Atlas de Histologia
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ATLAS de HISTOLOGIA
Prof. Jorge Luiz
TECIDOEPITELIAL
TECIDO CONJUNTIVO
TECIDONERVOSO
TECIDOMUSCULAR
TECIDO EPITELIAL
Tecido EpitelialO tecido epitelial, originado dos três folhetos embrionários
(ectoderme, mesoderme e endoderme), é caracterizado pela sua falta de vascularização, justaposição entre suas células e por estar sempre apoiado numa membrana basal (a estrutura responsável pela nutrição e trânsito de substâncias do epitélio).
Suas funções são bastante variadas, incluindo proteção, revestimento, percepção sensorial, absorção e secreção de
substâncias.
Divide-se em epitélio de revestimento e epitélio glandular.
Epitélio de Revestimento Epitélio Glandular
ÍNDICE
Tecido Epitelial de Revestimento
O epitélio de revestimento cobre superfícies de diversos órgãos e, por isso, recebe várias funções.
Pode ser monoestratificado, composto por uma só camada de células, pluriestratificado, composto por várias camadas
celulares, ou pseudoestratificado, com uma só camada de células de tamanhos diferentes, que por isso, parece ser
várias camadas.
As células epiteliais de revestimento podem ser pavimentosas, cúbicas ou cilíndricas, e apresentar diferentes
especializações de membrana.
T. Epitelial
Epitélio
Folheto de células contíguas unidas por complexos juncionais.
Pouco espaço intercelular e matriz extracelular. Avascular.
Renovação das células Epiteliais
Localização + Função = taxa de Mitose
Epiderme = 28 diasMucosa intestinal = 6 dias
Tecido Epitelial de Revestimento simples Pavimentoso
Uma só camada de células achatadas, com núcleos achatados.
Por sua pequena altura, têm como objetivo facilitar a movimentação e o transporte ativo de substâncias.
• Endotélio (epitélio de revestimento de vasos sanguíneos)
• Mesotélio (epitélio de revestimento das cavidades: peritoneal, pericárdica e pleural)
(Alvéolos pulmonares, Vasos sanguíneos, Cápsula de Bowman)
Tecido Epitelial de Revestimento simples Pavimentoso
Lâmina C2.1 400xTraquéia e Esôfago(Hematoxilina-Eosina)
Lâmina C3 400xOrelha de Cão(Gomori)
Tecido Epitelial de Revestimento simples Pavimentoso
Tecido Epitelial de Revestimento simples Cúbico
Uma só camada de células cúbicas (com as três dimensões são bastante parecidas, o núcleo é arredondado).
• Epitélio dos Rins
• Ovários
• Plexo Coróide do Cérebro
(Revestimento dos ovários, túbulos renais)
Tecido Epitelial de Revestimento simples Cúbico
Tecido Epitelial de Revestimento simples Cúbico
Lâmina K7 400xPlexo Coróide(Hematoxilina-Eosina)
Tecido Epitelial de Revestimento simples Cilíndrico
Uma só camada de células cilíndricas (onde a altura é maior que a base e o núcleo, ovóide e parabasal ).
Normalmente, é o epitélio que possui modificações e especializações.
• Ducto de Glândulas
(Útero, brônquios, vesícula biliar)
Tecido Epitelial de Revestimento simples Cilíndrico
Lâmina K2.1 400xGlândula Salivar(Hematoxilina-Eosina)
Tecido Epitelial de Revestimento simples Cilíndrico
Tecido Epitelial de Revestimento simples Cilíndrico Ciliado
Uma camada de células epiteliais cilíndricas ciliadas.
Os cílios são compostos por um arranjo ordenado de microtúbulos conectados à proteínas como a dineína, que lhe conferirão movimento.
• Endométrio
• Trompa Uterina
Cílios
Cílio em corte transversal visto em Microscopia Eletrônica
Corpúsculo Basal em corte transversal visto em Microscopia Eletrônica
Cílio em corte longitudinal
visto em Microscopia
Eletrônica
O corpúsculo basal é a base do cílio, representando a parte deste que não prolonga o
citoplasma em direção ao meio extra-celular.
Tecido Epitelial de Revestimento simples com Microvilos
Formado por uma camada de células epiteliais cilíndricas com bordo estriado.
As microvilosidades são prolongamentos da superfície celular, formados pelo arranjo ordenado de actina e miosina, sendo a membrana plasmática revestida externamente por glicocálix. Sua função é aumentar a superfíciede absorção do organismo.
• Vesícula Biliar
Tecido Epitelial de Revestimento simples com Microvilos
Lâmina 6K.2 400xVesícula Biliar(Hematoxilina-Eosina)
Microvilosidades em corte transversal visto em Microscopia Eletrônica
Tecido Epitelial de Revestimento simples com Microvilos e Células Caliciformes
Formado por uma camada de células epiteliais cilíndricas com bordo estriado misturadas à células caliciformes.
Células caliciformes são células mucosecretoras, em formato de cálice, que aparecem pouco coradas pela Hematoxilina-Eosina. O muco é responsável pela lubrificação da superfície do epitélio.
• Intestinos
Tecido Epitelial de Revestimento simples com Microvilos e Células Caliciformes
Lâmina J7.3 400x Intestino Delgado(Hematoxilina-Eosina)
Células Caliciforme e com bordo estriado do epitélio intestinal em microscopia
eletrônica.
(traquéia, epidídimo, uretra masculina)
Tecido Epitelial de Revestimento Pseudoestratificado
Tecido Epitelial de Revestimento Pseudoestratificado Ciliado com Células
CaliciformesFormado por uma camada de células epiteliais cilíndricas ciliadas
misturadas à células epiteliais cúbicas.
Como esse epitélio está em constante contato com sujeira, ele necessita de constante renovação. As células cilíndricas ciliadas são as células adultas e as células cúbicas diferenciam-se, repondo o epitélio danificado.
As células caliciformes secretam muco, que adere às partículas de sujeira. Os cílios fazem um trabalho de movimentação para transportar as substâncias estranhas para o início do trato respiratório, para que lá elas sejam expulsas do organismo.
• Árvore Respiratória
Tecido Epitelial de Revestimento Pseudoestratificado Ciliado com
Células Caliciformes
Lâmina C2.1 100xTraquéia (corte transversal)(Hematoxilina-Eosina)
Lâmina C2.1 400xTraquéia (epitélio)(Hematoxilina-Eosina)
Tecido Epitelial de Revestimento Pseudoestratificado com Estereocílios
Formado por uma camada de células epiteliais cilíndricas ciliadas com microvilos.
Apesar do nome, o estereocílio é mais parecido com um microvilo do que com um cílio propriamente dito. É composto também por actina e miosina, mas muito mais ramificado do que o seu parente, aumentando ainda mais a superfície de absorção.
