ATPS Administração Financeira e Orçamentária

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Página | 1 UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA Professor EAD: Prof. Wagner Luiz Villalva Professor Tutor: Paulo Faria Carlos Henrique da Cunha Vieira RA 6393221759 Daniel Henrique Monteiro de Oliveira RA 6789363904 Sidney Freire de Almeida RA 6921443376

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Administração Financeira

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

ADMINISTRAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA

Professor EAD: Prof. Wagner Luiz Villalva

Professor Tutor: Paulo Faria

Carlos Henrique da Cunha Vieira RA 6393221759

Daniel Henrique Monteiro de Oliveira RA 6789363904

Sidney Freire de Almeida RA 6921443376

Victória Iuan Cavalheiro RA 9650543516

Polo Pindamonhangaba

01.10.2015

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Carlos Henrique da Cunha

Rua: Bosque de Princesa, 184 - Pindamonhangaba – São Paulo – SP.

Daniel Henrique Monteiro de Oliveira

Av. Armantina Rabelo Galvão, 219 - Roseira – São Paulo-SP.

Sidney Freire de Almeida

Rua: Benedito Costa de Oliveira, 953 – Guaratinguetá – São Paulo-SP

Victória Iuan Cavalheiro

Rua: Olga C. Teixeira de Carvalho, 740 – Pindamonhangaba - SP

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA

Polo de Pindamonhangaba

01.10.2015

Trabalho para avaliação da Disciplina de Administração Financeira e Orçamentária, da Faculdade

Anhanguera do Curso de Administração, orientado pelo

Professor Wagner Luiz Villalva.

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SUMARIO

Introdução..........................................................................................................................4

A Administração Financeira e Orçamentária....................................................................5

Avaliação de Risco de Projetos.........................................................................................9

Analise de Títulos e Ações..............................................................................................10

Avaliação de Ações.........................................................................................................12

Modelo de Gordon...........................................................................................................14

Métodos de Orçamento de Capital: com Risco...............................................................16

CAPM..............................................................................................................................17

Considerações Finais.......................................................................................................20

Referencias......................................................................................................................21

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INTRODUÇÃO

A Administração Financeira e Orçamentária é um principio econômico e

financeiro de uma organização, com aumento da rentabilidade possível sobre o capital

investido em um negócio. A aplicação pode ser própria da organização ou de terceiros.

A melhor aplicação é aquela é aquela que aumenta a riqueza ou valor total aplicado no

negócio com projetos e analise rigorosa, viabilidade e avaliação do mercado financeiro,

calculando os lucros e perdas, e diminuindo possíveis riscos sobre o investimento

aplicado.

A Administração Financeira é uma forma de fazer uma previsão risco e retorno

que a empresa tem de capital para pagar suas dividas e compra de matéria primas. Com

o planejamento de orçamento, podendo determinar quanto a organização pode gastar

durante um período curto, médio ou longo prazo, é uma forma de previsão de despesas

futuras. O orçamento visa controlar e monitorar, por exemplo, as despesas, projeções de

custos, gastos investimentos, pesquisa de mercado, elaboração de relatórios e analise de

dados.

Iremos abordar neste trabalho a importância da Administração Financeira e

Orçamentária, bem como analisar os riscos e os impactos da desvalorização da moeda

em relação a taxas da inflação, risco e retorno sobre investimentos e ser capaz de

elaborar o controle administrativo-financeiro de uma organização.

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A Administração Financeira e Orçamentária

Administração financeira é um processo constante e de extrema relevância para

o mundo dos negócios, pois qualquer decisão a qualquer momento requer conhecimento

sobre finanças.

A administração financeira representa quanto o administrador financeiro possui

de responsabilidade numa organização, onde as principais atividades desempenhadas

pelo mesmo podem ser bem diferenciadas tais como: administração de caixa,

administração de crédito, análise de investimento, captação de fundos, planejamento

financeiro e orçamento.

O planejamento financeiro é um processo continuo que pode ser avaliado na

medida em que a organização se desenvolve, sendo que a cada crescimento

organizacional, se identifiquem novas necessidades e oportunidades de

desenvolvimento, tanto na forma de agir como na forma de enfrentar os obstáculos

financeiros existentes.

