Ator sim, celebridade não

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JVA - Essa é a primei- ra vez que você interpre- ta um texto de Ariano Suassuna? Leonardo - Sim. Sou apai- xonado pelas histórias do Suassuna e fique encantado com a oportunidade de fazer parte de uma obra dele. JVA - Como surgiu o con- vite para participar do espe- táculo? Leonardo - A peça foi encenada pela primeira vez em Angra dos Reis com outro protagonista. Depois dessa temporada o espetáculo seguiu para o Rio de Janeiro, mas o ator não pôde acompanhar o grupo. Foi então que a Débo- ra Lamm (atriz que integra o elenco) me indicou para a Inez Viana (diretora do espe- táculo). Eu estreie como Qua- derna no Rio, em janeiro de 2010. Seguimos com o espe- táculo em cartaz até maio do ano passado, quanto eu tive que parar por conta das gra- vações de "Rei Davi". JVA - Como é a experiên- cia de interpretar um perso- nagem de Suassuna? Leonardo - O Dom Pedro Diniz Quaderna existia no romance "A Pedra do Reino" e, com a transposição para o teatro, o personagem não é completamente o que era no romance, por ser quase impos- sível traduzir a profundidade alcançada na literatura para os palcos. O espetáculo mos- tra as memórias e pensamen- tos de Quaderna. Como a maioria dos personagens do Suassuna, Quaderna é o nar- rador da história e também o cara esperto, que tenta tomar proveito de tudo, assim como os protagonistas de "O Auto da Compadecida". JVA - A história se passa no Nordeste, foi difícil se habituar ao sotaque? Leonardo - Não houve problema algum. Minha mãe é pernambucana, então eu cresci nesse universo. Dois colegas da peça são nordes- tinos, um da Paraíba e outro do Rio Grande do Norte, então isso também nos aju- dar a equilibrar nossos sota- ques. Eu sou carioca e morei muito tempo em São Paulo, mas sou zerado em sotaque. Também fiz muitos persona- gens nordestinos na televi- são. Em nossas apresenta- ções pelo Nordeste as pes- soas não estranham nosso jeito de falar, pelo contrário, elas acham que o sotaque condiz com o falado na região. O sotaque não é estereotipa- do, pois nossa peça é muito orgânica. O próprio Suassu- na foi nos assistir duas vezes, e disse que gostou muito do resultado. JVA - Você começou no teatro e depois foi para a TV. Acredita que o público do teatro cresceu depois do sucesso nas telinhas? Leonardo - Não senti isso no Rio e em São Paulo, mas acontece no interior. O que é uma pena. A peça deve ser vista pelo o que ela é, pelo o que ela engloba, por sua pro- dução, seu texto. É claro que existem pessoas que são atraí- das ao teatro para ver seu grande ídolo de perto, e isso, às vezes, é a única oportuni- dade que se têm. Mas não acredito que as pessoas devam ir ao teatro apenas para ver um ator famoso, um espetá- culo teatral compreende muito mais coisas que isso. JVA - Você acredita que o alto valor dos ingressos afasta o público do teatro? Leonardo - Esse é um pro- blema real. Mas na maioria das vezes a produção sobre- vive com o lucro da bilhete- ria, já que é muito difícil con- seguir patrocínios no teatro. Na última vez que estive em Ipatinga (com o espetáculo "Camila Baker"), nós não tínhamos nenhum apoio e fizemos um esforço para via- jar pelo Brasil. A dificuldade em se conseguir patrocínios no teatro é, inclusive, um dos motivos das peças não chega- rem ao interior. Geralmente nós conseguimos viajar com o apoio de patrocinadores ou então contando com a bilhe- teria, e por isso o valor do ingresso às vezes é tão alto. Afinal os atores precisam de uma contrapartida para levar o espetáculo a todos os can- tos do país, levando em conta que a viagem por si só é um custo muito alto. JVA - Qual o persona- gem mais importante da sua carreira? Leonardo - Fiz muitos personagens marcantes na TV, como o Ricardo de "Anjo Mau", o Tiago Olinto de "A Muralha" e o Pedro de "Cha- mas da Vida". Também foi muito marcante interpretar um personagem de Shakes- peare no teatro, o Péricles. JVA - A minissérie "Rei Davi", que termina hoje, alcançou grande sucesso. Você esperava tamanha repercussão? Leonardo - A gente sem- pre torce. Mas não dá pra prever matematicamente