Atitude de Professor de Matemática gera polêmica

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Grupo: Isabela do Nascimento Nogueira P00742 Manchete do jornal, edição de Sexta-feira,18/02: Esse é a página do caderno de uma das alunas, de 14 anos O assunto na manhã desta sexta-feira movimentou a escola. A conduta de um professor da Escola Estadual João Octávio dos Santos, no Morro São Bento, que escolheu temas sobre tráfico de drogas, homicídio e até prostituição para ensinar os estudantes do 1º ano do Ensino Médio, provoca polêmica. O caso foi relatado em matéria do repórter Eduardo Velozo Fuccia, em A Tribuna. Na manhã desta sexta-feira, o assunto no morro girava em torno da atitude do professor. Inclusive, em uma banca em frente à escola uma só pessoa comprou todos os jornais. Ainda nesta manhã, houve reunião de pais e mestres e o assunto não foi abordado. Os que questionavam foram levados para um canto, e a situação era explicada. O CASO O episódio ocorreu na Escola Estadual João Octávio dos Santos, no Morro do São Bento, em Santos. Identificado apenas pelo prenome de Lívio, o professor será intimado pela Polícia Civil para, inicialmente, prestar esclarecimentos. A pretexto de analisar o nível de aprendizado dos alunos no primeiro dia de aula deste ano letivo, o professor de Matemática elaborou a polêmica avaliação, que resultou em seu afastamento.

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Grupo: Isabela do Nascimento Nogueira P00742

Manchete do jornal, edição de Sexta-feira,18/02:

Esse é a página do caderno de uma das alunas, de 14 anos

O assunto na manhã desta sexta-feira movimentou a escola. A conduta de um professor da Escola Estadual João Octávio dos Santos, no Morro São Bento, que escolheu temas sobre tráfico de drogas, homicídio e até prostituição para ensinar os estudantes do 1º ano do Ensino Médio, provoca polêmica. O caso foi relatado em matéria do repórter Eduardo Velozo Fuccia, em A Tribuna. Na manhã desta sexta-feira, o assunto no morro girava em torno da atitude do professor. Inclusive, em uma banca em frente à escola uma só pessoa comprou todos os jornais.Ainda nesta manhã, houve reunião de pais e mestres e o assunto não foi abordado. Os que questionavam foram levados para um canto, e a situação era explicada.

O CASO

O episódio ocorreu na Escola Estadual João Octávio dos Santos, no Morro do São Bento, em Santos. Identificado apenas pelo prenome de Lívio, o professor será intimado pela Polícia Civil para, inicialmente, prestar esclarecimentos. A pretexto de analisar o nível de aprendizado dos alunos no primeiro dia de aula deste ano letivo, o professor de Matemática elaborou a polêmica avaliação, que resultou em seu afastamento.Escritos na lousa como problemas, os casos exigiam conhecimentos aritméticos para serem resolvidos. Mas, implícita e explicitamente, sugeriam indiretamente que “o crime compensa”, relatou na quinta-feira, indignada, a mãe de uma aluna de 14 anos.Na manhã desta sexta-feira, o portal de A Tribuna recebeu vários depoimentos, entre eles o de uma estudante do 3º ano, o que mostra que a prática do professor já ocorria havia algum tempo.“Sou aluna do 3º ano noturno e tive aula com o professor Lívio. Ao passar a avaliação diagnóstica, em primeiro momento, toda a sala estranhou os temas. Alguns alunos questionaram a atividade que abordava como temas prostituição, tráfico de drogas e violência. É deplorável ter um professor que usa temas tão baixos para ensinar, e ainda por cima ensinar isso em

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uma escola de um bairro carente. Tenho como certeza que em uma escola a beira mar para a classe alta os temas seriam honestos”.Uma mãe também se manifestou. “Minha filha é aluna desta escola e só tenho uma coisa a dizer: Vergonha! Saio para trabalhar, tento dar uma boa educação aos meus dois filhos e fiquei arrasada com isto. Então, minha filha deve aprender a fazer a contabilidade do tráfico? Bela formação”.

Internautas opinam:

“Moro na favela, não bebo e não fumo, vivo a todo tempo com o medo mas, ao invés de sair da favela e pagar aluguel, larguei a faculdade, e estou investindo na educação dos meus filhos em escolas particulares”.“Acho que este professor foi mal interpretado. Talvez ele quisesse utilizar algo que, infelizmente, faz parte da rotina daquela comunidade para depois debater sobre isso”.“Normal pode não ser, porém é a realidade. Quem acha que a realidade é outra é que deveria rever seus conceitos”.“O professor tem culpa ? É óbvio, pois a didática parte do docente. Ele foi preconceituoso, apesar de ser um professor desta escola há 5 anos. Acreditar que a realidade do jovem do morro é o tráfico apenas reforça o estigma do morador do morro como favelado e traficante”.

Os nomes dos internautas foram preservados.

Fonte: A Tribuna on line.