Um dos aspectos importantes do Planejamento da Administração Financeira é a

interferência com a moeda que, sendo um ativo, uma forma de aplicação dos recursos

dos indivíduos, é um bem que possui o seu próprio mercado, oferta, demanda e preço.

Ela também pode ser descrita como um conjunto de bens financeiros (papel-moeda,

depósito bancário, cheque de viagem, etc.) com a característica especial de poder ser

utilizado para transações entre outros bens, permitindo ao seu detentor maior poder de

decisão sobre seus recursos com relação ao espaço e tempo. Seu uso generalizado gerou

consenso a respeito das funções que a moeda deve exercer: como intermediário de

trocas, unidade de conta ou medida de valor e como reserva de valor.

A função de intermediário de trocas permite a superação da economia de

escambo e a passagem para a economia monetária. Essa característica dá à moeda a

condição de funcionar como intermediário prático para as transações econômicas,

facilitando a aquisição de bens entre os agentes.

É a função por excelência da moeda, permite que se realizem trocas indiretas

entre bens e serviços, ou seja, que haja separação entre a compra e a venda. A moeda

suprime a exigência de dupla coincidência de desejos.

A utilização generalizada da moeda implica a criação de uma unidade de

medida, à qual são convertidos os valores de todos os bens e serviços disponíveis. A

moeda serve como denominador comum, pois todos os bens e serviços podem ser

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expressos em relação a ela. Em decorrência dessa função da moeda, torna-se possível

realizar a contabilização da atividade econômica como a contabilidade, cálculos de

agregados de produção, consumo, poupança, investimento e outros fluxos econômicos.

A terceira função exercida pela moeda é a que decorre da particularidade de

servir como reserva de valor, desde o momento em que é recebida até o instante em que

é gasta por seu detentor. O indivíduo recebe a moeda por uma transação, não precisa

gastá-la, pode guardá-la para uso posterior, isto significa que ela serve como reserva de

valor. Para que bem cumpra esse papel, é necessário que tenha valor estável, de forma

que quem a possua tenha ideia precisa do quanto pode obter em troca. Se a economia

estiver num processo inflacionário, o valor da moeda vai se deteriorando, fazendo com

que essa função não se cumpra.

Exercício:

1 - Um investidor decide que a taxa de desconto a ser aplicada a uma ação é de 6%,

outra ação com o dobro dos riscos terá uma taxa de desconto de 12%. Determinado o

nível de risco, realizar o ajuste dos retornos futuros.

Ra = 6% - retorno maior do que o mercado devido a beta > 1,5

Rb = 12% - retorno maior do que o mercado devido a beta > 2,4

m = 0,05

Beta de Ação A = 0,06/0,04. 1,0 = 1,5

Beta de Ação B = 0,12/0,05. 1,0 = 2,4

Retornos esperados Linha de risco/retorno B

Riscos A - B

O risco de aplicar o montante na segunda opção é maior, porém trará maior

retorno caso tudo corra como esperado. A escolha por um ou outro investimento vai

depender do negócio e do retorno que se deseja alcançar.

Risco x Retorno

Risco é o grau de incerteza de um investimento, quando dois investimentos tem

o mesmo retorno, calcula-se aquele que tem menor risco. Em finanças, o risco é

mensurado pelo grau de volatilidade ao retorno esperado e pelo prazo do investimento,

pois o dinheiro perde seu valor ao longo do tempo.

