Atividades Para Os Pequenos

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ATIVIDADES PARA CRIANÇAS (3 ANOS) (ADAPTAÇÃO) É TUDO NOVIDADE Até ir para a creche, a criança tem um relacionamento social restrito à sua casa, com os seus pais ou responsáveis, e a alguns familiares. Ao freqüentar um novo ambiente, ela precisa de um período para se adaptar ao espaço, às pessoas e às novas relações que vão surgir. O sucesso desse processo depende do acolhimento que a instituição oferece. Na escola, a mediação do educador é determinante, pois a ele compete introduzir o novato no grupo. O ideal é manter os cuidados específicos e individuais que a criança está acostumada a ter em casa. Por isso, é importante que um dos pais ou um responsável acompanhe os primeiros dias na creche: além de mostrar ao educador aspectos relevantes da rotina familiar, ele vai transmitir à criança segurança até que ela consiga ficar sozinha. Para a adaptação ser completa, é fundamental também o educador compartilhar com a família as experiências inéditas que os pequenos vivenciam na escola. A MÚSICA DOS NOMES IDADE: A partir de 4 meses. TEMPO: 30 minutos. ESPAÇO: Sala de atividades, pátio ou jardim. OBJETIVOS: Reconhecer o próprio nome e reforçar o vínculo com o educador. Escolha uma música na qual você possa incluir o nome das crianças. Alguns exemplos: “Se Eu Fosse um Peixinho”, “A Canoa Virou”, “Ciranda, Cirandinha” e “Fui ao Itororó”. Reúna a turma em um local agradável e cante. Os bebês também podem participar, já que a intenção é fazer com que se familiarizem com os nomes. Aos que já andam, sugira uma roda, que vai se formando com aqueles que ouvem o próprio nome. (AGRESSIVIDADE) LIBERANDO AS ENERGIAS Mordidas, tapas, puxões de cabelo... Até os 3 anos de idade, é comum a criança expressar seus desejos e frustrações com atitudes que não são lá muito delicadas. Cabe ao adulto mostrar que há outras formas de se relacionar com o mundo. Oferecer às crianças um ambiente tranqüilo e acolhedor é o primeiro passo para diminuir a agressividade natural nessa fase: quanto maior o bem-estar, menor a necessidade de se expressar agressivamente. CHUVINHA DE PAPEL IDADE: De 8 meses a 3 anos. TEMPO: De 15 a 30 minutos. ESPAÇO: Sala de atividades. MATERIAL:Revistas e jornais velhos. OBJETIVOS: Relaxar de forma ativa (e não apenas em posição de repouso) e interagir de maneira lúdica com o educador e os colegas. Sente-se com a turma no chão, em torno de uma pilha de revistas e jornais velhos. Deixe que todos manipulem e rasguem as páginas livremente. Junte os papéis picados num monte e jogue tudo para o alto. Vai ser uma festa! Depois, o papel picado pode ser aproveitado em colagens ou modelagem de bonecos. PAPAI VEIO BRINCAR IDADE: De 3 meses a 1 ano. TEMPO: 30 minutos.

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ATIVIDADES PARA CRIANÇAS (3 ANOS)

(ADAPTAÇÃO) É TUDO NOVIDADE

Até ir para a creche, a criança tem um relacionamento social restrito à sua casa, com os seuspais ou responsáveis, e a alguns familiares.Ao freqüentar um novo ambiente, ela precisa de um período para se adaptar ao espaço, às pessoas e às novas relações que vão surgir. O sucesso desse processo depende do acolhimentoque a instituição oferece. Na escola, a mediação do educador é determinante, pois a ele compete introduzir o novato no grupo. O ideal é manter os cuidados específicos e individuais que a criançaestá acostumada a ter em casa. Por isso, é importante que um dos pais ou um responsável acompanhe os primeiros dias na creche: além de mostrar ao educador aspectos relevantesda rotina familiar, ele vai transmitir à criança segurança até que ela consiga ficar sozinha. Para a adaptação ser completa, é fundamental também o educador compartilhar com a família as experiências inéditas que os pequenos vivenciam na escola.

