatados imediatamente, ou num prazo no superior a 48h. A contagem fsica dos

    medicamentos dever ser efetuada, no mnimo, mensalmente, e qualquer diferena entre

    o saldo em estoque e o saldo na ficha de controle dever ser imediatamente pesquisada e

    esclarecida.

  • 38

    FARMACOTCNICA

    FORMA FARMACUTICA

    Forma farmacutica a forma fsica de apresentao do medicamento que contm uma

    dose determinada e permite sua administrao ao paciente.

    Existem diferentes formas de apresentao dos medicamentos, como veremos a seguir:

    SLIDOS

    Ps: So formas farmacuticas provenientes de drogas vegetais ou animais,

    assim como substncias qumicas submetidas a um grau de diviso suficiente

    para lhes assegurar homogeneidade e lhes facilitar a extrao ou administrao

    dos princpios ativos.

    A pulverizao pode ser manual ou com o emprego de equipamentos

    apropriados. Existem ps simples, constitudos por um tipo de substncia, e os

    ps compostos, resultantes da mistura de dois ou mais ps simples, todos com a

    mesma tenuidade, a fim de obter uma mistura homognea.

    Grnulos - So como os ps, porm aglutinados.

    Cpsulas - As cpsulas so receptculos obtidos por moldagem, em geral

    utilizados para ingesto de frmacos em doses pr-estabelecidas. O envlucro da

    cpsula oferece relativa proteo dos agentes externos, facilita a administrao

    e,devido sua alta solubilidade e digestibilidade no organismo, libera

    rapidamente o frmaco de seu interior.

    H dois tipos de cpsulas:

    a) amilceas: constitudas de amido de trigo e/ou farinha de trigo foram as primeiras

    cpsulas introduzidas na teraputica e esto em desuso atualmente;

    b) gelatinosas: constitudas de gelatina. Estas podem, ainda, ser de consistncia dura ou

    gelatinosa que, ao contrrio das cpsulas duras, pode acondicionar solues oleosas,

    suspenses e emulses.

  • 39

    Comprimidos - So os ps prensados por uma mquina apropriada.

    Drgeas - So comprimidos com revestimento especial.

    LQUIDOS

    Solues - So misturas de duas ou mais substncias homogneas. As solues

    farmacuticas so sempre lquidas e obtidas a partir da dissoluo de um slido

    ou lquido em outro lquido.

    Xaropes - So formas farmacuticas aquosas, contendo cerca de dois teros de

    seu peso em sacarose ou outros acares.

    Suspenses - Suspenses so formas farmacuticas de sistema heterogneo, cuja

    fase externa ou dispersante lquida e a fase interna ou dispersa constituda de

    substncias slidas insolveis no meio utilizado. As suspenses devem ser

    agitadas antes do uso.

    Emulses - emulso resultado da mistura de substncias oleosas e aquosas

    com a ajuda de tensoativos (ex: cremes e loes). So sistemas dispersos

    constitudos de duas fases lquidas imiscveis (oleosa e aquosa), cuja fase

    dispersa ou interna finamente dividida e distribuda em outra fase contnua ou

    externa. Temos emulses do tipo leo em gua (O/A: fase externa aquosa) e

    gua em leo (A/O: fase externa oleosa).

    As emulses podem ser pastosas ou lquidas, como as loes, destinadas ao uso

    externo ou interno, devendo ser sempre agitadas antes do uso.

  • 40

    SEMI-SLIDOS

    GIS - So preparaes farmacuticas constitudas por uma disperso

    bicoerente de fase slida (polmero) em fase lquida. Gis hidroflicos so

    preparaes obtidas pela incorporao de agentes gelificantes gua, glicerol ou

    propilenoglicol. Dependendo do tipo e concentrao do gelificante, temos gis

    para diversos usos como: lubrificantes de catter e instrumentos cirrgicos, em

    oftalmologia, como base dermatolgica, etc.

    PASTAS - Pastas so pomadas contendo grande quantidade de slidos em

    disperso. Em geral contm mais de 20% de ps finamente pulverizados na

    formulao. Apresentam consistncia macia e firme, so pouco gordurosas e tm

    grande poder de absoro de gua ou de exsudados.