Análise Comparativa de Investimentos

Sendo dois investimentos, Poupança e CDB, os investidores esperam retorno de

R$ 1.800,00 e R$ 2.125,00 ao final de 3 anos. A taxa de desconto da poupança é de 5%

e do CDB 8%, portanto, os valores presentes descontados são:

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VPp = 1800_ + 2125 = R$ 3.059,22

(1,05)¹ (1,05)³

VPcdb = 1800_ + 2125 = R$ 3.353,17

(1,08)¹ (1,08)³

Cálculo de Juros Reais e Inflação

(1 + taxa nominal) = (1 + taxa real) * (1 + taxa de inflação)

(1 + 0,089) = (1 + r) * (1 + 0,065)

1,089 = (1 + r) * (1,065)

1,089 = 1,065 * 1,065r

1,089 – 1,065 = 1,065r

0,024 = 1,065r

r = 0,024/1,065

r = 0,0225

r = 2,25%

Avaliação do investimento em ações da empresa fictícia Companhia Água Doce

Período Aplicação Taxa de Juros Real Valor futuro Variação de retorno(%)

1 50.000,00 1,000 R$ 49.504,95 1%

2 50.000,00 2,030 R$ 49.014,80 2%

3 50.000,00 3,091 R$ 48.529,51 3%

4 50.000,00 4,184 R$ 48.049,02 4%

5 50.000,00 5,309 R$ 47.573,28 5%

6 50.000,00 6,468 R$ 47.102,26 6%

7 50.000,00 7,662 R$ 46.635,90 7%

8 50.000,00 8,892 R$ 46.174,16 8%

9 50.000,00 0,159 R$ 45.716,99 9%

10 50.000,00 1,464 R$ 45.264,35 9%

Total 500.000,00 40,259 R$ 473.565,23 53%

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Retornos Esperados

Informativos das ações  

Dividendos R$ 10,00/ação

Preço das Ações ano corrente R$ 50/ação

Quantidade Invest. R$ 500.000,00

Preço da ação no ano anterior R$ 22,00/Ação

Taxa de Retorno mercado (Rm) 9,5% a.a

Taxa de retorno Ibovespa( Rf) 6,5% a.a

Calcular o Risco deste investimento (beta) 4,83

Retorno esperado usando probabilidades

Condições Econômicas Retorno Efetivo(K) Probabilidade (P) R

Recessão 15% 0,4 0,06

Normal 25% 0,5 0,125

Expansão 35% 0,6 0,21

Probabilidades 0,395

Riscos e Retornos de Títulos Selecionados

Retorno anual média (%) Desvio-padrão CVAções Preferenciais 16,5 36,5 2,21Ações Ordinárias 12,7 21 1,65

Títulos Empresarias de Longo Prazo 5,9 8,7 1,47Títulos governamentais de Longo Prazo 4,2 8,4 2,00

Obrigações do tesouro brasileiro 3,9 4,7 1,21Coeficiente de Variância 8,55

      Riscos e Retornos  

Retorno Anual Desvio Padrão CVProjeto A 280 170 0,61Projeto B 280 130 0,46

Coeficiente de Variância 1,07

Avaliação de risco dos projetos:

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Interpretar o balanceamento entre risco e retorno, usando os números, no qual os

desvios padrão são: 170 para o Projeto A e 130 para o Projeto B, considerando que o

retorno esperado para ambos é de 280. Calcular e avaliar qual dos projetos apresenta

menor risco.

Para se chegar ao resultado do problema proposto recorre-se ao cálculo do

Coeficiente de variação - (CV), que é calculado simplesmente dividindo-se o desvio-

padrão () de um ativo pelo seu valor esperado (k) através da fórmula: CV = / k

Projeto A: Projeto B:

CV= 170/280 CV= 130/280

CV= 0,6071 CV= 0,464

Análise de títulos e ações

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Iremos abordar nesse bloco dois dos mais familiares instrumentos financeiros:

títulos e ações. Não podemos falar sobre títulos, e ações sem antes compreendermos

expressões como: valor presente do capital, valor futuro do capital e fluxos de caixa.

Pois bem, valor presente do capital é o valor atual de um capital que só será recebido no

futuro, enquanto valor futuro do capital é representado pelo valor atual do capital mais

os juros que se obterá com este capital, ao passo que fluxo de caixa é toda entrada e

saída de capital de uma empresa. Por exemplo, se determinada empresa faz um

investimento de R$: 100, 00, esperando um retorno de 10% ao mês, durante três meses.

E, se nesse período tivesse que pagar, a alguns fornecedores, a quantia de R$: 80,00.