A MÚSICA DOS NOMESIDADE: A partir de 4 meses.TEMPO: 30 minutos.ESPAÇO: Sala de atividades, pátio ou jardim.OBJETIVOS: Reconhecer o próprio nome e reforçar o vínculo com o educador.Escolha uma música na qual você possa incluir o nome das crianças. Alguns exemplos: “Se Eu Fosse um Peixinho”, “A Canoa Virou”, “Ciranda, Cirandinha” e “Fui ao Itororó”. Reúna a turma em um local agradável e cante. Os bebês também podem participar, já que a intenção é fazer com que se familiarizem com os nomes. Aos que já andam, sugira uma roda, que vai se formando com aqueles que ouvem o próprio nome.

(AGRESSIVIDADE) LIBERANDO AS ENERGIAS

Mordidas, tapas, puxões de cabelo... Até os 3 anos de idade, é comum a criança expressar seus desejos e frustrações com atitudes que não são lá muito delicadas. Cabe ao adulto mostrar que há outras formas de se relacionar com o mundo. Oferecer às crianças um ambiente tranqüilo e acolhedor é o primeiro passo para diminuir a agressividade natural nessa fase: quanto maior o bem-estar, menor a necessidade de se expressar agressivamente.

CHUVINHA DE PAPELIDADE: De 8 meses a 3 anos.TEMPO: De 15 a 30 minutos.ESPAÇO: Sala de atividades.MATERIAL:Revistas e jornais velhos.OBJETIVOS: Relaxar de forma ativa (e não apenas em posição de repouso) e interagir de maneira lúdica com o educador e os colegas.Sente-se com a turma no chão, em torno de uma pilha de revistas e jornais velhos. Deixe que todos manipulem e rasguem as páginas livremente. Junte os papéis picados num monte e jogue tudo para o alto. Vai ser uma festa! Depois, o papel picado pode ser aproveitado em colagens ou modelagem de bonecos.

PAPAI VEIO BRINCARIDADE: De 3 meses a 1 ano.TEMPO: 30 minutos.

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ESPAÇO: Sala ampla.MATERIAL: Aparelho de som, CDs ou fitas cassete com músicas infantis, bolas, fantoches e panos coloridos.OBJETIVO: Interagir ludicamente com os pais por meio da brincadeira.PREPARAÇÃO: Decore o ambiente com os panos.Coloque uma música e peça para o pai ou a mãe se sentar no chão com o filho. Você pode conduzir as brincadeiras, como rolar uma bola para a criança ou brincar com um fantoche, apresentando possibilidades de interação. Os pais se inspiram em você ou criam brincadeiras.

JCAMINHADA SOLIDÁRIAIDADE: De 1 ano e meio a 3 anos.TEMPO: De 5 a 10 minutos.ESPAÇO: Áreas livres ou outros espaços.OBJETIVOS: Desenvolver a idéia de grupo e a tolerância.Esta proposta pode ser aplicada sempre que as crianças tiverem de andar juntas, como da sala para o pátio. Quem quiser correr tem de se controlar. Quem for mais lento precisa se apressar. Se houver alguém com dificuldade de locomoção, o grupo todo terá de esperá-lo.

(ARTES VISUAIS) GRANDES TALENTOS

Nos primeiros anos de vida, as crianças estão imersas no universo das imagens. Começam a perceber que podem agir sobre papéis ou telas provocando mudanças e produzindo algo para ser visto – experiência que já é estética. Oferecer diferentes materiais aos pequenos é uma maneira de ampliar a capacidade de expressão deles e o conhecimento que têm do mundo. A vivência artística da criança será mais rica se ela tiver acesso a tintas, pincéis, lápis e canetas.

PINTAR E DESPINTARIDADE: De 1 a 2 anos.TEMPO: De 10 a 15 minutos.ESPAÇO: Sala de atividades.MATERIAL: Um vidro grosso (janela, porta de vidro ou outra superfície transparente, desde que bem fixa, para garantir segurança), tinta guache, rolinho, pincel, esponja ou as mãos.OBJETIVOS: Explorar e reconhecer o corpo como produtor de marcas; perceber e reconhecer as características do vidro (transparência, dureza e frieza); e observar e perceber as transformações, movimentos, formas e cores por meio da luz que atravessa o vidro.Antes de começar a pintura, estimule as crianças a observar a superfície e suas características (lisa, fria, transparente...). Brinque de fazer caretas do outro lado do vidro, de pôr a mão atrás dele para a criança tentar pegar e de amassar o rosto contra ele. Depois, as crianças podem espalhar a tinta e observar que onde está pintado não há mais transparência. Proponha que elas pintem com o dedo e observem que a transparência volta por onde o dedo passa. Forme uma roda de conversa para retomar as experiências vividas no processo.