  • 41

    FORMAS FARMACUTICAS E VIAS DE ADMINISTRAO

    As formas farmacuticas foram desenvolvidas para facilitar a administrao de

    medicamentos a pacientes de faixas etrias diferentes ou em condies especiais, e para

    permitir seu melhor aproveitamento. Para uma criana, por exemplo, melhor engolir

    gotas em um pouco de gua do que um comprimido.

    Alm disso, a forma farmacutica se relaciona via de administrao que vai ser

    utilizada, isto , a porta de entrada do medicamento no corpo da pessoa, que pode ser,

    por via oral, retal, intravenosa, tpica, vaginal, nasal, entre outras.

    Cada via de administrao indicada para uma situao especfica, e apresenta

    vantagens e desvantagens. Sabemos, por exemplo, que uma injeo sempre incmoda

    e muitas vezes dolorosa. No entanto, seu efeito mais rpido. No quadro abaixo esto

    relacionadas as vias de administrao e as principais formas farmacuticas existentes:

    Via de Administrao Via Farmacuticas

    Via oral

    Comprimido, cpsula, pastilhas, drgeas,

    ps para reconstituio, gotas, xarope,

    soluo oral, suspenso

    Via sublingual Comprimidos sublinguais

    Via parenteral (injetvel) Solues e suspenses injetveis

    Via cutnea (pele) Solues tpicas, pomadas, cremes, loo,

    gel, adesivos

    Via nasal Spray e gotas nasais

    Via oftlmica (olhos) Colrios, pomadas oftlmicas

    Via auricular (ouvidos) Gotas auriculares ou otolgicas, pomadas

    auriculares

    Via pulmonar Aerosol (bombinha)

    Via vagina Comprimidos vaginais, cremes, pomadas,

    vulos

    Via retal Supositrios, enemas

  • 42

    FRMULA FARMACUTICA

    a relao de todos os componentes de um determinado medicamento. Uma frmula,

    em geral, deve constituir-se de princpio ativo e veculo ou excipiente. O princpio ativo

    o agente medicamentoso mais importante de uma frmula, o responsvel pelo efeito

    farmacolgico.

    Um exemplo de frmula farmacutica

    Pasta Dgua

    xido de zinco ......................... 25,0 g

    Talco ...................................... 25,0 g

    Glicerina ................................. 25,0 g

    gua destilada ......................... 25,0 ml

    Conservante .............................. 0,1 g

    COMO ADMINISTRAR MEDICAMENTOS

    Como vimos, os medicamentos podem ser administrados atravs de diferentes

    vias de administrao. Muitos medicamentos so fabricados com diferentes doses,

    tamanhos, e formas: por exemplo, a forma de apresentao do paracetamol pode ser em

    supositrios de 2 tamanhos (e doses), em comprimidos de 500 mg, de 750mg e em

    soluo oral 200mg/ml. preciso ter o cuidado de verificar sempre a forma de

    apresentao do medicamento e dar s a quantidade (dose) que recomendada.

    Como medir medicamentos na forma lquida

    Utilizar sempre instrumentos padres para medida como seringas ou copo-medida. Uma

    vez que so desenvolvidas e disponveis junto do medicamento adquirido, tem a

    importncia de realizar uma aferio de volume correta.

  • 43

    Como administrar medicamentos a crianas pequenas

    Cuidado: necessrio garantir que a criana esteja com a cabea reta ou levemente

    inclinada para frente ao administrar algum medicamento, para evitar que ela engasgue.

    Nunca administrar os medicamentos quando a criana est deitada de costas, nem com a

    cabea inclinada para trs. Quando a criana est a dormir, tendo um ataque ou

    inconsciente no se deve administrar medicamento por via oral, isso vale para todas as

    idades.

    Geralmente, nas crianas, a quantidade de medicamento a administrar (dose)

    recomendada em dose/kg de peso da criana. Quando no se sabe o peso, a quantidade a

    administrar (dose) pode ser estimada pela idade da criana. S se deve utilizar a idade

    da criana quando no se conhece o seu peso. Nas crianas sempre mais seguro pesar

    para calcular a dose.

  • 44

    DISPENSAO DE MEDICAMENTOS CONTROLADOS

    A portaria n344 regulamenta tambm a venda dos medicamentos/substncias

    controladas. Para serem dispensadas, a receita deve vir acompanhada de uma

    notificao de receita que so elas:

    Notificao de Receita "A" (COR AMARELA)

    Listas A1 e A2 Substncias Entorpecentes;

    Lista A3 Substncias Psicotrpicas.

