ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas...

48
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 UTILIZANDO IMAGENS DE SATÉLITE LANDSAT MAURÍCIO KRUMBIEGEL PROFª. MARIA ESTHER RIO DE JANEIRO, DEZEMBRO DE 2001.

Transcript of ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas...

Page 1: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE

ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 UTILIZANDO IMAGENS DE SATÉLITE

LANDSAT

MAURÍCIO KRUMBIEGEL

PROFª. MARIA ESTHER

RIO DE JANEIRO, DEZEMBRO DE 2001.

Page 2: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE

ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 UTILIZANDO IMAGENS DE SATÉLITE

LANDSAT

MAURÍCIO KRUMBIEGEL

Trabalho Monográfico apresentado como

requisito parcial para obtenção do Grau

de Especialista em Gestão Estratégica e

Qualidade.

RIO DE JANEIRO, DEZEMBRO DE 2001.

Page 3: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

Agradeço em primeiro lugar a

Deus, que todos os dias nos

possibilita enfrentar os desafios

da vida, a todos os professores e

colegas de curso, pelo estímulo e

apoio, a minha família, pela

compreensão nas horas

dedicadas ao estudo, e a todas as

demais pessoas que direta e

indiretamente contribuíram para

execução deste projeto.

Page 4: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

Dedico este projeto de pesquisa a

todos aqueles que de forma direta

ou indireta estão envolvidos na

melhoria das condições do

ensino, para que no futuro

possamos pensar num Brasil

realmente grande.

Page 5: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS......................................................................................................... i

LISTA DE FIGURAS........................................................................................................ ii

RESUMO ........................................................................................................................ iii

GLOSSÁRIO................................................................................................................... iv

CAPÍTULO 1......................................................................................................................1

INTRODUÇÃO...............................................................................................................................1

1.1 - Objetivos da Monografia........................................................................................2

1.2 - Justificativa da Monografia ....................................................................................3

CAPÍTULO 2.....................................................................................................................5

PRINCÍPIOS BÁSICOS DO SENSORIAMENTO REMOTO.....................................................5

2.1 - Sensoriamento Remoto..........................................................................................5

2.2 - Origem e Evolução do Sensoriamento Remoto – Um Pouco de História ...............6

2.3 - Radiação Eletromagnética – REM .........................................................................6

2.3.1) Fontes ...................................................................................................7 2.3.2) Espectro Eletromagnético .....................................................................8 2.3.3) Conceitos Radiométricos ......................................................................9

2.4 - Variáveis................................................................................................................10

CAPÍTULO 3...................................................................................................................11

SISTEMAS DE SENSORES .....................................................................................................11

3.1 - Principais Sensores de Alta Resolução Espacial e Espectral ........................11

3.2 - Os Satélites da Série LANDSAT ........................................................................11

3.2.1) Características do Satélite LANDSAT.................................................12 3.2.2) Características Gerais das Imagens LANDSAT.................................13 3.2.3) Níveis de Processamento ...................................................................14

3.2.3.1) Nível 4.......................................................................................14

3.2.3.2) Nível 5.......................................................................................14

3.2.3.3) Nível 6.......................................................................................14

3.2.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite LANDSAT ...................15 3.2.5) Produtos ..............................................................................................16

3.2.5.1) Produtos Digitais.......................................................................16

3.3 - Os Satélites da Série SPOT ..............................................................................17

3.3.1) Características do Satélite SPOT........................................................17 3.3.2) Características Gerais das Imagens SPOT ........................................18

3.3.2.2) Cenas com estereoscopia ........................................................19

3.3.3) Níveis de Processamento .................................................................19 3.3.3.1) Nível 1A ....................................................................................19

3.3.3.2) Nível 1B ....................................................................................19

3.3.3.3) Nível 2A ....................................................................................19

3.3.3.4) Nível 2B ....................................................................................19

3.3.3.5) Nível S ......................................................................................20

Page 6: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT ..........................20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm)...................................................20

3.3.4.2) XS1 Verde (0,500 – 0,590 µm) .................................................20

3.3.4.3) XS2 Vermelho (0,610 – 0,680 µm) ...........................................20

3.3.4.4) XS3 Infravermelho próximo (0,790 – 0,890 µm).......................20

CAPÍTULO 4...................................................................................................................22

PROCEDIMENTOS ADOTADOS NA ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA .............................22

4.1 - Planejamento.........................................................................................................22

4.1.1) Coleta de Documentos........................................................................22 4.1.2) Aquisição de Imagens .........................................................................22

4.2 - Digitalização da Carta ...........................................................................................23

4.3 - Georreferenciamento.............................................................................................23

4.3.1) Pontos de Controle..............................................................................24 4.3.2) Transformação geométrica .................................................................24 4.3.3) Reamostragem....................................................................................25

4.4 – Melhoria das imagens...........................................................................................25

4.4.1) Realce .................................................................................................25 4.4.2) Processamento de cores.....................................................................26 4.4.3) Componentes principais......................................................................27 4.4.4) Operações Aritméticas ........................................................................28

4.5 - Mosaico e Recorte...............................................................................................28

4.6 - Interpretação .........................................................................................................29

4.7 - Atualização ............................................................................................................30

4.8 - Revisão..................................................................................................................31

4.9 - Finalização ............................................................................................................31

CAPÍTULO 5...................................................................................................................32

CONCLUSÃO..............................................................................................................................32

ANEXO 1 .........................................................................................................................33

LIMITAÇÕES DE ESCALA PARA EXTRAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DE FEIÇÕES A PARTIR

DE DIFERENTES SENSORES...................................................................................................33

ANEXO 2 .........................................................................................................................35

SISTEMAS DE SATÉLITES DE IMAGEAMENTO DISPONÍVEIS..............................................35

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................................37

Page 7: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

i

LISTA DE TABELAS

Tabela 1.1 Comparação do custo médio das imagens LANDSAT, SPOT e

aerofotografias.

Tabela 1.2 O estágio do mapeamento sistemático do território nacional.

Tabela 3.1 Principais características das imagens LANDSAT (TM).

Tabela 3.2 Principais características e aplicações das bandas do sensor (TM)

do satélite LANDSAT 5.

Tabela 3.3 Principais características das imagens SPOT.

Page 8: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

ii

LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 Elementos característicos na aquisição de dados.

Figura 2.2 Irradiância.

Figura 2.3 Espectro Eletromagnético.

Figura 4.1 Relação das faixas espectrais do sensor TM e reflectância espectral

dos alvos da superfície terrestre

Page 9: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

iii

RESUMO

O presente trabalho aborda, através da componente planimétrica, os

principais aspectos no uso de imagens LANDSAT, em meio digital, na atualização

cartográfica na escala de 1:250.000.

De forma resumida, neste trabalho, discute-se a metodologia em

desenvolvimento no Departamento de Cartografia – DECAR, da Diretoria de

Geociências do IBGE, bem como, a problemática da atualização cartográfica, o

uso das imagens orbitais para o controle ambiental, além do planejamento e a

gama temática que envolve a gestão do território.

Page 10: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

iv

GLOSSÁRIO

ANEA Associação Nacional das Empresas de Levantamentos Aeroespaciais

BANDA Faixa Espectral

BIL “Band interleaved by line”

BSQ “Band sequential”

DECAR Departamento de Cartografia

DER Departamento Estadual de Estradas e Rodagem

DNER Departamento Nacional de Estradas e Rodagem

DSG Diretoria do Serviço Geográfico

ENCE Escola Nacional de Ciências e Estatística

ERS “European Radar Satellite”

GPS “Global Positioning System”

HRV “Haute Resolution Visible”

INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

IBGE Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IHS Sistemas de Cor – I – “Intensity”, H – “Hue” e S – “Saturation”

MME Mapa Municipal Estatístico

PEC Padrão de Exatidão Cartográfica

REM Radiação Eletromagnética

RGB Sistema de Cor – R – “Red”, G – “Green” e B – “Blue”

PIXEL Menor registro de uma imagem – Elemento da imagem

TIFF “Tagged Information File Format”

TM “Thematic Mapper”

Page 11: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

Em 1980 foi realizado o censo das NAÇÕES UNIDAS sobre o estado da

cartografia mundial. Esse censo revelou que só 42% do território do planeta

possuía cartas topográficas em escala maior que 1: 125.000, e que somente 2%

desses documentos eram revisados anualmente. Mesmo com todo avanço

tecnológico na área de fotogrametria, esta situação não se modificou através dos

anos.