• Epidídimo
• Órgão de Corti
Tecido Epitelial de Revestimento Pseudoestratificado com Estereocílios
Lâmina A2 40xEpidídimo
(Hematoxilina-Eosina e Cajal)
Lâmina A2 100xEpidídimo
(Hematoxilina-Eosina e Cajal)
Lâmina A2 400xEpidídimo
(Hematoxilina-Eosina e Cajal)
Tecidos Epiteliais de Revestimento estratificados
São formados por mais de uma camada de células epiteliais. Cada camada tem a sua função, e consequentemente, uma
morfologia diferente. Por isso a nomenclatura do tecido epitelial é dada de acordo com o formato das células da camada
superficial.
A camada em contato com o tecido conjuntivo é sempre chamada de Camada Basal ou Germinativa porque é a única que entra
em divisão celular e pode, por isso, originar outras células.
Como o tecido epitelial não é vascularizado, o tecido conjuntivo projeta-se sobre o epitélio para facilitar a nutrição das camadas mais superiores, formando papilas, que podem se projetar na
superfície do órgão (Delomorfas) ou não (Adelomorfas)
Tecido Epitelial de Revestimento estratificado Pavimentoso Não Queratinizado
O Epitélio de Revestimento Pluriestratificado Pavimentoso Não Queratinizado (ou mole) reveste regiões de atrito moderado. Esses lugares sofrem com o atrito e a passagem constante de substâncias por sua superfície, mas não precisam da rigidez e proteção que a queratina fornece.
• Pele do interior da boca
• Esôfago
• Língua
• Epiglote
• Vagina
(Pele do interior da boca, Esôfago, Língua, Epiglote, Vagina)
Tecido Epitelial de Revestimento estratificado Pavimentoso Não Queratinizado
Tecido Epitelial de Revestimento estratificado Pavimentoso Não Queratinizado
Lâmina C2.1 100xEsôfago(Hematoxilina-Eosina)
Lâmina C2.1 400xEsôfago(Hematoxilina-Eosina)
Camada Basal
CamadaMédia
CamadaSuperficial
LUZ
Tecido Epitelial de Revestimento estratificado Pavimentoso Queratinizado
As camadas superiores produzem queratina, proteína que cobre a superfície epitelial, protegendo-a do meio externo.
Entre as células epiteliais há união por desmossomas-ponto (estruturas compostas pela proteína caderina unida aos filamentos intermediários do citoesqueleto e que aumentam a adesão entre membranas de células diferentes). Durante o preparo histológico, a célula murcha por perda de água mas a união não é desfeita, formando assim as Pontes Citoplasmáticas, visíveis na Camada Espinhosa.
• Pele
(Epiderme)
Tecido Epitelial de Revestimento estratificado Pavimentoso Queratinizado
Tecido Epitelial de Revestimento estratificado Pavimentoso Queratinizado
Lâmina R3 40xPele fina(Hematoxilina-Eosina)
Camada córnea
Camadagranulosa
Camadaespinhosa
Camadagerminativa
Lâmina R3 400xPele fina(Hematoxilina-Eosina)
T.
Ep
ite
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Dit
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rou
xo
Lâmina C3 100xOrelha de cão(Gomori)
Tecido Epitelial de Revestimento estratificado Pavimentoso Queratinizado
Camada córnea
Lâmina R1 40xPele grossa(Hematoxilina-Eosina)
Lâmina R1 400xPele grossa(Hematoxilina-Eosina)
QueratinaCamada
granulosa
Célula Epitelial Espinhosa
Célula Epitelial
Cilíndrica
Cam
ada
esp
inh
osa
Camada Basal
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Frouxo
Micrografia Eletrônica de Desmossoma Ponto (ultra-estrutura da Ponte Citoplasmática)
Tecido Epitelial de Revestimento estratificado Cúbico
Formado por várias camadas de células, sendo a última camada composta por células epiteliais cúbicas.
• Conjuntiva do Olho
• Alguns ductos Glandulares
Epitélio Estratificado Cúbico(Ductos das glândulas sudoríparas, salivares e pâncreas)
Conjuntiva palpebral (células caliciformes)
Camada interna de células em contato com a camada basal
Tecido Epitelial de Revestimento estratificado Cilíndrico
Formado por várias camadas de células, sendo a última camada composta por células epiteliais cilíndricas.
• Uretra Masculina
• Alguns ductos Glandulares
Tecido Epitelial de Revestimento estratificado Polimorfo (UROTÉLIO)
Este epitélio está localizado numa região cuja luz varia muito em tamanho, portanto, precisa de bastante distensibilidade.
Possui uma camada média de Células em Raquete, que podem mudar sua posição, “deitando”, para aumentar a largura do epitélio.
A camada superficial é composta por Células com Bordo Concentrado, mono ou binucleadas, fortemente unidas por junções oclusivas e cuja membrana plasmática dobra-se sobre si mesma, formando pequenas vesículas preenchidas por glicocálix e que aumenta a elétron-densidade dessa região. Quando a distensão é necessária,a membrana estica.
• Sistema Urinário
Epitélio Estratificado de Transição(Trato urinário – Cálice renal até a uretra)
Tecido Epitelial de Revestimento estratificado Polimorfo (UROTÉLIO)
Lâmina R1 40x e 100xUreter(Hematoxilina-Eosina)
Lâmina R1 400xUreter(Hematoxilina-Eosina)
Camada Superficial
Camada M
édia
Camada Basal
Polaridade das células epiteliais
CORRELAÇÕES CLÍNICASMetaplasia
Tecido Epitelial Glandular
Os epitélios glandulares são células especializadas na secreção de produtos cuja composição é variável. Originam-se de
sucessivas invaginações e especializações de um epitélio de revestimento.
Podem ser classificadas de diversas formas, mas essencialmente, podem ser Exócrinos, conduzindo suas
secreções para uma superfície epitelial livre, ou Endócrinos, que secretam seus produtos na corrente sanguínea. Algumas glândulas são mistas, trabalhando simultaneamente exócrina
e endocrinamente.
T. Epitelial
Epitélio Glandular Exócrino Epitélio Glandular Endócrino
Tecido Epitelial Glandular Exócrino
Secretam seus produtos em uma superfície epitelial livre. Dividem-se, essencialmente, em DUCTO e UNIDADE SECRETORA (Adenômero). Podem ser classificadas de várias formas:
• Ramificação do Ducto
• Forma das Unidades Secretoras
• Tipo de Substância Secretada
• Modo como a Secreção é liberada
superfície livre
adenômero
duct
o
Esquema de Glândula Exócrina
Tecido Epitelial Glandular Exócrino
Classificação quanto à Ramificação do Ducto:
– Simples: Apenas um ducto secretor não ramificado.
