Atualização sobre o efeito da peletização em linhagens modernas de frango de...

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29ª Reunião – Congresso sobre Nutrição de Aves e Suínos 2015 De 02 a 04 de dezembro de 2015 – Hotel Fonte Colina Verde – São Pedro, SP (I) Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia Universidade Federal do Paraná (UFPR), Rua dos Funcionários, 1540, CEP 80 035-050, Curitiba, Paraná, Brasil. E-mail: [email protected] (II) Professor associado ao Departamento de Zootecnia, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Rua dos Funcionários, 1540, CEP 80 035-050, Curitiba, Paraná, Brasil. E-mail: [email protected] Atualização sobre o efeito da peletização em linhagens modernas de frango de corte Andréia Massuquetto I , Alex Maiorka II Introdução A evolução do desempenho de frangos de corte tem sido acentuada nas últimas décadas principalmente pelos programas de melhoramento genético. O surgimento de linhagens cada vez mais exigentes nutricionalmente gera desafios relacionados ao aproveitamento das rações; e na forma física como estas são fornecidas a fim de favorecer o consumo pelas aves. Assim, torna-se necessário o desenvolvimento de tecnologias de fabricação de rações que favoreçam o desempenho dos frangos e otimizem os custos de produção. A peletização de rações é o processamento térmico mais utilizado na indústria avícola. Frangos de corte alimentados com dietas peletizadas apresentam maior consumo de ração, melhor conversão alimentar e maior ganho de peso (Freitas et al., 2008; Corzo et al., 2011; Abdollahi et al., 2013). Apesar dos benefícios desse processo serem amplamente reportados na literatura, não está claro se essa melhor eficiência zootécnica ocorre em função da maior capacidade de consumo de dietas peletizadas, melhor digestibilidade das frações da dieta, ao aumento da energia produtiva devido ao menor tempo gasto para consumo; ou devido à associação de todos esses fatores. Apesar de mais de 70% das rações consumidas por frangos de corte no Brasil ser peletizadas, ainda existem muitas dúvidas sobre o processo. Esta falta de conhecimento se deve à complexidade do processo onde múltiplos fatores são envolvidos levando a diferentes respostas de desempenho das linhagens atuais devido à variação da qualidade da ração fornecida. Considerando a importância da peletização para a produção animal, serão discutidos os principais parâmetros que influenciam neste processo bem como o seu impacto sobre os resultados zootécnicos em linhagens modernas de frangos de corte.

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29ª Reunião – Congresso sobre Nutrição de Aves e Suínos 2015 De 02 a 04 de dezembro de 2015 – Hotel Fonte Colina Verde – São Pedro, SP

(I) Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia – Universidade Federal do Paraná

(UFPR), Rua dos Funcionários, 1540, CEP 80 035-050, Curitiba, Paraná, Brasil. E-mail:

[email protected]

(II) Professor associado ao Departamento de Zootecnia, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Rua dos Funcionários, 1540, CEP 80 035-050, Curitiba, Paraná, Brasil. E-mail: [email protected]

Atualização sobre o efeito da peletização em linhagens modernas de frango de

corte

Andréia MassuquettoI , Alex MaiorkaII

Introdução

A evolução do desempenho de frangos de corte tem sido acentuada nas últimas

décadas principalmente pelos programas de melhoramento genético. O surgimento

de linhagens cada vez mais exigentes nutricionalmente gera desafios relacionados ao

aproveitamento das rações; e na forma física como estas são fornecidas a fim de

favorecer o consumo pelas aves. Assim, torna-se necessário o desenvolvimento de

tecnologias de fabricação de rações que favoreçam o desempenho dos frangos e

otimizem os custos de produção.

A peletização de rações é o processamento térmico mais utilizado na indústria

avícola. Frangos de corte alimentados com dietas peletizadas apresentam maior

consumo de ração, melhor conversão alimentar e maior ganho de peso (Freitas et al.,

2008; Corzo et al., 2011; Abdollahi et al., 2013). Apesar dos benefícios desse processo

serem amplamente reportados na literatura, não está claro se essa melhor eficiência

zootécnica ocorre em função da maior capacidade de consumo de dietas peletizadas,

melhor digestibilidade das frações da dieta, ao aumento da energia produtiva devido

ao menor tempo gasto para consumo; ou devido à associação de todos esses fatores.

