ATIVIDADE-DE-SOCIOLOGIA-2º-Bimestre-3º-ANO-FS-CM-E-JA-Prof.-Sérgio

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ATIVIDADE DO 2º Bimestre- Prof. Sérgio SOCIOLOGIA- 3º Ano: FS; CM; JA Cultura - Diversidade Cultural - Questões de Vestibulares - Gabarito 1. (Unesp 2012) Cada cultura tem suas virtudes, seus vícios, seus conhecimentos, seus modos de vida, seus erros, suas ilusões. Na nossa atual era planetária, o mais importante é cada nação aspirar a integrar aquilo que as outras têm de melhor, e a buscar a simbiose do melhor de todas as culturas. A França deve ser considerada em sua história não somente segundo os ideais de Liberdade-Igualdade- Fraternidade promulgados por sua Revolução, mas também segundo o comportamento de uma potência que, como seus vizinhos europeus, praticou durante séculos a escravidão em massa, e em sua colonização oprimiu povos e negou suas aspirações à emancipação. Há uma barbárie europeia cuja cultura produziu o colonialismo e os totalitarismos fascistas, nazistas, comunistas. Devemos considerar uma cultura não somente segundo seus nobres ideais, mas também segundo sua maneira de camuflar sua barbárie sob esses ideais. (Edgard Morin. Le Monde, 08.02.2012. Adaptado.) No texto citado, o pensador contemporâneo Edgard Morin desenvolve a) reflexões elogiosas acerca das consequências do etnocentrismo ocidental sobre outras culturas. b) um ponto de vista idealista sobre a expansão dos ideais da Revolução Francesa na história. c) argumentos que defendem o isolamento como forma de proteção dos valores culturais. d) uma reflexão crítica acerca do contato entre a cultura ocidental e outras culturas na história. e) uma defesa do caráter absoluto dos valores culturais da Revolução Francesa. 2. (Ufpa 2013) Sobre patrimônio material e imaterial no Brasil, é correto afirmar: a) As práticas e expressões culturais, para serem consideradas como bens imateriais, devem apresentar associação entre os objetos, artefatos e os lugares onde são desenvolvidos. b) O Palacete Pinho, o Parque Zoobotânico do Museu Emilio Goeldi e o Complexo do Ver-o-Peso são considerados como patrimônio imateriais do Brasil por resguardarem a memória dos povos indígenas. c) Os recursos naturais são bens culturais de patrimônio imaterial, por isso é grande o risco de desaparecerem, caso não sejam preservados por políticas sociais. d) O Ofício das Baianas de Acarajé agrega diferentes classes socioeconômicas, promovendo a equidade e a justiça social, e é caracterizado apenas como patrimônio material. e) Os bens materiais têm que apresentar uma prática cultural regular tal como ocorre, por exemplo, com o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, com o complexo cultural do Bumba meu Boi do Maranhão e com a Roda de Capoeira.

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ATIVIDADE DO 2º Bimestre- Prof. Sérgio

SOCIOLOGIA- 3º Ano: FS; CM; JA

Cultura - Diversidade Cultural - Questões de Vestibulares - Gabarito

1. (Unesp 2012) Cada cultura tem suas virtudes, seus vícios, seus conhecimentos, seus modos de vida, seus erros, suas ilusões. Na nossa atual era planetária, o mais importante é cada nação aspirar a integrar aquilo que as outras têm de melhor, e a buscar a simbiose do melhor de todas as culturas. A França deve ser considerada em sua história não somente segundo os ideais de Liberdade-Igualdade-Fraternidade promulgados por sua Revolução, mas também segundo o comportamento de uma potência que, como seus vizinhos europeus, praticou durante séculos a escravidão em massa, e em sua colonização oprimiu povos e negou suas aspirações à emancipação. Há uma barbárie europeia cuja cultura produziu o colonialismo e os totalitarismos fascistas, nazistas, comunistas. Devemos considerar uma cultura não somente segundo seus nobres ideais, mas também segundo sua maneira de camuflar sua barbárie sob esses ideais.

(Edgard Morin. Le Monde, 08.02.2012. Adaptado.)