– Compostas: Possuem um sistema de ductos ramificados que permite a conexão de várias unidades secretoras a um só ducto.
Tecido Epitelial Glandular Exócrino
Classificação quanto à forma das unidades Secretoras
– Tubulares: adenômero em forma de ducto. (ex: glândula sudorípara humana)
– Acinosas ou Alveolares: adenômero arredondado (ex: glândulas sebáceas, ácinos do pâncreas)
– Túbulo-Alveolares: possuem os dois tipos de unidade secretora (ex: glândulas mamárias)
Tecido Epitelial Glandular Exócrino
Lâmina C3 400xOrelha de Cão(Gomori)
Lâmina C3 400xOrelha de Cão(Gomori)
GLÂNDULA ACINOSA GLÂNDULA TUBULAR
Tecido Epitelial Glandular ExócrinoClassificação quanto ao tipo de substância secretada
– Ácino Seroso: Produz uma secreção aquosa e límpida, facilmente corada. Suas células piramidais, com o núcleo redondo e parabasal. A luz do ácino é virtual (não perceptível). (ex: Pâncreas e Glândula Salivar Parótida)
– Ácino Mucoso: Secreta uma substância mucosa e fluída, que não se cora facilmente. Suas células têm forma de tronco de pirâmide e o núcleo é achatado e basal. A luz é real e o ácino, maior que o seroso. (ex: Glândula Salivar Sublingual)
– Ácino Misto: Secreta os dois tipos de substância. O componente seroso é chamado de meia-lua serosa ou capacete de Gianuzzi, porque apresenta-se como uma meia lua envolvendo um ácino mucoso. (ex: Glândulas Salivares Submandibular e Sublingual, Fígado)
Tecido Epitelial Glandular Exócrino
Lâmina K2.1 40xGlândula Salivar(Hematoxilina-Eosina)
Lâmina K2.1 400xGlândula Salivar(Hematoxilina-Eosina)
A célula mioepitelial, apesar de classificada como epitélio, possui certas capacidades
contráteis, que lhe permitem “ordenhar” a glândula.
Circundam ductos e unidades secretoras, impulsionando a
secreção à saída.
Tecido Epitelial Glandular Exócrino
Classificação quanto ao modo como é liberada a Secreção
– Glândulas Merócrinas: A secreção é liberada através de vesículas de secreção, sem perda citoplasmática (ex: ácinos serosos do Pâncreas, célula caliciforme).
– Glândulas Holócrinas: A célula morre e torna-se seu próprio produto de secreção. (ex: glândula sebácea).
– Glândulas Apócrinas: Perdem parte do seu citoplasma durante a secreção. A micrografia eletrônica provou que essa perda, no entanto, é mínima. (ex: certas glândulas sebáceas do corpo).
Tecido Epitelial Glandular Exócrino
Lâmina C3 400xOrelha de Cão(Gomori)
Lâmina C2.1 400xTraquéia(Hematoxilina-Eosina)
GLÂNDULA HOLÓCRINA GLÂNDULA MERÓCRINA
Na glândula sebácea, as células mais periféricas, de citoplasma e núcleo mais escuros, são as mais velhas e mais próximas da morte.
Tecido Epitelial Glandular Endócrino
Secretam seus produtos diretamente na corrente sanguínea, e são, por isso, normalmente muito bem vascularizadas.
Formam-se como as glândulas exócrinas, mas as células que formam o ducto morrem, fazendo com que essa estrutura se
perca, e há uma estimulação para formação de capilares sanguíneos que conectarão a secreção à corrente
circulatória.
Dividem-se em Cordonais e Vesiculares.
Tecido Epitelial Glandular Endócrino Encordonado
As células dispõem-se em cordões maciços anastomóticos separados por capilares sangüíneos. Não há armazenamento da secreção, que é imediatamente liberada para o corpo.
• Paratireóide
• Hipófise
• Ilhotas de Langerhans do Pâncreas
• Adrenal
Tecido Epitelial Glandular Endócrino Encordonado
Produz mineralocorticóides
Produz glicocorticóides
Produz androgênios
Produz catecolaminas (adrenalina e noradrenalina)
Lâmina L3 40x e 400xGlândula Adrenal(Hematoxilina-Eosina)
Tecido Epitelial Glandular Endócrino Vesicular ou Folicular
As células agrupam-se formando vesículas que armazenam os produtos secretados numa luz interna antes de eles atingirem a corrente sangüínea.
• Tireóide
Tecido Epitelial Glandular Endócrino Vesicular ou Folicular
Lâmina L2.2 100xTireoide(Hematoxilina-Eosina)
Lâmina L2.2 400xTireoide(Hematoxilina-Eosina)
A Célula C ou Parafolicular secreta
CALCITONINA, hormônio responsável pelo
metabolismo do Ca+2
TECIDO CONJUNTIVO
Tecido Conjuntivo
Os tecidos conjuntivos são responsáveis pelo estabelecimento e manutenção da forma do corpo.
Ao contrário dos epitélios, os tecidos conjuntivos apresentam elevada quantidade de substância intercelular, suas células possuem formas e funções bastante variadas.
A origem embrionária do tecido conjuntivo é o mesoderma. Esse tecido é ricamente vascularizado, apresenta muita substância intersticial e polimorfismo celular.
O tecido conjuntivo apresenta várias funções entre as quais se encontram sustentação, preenchimento, armazenamento, defesa e reparação.
ÍNDICE
Classificação
T. C. Propriamente Dito
T.C. com Propriedades
Especiais
T. C. de Sustentação
Matriz
• Frouxo
• Denso•Modelado
•Não-modelado
• Adiposo
• Reticular
• Elástico
• Mucoso
• Cartilaginoso
• Ósseo
Tendinoso
Aponeurótico
VER
VER
VER
VER
VER
VERVER
T. C. de Transporte
• Sanguíneo
• Linfático
Matriz extracelular
CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO
FIBRAS DO TECIDO CONJUNTIVO
T. Conjuntivo
MATRIZ EXTRACELULAR
Fibras do Tecido Conjuntivo & Substância amorfa
A matriz do tecido conjuntivo é formada por uma substância amorfa e por fibras.
As fibras encontradas na matriz desse tecido são as fibras colágenas (que dão resistência mecânica), as elásticas (que dão maleabilidade) e as fibras reticulares.
SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA (SFA)
• Glicosaminoglicanas (GAGs)
• Proteoglicanas
• Glicoproteínas de adesão
FIBRAS
• 1. Colágenas
• 2. Reticulares
• 3. Elásticas
Estrutura do Tecido Conjuntivo:
FLUIDO INTERSTICIAL• Água, íons, pequenas
moléculas e proteínas de baixo peso molecular.