MARCA REGISTRADAIDADE: De 1 a 2 anos.TEMPO: De 5 a 10 minutos.ESPAÇO: Sala de atividades.MATERIAL: Cartolina ou outro tipo de papel e sagu no sabor morango ou uva.OBJETIVOS:Explorar os materiais (sagu e papel); perceber a marca pessoal; construir a auto-imagem; ordenar formas; e relacionar sensações corporais e registro gráfico.Pinte com o sagu a palma das mãos das crianças para que elas a imprimam sobre o papel. Você pode pintar a sua e fazer a demonstração. Não faça o trabalho por elas. Dê liberdade de

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movimentos aos pequenos, mesmo que não façam carimbos, mas pinturas livres (foto na pág. ao lado). Uma variação possível desta atividade é a pintura da sola dos pés, que pode ser feita com as crianças que já andam. Elas podem imprimir os pés enquanto caminham sobre um papel comprido. Chame a atenção para o fato de as marcas ficarem bem visíveis no início e irem desaparecendo à medida que a tinta é gasta.

RASGUE E COLEIDADE: De 7 meses a 3 anos.TEMPO:De 10 a 20 minutos.ESPAÇO:Sala de atividades.MATERIAL: Papel Kraft grande, cola de farinha, revistas e papéis variados (forminha de brigadeiro, embalagem de bala de coco, figurinhas etc.).OBJETIVO:Perceber diferentes formas, cores e estruturas tridimensionais. PREPARAÇÃO: Faça a cola: misture em uma panela 1 litro de água, 3 colheres de sopa de farinha de trigo e 1 colher de vinagre. Mexa até engrossar e deixe esfriar. Dê às crianças diversas revistas para recortarem sem tesoura.Coloque sobre a mesa uma folha de papel Kraft já pincelada com cola de farinha em toda a área.Deixe à disposição das crianças os vários tipos de papel e recortes de revistas para que elas colem no papel Kraft. Vale sobrepor imagens. Ao final, pode-se fazer um painel coletivo e expor o trabalho.

(CUIDADOS E SEGURANÇA) CARINHO E ATENÇÃO

Cuidar e educar são ações que se complementam para promover um crescimento saudável. O desenvolvimento das crianças na Educação Infantil depende das oportunidades de aprendizagem oferecidas pelo mundo que as cerca. O momento do banho ou da alimentação pode ser tão rico quanto o de uma atividade de artes plásticas. Tudo depende de como é organizado.

FRALDA SEQUINHA

O tom de voz da pessoa que cuida regularmente do bebê e seu jeito de tocá-lo informam a ele sobre as relações humanas. Antes de levar a criança para o trocador, é bom dizer que vai trocar sua fralda para ajudá-la a ficar limpa, seca e confortável. Primeiro, coloque-a num bebê-conforto, com cinto de segurança, próximo a você, enquanto organiza o material necessário e lava as mãos. Forre o trocador com a toalha da criança e cubra-a com papel-toalha na região onde apoiará as nádegas, para evitar o contato com algum resíduo que possa contaminá-la. Sempre olhe em seus olhos e converse com ela durante a troca. Remova as roupas sujas e a fralda com cuidado para evitar que fezes e demais secreções respinguem e contaminem você e o ambiente. Dobre a fralda suja sobre si mesma e jogue-a no lixo, que deve ter tampa acionada por pedal e estar perto. Se o bebê estiver com resíduo de fezes, limpe sua pele com água morna corrente e sabonete líquido neutro. Se for apenas de urina, use chumaços de algodão embebido em água morna. Deposite o algodão usado no lixo, assim como as luvas – caso esteja usando. Lave as mãos da criança com sabonete e água corrente. Seque bem as dobras da pele e coloque a fralda limpa verificando se ficou confortável. Acomode a criança no bebê-conforto enquanto organiza o ambiente e a sacola da criança. Lave as mãos e retorne com ela para a sala

LONGE DO PERIGO

Há normas específicas para a construção e a adaptação de espaços de Educação Infantil, publicados tanto pelo Ministério da Saúde como pelo da Educação. Todos os materiais (brinquedos, mobiliários e utensílios) e as atividades devem seguir as normas de segurança biológica (sobre toxicidade e contaminação) e evitar acidentes. Manuais sobre o preparo da

