ATPS de Libras (1) Postagem

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UNIVERSIDADE UNIANHANGUERA DE ANÁPOLIS DAYANA NERES DE CASTRO SIQUEIRA- 5724143887 ISOLINA ALVES COSTA-RA-4300077763 MARIA EMILIA DA SILVA -RA - 4200083247 PEDAGOGIA EAD: 2º PERÍODO DISCIPLINA. -LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS. PROFESSOR: Drª LILIAN CRISTIANE RIBEIRO NASCIMENTO. TUTORA À DISTANCIA:KÁTIA LEONI TUTORA PRESENCIAL: ANA CAROLINA CARDOSO. DATA DA ENTREGA : 18 DE NOVEMBRO DE 2012

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UNIVERSIDADE UNIANHANGUERA DE ANÁPOLIS

DAYANA NERES DE CASTRO SIQUEIRA- 5724143887

ISOLINA ALVES COSTA-RA-4300077763

MARIA EMILIA DA SILVA -RA - 4200083247

PEDAGOGIA EAD: 2º PERÍODO

DISCIPLINA. -LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS.

PROFESSOR: Drª LILIAN CRISTIANE RIBEIRO

NASCIMENTO.

TUTORA À DISTANCIA:KÁTIA LEONI

TUTORA PRESENCIAL: ANA CAROLINA CARDOSO.

DATA DA ENTREGA : 18 DE NOVEMBRO DE 2012

ANÁPOLIS,

18 de novembro DE 2012.

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Introdução

São muitas as questões que envolvem o campo da surdez, a dificuldade de

acesso à leitura e escrita, filosofias que permeiam a prática educativa (oralismo,

bilinguismo), atraso na escolaridade, dificuldade de comunicação e relacionamento

interpessoal, preocupação em investigar a forma de comunicação, a língua, a

cultura, a aquisição da língua gestual ou oral, o processo educacional, sendo que, os

estudos a maior parte das vezes, volta-se a crianças maiores, adolescentes e adultos.

Nos estudos sobre surdez, a questão “educação e língua de sinais” vem se

constituindo no assunto dos pesquisadores das áreas de educação e linguística.

Atualmente, no Brasil, a preocupação maior tem sido com as escolas inclusivas e a

implantação de educação bilíngue, com a LIBRA como a primeira e o português

como segunda língua. No entanto, na maior parte das escolas inclusivas, a língua de

sinais ainda não é uma realidade.

Sabe se que a maior parte dos surdos é filhos de pais ouvintes. Assim na

maioria dos casos, o surdo adquire a língua de sinais tardiamente. A falta de um

referencial linguístico adequado, a língua de sinais, não só é um problema pra seu

desenvolvimento cognitivo, mas também para sua constituição enquanto sujeito,

inclusive seu conhecimento de mundo. Pensando nessa questão, o presente trabalho

se propõe a tratar o tema “língua de sinais e suas temáticas sejam elas culturais,

medicas pedagógicas dentre outras”.

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ABSTRAT.

There are many issues surrounding the field of deafness, the difficulty of

access to reading and writing, philosophies that underlie educational practice

(oralism, bilingualism), delay in schooling, poor communication and interpersonal

skills, concern in investigating the form of communication , the language, the

culture, the acquisition of sign language or oral, the educational process, and that

the studies most often turn to older children, adolescents and adults.

In studies of deafness, the question "education and sign language" is

becoming the subject of research in the areas of education and linguistics.

Currently, in Brazil, the main concern has been with inclusive schools and the

implementation of bilingual education, with LIBRA as the first and Portuguese as a

second language. However, in most inclusive schools, sign language is not yet a

reality.

You know that most deaf children of hearing parents is. Thus in most

cases, the deaf acquires the belatedly sign language. The lack of an appropriate

reference language, sign language, is not only a problem for their cognitive

development, but also to its constitution as a subject, including his knowledge of

the world. Considering this issue, this paper proposes to address the issue "in sign

language and its themes be they cultural, medical teaching among others."

