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1 ATUAÇÃO CIBERATIVISTA DE JOVENS: CONEXÕES COM O JEITO HACKER DE SER Carla Aragão, Pietro Bompet e Karina Menezes Ponencia S13-11 Sevilha, 1, 2 e 3 de abril de 2020.

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ATUAÇÃO CIBERATIVISTA DE JOVENS: CONEXÕES COM O JEITO HACKER DE SER

Carla Aragão, Pietro Bompet e Karina Menezes

Ponencia S13-11 Sevilha, 1, 2 e 3 de abril de 2020.

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Autores

Educadora, Jornalista, Pesquisadora e Ativista.

Doutoranda em Educação (PPGE/FACED/UFBA) e

integrante do GEC. Mãe da Lulu.

Carla Aragão

Licenciando em Computação (UFBA). Bolsista IC (CNPq),

integrante do GEC e do Grupo de Estudos e Pesquisas em

Avaliação para Aprendizagem.

Pietro Bompet Karina Menezes

Professora hackerativista da Faculdade de Educação

(UFBA), Presidenta do Raul Hacker Club, integrante do GEC, GELING e NEPESSI.

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- Popularização das tecnologias em rede

- Apropriações que os jovens fazem da comunicação em rede

- Nativos digitais?

- Ciberativistas - transformações sociais, políticas e culturais

Inquietações - Simpósio 13

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- 48,5 milhões de brasileiros têm entre 15 e 29 anos.

- Mais da metade destes (25,2 milhões) não havia concluído o ensino superior, não frequentava escola, curso, universidade ou qualquer outra instituição regular de ensino (IBGE, 2018).

https://nacoesunidas.org/artigo-os-trabalhadores-brasileiros-estao-preparados-para-o-sucesso-no-mundo-digital/

Contexto

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- 67% dos jovens brasileiros, entrevistados em 2015, utilizam a internet diariamente (CEPAL, 2018).

- Os smartphones figuram como artefato tecnológico mais utilizado, apresentando o percentual de 96% entre os jovens brasileiros de 16 a 34 anos (TIC Domicílios, 2017).

Contexto

http://lorenaribeiropedagogia.blogspot.com/2017/11/o-lado-bom-e-ruim-das-redes-sociais.html

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Objetivo

Identificar os usos que os jovens têm feito dos aparelhos digitais conectados, especialmente para analisar os modos como ocupam as redes para participar, mobilizar, articular e dar visibilidade a suas causas e demandas. A partir daí, caracterizar o “jeito hacker de ser”, indicando conexões entre essas formas de participação ciberativista e a cultura hacker.

https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-07/adolescentes-os-riscos-do-uso-execessivo-da-internet

Metodologia: Pesquisa bibliográfica para conceituação e análise do campo.

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Juventude(s)

“(...) os jovens, enquanto sujeitos sociais,

constroem um determinado modo de ser

jovem, baseados em seu cotidiano [...]

influenciado pelo meio social concreto no

qual se desenvolvem e pela qualidade das

trocas que este proporciona” (DAYRELL,

2003, p. 41-42).

https://www.hojeemdia.com.br/polopoly_fs/1.656765.1537292295!/image/image.jpg_gen/derivatives/landscape_653/image.jpg

Introdução

(BOURDIEU, 1983; CASTELLS, 2013; CASTRO, 2008; PAIS, 1993; )

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Ciberativismo

Sérgio Amadeu define o ciberativismo como um [...] conjunto de práticas em defesa de causas políticas, socioambientais, sociotecnológicas e culturais, realizados nas redes cibernéticas, principalmente na Internet. [...] Ele influenciou decisivamente grande parte das dinâmicas e das definições dos principais protocolos de comunicação utilizados na conformação da Internet (SILVEIRA, 2010, p. 31).https://www.flickr.com/photos/midianinja/30560961026/in/photostream/

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Jornadas de Junho Ocupação das Escolas

A utilização de táticas de

insubordinação com uso intenso de

tecnologias digitais, exercendo formas

híbridas de participação,

aparentemente mais horizontais e

descentralizadas, foram marcantes nos

movimentos sociais brasileiros

protagonizados pela juventude, entre

2013 e 2016. (ABRANTES, 2016;BENTES, 2016; BLUME, 2016; CAMPOS; MEDEIROS; RIBEIRO, 2016; GOHN, 2017)

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Gráfico 01 - América Latina (18 países):* Ações que as pessoas declaram ter realizado ou

que poderiam realizar, jovens de 16 a 29 anos e adultos, 2015, em porcentagem.

Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base nas tabulações especiais da pesquisa Latinobarómetro de 2015. * Inclui: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Ecuador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai, Venezuela.

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Jeito Hacker

Quatro autores seminais, Steven Levy (2010), Pekka

Himanen, Manuel Castells e Linus Torvalds (2002),

nos ajudam a compreender a influência hacker para a

cultura digital. Como elemento importante para sua

formação, os hackers tornaram a internet um lugar

aberto para a distribuição de informações e trabalho

colaborativo. A defesa do conhecimento para todos é

uma das máximas do ideário hacker originário. https://i0.wp.com/www.society19.com/wp-content/uploads/2019/04/w3-laptop.jpg?resize=740%2C600&ssl=1

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Jeito Hacker

Inspirado nos movimentos hackers, sua ética, cultura e pedagogias, o jeito hacker é caracterizado pela paixão e entusiasmo expostos nas próprias produções, que por sua vez são pautadas em estratégias de colaboração e compartilhamento. É uma perspectiva de atuação (ciber)ativista que promove o engajamento, a autoria e processos permanentes de produção de culturas e conhecimentos (AGUADO, 2018; BONILLA E PRETTO, 2015; HIMANEN, LEVY E RAYMOND, 2001; MENEZES, 2018; ) https://i0.wp.com/www.society19.com/wp-content/uploads/2019/04/w3-laptop.jpg?resize=740%2C600&ssl=1

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Reflexões finais - Conexões

- Redes digitais de participação, mobilização e articulação têm sido promovidas por jovens para confrontar a política tradicional e expor suas pautas

- A atuação ciberativista desses jovens e o movimento inspirado pela cultura e ética hacker possuem pontos de conexões: a descentralização, a autogestão, a colaboração, o compartilhamento, o engajamento, a mobilização, o empoderamento, a apropriação tecnológica etc

- Observamos um jeito hacker de ser/atuar que oferece importantes reflexões para a educação/escola.

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A educação, inspirada na ética e cultura hacker, pode oferecer subsídios para

formação de cidadãos para atuação ciberativista na cultura digital, visto que uma

educação com o jeito hacker fomenta o engajamento e a participação em um contexto

educacional que se pretende aberto, criativo, crítico, compartilhado e emancipatório.

(ESCAÑO, 2017; PRETTO, 2010; MENEZES, 2018)

Reflexões finais Fora da Escola. Dentro das redes. Dentro da Escola. Dentro das redes.

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Jovens Móbil-izados

Castells (2013) afirma que os jovens implantaram a comunicação em rede para

construir um novo imaginário político. E completa:

“o que é irreversível no Brasil como no mundo é o empoderamento dos

cidadãos, sua autonomia comunicativa e a consciência dos jovens de que tudo que

sabemos do futuro é que eles o farão. Móbil-izados” (CASTELLS, 2013, posfácio).

A revitalização política que está emergindo de (novas) práticas de participação protagonizada por jovens (BIANCHI et all, 2017; CASTELLS, 2017; BANAJI e BUCKINGHAM, 2013) em todo mundo, com ampla mediação tecnológica.

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Referências BibliográficasAGUADO, Alexandre García; CÁNOVAS, Isabel Álvarez. Educação hacker e empoderamento: partilhando caminhos e experiências. In: Actas del II Congreso Internacional Move. net sobre Movimientos Sociales y TIC. Grupo Interdisciplinario de Estudios en Comunicación, Política y Cambio Social (COMPOLÍTICAS), 2018. p. 109.ANTOUN, Henrique; MALINI, Fábio. A internet e a rua: ciberativismo e mobilização nas redes sociais. Porto Alegre: Sulina, 2013.BENTES, I. A última maçã do Paraíso. Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/a-ultima-maca-do-paraiso/. São Paulo, 2016. Acesso em 30 jul. 2019.