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alimentação e a higiene do espaço e dos brinquedos, elaborados por profissionais habilitados, devem ser adotados. Nas creches, os acidentes mais graves – que podem ser fatais – são engasgos, aspiração de vômito ou de alimentos e quedas. As crianças podem também engolir pequenos objetos ou introduzi-los em orifícios do corpo. Há registros, ainda, de intoxicação com produtos de limpeza, assim como erro na hora da medicação. Toda creche deve ter um protocolo de como agir em caso de acidentes, saber a quem chamar e como remover a criança, se necessário. Todos os educadores devem ser treinados por profissionais habilitados, a cada seis meses, em técnicas de suporte básico de vida para crianças. Os pais precisam preencher uma ficha contendo informações sobre atendimento em situação de urgência e emergência, autorizando a remoção do filho e fornecendo o nome do serviço de saúde em que deseja que ele seja atendido.

HORA DE PAPAR

A alimentação na creche deve ser integrada à rotina de casa. Um local para as mães amamentarem é essencial. Como algumas trazem o leite materno para alimentar os bebês na sua ausência, é necessário saber armazená-lo, degelá-lo, aquecê-lo e oferecê-lo. Também é preciso conhecer o cardápio adequado para bebês que estão em aleitamento misto (leite materno e não materno) e saber preparar e servir papa de frutas ou de legumes ao bebê em processo de desmame. Seguir cuidados de higiene e segurança no preparo e na oferta dos alimentos evita graves riscos à saúde, como intoxicação alimentar. Tenha sempre em mente a necessidade de prevenir engasgos, aspiração de líquidos regurgitados e, caso esses acidentes ocorram, saber como socorrer as crianças. Alimentar os bebês requer atenção individualizada e segurança. Após os 6 meses, aqueles que ainda não se sentam sem apoio das mãos devem receber as papas em cadeirinhas tipo bebê-conforto. Os demais ficam em caldeirões colocados em semicírculos. Assim, você atende dois ou três ao mesmo tempo. Por volta dos 8 meses, as crianças podem receber uma colher para ir prendendo a pegar o alimento e levá-lo à boca – tudo bem se elas quiserem tocar a comida ou levá-la à boca com as mãos. Os pratos devem ser fundos, inquebráveis e lavados com água quente e detergente neutro. Crianças que já andam podem se sentar em cadeiras adequadas à sua altura e, pouco a pouco, aprender a servir-se, com a sua ajuda. Faz parte de a aprendizagem lavar as mãos antes das refeições e usar babador ou guardanapo.

(IDENTIDADE) QUEM SOU EU

A construção da identidade é gradativa e se dá por meio das interações sociais. Ora as crianças imitam o outro, ora diferenciam-se dele. Para ajudar os bebês nesse processo, você pode criarsituações nas quais eles se comuniquem e expressem desejos, desagrados, necessidades, preferências e vontades. Brincadeiras feitas em frente do espelho ajudam a criança a reconhecer suas características físicas. Já o desenvolvimento da auto-estima se dá conforme a criança incorpora a afeição que os outros têm por ela e a confiança da qual é alvo.

TODO MUNDO NA JANELINHAIDADE: De 9 meses a 2 anos.TEMPO: 30 minutos.ESPAÇO: Sala de atividades.MATERIAL: Cartolina, caneta hidrocor, cola e uma foto de cada criança.OBJETIVO: Favorecer o reconhecimento da própria imagem e da dos colegas.PREPARAÇÃO: Em uma cartolina, desenhe um trenzinho com o número de vagões correspondente à quantidade de crianças. Pendure o cartaz na parede da sala antes de elas chegarem. No dia da brincadeira, peça aos pais que mandem uma foto do filho ou da filha. Peça aos pequenos que sentem em roda e coloquem a foto no meio do círculo. Aconchegue os bebês no grupo e converse com todos. Comente uma foto por vez. Mostre a imagem e diga: “Olha a Aninha!”, “Onde você estava?”, “Na praia, não é?”, “O seu biquíni era azul?”, “Quem já

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foi à praia?” Chame as crianças pelo nome, pois é muito comum na Educação Infantil o uso de apelidos. Depois dos comentários, cole as fotos nos vagões e deixe elas apreciarem. Inclua uma foto sua também. O trenzinho fica na classe até as férias. Você vai perceber que, sempre que possível, as crianças vão chamar as pessoas que se aproximam da sala para ver as fotos.