A Surdez

Os surdos sempre foram, historicamente, estigmatizados, considerados de

menor valor social. Afinal, faltava-lhes a característica eminentemente humana: a

linguagem (oral, bem entendido) e suas virtudes cognitivas.

A língua de sinais era considerada apenas uma mímica gestual, e sempre

houve preconceitos com relação ao uso de gestos para a comunicação.

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A exclusão profissional e social dos surdos ainda hoje confirma que a

linguagem pode ser fonte de discriminação e de organização social restritiva. Essa

discriminação não ocorre apenas quando há diferenças de nacionalidade, cor, perfil

socioeconômico ou religião. Entre os surdos e os ouvintes há uma grande diferença

que os distingue: a linguagem oral.

A separação entre grupos humanos é produzida socialmente, bem como

sua integração, na medida em que toda forma de preconceito, toda discriminação,

todo comportamento humano está subordinado à cultura que os constrói.

Assim como a luta política por novas normas: cultura e identidade surdas,

inclusão do surdo nas minorias sociais, junto com os negros e índios. Essa luta pela

inclusão é uma forma de “garantia” de afastamento da “anormalidade” e

aproximação das minorias, normais embora diferentes.

Essa mudança de estatuto da surdez, de patologia para fenômeno social,

vem acompanhada também de uma mudança de nomenclatura, não só

terminológica, mas conceitual: de deficiente auditivo para surdo, ou ainda Surdo.

Antes, os surdos eram considerados deficientes e a surdez era uma patologia

incurável. Agora, eles passaram a ser “diferentes”. Deficiente auditivo e surdo.

Os defensores da língua de sinais para os surdos afirmam que é só de posse

desta, considerada “natural”, adquirida em qualquer idade, que o surdo constituirá

uma identidade surda, já que ele não é ouvinte. A maioria dos estudos tem como

base a ideia de que a identidade surda está relacionada a uma questão de uso da

língua. Portanto, o uso ou não da língua de sinais seria aquilo que definiria

basicamente a identidade do sujeito, identidade que só seria adquirida em contato

com outro surdo. O que ocorre, na verdade, é que, em contato com outro surdo que

também use a língua de sinais surgem novas possibilidades interativas, de

compreensão, de diálogo, de aprendizagem, que não são possíveis apenas por meio

da linguagem oral. A aquisição de uma língua, e de todos os mecanismos afeitos a

ela, faz com que se credite à língua de sinais a capacidade de ser a única capaz de

oferecer uma identidade ao surdo.

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O que está por trás de tal afirmativa não é simplesmente uma questão de

identidade social, mas, mais especificamente, uma identidade concebida a partir de

um determinado pressuposto teórico. Ao tomar a língua como definidora de uma

identidade social, ainda que se leve em conta as relações e os conflitos relativos às

distintas posições ocupadas por grupos sociais, enfatiza-se o seu caráter

instrumental. Assim, sua natureza, ou sua significação social, passa a ser creditada

às interações sociais às quais está ligada.

Quando se pensa em cultura, o conceito recorrente é de um conjunto de

práticas simbólicas de um determinado grupo: língua, artes (literatura, música,

dança teatro etc.), religião, sentimentos, ideias, modos de agir e de vestir.

Estudiosos afirmam que, por cultura, entendem-se os esquemas perceptivos e

interpretativos segundo os quais um grupo produz o discurso de sua relação com o

mundo e com o conhecimento, ou qualquer outra proposição equivalente; a língua e

a cultura são duas produções paralelas e, além disso, a língua é um “recurso” na

produção da cultura, embora não seja o único. Pare ele, a língua é, neste sentido,

um instrumento que serve à linguagem para criar, simbolizar e fazer circular

sentido, é um processo permanente de interação social.