No texto citado, o pensador contemporâneo Edgard Morin desenvolve a) reflexões elogiosas acerca das consequências do etnocentrismo ocidental sobre outras culturas. b) um ponto de vista idealista sobre a expansão dos ideais da Revolução Francesa na história. c) argumentos que defendem o isolamento como forma de proteção dos valores culturais. d) uma reflexão crítica acerca do contato entre a cultura ocidental e outras culturas na história. e) uma defesa do caráter absoluto dos valores culturais da Revolução Francesa. 2. (Ufpa 2013) Sobre patrimônio material e imaterial no Brasil, é correto afirmar: a) As práticas e expressões culturais, para serem consideradas como bens imateriais, devem apresentar associação entre os objetos, artefatos e os lugares onde são desenvolvidos. b) O Palacete Pinho, o Parque Zoobotânico do Museu Emilio Goeldi e o Complexo do Ver-o-Peso são considerados como patrimônio imateriais do Brasil por resguardarem a memória dos povos indígenas. c) Os recursos naturais são bens culturais de patrimônio imaterial, por isso é grande o risco de desaparecerem, caso não sejam preservados por políticas sociais. d) O Ofício das Baianas de Acarajé agrega diferentes classes socioeconômicas, promovendo a equidade e a justiça social, e é caracterizado apenas como patrimônio material. e) Os bens materiais têm que apresentar uma prática cultural regular tal como ocorre, por exemplo, com o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, com o complexo cultural do Bumba meu Boi do Maranhão e com a Roda de Capoeira.

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3. (Ufpa 2013) A complexidade do ambiente amazônico em muito influencia na vida das populações que fazem desse ambiente o seu habitat. Sobre o processo de adaptação humana nessa região, é correto afirmar: a) Os saberes tradicionais acumulados sobre o território foram substituídos pelo modo de trabalho semifeudal e pela prática do aviamento, o que possibilita o processo de adaptação humana em áreas ribeirinhas. b) As condições ambientais limitaram o desenvolvimento cultural das populações humanas amazônicas: um exemplo é o que ocorreu com grupos sociais indígenas, quilombolas e caboclos. c) Enfatizados nos estudos sócio-históricos sobre populações da região amazônica, os povos provenientes do continente africano determinaram os atuais modos de vida cabocla nesta região. d) Os saberes tradicionais dos povos indígenas foram constituídos e repassados de geração a geração a partir da oralidade. E desde tempos imemoriais, esses conhecimentos têm proporcionado a adaptação desses povos em diferentes contextos socioambientais. e) A atual população humana presente na Amazônia foi constituída, seguindo o exemplo do que tem ocorrido com a totalidade da população brasileira, a partir da miscigenação de povos oriundos do próprio continente americano. 4. (Upe 2012) Observe a charge a seguir:

Nela percebemos como as pessoas são representantes das desigualdades existentes em seus grupos específicos de convivência social. Comunidade é uma dessas organizações e foi conceituada por alguns teóricos da Sociologia como forma de diferenciar do termo já existente, sociedade. Nessa perspectiva, é correto afirmar que comunidade a) é composta por pessoas que estão unidas por laços consanguíneos e baseados em relações espontâneas. b) é um conjunto de pessoas que podem satisfazer todos os seus objetivos no grupo. c) é constituída de grupos baseados na vontade livre das pessoas que os compõem.

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d) é a representação de uma realidade vivida pelos brasileiros, que possuem as condições sociais e econômicas para nela se organizarem e construírem novas formas de relação social. e) pode ser definida como heterogênea, pois as atividades e o estado de espírito são muito semelhantes para todas as pessoas. 5. (Unioeste 2012) O relativismo cultural é um princípio segundo o qual não é possível compreender, interpretar ou avaliar de maneira significativa os fenômenos sociais a não ser que sejam considerados em relação ao papel que desempenham no sistema cultural. Tendo por base o anúncio transcrito acima, é correto afirmar que a) relativizar é construir descrições exteriores sobre diferentes modos de vida. b) relativizar é uma tentativa de construir descrições e interpretações dos fatos culturais a partir do que nos dizem e do que fazem os atores destes fatos culturais. c) relativizar é uma defesa da homogeneidade cultural. d) é o reconhecimento da unidade biológica da espécie humana. Através dessa unidade biológica podemos explicar as realidades culturais e o comportamento das pessoas. e) o relativismo defende que todas as culturas tendem a se assemelhar com o passar do tempo, e que ao difundir nossos hábitos estamos colaborando com esse processo. 6. (Interbits 2012) Leia o trecho da música Canto para minha morte, de Raul Seixas.

Qual será a forma da minha morte? Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.

