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Atividade Física e Cardiopatias Prof. Mdo. Fabrício Eduardo Rossi Programa de Pós Graduação em Fisioterapia Presidente Prudente 2012 Faculdade de Ciências e Tecnologia-Câmpus de Presidente Prudente

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Atividade Física e Cardiopatias

Prof. Mdo. Fabrício Eduardo Rossi

Programa de Pós Graduação em Fisioterapia

Presidente Prudente

2012

Faculdade de Ciências e Tecnologia-Câmpus de Presidente Prudente

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300.000

820

34

1

Mortalidade por Doença

cardiovascular no Brasil

Mortes por ano

Mortes por dia

Mortes por hora

Morte a cada 2 min

XVIII World Congress of Cardiology , Brazil 2008

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Transição Epidemiológica

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Melhoria Tecnologia Medicina Economia

Hábitos de vida Alimentação

inadequada Sedentarismo

DOENÇAS

CRÔNICO

DEGENERATIVAS

DOENÇAS

INFECTO

CONTAGIOSAS

Epidemiologia do Envelhecimento

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7,7

1822,3

37,9

69,3

0

10

20

30

40

50

60

70

Alcoolismo Obesidade Hipertensão Tabagismo Sedentarismo

Prevalência de Fatores de Risco

Município de São Paulo

Rego et al,: Revista Saúde Pública São Paulo, 1990

%

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0

2000

4000

6000

1900 1945 1990

Gasto energético diário

Aerobics Center Longitudinal Study - Cooper Clinic

• < 500 kcal / dia do que há 100 anos • 180.000 kcal / ano

Kcal/d

Agita São Paulo

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10% A F 5% Cardiopatias

Custos do Sedentarismo

Australian Sport Comission, 1997; A.C.S.M., 2001

103,75 milhões de dólares

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ATIVIDADE FÍSICA E DOENÇAS CARDIOVASCULARES

DOENÇAS CARDÍACAS alteram a estrutura do miocárdio, e limitam a capacidade física para realização de esforço físico

Fadiga de musculatura respiratória e periférica

AUMENTO do esforço muscular

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DOENÇAS CARDIOVASCULARES

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Síndrome clínica na qual um desordem estrutural ou

funcional do coração leva à diminuição da capacidade do

ventrículo de ejetar e/ou de se encher de sangue nas

pressões de enchimento fisiológicas

(Guimarães JI et al. 2002)

No Brasil: 6,5 milhões de doentes; 30% é internado anualmente; 4% de todas as internações; 31% das internações cardiovasculares; 380 000 hospitalizações/ano; R$ 200 milhões anuais; 6,0% de mortalidade hospitalar.

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O QUE SE SENTE?

• Falhando o ventrículo esquerdo, o território que congestiona é o pulmonar.

• Com a piora surge a ortopnéia, a falta de ar quando deitado. É a dispnéia

paroxística noturna.

• Falhando o ventrículo direito surge o edema, ou o inchume, principalmente das pernas e do fígado, além de outros órgãos.

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Possíveis sintomas de Insuficiência cardíaca

• Dispneia (falta de ar)

• Tosse

• Fraqueza (astenia)

• Edema (inchaço, ou aumento do volume dos membros)

• Dor abdominal

• Palpitação

• Tonturas

• Os sintomas não são exclusivos desta doença. Uma pessoa pode ter o mesmo grau de inchaço que outra, a primeira ter insuficiência cardíaca e a segunda ter varizes.