Quem é o valor presente do capital, o valor futuro do capital e o fluxo de caixa?

Simples, o valor presente do capital será o próprio capital (neste caso R$: 100,00),

enquanto o valor futuro do capital será o valor investido mais os juros e sua composição

(neste caso R$: 133,10), já o fluxo de caixa seria toda essa movimentação de entrada e

saída de capital.

Avaliação de obrigações

Quando uma empresa deseja tomar dinheiro emprestado a longo prazo junto ao

publico, geralmente o faz emitindo ou vendendo títulos de dívidas, que podem ser

chamados de obrigações. Uma obrigação geralmente é um empréstimo a longo prazo

com pagamentos unicamente dos juros e após o vencimento o tomador paga toda a

quantia que tomou emprestada. Por exemplo, suponhamos que a UFPE deseje tomar

R$1.000,00 emprestado durante 30 anos, e que a taxa de juros de obrigações seja de

12%. A UFPE terá que pagar R$: 120,00 de juros a cada ano, durante 30 anos. Ao final

dos 30 anos, ela deverá devolver os R$1.000,00 que tomou emprestado inicialmente.

Em nosso exemplo, os juros de R$: 120,00 a cada ano são denominados cupons.

O valor que será devolvido no final do empréstimo é denominado valor de face

ou nominal. Tal como em nosso exemplo, o valor nominal geralmente é de R$1.000,00,

portanto, se determinada empresa precisar de um empréstimo no valor de R$100.000,00

precisará emitir 100 obrigações. Por fim, o valor do cupom anual dividido pelo valor de

face é denominado taxa nominal, que no nosso exemplo é igual a 120/1000=12% e,

portanto, a obrigação tem taxa nominal de 12%.

Valor de uma obrigação

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Para determinar o valor de uma obrigação em determinado momento,

precisamos conhecer: o número de períodos que restam até o vencimento, o valor de

face, o cupom e a taxa de juros de mercado para obrigações semelhantes. A taxa de

juros requerida pelo mercado (retorno até o vencimento ou YTM) é o principal fator de

flutuação do valor de uma obrigação, pois veremos que quando esta taxa aumenta o

valor da obrigação diminui e o contrário também é verdadeiro.

Para entendermos melhor o comentário anterior sobre valor de uma obrigação,

vamos usar um exemplo de uma empresa fictícia chamada XC águas; esta emitiu uma

obrigação com prazo de vencimento de 10 anos, com o valor da taxa de mercado

estando cotado a 8%, logo, o valor do cupom anual será de R$80, pois como vimos

geralmente a obrigação tem o valor de R$1.000,00. Vamos lá, no ato da emissão o valor

de mercado da obrigação é igual ao seu valor de face, pois estimamos o valor de

mercado de uma obrigação por meio do cálculo separado do valor presente dos 10

cupons anuais - que em nosso exemplo será R$536,81 - e o valor presente do valor de

face – que em nosso exemplo é uma quantia que daqui a dez anos renderá, a juros de

8%, R$1.000,00(nesse caso R$463,19)- então, agora é só somarmos os valores

encontrados (536,81+463,19=1000,00) e veremos que realmente, o valor de mercado de

uma obrigação no ato de sua emissão é exatamente igual ao seu valor nominal. Porém, o

que acontece quando a taxa de juros se altera? Para vermos o que acontece quando a

taxa de juros se altera, suponha que, no exemplo anterior, se passe um ano.

Agora a obrigação da XC águas tem prazo de vencimento de nove anos. Se a

taxa de juros do mercado aumentou para 10%, qual será o valor presente da obrigação?

É só refazer os cálculos, alterando a taxa para 10% e o período para 9 anos em vez de

10. Se fizermos tudo certo chegaremos ao valor de R$: 885,00. Note que este valor é

R$: 115,00 a menos que o valor de face, portanto, o valor de mercado da obrigação caiu.

Porém, se ao invés de aumentar, a taxa de mercado diminuir, o valor da obrigação com

certeza aumentará. A essa mudança no preço da obrigação, por conta da taxa de

mercado, dá-se o nome de flutuação.