Seixas, Raul. Canto para minha morte. In: Há 10 mil anos atrás. [LP] Philips, 1976.

Podemos dizer que a morte corresponde a um atributo universal dos seres vivos. Entretanto, há diversas formas de abordá-la. Sobre a forma como a sociologia aborda o tema, assinale a alternativa CORRETA. a) A morte é a parte essencial da vida. Entretanto, a sociologia está comprometida em fazer com que a morte violenta deixe de existir. b) A sociologia considera que a morte pode ser representada e compreendida de formas muito diversas, dependendo da cultura, da sociedade e da religião dos indivíduos. c) Não é a sociologia, mas a medicina e a biologia que devem estar preocupadas com o problema da morte. d) A sociologia está preocupada em fazer uma catalogação dos tipos de morte humana, como o suicídio, o assassinato e o genocídio. e) Todas as sociedades possuem medo da morte. É por isso que elas criaram a religião, que é uma forma de controlar esse medo. 7. (Ueg 2012) “Não quero que a minha casa seja cercada de muros por todos os lados, nem que minhas janelas sejam tapadas. Quero que as culturas de todas as terras sejam sopradas para dentro de minha casa, o mais livremente possível. Mas recuso-me a ser desapossado da minha por qualquer outra.”

GANDHI, M. Relatório do desenvolvimento humano 2004. In: TERRA, Lygia; COELHO, Marcos de A. Geografia geral. São Paulo: Moderna, 2005. p.137.

Considerando-se as ideias pressupostas, o texto

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a) afirma que a globalização aumentou, de modo sem precedente, os contatos e a união entre os povos e seus valores, reforçando o respeito às diferenças socioculturais. b) critica a intolerância com relação a outras culturas, gerando assim os conflitos comuns neste novo século. c) indica o reconhecimento à diversidade cultural, além das necessidades de afirmação e de identidade, seja étnica, seja cultural, seja religiosa. d) nega a existência da exclusão cultural e ressalta a homogeneização mundial e a superação/eliminação de fronteiras culturais. 8. (Enem 2012) Na regulamentação de matérias culturalmente delicadas, como, por exemplo, a linguagem oficial, os currículos da educação pública, o status das Igrejas e das comunidades religiosas, as normas do direito penal (por exemplo, quanto ao aborto), mas também em assuntos menos chamativos, como, por exemplo, a posição da família e dos consórcios semelhantes ao matrimônio, a aceitação de normas de segurança ou a delimitação das esferas pública e privada — em tudo isso reflete-se amiúde apenas o autoentendimento ético-político de uma cultura majoritária, dominante por motivos históricos. Por causa de tais regras, implicitamente repressivas, mesmo dentro de uma comunidade republicana que garanta formalmente a igualdade de direitos para todos, pode eclodir um conflito cultural movido pelas minorias desprezadas contra a cultura da maioria.

HABERMAS, J. A inclusão do outro: estudos de teoria política. São Paulo: Loyola, 2002.

A reivindicação dos direitos culturais das minorias, como exposto por Habermas, encontra amparo nas democracias contemporâneas, na medida em que se alcança a) a secessão, pela qual a minoria discriminada obteria a igualdade de direitos na condição da sua concentração espacial, num tipo de independência nacional. b) a reunificação da sociedade que se encontra fragmentada em grupos de diferentes comunidades étnicas, confissões religiosas e formas de vida, em torno da coesão de uma cultura política nacional. c) a coexistência das diferenças, considerando a possibilidade de os discursos de autoentendimento se submeterem ao debate público, cientes de que estarão vinculados à coerção do melhor argumento. d) a autonomia dos indivíduos que, ao chegarem à vida adulta, tenham condições de se libertar das tradições de suas origens em nome da harmonia da política nacional. e) o desaparecimento de quaisquer limitações, tais como linguagem política ou distintas convenções de comportamento, para compor a arena política a ser compartilhada. 9. (Ufu 2012) A estética nas diferentes sociedades vem geralmente acompanhada de marcas corporais que individualizam seus sujeitos e sua coletividade. Discos labiais, piercings, tatuagens, mutilações, pinturas, vestimentas, penteados e cortes de cabelo são algumas marcas reconhecíveis de um inventário possível das técnicas corporais em toda sua riqueza e diversidade. Embora universal, as formas das quais se valem os grupos e indivíduos para se marcarem corporalmente são vistas, às vezes, como estranhas a indivíduos que pertencem a outros grupos. Essa atitude de estranhamento em relação ao diferente é considerada conceitualmente como a) preconceito: reconhece no valor das raças o que é correto ou não na estética corporal. b) relativização: o outro é entendido nos seus próprios termos.