o que vai acontecer. Eu me preocupava com o horário de exibição, que é muito tarde. Mas felizmente a minis- série foi um sucesso. E isso veio para premiar o esforço e dedicação de todos da pro- dução. JVA - Foi difícil interpre- tar um personagem bíblico? Leonardo - O único ícone da Bíblia que tinha interpre- tado até então foi Jesus, na Paixão de Cristo. Esta foi a primeira vez que encarnei um personagem do Velho Testamento. É claro que encontrei dificuldades, mas não por ser um personagem bíblico. Encaro todos os per- sonagens da mesma manei- ra, independente de sua ori- gem. Acredito que a parte mais complicada tenha fica- do para a produção, com os figurinos, locações e maquia- gem. Para mim foi o desafio de sempre, dar vida a um homem cheio de dramas psi- cológicos e problemas. Davi tem uma história muito longa, já que a minissérie conta sua vida dos 17 aos 70 anos. Ele passa por muitos problemas, então a cada cena surgia uma dificuldade para transpor. JVA - Qual a diferença em se fazer teledramaturgia na Globo e na Record? Leonardo - No dia a dia de trabalho não tem nenhu- ma diferença. Até porque muitos profissionais da Record já estiveram na Globo. O que muda é o resultado na tela e o público, que está acostumado a acompanhar apenas produções globais. JVA - Em quase 30 anos de carreira você fez apenas dois filmes, por quê? Leonardo - Gostaria de saber responder a esta per- gunta (risos). A verdade é que não recebo muitos con- vites atualmente. Já me con- vidaram em outras ocasiões, mas eu estava sempre muito ocupado. Eu sempre me satis- fiz com o teatro e não sentia a necessidade de buscar o cinema, procurar diretores e tentar me encaixar em algu- ma produção. Mas gostaria sim de fazer mais filmes. O cinema te deixa eternizado e, por mais que o youtube tam- bém deixe nosso trabalho em TV eternizado, não é a mesma coisa, e não sabemos quanto tempo esses vídeos continua- rão na internet (risos). JVA - Você é muito reser- vado quanto a sua vida pes- soal. É difícil manter essa discrição? Leonardo - Às vezes sim. Principalmente porque as pessoas te taxam de mal humorado ou tímido. Eu sou reservado e sempre deixei isso claro para a imprensa. No começo da minha car- reira eu não respondia per- guntas sobre vida pessoal, e meu pai até me criticava, dizendo que eu poderia ser mau visto. Mas eu sempre quis ser reconhecido apenas pelo meu trabalho e não como uma celebridade. Saio de casa para curtir um even- to, e não para ficar fazendo poses para os fotógrafos. Nunca gostei de fofocas, e muito menos de fofocas sobre mim. Eu mantenho essa distância e os jornalis- tas respeitam isso e o públi- co também me enxerga dessa forma. É claro que sempre houve assédio, mas senti que ele aumentou com "Rei Davi", as pessoas me abor- dam para falar do meu tra- balho na minissérie. Gosto muito dessa recepção, por- que os fãs chegam para falar do meu trabalho, e não sobre minha vida pessoal. VITRINE 1-A C U L T U R A & V A R I E D A D E S VALE DO A ÇO QUINTA-FEIRA, 3/MAIO/2012 E-mail: [email protected] Telefone: (31) 2109.3550 CELEBRIDADE NÃO ATOR SIM, Em cartaz no Teatro Zélia Olguin, Leonardo Brício fala sobre o prazer de interpretar um personagem de Suassuna, comemora o sucesso de "Rei Davi" e ressalta a importância de ser reconhecido apenas pelo trabalho que faz Débora Anício REPÓRTER Nesta quinta - feira (03), o Teatro Zélia Olguin apresenta, pela segunda vez nesta semana, o espetáculo "As Con - chambraças de Quaderna", inspirado no narrador do roman - ce "A Pedra do Reino", do dramaturgo paraibano Ariano Suassuna. A peça dirigida pela atriz e cantora Inês Viana é protagonizada por Leonardo Brício, que concedeu entrevis - ta ao jornal VALE DO AÇO. Durante a conversa, Leonardo falou sobre sua paixão pelo teatro, os personagens impor - tantes que interpretou ao longo de seus 28 anos de carreira e sua felicidade em dar vida a um personagem criado por Suassuna. O ator também falou sobre o grande sucesso de "Rei Davi", minissérie da Record que terá seu último capítu - lo exibido na noite de hoje, noite em que Leonardo Brício estará interpretando Quaderna em Ipatinga. DIVULGAÇÃO

