Aterosclerose e dislipidemias

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Aspectos Gerais Lípides relevantes:

Fosfolípides: membrana celular

Triglicérides: armazenamento energético

Ácidos graxos saturados e insaturados

Colesterol: precursor de hormônios esteróides

sais biliares

Vit. D

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Aspectos Gerais Lipoproteínas: permitem a solubilização e transporte

dos lípides.

4 grandes classes:

VLDL: ricas em triglicérides

LDL: ricas em colesterol de baixa densidade

HDL: ricas em colesterol de alta densidade

IDL: intermediarias

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Aterogenese Aterosclerose:

Doença inflamatória crônica de origem multifatorial que ocorre em resposta a agressão endotelial, acometendo principalmente a camada intima de artérias de grande e médio calibre.

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Tabagismo HAS Lipoproteínas Aterogênicas

Agressão endotelial Disfunção endotelial

Aumento permeabilidade LPP

Retenção abaixo endotélioOxidação

LP imunogênica

Adesão leucocitária

Migração subendotélioCaptação LDL

Células espumosas

Reação inflamatória

Migração + prolif. Células musc. lisas

Capa fibrosaPLACA

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Classificação das dislipidemias Classificação de Frederickson

Tipo: I, IIa, IIb; III, IV, V

Primárias:

Hipercolesterolemia familiar (Tipo II)

Homozigótica:

Elevação acentuada (600 -1000mg/dl) do colesterol sérico com aumento correspondente do LDL-C

Heterozigótica:

Elevação do colesterol sérico (300 – 500mg/dl) e da fração LDL, existindo em um dos pais ou em parente do 1 grau.

TG e VLDL normais em 90% dos casos.

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Classificação das dislipidemias Primárias

Hiperlipidemia familiar combinada (IIa, IIB, IV, V)

Aumento LDL e VLDL com HDL baixo

Disbetalipoproteinemia familiar (III)

Aumento de colesterol e TG

Aterosclerose é mais comum nas artérias periféricas.

Hipercolesterolemia Poligênica (III)

Elevação do LDL com aterosclerose prematura

Hipertrigliceridemia familiar (IV)

Elevação VLDL e TG com LDL normal

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Classificação das dislipidemias Secundárias:

Diabetes mellitus descontrolado

Hipotireoidismo

Síndrome nefrótica

Glicogenoses hepáticas

Hepatopatias obstrutivas

Hipercolesterolemia de aporte (dietética)

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Classificação das dislipidemias Hipercolesterolemia de Aporte

Isolada:

LDL-C > 160

HDL-C baixo

HDL-C < 40 em homens

HDL-C < 50 em mulheres

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Classificação das dislipidemias Hiperlipidemia mista

Hipertrigliceridemia Isolada Triglicérides > 150mg/dl

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Estratificação de risco Fase 1:

Presença de doença aterosclerótica significativa ou de seus equivalentes:

Doença arterial coronariana atual ou prévia

Doença arterial cerebrovascular

Doença aneurismática ou estenótica da aorta abdominal ou seus ramos

Doença arterial periférica

Doença arterial carotídea

Diabetes Mellitus tipo 1 ou 2

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Estratificação de risco Fase 2: Escore de risco:

Escore de risco de Framingham

Risco baixo: < 10% risco de infarto ou morte por doença coronária em 10 anos

Risco Intermediário: 10 a 20% risco de infarto ou morte por doença coronária em 10 anos

Alto risco: >20% risco de infarto ou morte por doença coronária em 10 anos

Síndrome metabólica:

Fator agravante em qualquer categoria

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Estratificação de risco

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Estratificação de risco

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Estratificação de risco

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Estratificação de risco Fase 3: Fatores Agravantes

História familiar de doença coronária prematura

Síndrome metabólica

Micro ou macroalbuminúria

IRC (Cr > 1,5 ou Clearence Creatinina < 60 ml/min)

PCR alta sensibilidade > 3mg/ml

Evidencia de doença aterosclerótica subclínica:

Escore cálcio coronariano >100

Espessamento de carótida máximo >1mm

Índice tornozelo braquial < 0,9

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Estratificação de risco Fase 4:

Metas terapêuticas e reavaliação de risco:

Medidas terapêuticas iniciais e período de reavaliaçãoEstrato Medida Inicial Reavaliação