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c) etnocentrismo: só reconhece valor nos seus próprios elementos culturais. d) etnocídio: afasta o diferente e procura transformá-lo num igual. 10. (Unicentro 2011) No ano de 1933, a artista modernista Tarsila do Amaral (1886-1973) pinta o quadro “Operários”, dando início à pintura social no Brasil.

Sobre o tema da diversidade étnica, as teorias sociológicas afirmam que, sob a perspectiva cultural, a) os termos raça, etnia e cultura têm o mesmo significado analítico, no contexto brasileiro, quando utilizados por sociólogos e antropologos. b) as populações indígenas brasileiras foram classificadas, corretamente, como primitivas pelos colonizadores, porque são naturalmente mais vagarosas e atrasadas. c) os grupos biológicos de indivíduos que compartilham de uma história comum, feita de laços linguísticos e culturais, são tidos como pertencentes da mesma etnia. d) alguns elementos culturais, como o futebol, as comidas típicas e o carnaval, não podem ser objetos da análise sociológica por mascarar a desigualdade existente nas relações sociais. e) a chegada dos japoneses, em 1908, e a construção de uma nova identidade nacional com a implantação de suas associações civis, educativas e religiosas, foram o marco das relações inter-raciais no Brasil.

Estratificação Social - Diferenças Sociais - Classes Sociais - Gabarito

11. (Upe 2012) Observe as fotos a seguir:

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Essas imagens refletem as desigualdades sociais existentes no Recife, que também podem ser encontradas em outras grandes cidades do Brasil. Em relação às desigualdades sociais, assinale a alternativa correta. a) As diferenças sociais vêm diminuindo significativamente no país, ao longo dos anos, com a divisão igualitária das riquezas. Entretanto, essas transformações só foram possíveis graças aos movimentos contra a corrupção, que permitiram o acúmulo de bens no Brasil. b) As péssimas condições de habitação revelam que o Estado não está voltado nem preparado para a aplicação da riqueza social (oriunda dos impostos arrecadados), que possibilita o bem-estar da maioria da população. c) O processo de industrialização em curso no nosso país vem favorecendo todos os setores da população, considerando seus problemas básicos. d) As palafitas, em contraposição aos prédios luxuosos, demonstram como as desigualdades entre as classes sociais são baseadas numa hierarquização rígida. e) O que determina as desigualdades sociais nas sociedades são as relações de classe, exceto nas sociedades rurais. 12. (Upe 2013) O Status social é o lugar ou posição, que a pessoa ocupa na estrutura social. Isso implica direitos, deveres, prestígios e/ou privilégios, de acordo com o valor que a sociedade atribui a cada posição ocupada pelo indivíduo. Sobre esse assunto, assinale a alternativa que indica uma situação social em que o status é atribuído. a) João é filho de operário, pois seu pai é funcionário de uma fábrica têxtil. b) Ana Maria optou por se casar com seu ex-noivo, pois não se sentia bem com o atual namorado. c) Paulo estudou e se formou técnico em mecânica, embora seus pais “desejassem” um filho formado em medicina. d) Adriana é militante de um partido político da cidade onde mora, pois tem as mesmas ideias de transformação da sociedade.

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e) Carlos conseguiu a vaga de emprego que esperava depois de aprovado na seleção. 13. (Uel 2005) “A legislação penal do fim do século XIX determinava: a ociosidade era considerada ‘crime’ e, como tal, punida. Reconhecida e legitimada abertamente, a prática da repressão aos desempregados e subempregados – os pobres – ficava clara no discurso dos responsáveis pela segurança pública e pela ordem nas cidades. O controle social dessas camadas deveria ser realizado de forma rígida. Sidney Chalhoub afirma que os legisladores brasileiros utilizam o termo ‘classes perigosas’ como sinônimo de ‘classes pobres’, e isso significa dizer que o fato de ser pobre o torna automaticamente perigoso à sociedade [...]. A existência do crime, da vagabundagem e da ociosidade justificava o discurso de exclusão e perseguição policial às camadas pobres e despossuídas”.