Tanto na área econômica, como na área social, o mapa é, sem dúvida, o

elemento básico para a elaboração de todo e qualquer projeto, além de ser fonte

natural de informações para os sistemas de geoprocessamento.

Desde obras simples, como a abertura de ruas e avenidas, até as mais

complexas, como a construção de hidrelétricas, túneis e canais de irrigação, todas

necessitam de mapas precisos para que possam ser tecnicamente bem

projetadas e executadas.

A importância do mapa se faz sentir em todos os ramos das atividades

humanas, especialmente no setor público. Como usuário de mapas, o setor

público influencia a administração da cartografia no país, além de ser o grande

provedor de serviços e ter o exercício da ação normalizadora.

No que diz respeito ao monitoramento e à preservação do meio ambiente,

o mapeamento de bacias hidrográficas, a classificação da flora, a avaliação da

vegetação, das queimadas, são operações que não podem ser realizadas sem

mapas adequados.

A aquisição de imagens por sensores operando em nível orbital

proporcionaram grande avanço na obtenção de dados, além de viabilizarem as

aplicações mais sofisticadas, como as questões relacionadas com a composição

da atmosfera, as pesquisas de recursos minerais, processos ambientais, etc.,

parte significativa desse avanço pode ser atribuído a repetitividade no

imageamento de uma área da superfície terrestre e à rapidez na aquisição dos

dados. Todas estas vantagens a um custo muito baixo em comparação àqueles

atribuídos ao vôo fotogramétrico. A relação custo e benefício como demostrado

na tabela 1.1, tem seu maior emprego nas escalas pequenas e médias

(1:1.000.000, 1:100.000 e 1:250.000).

Page 12: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

2

Na Tabela 1.1 – Se faz uma comparação do custo de aquisição de

imagens LANDSAT e SPOT que são os dois sistemas orbitais mais usados para

fins cartográficos – com o do vôo fotogramétrico

TABELA 1.1: Custos médios entre imagens LANDSAT, imagens SPOT e aerofotografias.

TIPO

CUSTO R$ / km2

LANDSAT TM5

(Nív. Correção 4)

0,05(*)

SPOT Pancromático

(Nív. Correção 2A)

1,36(*)

SPOT Multiespectral

(Nív. Correção 2A)

1,17(*)

Vôo Fotogramétrico

(Escala 1:70.000)

35,00(**)

FONTE: (*) - SAGRES EDITORA, 1997, p.27 - (**) - ANEA, 1997. NOTA: In: Tese Mestrado, CORREIA, José Duarte,1997,p.4 - IME

1.1 - Objetivos da Monografia

Os principais objetivos para este trabalho podem ser resumidos em:

♦ elaborar cartas a partir de procedimentos digitais de compilação cartográfica,

visando soluções alternativas para o problema da atualização planimétrica do

mapeamento sistemático brasileiro na escala 1: 250.000, através da utilização

de imagens do sistema de sensores da série LANDSAT, sem levar em

consideração os temas toponímia e vegetação;

♦ testar alternativas em que se busca uma atualização cartográfica rápida, eficaz

e de baixo custo na escala de 1: 250.000;

Page 13: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

3

1.2 - Justificativa da Monografia

O homem sempre tratou o espaço como algo a ser conquistado e

adaptado às suas necessidades. À medida que avançava sobre os territórios,

transformava grandes extensões da paisagem natural. Cresciam com a ocupação

o nível de complexidade das áreas e a necessidade de organizar o espaço.

O planejamento territorial e a implantação de projetos que envolvam

recursos naturais e meio ambiente não podem ser executados sem a informação

prestada por documentos cartográficos precisos e recentes.

Entre os levantamentos especiais que se fazem necessários para

obtenção dos dados e demais elementos exigidos pelo planejamento e,

conseqüentemente, para o desenvolvimento, destacam-se os que proporcionam

informações básicas, tais como: recursos hídricos, população, solos e etc.

O estágio atual do mapeamento sistemático brasileiro indica que foram

concluídas em torno de 80,72% das folhas necessárias para a representação do

Território Nacional na escala 1: 250.000. Deste percentual, em torno de 98%, é de

produção anterior a 1990.

ANDRADE e ROSENHOLM, (1993, p. 586) e KIHLBLOM e ANDRADE,

(1993, p.368) afirmam que a forma mais econômica e rápida de atualização

cartográfica, no que tange à sua componente planimétrica, se faz pelo uso de

imagens orbitais. Naturalmente, ainda que não se consiga extrair todas as

informações necessárias das mesmas, a maioria das feições lineares são bem

identificáveis.

A Tabela 1.2 nos mostra o estágio atual em que se encontra o

Mapeamento Sistemático do Território Nacional. A DSG e o IBGE foram,

praticamente, os responsáveis por toda a produção.

Page 14: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

4

TABELA 1.2: Situação do Mapeamento Sistemático Brasileiro.

ESCALA

FOLHAS MAPEADAS

Nº Ano (*) % do Total

1:1.000.000

46

1980

100,00

1:500.000 68 1965 36,90

1:250.000 444 1985 80,72

1:100.000 2.289 1982 75,39

1:50.000 1.647 1977 13,9

1:25.000 492 1985 1,01

FONTE: IBGE, Setembro de 1997. (*) - Ano de referência (aproximado) em que se completaram 2/3 do Nº de Folhas Mapeadas

NOTA: In: Tese Mestrado, CORREIA, José Duarte,1997,p.1 - IME

Page 15: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

5

CAPÍTULO 2

PRINCÍPIOS BÁSICOS DO SENSORIAMENTO REMOTO

2.1 - Sensoriamento Remoto

A história do sensoriamento remoto está fortemente ligada ao uso militar.

A partir de necessidades militares provenientes das grandes guerras mundiais, os

métodos de sensoriamento remoto sofreram uma incrível evolução tecnológica na

observação da superfície terrestre.

Atualmente, por conta do panorama internacional, sem a polarização da

guerra fria, diversas informações deixaram de ser segredos estratégicos e se

tornaram públicas, inclusive dados coletados por programas militares.

O sensoriamento remoto é a tecnologia que permite a obtenção de

informações sobre um objeto, sem que haja para isso contato físico com o

mesmo, através de instrumentos chamados sensores. Tais equipamentos são

capazes de coletar a energia proveniente do objeto, convertê-la em um sinal

passível de ser registrado e representá-la de forma adequada.

O tipo de energia utilizada nesta transferência, e seu correspondente

sensor pode ser resumida nos seguintes itens. Por exemplo:

♦ ELETROMAGNÉTICA – RADIÔMETRO

♦ ACÚSTICA – SONAR

♦ GRAVITACIONAL – GRAVÍMETRO

A grande maioria das técnicas de sensoriamento remoto utiliza a radiação

eletromagnética ( REM ) como fonte de energia, pois todo e qualquer objeto, com

uma temperatura superior ao zero absoluto, é capaz de emitir a radiação

eletromagnética com determinada intensidade e comprimento de onda.

Desta forma, os diferentes objetos naturais ou artificiais, existentes na

superfície terrestre, devido às características químicas e físicas de sua

composição, podem emitir, refletir, transmitir ou absorver seletivamente essa

radiação.