(INTERAÇÃO) AGIR E CONHECER

Até os 3 anos, a interação da criança com o ambiente se dá por meio da observação e da exploração do espaço, incluindo tudo o que está contido nele. Assim, para que ela adquira conhecimento por meio da ação, você pode planejar atividades que utilizem objetos variados, diversificando as possibilidades de interação também com o espaço e os colegas. Como a criança está aprendendo a falar, é fundamental conversar com ela durante as brincadeiras, mesmo que ela ainda não compreenda ou responda.

HOJE É DIA DE NOVIDADEIDADE: A partir de 4 meses.TEMPO: Uma hora.ESPAÇO: Sala de atividades.MATERIAL: Caixa, objetos com diversas formas, texturas e tamanhos (caixinhas encapadas com papel ou tecido contendo areia, pedrinhas ou grãos variados), bexigas com um pouco de água dentro, pedaços de conduíte, rolos de papel-toalha pintados ou encapados, luvas cirúrgicas com talco, argolas, potes de filme fotográfico com miçangas, garrafas PET pequenas com pedaços de papel colorido, espelhinhos, chocalhos, tampas de vasilhas e saches.Obs.: as caixas ou outros objetos que contêm miudezas devem estar bem vedados, para que o conteúdo não escape.OBJETIVOS:Conhecer os objetos e formas de interagir.PREPARAÇÃO: Espalhe almofadas pelo chão para a sala ficar aconchegante e coloque as crianças sentadas sobre elas. Os bebês também podem entrar na roda, acomodados em assentos próprios.Inicie a brincadeira dizendo à turma que você trouxe uma caixa cheia de surpresas. Abra-a e tire de dentro dela um objeto por vez, mostrando as várias possibilidades de manuseio, as cores e os desenhos. Essa mediação é fundamental para despertar o interesse da garotada: é observando e imitando sua ação que a criança vai ampliar o repertório de movimentos e criar variações. Quando isso acontecer, chame a atenção das demais para o novo jeito de brincar. Assim você continua estimulando a imitação. Explore ao máximo cada peça, sacudindo, jogando, empilhando, torcendo ou colocando próximo ao ouvido. Só depois entregue-a às crianças. Distribua todo o conteúdo da caixa e permita que elas troquem as peças entre si. Os bebês interagem pelo olhar, mas também podem brincar. Se eles ainda não conseguirem segurar os objetos, ajude-os. Essa atividade pode ser repetida várias vezes na semana, com os mesmos objetos ou outros novos que você trouxer. Guarde-os sempre limpos.

CANTINHO DE LEITURAIDADE: A partir de 9 meses.TEMPO: De 10 a 15 minutos por dia.ESPAÇO: Sala de atividades.MATERIAL: Tapete ou colchão, almofadas ou sofá em miniatura, bonecos de pano e fantoches de personagens familiares às crianças e vários livros.OBJETIVOS: Interessar-se por histórias e explorar os livros.A experiência de manusear livros desde os primeiros meses de vida colabora com o aprendizado

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da leitura. Escutar histórias com regularidade também favorece a formação de melhores leitores e apreciadores do universo literário. Organize em sua sala um espaço de leitura que as crianças possam freqüentar e explorar, entrando em contato diariamente com livros, álbuns de imagens, fantoches e bonecos de pano.Vale lembrar que esse espaço deve ser confortável, acolhedor e atrativo. Assim, as crianças se envolvem por um tempo maior com suas atividades. Os livros e demais materiais expostos precisam ser resistentes.Se acontecer de algum ser rasgado ou amassado, conserte e ponha em uso novamente. Leia livros para o grupo. Por causa da idade, as crianças não ficarão sentadas em roda, como as mais velhas. O interesse de uma criança pequena por uma história lida pode ser percebido por reações de alegria ou tentativas de encenar a história. Observe esses sinais e incentive as crianças que os emitiram. Ao escolher as histórias para ler ou contar, opte por livros com ilustrações de qualidade. Não se preocupe com variedade, porque as crianças pequenas gostam de ouvir várias vezes a mesma história. Antes ou depois da leitura, lembre de dar um tempo para as crianças manusearem livremente os livros.