Apesar de mais de 70% das rações consumidas por frangos de corte no Brasil

ser peletizadas, ainda existem muitas dúvidas sobre o processo. Esta falta de

conhecimento se deve à complexidade do processo onde múltiplos fatores são

envolvidos levando a diferentes respostas de desempenho das linhagens atuais

devido à variação da qualidade da ração fornecida.

Considerando a importância da peletização para a produção animal, serão

discutidos os principais parâmetros que influenciam neste processo bem como o seu

impacto sobre os resultados zootécnicos em linhagens modernas de frangos de corte.

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1. Peletização de rações

A peletização pode ser definida como a aglomeração de ingredientes ou

mistura em formato cilíndrico denominado pelete. Os ingredientes são agregados por

meio de ação mecânica, em combinação com umidade, pressão e temperatura.

Segundo Behnke (1994), a peletização de dietas traz diversas vantagens para

a nutrição animal, dentre estas cabe citar a diminuição do desperdício de ração,

redução da segregação de ingredientes, diminuição de microrganismos patogênicos,

melhora na preferência alimentar, redução da seletividade, facilidade de apreensão

da dieta, aumento da energia produtiva em função do menor tempo gasto para

consumo e aumento da digestibilidade de diferentes frações da dieta.

O fornecimento de dietas peletizadas promove melhora no desempenho de

frangos de corte. Esta melhora pode estar associada principalmente ao aumento do

consumo de ração em função da maior facilidade de apreensão da dieta (Meinerz et

al., 2001), aumento da energia produtiva devido ao menor tempo gasto para consumo

(Mckinney e Teeter, 2004) e aumento da digestibilidade de diferentes frações da dieta

(Zalenka, 2003). Entretanto esses benefícios só podem ser proporcionados se houver

a produção de peletes de boa qualidade capazes de manter sua integridade até o

momento do consumo pelas aves.

Apesar dos benefícios gerados pela peletização, é o processamento que

representa o maior custo de manutenção, e principalmente o maior consumo de

energia elétrica (Biagi, 1990). Além disso, implantar esta técnica requer altos

investimentos e pode aumentar em torno de 2% o custo da dieta, devido a grande

demanda de energia e de capital na fábrica de ração. A peletização pode influenciar

o rendimento da fábrica principalmente se esta não for bem planejada e

dimensionada, e trabalhar numa margem de produção acima de sua capacidade, o

que acontece na maioria das agroindústrias avícolas brasileiras (Meinerz et al., 2001).

Em contrapartida, o custo do processo é baixo em relação ao custo de formulação.

Diversas empresas desenvolveram trabalhos de pesquisa e encontraram boa relação

custo/benefício e bons resultados a campo, justificando a implantação do processo.

2. Consumo de ração

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O tamanho de partícula tem grande importância na regulação do consumo de

alimento para aves, que apresentam maior preferência por partículas maiores (Moran,

1982; Nir et al., 1994). A alteração da forma física da dieta promovido pelo processo

de peletização permite o fornecimento de dietas com partículas de tamanho desejado

e uniformes reduzindo a apreensão seletiva do alimento (Nir et al., 1994) e

favorecendo o consumo de ração.

Outro fator fundamental para a regulação do consumo em aves é a quantidade

de saliva produzida. Segundo Turk (1982), a saliva das aves é viscosa e produzida

em pequena quantidade (7 a 30 ml por dia). O consumo de dietas fareladas,

especialmente se as partículas forem muito pequenas, pode resultar na formação de

um composto pastoso devido às características da saliva das aves supracitadas.

Diversos trabalhos relatam aumento de consumo de dietas peletizadas e ou

peletizadas/trituradas em relação às fareladas independentemente da fase de criação

(tabela 1).

Tabela 1. Efeito da peletização sobre o consumo de ração em frangos de corte.

