Atlas de Micologia Médica - Colônias

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Atlas de Micologia Médica Colônias Jeferson Carvalhaes de Oliveira

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Atlas de Micologia Médica

Colônias

Jeferson Carvalhaes de Oliveira

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Atlas de Micologia Médica

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MICOLOGIA MÉDICA

Atlas

2013

Bem-vindo

Reunimos neste Atlas imagens importantes relacionadas à “Micologia Médica”, apresentando

o estudo dos fungos e micoses através do diagnóstico micológico.

Trata-se de um material educativo que visa facilitar o aprendizado dos interessados em

micologia. Através de uma sequencia de imagens, com um enunciado simples e de importância

para o diagnóstico final, o aluno tenta responder ao que se pede e no final confere as suas

respostas com o gabarito. Este Atlas mostra de forma atual: os fungos e as micoses e,

consequentemente, o diagnóstico.

Todas as informações foram especialmente ilustradas e poderão ser impressas para que o

usuário tenha uma ideia mais clara da macromorfologia dos fungos e possa aprender com

maior facilidade. Este material faz parte de nosso compromisso com você, em oferecer o que

existe de mais atual para auxiliá-lo no seu trabalho.

Mãos à obra

Para executar o exercício, utilize uma folha em branco e seguindo a numeração coloque a

descrição e o diagnóstico em relação a cada colônia. Confira no final a sua resposta com o

gabarito.

Aviso Importante Toda a documentação técnica deste Atlas é obra, protegida pelas leis de Direitos Autorais _

Ministério da Cultura / Fundação BIBLIOTECA NACIONAL. Nenhuma parte desta publicação

pode ser copiada sem o consentimento expresso, por escrito, do autor.

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Em relação a cada colônia descreva e dê o diagnóstico.

Colônia 01: Cultura em ágar Mycosel de lesão nodular no braço direito, com 7 dias de

incubação à temperatura ambiente, no qual o exame direto foi negativo.

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3 Colônia 02: Fungo isolado de raspado de onicomicose subungueal distal do pólux esquerdo em

ágar Saboutaud em que na microscopia da colônia foram observados hifas septadas hialinas e

artroconídios com um septo.

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4 Colônia 03: Colônia isolada em ágar Sabouraud de lesão nodular na perna de paciente

imunocomprometido.

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5 Colônia 04: Fungo isolado de pelo de região genital.

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6 Colônia 05: Colônia isolada de lesão abscedada na perna direita em ágar Mycosel com 10 dias

de incubação à temperatura ambiente.

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7 Colônia 06: Fungo isolado de lesão couro cabeludo em criança.

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8 Colônia 07: Fungo isolado de lesão ulcerada de paciente imunodeprimido.

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9 Colônia 08: Fungo filamentoso isolado de lesão ocular em paciente imunodeprimido em ágar

Sabouraud. Micromorfologia da colônia mostrou hifas septadas hialinas e artroconídios.

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10 Colônia 09: Colônias isoladas de lesão tumoral que no exame histopatológico do tecido foram

observados grãos homogêneos com clavas.

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11 Colônia 10: Fungo isolado de lesão verrucóide na perna direita, que surgiu cinco meses após

trauma com vegetal.

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12 Colônia 11: Fungo isolado de lesão nodular no abdome, em que exame direto mostrou hifas

septadas hialinas com ramificação em ângulo agudo.

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13 Colônia 12: Fungo isolado de raspado cutâneo da virilha.

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14 Colônia 13: Fungo isolado de lesão no seio malar da face.

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15 Colônia 14: Fungo isolado de lesão vesiculosa do pé esquerdo.

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16 Colônia 15: Fungo isolado de onicomicose proximal.

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17 Colônia 16: Fungo isolado de lesão superficial proximal da unha do polegar direito de paciente

HIV positivo.

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18 Colônia 17: Fungo isolado de tumor subcutâneo da face em paciente imunocompetente.

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19 Colônia 18: Fungo isolado de hemocultura e liquido peritoneal de paciente transplantado.

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20 Colônia 19: Fungo isolado de lesão tumoral do pé esquerdo com saída de grãos pela fistula.

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21 Colônia 20: Fungo isolado de lesão tumoral do pé esquerdo com saída de grãos pela fistula.

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22 Colônia 21: Fungo isolado de ceratite, na qual o exame direto mostrou hifas septadas hialinas.