ARTE COM MINGAUIDADE: De 8 meses a 1 ano e meio.TEMPO: 30 minutos.ESPAÇO: Sala de atividades ou pátio.MATERIAL: Maisena, corante alimentar e água.OBJETIVO: Interagir com o espaço.PREPARAÇÃO: Em uma panela, dissolva uma colher de sopa de maisena para cada copo de água. A quantidade é de acordo com o número de crianças ou o tamanho do espaço onde a atividade será realizada. Coloque pitada de corante até a mistura ficar com a cor que você deseja. Leve-a ao fogo e mexa até que se transforme em um mingau. Deixe esfriar. Avise os pais para mandarem roupas velhas no dia da brincadeira.Espalhe a mistura no chão da sala onde as crianças vão brincar. Deixe-as andar, engatinhar e rolar sobre o mingau, interagindo com o espaço. Atenção para que todos se divirtam e ninguém se machuque. Incentive as várias possibilidades de movimento.

(MOVIMENTO) MEU CORPO

Para a criança pequena, mover-se é muito mais do que mexer o corpo ou se deslocar. É uma forma de se comunicar. A aquisição de novas habilidades permite que ela atue de forma cadavez mais independente no mundo. Essa autonomia só é conseguida com a confiança em si mesma e no ambiente. Por isso, é fundamental que a escola ofereça possibilidades de autoconhecimento e um espaço seguro e estimulante.

CORRIDA DE OBSTÁCULOSIDADE: Até 3 anos.TEMPO: De10 a 20 minutos.ESPAÇO: Sala de atividades ou pátio.MATERIAL: Colchonetes, tatames ou tapetes de EVA e obstáculos, como bancos, cordas, túneis, rampas etc.OBJETIVO: Desenvolver a coordenação motora, noções de espaço, lateralidade, equilíbrio, deslocamento, esquema corporal, ritmo e atenção.PREPARAÇÃO: Organize a sala forrando o chão com os colchonetes. Espalhe pelo ambiente alguns obstáculos.Proponha às crianças diferentes movimentos: ajude-as a rolar com braços e pernas esticados, para a frente e para trás; sugira que engatinhem por baixo da mesa ou de uma corda amarrada a uma altura baixa, dentro de um túnel, em uma rampa, em diferentes direções e em ziguezague;

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dê uma força também para elas andarem de frente e de costas em cima de um banco ou sobre materiais diversos, devagar e rápido, com passos de formiguinha e de gigante; incentive-as a trabalhar o impulso com pulos, saltos para a frente e para trás, livres ou sobre obstáculos.

CABANINHA TRANSPARENTEIDADE: Até 3 anos.TEMPO: De 30 a 50 minutos.ESPAÇO: Sala de atividades ou parque.MATERIAL: Tule com metragem suficiente para que as paredes da cabana cheguem até o chão ou várias tiras coloridas e compridas de papel celofane, bambolê, cola, tesoura, barbante, fita dupla face ou crepe e pequenos ganchos de metal no teto.OBJETIVOS: Interagir com outras crianças e adultos; pesquisar diferentes sons e efeitos visuais com o uso de transparências, cores e texturas; ter controle motor e limites corporais em espaço pequeno; e se movimentar e se adequar a um espaço que muda de forma quando manipulado.PREPARAÇÃO: Prenda pedaços grandes de tule ou tiras compridas de papel celofane em árvores, brinquedos de parque etc. Eles devem ir até o chão. Na sala, o tule ou celofane pode ser preso a pequenos ganchos no teto, com uma abertura central. Outra opção é amarrar tiras num bambolê, formando um círculo de caimento vertical com diversas aberturas por toda a circunferência. O tule é transparente e tem elasticidade e leveza, facilitando a manipulação das crianças sem a ajuda do adulto. Já o papel celofane produz um efeito visual de transformação das cores do ambiente e diferentes sons ao ser manipulado.As crianças podem brincar livremente de esconder e aparecer, vendo o mundo de diferentes cores.