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Em cartaz no Teatro Zélia Olguin, Leonardo Brício fala sobre o prazer de interpretar um personagem de Suassuna, comemora o sucesso de "Rei Davi" e ressalta a importância de ser reconhecido apenas pelo trabalho que faz

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JVA - Essa é a primei-ra vez que você interpre-t a um t ex t o de Ar i anoSuassuna?

Leonardo - Sim. Sou apai-xonado pelas histórias doSuassuna e fique encantadocom a oportunidade de fazerparte de uma obra dele.

JVA - Como surgiu o con-vite para participar do espe-táculo?

Leonardo - A peça foiencenada pela primeira vezem Angra dos Reis com outroprotagonista. Depois dessatemporada o espetáculo seguiupara o Rio de Janeiro, mas oator não pôde acompanhar ogrupo. Foi então que a Débo-ra Lamm (atriz que integra oelenco) me indicou para aInez Viana (diretora do espe-táculo). Eu estreie como Qua-derna no Rio, em janeiro de2010. Seguimos com o espe-táculo em cartaz até maio doano passado, quanto eu tiveque parar por conta das gra-vações de "Rei Davi".

JVA - Como é a experiên-cia de interpretar um perso-nagem de Suassuna?

Leonardo - O Dom PedroDiniz Quaderna existia noromance "A Pedra do Reino"e, com a transposição para oteatro, o personagem não écompletamente o que era noromance, por ser quase impos-sível traduzir a profundidadealcançada na literatura paraos palcos. O espetáculo mos-tra as memórias e pensamen-tos de Quaderna. Como amaioria dos personagens doSuassuna, Quaderna é o nar-rador da história e também ocara esperto, que tenta tomarproveito de tudo, assim comoos protagonistas de "O Autoda Compadecida".

JVA - A história se passano Nordeste, foi difícil sehabituar ao sotaque?

Leonardo - Não houveproblema algum. Minha mãeé pernambucana, então eucresci nesse universo. Doiscolegas da peça são nordes-tinos, um da Paraíba e outrodo Rio Grande do Norte,então isso também nos aju-dar a equilibrar nossos sota-ques. Eu sou carioca e moreimuito tempo em São Paulo,mas sou zerado em sotaque.Também fiz muitos persona-gens nordestinos na televi-são. Em nossas apresenta-ções pelo Nordeste as pes-soas não estranham nossojeito de falar, pelo contrário,elas acham que o sotaquecondiz com o falado na região.O sotaque não é estereotipa-do, pois nossa peça é muito

orgânica. O próprio Suassu-na foi nos assistir duas vezes,e disse que gostou muito doresultado.

JVA - Você começou noteatro e depois foi para aTV. Acredita que o públicodo teatro cresceu depois dosucesso nas telinhas?

Leonardo - Não senti issono Rio e em São Paulo, masacontece no interior. O queé uma pena. A peça deve servista pelo o que ela é, pelo oque ela engloba, por sua pro-dução, seu texto. É claro queexistem pessoas que são atraí-das ao teatro para ver seugrande ídolo de perto, e isso,às vezes, é a única oportuni-dade que se têm. Mas nãoacredito que as pessoas devamir ao teatro apenas para verum ator famoso, um espetá-culo teatral compreende muitomais coisas que isso.

JVA - Você acredita queo alto valor dos ingressosafasta o público do teatro?

Leonardo - Esse é um pro-blema real. Mas na maioriadas vezes a produção sobre-vive com o lucro da bilhete-ria, já que é muito difícil con-seguir patrocínios no teatro.Na última vez que estive emIpatinga (com o espetáculo"Camila Baker"), nós nãotínhamos nenhum apoio efizemos um esforço para via-jar pelo Brasil. A dificuldadeem se conseguir patrocíniosno teatro é, inclusive, um dosmotivos das peças não chega-rem ao interior. Geralmentenós conseguimos viajar como apoio de patrocinadores ouentão contando com a bilhe-teria, e por isso o valor doingresso às vezes é tão alto.Afinal os atores precisam deuma contrapartida para levaro espetáculo a todos os can-tos do país, levando em contaque a viagem por si só é umcusto muito alto.

JVA - Qual o persona-gem mais importante da suacarreira?

Leonardo - Fiz muitospersonagens marcantes naTV, como o Ricardo de "AnjoMau", o Tiago Olinto de "AMuralha" e o Pedro de "Cha-mas da Vida". Também foimuito marcante interpretarum personagem de Shakes-peare no teatro, o Péricles.

JVA - A minissérie "ReiDavi", que termina hoje,alcançou grande sucesso.Você esperava tamanharepercussão?

Leonardo - A gente sem-pre torce. Mas não dá praprever matematicamente o

que vai acontecer. Eu mepreocupava com o horáriode exibição, que é muitotarde. Mas felizmente a minis-série foi um sucesso. E issoveio para premiar o esforçoe dedicação de todos da pro-dução.

JVA - Foi difícil interpre-tar um personagem bíblico?