Avaliação de ações

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Para começarmos a abordar o assunto sobre ações precisamos conhecer o

conceito sobre dividendo. Dividendo é o pagamento realizado pela empresa a seus

acionistas; sendo o seu valor obtido através da divisão entre o lucro liquido e o numero

de ações emitidas. Por exemplo, se uma empresa tiver um lucro liquido de R$: 1000,00

e emitiram 10 ações, o dividendo pago será de 1000/10=R$: 100,00.

Valor de mercado de uma ação

Avaliar o valor de uma ação é um pouco complicado, tendo em vista que seu

valor é dado pelo valor presente da soma de todos os dividendos futuros, e, como, na

realidade, a maioria dos dividendos são infinitos, pois os acionistas são donos da

empresa, e mudam constantemente, conforme a empresa dê lucro ou não, fica difícil

achar a soma dos dividendos futuros. E as dificuldades não param ai. Muitas vezes os

acionistas passam algum tempo sem receber dividendos, pois o capital é reinvestido,

sendo isso bom; porque é sinal que a empresa está crescendo.

Tipos de ações e direito dos acionistas

Existem basicamente dois tipos de ações: ações preferenciais e ações ordinárias.

Como já comentamos, os acionistas podem ficar algum tempo sem receberem

dividendos; contudo, à medida que os dividendos vão sendo pagos, os acionistas que

possuem ações preferenciais os receberão primeiro, ou seja, eles – os acionistas

preferenciais - têm preferência na hora de receber, ao passo que os acionistas com ações

ordinárias podem até ficar sem receber, pois seus dividendos podem ser reinvestidos.

Logo, é difícil dizer se os dividendos dos acionistas preferenciais são capitais próprios

(capitais dos donos da empresa, também acionistas) ou se são capitais de terceiros.

Outra característica das ações preferenciais, esta não muito vantajosa, é que

essas ações quase sempre não dão direito a voto, e, portanto, esses acionistas não detêm

poder de decisão. Em uma sociedade por ações, os acionistas controlam a empresa

através do seu direito, utilizando-se do voto, de eleger o conselho administrativo, este

por sua vez irá contratar os administradores que porão em prática suas diretrizes. É

importante frisar que o voto, no caso de uma sociedade por ações, não é unitário, e sim,

por número de ações, ou seja, cada ação vale um voto. Com isso, se algum sócio detiver

51% das ações da empresa nunca ficará de fora do conselho administrativo, mesmo que

este fosse formado por apenas dois membros. Existem dos tipos de votação: votação

cumulativa e votação simples. Na primeira, os votos são distribuídos, da maneira que

quiser os acionistas, entre todos os candidatos, a cadeira do conselho, de uma só vez. Já

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na segunda são votados dois candidatos por vez. Este tipo de votação favorece os

interesses dos acionistas que possuem maior número de ações.

Negociação de ações

As ações são negociadas, ou melhor, compradas e vendidas nas bolsas de valores

das quais as mais importantes são a Bolsa de valores de New York e a Nasdaq. A

compra e venda de ações consiste em dois mercados: um primário, onde as ações são

emitidas pela primeira vez, visando obter recursos às empresas, e outro secundário,

onde as ações são negociadas entre investidores, uns querendo comprar e outros,

vender.

A maior parte das transações no mercado de ações é controlada por

distribuidores e corretores. Os primeiros têm sempre ações disponíveis (estoque de

ações) e tira sua remuneração comprando e vendendo ações. Já os segundos têm a

missão de juntar compradores e vendedores a fim de facilitar a compra e a venda de

ações. Como você pode perceber a diferença entre distribuidores e corretores é que um

vende e compra o que é seu enquanto o outro compra e vende o que é dos outros.

Vantagem de emitir ações

Quando uma empresa emitiu obrigações corre um sério risco, pois se não conseguir

pagar aos obrigacionistas, estes podem judicialmente se apoderar dos ativos da empresa,

levando-a a falência; porém com emissões de ações isso não ocorre, pois como os

acionistas são donos da empresa só receberão se a empresa gerar lucro. Do contrario

perderão seus investimentos.