Page 16: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

6

2.2 - Origem e Evolução do Sensoriamento Remoto – Um Pouco de História

A história do sensoriamento remoto é assunto bastante diversificado.

Alguns autores colocam que à sua origem está estritamente vinculada ao uso

militar.

A necessidade de informações na área militar remota aos primeiros

tempos.

“Conta a Bíblia que o Senhor ordenou a Moisés que antes de

entrar em CANAÃ, a terra prometida, enviasse um grupo de doze espias

para observar os povos que ali habitavam. Deveriam coletar diversos

tipos de informações tal como fazemos hoje ( as cidades, a terra, as

árvores ). Assim fizeram e notificaram a Moisés sobre a terra onde

verdadeiramente manava leite e mel, conforme a promessa1.”

Outros dividem a história em dois períodos. De 1860 a 1960 (Fotografias

Aéreas). Em 1859 o fotógrafo e balonista francês, Gaspard Felix Tournachon,

mais conhecido como Nadar, realizou os primeiros, levantamentos aéreos, a partir

de um balão, e de 1960 até os dias de hoje, o período é caracterizado pela

variedade de sistemas de sensores, utilizados na observação da superfície

terrestre.

2.3 - Radiação Eletromagnética – REM

Sempre que se realiza trabalho, algum tipo de energia deve ser

transferida de um corpo ao outro, ou de um local ao outro no espaço.

De todas as possíveis formas de energia, é a energia radiante ou a

energia eletromagnética de especial importância ao sensoriamento remoto, a

única que não necessita de um meio material para se propagar.

O exemplo de energia radiante mais familiar, e de maior importância, é a

energia solar, que se propaga pelo espaço vazio desde o Sol até a Superfície

Terrestre.

1 Revista Fator Gis Ago / Set / Out / 97 – pág.53

Page 17: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

7

FIGURA 2.1 – Elementos característicos na aquisição de dados FONTE: Apostila Sensoriamento Remoto - INPE

2.3.1) Fontes

O sol é a principal fonte de energia eletromagnética disponível para o

sensoriamento remoto da superfície terrestre. A superfície aparente do sol é

conhecida por fotosfera, e a energia irradiada pela fotosfera é a principal fonte de

radiação eletromagnética no sistema solar.

FIGURA 2.2 – Irradiância FONTE: Apostila Sensoriamento Remoto - INPE

Page 18: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

8

2.3.2) Espectro Eletromagnético

A faixa de comprimento de onda ou freqüência, em que se pode encontrar

a REM, é praticamente ilimitada. Na fase atual, com a tecnologia que se dispõe,

gera-se ou detecta-se a REM em comprimentos de onda de 10E8 a 10E-15

metros.

Pode-se esquematizar a distribuição da REM de acordo com seu

comprimento de onda, no que se denomina de “Espectro Eletromagnético”.

A denominação de faixas, canais ou bandas refere-se aos intervalos do

espectro para os quais um determinado sistema sensor é capaz de obter dados

sobre a superfície terrestre.

FIGURA 2.3 – Espectro Eletromagnético FONTE: Apostila Sensoriamento Remoto - INPE

2.3.2.1) Faixas do Espectro

O espectro eletromagnético é geralmente apresentado por intervalos ou

faixas, representando regiões que possuem características peculiares em termos

dos processos físicos geradores de energia em cada faixa, ou dos mecanismo de

detecção desta energia. Embora os limites de cada faixa não sejam bem

definidos, as seguintes regiões podem ser destacadas:

♦ Ondas de rádio: baixas freqüências e grandes comprimentos de onda. As

ondas eletromagnéticas nesta faixa são utilizadas para comunicação a longa

Page 19: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

9

distância, pois, além de serem pouco atenuadas pela atmosfera, são refletidas

pela ionosfera, propiciando uma propagação de longo alcance.

♦ Microondas: Nesta faixa de comprimentos de onda pode-se construir

dispositivos capazes de produzir feixes de radiação eletromagnética,

altamente concentrados, chamados radares. Sofre pouca atenuação pela

atmosfera, ou nuvens, propiciando uma excelente alternativa para o uso de

sensores de microondas em qualquer condição de tempo.

♦ Infravermelha: de grande importância para o Sensoriamento Remoto. A

radiação I.V. é facilmente absorvida pela maioria das substâncias (efeito de

aquecimento).

♦ Visível: é definida como a radiação capaz de produzir a sensação da visão

para o olho humano normal. Importante para o Sensoriamento Remoto, pois

imagens obtidas nesta faixa, geralmente, apresentam excelente correlação

com a experiência visual do intérprete.

♦ Ultravioleta: As películas fotográficas são mais sensíveis à radiação

ultravioleta, que a luz visível. Usada para detecção de minerais por

luminescência e poluição marinha. Sofre forte atenuação atmosférica, que se

apresenta um grande obstáculo a sua utilização.

♦ Raios X: São gerados, predominantemente, pela parada ou freamento de

elétrons de alta energia. Por se constituir de fótons de alta energia, os raios - X

são altamente penetrantes, sendo uma poderosa ferramenta em pesquisa

sobre a estrutura da matéria.

♦ Raios-GAMA: são os raios mais penetrantes das emissões de substâncias

radioativas. Não existe, em princípio, limite superior para a freqüência das

radiações gama, embora ainda seja encontrada uma faixa superior de

freqüência para a radiação conhecida como raios cósmicos.

2.3.3) Conceitos Radiométricos

O sensoriamento remoto tem como base tecnológica a detecção das

alterações sofridas pela radiação eletromagnética quando esta interage com os

componentes da superfície terrestre.

Page 20: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

10

Para podermos avaliar a interação da radiação eletromagnética com o

objeto, é necessário que sejam realizadas algumas medições que nos informe a

quantidade de energia:

♦ produzida pela fonte,

♦ atenuada pelo meio e

♦ absorvida pelo objeto.

De posse dessas informações, podemos definir que a radiometria tem,

como objetivo, medir a energia radiante.

2.4 - Variáveis

O número de informações de uma imagem de sensoriamento remoto está

condicionado a um certo número de variáveis, que podem ser agrupadas em três

tipos :

♦ espectrais,

♦ espaciais e

♦ temporais.

A resolução espectral, está relacionada com a largura das bandas

espectrais e o número de canais usados.

A resolução espacial, pode ser medida pela projeção geométrica da área

de um detetor na superfície terrestre.

A resolução temporal, se relaciona com o intervalo de tempo medido entre

uma aquisição e outra de imagens.

Page 21: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

11

CAPÍTULO 3

SISTEMAS DE SENSORES

3.1 - Principais Sensores de Alta Resolução Espacial e Espectral

Dentre os sistemas de satélites, dotados de sensores de alta resolução

espacial, podemos destacar o SPOT/HRV, em operação desde 1986, oferecendo

imagens digitais com resolução espacial de 10m, no modo pancromático. Mesmo

essa alta resolução espacial oferecida por esse sistema, se encontra insuficiente

para um maior nível de detalhamento. Por isso, várias empresas passaram a

desenvolver sensores orbitais de resolução espacial situadas entre 1 e 3m. São

satélites de sensoriamento remoto de pequeno porte e peso. O primeiro deles, o

EARLYBIRD, tendo a bordo dois sensores: um pancromático (0,45 – 0,80mm)

com resolução espacial de 3m e outro de modo multiespectral (0,50 – 0,59m) com

resolução espacial de 15m, após o seu lançamento apresentou problemas e não

chegou a fase operacional. O segundo satélite da EARTH WATCH, o

QUICKBIRD, tem a bordo dois sensores: o de modo pancromático (0,45 – 0,80m),

com resolução de 1m e outro multiespectral com 4m de resolução espacial.

Entre os satélites com sensores de alta resolução espectral podemos

destacar o LANDSAT 5 que aumentou a demanda por imagens de alta resolução

espectral.