ESTA É LEVE, ESTA É PESADAIDADE: De 7 meses a 3 anos.TEMPO: De 15 minutos a uma hora.ESPAÇO: Sala ampla, pátio com solo liso ou gramado.MATERIAL: Várias caixas de papelão resistente de diferentes tamanhos, jornais, revistas, cola, tesoura, fita adesiva larga, fita crepe e plástico adesivo. OBJETIVOS: Desenvolver a autonomia; pesquisar habilidades corporais; relacionar o corpo com o peso e o volume dos objetos; e desenvolver aspectos sociais, afetivos e cognitivos. PREPARAÇÃO: Deixe algumas caixas vazias e encham outras com jornais. Fechem todas muito bem e decore-as com recortes de revistas ou fotos de bichos, brinquedos, objetos, meios de transporte, famílias, pessoas, situações de brincadeiras, de convívio social etc. A decoração deve ser feita de forma livre por você. Em alguns momentos, as imagens vão enriquecer suas aulas, quando o tema for bicho ou transporte, por exemplo. Encape as caixas com plástico adesivo para o material durar mais e para facilitar a limpeza. Espalhe as caixas vazias e estimule as crianças a realizar diferentes atividades com elas, como carregar, empurrar, virar, rolar, empilhar etc. Com as mais pesadas, elas vão explorar outros movimentos: debruçar, subir, pular, equilibrar, saltar e virar.

(MÚSICA) DESCOBRIR SONS

Acriança consegue perceber sons e se expressar por meio deles desde os primeiros meses de vida. Por desenvolver outras capacidades, como sensibilidade, intuição, reflexão, criatividade, coordenação motora, dicção e ritmo, é importante começar a educação musical desde o berçário. Você pode incentivar os pequenos a cantar, além de educá-los musicalmente ao brincar com a voz, explorando possibilidades diversas como imitar ruídos e os sons de animais, de trovão etc.É essencial ter em mente que você atua como modelo e deve incentivar bons hábitos, como respirar tranqüilamente e manter-se relaxado e com boa postura, além de não gritar ou forçar a

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voz.

A NATUREZA FALAIDADE: De 2 a 3 anos.TEMPO: 30 minutos.ESPAÇO: Sala de atividades, pátio ou jardim.MATERIAL: Desenhos, recortes ou vídeos mostrando animais e cenas da natureza.OBJETIVOS: Brincar com a voz e trabalhar as possibilidades de sons que podemos emitir; estimular a criatividade e a imaginação; e aumentar o repertório.Com base nas imagens, faça perguntas como: “Que som faz esse animal?”, “Como é o barulho do trovão?” ou “Como esse pássaro canta?” e deixe as crianças brincarem livremente.

BRINCOS DE PARALENDASIDADE: De 6 meses a 3 anos.TEMPO:30 minutos.ESPAÇO: Sala de atividades, pátio ou jardim.MATERIAL: Letras de músicas, brincos e par lendas.OBJETIVO: Se divertir com a música.Parlendas são brincadeiras com rima e sem música. Brincos são geralmente cantados e envolvem movimentos corporais, como cavalinho ou balanço.Exemplo de brinco: Serra, Serra, Serrador (Sente a criança em suas pernas, de frente para você e fique de mãos dadas com ela, fazendo movimentos de balanceio para a frente e para trás.)Serra, serra, serrador/ Serra o papo do vovô / O vovô está cansado / Deixa a serra descansarExemplo de par lenda Lá em Cima do Piano (Pode ser usado para escolher quem vai começar uma brincadeira.)Lá em cima do piano / Tem um copo de veneno / Quem bebeu morreu / O azar foi seu

QUE SOM É ESSE?IDADE: De 6 meses a 2 anos.TEMPO:30 minutos.ESPAÇO:Sala de atividades.MATERIAL: Objetos que emitam sons – chocalhos, sinos, matracas –, instrumentos musicais e brinquedos próprios para a idade.OBJETIVO: Descobrir e produzir diferentes sons.O bebê é estimulado a descobrir os sons que um objeto emite. Espalhe diversos brinquedos por perto da criança e estimule-a a descobrir cada som movimentando o objeto: tocando, apertando, chocando-o com outro (foto na pág. ao lado). É importante estimular a pesquisa de possibilidades para produzir sons em vez de ensinar um único modo de tocar um instrumento, por exemplo.

NOSSO REPERTÓRIOIDADE: De 6 meses a 3 anos.TEMPO: 30 minutos.ESPAÇO: Sala de atividades.MATERIAL: Aparelho de som e fitas cassete ou CDs variados.OBJETIVO: Estimular o contato com a música e aprender a ouvi-la.A música deixa de ser trilha sonora ou pano de fundo de outras atividades e passa a ser o foco. Além de estimular o ouvir, mostre à criança como acompanhar o som – batendo palmas, por exemplo, ou até mesmo cantando. É importante que ela tenha contato com um repertório musical variado – de música clássica a ritmos regionais brasileiros. Se você souber, toque um instrumento musical e cante, estimulando a criança a prestar atenção aos sons.