Dieta Consumo de ração (g) Fase de criação (dias) Referência

Farelada 1155b 1-21 Choi et al. (1986)

Peletizada/triturad

a 1210a

Farelada 4452b 1-42 López et al. (2007)

Peletizada 4787a

Farelada 5303b 1-45 Lara et al. (2008)

Peletizada 5500a

Farelada 1008b 1-21 Zang (2009)

Peletizada 1134a

Farelada 1391b 1-21 Oliveira et al. (2011)

Peletizada 1443a

Farelada 1150b 1-21 Abdollahi et al. (2011)

Peletizada 1308a

Farelada 1024b

Peletizada 1303a 1-21 Abdollahi et al. (2013)

Peletizada/triturad

a 1013b

Adaptado de Massuquetto (2014)

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O principal motivo para este aumento de consumo é a maior facilidade de

apreensão da dieta peletizada (Jensen, 1962). Meinerz et al. (2001) trabalharam com

oferta alimentar equalizada para frangos de corte de 21 a 42 dias de idade, onde a

quantidade ofertada de ração peletizada foi baseada no consumo de ração farelada,

e observaram que as respostas de desempenho são muito similares quando há

imposição de restrição alimentar e os consumos são semelhantes. Os autores

concluem que o principal efeito da peletização é proporcionar maior consumo de ração

pela maior facilidade de apreensão de ração peletizada pelas aves.

Dietas peletizadas/trituradas são uma alternativa na fase inicial, pois mesmo

após a trituração, a forma física da dieta continua exercendo influência sobre o

consumo. Freitas et al. (2008) verificaram a importância do efeito da forma física da

ração (farelada, triturada e peletizada) sobre o desempenho de frangos de corte na

primeira semana de vida. Os pesquisadores concluíram que a utilização de ração

peletizada e peletizada/triturada resultou em melhora no consumo de ração, ganho de

peso e conversão alimentar quando comparadas com uma ração farelada para

pintinhos na primeira semana de vida.

De acordo com Klein (1996) e Maiorka (1998), dietas peletizadas favorecem o

consumo de ração e a eficiência de retenção da energia metabolizável aparente, em

comparação com a forma física farelada. Porém, constataram que frangos de corte

que consomem rações peletizadas apresentam maior quantidade de gordura, tanto

sob a forma de gordura abdominal quanto em relação à gordura total da carcaça e

vísceras. Dessa forma, em função do maior consumo que a ave apresenta com rações

peletizadas, é possível utilizar dietas menos energéticas como forma de compensar o

aumento no custo de produção da ração. Lecznieski et al. (2001) avaliaram a

influência dos níveis de energia (2.8, 2.9, 3.0, 3.1 e 3.2 Mcal EM/kg de ração) e da

forma física da ração (peletizada, sem a presença de finos; e farelada) no

desempenho e na composição de carcaças de frangos de corte de 22 a 43 dias de

idade. A peletização da ração proporcionou aumento no consumo, no ganho de peso

e melhora na conversão alimentar e na conversão calórica das aves. As aves

alimentadas com ração peletizada apresentaram percentual de gordura (abdominal e

moela) superior àquelas alimentadas com ração farelada. O autor observou que os

efeitos da peletização foram menores à medida que se aumentou os níveis de energia

das rações.

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3. Digestibilidade de nutrientes

O processo de peletização pode melhorar a digestibilidade de diferentes

frações da dieta devido à ação combinada de umidade, temperatura e pressão. No

caso dos carboidratos, a digestibilidade aumenta, pois a temperatura desagrega os

grânulos de amilose e amilopectina, facilitando a ação enzimática. Porém, a melhoria

na utilização do amido é dependente dos métodos de processamento, das fontes de

amido utilizadas e da espécie animal; o que gera muitas dúvidas sobre os reais

benefícios da peletização sobre sua digestibilidade.

Frangos de corte são alimentados com dietas que contém grandes quantidades

de grãos e amido, tonando necessário utilizar altas temperaturas e umidade, além do

tempo de condicionamento ideal durante o processo para gelatinizar o amido do grão.