O surdo seria bilíngue e bicultural. O biculturalismo designa o conjunto de

referências à história dos surdos, o conjunto de significações simbólicas veiculadas

pelo uso de uma língua comum, o conjunto de estratégias sociais e de códigos

sociais utilizados de maneira comum pelos surdos para viverem numa sociedade

feita por e para os ouvintes. É, portanto, uma cultura de adaptação à diferença e

produtora de elo social. A realidade e a legitimidade desta noção de cultura é objeto

de grandes críticas, algumas vezes com razão, porque muitos aspectos da cultura

surda se apresentam mais como um sistema derivado da cultura dos ouvintes do que

como uma cultura realmente original e autônoma.

As expectativas sociais para com os surdos

A educação dos surdos na antiguidade se dava de forma individual,

havia preceptores os quais usavam a escrita e recurso gestual para ensinar. E foi

somente no século XVIII, na França que se criou a primeira escola pública para

surdos.

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No final do século XIX em 1880, acontece o congresso de Milão, cujo

principal tema foi sobre melhorar o método de ensino para surdo, gestual ou oral,

sendo que prevaleceu o oral.

O que levou na maioria dos países a instituir o ensino da língua oral, para

educação dos surdos. Muitos pesquisadores constataram que tal fato trouxe um

retrocesso na educação dos surdos;

Outro aspecto importante a ressaltar e que embora o gestualismo, tenha

feito parte da educação do surdo desde a antiguidade só em 1960 o linguista

americano Stokoe, pode constatar que como qualquer língua, a língua de sinais

possui todas as características das línguas orais.

O Brasil reconheceu a língua de sinais como língua oficial da comunidade

surda brasileira, a partir da lei n° 10436 de 24 de abril de 2002, que oficializa a

Libras como um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de

comunidades de pessoas surdas do país a qual foi regulamentada pelo decreto n°

5626, de 22 de dezembro de 2005.

A surdez é vista como uma deficiência que futuramente há de ser abolida

através dos “consertos” neurocirúrgicos prometidos pela pesquisa médica, ou pela

engenharia genética, ou pela prevenção a doenças (principalmente as que surgem

mais nas classes desfavorecidas). O aparecimento da surdez muitas vezes é visto

como um mal, um contágio, resultante das más condições sanitárias da classe

desfavorecida ou da falta de cuidados familiares ou médicos, ou mesmo como uma

fatalidade.

É mais difícil ver citado o fato de que os surdos surgem aleatoriamente nas

sociedades. É certo que cada surdez e cada surdo têm uma história pessoal, como a

tem qualquer pessoa, mas, geralmente a surdez é encarada de maneira pejorativa,

como fruto uma falha, uma culpa, uma pobreza, uma fatalidade. Na verdade, sabe-

se que a surdez estritamente genética é bastante incomum, mas cientistas afirmam

que 25% da população humana carregam o gen da surdez.

A principal consequência da surdez refere-se aos prejuízos na comunicação

natural dos sujeitos surdos que atingem vários aspectos de seu desenvolvimento

global. Não tendo acesso ao mundo sonoro, à criança com surdez é extremamente

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prejudicada no que concerne aos processos de aquisição e desenvolvimento de

linguagem e de fala, o que acarreta dificuldade de se comunicar e de receber

informações por meio da linguagem oral. Fica claro, portanto, que a surdez traz

implícitos comprometimentos relacionados à formação de conceitos e à capacidade

de abstração; à personalidade, aos sentimentos de identificação e à integração

social.

No Brasil a integração escolar de surdos tem sido defendida pelo poder

oficial que, com um discurso que apela às emoções, tem tentado disseminar a ideia

de que é um ato de discriminação colocar os surdos, bem como qualquer outro tipo

de “deficientes”, tristemente isolados em escolas especiais – atribui-se que é um

atentado à modernidade, ou ao avanço tecnológico, ainda se desejar manter grupos

“isolados”. Defende-se a ideia de que colocar os “deficientes” junto às pessoas

“normais” é um sinal de grande avanço impulsionado pela solidariedade. O foco é

colocado nas concessões e ajustes que as escolas e instituições devem fazer para

“receber” a estes. A ideia é manter “todos” juntos para assimilar a diversidade. O

que não fica muito explícito, no entanto, é que a separação do outro pode ser

conseguida, apesar da aproximação física, por restrição da comunicação; ou seja:

“separação com o propósito de criar uniformidade”.