Leonardo - O único íconeda Bíblia que tinha interpre-tado até então foi Jesus, naPaixão de Cristo. Esta foi aprimeira vez que encarneium personagem do VelhoTestamento. É claro queencontrei dificuldades, masnão por ser um personagembíblico. Encaro todos os per-sonagens da mesma manei-ra, independente de sua ori-gem. Acredito que a partemais complicada tenha fica-do para a produção, com osfigurinos, locações e maquia-gem. Para mim foi o desafiode sempre, dar vida a umhomem cheio de dramas psi-cológicos e problemas. Davitem uma história muito longa,já que a minissérie conta suavida dos 17 aos 70 anos. Elepassa por muitos problemas,então a cada cena surgia umadificuldade para transpor.

JVA - Qual a diferençaem se fazer teledramaturgiana Globo e na Record?

Leonardo - No dia a diade trabalho não tem nenhu-ma diferença. Até porquemuitos profissionais daRecord já estiveram na Globo.O que muda é o resultado natela e o público, que estáacostumado a acompanharapenas produções globais.

JVA - Em quase 30 anosde carreira você fez apenasdois filmes, por quê?

Leonardo - Gostaria desaber responder a esta per-gunta (risos). A verdade éque não recebo muitos con-vites atualmente. Já me con-vidaram em outras ocasiões,mas eu estava sempre muitoocupado. Eu sempre me satis-fiz com o teatro e não sentiaa necessidade de buscar ocinema, procurar diretores etentar me encaixar em algu-ma produção. Mas gostariasim de fazer mais filmes. Ocinema te deixa eternizado e,por mais que o youtube tam-bém deixe nosso trabalho emTV eternizado, não é a mesmacoisa, e não sabemos quantotempo esses vídeos continua-rão na internet (risos).

JVA - Você é muito reser-vado quanto a sua vida pes-

soal. É difícil manter essadiscrição?

Leonardo - Às vezes sim.Principalmente porque aspessoas te taxam de malhumorado ou tímido. Eu soureservado e sempre deixeiisso claro para a imprensa.No começo da minha car-reira eu não respondia per-guntas sobre vida pessoal, emeu pai até me criticava,

dizendo que eu poderia sermau visto. Mas eu semprequis ser reconhecido apenaspelo meu trabalho e nãocomo uma celebridade. Saiode casa para curtir um even-to, e não para ficar fazendoposes para os fotógrafos.Nunca gostei de fofocas, emuito menos de fofocassobre mim. Eu mantenhoessa distância e os jornalis-

tas respeitam isso e o públi-co também me enxerga dessaforma. É claro que semprehouve assédio, mas sentique ele aumentou com "ReiDavi", as pessoas me abor-dam para falar do meu tra-balho na minissérie. Gostomuito dessa recepção, por-que os fãs chegam para falardo meu trabalho, e não sobreminha vida pessoal.

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CELEBRIDADE NÃOATOR SIM,

Em cartaz no Teatro Zélia Olguin, Leonardo Brício fala sobre o prazer de interpretar um personagem de Suassuna, comemora o sucesso de "Rei Davi" e ressalta a importância

de ser reconhecido apenas pelo trabalho que faz

Débora Anício

REPÓRTER

NNeessttaa qquuiinnttaa-ffeeii rraa ((0033)),, oo TTeeaattrroo ZZééll iiaa OOllgguuiinn aapprreesseennttaa,,

ppee llaa sseegguunnddaa vveezz nneessttaa sseemmaannaa,, oo eessppeettááccuulloo ""AAss CCoonn -

cchhaammbbrraaççaass ddee QQuuaaddeerrnnaa"",, iinnssppiirraaddoo nnoo nnaarrrraaddoorr ddoo rroommaann-

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SSuuaassssuunnaa.. AA ppeeççaa ddiirriiggiiddaa ppeellaa aattrriizz ee ccaannttoorraa IInnêêss VViiaannaa éé

pprroottaaggoonniizzaaddaa ppoorr LLeeoonnaarrddoo BBrríícciioo,, qquuee ccoonncceeddeeuu eennttrreevviiss-

ttaa aaoo jjoorrnnaall VVAALLEE DDOO AAÇÇOO.. DDuurraannttee aa ccoonnvveerrssaa,, LLeeoonnaarrddoo

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""RReeii DDaavvii"",, mmiinniisssséérriiee ddaa RReeccoorrdd qquuee tteerráá sseeuu úúllttiimmoo ccaappííttuu-

lloo eexxiibbiiddoo nnaa nnooiittee ddee hhoojjee,, nnooiittee eemm qquuee LLeeoonnaarrddoo BBrríícciioo

eessttaarráá iinntteerrpprreettaannddoo QQuuaaddeerrnnaa eemm IIppaattiinnggaa..

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