MATRIZ EXTRACELULAR:
Matriz Extracelular
Característica
É constituída principalmente por água, polissacarídeos e proteínas
(glicosaminoglicanas, proteoglicanas e glicoproteínas adesivas),
geralmente apresenta aspecto de um gel viscoso, porém às vezes,
como acontece no tecido ósseo, a substância intercelular amorfa é
sólida, com uma rigidez considerável, outras vezes, como o plasma
sanguíneo, apresenta-se líquida.
SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA (SFA)
SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA (SFA)
TESTE SENSORIAL (textura)
Densa Gelatinosa Líquida
Matriz Extracelular
Glicosaminoglicanas (GAGs):
• Polissacarídeos longos, não-flexíveis, não-ramificados,
constituídos de unidades dissacarídeas que se repetem (amina
e ácido urônico);
• São carregadas negativamente e atraem cátions, que por sua
vez atraem água, tornando a SFA hidratada e mais resistente à
compressão;
• Exemplos de GAGs: ácido hialurônico, queratan-sulfato,
heparan-sulfato, heparina, condroitino-4-sulfato, condroitino-6-
sulfato.
SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA (SFA)
Proteoglicanas
• São macromoléculas compostas
por um núcleo protéico, no qual se
ligam várias GAGs
covalentemente);
• Várias proteoglicanas (Ex.:
agrecana) podem ligar-se a uma
molécula de ácido hialurônico e às
fibras colágenas, formando
agregados responsáveis pelo
estado de gel da MEC.Gartner, Hiatt (1999)
Matriz Extracelular
SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA (SFA)
Proteoglicanas: Funções
• Resistem à compressão e retardam o
movimento rápido de microorganismos e
células metastáticas;
Gartner, Hiatt (1999)
• Associam-se à lâmina basal e servem
como filtros;
• Se ligam a moléculas sinalizadoras,
retardando sua difusão ou concentrando-
as em locais específicos;
• Ligam células a macromoléculas da MEC, quando são de superfície celular.
Matriz Extracelular
SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA (SFA)
Glicoproteínas de Adesão
• Unem as células aos componentes da MEC, situando-se entre as fibras ou proteoglicanas e as proteínas da membrana celular;
• Exemplos: fibronectina, laminina, entactina, tenascina, condronectina e osteonectina.
Alberts et al. (1997)
Matriz Extracelular
SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA (SFA)
• Fibronectina: além da adesão célula-MEC, marca o caminho de migração de células embrionárias; se liga a colágeno, heparina, heparan-sulfato, ácido hialurônico;
• Laminina: praticamente restrita às lâminas basais; liga-se a colágeno IV, heparan-sulfato, entactina e membrana celular;
• Entactina: facilita ligação da laminina à rede de colágeno;
• Tenascina: liga-se à sindecana e fibronectina; é restrita a tecido embrionário, marcando o caminho para células migratórias;
• Condronectina/Osteonectina: semelhantes à fibronectina; encontradas na cartilagem e osso, respectivamente.
Matriz Extracelular
SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA (SFA)
Laminina
Aderência das
células à
lâmina basal
Glicoproteínas
Matriz Extracelular
SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA (SFA)
Correlação Clínica: Edema
Gartner, Hiatt (1999)
Aumento do líquido intersticial, provocado por:
• Obstrução de vasos linfáticos: infecções parasitárias;
• Obstrução venosa ou dificuldade de retorno do sangue venoso: insuficiência cardíaca;
• Desnutrição: redução do volume protéico sanguíneo e diminuição da pressão osmótica.
Matriz Extracelular
SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA (SFA)
SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA (SFA)
• Glicosaminoglicanas (GAGs)
• Proteoglicanas
• Glicoproteínas de adesão
FIBRAS• 1. Colágenas
• 2. Reticulares
• 3. Elásticas
Estrutura do Tecido Conjuntivo:
FLUIDO INTERSTICIAL
• Água, íons, pequenas moléculas e proteínas de baixo peso molecular.
MATRIZ EXTRACELULAR:
1. FIBRAS COLÁGENAS
Matriz extracelular: FIBRAS COLÁGENAS
Estrutura:
• Constituídas pela proteína colágeno;
• São estruturas alongadas, com diâmetro variável;
• Possuem estriação transversal característica visível, na microscopia eletrônica.
Ross et al. (1993)
F
C
Matriz extracelular: FIBRAS COLÁGENAS
Classificação quanto à estrutura e função:
- Colágenos que formam fibrilas: I, II, III, V, XI (dão resistência ao tecido);
- Colágenos que se associam a fibrilas: IX, XII (ligam fibrilas entre si e a outros componentes da Matriz Extra Celular);
- Colágeno que forma rede: IV (aderência, filtração);
- Colágeno de ancoragem: VII (prende fibras colágenas à lâmina basal).
Alberts et al. (1997)
Matriz extracelular: FIBRAS COLÁGENAS
Colágeno
Colágenos tipos I e II
Colágeno I I
Resistente às pressões;
Forma fibrilas finas em feixes mal organizados;
Produzido por condroblastos;
Cartilagens hialina e elástica, disco intervertebral.
Colágeno I
Mais abundante e resistente às trações;
Forma fibrilas e fibras grossas;
Produzido por fibroblastos, odontoblastos,osteoblastos e condroblastos;
Tendões, cápsulas, ligamentos, derme, tecidoconjuntivo frouxo, dentina, ossos etc;
Matriz extracelular: FIBRAS COLÁGENAS
Correlações Clínicas: Escorbuto
• Defeito na renovação do colágeno por
deficiência de vitamina C;
• A vitamina C é importante na hidroxilação
das cadeias polipeptícas do colágeno;
• As moléculas de tropocolágeno não se
agregam para formar fibrilas;
• Indivíduos apresentam ulceração
gengival, hemorragias, perda dentária,
olhos afundados, pele pálida etc.;
• Doença muito comum nos tripulantes de
navios britânicos na era napoleônica.
Matriz extracelular: FIBRAS COLÁGENAS
Correlações Clínicas: Síndrome de Ehlers-Danlos
• Conjunto de sinais e sintomas
resultantes de distúrbios na síntese
do colágeno ;
• Falha na hidroxilação da lisina: SED
tipo VI, com elasticidade aumentada
da pele e ruptura do globo ocular;
• Deficiência das enzimas que
removem os peptídeos de registro:
SED tipo VII, com aumento da
mobilidade articular e luxações
freqüentes.