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Sintomas

• Dispneia (Respiração dificultosa)

• Taquicardia (Aceleração do coração)

• Palidez

• Estase jugular (Dilatação das veias jugulares no pescoço)

• Hepatomegalia (Aumento do fígado)

• Edema

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EXERCÍCIO FÍSICO E INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

• FATORES LIMITANTES DO EXERCÍCIO FÍSICO AGUDO NA INSUFICIÊNCIA

CARDÍACA

• Débito cardíaco diminuído = intolerância ao exercício

• Menor perfusão muscular durante o exercício

• Início precoce do metabolismo anaeróbio

• Redução no conteúdo de enzimas aeróbias na musculatura esquelética

• 70 % dos indivíduos param o exercício por fadiga periférica

(MANCINE et al., 1989)

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Tratamento • As finalidades do tratamento são prolongar a vida do paciente e melhorar

a sua qualidade de vida

• Tratamento não farmacológico:

• Optimização do nível de atividade físical;

• Utilização de Oxigênio;

• Optimização do consumo de sal e de líquidos;

• Medidas nutricionais;

• Tratamento farmacológico

• Procedimentos Mecanicos cirurgicos

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EFEITO CRÔNICO DO EXERCÍCIO FÍSICO DINÂMICO NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

• Maior consumo máximo de oxigênio;

• Menor consumo de oxigênio em cargas submáximas de trabalho;

• Aumento da tolerância ao exercício;

• Aumento das enzimas que participam do processo oxidativo;

• Aumento da dif a-v oxigênio;

• Aumento do débito cardíaco máximo;

• Aumento do limiar anaeróbio;

• Redução da dispnéia;

• Menor ativação neuro – humoral (simpática).

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ATEROSCLEROSE

♥ Termo genérico para espessamento e

endurecimento da parede arterial;

♥ Resposta inflamatória crônica iniciada por algum

tipo de lesão do endotélio

♥ PREVENÇÃO DEVE COMEÇAR NA INFÂNCIA

Sintomas: Dilatação dos vasos sanguíneos; Dor no peito ( tipo facadas ); Profundas dores de cabeça; Dores nos braços e pernas.

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COLESTEROL

Separado em DUAS subfrações

LDL

lipoproteína de BAIXA densidade

carregador primário do colesterol

COLESTEROL RUIM

HDL

lipoproteína de ALTA densidade

Remove colesterol do organismo

COLESTEROL BOM

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O papel do colesterol e das lipoproteínas na Aterosclerose

Aumento da LDL: Esse é o fator principal para a doença. O LDL (lipoproteína de baixa densidade) se eleva pela ingestão elevada de gorduras altamente saturadas (principalmente vinda de animais) na dieta diária, por obesidade e inatividade física.

Prevenção pelas proteínas HDL: Acredita-se que as HDL(lipop.alta densidade- "flutuam" passando livremente pela luz do vaso)são capazes de absorver cristais de colesterol que começam a ser depositados nas paredes das artérias. Quando a pessoa apresenta uma elevada concentração de HDL em proporção a LDL, as chances de desenvolver aterosclerose são muito reduzídas.

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Retirar as placas de gordura que estão presas nas paredes das artérias e curar as lesões que ficam no local. Cirurgia; Cateterismo; Angioplastia a laser; Medicamentos; Atividade física.

Tratamento

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Prevenção e Reabilitação - Testes de esforço

EXERCÍCIO: esforço fisiológico que evidencia (detecta) as anormalidades cardiovasculares.

OBJETIVO: submeter o indivíduo ao esforço

Respostas: clínica, hemodinâmica, eletrocardiográfica e metabólica

Breve histórico

BOUSFIELD, 1918 – primeiros registros de alterações elétricas do

coração por meio de testes de esforço.

BRUCE, 1956 – começou evolução dos testes

♥ novos protocolos

♥ utilização de eletrodos

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Prevenção e Reabilitação - Testes de esforço

TESTES – identificações

♥ isquemia miocárdica

♥ avaliação de capacidade funcional

♥ diagnóstico e prognóstico de doenças

♥ prescrição de exercícios

♥ observar resultados de intervenções terapêuticas

TESTE ERGOMÉTRICO

♥ esteira;

♥ cicloergômetro

TESTE ERGOESPIROMÉTRICO

Acrescenta ao teste convencional dados de função pulmonar e de trocas respiratórias

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Prevenção e Reabilitação - Testes de esforço

