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ATO CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIAHOJE, ÀS 4H30, NO AEROPORTO DE SALVADOR

Edição Diária 7353| Salvador, terça-feira, 12.12.2017 Presidente Augusto Vasconcelos

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Congresso da Feeb elege diretoria

No Brasil, o pobre paga mais tributos

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Mais do que nunca, a população brasileira precisa pressionar os deputados contra a reforma da Previdência, que retira direitos e dificulta

Pressão. A melhordefesa é o ataque

central de midia fbf

o acesso à aposentadoria. A proposta beneficia apenas o grande capital, sobretudo os banqueiros, e prejudica a imensa maioria dos trabalhadores. Página 3

Governo faz de tudo para aprovar a reforma da Previdência. Hoje, os trabalhadores realizam ato no aeroporto para pressionar os parlamentares

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, terça-feira, 12.12.20172 BANCÁRIOS

Eleição aconteceu durante o Congresso da FeebbaserEdAçãoimprensa@bancariosbahia.org.br

Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933

O BANCÁRIO

Federação tem nova diretoria

Informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. Editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. diretor de Imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.Endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-Bahia. CEP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - imprensa@bancariosbahia.org.brJornalista responsável: rogaciano Medeiros - reg. MTE 879 drT-BA. Chefe de reportagem: rose Lima - reg. MTE 4645 drT-BA. repórteres: Ana Beatriz Leal - reg. MTE 4590 drT-BA e renata Andrade- reg. MTE 4409 SrTE-BA . Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Felipe Iruatã . Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.

A FEDERAçãO dos Bancários da Bahia e Sergipe tem nova di-retoria. A posse dos 56 diretores para o triênio 2018|2021 acon-tece em 12 de janeiro. O novo presidente, Hermelino Neto, as-sume no lugar de Emanoel Sou-za, que passa para a secretaria geral. Na vice-presidência, José Antônio dos Santos.

A eleição aconteceu domin-go, durante o 14º Congresso da Federação dos Bancários, em Salvador. Participaram 132 de-legados, representantes dos 12 sindicatos filiados.

A Feeb tem cumprido um

importante papel na defesa dos direitos dos bancários. Tem for-talecido a luta da juventude, das mulheres, ampliado o trabalho de comunicação e interioriza-ção, com acompanhamento de perto das entidades filiadas.

Trabalho que é reconhecido. O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, lembra o salto que a Federação deu com Emanoel e

destaca o compromisso do novo presidente. “Hermelino Neto tem qualidade para manter o nível de atuação da Feeb”.

Sem dúvidas, a nova gestão

da entidade é composta por uma equipe vinculada aos inte-resses dos bancários, que con-tinuam muito bem representa-dos nos dois estados.

Salário não acompanha preço dos produtosSOBREVIVER no Brasil está cada dia mais difícil. Os preços dos produtos não param de su-bir, embora governo e a grande mídia digam que a economia está em recuperação. Na outra ponta, o salário, enxuto. Para se ter ideia, o mínimo ideal para uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.731,39.

O valor é 3,98 vezes maior do que o atual, de R$ 937,00. A pes-

quisa é do Dieese (Departamen-to Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

E está engando quem pen-sa que o cenário vai melhorar. Enquanto o preço dos produtos sobe, o governo Temer reduz a previsão de aumento do salário do próximo ano. A projeção caiu para R$ 965,00. Pelo visto, o freio de mão do brasileiro vai continu-ar suspenso por muito tempo.

Ação da Fenaban é julgada improcedente A AçãO da Fenaban (Fede-ração Nacional dos Bancos) sobre a atualização de débitos trabalhistas, que determinava a adoção do IPCA-E (Índi-ce de Preços ao Consumidor Amplo Especial) no lugar da TRD (Taxa Referencial Diá-ria), foi julgada improcedente pela 2ª Turma do STF (Supre-mo Tribunal Federal). Os tra-balhadores saem vitoriosos.

A decisão do TST (Tribu-nal Superior do Trabalho) e a tabela única editada pelo CSJT (Conselho Superior da Justiça do Trabalho) estavam suspensas desde outubro de 2015 por liminar do minis-tro Dias Toffoli, relator do processo, que rejeitou a con-clusão do tribunal, alegando que a declaração de incons-

titucionalidade da expressão “equivalentes à TRD” ocor-reu por arrastamento da de-cisão do STF nas ADIs (Ação Direta de Inconstitucionali-dade), 4357 e 4425.

O IPCA-E é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e ten-de a ser maior do que a TRD, ou seja, mais rentável para o trabalhador. Até setembro, a taxa acumulava 0,59% e o IP-CA-E, 2,56%.

Para o presidente do Sindi-cato, Augusto Vasconcelos, a decisão representa uma grande vitória. “Os reajustes dos débi-tos estavam defasados e o tra-balhador esperava por muito tempo uma decisão na Justiça. O que sempre defendemos é o índice inflacionário”.