(PEDROSO, Regina Célia. Violência e cidadania no Brasil: 500 anos de exclusão. São Paulo: Ática, 2002. p. 24.)

O texto acima discute a configuração das classes sociais no Brasil, tomando como referência as questões da cidadania e da violência. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que, no final do século XIX, no Brasil: a) A ação dos poderes públicos no trato da questão social estava centrada na supressão dos desníveis entre as classes sociais, condição básica para a emergência do Brasil industrializado. b) A herança colonial da estrutura social brasileira conduzia o poder estatal a reconhecer como legítimas as lutas das classes populares no questionamento da estrutura política oligárquica vigente. c) O combate às “classes perigosas” obrigava os poderes públicos à implementação de políticas de geração e distribuição de renda, reduzindo, assim, a influência do Partido Comunista Brasileiro junto aos pobres. d) O desemprego e a criminalidade referidos às classes populares eram vistos pelos poderes públicos, menos como questão social e mais como questão de polícia, dentro de uma concepção restritiva de cidadania. e) A repressão policial restringia-se aos desempregados e subempregados, pois os trabalhadores assalariados eram protegidos por uma legislação trabalhista que garantia, por exemplo, aposentadoria e descanso remunerado. 14. (Upe 2013) As desigualdades sociais no Brasil têm muitas causas e geram várias consequências. Historicamente, elas iniciaram seu desenvolvimento com a chegada dos portugueses. A Sociologia vem estudando as diferenças sociais entre os brasileiros, em diversos aspectos. Sobre esse assunto, assinale a alternativa CORRETA. a) As condições de miserabilidade da população estão ligadas prioritariamente aos péssimos salários pagos. b) A relação entre desigualdades e questões raciais no Brasil é um tema histórico. Por essa razão, tornou-se preocupação dos estudos sociológicos a partir da década de 1990. c) A noção da pobreza frente às desigualdades sociais no país revela concepções com enfoques no aumento do enriquecimento, do desenvolvimento industrial e da privação relativa. d) Os programas assistenciais (Bolsa-Família, Fome Zero e outros tantos) do governo brasileiro avançaram, mas os índices de pobreza não diminuíram.

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e) O setor informal é outro fator indicador de condições de reprodução capitalista no Brasil. Os camelôs e vendedores ambulantes são trabalhadores, que não estão juridicamente regulamentados, mas que revelam a especificidade da economia brasileira. 15. (Ufu 2000) De acordo com a teoria de Marx, a desigualdade social se explica a) pela distribuição da riqueza de acordo com o esforço de cada um no desempenho de seu trabalho. b) pela divisão da sociedade em classes sociais, decorrente da separação entre proprietários e não proprietários dos meios de produção. c) pelas diferenças de inteligência e habilidades inatas dos indivíduos, determinadas biologicamente. d) pela apropriação das condições de trabalho pelos homens mais capazes em contextos históricos, marcados pela igualdade de oportunidades. 16. (Upe 2013) Observe a charge a seguir:

Ela faz referência a uma forma de desigualdade. Acerca das características dessa estrutura social, analise as alternativas e marque a CORRETA. a) A hierarquização é rígida, baseada em critérios hereditários, profissionais, étnicos, religiosos, que determinam as relações entre as pessoas. b) A tradição é um elemento fundamental na definição das relações estabelecidas entre os diferentes grupos. c) A mobilidade de um estrato para outro nessa estrutura é possível, mas é controlada pelos indivíduos que estão na hierarquia superior da organização. d) As pessoas se diferem umas das outras pelo lugar ocupado por elas num sistema historicamente determinado de produção social, de relação com os meios de produção e por seu papel na organização social do trabalho. e) A escolha do cônjuge deve ser feita exclusivamente no seio da organização social, com base nos critérios hereditários. 17. (Ucs 2012) A sociedade brasileira obteve várias conquistas durante o período da redemocratização e, ao longo desses anos, implantou mudanças positivas em

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relação à cidadania e aos direitos civis dos brasileiros, porém [...] ainda há muito a ser melhorado. Apesar do crescimento econômico e da diminuição do número de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza nos últimos anos, as desigualdades sociais ainda são profundas e estão entre os principais problemas enfrentados pela sociedade. (PELLEGRINI, M. C. Novo olhar história. São Paulo: FTD, 2010, p. 263, v. 3. – Texto

adaptado.)