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Modelo GordonCompanhia A: o Beta é 1,5, o retorno da carteira de mercado é de 14%, título do

governo rende atualmente 9,75%, a companhia tem mantido historicamente uma taxa de

crescimento de dividendos de 6%, e os investidores esperam receber R$ 6,00 de

dividendos por ação no próximo ano.

Ks = RF+B(RM-RF) P = __D___ = _____6____= R$ 59,26

Ks = 0,0975+1,5(0,14-0,0975) (Ks-g) (0,16125-0,06)

Ks = 0,16125

Ks = 16,12%

Companhia Z: tem um Beta de 0,9, o retorno da carteira de mercado é de 14%, título

do governo rende atualmente 9,75%, a companhia tem mantido historicamente uma taxa

de crescimento de dividendos de 5%, e os investidores esperam receber R$ 8,00 de

dividendos por ação no próximo ano.

Ks = RF+B(RM-RF) P = __D___ = _____8____= R$ 93,29

Ks = 0,0975+0,9(0,14-0,0975) (Ks-g) (0,13575-0,05)

Ks = 0,13575

Ks = 13,58%

A Companhia Y anunciou que os dividendos da empresa crescerão a taxa de 18%

durante os próximos três anos, e após esse prazo, a taxa anual de crescimento deve ser

de apenas 7%. O dividendo anual por ação deverá ser R$ 4,00. Supondo taxa de retorno

de 15%, qual é o preço mais alto oferecido aos acionistas ordinários?

Companhia Y – taxa de 18 %

P0 = D0 (1 +G)

KS – G

P0 = 4 (1+ 0,18)

0,15- 0,18

P0 = 7,69

Companhia Y – taxa de 7 %

P0 = D0 (1 +G)

KS – G

P0 = 4 (1+ 0,07)

0,15- 0,07

P0 = 7,06

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R: O preço mais alto a taxa de 18 %.

Avaliar dois projetos industriais independentes, cujo investimento inicial para o

projeto A é de R$: 1.200.000,00 e para o projeto B é de R$: 1.560.000,00. A projeção é

para 10 Anos. Com taxa mínima de atratividade de 10,75% a.a. Calcular a viabilidade

por meio do Valor Presente Líquido, Taxa Interna de Retorno e Índice de Lucratividade

dos projetos.

10,75

250.000,00 = 250.000,00 = 203.815,42

(1 + 0, 1075)² 1.2266

250.000,00 = 250.000,00 = 184.040,05

(1 + 0.10,75)3 1.3584

250.000,00 = 250.000,00 = 166.179,21

(1 + 10.10,75) 1.5044

250.000,00 = 250.000,00 = 150.042,01

(1 + 0.10,75)1 1.6662

250.000,00 = 250.000,00 = 135.479,32

(1 + 0.10,75)1 1.8453

250.000,00 = 250.000,00 = 122.333,14

(1 + 0.10,75)1 2.0436

250.000,00 = 250.000,00 = 110.458,18

(1 + 0.10,75)1 2.2633

250.000,00 = 250.000,00 = 99.736,69

(1 + 0.10,75 )¹ 2.5066

250.000,00 = 250.000,00 = 90.057,64

(1 + 0.10,75 )¹ 2.7761

Total = 1.487.875,29 - 1.200.000,00 = 287.875,29

1.200.000,00 CHS G CFJ

250.000,00 G CFJ

10 G Nj i F Irr = 16,19

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Métodos de orçamento de capital: com riscoUm investimento é chamado livre de risco se o seu retorno e estável e confiável.

Os investidores geralmente consideram as letras do tesouro, emitidos pelo governo

norte-americano, como um investimento livre de risco.

Não há projetos de risco em orçamento de capital. Os fluxos de caixa futuros de

um projeto inesperadamente podem aumentar ou diminuir. A perda de participação no

mercado, aumento no custo de financiamento são fatores que podem reduzir os fluxos

de caixa. A principal tarefa do analista de investimento é selecionar projetos sobre

condições de incerteza, já que há risco no orçamento de capital.