BIANCHI, M., PERINI, A. y LEÓN, C. Transformaciones de la participación política en América Latina. Asuntos del Sur. Buenos Aires, 2017.BLUME, B. A. Ocupações das escolas: entenda. Politize. Disponível em: https://www.politize.com.br/ocupacoes-de-escolas-entenda/. Acesso em 30 jul. 2019.BONILLA, Maria Helena; PRETTO, Nelson De Luca. Movimentos colaborativos, tecnologias digitais e educação. Em Aberto, v. 28, n. 94, 2015.BRASIL. Lei nº 11.129, de 30 de Junho de 2005. Institui o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – ProJovem; cria o Conselho Nacional da Juventude – CNJ e a Secretaria Nacional de Juventude; altera as Leis nº s 10.683, de 28 de maio de 2003, e 10.429, de 24 de abril de 2002; e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 dez. 2005. Seção 1, p. 29514.CAMPOS, Antonia; MEDEIROS, Jonas; RIBEIRO, Márcio. Escola de Lutas. São Paulo: Ed. Veneta, 2016.

CASTELLS, Manuel. Redes de Indignação e Esperança - Movimentos Sociais na era da internet. Rio de Janeiro: Ed. Zahar, 2013.CASTRO, Jorge Abrahão de; AQUINO, Luseni (org.). Juventude e políticas sociais no Brasil. Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 2008, texto para discussão nº 1335.DAYRELL, Juarez. O jovem como sujeito social. Revista Brasileira de Educação, n. 24, ANPED, p. 40-52, 2003.

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Referências BibliográficasESCAÑO, Carlos. Cultura libre digital, procomún y educación. Prácticas educativas de cooperación cultural en red por el desarrollo social del procomún digital. In: II Congreso Internacional Move. net sobre Movimientos Sociales y TIC (2018), p 80-91. Grupo Interdisciplinario de Estudios en Comunicación, Política y Cambio Social de la Universidad de Sevilla (COMPOLÍTICAS), 2018.GOHN, Maria da Glória Marcondes. Manifestações e protestos no Brasil: correntes e contracorrentes na atualidade. São Paulo: Cortez Editora, 2017.GOHN, Maria da Glória Marcondes. Sociedade Civil no Brasil: movimentos sociais e ONGs. Meta: Avaliação, v. 5, n. 14, p. 238-253, 2013.GOHN, Maria da Glória Marcondes. Movimentos sociais e redes de mobilizações civis no Brasil contemporâneo. Petrópolis: Ed. Vozes, 2010.IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. xxx. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/24857-pnad-continua-2018-educacao-avanca-no-pais-mas-desigualdades-raciais-e-por-regiao-persistem. Acesso em 05 mar 2019.HIMANEN, Pekka. A ética dos hackers e o espírito da era da informação. Tradução Fernanda Wolf. Rio de Janeiro: Campus, 2001. 200p. LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999. Coleção Trans, p. 13, 2000.LEVY, Steven. Hackers - Heroes of the computer revolution. New York: Penguin Books, 2001, 487 p.MENEZES, Karina Moreira. Pirâmide da Pedagogia Hacker = [Vivências do (In)Possível]. Salvador, 2018. 176f.PAIS, José Machado. Culturas juvenis. Portugal: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1993.PRETTO, Nelson. Educações, culturas e hackers: escritos e reflexões. EDUFBA: Salvador, 2017.______. Redes Colaborativas, Ética Hacker e Educação. Educação em Revista. 2010.PRENSKY, Marc. Digital Native, digital immmigrants. Digital Native immigrants. On the horizon, MCB University Press, Vol. 9, N.5, October, 2001. Disponível em: <http://www.marcprensky.com/writing/Prensky%20-%20Digital%20Natives,%20Digital %20Immigrants%20-%20Part1.pdf>. Acesso em: 21 set 2019.SILVEIRA, S. Ciberativismo, cultura hacker e o individualismo colaborativo. Revista USP, n. 86, p. 28-39, 1 ago. 2010.

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Obrigada!

¡Gracias!

Carla Aragão, Pietro Bompet e Karina Menezes

([email protected] | [email protected] | [email protected])

XVai passar. Força e ânimo para todos. Cuidem-se.

Pasará. Fuerza y coraje para todos. Cuídate!