A gelatinização pode ser definida como a destruição irreversível da condição cristalina

do grânulo de amido, de modo que a superfície da molécula se torne acessível a

reagentes, solventes e enzimas (Lund e Lorenz, 1984; Moritz et al., 2005). De acordo

com Holm e Björck (1988), a gelatinização do amido dos cereais melhora o acesso

enzimático a ligações glicosídicas devido à interrupção da organização dos grânulos

de amido, fator que pode aumentar sua digestibilidade.

O grau de gelatinização pode variar de acordo com as fontes de amido

utilizadas. As dietas a base de milho e farelo de soja demandam um maior temperatura

e tempo de condicionamento para que ocorra a desestruturação da amilose e da

amilopectina dos grânulos de amido e sua posterior reorganização e coesão com as

demais estruturas da ração (Dozier, 2001). Com o objetivo de avaliar o efeito da

temperatura de condicionamento sobre a digestibilidade do amido de dietas a base de

milho e farelo de soja em frangos de corte, Teixeira Netto (2014) utilizou temperaturas

de 50, 60, 70, 80 e 90ºC e observou aumento linear no coeficiente de digestibilidade

ileal do amido.

Durante o condicionamento, aumento da temperatura e umidade, pelo

aumento do vapor no condicionador, pode solubilizar maiores quantidades de amido.

Porém, Svihus et al. (2005) relata que a peletização exerce pouco efeito sobre a

disponibilidade de amido, enquanto que processamentos mais intensos como a

extrusão, no qual mais água é adicionada e a temperatura é mais elevada, promovem

gelatinização mais eficiente. Diversos trabalhos tem mostrado que apenas pequena

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quantidade do amido é gelatinizada durante a peletização (Skoch, 1981; Moritz et al.,

2003; Svihus et al., 2004) e o efeito sobre a digestibilidade do amido parece ter

pequena importância (Zimonja et al., 2008).

Considerando a importância do tipo de processamento sobre as características

físico-químicas do amido, Kokić et al. (2013) avaliaram a influência de diferentes

tratamentos térmicos (floculação, peletização, micronização e extrusão) sobre a

gelatinização do amido contido no milho. Os autores concluíram que todos os

tratamentos hidrotérmicos utilizados no estudo causaram gelatinização da estrutura

semi-cristalina normal dos grânulos de amido, mas em diferentes extensões. Menores

graus de gelatinização foram obtidos utilizando floculação (21,33%) e peletização

(25,47%), e maiores utilizando micronização (63,58%) e extrusão (100%). Estes

resultados sugerem que a temperatura, umidade e tempo comumente empregados no

processo de peletização, talvez não sejam suficientes para gelatinizar o amido de

maneira satisfatória.

As melhorias na digestibilidade do amido proporcionadas pelo processo de

gelatinização podem ser prejudicadas se grande quantidade de amido retrogradado

se formar. Após o processo de resfriamento, quando a temperatura é reduzida, ocorre

rearranjo das moléculas de amido, separadas durante o processo de gelatinização,

favorecendo a recristalização, processo conhecido como retrogradação (Parker e

Ring, 2001). Abdollahi (2011) avaliou a influência de diferentes temperaturas de

condicionamento (60, 75 e 90ºC) sobre a quantidade de amido gelatinizado e

resistente de dietas a base de milho e sorgo. Observou-se que para ambas as dietas,

houve maior gelatinização do amido em dietas peletizadas a 90ºC em comparação a

60 e 75ºC. No entanto, a quantidade de amido resistente foi superior nas dietas com

temperatura de 90ºC (3,59g/100g de amido total) em relação a 60 e 75ºC, 2,25 e

2,59g/100g de amido total respectivamente. No ensaio de digestibilidade, os autores

não encontraram diferença na digestibilidade ileal do amido entre dietas processadas

com diferentes temperaturas. Os resultados encontrados por este autor sugerem que

o processamento térmico mais intenso aumenta a gelatinização do amido, porém há

formação de mais amido resistente, o que não é desejável.

Segundo Behnke (1994), a gelatinização do amido é importante para a

formação de ligações entre as partículas, portanto, necessária para a formação de

peletes duráveis. De acordo com este autor, a gelatinização do amido combinada à

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plastificação das proteínas promove adesão das partículas, importante para a

qualidade física dos peletes produzidos.

