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A violência na escola Violência é um tema que atinge de diversas maneiras a sociedade. Impossível viver sem que a violência exista, porém é função da sociedade e seus mais diversos atores buscar dados e conhecimento que ajude a controlá-la. Não se pode pensar em um mundos em violência porque esta afirmação automaticamente acarretaria um mundo sem vida. Em sua etimologia, violência remete a violar, a mudar, que são características intrínsecas a ação humana no mundo e até mesmo de sua constituição biológica seja como sistema de defesa ou de evolução. Freud em seus estudos já apontava a violência como presente nas fases mais primordiais do desenvolvimento humano, porém, esta força é uma força que pode ser controlada e direcionada. Quando citamos o termo violência, logo somos levados á pensá- la de forma mais genérica, compreendida como o ato de prejudicar alguém física ou psicologicamente, tendo maior predominância da compreensão do termo pelo primeiro exemplo citado, porém há muito mais que se deve compreender e muito mais que se deve estudar. No contexto educacional é necessário analisar fatores ligados a mudança da apresentação da violência em sala de aula e em outros ambientes. Os textos A violência na escola: como os sociólogos franceses abordam essa questão” e “Família e escola: interfaces da violência escolar” fornecem pistas importantes para a analise do tema aplicado em diferentes contextos educacionais ao mesmo tempo

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Atividade sobre violencia

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A violência na escola

Violência é um tema que atinge de diversas maneiras a sociedade. Impossível

viver sem que a violência exista, porém é função da sociedade e seus mais

diversos atores buscar dados e conhecimento que ajude a controlá-la. Não se

pode pensar em um mundos em violência porque esta afirmação

automaticamente acarretaria um mundo sem vida. Em sua etimologia, violência

remete a violar, a mudar, que são características intrínsecas a ação humana no

mundo e até mesmo de sua constituição biológica seja como sistema de defesa

ou de evolução.

Freud em seus estudos já apontava a violência como presente nas fases mais

primordiais do desenvolvimento humano, porém, esta força é uma força que pode

ser controlada e direcionada. Quando citamos o termo violência, logo somos

levados á pensá-la de forma mais genérica, compreendida como o ato de

prejudicar alguém física ou psicologicamente, tendo maior predominância da

compreensão do termo pelo primeiro exemplo citado, porém há muito mais que se

deve compreender e muito mais que se deve estudar. No contexto educacional é

necessário analisar fatores ligados a mudança da apresentação da violência em

sala de aula e em outros ambientes. Os textos “A violência na escola: como os

sociólogos franceses abordam essa questão” e “Família e escola: interfaces da

violência escolar” fornecem pistas importantes para a analise do tema aplicado

em diferentes contextos educacionais ao mesmo tempo em que também trazem

um conforto ao ajudar a constatar que atitudes violentas não são constatadas

apenas na realidade brasileira, mas que estão presentes em muitos outros

lugares, até em países desenvolvidos.

No texto de Maria Ferreira Salles e Joyve Mary Amdam de Paula temos análise

da violência em duas escolas públicas nas quais foram aplicados questionários

afim de obter um panorama de como as diferentes camadas da comunidade

escolar enxergam a violência dentro destes contextos, assim como explicitar

fatores similares e divergentes em cada contexto, refletindo teoricamente sobre os

dados apresentados no intuito de estabelecer critérios para a compreensão do

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fato analisado. Fica claro em ambos os textos que a complexidade do tema e a

falta de respostas concretas para explicar os fatos favorecem a subjetividade das

conclusões apresentadas, porém, muitas respostas são dadas na continuidade

dos textos e na sua comparação com a realidade, principalmente a realidade da

Escola Rosa Maria, que coordeno.