Risco

Não há projeto livres de risco, porque os fluxos de caixa futuros de um projeto,

inesperadamente, podem aumentar ou diminuir.

Existem muitos fatores que podem reduzir os fluxos de caixa esperados:

Perdas de participação no mercado, aumento no custo dos produtos vendidos,

novas regulamentações ambientais, aumento no custo de financiamento.

Livre de risco

Os investidores geralmente consideram as letras do tesouro, emitidas pelo

governo norte-americano, como um investimento livre de risco, sobretudo porque têm

retornos certos e garantidos.

Certeza

É a de separar a duração dos fluxos de caixa de seu risco.

Os fluxos de caixa são convertidos em fluxos de caixa sem risco (certos), que

são descontados, então, pela taxa livre de rico.

Sensibilidade

É um estudo de Hipóteses ou Suposições.

Você pode estudar interessado em saber o que acontece ao VPL de um projeto se

o fluxo de caixa crescer 10%, 20% ou 30% cada ano. Esses são os tipos de perguntas

que o analista financeiro elabora quando quer mensurar o risco de um projeto utilizando

análise de sensibilidade.

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CAPM O seu calculo é muito simples se o retorno sobre um ativo livre de risco, o beta,

(ß) da ação ou da carteira, e o retorno sobre a carteira do mercado forem conhecidos.

Esse método considera um projeto como sendo uma ação, argumentando que o

retorno de um projeto está ligado ao retorno dos ativos totais da companhia, ou ao

retorno de todo um setor.

Simulação

Como os fluxos de caixa ou taxa de desconto que existirão de fato no futuro não

são conhecidos, admitem-se vários fluxos de caixa e taxas de desconto, e os resultados

são estudados. Esses casos baseados em hipóteses são chamados eventos simulados. São

usados para estudar os VPL’s e as TIR’s de um projeto para diferentes fluxos de caixa

com diferentes taxas de reinvestimento.

Inflação

Quando a inflação aumenta, o valor real dos fluxos de caixa esperados diminui.

Se o analista não ajustar os fluxos de caixa ao risco da inflação, o VPL ou a TIR podem

ficar artificialmente altos.

Por tanto, as técnicas de orçamentos de capital que ignoram a inflação estão

sempre desajustadas. Como a inflação, provavelmente, está se tornando um problema

econômico permanente, toda vez que uma decisão importante for tomada deve-se

planejar como lidar com ela. Como tratar com a inflação em orçamento de capital?

A resposta é que se deve ajustar tanto o fluxo de caixa como a taxa de desconto à

taxa anual de inflação.

Discutir sobre a importância da avaliação dos riscos nas tomadas de decisões dos

ativos, resolvendo o seguinte estudo de caso:

1 - Fazer uma análise de sensibilidade sobre o investimento, considerando que os fluxos

de caixa do Projeto X sejam de R$ 70.000,00 para os três primeiros anos e R$

130.000,00 para os dois últimos anos. O projeto Z tem fluxos esperados de R$

180.000,00 para os três primeiros anos e de R$ 130.000,00 para os dois últimos anos.

Qual projeto é o mais arriscado se a taxa de desconto mudar de 10% para 14%?

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Projeto X ANO FC FVP (10%) FVP (14%) FC (10%) FC (14%)

1 R$70.000,00 0,909 0,877 R$63.630,00 R$61.390,00

2 R$70.000,00 0,826 0,769 R$57.820,00 R$53.830,00

3 R$70.000,00 0,751 0,675 R$52.570,00 R$47.250,00

4 R$130.000,00 0,683 0,592 R$88.790,00 R$76.960,00

5 R$130.000,00 0,621 0,519 R$80.730,00 R$67.470,00

R$ 343.540,00

R$ 306.900,00

AS= FCT (10%) – II AS= FCT (14%) – II

AS= 306.900 – 60.000 AS= 283.540,00

AS= 246.900

Projeto Z ANO FC FVP(10%) FVP (14%) FC (10%) FC (14%)