PROTOCOLOS

Sempre específicos para a população testada

+ intensos: fisicamente ativos BRUCE

- intensos: limitações etárias/ funcionais NAUGHTON e BALKE

CONTRA INDICAÇÕES

Arritmias instáveis – 48h

Hipertensão grave

Miocardite ou pericardite

Limitações físicas ou emocionais

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Prevenção e Reabilitação - Testes de esforço

SINTOMAS

♥ Dor torácica

♥ Cansaço, fadiga e dispnéia

♥ Incapacidade de aumento da FC e PA

Queda da FC: isquemia do coração

♥ PA < que pré esforço: pior prognóstico e > mortalidade

Interrupção do teste

♥ FC máx alcançada ♥ palidez

♥ dor no peito ♥ vertigem

♥ platô na PAS ♥ pedido do paciente

♥ arritmias graves

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O que é um FATOR DE RISCO?

Características ou situações patológicas que tenham correlação positiva com doença arterial coronariana (DAC)

Quais são os fatores de risco mais importantes? Obesidade

sedentarismo

Histórico familiar

Obesidade abdominal

Tabagismo

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Indicadores Antropométricos

Circunferência de cintura

Homens > 102 cm

Mulheres > 88cm

Relacionada com as doenças MAIS FORTEMENTE do que adiposidade total

Interação com perfil lipídico adverso

Uma das características da SÍNDROME METABÓLICA

Índice de fácil obtenção e baixo custo

Pode ser alterada com mudança do estilo de vida e atividade física regular

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Razão Cintura Quadril – RCQ - correlacionada com um

perfil lipídico adverso, inatividade física e risco de

mortalidade

A distribuição de gordura corporal, mais do que a gordura corporal total é associada a riscos de saúde (BROCHU et al. 2000), principalmente do coração

(HO, et al. 2001; FOUCAN et al. 2002).

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Indicadores Antropométricos

ÍNDICE DE MASSA CORPORAL – IMC ( Kg/m²)

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Bouchard, (2003) Entre mulheres americanas, aquelas com valor de IMC acima de 29 Kg/m2 apresentavam risco de desenvolver doença arterial cononariana (DAC) aumentado em 3,3 vezes, quando comparadas com mulheres que apresentavam IMC menor que 21 Kg/m2

Indicadores Antropométricos

ÍNDICE DE MASSA CORPORAL – IMC ( Kg/m²)

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Ao ingressarem em um programa de reabilitação cardíaca, os pacientes portadores de cardiopatia isquêmica podem esperar melhora:

- Angina;

- Melhora da capacidade funcional;

- Melhor controle de diversos fatores de risco para doença cardiovascular;

O exercício tende a reduzir em 20% a mortalidade por todas as causas e em 26% a mortalidade cardíaca

Kubo N,et al.2004

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BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA

1993 – ASSOCIAÇÃO AMERICANA DO CORAÇÃO

“Inatividade física é FATOR DE RISCO para o desenvolvimento de doença arterial coronariana”

Estudo clássico – PAFFENBARGER, 1986

Atividade MODERADA: 29%

VIGOROSA: 46%

RISCO DE DCV

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BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA

Efeitos da atividade física sobre o coração

EFICIÊNCIA

Redução na carga de trabalho

Melhora da contratilidade do músculo cardíaco

Aumento da capacidade fibrinolítica (dissolução de

coágulos)

TAMANHO

Aumento do volume do ventrículo esquerdo

AUMENTO da capacidade de ejeção sanguínea

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RISCOS

BENEFÍCIOS

Vida

Ativa

Leve à

Moderado

Moderado

> 30 min

Intenso

Fitness Vida

Saudável Esporte

Intenso

3x; >20min

ATIVIDADE FÍSICA

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Morte Súbita em Exercícios é Rara na

População em geral

Morte Instantânea mais Rara ainda (< de

1% MS)

“73% por cardiopatias agudas/crônicas, em

indivíduos com alto FR”

Morte Súbita – Prevalência

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167 programas nos EUA;