O primeiro fato que é analisado ao tratar do assunto família e educação é o que

as autoras denominam Rompimento das redes de integração primária, a

ciência contemporânea reconhece o papel fundamental da integração social para

o desenvolvimento do ser humano. Assunto analisado por diversos referenciais

teóricos, a inclusão e inserção do sujeito em grupos sociais que o apoiem, que

sirvam de base para desenvolvimentos de referenciais éticos, reconhecimento do

eu, reconhecimento do papel na sociedade e no mercado de trabalho e tantos

outros aspectos importantes para o desenvolvimento do ser humano na

sociedade, este tema é analisado através do contraste das configurações do tema

família em diferentes momentos da história. A primeira afirmação feita sobre o

termo redes de integração primária é a afirmação de que estas redes representam

os locais onde o sujeito se desenvolve, aprende, encontra segurança e

desenvolve seus valores sociais. Durante todo o texto são apresentados fatos que

comprovam que no ideário popular ainda predomina uma concepção tradicional

de família, onde a responsabilidade pela gestão financeira e moral do lar pesa

sobre os ombros de um pai e onde a mãe, ou seja, a mulher, exerce um papel

passivo socialmente, mas ao mesmo tempo importante para suprir necessidades

básicas do filho e do esposo.

Diversos fatores sociais como a urbanização e a necessidade da inserção das

mulheres no mercado de trabalho, a evolução da noção de direitos através da

divulgação através da mídia, o aumento das atividades laborais, provocam uma

mudança significativa na estrutura familiar que acaba em contrapartida gerando a

insegurança no jovem, tirando um pouco a noção referencial. Outro fator

importante analisado é a precarização do mercado de trabalho, o jovem não tem

certeza se poderá ser integrado a sociedade através do trabalho o que o leva a

ter incerteza sobre a utilidade da escola para sua vida futura e consequentemente

o fortalecimento da desvalorização da escola pelo aluno.

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No tocante ao relacionamento especificamente familiar, é feita a analise sobre

como as relações acontecem dentro das famílias através da análise padrões

básicos comportamentais que vão sendo desenvolvidos gradualmente durante o

segundo capítulo do livro. O primeiro deste fatores é a autoridade exercida para

satisfazer desejos dos pais em não para corrigir o filho, que posteriormente será

classificada como autoritarismo negligente. Dentro deste comportamento o pais

fazem de conta que não percebem problemas que se passam com os filhos

evitando diálogo e a construção de valores morais.

Outra variante do autoritarismo é o comportamento autoritário indulgente que

consiste na busca por estabelecer acordos através da troca, ou seja, compra-se,

priviligia-se, não há cobrança nem estabelecer de regras claras para solucionar os

problemas presentes dentro do lar. O modelo parental apresentado como ideal é

o comportamento autoritativo, ou democrático no qual há o diálogo e

participação mútua na construção de regras e do relacionamento.

Os estilos parentais são articulados através de estratégias que podem ser tanto

indutivas, quanto coercivas. Compreendem-se como indutivas as estratégias que

valorizam o diálogo, a análise do problema e o consenso para busca da solução e

coercivas aquelas que usam de violência para que se atinja um objetivo. É

comprovado que estratégicas coercivas estão mais ligadas a grupos sociais de

condições culturais e financeiras menores e que estas ações tem resultado

menos duradouro e que são grande contribuidoras para o desenvolvimento de

atitudes violentas no jovem.

Dos tipos de atitude que favorecem o bom desenvolvimento jovem é destacada a

monitoria positiva que pressupõe um acompanhamento constante das atitudes

do jovem, baseada no feedback dos pais sobre seus comportamentos e no

questionamento dê atitudes negativas. Outro comportamente postivo destacado é

o comportamento moral que em suma significa a responsabilidade exercida

pelos pais em se comportarem como ensinam que seus filhos devem se

comportar.

Nos casos em que os jovens apresentam-se violentos na escola é comprovado

que a grande maioria é fruto da violência intrafamiliar que pode acontecer através

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da negligência, do abuso físico, moral e sexual e da assimetria hierárquica que

pressupões comportamentos exigidos pelos pais mas que não são coerentes com

o comportamento que o próprio pai reproduz.

Os motivos para que pais apresentam comportamento negativo, ou possuam

padrões autoritários e negligentes derivam de duas vertentes principais;

insegurança em lidar com problemas com eficiência e falta de cultura. No que diz

respeito a cultura há a classificação de violência transgeracional, ou seja,

comportamentos violentos que vão sendo reproduzidos de pai para filho e são

internalizados dentro desta família como comportamentos normais. Dentro das

pesquisas realizadas o Estado do Recife apresentou índices altos de ocorrência

de violência transgeracional, nas famílias pobres analisadas percebe-se a

predominância do pensamento de que a educação está atrelada a fatores

superficiais que não contemplam características culturais e do desenvolvimento

de habilidades avançadas de convívio social e análise da sociedade para

interação sadia.