A temperatura e umidade empregadas durante o condicionamento/peletização

promovem a desnaturação das proteínas existentes nos ingredientes da dieta. A

desnaturação proteica refere-se às alterações físicas sofridas pelas proteínas,

causando rompimento das estruturas secundária, terciária e quaternária que auxiliam

a estabilização e conformação da molécula; alterando sua estrutura espacial e

formando arranjos desordenados por meio de ligações intramoleculares. As proteínas

desnaturadas, geralmente, perdem parcialmente a solubilidade e a atividade biológica

natural. A estrutura primária não sofre efeito de agentes desnaturantes, portanto as

ligações peptídicas não são afetadas (Araújo et al. 2009).

Do ponto de vista nutricional, a desnaturação parcial melhora a digestibilidade

das proteínas devido à alteração na sua estrutura, permitindo que as proteases atuem

mais facilmente (Dozier, 2001). Scott et al. (1997) afirmam que o aumento na

digestibilidade da proteína para frangos de corte ocorre provavelmente devido às

rações peletizadas serem submetidas à alta temperatura e pressão em seu processo,

resultando em rompimento das pontes dissulfeto na estrutura da proteína, causando

desnaturação e aumento da eficiência das enzimas endógenas.

Os parâmetros do condicionamento como tempo, temperatura e umidade

podem afetar a digestibilidade da proteína. Teixeira Netto (2014) observou aumento

do coeficiente de digestibilidade ileal aparente da proteína em frangos de corte

alimentados com dias peletizadas com crescentes temperaturas de condicionamento.

Porém, Massuquetto (2014) não observou diferença ao avaliar diferentes tempos de

condicionamento (0, 60, 80, 100 e 120 segundos) sobre a digestibilidade da proteína

em frangos de corte.

Processamentos térmicos muito intensos podem ocasionar reações

indesejáveis entre os componentes dos alimentos, tornando-os menos digestíveis. O

excesso de temperatura no processo pode resultar em escurecimento não enzimático

dos alimentos, principalmente a reação de Maillard e de caramelização (Araújo et al.,

2009; Brião et al., 2011).

Para a nutrição animal, o processamento térmico de rações como a

peletização, pode desencadear esta reação de complexação entre aminoácidos e

carboidratos, indisponibilizando parcialmente estes compostos, reduzindo a

solubilidade das proteínas e comprometendo sua digestibilidade. Creswell e Bedford

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(2006) sugerem que temperaturas de peletização acima de 85°C não devem ser

empregadas a fim de evitar a formação de complexos entre proteínas e carboidratos,

além de outras perdas nutricionais.

A peletização pode proporcionar um aumento do valor energético dos

nutrientes. De acordo com Zelenka (2003), um dos benefícios do uso de rações

peletizadas para frangos de corte é o aumento no valor de energia metabolizável das

rações, em decorrência da maior digestibilidade dos nutrientes. Pucci et al. (2010)

observaram aumento da energia metabolizável aparente (EMA) (3.293 kcal/kg de MS)

para frangos de corte que consumiram dietas peletizadas/trituradas em relação aos

que receberam dietas fareladas (3.196 kcal/kg de MS). Já Abdollahi et al. (2011)

constataram redução da energia metabolizável aparente de 3350,85 para 3240,90

kcal/kg de MS em frangos de corte de 1 a 21 dias que consumiram peletizadas em

relação a fareladas.

4. Estrutura física

A peletização pode reduzir o gasto de energia de mantença dos animais devido

a menor necessidade de esforço físico para apreensão do alimento. Jensen (1962)

relata que frangos de corte gastam até três vezes mais tempo para ingerir a mesma

quantidade de ração farelada, portanto, a energia que seria gasta para o consumo

será disponibilizada para o ganho de peso. Entretanto, esses benefícios só ocorrem

se os peletes mantiverem sua integridade até o momento do fornecimento para as

aves.