À medida que os benefícios da alta resolução espectral foram sendo

demostrados surgiram novas empresas de desenvolvimento, operação e

prestação de serviços, baseadas em sensores com essas características.

Uma das áreas tecnológicas do sensoriamento remoto ainda em

desenvolvimento é a do sistema orbitais de radares imageadores, que operam na

porção do espectro eletromagnético denominada microondas. Podendo ser citado

como exemplo aquele operando a bordo do satélite japonês JER-1 lançado em

1992, levando abordo o sensor (SAR), e o RADARSAT, lançado em 1995,que

também vem contribuindo para o grande avanço tecnológico na área de

sensoriamento remoto.

3.2 - Os Satélites da Série LANDSAT

Page 22: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

12

3.2.1) Características do Satélite LANDSAT

A imagem digital pode ser vista como uma

matriz de x linhas e y colunas com cada elemento

possuindo um atributo z (nível de cinza). No caso

das imagens geradas pelo LANDSAT essas

imagens possuem em torno de 6.550 por 6.550

elementos, o que significa dizer 42 milhões de

“pixels“ para cada banda.

O satélite LANDSAT 5 foi lançado em 01 de Março de 1984 e continua em

operação após 15 anos, funcionando em órbita equatorial, a 705 km de altitude. O

sensor TM (“Thematic Mapper“), a bordo do satélite LANDSAT 5, faz o

imageamento da superfície terrestre produzindo imagens com 185 Km de largura

no terreno, com resolução espacial de 30 metros. A repetitividade na obtenção de

imagens de uma mesma área da superfície terrestre é de 16 dias.

Page 23: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

13

3.2.2) Características Gerais das Imagens LANDSAT

TABELA 3.1 – Principais características das imagens do sensor TM ( Thematic Mapper )

SENSOR TM - (Thematic Mapper)

Resolução Geométricas

bandas 1, 2, 3, 4, 5 e 7 (*)

banda 6 (*)

30 metros

120 metros

Bandas Espectrais

Azul (0,450 - 0,520 µm)

Verde (0,520 - 0,600 µm)

Vermelho (0,630 - 0,690 µm)

Infravermelho próximo (0,760 - 0,900 µm)

Infravermelho médio (1,550 - 1,750 µm)

Infravermelho termal (10,40 - 12,50 µm)

Infravermelho médio (2,080 - 2,350 µm)

Quantização 8 bits / pixel

Tamanho da imagem ( full frame ) 6000 linhas X 6000 colunas

Tamanho mínimo da imagem 185 X 185 km

Altitude (*) 705 Km

Velocidade (*) 7,7Km/Seg

Tempo de obtenção de uma cena (*) 24seg

Peso (*) 2 ton

FONTE: INTERSAT (*) INPE

Cada cena produzida através do satélite LANDSAT 5 recobre uma área

de 185 X 185 Km e pode ser subdividida em quadrantes com 92 X 92 Km ou sub-

quadrantes com 46 X 46 Km, sobre todo território nacional e países vizinhos.

Page 24: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

14

O sensor TM coleta as informações na região do espectro

eletromagnético entre 0,450 a 2,350 µm, faixa do visível, infravermelho próximo e

infravermelho médio, separadas em seis bandas (1,2,3,4,5 e 7) com resolução

espacial de 30 metros (cada “pixel“ representa 0,09 ha). Coletando ainda,

informações na região do espectro eletromagnético entre 10.400 a 12.500 µm,

faixa do infravermelho distante ou termal, a partir de uma banda (6) com

resolução espacial de 120 metros (cada “pixel“ representa 1,4 ha). O satélite

LANDSAT 5 armazena os dados de cada banda em 256 níveis de cinza.

3.2.3) Níveis de Processamento

3.2.3.1) Nível 4

Consiste de uma reamostragem ao longo das linhas, para remover as

variações do movimento do espelho do satélite e alinhar os “pixels“.

3.2.3.2) Nível 5

Consiste de reamostragem nas duas direções e a aplicação de uma

projeção cartográfica utilizando o algoritmo de reamostragem "vizinho mais

próximo“.

3.2.3.3) Nível 6

Consiste de reamostragem nas duas direções e a aplicação de uma

projeção cartográfica utilizando o algoritmo de reamostragem "convolução

cúbica".

Page 25: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

15

3.2.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite LANDSAT

A Tabela 3.2 - apresenta as principais características e aplicações das

bandas do satélite LANDSAT 5 (TM), com respectivo intervalo espectral.

TABELA 3.2- Principais características e aplicações das bandas TM do satélite LANDSAT 5

Banda Intervalo espectral (µm)

Principais características e aplicações

1 (0,45 - 0,52)

Apresenta grande penetração em corpos de água, com elevada transparência, permitindo estudos batimétricos. Sofre absorção pela clorofila e pigmentos fotossintéticos auxiliares (carotenóides). Apresenta sensibilidade a plumas de fumaça oriundas de queimadas ou atividade industrial. Pode apresentar atenuação pela atmosfera.

2 (0,52 - 0,60) Apresenta grande sensibilidade à presença de sedimentos em suspensão, possibilitando sua análise em termos de quantidade e qualidade. Boa penetração em corpos de água.

3 (0,63 - 0,69)

A vegetação verde, densa e uniforme, apresenta grande absorção, ficando escura, permitindo bom contraste entre as áreas ocupadas com vegetação (ex.: solo exposto, estradas e áreas urbanas). Apresenta bom contraste entre diferentes tipos de cobertura vegetal (ex.: campo, cerrado e floresta). Permite análise da variação litológica em regiões com pouca cobertura vegetal. Permite o mapeamento da drenagem através da visualização da mata galeria e entalhe dos cursos dos rios em regiões com pouca cobertura vegetal. É a banda mais utilizada para delimitar a mancha urbana, incluindo identificação de novos loteamentos. Permite a identificação de áreas agrícolas.

4 (0,76 - 0,90)

Os corpos de água absorvem muita energia nesta banda e ficam escuros, permitindo o mapeamento da rede de drenagem e delineamento de corpos de água. A vegetação verde, densa e uniforme, reflete muita energia nesta banda, aparecendo bem clara nas imagens. Apresenta sensibilidade à rugosidade da copa das florestas (dossel florestal). Apresenta sensibilidade à morfologia do terreno, permitindo a obtenção de informações sobre Geomorfologia, Solos e Geologia. Serve para análise e mapeamento de feições geológicas e estruturais. Serve para separar e mapear áreas ocupadas com pinus e eucalipto. Serve para mapear áreas ocupadas com vegetação que foram queimadas. Permite a visualização de áreas ocupadas com macrófitas aquáticas (ex.: aguapé). Permite a identificação de áreas agrícolas.

5 (1,55 - 1,75)

Apresenta sensibilidade ao teor de umidade das plantas, servindo para observar estresse na vegetação, causado por desequilíbrio hídrico. Esta banda sofre perturbações em caso de ocorrer excesso de chuva antes da obtenção da cena pelo satélite.

6 (10,4 - 12,5) Apresenta sensibilidade aos fenômenos relativos aos contrastes térmicos, servindo para detectar propriedades termais de rochas, solos, vegetação e água.

7 (2,08 - 2,35)

Apresenta sensibilidade à morfologia do terreno, permitindo obter informações sobre Geomorfologia, Solos e Geologia. Esta banda serve para identificar minerais com íons hidroxilas. Potencialmente favorável à discriminação de produtos de alteração hidrotermal.