Matriz extracelular: FIBRAS COLÁGENAS
Estrutura:
• Muito delicadas e constituídas de colágeno III;
• Formam extensa rede em certos órgãos, apoiando as células;
• Não formam grandes feixes e podem ficar dispersas na SFA;
• Contêm muitos açúcares (PAS +) e têm afinidade pela prata (argirófilas). Junqueira, Carneiro (1999)
2. FIBRAS RETICULARES
Matriz extracelular: FIBRAS RETICULARES
Localização:
• Limite entre epitélio e conjuntivo;
• Em torno dos adipócitos, pequenos vasos sanguíneos e nervos;
• Formando estroma de sustentação de órgãos hematopoéticos e linfáticos;
• Em torno de células musculares lisas;
• Em algumas glândulas (endócrinas). Baço
Matriz extracelular: FIBRAS RETICULARES
Aspecto histológico :
Correlação clínica :
Síndrome de Ehlers-Danlos tipo IV: deficiência em colágeno tipo III, com rupturas frequentes das artérias e intestino.
Fígado Linfonodo
Matriz extracelular: FIBRAS RETICULARES
• Delgadas, longas e
ocasionalmente ramificadas;
• Podem formar feixes
grosseiros em ligamentos da
coluna vertebral e nas
membranas elásticas
fenestradas das paredes de
artérias de grande calibre.
Ross et al. (1993)
Mastócitos e Fibras Elásticas
Artéria de Grande Calibre
3. FIBRAS ELÁSTICAS
Matriz extracelular: FIBRAS ELÁSTICAS
Alberts et al. (1997)
• Produzidas por fibroblastos e células musculares lisas dos vasos sanguíneos;
• Também encontradas nas cartilagens elásticas, produzidas pelos condrócitos.
Matriz extracelular: FIBRAS ELÁSTICAS
Alberts et al. (1997); Gartner, Hiatt (1999);
• Numerosas ligações cruzadas entre as fibras garante o alto grau de elasticidade.
• Constituídas pela proteína elastina e microfibrilas de fibrilina.
• Não são bem visíveis em HE, exigindo colorações específicas, como aldeído-fucsina de Gomori (azul-escuro) e orceína de Taenzer-Unna (vermelho-castanho);
Matriz extracelular: FIBRAS ELÁSTICAS
Correlações Clínicas: Síndrome de Marfan
• Defeito no gene da fibrilina no cromossomo 15;
• Indivíduos suscetíveis à ruptura fatal da aorta.
Luxação do Cristalino
Matriz extracelular: FIBRAS ELÁSTICAS
SÍNDROME DE MARFAN
Correlações Clínicas: Síndrome de Marfan
Células do Tecido Conjuntivo
O tecido conjuntivo apresenta algumas células em sua composição.
Algumas se originam localmente, enquanto outras, como os leucócitos, vêm de outros locais e são habitantes temporários desse tecido. As células do tecido conjuntivo são: fibroblastos, macrófagos, mastócitos, plasmócitos, células adiposas e leucócitos.
Células e suas origens
Células do Tecido Conjuntivo
FibroblastoCaracterísticas: Citoplasma ramificado e pouco distinguível no HE,
nucléolo evidente (síntese de fibras do tecido conjuntivo e glicosaminaglicanas).
É a célula mais comum no tecido conjuntivo e a principal responsável pela formação das fibras e do material intercelular amorfo. Os fibroblastos jovens e com intensa atividade são morfologicamente diferentes das células mais velhas ou maduras, as quais são chamadas por certos autores de fibrócitos.
Fibrócito Características: núcleo fusiforme e com a cromatina densa,
citoplasma fusiforme sem ramificações.
Células do Tecido Conjuntivo
Plasmócito (plasma cell)Características: Se origina do linfócito B, produz
imunoglobulinas, é uma célula ovóide e basofílica, que apresenta uma chamada imagem negativa do Golgi (região menos corada da célula).
são mais abundantes nos locais sujeitos à infecção por bactérias como a mucosa intestinal. Originam-se da transformação dos Linfócitos B e produzem anticorpos. São abundantes nas áreas onde existe inflamação crônica.
Células do Tecido Conjuntivo
Mastócito (mast cell ou célula cevada)Características:
célula globosa e grande com grânulos basófilos, núcleo pequeno esférico e de difícil observação (recoberto por grânulos), que contém heparina e histamina. A heparina é anticoagulante e a histamina tem vários efeitos: contrai a musculatura lisa dos bronquíolos, dilata e aumenta a permeabilidade dos capilares sangüíneos. No choque anafilático os mastócitos liberam grandes quantidades de heparina e histamina.
Células do Tecido Conjuntivo
Degranulação dos Mastócitos
CORRELAÇÕES CLÍNICAS: ALERGIAS
MonócitoCaracterísticas: possuem núcleo ovóide em forma de rim ou
ferradura, geralmente excêntrico. Seu citoplasma é basófilo e apresenta grânulos azurófilos. Atravessa as paredes dos vasos sanguíneos e penetra no tecido conjuntivo onde se torna muito ativo na fagocitose. Fagocitam principalmente vírus, fungos e protozoários.
Células do Tecido Conjuntivo
MacrófagoCaracterísticas: realiza fagocitose e é reconhecido pela
substância fagocitada.
se distingue por sua grande capacidade de pinocitose e fagocitose. Sua morfologia é variável conforme o estado funcional e localização da célula. Podem ser fixos (histiócitos) ou móveis.
Células do Tecido Conjuntivo
Células Gigantes (gigantócitos)Características: podem ser de corpo estranho ou de agente
vivo, são células grandes e multinucleadas, algumas vezes podem aparecer fagossomos bem evidenciados.
Células do Tecido Conjuntivo
Células Adiposas (adipócitos)
Características: é uma célula especializada no armazenamento de gorduras neutras..
Células do Tecido Conjuntivo
LinfócitoCaracterísticas: agranulócito, célula globosa, com pouco
citoplasma. são células pequenas e esféricas com núcleos arredondados e pouco citoplasma. Constituem uma população celular heterogênea que atuam nos processos de defesa do organismo. Alguns agem como células da memória imunológica.
Células do Tecido Conjuntivo
NeutrófiloCaracterísticas: Granulócito, quando adulto possui o núcleo
segmentado (quanto mais lobos, mais velha é a célula), aparece em processos inflamatórios. Apresenta atividade fagocitária. Constituem a primeira linha de defesa contra a invasão de microorganismos.
Células do Tecido Conjuntivo
EosinófiloCaracterísticas: granulócito, com núcleo bilobado, presença de
grânulos que se coram com a eosina, aparece em processos alérgicos e reações a parasitas. São células dotadas de movimento amebóide e capacidade de fagocitar. Em reações alérgicas seu número aumenta no sangue.
Células do Tecido Conjuntivo
Basófilo
Características: Possui forma esférica e núcleo irregular. Seu núcleo geralmente não é segmentado ou bilobulado, raramente com três ou mais lóbulos. Acredita-se que também participam de processos alérgicos; produzem histamina e heparina.