Congresso da Federação, ocorrido no fim de semana, reforçou a necessidade de unidade da categoria para barrar os retrocessos

Preços sobem e o salário não dá para suprir a demanda da família

fotos: manoel porto

o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, terça-feira, 12.12.2017 3REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Cobrança aos deputados é fundamental para que a proposta não seja votada rEdAção imprensa@bancariosbahia.org.br

joão ubaldo

manoel porto

Pressão total sobre os parlamentares

A FORçA das ruas contra a reforma da Previdência tem surtido efeito e o governo encontra sérias dificuldades para aprovar a medida que retira a aposentadoria dos bra-sileiros. Sem votos, mesmo com os bilhões liberados dos cofres públicos, Temer estuda deixar a votação da PEC 287 na Câmara Fe-deral para 2018.

A ideia é discutir a matéria amanhã. A depender dos debates, a reforma pode ir à votação no dia 19 ou fica para o próximo ano. O momento é decisivo e a resistência é fundamental para impedir que o governo prossiga. Tomar as ruas em uma forte mo-bilização e parar o país é a melhor estraté-gia para evitar que o Congresso Nacional, a serviço do grande capital, retire mais um direito do trabalhador.

No entanto, é preciso também conver-sar com os parlamentares. Hoje, às 4h30, o Sindicato dos Bancários da Bahia se junta às demais entidades, em uma mobilização no aeroporto para pressionar deputados e senadores a se posicionarem contra a re-forma da Previdência.

A proposta, rejeitada por 85% da popula-

ção, aumenta a idade mínima para aposen-tadoria - 65 anos (homem) e 62 anos (mu-lher). Também eleva o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 25 anos. As-sim, o trabalhador recebe o benefício par-cial. Para quem quiser receber o valor inte-gral, a contribuição será de 40 anos.

Estratégias dos bancários para o próximo anoOS BANCÁRIOS começam a traçar as estratégias de luta para 2018. O Coman-do Nacional se reúne, hoje, às 13h, em São Paulo, para fazer uma análise sobre 2017 e definir as prioridades para o ano que se aproxima.

Entre os temas, o cenário político e econômico do país e a necessidade de mudanças para que o Brasil retome o crescimento e os trabalhadores garan-tam avanços, além da mobilização para a greve contra a reforma da Previdência, que o governo Temer pressiona para vo-tar ainda neste ano.

As questões específicas da categoria também estão na pauta. O Comando Na-cional faz um balanço das mesas temá-ticas de igualdade de oportunidades, se-gurança bancária, saúde do trabalhador e acompanhamento da cláusula preven-ção de conflitos.

Tratam ainda sobre as negociações específicas com cada banco sobre a cláu-sula 62 da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) - sobre a criação do centro de realocação e requalificação.

O Comando Nacional dos Bancários define o calendário de reuniões para ja-neiro e fevereiro, assim como as datas in-dicativas para os encontros por bancos e as conferências regionais/nacional de 2018, que visam construir a campanha salarial da categoria.

Banco do Brasil paga gratificação de função cortadaMAIS uma vitória para os funcionários do Banco do Brasil. A empresa vai pagar, de-pois de perder pela terceira vez o recurso judicial, junto com o salário de dezembro, a gratificação de função aos bancários que

exerceram cargo gratificado por 10 anos ou mais. O pagamento é fruto de ação civil pú-blica movida pelas entidades sindicais.

Será levada em conta a média dos valores recebidos nos últimos 10 anos. Se não obe-

decer a ordem judicial, o BB terá de pagar multa de R$ 1.000,00 por empregado.

O Sindicato dos Bancários da Bahia orien-ta que os trabalhadores que foram prejudi-cados com a reestruturação e não receberem este mês procurem a entidade. Por conta da súmula 372, editada pelo Tribunal Superior do Trabalho, fica impedida a retirada da gra-tificação sem justa causa aos empregados que exercem a função por 10 anos ou mais.

A Justiça tinha concedido liminar deter-minando o pagamento em primeira instân-cia e foi mantida com algumas alterações em segunda instância pelo Tribunal Regional do-Trabalho. Mas, o BB ingressou com correção parcial no intuito de cassar a decisão proferi-da em mandado de segurança pelo TRT.

População aumenta a pressão contra a reforma

os bancários prejudicados

com a reestruturação

e que não receberem a gratificação

este mês devem

procurar o Sindicato

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, terça-feira, 12.12.20174

SAQUE

DESIGUALDADE

os mais ricos têm isenção de imposto de até 66%. AbsurdorEdAçãoimprensa@bancariosbahia.org.br

A carga tributária é injusta

EM VãO Avaliação do jornalista Bepe Damasco sobre o Brasil pós golpe. "De uns anos para cá, a burguesia mais vagabunda do planeta e a mídia venal ganharam um reforço de peso na cruzada para destruir Lula: as próprias instituições do Estado, como MP, Judiciário, Polícia Federal e TCU. Tudo em vão. Lula segue firme, lidera todas as pesquisas e é idolatrado pelo povo por onde passa”.