FONTE: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE

Page 26: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

16

3.2.5) Produtos

3.2.5.1) Produtos Digitais

Os quadros abaixo mostram os custos e códigos dos produtos digitais

oferecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE

Correções da cena

Número de bandas

Cena inteira 185 x 185 km

Quadrante 92 x 92 km

Código Preço Código Preço 1 TM 29x1 450,00 TM 69x1 400,00 2 TM 29x2 700,00 TM 69x2 450,00 3 TM 29x3 900,00 TM 69x3 550,00

Nível 6 4 TM 29x4 1.150,00 TM 69x4 650,00 5 TM 29x5 1.350,00 TM 69x5 700,00 6 TM 29x6 1.500,00 TM 69x6 850,00 7 TM 29x7 1.700,00 TM 69x7 900,00 3 TM28x3 900,00 TM68x3 550,00

Nível 5 6 TM28x6 1.500,00 TM68x6 850,00 7 TM28x7 1.700,00 TM68x7 900,00 3 TM24x3 900,00 TM64x3 550,00

Nível 4 6 TM24x6 1.500,00 TM64x6 850,00 7 TM24x7 1.700,00 TM64x7 900,00 Substituir o "x" no código do produto por um dos números ou letras abaixo.

Formato CEOS / LTWG

"x" Tipo de fita Densidade/Capacidade 4 BIL 8 mm Exabyte 2 Gbytes 5 BSQ 8 mm Exabyte 2 Gbytes 7 BSQ Streamer 60 Mbytes 8 BIL 4 mm DAT 1 Gbyte 9 BSQ 4 mm DAT 1 Gbyte

Formato FAST

"x" Tipo de fita Densidade/Capacidade D 4 mm DAT 1 Gbyte E 8 mm Exabyte 2 Gbytes F Streamer 60 Mbytes

CD-ROM ISO-9660

"x" Formato Capacidade 6 INPE 600 Mbytes C TIFF 600 Mbytes A Fast 600 Mbytes

Page 27: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

17

3.3 - Os Satélites da Série SPOT

3.3.1) Características do Satélite SPOT

O Sistema de Satélite de Observação

da Superfície Terrestre SPOT, foi projetado

pelo CNES (Centre National d'Etudes

Spatiales),França. Os dois satélites em

operação, SPOT 1 e 2 estão funcionando em

órbita circular, inclinada de 80 em relação ao

Norte, a 830 km de altitude, operando através de dois sensores HRV (Haute

Résolution Visible) a bordo de cada satélite, capazes de funcionar de forma

independente, aliada à repetitividade na obtenção de imagens de uma mesma

porção do terreno a cada 26 dias, tem inúmeras aplicações em cartografia Cada

satélite SPOT completa uma volta em torno da Terra a cada 101 minutos,

produzindo imagens com 60 Km de largura sobre a mesma região.

Com a possibilidade de observação vertical, cada sensor HRV pode ser

direcionado de modo a imagear cenas laterais à órbita em que se encontra o

satélite. Esta característica, obtida através da programação do satélite, aumenta a

possibilidade de recobrimento repetitivo em determinada área, diminuindo o

tempo de revisita para até 5 dias. Outra vantagem são as visadas oblíquas, que

possibilitam a formação de pares estereoscópios.

Page 28: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

18

3.3.2) Características Gerais das Imagens SPOT

TABELA 3.3- Principais características das imagens SPOT

Sensor Pancromático Multiespectral

HRV(Haute

Résolution Visible) 10 metros 20 metros

Bandas Espectrais 0,510 a 0,730 µ m

Verde 0,500 a 0,590 µ m Vermelho

0,610 a 0,680 µ m Infravermelho

próx. 0,790 a 0,890 µm

Quantização 8 bits / pixel 8 bits / pixel

Tamanho/Imagem 6000 linhas X 6000 colunas 3000 linhas X 3000 colunas

Tam. Min. Imagem 60 km X 60 km 60 km X 60 km

FONTE: INTERSAT

Cada cena produzida através do satélite SPOT no modo pancromático

recobre uma área de 60 X 60 Km, com 10 metros de resolução espacial ou 20

metros de resolução espacial no modo multiespectral (três bandas espectrais –

XS1,XS2,XS3). Cada sensor HRV coleta informações na região do espectro entre

0,510 a 0,890 µm, faixa do visível e infravermelho próximo e armazena os dados

em 256 níveis de cinza.

3.3.2.1) Programação

Os satélites SPOT 1 e 2 são os primeiros satélites

de coleta de dados, na área civil, a permitir a

programação e apontamento dos sensores para

imageamento de uma área específica.

Page 29: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

19

3.3.2.2) Cenas com estereoscopia

A capacidade de visada oblíqua permite realizar pares

estereoscópios pela combinação do ângulo de visada dos

sensores no imageamento de uma mesma porção do terreno.

As cenas geradas com esta característica têm ângulo de

inclinação de mais ou menos 27° e sobreposição de

aproximadamente 60%.

3.3.3) Níveis de Processamento

3.3.3.1) Nível 1A

Calibração radiométrica e correção dos efeitos do sistema mediante

modelo linear destinado a igualar a sensibilidade dos detectores. Estas correções

mínimas são aplicadas de forma sistemática para todos os dados SPOT.

3.3.3.2) Nível 1B

Correções geométricas unidimensionais, aplicadas para suprimir o efeito

panorâmico, efeito de rotação e curvatura da Terra e efeito da variação de atitude

do satélite com respeito a elipsóide de referência.

3.3.3.3) Nível 2A

Correções geométricas bidimensionais estabelecidas a partir de um

modelo extraído dos dados auxiliares de atitude do satélite. Georreferenciamento

com precisão cartográfica relativa.

3.3.3.4) Nível 2B

Correções geométricas bidimensionais estabelecidas a partir de pontos de

apoio no solo ou mapas topográficos. Georreferenciamento com precisão

cartográfica absoluta.

Paralaxe

Page 30: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

20

3.3.3.5) Nível S

Este nível de correção permite obter imagens rigorosamente sobrepostas

a uma imagem de referência com a mesma precisão do nível 2B.

3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT

Modo Pancromático

3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm)

Esse modo espectral produz imagens com uma única banda espectral

que é restituída sempre em preto e branco, privilegia a fineza geométrica da

imagem e permite discriminar detalhes finos do tamanho do pixel, que é de 10 X

10 metros ou 100 m². Esse modo espectral é o mais aconselhável para trabalhar

em estereoscopia para topografia, pois, assim consegue-se maior precisão

altimétrica, compatível com a escala 1:50.000.

Modo Multiespectral

3.3.4.2) XS1 Verde (0,500 – 0,590 µm)

Possibilita à análise de sedimentos em suspensão em termos de

quantidade e qualidade. Possuindo boa penetração em corpos de água.

3.3.4.3) XS2 Vermelho (0,610 – 0,680 µm)

Nessa faixa a vegetação verde, densa e uniforme, apresenta grande

absorção, ficando escura e permitindo bom contraste entre as áreas ocupadas

com vegetação e aquelas sem vegetação (ex.: solo exposto, estradas e áreas

urbanas). Permite o mapeamento da drenagem, através da visualização da mata

de galeria, em regiões com pouca cobertura vegetal. É a banda mais utilizada

para delimitação da mancha urbana.

3.3.4.4) XS3 Infravermelho próximo (0,790 – 0,890 µm)

A água absorve muita energia nesta banda, ficando os corpos d’água em

escuro, permitindo o mapeamento da rede de drenagem e delineamento de

Page 31: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

21

massas d’água. A vegetação verde, densa e uniforme, reflete muita energia nesta

banda, aparecendo bem claras nas imagens. Permite a obtenção de informações

sobre Geomorfologia, Solos e Geologia.

Page 32: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

22

CAPÍTULO 4

PROCEDIMENTOS ADOTADOS NA ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA

4.1 - Planejamento

Inicialmente deverá ser feito um estudo da área a ser atualizada visando o

levantamento de todo o material básico, complementar e informativo, tais como:

mapas municipais, mapas rodoviários dos DER e DNER, guias rodoviários como o

4 Rodas, etc., que venham a contribuir para a atualização da nova carta.

Deve-se também nesta fase definir o sensor a ser utilizado, levando em

conta a escala da carta e a precisão requerida pelo projeto.