Células do Tecido Conjuntivo
Frouxo
Denso (modelado e não modelado)
TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO (TCPD)
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito - FROUXO
• Não há predomínio de nenhum componente;• As células mais comuns são fibroblastos e macrófagos;• Consistência delicada, flexível e pouco resistente às
trações.
Caracterização
Di Fiori (1995)
• Sob os epitélios;• Em torno de vasos sanguíneos;• Entre fibras e feixes musculares;• Circundando o parênquima das glândulas.
Localização
Welsch (1999) Gartner, Hiatt (1999)
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito - FROUXO
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito - FROUXO
• Contém muitas células transitórias responsáveis por inflamação, alergia e resposta imunológica;
• É o primeiro local onde o organismo ataca antígenos, bactérias ou outros invasores.
Correlação Clínica
Martini (1989)
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito - FROUXO
• Possui mais fibras e menos células;
• A orientação e arranjo dos feixes de fibras colágenas tornam-no resistente às trações.
Caracterização
Gartner, Hiatt (1999)
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito - DENSO
Modelado / Ordenado:
feixes de fibras colágenas paralelos entre si;
resistente a trações exercidas numa só direção;
encontrado em tendões e ligamentos.
Tipos
Não modelado / Desordenado:
feixes de fibras colágenas em arranjo aleatório; resistente a trações em várias direções; encontrado na derme, bainha de nervos, cápsulas do baço,
ovários, rins, linfonodos etc.
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito - DENSO
Martini (1989)
Modelado
Não Modelado
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito - DENSO
Menos flexível que o frouxo,resistente a trações,Prodomínio de fibras colágenas
Denso não modelado(resistência a trações em todas as direções) ex. derme profunda
Denso modelado(resistência a traçõesem direção específica)Ex. tendões
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito - DENSO
Não modelado
Revisão
TECIDO CONJUNTIVO DE PROPRIEDADES ESPECIAIS
Elástico
Reticular (linfóide e mielóide)
Mucoso
Adiposo (unilocular e multilocular)
Tecido Conjuntivo Elástico
Constituído por fibras elásticas grossas, paralelas e organizadas em feixes separados por tecido conjuntivo frouxo. Sua cor é amarelada e tem grande elasticidade. Pouco freqüente é encontrado nos ligamentos amarelos da coluna vertebral e no ligamento suspensor do pênis.
Caracterização
Ross et al. (1993)Welsch (1999)
• Ligamentos amarelos da coluna vertebral;• Ligamento suspensor do pênis;• Parede de vasos sanguíneos de grande calibre.
Localização
Alberts et al. (1999)
Tecido Conjuntivo Elástico
Constituído por fibras reticulares. Encontra-se nos órgãos formadores de células do sangue (órgãos hemocitopoéticos) constituindo um arcabouço de sustentação para as células. Também está presente no fígado.
As fibras colágenas (tipo III) formam redes, mescladas com fibroblastos e macrófagos;
Fibroblastos especializados (células reticulares) ajudam a formar o retículo que sustenta as células livres....
Forma o arcabouço de sustentação de órgãos formadores de células do sangue, etc.
Caracterização
Baço
Tecido Conjuntivo Reticular
• Sinusóides hepáticos;• Tecido adiposo;• Medula óssea e órgãos hematopoéticos;• Músculo liso.
Localização
Welsch (1999)
Fígado
Tecido Conjuntivo Reticular
Neste tecido há predominância da substância fundamental amorfa. Sua consistência é gelatinosa. Contém fibras colágenas e raras fibras elásticas e reticulares. É o principal constituinte do cordão umbilical (Geléia de Wharton) sendo encontrado também na polpa dental jovem.
•Consistência gelatinosa;•Predomínio de substância fundamental amorfa (especialmente ácido hialurônico);•Poucas fibras colágenas e raras fibras elásticas e reticulares.
Caracterização
Tecido Conjuntivo Mucoso
Geléia de Wharton
Fibroblasto
SFA
Prodomínio de matriz extracelularEncontrado no cordão umbilical (“gelatina de Wharton”) e na polpa dental jovem.
cordão umbilical
Tecido Conjuntivo Mucoso
• As células adiposas podem ficar isoladas ou em pequenos grupos no tecido conjuntivo comum, embora a maioria se agrupe no tecido adiposo espalhado pelo corpo.
Caracterização
Welsch
Tecido Conjuntivo Adiposo
Adipócitos
Armazenamento eficiente de energia: triglicerídeos fornecem 9,4Kcal/g, contra apenas 4,1kcal/g do glicogênio;
Funções:
Modelamento da superfície do corpo, sendo em parte responsável pelas diferenças entre o corpo do homem (15-20% de gordura corporal) e da mulher (20-25% de gordura corporal);
Como as gorduras são má condutoras de calor, o tecido adiposo contribui para o isolamento térmico do organismo;
Formação de coxins absorventes de choques, principalmente na planta dos pés e palmas das mãos;
Preenchem espaços entre outros tecidos, ajudando também a manter certos órgãos em suas posições originais;
Os adipócitos multiloculares são especializados em produzir calor, ajudando na termorregulação.
Tecido Conjuntivo Adiposo
-Importante reserva energética (triglicerídeos), modela superfícies, absorve choques, isolamento térmico.
- Tipos: adiposo unilocular e multilocular (pardo)
Tecido Conjuntivo Adiposo
Adipócitos
Formam o tecido adiposo unilocular (cor branca ou amarela), abundante no adulto;
Células grandes, esféricas, mas que se tornam poliédricas quando se reúnem no conjuntivo;
Acumulam gordura continuamente em uma única gotícula (sem membrana) que acaba preenchendo quase todo o citoplasma.
Uniloculares:
Ross et al. (1993)
Tecido Conjuntivo Adiposo
Tecido adiposo unilocular
Tecido adiposo
multilocular
Adipócitos
Formam o tecido adiposo multilocular ou pardo, mais frequente no feto e recém-nascido ;
Células menores e mais poligonais, com núcleo esférico e pigmentos carotenóides;
Acumulam gordura em várias gotículas lipídicas.
1 Gartner, Hiatt (1999)
Multiloculares:
2 pathology.mc.duke.edu/research/PTH225.html
1
2
Tecido Conjuntivo Adiposo
Tecido adiposo multilocular
Tipos
Unilocular Multilocular
Tecido Conjuntivo Adiposo
Adipócitos
Armazenam triglicerídeos;
Possuem receptores de membrana para diversos mensageiros químicos (neurogênicos e humorais), o que explica seu metabolismo complexo;
Em casos de necessidade, os lipídeos são primeiro retirados dos depósitos subcutâneo, mesentérico e retroperitoneal; os dos coxins das mãos e pés resistem mais tempo.