Ágar Sabouraud.

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23 Colônia 22: Fungo isolado de lesão nodular com presença de hifas com ramificação em ângulo

agudo no exame histopatológico.

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24 Colônia 23: Fungo isolado de lesões cutâneas disseminadas em paciente imunodeprimido.

Exame histopatológico da lesão mostrou presença de hifas septadas hialinas.

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25 Colônia 24: Fungo isolado de lesão crostosa no tórax com odor de urina de rato em paciente

de Santa Catarina.

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26 Colônia 25: Fungo isolado de nódulo fistulizado no pescoço em jovem de Campos, RJ.

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27 Colônia 26: Colônia isolada de lesão tipo molusco na face de paciente portador do vírus HIV.

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28 Colônia 27: Colônia isolada de alopecia do couro cabeludo com positividade à luz de Wood.

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29 Colônia 28: Colônia isolada de lesões nodulares no braço com secreção gelatinosa em paciente

imonodeprimido.

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30 Colônia 29: Colônia isolada de secreção de fistula na mão direita região tênar.

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31 Colônia 30: Colônia isolada de lesão cutânea crônica no pé direito.

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32 Colônia 31: Colônia isolada de raspado de alopecia do couro cabeludo em criança de cinco

anos, sem fluorescência a lâmpada de Wood.

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33 Colônia 32: Colônia isolada de lesão vesiculosa do pé esquerdo, com reverso incolor.

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34 Colônia 33: Fungo demácio isolado de nódulo do cabelo de paciente de São Luiz, Maranhão.

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35 Colônia 34: Fungo demácio isolado de lesão plantar superficial.

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36 Colônia 35: Colônia isolada de paciente caçador de tatu no Piauí.

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37 Colônia 36: Fungo isolado de lesão da face tipo molusco de paciente imunodeprimido.

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38 Colônia 37: Colônia isolada de lesão inguinal.

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39 Colônia 38: Colônia isolado de secreção com grãos vermelhos.

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40 Colônia 39: Fungo isolado de lesão no braço esquerdo.

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41 Colônia 40: Colônia isolada de lesão tumoral com presença de grãos.

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42 Colônia 41: Colônia de fungo demácio isolado de mácula castanha no dedo da mão.

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43 Colônia 42: Colônia isolada de líquido peritoneal de paciente transplantado.

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44 Colônia 43: Fungo isolado de lesão crostosa no tórax.

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45 Colônia 44: Fungo isolado de lesão inguinal pruriginosa (ágar Mycosel).

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46 Colônia 45: Fungo isolado de lesão necrótica em ágar Sabouraud.

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47 Colônia 46: Fungo isolado de lesão tipo molusco na face em ágar Sabouraud (foto esquerda).

Na identificação da espécie foi utilizado meio de canavanina, glicina e azul-de-bromotimol

(foto direita).

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Resposta das colônias

A descrição da colônia deve ser iniciada diferenciando se a colônia é leveduriforme (apresenta

brilho, tem umidade) ou filamentosa (seca). Depois descreve o aspecto (algodonoso,

granuloso, pulverulento, aveludado, penugento, liso ou glabro, pregueado ou cerebriforme

etc); a cor da parte de cima (anverso), finalizando com a cor do reverso (incolor, castanho,

vermelho ou rubro, lilás, amarelo canário, preto etc.). Deve-se ter atenção que o meio de

cultura apresenta cor amarelada, o que pode dificultar a avaliação do reverso se é castanho ou

incolor, na dúvida pode ser usada a palavra “pardo”.

1. Colônia filamentosa membranosa, de brilho nacarado, cor escura na borda e reverso com

pigmento escuro na borda. Sporothrix schenckii.

2. Colônia filamentosa algodonosa branca e reverso incolor. Scytalidium hialinum.

3. Colônia filamentosa algodonosa, enchendo todo o interior do tubo, cor branca a bege, com

grãos (esporângios) na parte superior e reverso incolor a castanho. Rhizopus sp.

4. Colônia leveduriforme pregueada bege e reverso incolor. Trichosporon sp. Atenção não

confundir com Trichophyton.

5. Colônia filamentosa membranosa, de brilho nacarado, cor escura na borda e reverso com

pigmento escuro na borda. Sporothrix schenckii.

6. Colônia filamentosa pulverulenta ou, para alguns, granulosa, cor canela com açúcar, reverso

de incolor a castanho. Microsporum gypseum.