Mckinney & Teeter (2004) utilizando rações contendo diferentes proporções de

peletes íntegros e finos (100% peletizada, 80% peletizada, 60% peletizada, 40%

peletizada, 20% peletizada, e 100% finos) para frangos de corte, constataram

aumento na efetividade calórica e frequência de descanso, pois as aves gastam

menos tempo para consumir a ração peletizada (peletes íntegros).

Avaliando o desempenho de frangos de corte aos 28 e 42 dias de idade

alimentados com dietas de diferentes formas físicas, Corzo et al. (2011) verificaram

que aves alimentadas com dieta farelada apresentaram menor consumo de ração e

peso corporal; e maior conversão alimentar quando comparadas às aves que

consumiram as dietas contendo 32 e 64% de peletes íntegros.

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5. Qualidade física dos peletes

A qualidade física do pelete pode ser definida como a capacidade do pelete de

resistir à fragmentação e à abrasão durante o seu manuseio (armazenamento e

transporte), sem quebrar-se e alcançar os alimentadores sem gerar alta proporção de

finos (Amerah, 2007).

O índice de durabilidade dos peletes (PDI) é um dos principais parâmetros

utilizados para se medir a qualidade dos peletes, pois reflete a percentagem de peletes

que mantém a sua integridade após serem submetidos a forças mecânicas. Peletes

de baixa durabilidade não resistem às forças de atrito, impacto e pressão existentes

ao longo dos processos de armazenamento, transporte e expedição da fábrica de

ração até a granja (Lowe, 2005; Mina-Boac et al., 2006). Consequentemente, os

peletes de baixa qualidade física desintegram-se produzindo uma massa conhecida

como “finos”. O diâmetro geométrico médio (DGM) de partículas finas é igual ou

inferior ao da ração farelada, causando desequilíbrio nutricional na composição da

ração, o que pode afetar negativamente o desempenho dos animais.

Diversos fatores podem afetar a qualidade de peletes: composição nutricional

da ração, granulometria dos ingredientes, temperatura e tempo de condicionamento,

umidade da ração, taxa de compressão da matriz da prensa, distância entre o rolo e

a matriz da prensa, entre outros (Colovic et al., 2010). Além sisso, é possível que haja

interação entre esses fatores, produzindo resultados diferentes dos esperados se

cada fator fosse considerado individualmente.

5.1. Tamanho de partícula

O tamanho de partícula é um dos parâmetros menos relacionados à qualidade

dos peletes (Fahrenholz, 2012). Porém, acredita-se a redução no diâmetro das

partículas aumenta a sua área superficial dentro do condicionador facilitando a

transferência de calor e umidade para a massa farinácea de ração (Lowe, 2005).

Amerah et al. (2007) compilou informações de trabalhos avaliando o DGM

sobre a qualidade dos peletes (tabela 2). Os trabalhos demonstram que existe efeito

do tamanho de partícula sobre a qualidade física dos peletes, porém dependendo do

cereal base e o grau de redução da granulometria.

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Tabela 2. Efeito do tamanho de partículas sobre a durabilidade dos peletes.

Grão DGM (µm) PDI Referência

Milho 910 91ª Reece et al., 1986

1024 91ª

Milho 679 91b Reece et al., 1986

987 91,3b

1289 92,5ª

Trigo 600 88ª Svihus et al., 2004

930 81,2ª

1700 80,2ª

Trigo

380 25ª Peron et al., 2005

955 25ª

Adaptado de Amerah et al. (2007)

A redução da granulometria visando maior qualidade de peletes gera

discussões entre nutricionistas, uma vez que ao diminuir o tamanho das partículas

pode haver comprometimento do desempenho das aves em função do menor

aproveitamento da dieta. Nir et al. (1995) sugeriram que a degradação das partículas

maiores no intestino delgado proximal é mais lenta, resultando em melhor

aproveitamento da dieta. É importante destacar que a ração peletizada se dissolve do

trato gastrointestinal dos animais tornando-se farelada.

As aves têm preferência por partículas maiores em detrimento as de menor

diâmetro. Dahlke (2000) verificou em seu trabalho que o aumento do DGM de 0,336

para 1,12mm, independentemente da forma física, aumentou o consumo de ração,

ganho de peso e melhorou a conversão alimentar. No entanto, observou que o efeito

da granulometria é mais visível nas rações fareladas do que nas peletizadas e os

benefícios da peletização são mais evidenciados em relação à farelada, quando em

ambas os ingredientes são finamente moídos.