Durante as entrevistas constatou-se que predomina nas famílias uma sensação

de impotência por conta do enfraquecimento do papel do homem como provedor

e/ou da tentativa da mulher de suprir este papel dentro da casa e da sociedade.

Dados apontam que não se pode afirmar que as mudanças na estrutura das

famílias seja realmente o fator desencadeante do mau comportamento dos alunos

na escola, uma vez que muitas famílias monoparentais apresentam bom

comportamento social.

A escola dentro deste contexto apresentou ideias destorcidas sobre a

compreensão dos comportamentos dos alunos, atrelando as práticas violentas ao

perfil familiar sem considerar outros fatores.

O capítulo 4 apresenta a análise de tutela, ou seja da responsabilidade dos pais

sobre os alnos. Foi reforçada a ideia de que os relacionamentos familiares estão

pautados em busca da satisfação de prazeres em vez de valores e equidade

social. A dificuldade de consciência geracional, ou seja, valorizar as raízes

familiares e a origem. A busca por prazer imediato, acesso intenso as tecnologias

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da informação, mas falta de capacidade para interpretação, erotização,

comportamento infantilizado por parte dos pais e a ética do prazer.

Uma análise que me chamou a atenção foi o fato de que os pais se apresentam

inseguros demais e os filhos estão seguros demais das autenticidade de suas

atitudes.

A primeira escola analisada está localizada em um bairro classe média e atende

aos Ensino Médio e Ensino Fundamental, a segunda escola analisada está

localizada em um bairro pobre e atende apenas ao ensino fundamental. Embora a

primeira escola esta em bairro de melhor condição social, os alunos são advindos

de bairros dos arredores onde a condição financeira é precária. Observou-se em

ambas as escolas ocorrências semelhantes de violência. Os professores relatam

que estes alunos presenciam violência familiar e muitos relatam abusos sexuais.

Os professores de ambas as escolas se mostram desmotivados, porém na

primeira escola a desmotivação aparenta ser maior.

Na segunda escola relatada o prédio apresenta maiores sinais de abandono,

sendo que o pátio serve de ninho para urubus. Um outro fator inerente à segunda

escola é a grande incidência de crianças de 12 anos bissexuais e da intromissão

de invasores na escola sem que o problema consiga ser contornado.

Na primeira escola os gestores relatam o fato de a disciplina ser delegada ao

estado pela família que diz não ser capaz de lidar com os problemas e afirmam

até sofrer agressões. Os alunos costumam ir para a escola sem levar consigo

seus materiais básicos. Na segunda escola há o agravante de relatos de filhos

que batem nos pais.Constata-se em ambos os casos a omissão da equipe

gestora uma vez que o controle da disciplina fica por conta de docentes e demais

funcionário.

A fala dos docentes em ambas as escolas demonstra, segundo as autoras, falta

de conhecimento teórico sobre o que é violência, atrelando-a somente a fatores

familiares, e não a demais fatores sociais.

O segundo texto aborda a concepção de violência através do olhar de filósofos

franceses. Um fato que me impressiona sobre o texto é constatar que embora

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mude o país e as condições financeiras e culturais, parece que os relatos são os

mesmos. Logo a violência passa a ser compreendida como um fenômeno global e

não local como antes eu acreditava, porém é um fenômeno fultifacetado, como

um mesmo vírus que se manifesta de maneiras diferentes em diferentes

organismos. Pensar em França, nos leva a refletir sobre como este povo

específico ´´ousou´´ usar de força física para um revolução de intenção

primordialmente libertária intelectual e idealista. A própria abordagem inicial do

artigo nos remete a um ambiente de forte reflexão filosófica sobre o que é

violência e sobre como ela se constitui nos mais diversos espaços. A metodologia

de pesquisa é semelhante à utilizada no primeiro texto, sendo embasa em

entrevistas e questionários aplicados em diferentes escolas da França,

especificamente escolas de periferia.

O texto inicia-se com uma análise histórica do que vem a ser violência, apontando

que este fato social começa a ser discutido com seriedade entre os anos 80 e 90

mas que na França há registros de atitudes violentas e inconformidade com o

sistema deste os anos 50. Os fatos novos registrados são: fornicídio, estupros e

agressões com armas, crimes estes praticados cada vez por pessoas mais

jovens.