7. Colônia filamentosa algodonosa branca e reverso lilás. Fusarium sp.

8. Colônia leveduriformes pregueada branca reverso incolor. Geotrichum sp.

9. Colônia cerebriforme alaranjada e reverso alaranjado. Actinomiceto.

O diagnóstico actinomiceto seria melhor, porque abrange todos os gêneros, mas alguns

micologistas preferem dizer o gênero Nocardia sp. ou Nocardia brasiliensis; na colônia da foto

é Actinomadura maduraea. A palavra filamentosa ou leveduriformes não é utilizada quando

se tratar de bactéria.

10. Colônia filamentosa algodonosa ou aveludada. De cor escura (cinza, verde, preta tec.) no

anverso e reverso preto. Demácio agente de cromomicose e feohifomicose.

No caso de fungo demácio fica difícil dizer o nome do fungo, só em algumas exceções. Na foto

a colônia é Fonsecaea pedrosoi.

11. Colônia filamentosa pulverulenta verde e reverso de incolor a castanho. Penicillium sp.

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49 12. Colônia filamentosa aveludada de cor amarelo esverdeado (lembrando “limão podre” –

limão maduro) e reverso castanho. Epidermophyton floccosum.

13. Colônia filamentosa granulosa preta ou castanho escuro (lembra borra de café) e reverso

de incolor a castanho. Aspergillus niger.

14. Colônia filamentosa granulosa amarelada e reverso castanho. Trichophyton

mentagrophytes variedade mentagrophytes.

15. Colônia leveduriforme lisa (glabra) branca ou bege e reverso incolor. Candida sp.

Na descrição macroscópica da colônia de Candida não utilizar o nome da espécie C. albicans,

porque todas as espécies apresentam o mesmo tipo de colônia. Em alguns momentos o

aspecto da colônia pode apresentar o centro cerebrifome ou pregueado.

16. Colônia filamentosa algodonosa centro elevado e reverso com pigmento rubro ou

vermelho na borda. Trichophyton rubrum.

Em determinadas colônias o pigmento vermelho pode ser notado no anverso.

17. Colônia filamentosa pregueada, bege, reverso incolor e a superfície anterior do tubo com

aspecto de vidro suado ou não polido. Conidiobolus coronatus.

O aspecto de vidro suado representa os esporos lançados e presos na parede do tubo.

18. Colônia leveduriforme pregueada de cor coral ou salmão e reverso coral. Rhodotorula sp.

Algumas colônias podem também apresentar aspecto liso.

19. Colônia filamentosa algodonosa cinza e reverso escuro. Scedosporium apiospermum

(anamorfo – forma assexuada).

Alguns especialistas preferem utilizar o nome da forma teleomorfa – sexuada –

Pseudallescheria boydii.

20. Colônia filamentosa pregueada, centro acastanhado e reverso castanho. Madurella

mycetomatis.

21. Colônia filamentosa algodonosa branca e reverso lilás. Fusarium sp.

22. Colônia filamentosa granulosa (representado pelos conidióforos), cor verde e reverso de

incolor a castanho. Aspergillus flavus.

As colônias dos aspergilos se destacam pelo aspecto granuloso com vários tipos de

pigmentação na parte superior (preto, verde, castanho, azulado etc.), característica de cada

espécie.

23. Colônia filamentosa finamente granulosa (lembrando fuligem), cor cinza escuro e reverso

de incolor a castanho. Aspergillus fumigatus.

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50 24. Colônia filamentosa com pregas na superfície (lembrando chiclete amassado), recoberta

com hifa branca e reverso incolor. Trichophyton schoenleinii.

25. Colônia filamentosa pregueada branca com rachadura na superfície (lembrando pipoca

estourada) e reverso castanho. Paracoccidioides brasiliensis.

26. Colônia filamentosa branca com rachadura no centro e reverso castanho. Histoplasma

capsulatum.

A colônia do Histoplasma lembra o Paracoccidioides, diferindo pela extensão da colônia maior

no caso do Histoplasma.

27. Colônia filamentosa penugenta (hifas ralas na superfície, lembrando a penugem das aves)

com sulcos e aspecto raiado, reverso cor amarelo canário ou alaranjado. Microsporum canis.

28. Colônia leveduriforme aspecto mucoso (lembra leite condensado) bege e reverso incolor.

Cryptococcus sp.