1 R$180.000,00 0,909 0,877 R$163.620,00 R$157.860,00

2 R$180.000,00 0,826 0,769 R$148.680,00 R$138.420,00

3 R$180.000,00 0,751 0,675 R$135.180,00 R$121.500,00

4 R$130.000,00 0,683 0,592 R$88.790,00 R$76.960,00

5 R$130.000,00 0,621 0,519 R$80.730,00 R$67.470,00

R$ 617.000,00

R$ 562.210,00

AS= FCT (10%) – II AS=

FCT (14%) – II

AS= 617.000,00 – 60.000,00 AS= 562.210,00 – 60.000,00

AS= 557.000,00 AS= 502.210,00

Sensibilidade

Projeto X Projeto Z

R$ 283.540,00 R$ 557.000,00

R$ 246.900,00 R$ 502.000,00Δ % - 12,92% Δ % - 9,84%

2 - Supor que você deseje encontrar o VPL de um projeto, mas não tem ideia de qual

taxa de desconto utilizar. Você sabe, entretanto, que o beta da companhia é 1,5, a taxa

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livre de risco é 8%, e o retorno da carteira de mercado, tal como o Dow Jones, é de

16%. Você acredita também que o risco do projeto não é muito diferente do risco de

outras companhias. Avaliar o nível de risco para esse investimento.

KS = RF + (KM – RF) β

KS = 0,08 + (0,16 – 0,08) 1,5

KS = 0,08 + 0,08 * 1,5

KS = 0,08 + 0,12

KS = 0,20

KS = 20

Calcular a Viabilidade que a Companhia Doce Sabor traçou para cinco simulações sobre

os projetos X, Y, e Z.

Projetos da Companhia Doce Sabor:

Projetos da Companhia Doce SaborProjeto X Projeto Y Projeto Y

Ano VPL (R$) Desvio-padrão VPL (R$) Desvio-padrão VPL (R$)

Desvio-padrão

1 200 12 150 34 250 102 300 17 300 41 380 353 400 21 450 27 430 544 500 20 550 30 640 685 600 33 670 20 720 62

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Projetos VPLMS DPMS COEF

Projeto X R$ 400,00 20,6 5%

Projeto Y R$ 424,00 30,4 7%

Projeto Y R$ 484,00 45,8 9%

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Foi possível compreender, aprimorar e desenvolver técnicas relacionadas a

Disciplina de Administração Financeira e Orçamentária. Ao realizar cada etapa foi um

desafio do grupo, pois foi necessário atenção e percepção analítica para o

desenvolvimento deste trabalho, ampliando nossa visão quanto á área financeira, tipos

de investimentos, dando-nos o questionamento de como investir um determinado capital

e demonstrando situação de mercado.

Nós evidenciamos nossas praticas em sala de aula e concluímos o quanto é

importante estudar taxas de mercado e saber distinguir um investimento através de

outros fatores alem do retorno. Após todas as etapas de estudo, nos entendemos a

necessidade de estudar a fundo os retornos em relação ao tempo e ambos em relação ao

risco. Deste modo foi possível agir como um gestor financeiro diante de uma decisão,

fazendo o balanceamento entre risco e retorno, e avaliando os retornos futuros,

utilizando ferramentas que nos permitem avaliar de maneira razoável qual será o

investimento que melhor satisfará o investidor, seja em relação ao risco ou retorno.

Portanto a Administração Financeira e Orçamentária é uma ferramenta utilizada

para controlar de forma eficaz, no que diz respeito de concessão de creditos para cliente,

planejamento, analise de investimentos de meios variáveis para a obtenção de recursos

para financiar operações e atividades da empresa visando o desenvolvimento continuo,

evitando gastos desnecessários e desperdícios, observando melhores alternativas para a

condução financeira.

Percebemos que a Administração Financeira é importante para o futuro

administrador de empresas, pois com ela, saberemos tomar decisões assertivas e sermos

analíticos ao realizarmos um investimento ou projeto, seja na indústria ou no mercado

Financeiro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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GROPPELLI, A. A. Administração Financeira. 3. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2010.

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Financeira.Disponívelem:https://docs.google.com/open?

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