51.303 pacientes; 2.361.916 hr exercício

21 paradas cardíacas(3 mortes); 8 infartos não fatais

1 parada cardíaca / 1.119.96 horas-paciente

1 infarto / 2.939.90 horas-paciente

1 morte / 7.839.72 horas-paciente

Morte em Programas Supervisionados

(Cardiopatas)

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5 vezes maior

entre praticantes freqüentes

56 vezes maior

nos praticantes esporádicos

Morte Súbita & Esportes Vigorosos

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Franklin et al., Chest, 1998

Morte

Horas/Participação

0

292.254

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Quando a Avaliação Médica é

Necessária? Antes de se engajar em atividade física Vigorosa

quando:

Tabagista

Tem dois ou mais fatores de risco para doença cardiovascular

- Pressão arterial elevada - Colesterol elevado

- Histórico familiar de doença cardiovascular

- Diabetes mellitus - Obesidade

- Homem acima de 40 anos - Mulher acima de 50

anos

- Responder “SIM” para uma das questões listadas no PAR-Q

Possui doença cardiovascular

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“ACSM recomenda um teste de esforço

supervisionado por médico para pessoas

acima de 50 anos que querem começar um

programa de treinamento vigoroso.

Entretanto, se a recomendação geral para

uma pessoa idosa for simplesmente andar ou

participar em programas de treinamento de

força, o teste não é provavelmente

necessário”

TESTE DE ESFORÇO ?

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PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO AERÓBIO

Limite inferior de trabalho Limite superior de trabalho

Ergoespirometria FC do limiar anaeróbio FC do ponto de

descompensação respiratória

FC máx FCmáx X 0,60 FCmáx X 0,85

Reserva de FC (FCmáx - FC repouso) X

0,50 + FC repouso

(FCmáx - FC repouso) X

0,50 + FC repouso

Intesidades de esforço, baseados na FC e teste ergoespirométrico

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Adaptações ao treinamento aeróbico

Freqüência cardíaca: FC repouso e em exercício submáximo

Pressão arterial: PA repouso e em exercício submáximo

Consumo de oxigênio: Débito Cardíaco

Nos pacientes portadores de cardiopatia, o treinamento aumenta em 10% a 30% o VO2 máx

Função ventricular: mesmo débito cardíaco, < FC; > VS

Metabolismo: lipídeos glicogênio muscular

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PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO RESISTIDO

Não ultrapassar 50-60% da força de contração voluntária máxima;

Iniciar com pesos baixos e com série única de 10 a 15 rep. até fadiga moderada utilizando de 8 a 10 exercícios e PSE de 11 a 13 de Borg (ACSM, 2006) • Cargas submáximas e rep. Submáximas (Haslam et al, 1988; Farinatti, 2000; Assis, 2000) • Evitar séries sucessivas para um mesmo exercício ou grupamento muscular ( D’avila et al, 2001) • Aplicar intervalos de recuperação longos (2 min.) em programas com mais de 2 séries por exercício (D’avila et al,2001; Polito, 2004) • Evitar a manobra de valsalva

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Adaptações ao treinamento de força

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O American College of Sports Medicine (2000), sugere que é menos provável que o exercício estático provoque episódios de angina de peito em pacientes com doença arterial coronariana do que exercícios dinâmicos, isto possivelmente como resultado de um fluxo coronariano aumentado durante a diástole.

A American Heart Association (2000), recomenda o exercício com pesos para indivíduos portadores de comprometimentos cardiocirculatórios, já que uma menor frequência cardíaca durante a atividade, comparada ao exercício aeróbio de intensidade moderada a alta.

CONCLUINDO

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REFERENCIAS

DIRETRIZ DE REABILITAÇÃO CARDÍACA. Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 84, Nº 5, Maio 2005.

M.D. Polito; P.T.V. Farinatti. Respostas de frequência cardíaca, pressão arterial e duplo--produto ao exercício contra-resistência: uma revisão da literatura. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, 2003, vol. 3, nº 1 [79–91]

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Prof. Mdo. Fabrício Eduardo Rossi E-mail: [email protected]

A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável.

Mahatma Gandhi

OBRIGADO!!!