Atualmente o diagnóstico deve ser só o gênero Cryptococcus, porque espécie são duas C.

neoformans e C. gattii, que apresentam o mesmo tipo de colônia.

29. Colônia cerebriforme alaranjada e reverso alaranjado. Actinomiceto.

O diagnóstico actinomiceto seria melhor, porque abrange todos os gêneros, mas alguns

micologistas preferem dizer o gênero Nocardia sp. ou Nocardia brasiliensis; na colônia da foto

é Nocardia brasiliensis. A palavra filamentosa ou leveduriformes não é utilizada quando se

tratar de bactéria.

30. Colônia filamentosa algodonosa centro elevado e reverso com pigmento rubro ou

vermelho na borda. Trichophyton rubrum.

Em determinadas colônias o pigmento vermelho pode ser notado no anverso.

31. Colônia filamentosa pulverulenta, cor amarelo sulfuroso (amarelo enxofre) com sulco no

centro e reverso castanho avermelhado. Trichophyton tonsurans.

O T. tonsurans é uma colônia muito difícil de diagnosticar, deve ser sempre lembrada.

32. Colônia filamentosa algodonosa branca e reverso incolor. Trichophyton mentagrophytes

variedade interdigitale.

33. Colônia filamentosa elevada ou apiculada, de cor escura e reverso preto. Piedraia hortae.

34. Colônia leveduriforme lisa ou cerebriforme preta e reverso preto. Horataea werneckii.

Com o tempo a colônia se cobre de hifas escuras tornando o diagnóstico do agente etiológico

difícil.

35. Colônia filamentosa algodonosa branca e reverso castanho. Coccidioides immitis ou

posadasii.

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51 36. Colônia filamentosa branca com rachadura no centro e reverso castanho. Histoplasma

capsulatum.

A colônia do Histoplasma lembra do Paracoccidioides, diferindo pela extensão da colônia

maior no caso do Histoplasma.

37. Colônia filamentosa granulosa amarelada e reverso castanho. Trichophyton

mentagrophytes variedade mentagrophytes.

38. Colônia cerebriforme rosa e reverso rosa. Actinomadura pelletieri.

O diagnóstico deste actinomiceto é obrigatório a identificação da espécie por ser uma colônia

característica. A palavra filamentosa ou leveduriformes não é utilizada quando se tratar de

bactéria.

39. Colônia filamentosa pulverulenta ou, para alguns, granulosa, cor canela com açúcar,

reverso de incolor a castanho. Microsporum gypseum.

40. Colônia cerebriforme alaranjada e reverso alaranjado. Actinomiceto.

O diagnóstico actinomiceto seria melhor, porque abrange todos os gêneros, mas alguns

micologistas preferem dizer o gênero Nocardia sp. ou Nocardia brasiliensis. A palavra

filamentosa ou leveduriformes não é utilizada quando se tratar de bactéria.

41. Colônia leveduriforme lisa ou cerebriforme preta e reverso preto. Horataea werneckii.

Com o tempo a colônia se cobre de hifas escuras tornando o diagnóstico do agente etiológico

difícil.

42. Colônia leveduriforme pregueada de cor coral ou salmão e reverso coral. Rhodotorula sp.

Algumas colônias podem também apresentar aspecto liso.

43. Colônia filamentosa com pregas na superfície (lembrando chiclete amassado), recoberta

com hifa branca e reverso incolor. Trichophyton schoenleinii.

44. Colônia filamentosa aveludada, centro pregueado, cor esverdeada (cor de limão podre) e

reverso castanho. A borda lembra coral marinho. Apresenta ainda tufos de hifas brancas -

pleomorfismo. Epidermophyton floccosum.

45. Colônia filamentosa algodonosa enchendo todo interior do tubo, com grânulos na parte

superior (esporângios) e reverso de incolor a castanho. Rhizopus sp.

46. No ágar Sabouraud – colônia leveduriformes mucoide, cor branca a bege e reverso incolor.

Diagnóstico: Cryptococcus sp.; na identificação da espécie se utiliza o meio de CGB, proposto

por Kwon-Chung & Bennett, 1992. Neste meio é possível confirmar a espécie C. gattii que

muda o pH do meio e produz cor azulada no meio, já o C. neoformans não altera a cor do

meio. Diagnóstico: Cryptococcus gattii – ocorre também em pacientes imunocompetentes.