BEM COLOCADO Um dos mais respeitados e experientes jornalistas do Brasil, Ricardo Kotscho toca em uma questão que intriga todo brasileiro preocupado com a democracia e o Estado de direito. Se conseguir superar a perseguição política de que tem sido vítima, “como Lula conseguirá governar tendo de enfren-tar a grande aliança formada contra ele pelo mercado e a mídia, com o amparo do Judiciário?". O ex-presidente foi formado na política, na contradição, no entendimento, mas mesmo assim a situação é delicada.

MESMO GOLPE Mais uma liderança das forças progressistas da América Latina cai nas garras da onda fascista que toma conta do subcontinente. A ex-presidenta da Argentina, Cristina Kirch-ner, é a nova vítima do atual modelo de golpe adotado pelo neoli-beralismo, que substitui os quartéis e os fuzis por uma combina-ção, também letal, que inclui o Judiciário, o Legislativo e a mídia. É o que internacionalmente chama-se de lawfare. Um juiz federal quer prendê-la, mesmo sem apresentar prova alguma. Igualzinho como ocorre com Lula no Brasil.

SEM VOTO A reforma da Previdência continua a aprofundar o racha na base governista. Ninguém se entende. O Palácio do Planalto havia anunciado a votação para a próxima semana, na quarta ou quinta, às vésperas das festas de fim de ano e do recesso parlamentar. Mas, ontem o presidente da Câmara Federal, Rodri-go Maia (DEM-RJ), considerou “difícil” e garantiu que o governo ainda não tem os votos necessários para aprovar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional). Melhor para o povo.

SÓ PERVERSIDADE Na onda da reforma trabalhista imposta pelo governo Temer e aprovada por um Parlamento fisiológico, a Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, privada, demitiu, de uma canetada só, 1.200 professores. Quem quiser reconquistar o emprego tem de aceitar salário menor e ser regido pela nova legislação. Taí um exemplo concreto do que seja neoliberalismo.

PESQUISA realizada pela ONG Oxfam Brasil revela que 71% dos brasileiros afirmam que não são contra impostos, mas, sim, a favor de uma carga tri-butária maior para os mais ri-cos. Justo. No país, o topo da pirâmide social tem isenção de imposto de até 66%.

São considerados super ricos as pessoas pertencentes a 0,1% da população brasileira com renda acima de 80 salários mí-nimos. A chamada classe média

(com renda mensal entre três e 20 salários mínimos) tem isen-ção de 17%.

A disparidade nas taxas tri-butárias reforça as desigualda-des sociais, afirma a Oxfam, que calcula que um trabalha-dor com um rendimento men-sal de um salário mínimo (R$ 937,00) levaria 19 anos para juntar o que um super rico ga-nha em um mês.

O levantamento revela ain-da que o cidadão sabe que, no Brasil, a grande maioria ganha pouco enquanto que uma par-cela diminuta ganha muito di-nheiro. Ao todo, 91% dos entre-vistados têm essa opinião. E os dados confirmam, 5% da po-pulação têm a mesma renda do que as demais 95%.

Pressão VIP é o campeãoPRESSãO VIP é o grande cam-peão do Campeonato de Fute-bol Society dos Bancários em cima do Ressaca. O placar ter-minou empatado no tempo re-gular, dois a dois. Nos pênaltis, o Pressão VIP balançou a rede seis vezes e o Ressaca, cinco.

O terceiro lugar ficou com o Linha 8. Após a partida, reali-zada na sexta-feira, no gramado das Asbac, Pituba, todos parti-ciparam da confraternização, regada a música ao vivo. De-pois, os melhores do campeo-nato foram premiados.

O goleiro destaque foi Mar-

celo Ferreira (Ressaca); ala di-reita, Rafael Oliveira (Ressa-ca); ala esquerda, Felipe Cauan (Pressão VIP); zagueiro, Janio Neves (Pressão VIP); volante, André Luiz Vieira (Revelação); meia-direita, Lucas Esposito (Pressão VIP); meia-esquerda, Matheus Calazans (Linha 8).

A lista dos melhores tem ain-da, os atacantes Frederico Fon-seca (Pressão VIP) e Rafael Go-mes (Dolar); o técnico, Daniel Marambaia (Pressão VIP); e os artilheiros Rafael Gomes (Do-lar) e Frederico Fonseca (Pres-são VIP), com nove gols cada.

No país, os impostos aumentam preços dos produtos de forma absurda

Pressão VIP leva a melhor no Campeonato de Futebol Society,

que teve a participação de 11 times e 283 atletas

marcelo preSt - arquivo a gazeta

fotos: manoel porto