Um fato que chama a atenção e que vai de encontro ao que foi abordado no texto

anterior é a questão das intrusões. Para nós que estamos acostumados à ideia de

Brasil como o país da permissividade parece estranho pensar que numa frança do

século XXI o sistema de segurança não consiga inibir este tipo de prática e isto

acontece.

O maior fato contrastante da visão do texto sobre o contexto francês e o

brasileiro é que há a análise de um tipo eminente de violência sofrido pelo jovem,

a violência simbólica. Embora o texto “A violência na escola” cite que as

manifestações de violência dos alunos sejam motivadas pela falta de

pertencimento ao ambiente escolar e pela falta de reconhecimento da função

social que a escola tem na vida destes jovens, permanece vaga a análise de

como esta violência ocorre. Dentro deste contexto, violência simbólica se

configura como o fato de a escola estar estritamente ligada a vontades e

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necessidades políticas que desconsideram as necessidades do jovem de nossa

geração.

Levando em consideração que o jovem necessita de toda uma estrutura social

para que se desenvolva integralmente e que dizer que se oferece estrutura para o

desenvolvimento de um jovem pressupõe instrumentos de garantia de segurança

social, proteção contra a violência doméstica e garantia do desenvolvimento

psicológico saudável, podemos inferir que na verdade poucos jovens têm esses

direitos realmente garantidos pelo Estado. No contexto analisado a violência pode

ser compreendida como disposição biopsiquicia reacional, ou seja, alguém é

violento em resposta a algum fator que incomode e com certeza sentir-se parte de

um jogo sem significado é uma agressão ao jovem que consequentemente gera

violência.

O texto considera o materialismo historio dialético de Hegel como elemento que

explicita a importância da violência como força de transformação social por isso

propõe a análise de violência sobre três vieses; violência, transgressão e

incivilidade o que permite uma análise menos genérica.

Como violência entendem-se as agressões físicas e psicológicas realizadas por

uma pessoa em outra. Transgressão compreende-se pelo desobedecer de leis e

normas constituídas por legislação e incivilidade entende-se por quebra de

acordos sociais que tangem à ética e o respeito ao próximo.

Partindo para a análise do que é educação na escola constata-se que 47% das

ocorrências configuram falta de respeito.

No texto é novamente citado o fator mercado de trabalho e sua dificuldade de

acesso como um dos fatores que dificultam atribuição de valor real à escola. É

discutido o sistema de promoção adotado por escolas que permite que alunos

sejam promovidos sem que possuam habilidades básicas. Entende-se assim que

uma vez que a escola é um lugar onde facilmente se consegue ser aprovado, não

haja motivos reais para se aplicar ás atividades ali desenvolvidas.

Vale ressaltar que no Estado de São Paulo esta é a maior queixa dos docentes há

muitos anos e parece que as teorias constantemente reformuladas para a

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educação e para sua ´´ melhoria´´ insistem em negligenciar este discurso de

quem está fazendo parte do dia a dia, da realidade do que é escola.

Pesquisa e análise de dados

Conforme as orientações do curso de formação de coordenadores da UFSCAR foi

realizada na E.E. “Professora Rosa Maria Madeira Marques Freire” uma pesquisa

junto a docentes, discentes e gestores sobre violência. A pesquisa foi realizada

através de questionário e entrevistas com professores, direção, coordenação e

alunos. Foi dado liberdade para que fosse argumentado sobre os tópicos

apresentados afim de obter dados mais completos sobre os temas tratados.

Buscou-se não intervir nas respostas e não apresentar juízo de valor sobre os

posicionamentos.

Abaixo seguem as perguntas realizadas e amostragem de respostas

1. O que você considera que é violência?

Alunos

As palavras chave para violência segundo os alunos foram: agressão, pressão

psicológica, desrespeito, brigas, agressões físicas, raiva, agressões verbais,

bullying, apelidos, roubo, expressar sentimentos de maneira errada, discriminação

e matar.

Gestores

Os gestores definiram violência como esrespeito ao próximo seja física ou

verbalmente.

Professores

Os professores apontaram violência como; desrespeitar os direitos do próximo,

proferir palavras que ferem a autoestima, ofensas, indiferença, agressões físicas,

agressões psicológicas, assédio moral e assédio sexual.