    Notificao de Receita "B" (COR AZUL)

    Lista B1 Substncias Psicotrpicas;

    Lista B2 Substncias Psicotrpicas e Anorexgenas.

    Notificao de Receita Especial (COR BRANCA)

    Lista C2 Substncias Retinicas.

  • 45

    Receita de Controle Especial em duas vias (COR BRANCA)

    Lista C1 Outras substncias sujeitas a controle especial;

    Lista C5 Substncias Anabolizantes.

    As Notificaes de Receita devero conter todos os itens devidamente impressos e

    apresentando as seguintes caractersticas:

    Sigla da Unidade da Federao (GO), impresso pela grfica.

    Identificao numrica, fornecida pela Autoridade Sanitria competente.

  • 46

    Identificao do emitente: nome do profissional e nmero de inscrio no

    Conselho Regional; ou nome da instituio, endereo completo e telefone.

    Identificao do paciente: nome e endereo completos. No caso de uso

    veterinrio, nome e endereo completo do proprietrio e identificao do animal.

    Medicamento ou substncia: prescrito sob a forma de Denominao Comum

    Brasileira (DCB).

    Quantidade e forma farmacutica: quantidade necessria constando a

    dosagem ou concentrao por unidade posolgica e forma farmacutica.

    Posologia: quantidade que o paciente ir utilizar por dia ou hora.

    Data de emisso.

    Assinatura do emitente: Quando os dados do profissional estiverem

    devidamente impressos no campo do emitente, este poder apenas assinar a

    Notificao de Receita. No caso do campo do emitente apresentar os dados de

    uma Instituio, o profissional dever identificar a assinatura mediante carimbo

    prprio, contendo o nmero de inscrio no CRM, ou manualmente de forma

    legvel.

    Os campos exclusivos do fornecedor (Drogaria) que devem ser preenchidos

    so:

    Identificao do comprador: nome completo, nmero do documento de

    identificao, endereo completo e telefone do mesmo.

    Identificao completa do fornecedor: nome e endereo completo, nome do

    responsvel pela dispensao e data do atendimento.

    Identificao do registro: anotao da quantidade aviada e lote do(s)

    medicamentos(s) no verso.

    - A quantidade mxima por receita, por perodo de tratamento, abrangncia, assim

    como o nome das substncias que integram cada lista, encontram-se no quadro

    abaixo para consulta.

    - Acima das quantidades prescritas pela Portaria SVS/MS n 344/98, o prescritor

    deve preencher uma justificativa, datar, assinar e entregar, juntamente com a

    Notificao de Receita, ao paciente para a aquisio do medicamento em farmcia

    ou drogaria.

  • 47

    A cada trs meses devem ser realizados balanos relatando as entradas, sadas e

    perdas de cada uma dessas substncias. Alm do relatrio trimestral, deve-se

    apresentar tambm o relatrio anual. Assim de extrema importncia que as

    notificaes sejam armazenadas e com todos os dados preenchidos, pois possveis

    divergncias dos movimentos com os relatrios podem prejudicar o responsvel

    tcnico e at a farmcia/drogaria.

  • 48

  • 49

    BIBLIOGRAFIA UTILIZADA

    DESTRUTI, A.B.C.B. Interaes medicamentosas. McGraw Hill: Rio de Janeiro, 1995.

    4 ed. 57p.

    DESTRUTI, A.B.C.B; ARONE, E.M.; PHILIPPI, M.L.S. Introduo a farmacologia.

    Senac: So Paulo, 200. 9ed. 112p.

    HARDMAN, J.G.; LIMBIRD, L.E. Goodman & Gilman: As Bases Farmacolgicas da

    Teraputica. McGraw Hill: Rio de Janeiro, 2005. 10 ed. 1615p.

    KATZUNG, B.G. Farmacologia Bsica e Clnica. Guanabara-Koogan, 10 ed. 2007.

    MINISTRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Auxiliar de farmcia. Apostila de

    qualificao profissional. Catalisa: So Paulo, 2006. 437p.

    MURRAY, P.R.; ROSENTHAL, K.S.; KOBAYASHI, G.S.; PFALLER, M.A.

    Microbiologia Mdica. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2000. 3 ed.

  • 50