Incluir surdos em salas de aula regulares inviabiliza o desejo dos surdos de

construir saberes, identidades e culturas a partir das duas línguas (a de sinais e a

língua oficial do país) e impossibilita a consolidação linguística dos alunos surdos.

Não se trata de apenas aceitar a língua de sinais, mas de viabilizá-la, pois todo

trabalho pedagógico que considere o desenvolvimento cognitivo tem que considerar

a aquisição de uma primeira língua natural. Ao contrário, caso a criança surda tenha

uma língua natural, ela contará com a base para a aquisição de uma segunda língua,

pois terá as condições ótimas para o desenvolvimento de sua cognição, de sua

autoestima e de sua identidade.

O que se vê no cotidiano atual, ainda baseado no Oralismo ou na

Comunicação Total, é que geralmente a criança surda não tem acesso ao

conhecimento comunitário e cultural através de uma língua. Concordo com Luís

Behares quando diz:

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“Ainda que a terapia de fala comece precocemente, não é

cientificamente possível esperar que a língua oral se constitua

imediatamente em um instrumento natural de interação e construção

cognitiva”.

Tais novas visões quanto à surdez e os surdos força a tomada de posição

diante da encruzilhada na qual a educação de surdos se encontra: ou continua sendo

mantida dentro dos paradigmas da “Educação Especial” ou aprofunda-se num novo

campo conceitual - os Estudos Surdos, aproximando-se de outras linhas de pesquisa

e estudo em educação. Os estudos sobre a surdez e sobre a educação de surdos,

feitos, inclusive, pelos próprios, estão situando-se atualmente na direção de outras

linhas de estudo como: os estudos negros, os estudos de gênero, os estudos de

classes populares, etc. Isto inclui a educação de surdos num contexto discursivo

mais apropriado à situação linguística, social, comunitária, cultural e indenitária das

pessoas surdas. Carlos Skliar adverte:

“não se trata, então, de dizer que os surdos padecem dos mesmos

problemas que todos os demais grupos minoritários, obscuros,

colonizados, subalternos e dominados”. Mas, trata-se de produzir uma

política de significações que gera outro mecanismo de participação dos

próprios surdos no processo de transformação pedagógica.

Inclusão dos surdos:

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Atividades possíveis de serem desenvolvidas numa sala regular com um aluno

surdo:

Poema visual:

->Leitura/produção e escrita

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1. Contextualização visual do texto

2. Leitura do texto em Libras

3. Leitura individual/avaliação das hipóteses da leitura

4. Estudo das classes gramaticais presente no texto.

Atividades com o folheto de supermercados:

1. Distribuir o panfleto de ofertas do supermercado para cada aluno.

2. Deixar que observem livremente.

3. Explorar em libras o que eles veem.

· O que vocês estão vendo? De que se trata? Onde encontramos o folheto? Para que

ele serve? Que informações ele contêm? Quem o lê?

4. Levar os alunos a relacionar as informações do folheto com seu contexto de vida.

5. Escrever cada palavra e expressões desconhecidas pelos alunos no quadro-de-giz

simultaneamente a explicação relacionada com significados através de perguntas

em Libras.

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6. Chamar a atenção para elementos importantes da escrita neste tipo de texto

como: gênero textual, o tipo de letra usado, cores, símbolos, formato.

7. Solicitar que o aluno faça a leitura individual do folheto podendo recorrer ao

quadro para ver as palavras desconhecidas.

8. Verificar se houve a compreensão do texto através de perguntas em Libras.

Ex: Que produtos eu posso comprar em kg? Quais os produtos de limpeza que estão

em oferta? Etc...