2. Assinale com o número correspondente, o que você entende que seja cada

uma das ações abaixo descritas, seguindo o critério ao lado identificado:

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soco no braço agressão física

xingar a mãe do outro

colocar apelidos nos colegas

menina bater em um menino ou

menino bater em uma menina

xingar o inspetor de aluno

fazer “gestos” ou sinais

pedir para o professor calar a boca

ameaçar o outro

chamar o outro de “gordo baleia”

colocar apelido no outro

ser injustiçado e fazer a injustiça

faltar com o respeito e ser

desrespeitado

bullying

( pegar o celular do outro e não

devolver

100% 4

100% 2

100% 3 e

2

100% 4

100% 2

100% 3

100% 3

100% 3

100% 2

100% 2

100% 3

100% 3

100% 3

100% 4

Compreendendo:

(1) Não é violência

(2) Para violência verbal

(3) Para violência psicológica

(4) Para violência física

3. De acordo com seu entendimento, assinale (1) para Pré-conceito e (2) para

preconceito:

( 1 ) pré-julgar alguém, antes mesmo de conhecer

( 2 ) chamar um afrodescendente de Pelé

( 2 ) zombar de alguém com deficiência especial

( 2 ) desprezar e excluir alguém porque não faz parte do mesmo time que o

seu

( 2 ) zombar de alguém que está acima e/ou abaixo do peso

( 2 ) fazer brincadeira com características físicas do outro (sobre sua altura,

nariz, orelha, etc.)

4. Qual atitude você toma diante de um ato de violência e preconceito:

( ) tenta resolver com diálogo

5. ê considera que a escola pode/deve tomar para ajudar/evitar a violência no

cotidiano da escola? Por quê?

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Todas as respostas foram consideradas coerentes.

6. Você já presenciou algum tipo de violência na escola?

Foram descritos vários tipos de agressão física e verbal classificados entre

os supra citados. Foi citado o desrespeito aos funcionários como violência.

7. Você já presenciou algum tipo de preconceito na escola? ( ) sim ( ) não

Descreva como foi e quem praticou:

Entre os alunos predominou o Bullying. Os professores e gestores

apontaram que são muitos exemplos e que seria difícil escolher um

específico para citar.

A análise dos dados aponta alguns fatores interessantes. O primeiro que se

destaca é o fato de que os alunos tem uma compreensão de violência subjetiva

maior do que os professores. Quando falaram sobre violência citaram pressão

psicológica, fato que não foi citado pelos professores, nem por gestores, embora

os professores tenham citado assédio moral.

Outro fato interessante é que não foi citado casos de violência sexual,

porém sabe-se que há grande incidência deste tipo de violência na comunidade.

Acredito que os fatos não foram expostos por causa da identificação nos

questionários e necessidade de preenchimento de autorização para utilização das

informações.

Ambos os grupos tiveram dificuldades em classificar os casos de violência

ligados a furto, provavelmente pelo campo de vocabulário disponível no

questionário.

A leitura dos textos e a análise de dados indicam que muito deve ser

discutido sobre violência na escola, mas que o confronto de dados derruba muitas

teses e paradigmas sobre o que vem a ser violência evidenciando a carência de

estudos realmente pautados na realidade que subsidiem ações estatais e locais

para o combate à violência escolar.

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REFERÊNCIAS

CHARLOT, BERNARD. A violência na escola: como os sociólogos franceses

abordam essa questão. Revista Sociologias. Porto Alegre, n.8, ano 4, jul./dez.

2002. pp.432-443. Disponível

em:http://www.cfge.ufscar.br/file.php/460/Material_didatico/a_violencia_na_escola

_como_os_sociologos_franceses_abordam_essa_questao_de_bernard_charlot.p

dfAcesso em: 09/09/2015.

SALLES, L. M. F.; SILVA, J. M. A de P. Família e escola: interfaces da

violência escolar. São Paulo: UNESP; Cultura Acadêmica Ed., 2012. Disponível

em:http://www.cfge.ufscar.br/file.php/460/Material_didatico/familia_e_escola_interf

aces_da_violencia_escolar_de_leila_maria_ferreira_salles_e_joyce_mary_adam_

de_paula_e_silva.pdfAcesso em: 09/09/2015.