Assim, a granulometria torna-se importante para consumo alimentar e na

nutrição, pois está diretamente relacionada com o desempenho animal e o

processamento de rações.

5.2. Formulação

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O efeito da formulação sobre o processamento, principalmente a peletização,

nem sempre é considerado pelos nutricionistas. As formulações de rações

apresentam múltiplas possibilidades de combinação de ingredientes, e estes exigem

diferentes tratamentos durante o processo de peletização.

Segundo Klein (2009), os diferentes tratamentos das matérias-primas que

compõe a ração têm sua origem no seu comportamento ao sofrer ação da umidade,

pressão e calor durante seu processamento. Além dos aspectos individuais dos

ingredientes, podem-se destacar ainda alguns fatores decisivos que se constituem por

meio da formulação (teor de gordura, teor de proteína, teor de minerais, dentre outros)

e que são determinantes no processo da peletização.

Diferentes ingredientes necessitam de diferentes características no

condicionador para gelatinizarem. Segundo Falk (1985), para que a gelatinização do

amido ocorra, a temperatura de peletização deve ser de no mínimo 82 ºC e conter

18% de umidade, para dietas com grandes quantidades de grãos, podendo haver

variações de acordo com diferentes equipamentos. Dietas contendo açucares e

produtos lácteos devem ser peletizadas com menor temperatura (60 ºC), pois acima

disso pode ocorrer reação de Maillard.

Os principais ingredientes que reduzem a qualidade dos peletes são gorduras

e óleos (Briggs et al., 1999; Moritz et al., 2003; Fahrenholz, 2012). A gordura lubrifica

a parede dos furos da matriz facilitando a passagem da ração pela matriz e diminuindo

a compactação da dentro da prensa (Fahrenholz, 2012). Além disso, a adição de

gordura na ração previamente ao condicionamento leva a um encapsulamento parcial

das partículas da ração dificultando a penetração do vapor e umidade e, portanto,

reduzindo a gelatinização do amido e as forças capilares de adesão (Lowe, 2005).

Os valores máximos de inclusão de gordura na ração visando boa qualidade

física dos peletes divergem na literatura. Segundo Leaver (2008) a adição de gordura

deve ser limitada ao máximo de 1% na ração a ser peletizada se o objetivo for alto

percentual de peletes íntegros. Já no estudo de Briggs et al. (1999), o limite máximo

de inclusão de óleo sem comprometer a qualidade dos peletes foi de 5,6%.

A aplicação de óleo pós-peletização é uma alternativa para manter a

integridade dos peletes. Natel (2014) avaliou diferentes níveis de inclusão de óleo pelo

método de aspersão pós-peletização sobre o PDI. Os níveis de óleo total não diferiram

entre os tratamentos (3,5%), mas diferiram de acordo com a forma de aplicação: 1,0;

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1,5; 2,0; 2,5; 3,0 e 3,5% de óleo na mistura; e entre 0 % e 2,5 % com aspersão pós-

peletização para completar o total de 3,5% de óleo total na ração. O autor observou o

nível ótimo de PDI com aspersão de 2,33% de óleo pós peletização, portanto com

máximo de 1,17% de inclusão de óleo na mistura.

Alguns ingredientes podem melhorar a qualidade dos peletes produzidos em

função de suas características funcionais. A farinha de trigo, por exemplo, possui

proteínas: a gliadina e a glutenina, responsáveis pela consistência, viscosidade e

extensibilidade da massa.

5.3. Condicionamento

O condicionamento é um dos fatores mais importantes para alcançar uma boa

qualidade física da ração. O vapor utilizado durante o condicionamento rompe a

estrutura do amido e causa sua gelatinização, assim como a alteração das estruturas

terciárias das proteínas. Segundo Behnke (1994), a gelatinização do amido

combinada à plastificação das proteínas é importante para a formação de ligações

entre as partículas, portanto, necessária para a formação de peletes duráveis. Para

Klein (2009) a qualidade do vapor é fundamental para se obter peletes de qualidade.