Para que as atividades propostas sejam devidamente executadas a criança em

questão deve ser bilíngue dominar a Libras e também a língua portuguesa, pois o

professor as propôs para serem trabalhadas com a ajuda do interprete de Libras e a

atividade é proposta para uma criança do 4° ano do ensino fundamental.

Objetivo das atividades: desenvolver a interpretação por meio a visualização.

A primeira atividade proposta será individual o professor usará o equipamento de

data show para mostrar em tamanho maior o poema visual facilitando assim então a

leitura, cada aluno receberá uma cópia para que a atividade seja concluída, será

feita uma leitura oral do texto e com a ajuda do interpreta será feita uma leitura em

Libras para que todos possam acompanhar logo será realizada a interpretação do

texto e o professor usará o quadro de giz para trabalhar as classes gramaticais

presente no texto.

A segunda atividade será desenvolvida em grupo o aluno surdo se interage com os

demais, cada qual visualizará um panfleto e quando o professor estiver explorando

o que se vê no panfleto o interprete estará traduzindo tudo para Libras focando o

aluno surdo, após será realizada a atividade explorando todas as informações que o

panfleto possa nos mostrar.

Nas duas propostas de atividades o quadro de giz o interprete serão indispensáveis,

pois toda a comunicação e interação professor/aluno se dará por meio estes

mecanismos.

Outros recursos que podem ser introduzidos na sala de aula:

• ofertar suporte pedagógico aos alunos, facilitando-lhes o acesso a todos os

conteúdos curriculares;

• promover o aprendizado das Libras para o aluno que optar pelo seu uso;

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• utilizar as tecnologias de informação e comunicação para a aprendizagem da

Libra e da Língua Portuguesa;

• desenvolver a Libras como atividade pedagógica, instrumental, dialógica e de

conversação;

• promover a aprendizagem da Língua Portuguesa para alunos surdos, como

segunda língua, de forma instrumental, dialógica e de conversação;

• aprofundar os estudos relativos à disciplina de Língua Portuguesa,

principalmente na modalidade escrita;

• produzir materiais bilíngues, (Libras-Português-Libras);

• favorecer a convivência entre os alunos surdos para o aprendizado e o

desenvolvimento da Língua Brasileira de Sinais;

• utilizar equipamentos de amplificação sonora e efetivar interface com a

fonoaudiologia para atender alunos com resíduos auditivos, quando esta for

à opção da família ou do aluno.

Experiências vivenciadas:

No decorrer do desenvolvimento deste trabalho tivemos a oportunidade de conhecer

o que realmente significa surdez e quais são seus maiores desafios e seus principais

objetivos.

Algumas pessoas por desinformação pensam que a língua de sinais é composta por

gestos ou mímica que tem como finalidade a interpretação da língua oral. Porém os

pesquisadores linguistas atribuíram a Libras o status de língua por entenderem que

esta apresenta características semelhantes às outras línguas, como as diferenças

regionais, socioculturais e sua própria estrutura gramatical bem elaborada. Por

exemplo, o que denominamos na língua oral como palavra, ou item lexical, em

LIBRAS é denominado de sinal. Como toda língua, a LIBRAS também não é

estática. Acontecem mudanças, como aumento de vocabulário ou mudança de

algum sinal, quando a comunidade que o utiliza assim concorda em fazê-lo.

 Podemos afirma que a LIBRAS é o elemento de intercambio entre as pessoas

ouvintes e os surdos. Como diz SÁ:

Não há como negar que o uso da Língua de Sinais é um dos principais

elementos aglutinantes das comunidades surdas, sendo assim, um dos

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elementos importantíssimos nos processos de desenvolvimento da

identidade surda/de surdo e nos de identificação dos surdos entre si.

A principal característica da comunidade surda é que ela é composta por um grupo

de pessoas que vivem num determinado local, compartilham objetivos comuns aos

dos seus membros, e trabalham no sentido de alcançarem esses objetivos. Uma

comunidade surda pode incluir pessoas que não são elas próprias surdas, mas que

apoiam os objetivos da comunidade e trabalham em conjunto com as pessoas surdas

para os alcançarem.