4.1.1) Coleta de Documentos

Nesta fase deve-se fazer um levantamento detalhado de todo material,

como também, contato com instituições locais, as prefeituras e empresas

privadas, que possam contribuir para a atualização da carta em questão.

Todo material levantado auxiliará na fase de interpretação da imagem,

devendo permitir a redução dos trabalhos complementares, como por exemplo,

idas a campo.

4.1.2) Aquisição de Imagens

Alguns passos básicos devem ser seguidos na aquisição de imagens (ou

cenas) do sistema de sensores da série LANDSAT.

O primeiro passo a seguir é a localização da área de interesse, para

facilitar a identificação das inúmeras imagens enviadas pelo satélite, em virtude

disto foi definido internacionalmente um sistema de referência conhecido como

WRS – WORLD REFERENCE SYSTEM.

A repetitividade da obtenção de imagens de uma mesma área (a cada 16

dias), constitui-se uma grande vantagem sobre as fotos aéreas, aliada ao fato de

Page 33: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

23

se poder selecionar, previamente, a cena que apresentar um percentual de

nuvens menor.

Levando-se em conta a qualidade geométrica, segundo a componente

planimétrica da classe A para o padrão de exatidão cartográfica (PEC), na escala

de 1:250.000, as imagens do sistema de sensores da série LANDSAT relativas a

carta deverão possuir nível de correção 5 – consiste na reamostragem seguindo

duas direções e a aplicação de uma projeção cartográfica, utilizando o algoritmo

do tipo “vizinho mais próximo”.

4.2 - Digitalização da Carta

A digitalização da carta visa migrar para o meio digital as informações

contidas na carta desatualizada, podendo ocorrer de duas formas diferentes:

vetorialmente, com o auxílio da mesa digitalizadora, ou matricialmente através de

um “scanner“.

Vetorialmente, através da mesa digitalizadora, o processo se torna mais

demorado, porém, os arquivos gráficos gerados serão menores. A Segunda

alternativa, matricialmente, o processo será automático, contudo os arquivos

serão maiores.

O trabalho de digitalização será desenvolvido com a utilização dos

originais em filmes positivo e negativo, eventualmente papéis com registros

coloridos ou preto e branco.

Algumas imperfeições dos originais devem ser evitadas. Alguns desses

originais necessitam de retoques, antes de serem levados ao “scanner“, devendo

passar por uma etapa de preparo, para se chegar mais próximo da condição ideal

da digitalização.

Os arquivos obtidos através da digitalização automática, estarão no

formato “raster“ ou matricial.

4.3 - Georreferenciamento

Para que se possa extrair feições das imagens, se torna necessário que

as mesmas estejam georreferenciadas, todos os “pixels“ devem estar associados

a um sistema de coordenadas terrestre. A opção, em geral, deve ser pelo sistema

da projeção cartográfica da carta.

Page 34: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

24

4.3.1) Pontos de Controle

Os pontos de controle deverão estar associados a feições geográficas

bem definidas e de fácil identificação, que podem ser precisamente localizadas

tanto na carta quanto na imagem.

Servirão como pontos aqueles aproveitados de outros dados

cartográficas:

♦ Pontos fotogramétricos – apoio preexistente, os pontos devem ser bem

identificáveis na imagem, sendo suas coordenadas transcritas para o arquivo

digital.

♦ Pontos de Carta – os pontos devem estar bem identificados na carta e na

imagem. O ideal é que a carta esteja em escala maior que a pretendida para a

representação final.

♦ Pontos de Imagem – a imagem deverá já estar georreferenciada e ter pontos

comuns à imagem em questão.

♦ Pontos GPS – a escolha dos pontos terrestres tem suas posições definidas

com emprego do GPS devem ser de fácil acesso e identificáveis na imagem,

de preferência no entroncamento de estradas, cabeceira de pistas de

aeroportos e etc. Os valores para as coordenadas devem ser transformados

para o sistema da projeção considerado.

♦ Pontos de Vetores de carta digitalizada e vetorizada – podemos utilizar os

vetores da carta desatualizada para se georreferenciar a imagem.

4.3.2) Transformação geométrica

As correções geométricas são realizadas com a utilização de modelo

matemático adequado, que se resume em relacionar as imagens digitais ao

sistema de coordenadas terrestre, de modo que as imagens se ajustem as

propriedades de escala e projeção da carta.

O desenvolvimento matemático completo para as correções geométricas

e registros poderá ser encontrado em Crósta, (1992, p.155).

Page 35: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

25

4.3.3) Reamostragem

Após a escolha do método de transformação a ser aplicado na

geometrização da imagem, os “pixels“ iniciais serão adaptados ao novo sistema.

Opta-se pela reamostragem que consiste na geração de novos “pixels“ de

um mesmo tamanho, gerando uma nova imagem com o produto final de

georreferenciação.

Para a reamostragem, os modelos matemáticos mais utilizados são:

vizinho mais próximo, interpolação bilinear, convolução cúbica.

♦ vizinho mais próximo – mais simples, possui a vantagem de permitir um

processamento rápido e não altera os valores originais de cinza. Por outro

lado, provoca descontinuidades geométricas da ordem de ½ “pixel“, na

imagem corrigida.

♦ interpolação bilinear – interpolação a partir da média do 4º “pixel“ vizinho mais

próximo, possui maior precisão geométrica e não provoca descontinuidades.

Requer um maior número de cálculos para determinar o valor do “pixel“ da

imagem corrigida.

♦ convolução cúbica – é a média dos 16 vizinhos mais próximos, implica em

melhor apresentação estética, na visualização da imagem geometricamente

corrigida.

4.4 – Melhoria das imagens

As imagens podem ser aprimoradas, no aspecto , para facilitar a extração

de feições por ocasião da interpretação.

Algumas dessas melhorias que normalmente podem ser utilizadas são:

realce, transformações por componentes principais e sistema de cores.

4.4.1) Realce

Uma imagem pode ser realçada através de dois métodos: o espectral e o

espacial. A manipulação do contraste consiste em aumentar a distinção visual das

feições presentes na imagem.

Page 36: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

26

A alteração se dá “pixel“ a “pixel“, utilizando-se para isso funções de

transformação que podem ser definidas através da manipulação do histograma de

cada banda em separado.

Alguns dos modelos mais utilizados são:

♦ Linear – aumento do contraste em geral

♦ Não-linear – apresenta a vantagem de não saturar a imagem

♦ Logarítmico – realça o contraste das feições claras e perde o contraste nas

feições escuras.

♦ Quadrada – aumenta também o contraste das feições claras.

♦ Raiz quadrada – aumenta também o contraste das feições escuras.

♦ Fatiamento de densidades – associação de cada intervalo de níveis de cinza

com apenas um valor de cinza.

Podemos entender como filtragem o processo no qual o novo nível cinza

do “pixel“ depende de seu valor anterior e dos outros “pixels“ vizinhos. De um

modo geral os filtros podem ser do tipo; passa-baixa, passa-alta. Os filtros passa-

baixa eliminam altas freqüências da imagem, deixando passar somente as baixas

freqüências, causam suavização e borramento na imagem. O efeito provocado

por esse filtro é a perda de detalhes.

Os passa-alta tem como efeito eliminar as baixas freqüências da imagem,

realça feições menores do que a dimensão da máscara usada.

4.4.2) Processamento de cores

A capacidade visual humana pode distinguir até 7.000.000 de cores,

enquanto que somente 30 níveis de cinza diferentes. As placas de vídeo dos

computadores dispõem de resolução gráfica entre 8 bits e 24 bits ou seja, de 256

cores ou níveis de cinza a aproximadamente 16.000.000 de cores. Os sistemas

de cores usados em sensoriamento remoto são dos tipos RGB e IHS.