Considere as seguintes afirmações sobre a sociedade brasileira. I. Segundo pesquisas, pequena parte da população brasileira detém a maior parte da riqueza nacional, enquanto os demais ficam com a menor parcela. II. A exploração da mão de obra infantil ocorre da mesma forma em todas as regiões brasileiras. O menor trabalha em pedreiras, na colheita de amendoim e em carvoarias, sendo seu trabalho trocado apenas por arroz e farinha. III. As crianças em situação de rua perambulam pelas cidades, dormem sob pontes, viadutos ou marquises, alimentam-se mal e não frequentam escolas. Vivem uma realidade que ressalta a brutalidade, a violência, o desamparo, além do problema com a drogadição. Das afirmações acima, a) apenas I está correta. b) apenas II está correta. c) apenas I e III estão corretas. d) apenas II e III estão corretas. e) I, II e III estão corretas. 18. (Uema 2011) As sociedades modernas são complexas e multifacetadas. Mas, é com o capitalismo que as divisões sociais se tornam mais desiguais e excludentes. Marx já observara que só o conflito entre as classes pode mover a história. Assim sendo, para o referido autor, em qual das opções se evidencia uma característica de classe social? a) O status social e cultural dos indivíduos. b) A função social exercida pelos indivíduos na sociedade. c) A ação política dos indivíduos nas sociedades hierarquizadas. d) A identidade social, cultural e coletiva. e) A posição que os indivíduos ocupam nas relações de produção. 19. (Uenp 2011) “A pobreza e a desigualdade são construções sociais que se desenvolvem e consolidam a partir de estruturas, agentes e processos que lhes dão forma histórica concreta. Os países e regiões da América Latina moldaram, desde os tempos coloniais até nossos dias, expressões desses fenômenos sociais que, embora apresentem as peculiaridades próprias de cada contexto histórico e geográfico, compartilham um traço em comum: altíssimos níveis de pobreza e desigualdade que condicionam a vida política, econômica, social e cultural. O conceito de construção é praticamente similar ao de produção, sendo utilizado aqui para enfatizar que a pobreza é o resultado da ação concreta de agentes e processos que atuam em contextos estruturais históricos de longo prazo.”

(Produção de pobreza e desigualdade na América Latina. Antonio David Cattani, Alberto D. Cimadamore (orgs.) ; tradução: Ernani Ssó. — Porto Alegre : Tomo

Editorial/Clacso, 2007, p. 07.)

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De acordo com o texto é correto afirmar: a) A pobreza sempre existiu e é da natureza das sociedades organizadas que ela ocorra. b) A pobreza não pode ser considerada característica presente em toda a América Latina. c) A desigualdade social não condiciona a vida política, econômica, social ou cultural. d) A pobreza não pode ser considerada fruto da desigualdade. e) A pobreza e a desigualdade são construções sociais que se desenvolvem na história e por isso são absolutamente reversíveis. 20. (Uffs 2011) Ao relacionar Sociologia e Política, temos o pensador Jean-Jacques Rousseau como um expoente do iluminismo do século XVIII. Esse autor, com muita propriedade, analisou as origens das desigualdades existentes na sociedade de sua época e, segundo ele, a espécie humana apresentava dois tipos de desigualdade: a) Uma, que chamava de espiritual, porque o ser humano sempre se orientou pela necessidade religiosa de adoração ao divino. Outra pela desigualdade produzida pela luta do homem pela sobrevivência. b) Uma, que apontava como natural, visto que os seres humanos são dotados de diferenças físicas que muitas vezes são determinantes de sucesso. Outra relacionada à questão psicológica, pois os homens naturalmente são diferentes de mulheres, orientando diferenças inatas de comportamento social. c) Uma, que chamava de espiritual ou gnosiológica, pois a espiritualidade humana acabava por moldar a cultura do homem diferente da cultura animal. Outra que ele designou como diferença cultural, pois a cultura é genuinamente humana. d) A desigualdade provocada por fenômenos naturais que acabava por orientar diferenças culturais das sociedades ainda pré-históricas e a desigualdade promovida pela luta do homem pela sobrevivência, visto que essa luta representou a evolução do ser humano até os dias de hoje. e) Uma, que chamava natural ou física, porque foi estabelecida pela natureza e que consiste na diferença das idades, da saúde, das forças corporais e das qualidades da alma. Outra, que se pode chamar de desigualdade moral ou política, pois depende de uma espécie de convenção e foi estabelecida pelo consentimento dos homens.