O vapor ideal é o saturado, encontrado numa faixa estreita de temperatura, próxima

de 100ºC. É importante ressaltar que altas temperaturas são acompanhadas de

umidade elevada devido à adição de vapor. A pressão de vapor também pode variar

de acordo com o tipo de dieta. Segundo Kersten et al. (2005) a pressão de vapor

empregada em dietas para aves deve ser entre 1,0 e 1,5 bar.

Abdollahi et al. (2010) avaliaram o efeito da temperatura de condicionamento

sobre qualidade dos peletes de dietas a base de milho e sorgo para frangos de corte.

Os autores observaram que o aumento da temperatura de 75 para 90ºC resulta em

melhora no PDI para ambas as dietas. Avaliando diferentes tempos de retenção no

condicionador, Briggs et al (1999) observaram que aumentando-se o tempo de

retenção (5 para 15 segundos) aumenta-se a durabilidade do pelete em 4,5 pontos

percentuais. Skoch et al (1981) afirma que a adição de umidade por meio de vapor

melhora a qualidade da ração em função da diminuição da proporção de finos e

aumento da durabilidade.

Os parâmetros do condicionamento são muito variáveis, porém é importante

saber com precisão quais são o tempo, temperatura e umidade ideais para cada

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fórmula para a obtenção dos melhores resultados possíveis. Realizar estudos

avaliando parâmetros do condicionamento é complexo devido aos múltiplos fatores

envolvidos como diferentes formulações e equipamentos, por exemplo.

5.4. Interação dos fatores sobre a qualidade dos peletes

Todos os fatores que influenciam a qualidade dos peletes são importantes e

podem agir individualmente ou combinados. Portanto, deve-se conhecê-los para

entender qual a participação de cada fator sobre a qualidade de dietas peletizadas.

Reimer et al. (1992) propôs a seguinte divisão dos efeitos considerando sua

importância sobre a durabilidade do pelete: 5% devido ao processo de

resfriamento/secagem, 15% relacionados as especificações da matriz da prensa, 20%

associados ao condicionamento térmico, 20% relacionados ao tamanho de partícula

de ingredientes e 40% atribuídos a formulação da ração. Estas relações foram

encontradas utilizando como base dietas europeias, que contém possivelmente

cereais de inverno em sua composição.

Já Muramatsu (2013) avaliou o efeito das interações entre diferentes fatores

sobre a qualidade dos peletes (PDI) de dietas à base de milho e farelo de soja,

incluindo o tamanho da partícula (743 e 1041 micra), processamento térmico

(condicionamento-peletização ou condicionamento-expansão-peletização), adição de

umidade (0, 7, 14 e 21 g/kg de ração) e inclusão de gordura (15, 25, 35 e 45 g/kg de

ração). Quando se avaliou o efeito de todos os fatores modelados, o processamento

térmico foi o fator de maior participação respondendo por 44% da variabilidade

observada para PDI. Nas condições do estudo, a alternativa mais eficiente para

melhorar a qualidade de peletes foi à expansão das dietas após o condicionamento,

seguida em ordem decrescente de contribuição pelo aumento nos níveis de adição de

umidade, pelas restrições na inclusão de gordura e finalmente pela redução no

tamanho de partícula.

6. Implicações

A peletização de rações é um processamento térmico complexo, pois pequenas

alterações nos parâmetros do processo podem modificar as características físicas e

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químicas dos ingredientes utilizados. Apesar da complexidade, é uma alternativa para

melhorar a utilização dos ingredientes e modificar a forma física da dieta.

Os frangos de corte comerciais têm sofrido alterações das suas exigências em

função dos avanços genéticos. Assim, pesquisas constantes são necessárias para

elucidar as causas da melhora de desempenho zootécnico proporcionado pela

peletização, possibilitando priorizar os parâmetros que mais interferem nesse

processo, gerando benefícios à produção de frangos de corte.

Muitos fatores estão envolvidos no processo, portanto conhecê-los e

correlacioná-los é importante para que os benefícios da peletização possam ser

aproveitados.

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