O RGB está baseado nas tonalidades de cores primárias vermelha (R -

“red“), verde (G - “green“) e azul (B - “blue“). O sistema IHS assemelha-se ao

sistema visual humano e esta fundamentado em três parâmetros: Intensidade (I -

“Intensity”) – sensação de brilho, matiz (H - “Hue”) – cor dominante do ponto e

saturação (S - “Saturation”), a pureza da cor.

Page 37: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

27

A combinação entre três bandas de uma imagem multiespectral gera uma

composição colorida, quando a cada uma das bandas se atribui uma das

componentes R, G ou B. Não existem modelos de composições coloridas

definidas, a escolha de bandas deve-se dar a partir da valorização das

informações espectrais (comportamento espectral dos alvos). Podemos citar

alguns exemplos de composições coloridas mais usuais:

Banda TM 1 (azul) – B

Banda TM 3 (vermelho) – R ⇒ composição normal

Banda TM 2 (verde) – G

Banda TM 2 (verde) – B

Banda TM 3 (vermelho) – G ⇒ composição falsa-cor

Banda Tm 4 (infra-vermelho próximo) – R

Transformação RGB para IHS - é uma transformação do espaço de cores,

na consideração de que as componentes I, H e S são independentes, cada um

dos três parâmetros podem ser analisados e modificado separadamente, visando

um melhor ajuste de cores, o que permite a combinação de diferentes tipos de

imagem ou de imagens de diferentes sensores.

4.4.3) Componentes principais

A Transformação por Componentes Principais, também chamada de

Transformação de Karhunen-Lóeve ou de Hotelling, é uma técnica que tem como

objetivo reduzir o número de variáveis usadas para descrever um determinado

processo, sem que haja perda significativa da informação original contida no

processo.

As características das novas bandas, serão dadas pelas chamadas

componentes principais, sendo a:

♦ Primeira componente (principal componente),a que contém a informação

comum a todas as bandas originais.

Page 38: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

28

♦ Segunda componente, a que apresenta a feição espectral mais significativa do

conjunto.

As demais componentes destacarão as feições espectrais menos

significativas, sendo a última residual, ou seja, a que conterá a informação que

sobrar.

A transformação por componentes principais constitui uma técnica de realce,

das mais utilizadas em sensoriamento remoto, em decorrência do advento de

sistema de sensores capacitados para explorar um número cada vez maior de

faixas espectrais.

4.4.4) Operações Aritméticas

Estas operações matemáticas simples tem por objetivo analisar imagens

multiespectrais e multitemporais. São normalmente utilizadas duas ou mais

imagens de uma mesma área. A operação é realizada “pixel“ a “pixel“, tendo

como vantagem a redução da dimensionalidade dos dados, uma vez que as

informações mais importantes de dois ou mais canais estão representadas numa

única imagem.

Tipos de operações mais usadas:

Adição – realce das similaridades espectrais, forma de obter média

aritmética entre as bandas.

Subtração – realce das diferenças espectrais de imagens multiespectrais

Multiplicação – também realça as similaridades espectrais, importante

para a geologia, cartografia e geomorfologia.

Divisão – realça diferenças entre um par de bandas.

4.5 - Mosaico e Recorte

Em muitos casos as cartas na escala de 1:250.000 necessitam de mais

de uma cena para cobrir o campo da carta. Ao procedimento de união de duas ou

mais cenas chamamos de mosaicagem a união das imagens em um único

Page 39: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

29

arquivo. Se as duas imagens forem adjacentes e de um mesmo sensor, o

processo se torna mais fácil.

Com o mosaico digital já concluído efetua-se o corte da folha – recortar a

área de abrangência da carta–imagem georreferenciada. Recomenda-se exceder

em alguns “pixels“ a área da nova carta–imagem, de modo a se assegurar o

campo da folha.

4.6 - Interpretação

Mesmo estando num ambiente digital, a interpretação de imagens orbitais

tem como objetivo principal extrair o maior número possível de feições sem que

se façam necessárias as idas a campo.

Normalmente os alvos observados numa imagem orbital são: vegetação,

solos, água, rochas e as superfícies construídas, que em uma faixa do espectro

eletromagnético estão compreendidas entre 0,4 a 2,35 µm, podendo proporcionar

respostas espectrais diferentes ao longo do tempo devido aos efeitos

atmosféricos.

A análise da curva média da vegetação fotossinteticamente ativa pode ser

decomposta em três faixas espectrais em função dos fatores condicionantes do

seu comportamento. Até 0,7 µm, a reflectância é baixa dominando a absorção da

radiação incidente. De 0,7 a 1,3 µm região dominada pela alta reflectância da

estrutura celular e de 1,3 µm a 2,5 domínio da reflectância da vegetação através

da água contida nas folhas.

Nos solos o comportamento espectral de um modo geral está ligado ao

percentual de matéria orgânica contida nele, composição mineralógica e etc..

Nos minerais e rochas, o comportamento espectral é semelhante ao dos

solos, por estes serem produtos de alterações sofridas por aquelas. A diferença

básica entre a curva de solos e de rochas é dada pela presença de matéria

orgânica nos solos.

O estado físico segundo o qual a água se apresenta na natureza, é

fundamental para definir seu comportamento espectral. A água no estado líquido

apresenta baixa reflectância, em forma de nuvens (vapor d’água), apresenta

altíssima reflectância e, por último, em forma de neve apresenta alta reflectância,

Page 40: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

30

na faixa que vai de 0,7 a 1,2µm, com acentuado decréscimo na faixa de 1,2 a

1,4µm.

A figura 4.1 mostra a relação das faixas espectrais do sensor TM e

reflectância espectral dos alvos da superfície terrestre.

,

FIGURA – Relação das faixas espectrais do TM e reflectância espectral de alvos da superfície terrestre. FONTE: Apostila de Sensoriamento Remoto - INPE

FONTE: Apostila de Sensoriamento Remoto – INPE

4.7 - Atualização

As feições que mais se modificam ao longo do tempo, de uma maneira

geral, são: o sistema viário, as áreas urbanas (perímetro urbano) e a hidrografia

(grandes massas d’água).

Com a sobreposição dos arquivos vetoriais da carta a imagem, serão

identificados os elementos topográficos passíveis de inclusão ou exclusão na

nova carta.

Page 41: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

31

4.8 - Revisão

É fundamental que se proceda a revisão da nova carta, buscando

esclarecer dúvidas advindas da fase de interpretação da imagem. Caso a dúvida

persista, o procedimento a ser adotado deve ser a ida a campo.

4.9 - Finalização

Mesmo após concluídas todas as etapas que envolvem a confecção da

nova carta, esta requer a realização de um trabalho de arte final (preparo de

impressão, dados marginais etc.), antes da geração da mesma. A carta resultante

pode ser gerada de formas diferentes e em diversas mídias (impressão clássica,

desenho em “plotter” etc.)

Page 42: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

32

CAPÍTULO 5

CONCLUSÃO

O ritmo acelerado na evolução dos equipamentos de informática, com os

computadores se tornando cada vez mais velozes, a disponibilidade de recursos

de processamento, associado ao aumento da memória interna e espaço em

disco, dotou a cartografia de instrumentos, capazes de realizarem a aquisição, o

tratamento e o armazenamento dos dados com muito mais velocidade e eficácia,

a um custo cada vez menor. O avanço permitido com o desenvolvimento de

novas tecnologias na área do sensoriamento remoto vêem proporcionando maior

demanda no uso de imagens coligidas por sensores operando em nível orbital,

para o processo de atualização.

Nesse sentido, vale ressaltar a importância da informação prestada por

documentos cartográficos precisos e recentes, que se faz sentir em todos os

ramos das atividades humanas, especialmente no setor público, visando atender

ao rápido crescimento do elenco de usuários, bem como ao planejamento e à

gama temática que envolve os processos de gestão do território.