Tecido Conjuntivo Adiposo
Armazenamento e liberação de gordura:
Gartner, Hiatt (1999)
Adipócitos
Tecido Conjuntivo Adiposo
ob/ob
ob/ob control
Sem leptina
Tecido Conjuntivo Adiposo
ob/ob
Tecido Conjuntivo Mesenquimatoso
•Somente está presente no embrião e é constituído por células mesenquimatosas (células-tronco adultas) imersas em uma substância fundamental gelatinosa contendo fibras reticulares dispersas.
•Muito semelhante ao tecido conjuntivo mucoso, exceto pelo fato de possuir células pluripotentes;
•Abundante substância fundamental amorfa e células em constantes divisões mitóticas.
Caracterização
Células mesenquimáticas indiferenciadas
SFA
(substância fundamental amorfa)
As células tendem a formar grupos (blastemas) a partir dos quais se originam todos os tecidos conjuntivos, de suporte, musculares e órgãos de origem mesodérmica (ex.: parte do rim e córtex da adrenal).
Caracterização
Kristic´ (1985)
Tecido Conjuntivo Mesenquimatoso
TECIDO CONJUNTIVO DE SUPORTE
CartilagionosoHialinoElásticoFibroso
ÓsseoCompactoEsponjoso
Tecido Conjuntivo CartilaginosoOriginado do mesênquima primitivo, o tecido conjuntivo Cartilaginoso é
especializado na sustentação do peso. Por ser avascular, depende do tecido conjuntivo propriamente dito para sobreviver, e nutre-se
através do Líquido Sinovial ou da Água de Solvatação.
Suas funções incluem a manutenção da forma de órgaõs ou estruturas, a sustentação de tecidos moles, a cobertura de
superfícies articulares e a formação do esqueleto fetal (e do molde para o crescimento ósseo).
Suas células são o Condroblasto, jovem e cheio de prolongamentos, que produzem a matriz e localizados na periferia da peça
cartilagínea, e o Condrócito, adulto e no centro da cartilagem, uma célula globosa responsável pela manutenção do tecido. Geralmente
a cartilagem é recoberta pelo Pericôndrio.
Pode ser subdividido em Hialino, Elástico e Fibroso.
T. Conjuntivo
CARTILAGEMHIALINA
CARTILAGEMELÁSTICA
CARTILAGEMFIBROSA
Tecido Conjuntivo Cartilaginoso Hialino
• Condrócitos agrupados em grupos Isógenos Coronários• Matriz basofílica (azulada em HE) composta por Colágeno II• Todas possuem Pericôndrio permite crescimento
aposicional.– Superfícies articulares: não possuem pericôndrio, nutrem-se
apenas pelo líquido sinovial (só crescem pela divisão nos grupos isógenos crescimento intersticial)
LOCALIZAÇÃO: Superfícies articulares, discos epifisários, parede interna das narinas, traquéia, brônquios, porção ventral das costelas, laringe, esqueleto fetal.
Tecido Conjuntivo Cartilaginoso Hialino
Lâmina C2.1 400xTraquéia(Hematoxilina-Eosina)
Tecido Conjuntivo Cartilaginoso Elástico
• Matriz composta por Colágeno II e Fibras Elásticas (principalmente)
• Possui Pericôndrio
LOCALIZAÇÃO: Epiglote, laringe, orelha, tuba auditiva externa.
Tecido Conjuntivo Cartilaginoso Elástico
Lâmina C3 40x e 400xOrelha de Cão(Gomori)
Tecido Conjuntivo Cartilaginoso Fibroso
• Características Intermediárias entre o T. Conjuntivo Denso e a Cartilagem Hialina
• Matriz eosinofílica, com pouca SFA (sendo esta sempre fibrosa) e fibras de Colágeno II e Colágeno I.
• Condrócitos organizados em Grupos Isógenos Axiais.• Não possui Pericôndrio. Só faz crescimento intersticial e
nutre-se através dos elementos que hajam envolta (líquido sinovial, núcleo pulposo, etc.)
LOCALIZAÇÃO: Anel fibroso dos discos intervertebrais, inserções dos tendões nos ossos, meniscos, sínfise púbica.
Tecido Conjuntivo Cartilaginoso Fibroso
Lâmina C1.1 100xMenisco(Hematoxilina-Eosina)
Tecido Conjuntivo ÓsseoAssim como o tecido cartilaginoso, o tecido conjuntivo ósseo é especializado na sustentação do corpo; mas apresenta uma singular resistência à pressão e alto grau
de rigidez. O tecido ósseo exerce funções de proteção, sustentação, alavanca e apoio para a contração muscular e de armazenamento de substâncias.
Matriz Óssea Parte Inorgânica: íons Cálcio e Fosfato formando cristais de Hidroxiapatita.
Parte Orgânica: Colágeno I (majoritariamente), algumas glicoproteínas, proteoglicanas e glicosaminoglicanas.
Células Osteoblasto jovem, faz síntese da parte orgânica da matriz e não é envolto por essa. Osteócito adulto, está totalmente envolto pela matriz e participa da manutenção desta Osteoclasto derivado de Monócitos, participa da reabsorção e remodelação da placa óssea.
Envoltórios de tecido conjuntivo Periósteo e EndósteoOsso Primário Primeiro tecido a aparecer na osteogênese, as fibras não têm
organização definida e o depósito de minerais é menos abundante.Osso Secundário fibras colágenas organizadas em lamelas concêntricas formando
sistemas de Havers.
Ossificação
Osso Primário
Osso Secundário
T. Conjuntivo
Ossificação
Lâmina D4 100xFêmur
(Hematoxilina-Eosina)
O tecido ósseo é formado a partir de um molde de tecido
cartilaginoso. A partir de um estímulo do hormônio do
crescimento, Os condrócitos crescem em ninhos isógenos
axiais e começam a armazenar glicogênio, hipertrofiando, e a
liberar fosfatase. A fosfatase liga-se ao Cálcio, bloqueando a
passagem de substâncias pela lacuna e causando a morte do
condrócito. A lacuna vazia é logo ocupada por células precursoras
dos osteoblastos (células osteogênicas), trazidos com as células precursoras da medula
óssea pelos vasos sanguíneos da diáfise óssea. Assim que a célula
osteogênica entra em contato com a parede da lacuna, torna-se
osteoblasto e inicia a síntese e o depósito da matriz óssea. Quando
o osteoblasto é envolto pela matriz, torna-se a célula adulta, o
osteócito.
Zona de Cartilagem em repouso
Zona de Cartilagem seriada ninhos isógenos axiais
Zona de Hipertrofia depósito de glicogênio e síntese de Fosfatase
Matriz mais ácida por causa da fosfatase arroxeada pela Hematoxilina
Zona de Calcificação e Morte
Zona de Ossificação
Lacunas vazias sendo ocupadas por células precursoras da medula óssea e do tecido ósseo. Mesma lâmina, aumento de 400x.