Baixo risco MEV 6 meses

Riscointermediário

MEV 3 meses

Alto risco MEV + Tratamento farmacológico

3 meses

Aterosclerose manifesta

MEV + TratamentoFarmacológico

Individualizada

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Fase 4:

Metas para terapêutica preventiva com hipolipemiantes

Risco em 10 anos Meta terapêutica (mg/dl)

LDL –C Não LDL-C

Baixo < 10% < 160 < 190

Intermediário 10 a 20% < 130 < 160

Alto ou DM > 20% < 100 < 130Opcional < 70 < 100

Aterosclerose > 20%significativa

< 70 < 100

HDL-C TG

Homens ≥ 40 < 150

Mulheres ≥ 50 < 150

Diabéticos ≥ 50 < 150

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Tratamento não medicamentoso das dislipidemias Medidas dietéticas :

Reduzir a ingestão de alimentos de origem animal

Leite integral e derivados

Vísceras

Embutidos e frios

Pele de aves e frutos do mar

Reduzir a ingestão de ácidos graxos saturados

Polpa e leite de coco

Óleo de dendê

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Tratamento não medicamentoso das dislipidemias Ácidos graxos trans

Devem ser evitados: HDL-C

Ácidos graxos insaturados: TG plasmáticos

Fibras: diminuem absorção do colesterol

Fitosteróis: competem com a absorção do colesterol

Proteínas da soja: diminuem o LDL-C

Antioxidantes: impedem a oxidação

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Tratamento não medicamentoso das dislipidemias Terapia Nutricional das hipertrigliceridemias:

Reduzir a ingestão de gordura total da dieta

Reduzir ingesta de carbohidratos e álcool.

Atividade Física:

Deve ser incentivada

Diminui níveis plasmáticos de TG

Aumenta níveis de HDL-C

Cessação do Tabagismo

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Tratamento Medicamentoso Estatinas ou inibidores da HMG-CoA redutase:

Reduzem de 15 a 55% o LDL-C

Duplicação da dose aumenta a redução em 6%

Reduzem TG de 7 a 28%

Aumentam HDL-C de 2 a 10%

Monitorizar níveis de CK

Efeitos colaterais:

Miosite, Hepatite e rabdomiólise

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Tratamento Medicamentoso Doses das estatinas

Fármaco Doses ∆ LDL-C

Sinvastatina 20 - 80 mg -27 a 42%

Lovastatina 10 – 80mg -21 a 41%

Pravastatina 20 – 40mg -20 a 33%

Fluvastatina 20 - 80 mg -15 a 37%

Atorvastatina 10 – 80 mg -37 a 55%

Rosuvastatina 10 – 40mg -43 a 55%

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Tratamento Medicamentoso Ezetimiba:

Inibe a absorção do colesterol, inibindo a ação da enzima que transporta o colesterol

Resinas de troca:

Reduzem a absorção intestinal dos sais biliares

Colestiramina: doses de 4 a 24g/dia

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Tratamento Medicamentoso Atuam predominantemente nos TG

Fibratos:

Aumentam a produção e a ação da lipase lipoproteica.

Reduzem os níveis de TG de 30 a 60%

Aumentam o HDL-C de 7 a 11%

Fármaco Dose mg/dia

∆ HDL-C ∆ TG

Bezafibrato 400 – 600 + 5 a 30% - 15 a 35%

Ciprofibrato 100 + 5 a 30% - 15 a 45%

Etofibrato 500 + 5 a 30% - 10 a 30%

Fenofibrato 250 + 5 a 30% - 10 a 30%

Genfibrozil 600 - 1200 + 5 a 30% - 20 a 60%

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Tratamento Medicamentoso Usar com cautela:

Portadores de doença biliar

Uso concomitante de anticoagulante oral

Função renal diminuida

Associação com estatinas

Evitar

Nunca associar Genfibrozila e estatinas

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Tratamento Medicamentoso Ácido Nicotínico:

Reduz a ação da lipase tecidual nos adipócitos, levando a menor liberação de ácidos graxos livres para a corrente sangüínea.

Reduz o LDL-C em 5 a 25%

Aumenta o HDL-C em 15 a 35%

Dose inicial de 500mg com incrementos a cada 4 semanas até atingir 1 a 2g/dia

Rubor facial e hepatotoxicidade são principais efeitos colaterais

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Tratamento Medicamentoso Ácidos Graxos Ômega 3

Derivados de óleo de peixe

Reduzem a síntese hepática de TG

Doses diárias de 4 a 10g/dia