Page 43: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

33

ANEXO 1

LIMITAÇÕES DE ESCALA PARA EXTRAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DE

FEIÇÕES A PARTIR DE DIFERENTES SENSORES

Page 44: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

34

ANEXO 1 – LIMITES DE ESCALA PARA EXTRAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DE FEIÇÕES A PARTIR DE DIFERENTES SENSORES

Sensor

Erro suposto derivado exclusivamente das

resoluções espacial e espectral (σ x y)

Escalas indicadas e respectivas tolerâncias planimétricas

SPOT PAN < 15,0 m

< 1:50.000 (0,3mm) < 1:30.000 (0,5mm) < 1:25.000 (0,6mm)

SPOT PAN XS < 30,0 m

< 1:100.000 (0,3mm) < 1:60.000 (0,5mm) < 1:50.000 (0,6mm)

Radar SAR aerotransportado

< 3,0 m

< 1:10.000 (0,3mm) < 1:6.000 (0,5mm) < 1:5.000 (0,6mm)

LANDSAT TM 5 < 45,0 m

< 1:150.000 (0,3mm) < 1:90.000 (0,5mm) < 1:75.000 (0,6mm)

JERS – 1 < 37,5 m

< 1:125.000 (0,3mm) < 1:75.000 (0,5mm) < 1:63.000 (0,6mm)

FOTOGRAMAS PAN/COLOR/INFRA

< 0,25 m < 1:4.000

FONTE:FUNCAT - INPE

Page 45: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

35

ANEXO 2

SISTEMAS DE SATÉLITES DE IMAGEAMENTO DISPONÍVEIS

Page 46: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

36

ANEXO.2 - SISTEMAS DE SATÉLITES DE IMAGEAMENTO DISPONÍVEIS

SATÉLITE

SENSOR (*)

LARG.

RESOLUÇÃO (***)

País Nome Início Tipo (**) (km)

Temp. (dias)

Espectral (µm)

Espac. (m)

LANDSAT - 5 EUA

MSS

1984

O 185 18 0,5 - 0,6 0,6 - 0,7 0,7 - 0,8 0,8 - 1,1

80

TM 1984

O 185 16 0,45 - 0,52 0,52 - 0,60 0,63 - 0,69 0,76 - 0,90 1,55 - 1,75 10,4 - 12,5 2,08 - 2,35

30 30 30 30 30 120 30

SPOT França - Suécia

HRV-XS 1986 O 60

26 0,50 - 0,59 0,61 - 0,68 0,79 - 0,89

20

HRV-PAN 1986 O 60 26

0,51 - 0,73 10

IRS Índia

IRS-A 1988

O 148 22 0,45 - 0,52 0,52 - 0,59 0,62 - 0,68 0,77 - 0,86

72,5

IRS-B

1991 O 148 22 0,45 - 0,52 0,52 - 0,59 0,62 - 0,68 0,77 - 0,86

36,25

IRS-C Pancromátic

o

1995 O 70 05 / 24 0,50 -0,75 5,8

Multiespectr

al

O 145 24 0,52 - 0,59 0,62 - 0,68 0,77 - 0,86 1,55 - 1,70

23

WiFS

O 774 05 /24 0,62 - 0,68 0,77 - 0,86

188

ERS-1 e ERS-2

AMI-SAR R 100 35 Banda C (6cm) Polarização VV Incidência 23o

30

JERS-1 Japão

OPS 1992 O 75 44 0,52 - 0,60 0,63 - 0,69 0,76 - 0,86 0,76 - 0,86 1,60 - 1,71 2,01 - 2,12 2,13 - 2,15 2,27 - 2,40

18,3 x 24,2

SAR 1992 R 75 44 Banda L(23cm) Polarização HH Incidência 38,5o

18 x 18

RADARSAT Canadá

R 100 Variável BandaC(5,6cm) Polarização HH Incid. 10º a 59o

10, 30, 50 e 100

FONTE: ANDRADE & COELHO, 1977, p. 13 - 17; RESTEC, 1996; e CHEN, 1996, p. 8. (*) Início, início de operação; Tipo, tipo de sistema de imageamento O - eletro-ótico e R - microondas (Radar). (**) - LARG., Largura da faixa imageada. NOTA: In: CORREIA, José Duarte,1997,p.98 - IME

Page 47: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

37

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, Luís Antonio de, COELHO, Aline Lopes. Integração

GPS/Sensoriamento Remoto, apostila do Curso “O” do GIS Brasil 97, Sagres

Editora, Curitiba, 1997, 56 p.

ANDRADE, Luís Antonio de, ROSENHOLM, Dan. Proposta Metodológica para a

Confecção de Cartas-imagem de Satélite e Atualização Cartográfica no

Formato Digital, In: Congresso Brasileiro de Cartografia, 1993, Rio de Janeiro.

Anais do XVI Congresso Brasileiro de Cartografia, Rio de Janeiro, 1993. v. 3,

815 p. p. 585-590.

CHEN, Sherry Chou. Sistemas de Sensoriamento Remoto, apostila do curso de

treinamento realizado no IBGE, 1996, Rio de Janeiro, 13 p.

DUARTE, José Duarte Correia. Atualização Cartográfica na Escala 1:50.000,

Dissertação de Mestrado, Instituto Militar de Engenharia - IME, Rio de

Janeiro, 1997, 110 p.

IBGE. Mapoteca Topográfica Digital, Documentação Geral, versão 3.0, Diretoria

de Geociências, Depto de Cartografia, Rio de Janeiro - RJ, 1997, 84 p.

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. http:// www.inpe.com.br,

INTERNET, 1998.

INTERGRAPH CORPORATION. “I/RAS C, User’s Guide”, DJA073310, SJBY072

(06.00), 1997, 170 p.

KIHLBLOM, Ulf G., ANDRADE, Luís Antonio de. Produção de Cartas a partir de

Imagens de Satélite. In: Simpósio sobre Sensoriamento Remoto,1993,

Curitiba. Anais do VII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, 1993.

463 p. p. 361-370.

Page 48: ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NA ESCALA 1:250.000 … KRUMBIEGEL.pdf · 3.3.4) Aplicação das Bandas Espectrais do Satélite SPOT.....20 3.3.4.1) PAN Azul (0,510 – 0,730 µm ...

38

SILVA, Antonio José Ferreira Machado e, D’ALGE, Júlio Cesar Lima. Avaliação

da Qualidade Geométrica das Imagens TM-LANDSAT. In: Simpósio sobre

Sensoriamento Remoto,1986,Gramado-RS. Anais do IV Simpósio Brasileiro

de Sensoriamento Remoto, 1986. 837 p. p. 73.

NETGIS, Geoprocessamento e Informática Ltda. Processamento de Imagem,

apostila do curso - SPRING 2.0, 1997, 49 p.

NOVO, Evlyn M. L. de Moraes. Sensoriamento Remoto: Princípios e Aplicações.

2. ed. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, 1995, 284 p.

ROSA, Roberto, BRITO, Jorge Luís Silva. Introdução ao Geoprocessamento:

Sistema de Informação Geográfica. Uberlândia, 1996, 104 p.

SAGRES EDITORA. Fator GIS. 1997, Ano 5, nº 20, AGO/SET/OUT, 74 p.

TEIXEIRA, Amandio Luís de Almeida, MORETTI, Edmar, CHRISTOFOLETTI,

Antonio. Introdução ao Sistema de Informação Geográfica. Rio Claro, 1992.

80 p.

THREETEK. Introdução ao Uso do “Software” PCI, Curso ministrado em MAI

1996 da versão 6.0 EASI/PACE, 138 p.

VERGARA, Oscar Ricardo, D’ALGE, Júlio César Lima. Metodologia para a

Atualização de Cartas Topográficas com Produtos de Sensoriamento

Remoto e SGI. In: Congresso de Cartografia, 1995, Salvador. Coletânea de

Trabalhos Técnicos do XVII Congresso Brasileiro de Cartografia. Salvador,

1995.