Shantala

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A Shantala é uma massagem de origem indiana própria para bebês. Foi trazida para o

ocidente pelo médico francês Frederick Leboyer. O objetivo maior dessa técnica milenar é

ampliar os momentos de contato com a criança e fortalecer os vínculos afetivos,

trabalhando a integração, troca de afeto e despertar a confiança.

Ela relaxa e acalma, aliviando as cólicas e pressões de ventre e tem como característica

fazer com que o bebê tenha lembranças dos movimentos intra-uterinos, quando o líquido

amniótico que a envolvia enquanto feto, o massageava com pequenas contrações.

Atividades lúdicas

As atividades lúdicas têm um papel fundamental na estruturação do psiquismo da criança,

é no ato de brincar que a criança utiliza elementos de fantasia e realidade e começa a

distinguir o real do imaginário. É através da ludicidade que ela desenvolve não só a

imaginação, mas também fundamenta afetos, elabora conflitos e ansiedade, explora

habilidades e, a medida que assume múltiplos papéis, fecunda competências cognitivas e

interativas.

Através da ludicidade a criança vai estruturando e construindo seu mundo interior e

exterior. As atividades lúdicas podem ser consideradas como meio pelo qual a criança

efetua suas primeiras grandes realizações, que através do prazer, ela expressa a si

própria, suas emoções e fantasias.

Psicomotricidade

A Psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a formação e estruturação do

esquema corporal e tem como objetivo principal incentivar a prática do movimento em

todas as etapas da vida de uma criança. Por meio das atividades, as crianças, além de se

divertirem, criam, interpretam e se relacionam com o mundo em que vivem. Por isso, cada

vez mais os educadores recomendam que os jogos e as brincadeiras ocupem um lugar de

destaque no programa escolar desde os primeiros momentos da educação.

Segue abaixo programação de atividades do Berçário, com respectivos objetivos:

(a) Aprend.Ativa (Exploração PSM/Vida prática)

(b) Linguagem

(c) Exp. e representação

(d) Raciocínio lógico e relação espacial

Segunda

(a) Folhear livros (capa dura/plástico ou pano) e revistas

(b) Ouvir pequenas histórias (livros e gravuras)

(b) Música com gestos

(b) Brincar com a língua, barulhos, repetição de sílabas/onomatopéias

(c) Trabalhar com os sentidos: visão (esconder e encontrar objetos)

(c) Uso do espelho: ver a si e ao outro

(d) Trabalhar quantidade: muito/pouco, cheio/vazio, mais/menos

Terça

(a) Tinta caseira

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(b) Cartões de linguagem

(b) Mísica com gestos

(c) Trabalhar com os sentidos: Tato (textura, peso, temperatura)

(d) Trabalhar com semelhanças e diferenças

(d) Comparar objetos quanto a forma, tamanho e cor

(d) Dobrar e amassar papéis (modificar formas dos objetos)

Quarta

(a) Rasgar e amassar papéis (texturas variadas)

(b) Observar fotos e revistas (identificar objetos, pessoas e lugares)

(b) Música com gestos

(c) Trabalhar com os sentidos: Olfato

(c) Trabalhar partes do corpo

(d) Separar objetos em caixas/classificação (ajudar a arrumar)

(d) Realizar ativ. que explorem: perto/longe (c/ o corpo, gravuras, fotos)

Quinta

(a) Brincar com sucata

(b) História com fantoches

(b) Música com gestos

(c) Trabalhar com os sentidos: Audição (sons prodizidos com objetos e o corpo)

(d) Jogos de encaixe

(d) Guardar objetos em diferentes tamanhos de caixas

(d) Realizar ativ. que explorem: junto/separado (c/ o corpo, gravuras, fotos)

Sexta

(a) Massinha caseira

(b) Cartões de linguagem

(b) Fazer ruídos com a boca (beijo, som do índio, estalar língua...)

(b) Música com gestos

(c) Trabalhar com os sentidos: (paladar)

(c) Brincar de faz de conta: panelinha, carrinho, boneca, telefone...)

(d) Empilhar objetos (até 3 objetos)

(d) Realizar ativ. que explorem: por cima/por baixo (c/ o corpo, gravuras, fotos)