Tecido Ósseo Primário
Trabécula Óssea
Lâmina D4 40x e 400xFêmur(Hematoxilina-Eosina)
Tecido Ósseo Secundário
Lâmina D2 100x e 400xOsso Seco(sem coloração)
TECIDO CONJUNTIVO DE TRANSPORTE
SANGUINEO
LINFÁTICO
Células Sangüíneas
• Hemácias
Granulócitos• Leucócitos
Agranulócitos• Plaquetas
O sangue é composto por 3 tipos de células:
T. Conjuntivo
Hemácias
Granulócitos
Eosinófilo Neutrófilo Basófilo
Neutrófilos são polimorfonucleares (de 2 a 5 lóbulos,
mais freqüentemente 3).
Eosinófilos têm o núcleo bilobulado
em geral, com granulações acidófilas.
Basófilos têm o núcleo volumoso,
com forma irregular, e possui grânulos maiores.
Agranulócitos
Monócito Linfócito
Monócitos possuem o
núcleo em forma de rim, e com a
cromatina frouxa.
Linfócitos são células esféricas e
pequenas, com pouco citoplasma em
núcleo bastante eletrondenso.
TECIDO NERVOSO
Tecido NervosoO tecido nervoso é formado por neurônios, neuróglias e fibras
nervosas.
Histologicamente o tecido nervoso tem duas divisões: substância branca e substância cinzenta.
Substância cinzenta – composição: corpo celular de neurônios, fibras não mielinizadas e células da glia.
Substância branca – composição: fibras mielinizadas e células da glia.
ÍNDICE
Substância Cinzenta
Lâmina F1.2 400xMedula Espinhal(Cajal)
Lâmina F1.1 400xMedula Espinhal(Hematoxilina-Eosina)
Substância Branca
Neurônio
Dividido em: – Corpo celular: rico em corpúsculos de Nissl (substância
tigróide) que é o RER. Produz as substâncias sinápticas.
– Axônio: prolongamento que leva o estímulo para longe do corpo celular.
– Dendritos: prolongamentos ramificados que recebem o estímulo e trazem o impulso até o corpo celular.
Neurônio
Dendrito
Corpo Celular
Axônio
Astrócito Fibroso
• Encontra-se na substância branca.
• Possui prolongamentos longos e pouco ramificados.
Astrócito Protoplasmático
• Aparece na substância cinzenta.
• Prolongamentos curto e muito ramificados.
Oligodendrócitos
• Formam a bainha de mielina no sistema nervoso central.
• Pequenos e pouco ramificados.
Micróglia• Alongada com prolongamentos multidirecionais e ramificado.
• Parte do sistema monofagocitário do tecido nervoso.
células microgliais coradas de azul
Organização do Tecido Nervoso no Cerebelo
Camada molecular
Camada de células de Purkinje
Camada molecular
TECIDO MUSCULAR
Tecido MuscularOriginado do mesoderma, o tecido muscular é altamente especializado
por apresentar as características de contratilidade e condutibilidade. Para isso, ocorre um enorme desenvolvimento do citoesqueleto
durante a diferenciação celular.
Por sua forma alongada, a célula muscular é chamada de fibra e é o componente contrátil.
O tecido muscular relaciona-se intimamente com o tecido conjuntivo, que o envolve para trazer a vascularização e inervação, formando
envoltórios como o Endomísio, o Perimísio e o Epimísio.
O tecido muscular divide-se em Liso, Estriado Esquelético e Estriado Cardíaco.
M. LISO M. ESQUELÉTICO M. CARDÍACO
ÍNDICE
Tecido Muscular Liso
Seu citoesqueleto não apresenta a delicada organização do músculo estriado, portanto não se vê estriações transversais.
Sua contração é involuntária. A ação é mais vagarosa, porém mais constante e ritmada.
As células do músculo liso são fusiformes e de tamanho variável de acordo com sua localização, sendo decididamente menores que as fibras estriadas. São mononucleadas, com núcleo mediano e excêntrico, de forma cilíndrica porém com as extremidades afiladas, podendo ter vários nucléolos.
• Bronquíolos
• Trato digestivo
Tecido Muscular Liso
O Plexo mioentérico (Auerbach) localiza-
se entre as duas camadas musculares
e é responsável por coordenar os
estímulos da cadeia simpática no trato
gastrointestinal.
CORTE LONGITUDINAL
CORTE TRANSVERSAL
Lâmina J7.3 100x e 400xIntestino Delgado(Hematoxilina-Eosina)
Corpos de Neurônios
Tecido Muscular Estriado EsqueléticoUnidade funcional = sarcômero
A contração é voluntária e rápida, porém mais fraca que a do músculo liso.
As fibras são longas, podendo chegar à 40mm, multinucleada (os núcleos são ovóides e localizam-se na periferia das células). A delicada organização do citoesqueleto faz com que sejam visíveis, mesmo na microscopia óptica, estriações transversais (discos claros e escuros).
• Músculos usados nos
movimentos voluntários.
Tecido Muscular Estriado Esquelético
CORTE TRANSVERSAL
CORTE LONGITUDINAL
Lâmina J1.2 100x e 400x Língua(Hematoxilina-Eosina)
Tecido Muscular Estriado Cardíaco
Contração involuntária.Fibras alongadas, com estriações transversais. São mono ou
binucleadas (o núcleo é mais centralizado), rodeado por um halo de glicogênio bastante evidente. São ramificadas e comunicam-se entre si.
Discos intercalares = aparecem como linhas transversais nas fibras e são complexos juncionais, contendo, em sua ultra-estrutura, desmossomos, zonas de adesão e junções tipo “gap”.
• As junções gap permitem as trocas iônicas entre fibras que fazem com que o coração trabalhe como um sincício.
• Coração
Discos intercalares
Tecido Muscular Estriado Cardíaco
Lâmina E3 400xCoração(Hematoxilina-Eosina)
As fibras de Purkinje são facilmente diferenciáveis das
outras fibras cardíacas pelo tamanho visivelmente maior,
pela quantidade de glicogênio e pelas miofibrilas dispostas
na periferia celular. São as células responsáveis por
levar o estímulo a todas as células do miocárdio.
Junções gap
Trocas iônicas
Desmossomos e Zonas de Adesão aderência entre as fibras
ESQUEMA DE DISCO INTERCALAR
CORTE LONGITUDINAL
CORTE TRANSVERSAL
Referências recomendadas:
JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J.Histologia básica. 10 ed. Guanabara Koogan.
CORMACK, DAVID. H. Fundamentos de Histologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.