O ensino inclusivo é a prática da inclusão de todos independentemente de seu

talento, deficiência, origem socioeconômica ou origem cultural em escolas e salas

de aula provedoras, onde todas as necessidades dos alunos são satisfeitas. Nem

todos fazem parte da comunidade surda, pois na escola, faculdade e universidade,

alguns colegas têm preconceitos ou, às vezes, eles não aprendem a língua de sinais,

outros aprendem pouco. Professores que dizem serem participante desta

comunidade, às vezes, não conhecem a língua de sinais ou fingem saberem, na

realidade não sabem de nada, ou deixa a responsabilidade para os

tradutores/intérpretes de LIBRAS.

A escola sempre será um espaço de encontro surdo, pois, além de ser ela a primeira

instituição onde muitos têm a chance de conviver e de se auto identificarem com

outros surdos, é também um espaço de convivência acima de qualquer suspeita.

Ninguém duvida das coisas boasque devem ser aprendidas na escola, mas muitos

podem duvidar do que é feito e aprendido em um espaço não escolarizado de

encontros surdos.

Partindo do princípio de igualdade de oportunidade e educação para todos é claro

que se devem ampliar as oportunidades educacionais para todos em que está

inserido o acesso e permanência à escolarização aos alunos surdos. Se existe esse

direito a comunidade continua lutando pelos princípios, como mães de surdos

participam das reuniões pedagógicas para organizar os projetos da escola, não é só

terem um bom projeto, mas todos que querem e fazem parte da comunidade estejam

ligados com o propósito de igualdade.

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O que a comunidade surda deve estimular é que todos compreendam como se

organizam os saberes e o conhecimento dentro do espaço para se tiver uma

educação de qualidade para os surdos em igualdade com os ouvintes.

A escola é:

Um território de investigação educacional e de proposições políticas que, através de

um conjunto de concepções linguísticas, culturais, comunitárias e de identidades,

definem uma particular aproximação e não uma apropriação com os

conhecimentos e com os discursos sobre a surdez e sobre o mundo dos surdos.

A comunidade surda escolar precisa modificar a realidade atual da inclusão escolar

na análise dos pontos críticos proponhamos ações coletivas para a sua execução,

assim como políticas públicas que atendam as necessidades dos portadores de

necessidades especiais. É fundamental que a inclusão envolva a todos,

principalmente a comunidade surda escolar no processo educativo. Cabe aos que

compõe a gestão diretiva sempre projetarem diálogos, a troca de saberes em suas

diversidades, proporcionar experiências significativas para a formação integral,

consequentemente, educando os surdos.

A inclusão deve fazer parte de uma proposta diferente e envolver os educadores, a

família e a comunidade surda para estarem embasados na filosofia do bilinguismo,

que proporciona a todos, igualdade e respeito às diferenças.

 

Conclusão

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Como foi referido no aprofundamento teórico sobre o tema, observam-se, ao longo

da história da educação de surdos, as formas de comunicação oralista, gestualista,

total e bilinguismo.

O modelo de educação bilíngue tem por objetivo que a criança surda possa ter um

desenvolvimento cognitivo-linguístico equivalente ao verificado na criança ouvinte,

tendo acesso às duas línguas: a língua de sinais e a língua majoritária. Este modelo

contrapõe-se ao oralista porque considera o canal viso gestual de fundamental

importância para a aquisição de linguagem da pessoa surda. E contrapõe-se à

comunicação total porque defende um espaço efetivo para a língua de sinais no

trabalho educacional.

Diante das diferentes abordagens de educação de surdos apresentadas neste

trabalho, é possível concluir que cada qual possui seus prós e contras. No entanto,

todas foram muito importantes, pois, possibilitaram reflexões que contribuíram para

o processo de desenvolvimento da educação de sujeitos surdos.

Referências Bibliográficas

Page 16: ATPS de Libras (1) Postagem

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